Avaliação - Nutrição de Não Ruminantes

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INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO

CAMPUS – SÃO RAIMUNDO DAS MANGABEIRAS


GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
ACADÊMICA – ÉRIKA NAVAS

AVALIAÇÃO - NUTRIÇÃO DE NÃO RUMINANTES

1. O processo de digestão inicia-se na boca. Nessa cavidade o alimento sofrerá a ação dos
dentes, que atuam garantindo que os alimentos sejam cortados, triturados e amassados.
Essa etapa da digestão é chamada de digestão mecânica, por não envolver substâncias
químicas que atuam no alimento. Na digestão mecânica realizada pelos dentes, o alimento
só se tornará menor, garantindo uma melhor ação das enzimas e também auxiliando na
deglutição. A faringe é uma estrutura comum entre os sistemas digestório e respiratório,
sendo uma área de transição. Esse órgão abre-se na traqueia e também no esôfago, e o
alimento segue por esse último órgão. O esôfago é um órgão muscular que garante que o
bolo alimentar seja levado, por meio de contrações da musculatura lisa, até o estômago. O
esôfago apresenta cerca de 25 centímetros de comprimento, e o bolo alimentar leva cerca
de 5 a 10 segundos para passar por todo o órgão e chegar ao estômago. O estômago é um
órgão que se caracteriza por ser uma porção dilatada do trato digestivo e está localizado
inferiormente ao diagrama. Esse órgão pode ser dividido em: cárdia, fundo, corpo e
porção pilórica. O intestino delgado é um compartimento longo que pode apresentar
mais de seis metros de comprimento. É nele que a maior parte do processo de digestão
acontece. O intestino delgado é dividido em três porções: duodeno, jejuno e íleo. O
duodeno, primeira porção do intestino delgado, apresenta cerca de 25 cm e é onde ocorre a
junção do quimo às secreções provenientes do pâncreas, fígado e do próprio intestino
delgado. No duodeno ocorre a maior parte da digestão, estando as outras partes do
intestino delgado relacionadas, principalmente, com a absorção de nutrientes. Após sair do
duodeno, o produto do processo de digestivo segue para o jejuno, que apresenta cerca de
2,5 metros de comprimento e segue para o íleo, que possui cerca de 3,5 metros. O
intestino grosso é a porção final do sistema digestório, formado pelo ceco, cólon
ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide e reto. Esse intestino,
quando comparado ao intestino delgado, apresenta-se muito menor possuindo apenas
cerca de 1,5 metro. O intestino grosso apresenta importantes funções no processo
digestivo, sendo responsável pela formação da massa fecal e reabsorção de água, processo
esse que se iniciou no intestino delgado. É no intestino grosso, portanto, que as fezes são
formadas. O reto termina em um estreito canal anal, que se abre no ânus. É pelo ânus que
as fezes são eliminadas para o meio externo.
2. Ingestão: introdução do alimento no estômago;
Digestão: desdobramento do alimento em partes menores;
Absorção: processo realizado pelos intestinos (delgado e grosso);
Nutrição: processo biológico em que os organismos (animais, fungos, vegetais e
micro-organismos), utilizando-se de alimentos, assimilam nutrientes para a realização
de suas funções vitais;

3. A digestão mecânica ocorre apenas na mastigação e obviamente é efetuada pelos dentes.


A digestão química que atua em todo o tubo digestório é realizada pelos sucos digestórios.
A digestão fermentativa ocorre em compartimentos especializados, os quais estão
posicionados tanto anterior quanto posteriormente ao estômago e ao intestino delgado. Na
digestão fermentativa, os substratos moleculares são degradados pela ação das bactérias e
de outros micro-organismos.

4. Em função da presença de microrganismos ruminais, o modo de utilização das proteínas


nos ruminantes difere totalmente dos monogástricos. Estes microrganismos caracterizam-
se por seu alto potencial em sintetizar todos os AA, inclusive os essenciais. Assim, os
ruminantes são mais independentes em relação da qualidade da dieta. Além disso, tornam-
se possível suplementar os alimentos com nitrogênio não-proteico (NNP) como sais de
amônio ou ureia.

5. A fisiologia digestiva dos coelhos é estreitamente relacionada com a ceco trofia, sendo
esta última importante para melhorar a utilização de proteína e matéria seca da dieta. A
ceco trofia ocorre muito precocemente em coelhos selvagem, enquanto que, nos
domésticos, inicia-se no momento em que se passa a ingerir alimentos sólidos, por volta
de terceira semana de vida. Após a separação de partículas, o material cecal permanece
durante algumas horas onde uma série de microrganismos promove uma fermentação com
subsequente incorporação de nutrientes como proteínas, vitaminas do complexo B e
vitamina K, bem como ácidos graxos voláteis. Antes de sua eliminação, as fezes moles
são cobertas por uma camada de muco. A quantidade de cecotrofos produzida está
relacionada com o indivíduo, com a idade, com a quantidade e componentes nutricionais
do alimento, bem como com alterações das funções fisiológicas normais se a ceco trofia é
impedida. É evidente que a fonte comum para os dois tipos de fezes é o material cecal, no
entanto , além de diferenças no aspecto externo (tamanho, forma e consistência),
apresentam composições claramente distintas, especialmente nos teores de fibra, proteína,
minerais e água.

6. Em muitos estudos de utilização de dietas fibrosas pelos suínos a digestibilidade da


própria fibra e seus efeitos sobre a digestibilidade de outros componentes da dieta tem
sido elucidado utilizando fibra bruta como componente representante da dieta fibrosa.
Porém, dependendo do conteúdo relativo de celulose, hemicelulose, pectinas e ligninas, a
fibra bruta quase sempre representa só parte do real consumo de fibra pelo animal. Assim,
dependendo da origem e portanto, da composição química da fibra utilizada, medidas
baseadas na fibra bruta podem levar a uma estimativa incorreta da digestibilidade aparente
da dieta fibrosa.

7. A saliva é estritamente viscosa e está destinada à lubrificação imediata e a deglutição das


partículas. Estes animais escolhem partículas adequadas ao tamanho de sua cavidade oral,
o qual implica uma menor superfície de lubrificação. Têm poucas papilas gustativas,
localizadas exclusivamente na parte posterior da língua, pelo que se considera que têm um
pobre sentido do gosto.

8. BICO E CAVIDADE ORAL


Dando início ao estudo do trato digestório das aves deve-se iniciar pelo órgão responsável
pela capitação dos alimentos, o bica. Quando iremos observar o bico de forma geral é
formado pela mandíbula superior e mandíbula inferior e sua conformação está ligada
diretamente ao que ela consome, apresentando variações de diferente de espécie para espécie.
No bico também está presente o par de narinas, local onde é ocorre a entrada e saída do ar na
respiração.
ESÔFAGO
Nas aves, em sua maioria o esôfago se apresenta de forma longa, come revestimento de
epitélio escamoso estratificado, sendo não queratinizado e com uma espessura grande. Possui
também uma camada muscular externa que é composta de uma é de musculatura lisa que se
apresenta por todo o esôfago.
INGLÚVIO (PAPO)
O papo ou inglúvio e pode ser considerado um pré-estômago, tem com sua função de
recebimento do material que já passou pelo boca e esôfago. Pode se apresentar de forma bem
desenvolvida nas aves como as galinhas, consideradas granívoras, porém, pode ter seu
desenvolvimento imperfeito ou até mesmo ser ausente e outras aves, como é o caso das aves
carnívoras.
ESTÔMAGO GLANDULAR (PROVENTRÍCULO)
O estômago verdadeiro das aves também conhecido como pro ventrículo, está localizado
entre a moela e o esôfago possui glândulas mucosas, secreta pepsinogênio e também ácido
clorídrico HCl, que terão sua ação verdadeira no próximo órgão, auxiliando a digestão que
será mecânica. O seu desenvolvimento este diretamente ligado com habito alimentar da ave.
ESTÔMAGO MECÂNICO (MOELA OU VENTRÍCULO)
O ventrículo é composto por duplas de músculos finos e grossos em contraposição
(músculo liso). A cor vermelho-escura se dá devido a grande quantidade de mioglobina. A
área exterior mucosa do ventrículo é envolvida por um grupo de carboidratos e proteínas,
comumente conhecido como coilina, que se forma quando a secreção mucosa sofre
solidificação na superfície após entrar em contato com o pH ácido do ventrículo.
PÂNCREAS
Baseado em sua funcionalidade, o pâncreas possui duas partes que se distinguem, sendo
uma exócrina e outra endócrina. Na exócrina é produzido o suco pancreático, indispensável
para que ocorra a digestão de proteínas, carboidratos e lipídios, enquanto que na função
endócrina os hormônios – produzidos por células reunida no tecido do órgão - são necessários
para a mantença da glicemia. O pâncreas pode ser descrito como comprido, claro e estreito.
FÍGADO
O fígado é dividido em dois lobos e é geralmente grande na maior parte das aves, com
funcionalidade de estocar carboidratos, vitaminas, gorduras e secreção de bile. A bile possui
sais e outros constituintes capazes de fazer a emulsificação das gorduras que contém no
intestino delgado e com armazenamento na vesícula biliar, que pode ser encontrada na
maioria das aves.
INTESTINO DELGADO
O intestino delgado divide-se em: duodeno, jejuno e íleo, sendo o duodeno a parte mais
próxima ao qual contorna o pâncreas, e onde há certa diminuição na espessura da mucosa,
rumo ao íleo, de acordo com a distinção existente na estatura dos vilos e na fundura das
criptas.
INTESTINO GROSSO
Cecos e o reto (colo) fazem parte do intestino grosso. Os cecos direito e esquerdo, na
maior parte das aves advêm da junção entre os intestinos grosso e delgado e caracterizam
trajetos retrógrados próximo ao íleo, que estão juntos pelas pregas ileocecais.
CLOACA
A cloaca está localizada no fim do trato digestivo e possui três divisões: copródeo - tem
função de recepcionar as fezes oriundas do intestino; uródeo – incumbido de acolher os
excrementos ductos genitais e rins; proctódeo – tem papel de armazenamento de excrementos.

9. O intestino grosso nos equinos possui um ceco e um colón que são divididos em: maior,
transverso e menor, extremamente desenvolvido. É no intestino grosso onde ocorre a
fermentação dos alimentos não digeridos pelo intestino delgado. A população microbiana
do intestino grosso dos cavalos é bem parecida com à do rúmen dos bovinos, que atacam
as fibras e reduzem em ácidos graxos voláteis, e esse ácidos voláteis possuem função de
absorção, como por exemplo, a absorção do fosforo e eletrólitos, além da habilidade de
armazenar e absorver água.

10. As fibras solúveis podem reduzir os níveis pós-prandiais de glicose, triglicérides e


colesterol do sangue. Por isso, se tornam especialmente importantes em dietas
terapêuticas, como para cães obesos ou diabéticos.

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