01 - Rough and Rowdy (Rev-PL)
01 - Rough and Rowdy (Rev-PL)
01 - Rough and Rowdy (Rev-PL)
Mendes, Loren L.
Formatação: Lola
deseja.
Scotty é nove anos mais velho que ela, não que a coisa
da idade me incomodasse. É que Brentlee é jovem, bonita e
deveria estar se divertindo em vez de se contentar com um
casamento com esse imbecil. Brentlee, para mim é a perfeição
personificada. Juntos, eles parecem com robôs perfeitos,
projetados em um laboratório ou algo assim. Só sinto que tem
alguma coisa errada. Sempre teve.
Os bandidos locais.
Deus me ajude.
Os homens me seguiriam.
Não importava.
Kentlee
Fiquei o domingo todo em casa. Na segunda-feira de
manhã, continuava pensando em Fury.
Estava faminta.
Ele faz uma pausa, olha para mim e ri. Uma gargalhada
linda, profunda e sexy. Fico olhando para ele, minha boca
ligeiramente aberta.
— Mais ou menos isso, querida. — Ele sorri enquanto
continua a ler o documento, antes de assinar.
Para ser honesta, tudo que queria fazer era deitar sob
meus lençóis e desmaiar. Sonhar com Fury e suas palavras
sussurradas, fingir que elas são reais. Eu não o vi de novo,
por isso deve ter sido besteira, mas porra era bom se sentir
desejada.
Eu o quero.
Perfeita.
Quero ser má, apenas uma vez. Quero sentir o que é ser
desejada por um homem. Tento ser firme e não permitir que
ele me leve para casa, mas isso só dura mais ou menos um
segundo. Eu não o conheço. Ele faz parte de um moto clube
perigoso.
— Sim — concordo.
Eu concordo.
Eu tinha razão.
— Mais — imploro.
Fury olha para mim sem falar nada, ele parece um deus,
irado, mas sem razão alguma para ficar chateado comigo. Ele
finalmente se levanta, saindo de mim. Eu me mexo e agarro o
lençol e puxo sobre meus seios nus.
Eu choro.
Essa sou eu. Sou descartável, uma pessoa que não vale
a pena manter por perto.
Kentlee
Já faz duas semanas que fiz Fury deixar minha casa e
não ouvi uma palavra dele. Cada vez que a porta da frente se
abre no trabalho, olho para cima, prendendo a respiração na
esperança de que seja ele.
Preciso de amigas.
Fury
Outra garrafa de Jack e outro boquete de Kitty.
Kentlee
Eu previ isso.
Mas eu o quero.
Kentlee Johnson.
— De joelhos — falo.
Kentlee Johnson.
Kentlee
Fury é bem... Irritante.
— Grávida?
— Pierce — grito.
Ele resmunga enquanto sua mão lentamente desliza
pelas minhas costas, abrindo meu sutiã antes de tirá-lo e
arremessá-lo do outro lado do escritório. Sua mão, em
seguida, agarra meu cabelo e ele o enrola em seu punho.
Choro quando ele puxa meu pescoço para trás. Mas não de
dor. Gosto de sua aspereza, a maneira como ele se agarra a
mim, o quanto ele precisa de mim perto dele.
Abro minha boca para dizer algo, mas não posso. Ele
está certo, o bastardo. Quando penso em dizer algo mais a
porta do escritório é aberta. Eu grito e me afundo em seu
peito, em uma tentativa de esconder meu corpo nu, bem
ciente de que minha bunda está à mostra para quem quiser
ver.
Porra.
— É a Red, irmão.
Preciso dormir.
Sinto-me segura.
— Droga, eu não sei por que essa merda foi tão sexy.
Mas porra... — Pierce murmura enquanto entro sob os
lençóis.
Céu.
— Fury — advirto.
— Pierce — grito.
Preciso me controlar.
Eu o quero.
Repugnante.
Não entendi.
Estou segura.
Fury
Ela dorme.
Torch.
Eu estou feliz.
Minha mulher.
Meu bebê.
Meu homem.
Eu me arrepio só de pensar.
— Ah, Ok.
— Pierce — Eu repreendo.
Casa.
Esse não é o seu lar e sei muito bem disso, mas noite
passada e essa tarde, em seus braços... Não quero enfrentar
outra noite sem o seu forte corpo junto ao meu.
— Não posso gatinha. Não posso estar em casa com você
todas as noites. Como disse, preciso manter você e o clube
separados. Sou presidente lá, tenho que estar presente mais
vezes do que ausente — explica.
— Isso aí.
— Você não a conhece. Não fale sobre ela. Finja que nem
existe para você, porra. Entendeu? — Pergunto olhando para
a prostituta.
Preciso respirar.
Fury
Kentlee fode como nenhuma mulher que eu já tive
antes. Isso é dizer muito, considerando que comi uma
tonelada de bocetas em meus trinta e cinco anos. Algo sobre
ela, porém, me faz querer viver dentro dela.
Preciso vê-la gozar, dar aquele sorriso preguiçoso
quando está satisfeita com meu pau. Quero que sorria e ser o
único para quem sorri.
— E aí?
— Tenho que ir. Você vai ficar bem pelo resto do dia? —
Pergunta, me puxando para seus braços.
— Estou.
— Ele quer estar comigo, quer isso e nos quer. Esta casa
é para nós começarmos uma família. — Explico. Os olhos de
Brentlee se ampliam mais uma vez.
Perfeito.
Eu a abraço.
E isso me deprime.
— Eu sei.
Sei que este sentimento não vai durar. Assim que o meu
segredo for revelado, Brent irá desaparecer enquanto eu
estiver na berlinda, mas é bom ter o apoio dela no momento.
Meu pai tem uma boa aparência. Ele é alto, com uma
pele morena e cabelos escuros, com apenas um toque de
cinza nas têmporas. Está em forma também, faz caminhadas
todas as manhãs, antes do café, vai ao clube, pelo menos
quatro vezes por semana para jogar tênis ou basquete com
seus amigos.
— Estou
Tenho uma vida para viver, uma vida bonita, com uma
nova família, minha família. Começo a andar, irritada por não
ter ido com meu carro, porque agora estou sem um meio de
transporte. Pego meu celular e ligo para Pierce.
— E…
Mas, ela é?
Babacas sujos.
Olho-o com surpresa, mas ele não diz mais nada. Engole
mais uma dose e me deixa sozinho para beber.
Não sei quanto tempo fico no bar, mas a música está
alta e o lugar está cheio de mulheres, putas do clube e
irmãos.
Movo meus olhos pelo seu corpo. Ela não é nada, além
de um buraco de porra. Não sinto absolutamente nada por
ela e não me importo se nunca mais a vir.
Kentlee.
Cristo.
Forte e rápido.
Toda vez que ela tentar ficar com raiva de mim e bancar
a vaca comigo, vou ter que mostrar-lhe quem é que manda
quem é dono dela.
Kentlee
Sento e me sinto dolorida pelas atividades de hoje de
manhã com Fury. Estava tão chateada e magoada esta
manhã, enquanto ia até o clube. Queria matar aquele idiota.
Então ele olhou para mim e como uma trouxa, derreti.
Eu fiz o impensável.
Apaixonei-me instantaneamente por um homem, um
homem turbulento, grosso e perigoso que bebe, fuma e pilota
uma Harley.
— Estou. — confirmo.
— Você parece pálida. Por que não tira uma folga. Pode
compensar isso no sábado. Tem uma lista de dez pessoas
agendadas. — Ele oferece gentilmente. Apesar de não ser
realmente uma boa oferta, eu vou aceitar.
Bar de strippers.
Ele ri.
— Sim?
É suave e é lento.
— O quê? — Pergunto.
Fury
Kentlee não falou muito na hora do almoço, mas isso
não me incomoda. Ela está feliz. Eu estou fazendo-a feliz e
isso é tudo que importa. Tiro meu telefone do bolso quando
ele começa a tocar e quase gemo.
Meu pai.
— Pops?
— Sim.
— Sim?
Perfeita.
Foda.
— E aí?
Quero dizer a ela que está tudo bem, que entendo. Mas
odeio isso. Quero a minha irmã na minha vida e na do meu
bebê.
Isso me mata.
— Pierce — grito.
Nossa.
Kentlee,
Vou ficar fora uma semana por isso aqui está algum
dinheiro.
- Pierce
— Só eu — finalmente sussurro.
Fury
A festa de ontem à noite foi insana. Boceta em toda
parte, peladas e a disposição. Meus irmãos sabem se divertir,
não importa o clube que visitamos e estes canadenses não
são diferentes. Eu me mantive fiel a Kentlee. Prometi que não
iria foder qualquer prostituta e não o fiz.
Isso não significa que eu mantive meus olhos fechados.
Eu sorrio, pensando em todas as pequenas amostras que
essas putas nos deram na noite passada. Épico do caralho.
Duas meninas juntas será sempre uma das minhas visões
favoritas e essas cadelas não decepcionaram.
Porra.
Merda.
Federais do caralho.
Sou um merda.
Assim que fecho a porta atrás dele, olho para seu rosto e
sinto um nó na garganta. Ele parece preocupado e
estressado. Não o vejo assim desse jeito desde o dia em que
partiu para o campo de treinamento anos atrás.
Porra.
Mas sei que estou mentindo para mim mesmo. Ele vai
ficar puto da vida.
Fury
Dia de visita.
Grande bosta
Tudo é cronometrado.
Não vou vê-la gorda com meu filho e não vou estar
presente quando ele vier ao mundo. Não vou ouvir as suas
primeiras palavras ou ver os seus primeiros passos. Toda
essa merda que eu estava realmente ansioso para ver.
Ele.
Não estou indo muito mal, mas também não está uma
maravilha. Vendi meu carro fodão e comprei um pequeno
Sedan de quatro portas, usado, reduzindo pela metade o
gasto com o carro.
Mulher do Pierce.
Fury
Deito na minha cama com os braços atrás da cabeça.
Ser mãe era natural para mim. Não tenho ideia do que
estou fazendo, mas todo dia nós sobrevivemos. Bates e Mary-
Anne são meus salvadores. Sem eles, não acho que teríamos
sobrevivido tanto tempo juntos.
Eu sei que ela vai. Sei que eles vão. Só não quero deixá-
lo. Pego minha bolsa na cama e um casaco para cobrir o meu
corpo nu. De jeito nenhum vou sair de casa com esta roupa.
Que os meus vizinhos iriam pensar?
— Drifter? — Sussurra.
— Deve ser bem difícil, ainda mais por ele ter ido
embora— diz ela.
Eu concordo.
Um menino.
Ele é perfeito.
— Ela nunca faria isso com você, irmão — diz ele. Seus
olhos permanecem nos meus, nunca vacilando.
— Ligue para ela. Ela te ama, irmão — ele diz e então vai
embora.
Ela me ama.
Eu sou um covarde.
Já faz dois anos e quatro dias desde que ouvi sua voz.
Eu deveria seguir em frente, tentar namorar e encontrar
alguém que vai me amar. Que vai estar lá durante a noite,
não só para mim, mas para Bear também. Eu deveria - mas
não posso.
O bastardo egoísta.
— É por isso que ela não pode ficar — digo com tristeza
enquanto pego a bandeja e me viro para sair. Posso sentir o
pesar de Candy queimando um buraco nas minhas costas.
Eu sei disso. Sei o quão ruim sua vida em casa era. Ela
me disse mais do que Bates já falou. É triste e horrível ao
mesmo tempo.
Porra.
Doze meses.
“Ele me ama”.
Isso é hilário.
Liberdade.
Fico muito feliz que a tenha. Amo que ele tem uma
figura de avó para abraçar, uma vez que não tem os meus
pais. Não sei o que aconteceu com o pai de Pierce, mas não
cheguei a conhecê-lo e não ouvi uma palavra sobre ele desde
que Pierce foi embora.
Fury
Eu ligo para o meu pai.
Deus sabe que não vou ser fácil de aturar depois que
sair. Provavelmente, vou quebrá-la.
Sei que Kitty ainda está lá. Ela me presenteia com a sua
presença cada vez que fechamos o clube de strip e temos uma
festa do clube.
Fury
Liberdade.
Finalmente.
Porra.
Tão bom.
Liberdade.
Finalmente.
É insano.
Está lotado e há três palcos com bailarinas, além de
garçonetes e dançarinas no chão. É tudo o que imaginei
quando aluguei o espaço. Um sentimento de orgulho e
gratidão me enche ao ver minha ideia concretizada. Eu não
posso esconder o sorriso do meu rosto. Sniper se superou.
Sem ele, isto não seria o que é. Minha visão veio à luz e
graças a ele, não desapareceu e apodreceu comigo na prisão.
Kentlee.
Kentlee é uma garçonete porra.
Em um clube de strip.
Um anjo sujo.
Eu odeio isso.
Ela derrete por mim como fez há três anos. Suas mãos
deslizam para cima do meu peito e se agarram ao meu
cabelo. Seus seios macios pressionam contra o meu peito e
ela geme.
Eu estou pronto.
Sinto seu peito trepidar contra o meu, mas não diz uma
palavra. Ele lentamente desliza para fora do meu corpo antes
de voltar para dentro. Consigo perceber sua contenção em
cada movimento e isso me faz me apaixonar por ele um pouco
mais.
Eu concordo plenamente.
— Tenho?
Fury
Sigo atrás daquele carro barato de merda da Kentlee,
ainda com raiva que ela vendeu aquele carro fodão. Não estou
com raiva dela. Não, estou puto comigo mesmo. Por que não
posso simplesmente declará-la como minha, botar minha
marca nela e acabar com isso? Ela até me pediu para fazer
isso, disse que queria ser minha.
— Sim, gatinha, soa muito bem — ele diz, com sua voz
gentil e suave.
Dou um passo para trás. Ele está tão irritado, tão puto.
— Não vou?
Fury
Melhor dia da minha vida.
Nunca pensei que o melhor dia da minha vida seria tão
calmo, tranquilo e relaxante. Passei o dia com meu filho e
minha mulher.
Abro bem minhas pernas para ela ficar entre elas, suas
mãos repousando nos meus ombros e as minhas
imediatamente ficam em volta do seu quadril.
Proteção e segurança.
— Também te amo.
Fury
Deixá-los não foi fácil.
— O Cartel? — perguntei.
Mais dinheiro.
Quero ficar puto com eles, mas no final, tudo foi minha
culpa, não deles. Temos regras por uma razão.
— Eu sei. — admito.
Eu sabia o tempo todo, de jeito nenhum Sniper iria fazer
isso comigo. E Kentlee, nunca poderia. Ela é minha, cem por
cento.
Eu concordo.
— Obrigado. — falo.
— Por?
— Sempre irmão. Mas não fiz isso apenas por você, fiz
por ela também. Ela é uma boa menina. — ele diz.
— A melhor. — admito.
Passo o resto do dia enrolado com a papelada sobre
valores financeiros. Tenho três anos para compensar. Parecia
que a minha vida estava em espera durante esses anos, mas
a vida aqui não parou. Ela continuou e agora é hora de pôr
tudo em dia. E só então, vou pegar a minha mulher para
exibi-la.
Kentlee
Eu tenho muita sorte.
Ele bate seus lábios nos meus antes que eu possa dizer
uma palavra. Sua mão desliza da parte inferior das minhas
costas para a minha bunda e a aperta com vontade, fazendo-
me gemer em sua boca.
Porra.
— Caramba. — murmuro.
— Não quero que você sinta que está perdendo algo por
minha causa. — sussurro, com olhos lacrimejados.
Porra odeio quando bebo e choro. Isso é tão
constrangedor.
Bastardo cruel.
Soluço só de pensar. Se ficar assim por mais cinco
minutos, vou surtar quem dirá por horas.
Eu quero tudo.
Eu quero mais.
Fury
Kentlee me encara suada e com sua maquiagem e batom
vermelho manchados. Ela nunca pareceu tão bonita para
mim como neste momento.
Sou doze anos, mais velho do que ela por algum motivo,
isso não me incomodou até este momento. Deve ser porque
falou sobre me dar coisas que pensa que quero como o sexo a
três. Talvez fosse a sua maneira de dizer que quer isso.
Preciso ter certeza do que quer, tenho que fazê-la feliz e eu
vou fazer o que for preciso.
Kentlee é perfeita.
E…
Nosso garoto.
Casa.
Palavras tão bonitas para mim.
Sinto-me mal.
— Finalmente. — concordo.
— Bates era bom com ela e bom para ela. Eles eram
muito novos quando ficaram juntos, mas ele a amava. Ela
não era um troféu ou apenas alguma vagabunda, era sua
garota e ele a tratava como uma princesa. — digo mexendo o
molho na panela.
— Eu também. — sussurro.
Fury
Jantar com o meu pai foi... Bem... Interessante.
— Você tem uma boa vida agora, meu filho. — Pops diz
enquanto toma um gole da sua cerveja.
— A melhor. — concordo.
Ela me disse uma vez que rezava para ter mais, mas
meu pai estava imerso no clube e não queria mais
responsabilidade do que já tinha na época. Ele amava a
minha mãe e eu, mas mais bebês significavam mais tempo
em casa e menos tempo com seus irmãos.
Eu concordo.
Meu pai não fica por muito mais tempo, pois tem
bebidas e boceta esperando por ele no clube, então está
pronto para extravasar. Ele dá um abraço em Kentlee e
agradece-lhe pela noite, prometendo fazer mais visitas e
passar mais tempo com Bear.
Quase posso ver os pensamentos que passam pela sua
cabeça. Ele está pegando leve ultimamente. Gostaria de saber
se está pronto para a aposentadoria. Quando estiver aposto
que ficará aqui com seu neto. Talvez seja apenas uma ilusão,
mas ter o meu pai de volta numa vida normal seria muito
bom. Sinto falta desse velho bastardo.
Arrepios assustadores.
Fury
Vault me liga enquanto estou descendo da minha moto
no estacionamento do clube. Franzo a testa ao olhar meu
telefone por um minuto antes de responder, olho em volta do
estacionamento e não vejo sua moto.
— Retaliação — murmuro.
— Juntos — repito.
Aquisição em massa.
Lentamente.
Agora.
Kentlee
Eu gostaria de poder dormir, mas de forma alguma
posso abaixar minha guarda perto desses malucos. Eles
praticamente têm me ignorado até aqui, conversando entre si.
Eles são revoltantes, uma vergonha para a raça humana e me
dão nojo.
Pierce.
É assustador.
— Isto não tem nada a ver com você. Não leve nada para
o lado pessoal — ele começa. Meus olhos se arregalam.
— Não — resmungo.
Kentlee
Sento-me no pequeno escritório e espero. Observo esses
maníacos babacas pelas janelas e percebo que parecem estar
separados por grupo, como se estivessem trabalhando juntos,
mas não se suportassem.
— Você ainda não está livre, vadia — diz Mark. Seu tom
de voz está muito diferente de antes, mesmo assim eu
reconheço a voz dele.
Abro a boca para gritar, mas ele aperta minha garganta,
bloqueando a passagem de ar. Estou completamente indefesa
enquanto ele me arrasta para a porta dos fundos do
armazém. Meu ouvido é preenchido com sons de armas e
gritos de onde os homens estão se enfrentando, mas não
consigo ver mais nada.
É isso.
Estuprar-me e torturar.
— Obrigada — falo.
— Sei por que você foi com eles em silêncio — Pierce diz
enquanto nos aproximamos da casa da Tammy.
Fury
— Eu posso ser sempre um alvo, Pierce, mas nada faz
valer à pena ser infeliz e solitária. Vou enfrentar qualquer
coisa que a vida me der, desde que você esteja ao meu lado.
— Ok — sussurro no escuro.
— Não afaste toda essa beleza e esse amor que você tem
Pierce. Agarre-os com as duas mãos — ele diz calmamente
antes de terminar a ligação. Eu coloco o celular sobre o
corrimão antes de sentir dois braços finos envolverem minha
cintura.
— Estou feliz. Sou feliz pra caralho, tanto que dói por
dentro, garota — digo antes beijá-la.
Eu a beijo, minha amante, minha mulher, minha amiga,
a mulher que repousa seu coração na palma da minha mão.
Minha mulher.
Meu filho.
Minha família.
Seis meses depois
Kentlee
— O zíper não quer subir — diz Rosie atrás de mim
enquanto puxa o zíper do meu vestido.
Está apertado.
— Mas você tem todos nós, e vai ficar tudo bem — Rosie
diz com um sorriso antes de me envolver em um abraço.
Fury
Kentlee é minha desde o momento em que a vi, mas
hoje, ela é oficialmente e legalmente minha.
Vou transar com ela, sim, mas primeiro vou fazer amor
com ela, suave e gentil.