Entorse Do Tornozelo
Entorse Do Tornozelo
Entorse Do Tornozelo
1- Anatomia e Biomecânica
1.1 - Ossos:
O tornozelo é uma estrutura formada pela união de 3 ossos: tíbia, fíbula e
tálus.
1.3 - Articulações:
O tornozelo é formado por três articulações:
- Articulação Talocrural - formado pela extremidade inferior da tíbia e
fíbula com o dorso do tálus.
- Articulação Subtalar - entre o tálus e calcâneo.
- Articulação tibiofibular - formada pela extremidade inferior da tíbia e da
fíbula.
1.4 - Cinesiologia:
Os movimentos envolvidos na articulação do tornozelo são:
- Flexão Plantar - movimento pelo qual a planta do pé é voltada para o
chão, músculos envolvidos neste movimento são: gastrocnêmio e sóleo, a
amplitude de movimento é de 0 - 50º.
- Flexão Dorsal - movimento no qual o dorso do pé é voltado para a
cabeça, músculos envolvidos neste movimento são: tibial anterior e extensor
longo dos dedos, a amplitude de movimento é de 0 - 20º.
- Inversão - movimento no qual se vira a planta do pé para a perna,
músculos envolvidos são: tibial anterior e posterior, a amplitude de movimento
é de 0 - 45º.
- Eversão - movimento no qual se vira a planta do pé para a parte lateral
da perna. Músculos envolvidos são: extensor longo dos dedos e fibular longo e
curto, a amplitude de movimento é de 0 - 30º.
2. Mecanismo de Lesão:
3.1 - Definição:
Entorse pode ser uma sobrecarga grave, estiramento ou laceração de
Entorse de Tornozelo
3.2 - Etiologia:
Após o trauma os ligamentos do tornozelo podem ser estirados ou
rompidos, o tipo mais comum de entorse no tornozelo é provocado por uma
sobrecarga em inversão e pode resultar em ruptura parcial ou total do
ligamento talofibular anterior, provocando uma sobrecarga no tornozelo,
tornando-o instável. Raramente componentes do ligamento deltóide são
sobrecarregados, existe uma maior probabilidade de avulsão ou fratura do
maléolo medial com uma sobrecarga em eversão.
3.3- Classificação:
As entorses de tornozelo são classificadas da seguinte maneira:
- Grau l - ligamento preservado, processo álgico ligamentar e edema
local.
- Grau II - frouxidão ligamentar, dor intensa, edema difuso + hematoma.
- Grau III - ruptura ligamentar parcial ou total, provável fratura por avulsão,
dor intensa, instabilidade, edema difuso e hematoma.
3.5- Diagnóstico:
Nos entorses de tornozelo o diagnóstico é feito através de exames
radiológicos, testes de instabilidades, artrografias e ultra-sonografias.
3.7 - Tratamento:
- Grau I - Crioterapia + compressão + elevação + fortalecimento muscular +
propriocepção.
- Grau II - imobilização de 3 a 4 semanas. Após 20 dias faz-se: crioterapia +
fortalecimento muscular + propriocepção.
- Grau III - cirúrgico.
CASO CLÍNICO
Exame Físico
T. A. T. M.
Inversão -- AIM 2º
Eversão -- AIM 2º
Flexão -- AQCM 3º
Extensão -- AQCM 3º
Objetivos do Tratamento
- Diminuir edema
- Diminuir quadro álgico
- Aumento do arco de movimento
- Alongar
- Fortalecer
- Voltar AVS'S
Tratamento
Quais as causas:
Entorse de Tornozelo
Quais os sintomas:
Como se diagnostica:
Como se desenvolve:
crónicas.
Formas de tratamento:
Formas de prevenção:
Outras designações:
Torção do pé.
O risco de entorse é maior nas pessoas que usam sapatos de salto alto e
estreito, e nas que adoptam maneiras de caminhar que facilitam a torção do pé.
Outros Aspectos:
Entorse de Tornozelo
O risco de entorse é maior nas pessoas que usam sapatos de salto alto e
estreito, e nas que adoptam maneiras de caminhar que facilitam a torção do pé.
O risco de entorse é maior nas pessoas que usam sapatos de salto alto e
estreito, e nas que adoptam maneiras de caminhar que facilitam a torção do pé.
• Grau 1 (discretas): lesão mais leve, com ruptura de poucas fibras; dor
instantânea seguida de um período de alívio, permitindo a continuidade
da atividade e acentuação da dor após intervalo de repouso; pouco ou
nenhum edema; testes mostram tornozelo estável;
• Grau 2 (moderadas): com maior número de fibras rotas; dor instantânea
e ininterrupta, dificultando muito ou impedindo continuação da atividade;
edema moderado, de instalação mais rápida e, mais tarde, sufusão
sangüínea subcutânea; perda parcial de estabilidade, geralmente com
algum teste positivo;
• Grau 3 (graves): com ruptura total de um ou mais ligamentos; dor
instantânea e contínua, aumento de volume rápido, depois, sufusão
sangüínea extensa; perda da capacidade de sustentar o peso;
geralmente mais de um teste de instabilidade positivo.
Tratamento
Entorse de Tornozelo
Tratamento Imediato
Fase de Reabilitação
• Entorse grau II: Porção maior do ligamento é danificada, que gera uma leve frouxidão da
articulação.
• Entorse grau III: Ruptura completa do ligamento e a articulação fica bastante instável.
Como ocorre?
É gerada por uma virada forçada do tornozelo. Na maioria das entorses, o pé vira para
dentro ou para baixo, causando uma lesão na parte externa do tornozelo.
• Edema,
• Equimose,
Como é diagnosticada?
Entorse de Tornozelo
Como é tratada?
• Uso de faixa elástica envolta no tornozelo, para evitar que o edema piore.
• Uso de tornozeleira.
• Uso de muletas, até que seja possível andar sem sentir dor.
• Fisioterapia.
Em alguns casos de entorses graves com instabilidade, a cirurgia é necessária, neste caso, o
tornozelo ficará engessado por 4 a 8 semanas.
• Idade.
• Saúde.
• Gravidade da lesão.
O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente. Todos
se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à
atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
• Puder fazer o “8”, com 9 metros, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total
velocidade.
• Puder pular com ambas as pernas e, depois, apenas com a perna lesionada, sem sentir
dor.
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve
fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja
personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir objetivos como analgesia,
fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma
articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito em casa e sem a supervisão de
um profissional.
A - Resistência a dorsiflexão:
Sentado com a perna lesionada estendida e o pé perto de uma cama, enrolar a faixa ao
redor da planta do pé. Prender a outra extremidade da faixa no pé da cama.
Sentado com a perna lesionada estendida, laçar a planta do pé com o meio da faixa.
Segurar as pontas da faixa com ambas as mãos e, suavemente, empurrar o pé para baixo
apontando os dedos do pé para frente, tencionando a faixa terapêutica (thera band), como
se estivesse acelerando o pedal de um carro.
Sentar com as pernas estendidas, cruzar a perna não lesionada sobre o tornozelo
lesionado.
Enrolar a faixa no pé lesionado e em seguida laçar pé bom, para que a faixa terapêutica
(thera band) fique com uma ponta presa.
Segurar a outra ponta da faixa terapêutica (thera band) com a mão. Virar o pé lesionado
para dentro e para cima.
Sentado, com ambas as pernas estendidas e a faixa laçada em volta de ambos os pés.
As aplicações do frio vem sendo utilizadas desde antes de Cristo. Quando gregos e romanos utilizavam
gelo natural e neve para tratar problemas médicos, passando pelo século 19 quando compressas frias
são reconhecidas como auxiliares nas cirurgias.
A seguir falaremos das diversas utilizações, sua fisiologia e atuação no campo da fisioterapia.
O que é Crioterapia?
Literalmente significa "Terapia com Frio", isto é, aplicação terapêutica de qualquer substância do corpo
que remova o calor corporal, diminuindo a temperatura dos tecidos. Sendo assim, todas as técnicas que
se utiliza do frio como massagem com gelo, criocirurgia, crioalongamento, colocação de uma queimadura
sob água fria são consideradas Crioterapia.
Entorse de Tornozelo
Fisiologia da Crioterapia
O uso da Crioterapia produz anestesia, analgesia, diminui espasmo muscular, incrementa o relaxamento,
permite mobilização precoce, incrementa o limite de movimentos, quebra do ciclo dor-espasmo-dor,
diminui o metabolismo.
Isso ocorre devido ao metabolismo fisiológico da circulação e do sistema nervoso, pois é através dessas
respostas que obteremos os resultados terapêuticos no uso da Crioterapia.
O sistema funciona como um acro reflexo simples, ou seja, pelo estímulo dado, o sistema interpreta e
admite a resposta em forma de vasoconstrução ou vasodilatação.
Considerações:
De acordo com a revisão da literatura sobre os efeitos do calor e do frio, fica evidente que obtemos efeitos
semelhantes entre os dois extremos de temperatura. Já em outros casos o uso do frio produz efeito
oposto ao do calor. Algumas reações ao uso do frio e do calor são semelhantes. O espasmo muscular
secundário a patologias articulares ou esqueléticas, pode ser reduzida com eficácia por ambas
modalidades.
Em lesões do neurônio motor superior com espasticidade, o frio é bastante eficaz na redução da
espasticidade, um efeito com longa duração o que prove a ele um valor terapêutico. Apesar do calor
também reduzir a espasticidade seu efeito é curto, porque o tônus muscular é rapidamente restaurado. O
fluxo sangüíneo aumenta na musculatura resfriando o tecido aquecido.
A dor pode ser diminuída por ambas modalidades se ela for secundária a espasmos musculares. O limiar
de dor é elevado pelo efeito direto do calor e do frio nas terminações nervosas livres e pelo efeito das
fibras especiais de amortecimento da dor.
Outras reações mostram comportamento diferente quando os tecidos são expostos ao calor ou ao frio. O
fluxo aumenta com aplicação do calor e diminui após a aplicação de frio. O edema resultante de trauma
aumenta com aplicação de calor e diminui com o frio. O edema associado com reações inflamatórias
reage da mesma forma. A rigidez articular diminui com aplicação de calor e aumenta com o frio.
Existe uma correlação direta entre as temperaturas de superfície e subcutânea, sendo que a reação de
tecidos subcutâneos é a mesma da pele, apenas diminuindo em magnitude. Após aplicação do frio sobre
a pele, as temperaturas subcutâneas sofrem rápido decréscimo ficando cada vez menor até chegar ao
platô. Devemos levar em consideração a temperatura ambiente e a atividade pré e pós aplicação do frio.
As temperaturas nos tecidos profundos não diminuem tão rápido e seu decréscimo vai estar relacionado
com o tempo de aplicação.
Exemplo: Após 10´ de aplicação do gelo as mudanças de temperatura em tecidos profundos (4cm) é mais
de duas vezes maior do que as aplicações com 5´.
* Compressas Frias - Temperatura 0º 4ºC - A primeira toalha 30" e as demais 3´e 4´;
Entorse de Tornozelo
Criocinesioterapia
Trata-se de uma combinação de aplicações de frio para causar hipoestesia à área do corpo lesionadas
combinada com exercícios ativo, graduado e progressivo. Pode ser usada para qualquer lesão músculo
esquelética.
A Criocinesioterapia permite que a reabilitação comece muito antes do que a Termoterapia tradicional e
pode reduzir o tempo de reabilitação em dias e até mesmo em semana.
Embora seja eficaz para tratar entorses articulares agudas, não é o melhor.
Nas distensões musculares agudas as distensões devem ser alongadas passivamente nos estágios
iniciais da reabilitação. (chamado Crioalongamento - Frio e Alongamento Passivo).
Na Criocinesioterapia a aplicação do frio é para diminuir a dor e uma realização de exercícios ativos livre
de dor.
A Criocinesiologia tem um dispositivo de segurança: a dor durante a hipoestesia induzida pelo frio indica
que o exercício está forte e deve ser diminuído.
EFEITOS DA CRIOCINESIOTERAPIA:
VANTAGENS:
* Tratamento barato.
DESVANTAGENS:
INDICAÇÕES:
* Entorses no ombro;
CONTRA-INDICAÇÕES:
PRECAUÇÕES:
Crioestimulação
É uma técnica utilizada para tratar pacientes com lesão central ou periférica, tendo como objetivo obter
alguma contração muscular. Esta técnica é indicada em graus de força Ø.
O procedimento consiste em passar o gelo longitudinalmente até encontrar o ponto motor, neste momento
ocorre uma leve contração muscular. O tempo é entre 10` a 30`.
Spray
Kraus sugeriu que a nebulização de Cloreto de Etila eleva o limiar da dor. Porém, mais tarde, afirmou que
não havia explicação científica adequada para o fato de a anestesia superficial diminuir a dor em
estruturas profundas. Outros estudiosos (Lorenze Ej, Ellis M., Mennell J.M., e Travell J.) atribuíram o
sucesso dos Sprays refrigerantes à contra-irritação. A área do sistema nervoso central que recebe os
impulsos dolorosos era sensibilizada com uma alta quantidade de impulsos frios que eles eram
diminuídos e bloqueados. Os impulsos sensoriais de frio chegariam ao sistema nervoso central com maior
rapidez que os dolorosos.
A contra-irritação, alívio da dor em um local pela irritação de outro, tem sido um dos métodos mais
importantes no controle da dor. Compressas de água quente e gelo, vibração, sensação tátil, estimulação
elétrica muscular e eletricidade estática são empregados como contra-irritantes. A depressão ou a
inibição sensorial central são responsáveis pela diminuição da dor.
As aplicações terapêuticas de frio produz uma diminuição na transmissão nervosa. O alívio da dor deve-
se a contra-irritação.
O Cloreto de Etila e o Fluorometano líquidos evaporam muito rápido quando aplicados ao corpo, retirando
o calor da pele nesse processo. Como sua evaporação é veloz, os efeitos são muito superficiais. O
fluorometano é o preferido; o Cloreto de Etila é inflamável e pode congelar a pele até que fique dura.
Os efeitos superficiais do Spray Refrigerante limitam seu uso às técnicas que se baseiam na estimulação
do sistema nervoso simpático para tratar dor e espasmo muscular. Os Sprays Refrigerantes nunca devem
ser utilizados quando o objetivo é diminuir a temperatura dos tecidos subjacentes.
* Manter a embalagem 30cm do corpo e liberar um jato moderadamente fino, fazendo ângulo com o
corpo;
* Borrifar a área do corpo em movimento deslizante, na velocidade de cerca de dez cada por segundo;
* Aplicar em uma só direção e prosseguir ritmicamente até que toda a área lesada tenha sido coberta
Entorse de Tornozelo
duas vezes;
Os Manguitos Cryomatic são bandagens de nylon com duas camadas que se adaptam às áreas
selecionadas do corpo, como o tornozelo. O Spray Refrigerante é borrifado no envelope entre as
camadas, proporcionando frio e compressão.
Conclusão:
A Crioterapia - o uso de frio, é uma das modalidades terapêuticas mais baratas e utilizadas para tratar e
reabilitar lesões agudas.
Para que possamos aproveitar integralmente seus benefícios tanto no pronto atendimento quanto na
reabilitação, precisamos dominar o processo inflamatório e termos sensibilidade para perceber todo o
processo que envolve o período de reabilitação. Não devemos esquecer que teoria e prática andam
juntas.
O que observamos com esse trabalho que o uso do gelo vai muito além de sua colocação imediata em
alguma lesão na fase-inicial. É extremamente fascinante o quanto de procedimentos técnicos temos
disponíveis utilizando o frio.
O que precisamos entender é que a Crioterapia é muito mais abrangente e complexas, sendo um recurso
muito pouco estudado por nós Fisioterapêutas.