A Pessoa e A Obra Do Espírito Santo 1º Parte

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A Pessoa e a Obra do Espírito Santo 1º Parte

 
 A Pessoa e a Obra do Espírito Santo 
  
Texto Básico
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador para que fique convosco para
sempre; o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o
conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. Não vos
deixarei órfãos; voltarei para vós.  João 14.16-18   
Texto Áureo:
Para que  segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com
poder pelo seu Espírito no homem interior” Efésios 3.16 
 
Introdução
O Espírito Santo é a terceira pessoa da trindade. Em tudo que faz, o Pai tem a
cooperação do Filho e do Espírito Santo. Essa cooperação com as outras pessoas nota-
se logo que no início da Bíblia, por ocasião da criação: “...e o Espírito de Deus se movia
sobre a face das águas” (Gênesis 1.2). Toda a divina energia e toda a força de Deus se
comunicam através do Espírito Santo (Jó 33.4, 15; Salmos 104.29-30; João 3.3-6; Tito
3.5).
É de se lamentar que alguns que se chamam “cristãos”, não crêem na personalidade e
na divindade do Espírito Santo, ou em que Ele seja uma pessoa separada do Pai e do
Filho. Negam que Ele tenha existido deste a eternidade junto ao Pai e ao Filho. Esta
heresia é muito antiga. Um homem chamado Ário ou Arius 256-336, foi o fundador da
doutrina cristã do Arianismoi, foi um presbítero cristão de Alexandria no quarto século
d.C., ensinava que só Deus Pai é eterno e que foi ele quem criou o Filho o qual, por sua
vez teria criado o Espírito Santo! Esse ensino continua nos dias atuais sob novas
formas.
Examinemos o que a Bíblia diz a respeito do Espírito Santo:
A. A Personalidade do Espírito Santo
 
Dizem os herejes que o Espírito Santo é apenas um nome dado na Bíblia para descrever
o poder ou a força de Deus, sendo portanto algo impessoal e não uma Pessoa distinta.
Será que é assim que a Bíblia nos ensina? Ela deixa claro que o Espírito Santo é uma
Pessoa. Confira:
1. O Espírito Santo é chamado de “o Consolador” (João 14.16-18, 26), que viria substituir
a Cristo na administração da Sua Igreja! Se o Espírito Santo não fosse uma Pessoa,
como poderia Ele tomar o lugar de outra Pessoa, para consolar ou ajudar aos
discípulos?
2. Como poderia Ele “convencer o mundo do pecado e da justiça e do juízo”, se não
tivesse personalidade (João16.7-11)? Como nos poderia “guiar em toda a verdade”,
glorificando a Pessoa do Filho (João 16.12-14)?
3. Como poderia Ele “interceder por nós com gemidos inexprimíveis”? (Romanos 8.26-
27). Poderia ima simples força como o vento ou a corrente elétrica soltar gemidos?
4. Como poderia se entristecer (Efésios 4.30)? somente uma Pessoa pode ficar ofendida!
5. Como poderia falar (Atos 8.29; 10.19; 13.2; 16.7)?
6. Como poderíamos ter “comunhão” com uma simples força ou influência (II coríntios
13.13)?
7. Como poderia descer em forma de pomba se não fosse uma Pessoa (João1.32)?
 
Verdadeiros cristãos não compreendem que o Espírito Santo é Deus conosco, Deus em
nós, (João 14.17). Levamos a sério a advertência apostólica de não fazermos nada para
entristecê-lo (Efésios 4.30)? Dependemos Dele para nos ajudar nas orações e nas lutas
(Romanos 9.26,27; Filipenses 1.19,20)?
O Espírito Santo é uma Pessoa real e constantemente está buscando ter comunhão com
nossos espíritos renovados (Romanos 8.16; II Corínitos13.13). portanto conservemo-nos
em estado de “santificação”, no qual será possível uma comunhão com Ele sem
impedimentos (II Coríntios 7.1).
B. A Divindade do Espírito Santo

A Pessoa e a Obra do Espírito Santo 2°


Parte
O Espírito Santo é Deus, e portanto possui todos os atributos de Deus. Como o Pai e o Filho
existem eternamente, assim também o Espírito Santo (Hebreus9.14). O Espírito Santo é
onipresente, (Salmos 139.7-10). As Escrituras, “inspiradas por Deus” (II Timóteo 3.16-17),
foram dadas por intermédio de homens “movidos pelo Espírito Santo”, (II Samuel 23.2; Atos
28.25; II Pedro 1.21). Ele é mencionado com o Pai e com o Filho,
i Arius defendia a seguinte doutrina da Cristologia:
. Que o Logos e o Pai não eram da mesma essência
. Que o Filho era uma criação do Pai
. Que houve um tempo em que o Filho (ainda) não existia
 
igualmente fazendo parte da divina Trindade (Mateus 28.19-20; I Coríntios 12.4-6; IICoríntios
13.13). Ele é chamado Deus em Atos 5.3-4.
C. A Obra do Espírito Santo
1. O Espírito Santo convence aos pecadores dos seus pecados, querendo levá-los ao
arrependimento para que se salvem (João 16.8-11). Se uma pessa não é convencida pelo
Espírito santo a respeito do seu pecado, ela não será capaz de se arrepender. A conversão é
uma impossibilidade sem esta obra Dele, conforme podemos observar claramente em Atos
2.37. Ao ouvirem a pregação de Pedro, os judeus foram “compungidos no coração”, pelo
Espírito Santo a se arrependerem e crerem em Cristo. Também em Atos 7.54  os judeus foram
convencidos do pecado pelo Espírito Santo, tendo porém Lhe resistido(verso 51). Em Atos
11.21 “a mão do Senhor”  estava com os evangelistas e resultou na conversão de muitos, fala-
nos a respeito dessa obra do Espírito santo. Também em Atos 16.14, foi o Espírito Santo
que “abriu o coração” de Lídia para que pudesse se converter. Em resumo, nada pode ser feito
na obra do Senhor sem a “demonstração deEspírito e de poder”  (I Coríntios 2.4)!
2. Ele efetua a obra da regeneração nos corações dos convertidos, como já foi mencionado
(Tito 3.5).
3. Ele sela os convertidos (I Coríntios 1.21,22; Efésios 1.13; 4.30), sendo o “Penhor” de Deus
que garante a nossa salvação final no Reino de Cristo.
4. Quando nos entregamos inteiramente ao Seu controle, Ele nos enche (Efésios 5.28).
5. No dia de Pentecostes, Ele batizou de uma vez por todas, a Igreja de Jesus Cristo,
concedendo aos discípulos o poder e os dons necessários para a obra da evangelização do
mundo (Lucas 24.47-49; Atos 1.8). o Espírito veio naquele dia para efetuar Seu ministério
através da Igreja, o que vem fazendo desde então (João 14.16; Efésios 2.20-22).
6. Em todas as Suas obras, o Espírito Santo procura glorificar ao Pai e ao Filho (João 16.13-
15).
 
Por isso é impróprio fazer orações ao Espírito Santo. Devemos orar ao Pai, em nome do Filho,
pelo poder do Espírito Santo (Efésios 6.18). desconfiemos daqueles que sempre falam no
Espírito Santo, mas raramente mencionam o Filho e o Pai!
Questionário da Lição 45
1. Onde se encontra na Bíblia a primeira referência feita ao Espírito Santo?
2. Como é que o nome “Consolador” prova que o Espírito santo é uma Pessoa distinta do Pai e
do Filho?
3. Dê algumas outras referências mencionadas que provam que o Espírito Santo é uma
Pessoa.
4. O que devemos fazer para gozarmos a “comunhão do Espírito Santo”?
5. Como provamos a divindade do Espírito Santo?
6. Dê algumas referências do livro de Atos que mostram a obra do Espírito Santo na conversão
das pessoas.
7. Por que o batismo no Espírito Santo ocorrido no dia de Pentecostes não pose ser mais
repetido?
8. A quem o Espírito Santo sempre procura glorificar?
 
Arius defendia a seguinte doutrina da Cristologia:
. Que o Logos e o Pai não eram da mesma essência
. Que o Filho era uma criação do Pai
. Que houve um tempo em que o Filho (ainda) não existia

A pessoa
do Espírito Santo
Atos 16: 1 a 8
A doutrina do Espírito Santo ocupa lugar
central no movimento de renovação espiritual. 
A preocupação deste estudo 
será o de estudar o Espírito Santo 
como pessoa.

Vários atributos definem uma pessoa, 


mas podemos destacar o intelecto, 
a sensibilidade e a vontade. Deus subsiste 
em três pessoas: Pai, Filho
 e Espírito Santo, Ef 4: 6. Portanto, 
o Pai é pessoa, o Filho é pessoa 
e o Espírito é pessoa.

 
Muito se tem ensinado sobre o Deus Pai e o Deus Filho, mas
pouco se ensina sobre o Espírito Santo. Alguns grupos
heréticos afirmam que o Espírito é meramente uma força ou
influência impessoal, o que não é verdade. 

Para nos aprofundarmos nesta doutrina bíblica, estamos


iniciando esta nova revista que trará estudos somente sobre
o Espírito Santo. Vamos caminhar pelas páginas da Bíblia e
aprender que não há nada que possa negar sua realidade.  

Neste estudo, veremos que o Espírito Santo é uma pessoa e


o estudaremos a partir dos traços característicos que assim
o identificam.

I - SEU INTELECTO

A palavra intelecto está associada à inteligência. Uma


d) No orientar, At 13: 2 - Quando há oração e
consagração em busca da vontade de Deus, o Espírito Santo
orienta.

Portanto, as evidências decorrentes dos ensinos bíblicos


mostram que o Espírito Santo não é uma força impessoal.
Ele é Deus, a terceira pessoa da trindade. Não há vida cristã
abundante sem o auxílio do Espírito Santo. Ele torna a fé
dinâmica e nos dá compreensão exata da vontade de Deus.
 

Nomes atribuídos ao Espírito Santo na Bíblia


 Espírito, Ef 5: 18 e Mc 1: 10;

 Espírito Santo, At 2: 4;

 Espírito de vida, Rm 8: 2;

 Espírito de graça, Hb 10: 29;

  Espírito de adoção, Rm 8: 15;

 Espírito da glória de Deus, 1Pe 4: 14;

 Espírito de inteligência, Is 11: 2;

 Espírito de santidade, Rm 1: 4;

 Espírito Santo da promessa, Ef 1: 13;

 Espírito de Jesus, At 16: 7;

 Espírito de Deus. Gn 1: 2;

 Espírito do nosso Deus, 1Co 6: 11

 Espírito Eterno, Hb 9: 14;

 Espírito de vosso Pai, Mt 10: 20;

 Consolador, Jo 14: 16 e 15: 26;

 Espírito de Verdade, Jo 16; 13;

 Espírito de Jesus Cristo, Fp 1: 19;

 Espírito do Senhor, Jz 14: 6 e Lc 4: 18;


 Espírito de Sabedoria, Is 11: 2;

 Bom Espírito, Sl 143: 10.

Um argumento potencial de que o Espírito Santo é uma pessoa é


observar as palavras gregas em João 14.26, 15.26 e 16.13-14. Lá nós
vemos que o antecedente do masculino ἐκεῖνος (uma palavra
masculina para “aquela pessoa”) é πνεῦμα (uma palavra neutra para
“Espírito”). Assim, o argumento persiste, o Espírito é uma pessoa.
Infelizmente, esse argumento possivelmente não resiste a uma análise
minuciosa.

Uma abordagem mais frutífera é primeiro fazer uma pergunta que


quase ninguém faz: como nós sabemos que o Pai é uma pessoa? E
quanto ao Filho?

A resposta é que a Bíblia apresenta uma pessoa como uma


substância que pode realizar coisas pessoais e relacionais (como
falar, pensar, sentir, agir). Algo que realiza essas coisas pessoais em
relacionamentos — como Deus, anjos e seres humanos — é uma
pessoa.

Como o Espírito Santo se sai seguindo esse critério?

1. O Espírito ensina e faz lembrar.João 14.26: “o Consolador, o Espírito Santo, a


quem o Pai enviará em meu nome,esse vos ensinará todas as coisas e vos fará
lembrar de tudo o que vos tenho dito”.
1 Coríntios 2.13: “Disto também falamos, não em palavras ensinadas
pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo
coisas espirituais com espirituais”.

2. O Espírito fala.
Atos 8.29: “disse o Espírito a Filipe: ‘Aproxima-te desse carro e
acompanha-o’”.

Atos 13.2: “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito


Santo: ‘Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os
tenho chamado’”.
3. O Espírito toma decisões.Atos 15.28: “Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a
nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais”.
4. O Espírito pode se entristecer.Efésios 4.30: “E não entristeçais o Espírito de
Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”.
5. O Espírito pode ser ultrajado.Hebreus 10.29: “De quanto mais severo castigo
julgais vós será considerado digno aquele que [...]ultrajou o Espírito da graça?”
6. É possível mentir para o Espírito.
Atos 5.3, 4: “por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses
ao Espírito Santo? [...] Não mentiste aos homens, mas a Deus”.

6. O Espírito pode proibir ou evitar discurso e planos humanos.Atos 16.6-7: E,


percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar
a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus
não o permitiu”.
7. O Espírito perscruta todas as coisas e conhece as coisas de Deus.1 Coríntios
2.10-11: “o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus
[...] as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus”.
8. O Espírito distribui dons espirituais.1 Coríntios 12.11: “o
mesmo Espírito [...] distribuindo [os dons espirituais], como lhe apraz, a cada um,
individualmente”.
9. O Espírito nos assiste, intercede por nós e tem uma mente.Romanos 8.26-27:
“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não
sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira,
com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do
Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.
10. O Espírito testifica aos crentes sobre a adoção deles.Romanos 8.16: “O próprio
Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”.
11. O Espírito testifica a Cristo.“Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos
enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará
testemunho de mim”.
12. O Espírito glorifica a Cristo, recebe o que é de Cristo e
anuncia aos crentes.

João 16.14: “Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e


vo-lo há de anunciar”.

Dunkers

Os Dunkers ou Igreja dos Irmãos, são vários grupos de cristãos de doutrina Pietista-


Anabatista originários da Alemanha no século XVIII.
Em agosto de 1708 em Schwarzenau, sob a liderança de Alexander Mack, um grupo de
oito pessoas do movimento pietista alemão, foi batizado por trina imersão no Rio Eder.
Esse grupo de pietistas sofreu profunda influência anabatista, o que o levou a essa
decisão pelo rebatismo.

Também conhecidos como Neu Taufers (novos batistas) e Tunkers em Alemão e German


Baptist Brethren (irmãos batistas alemães) e Dunkers em Inglês, essas pessoas se
organizaram sem muita hierarquia, proclamando diferentemente de outros anabatistas,
que só tinham como credo o Novo Testamento, alguns chegando a dizer que só a Jesus
Cristo.

Perseguidos no Velho Continente, em 1720 haviam imigrado para a Pensilvânia, então sob


os Quakers e religiosamente tolerante.

Não se consideravam protestantes, evangélicos ou católicos, os Tunkers mantiveram


certas crenças e práticas peculiares: O ágape, o batismo por trina imersão, o ósculo
santo . Eram no princípio universalistas, crendo na salvação de todos, pacifistas radicais,
não escravagistas e apolíticos.

Os Dunkers, entre o fim do século XIX e o começo do XX se dividiram em várias


denominações, algumas mais conservadoras como os Horse and Buggy Brethren, que à
moda dos Amish não usam carro, eletricidade, telefone etc. e se vestem de forma peculiar,
outras mais liberais como a Church of the Brethren (com o maior número de membros).
A Grace Brethren (também noBrasil, com o nome de "Igreja dos Irmãos") e a Brethren
Church se tornaram evangélicas. Os German Baptist Brethren são conservadores e usam
a veste peculiar da tradição Tunker.

No fim do século XIX os ramos liberais estiveram entre os primeiros cristãos a permitir que
mulheres pregassem e no princípio do século XX ordenou-as ao ministério. Nos anos de
1980 começou uma discussão, ainda em curso, pela plena aceitação de gays e lésbicas e
também a sua ordenação, entre os ramos liberais.

No Brasil, o movimento chegou através de imigrantes Teuto-Americanos, na década de


1960. A partir de 1982, Onaldo Alves Pereira e Stephen Newcomer fundaram a Igreja da
Irmandade entre os brasileiros, desejando desenvolver uma igreja que fosse inclusiva a
gays e lésbicas. Isso, no entanto, não teve apoio total da Church of the Brethren nos USA.

Em 2001, com apoio oficial da Church of the Brethren, teve início, com um novo grupo de
pastores, uma nova tentativa missionária da igreja no Brasil (desta vez, sem Onaldo Alves
Pereira), articulando uma proposta teológica de respeito aos homossexuais, sem, no
entanto, fazer disso o objetivo da igreja. A igreja mantêm o nome Igreja da Irmandade,
com trabalhos nas cidades de Campinas, Rio Verde, Indaiatuba, Limeira, Jundiaí e Campo
Limpo Paulista.

Os Morávios (uma chamada ao evangelismo)


1 Os Irmãos Morávios
 Com o advento da Reforma do Século 16, os herdeiros de Jan Hus, os
“irmãos unidos”, abraçaram o protestantismo. Nessa época, eles contavam
com cerca de 400 igrejas locais e 150 a 200 mil membros na Boêmia e na
vizinha Morávia.

 Expulsos de sua pátria durante a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648),


eles se espalharam por diversas regiões da Europa e perderam muitos
adeptos.

1.1 Guerra dos Trinta Anos


Um ano especialmente amargo foi 1621, quando quinze irmãos foram
decapitados no chamado “dia de sangue”.

 Muitos crentes foram mandados para as minas ou masmorras; igrejas


foram fechadas e escolas destruídas; Bíblias, hinários e catecismos foram
queimados.

 Os poucos remanescentes continuaram a realizar as suas funções


religiosas em segredo e a orar pelo renascimento da sua igreja.

Expulsão de um pastor morávio


  
 Um importante líder desse período aflitivo foi o notável educador Jan
Amos Comenius (1592-1670), eleito bispo dos irmãos morávios em 1632.

 Noventa anos mais tarde, uma série de acontecimentos notáveis daria


novos rumos e renovada vitalidade ao movimento morávio.

Jan Amos Comenius e sua casa

Cartilha de Comenius

Comenius e fiéis
  


Em 1722, sobreviventes dos irmãos unidos que falavam alemão, residentes no
norte da Morávia, começaram a buscar refúgio na vizinha Saxônia, sob a
liderança de um carpinteiro, Christian David.
 O jovem conde Nikolaus Ludwig von Zinzendorf (1700-1760) permitiu
que eles fundassem uma vila em sua propriedade de Berthelsdorf, cerca de
110 km a leste de Dresden.
              Zinzendorf             

 Christian David

 Condessa Zinzendorf

 O conde Zinzendorf era fruto do pietismo, um influente movimento que havia
surgido recentemente no luteranismo alemão.
 Esse movimento teve como líderes Phillip Jacob Spener (1635-1705) e
August Hermann Francke (1663-1727).
 Seu principal centro de atividade era a cidade de Halle, também na
Saxônia, a terra de Martinho Lutero.
                                             Phillip Jakob
Spener                                             
                                                                                          
                   

August Hermann rancke

                                                     
Pia Desideria (Desejos Piedosos)

 1.2 Pietistas

 Os pietistas davam grande ênfase à devoção, à experiência e aos


sentimentos, em contraste com a ortodoxia, credos e rituais.
 Também valorizavam a conversão pessoal, o sacerdócio universal dos
crentes, o estudo das Escrituras, os pequenos grupos para comunhão e auxílio
mútuo, bem como um cristianismo prático voltado para educação, missões e
beneficência.
 Nascido em uma família aristocrática, Zinzendorf recebeu uma
educação pietista em Halle dos dez aos dezessete anos.
 Desde a infância revelou uma intensa devoção pessoal a Cristo e mesmo
depois de ingressar no serviço público, em 1721, continuou a ter como
interesse predominante o cultivo da “religião do coração”.

1.3 Liderança de Zinzendorf

 Foi então que Zinzendorf entrou em contato com os morávios. De início


lhes deu pouca atenção, porém em 1727 começou a assumir a liderança
espiritual desse grupo.
 Superadas algumas divisões iniciais, no dia 13 de agosto de 1727 foi
realizado um marcante culto de comunhão que veio a ser considerado o
renascimento da antiga Unitas Fratrum, a Igreja Morávia renovada.
 A partir de então, Herrnhut tornou-se uma disciplinada e fervorosa
comunidade cristã, um corpo de soldados de Cristo ansioso em promover a sua
causa no país e no exterior.
 Embora Zinzendorf desejasse que os morávios permanecessem como
membros da igreja estatal da Saxônia (luterana), gradualmente eles formaram
uma igreja separada.

Herrnhut

Em 1745 a Igreja Morávia já estava plenamente organizada com seus bispos,
presbíteros e diáconos, embora seu governo fosse, e ainda seja, mais
presbiteriano que episcopal.

 A essa altura o moravianismo estava criando uma liturgia de grande


beleza e uma rica tradição hinológica.
 A Igreja Morávia restaurada permaneceu pequena, mas sua influência
se fez sentir em toda a Europa.
 Seus primeiros bispos foram David Nitschmann (1735) e o próprio
Zinzendorf (1737), que após uma vida de intensa atividade missionária e
pastoral na Europa e na América do Norte faleceu em Herrnhut em 1760.
 Certa vez ele havia declarado, referindo-se a Cristo: “Eu tenho uma
paixão; é ele e ele somente”.
Dados

 Durante os próximos 150 anos enviaram 2170 missionários a diferentes


campos estrangeiros. O relatório de 1930 fala de 136 lugares principais
alcançados onde residiam 366 missionários.
 2442 obreiros nacionais, ainda em 1930 feles contabilizaram 75 mil
cristãos batizados e mais de 35 mil alunos em seus seminários. Enquanto em
média as igrejas protestantes enviavam 1 missionário em cada 2000 ou 3000
mil membros, os morávios enviou 1 missionário em cada 92 membros.
Aplicação para a igreja de hoje

 Sem dúvida, sua influência missiológica acarretou em atividade de


missionários em diversos campos estrangeiros, sua força então, sempre em
preocupação com a vida dos irmãos, a educação religiosa e sua devoção são a
causa de uma igreja ativa, isso não só visto pelos morávios, mas também pelos
pietistas, pois, Zinzendorf com suas raízes pietistas, não deixou de assumir um
compromisso de disciplina, fervor na obra e na comunidade cristã, espalhando
assim sua causa no país e no exterior.

 As igrejas de hoje, estão preocupadas com suas doutrinas, seus


interesses, seus templos, e o amor com missões, são mostrados através do
envio do dinheiro, quando se precisa de missionários no campo, pessoas
comprometidas com as vidas tanto no seu país quanto no exterior.

 Sem dúvida, é muito bom não passarmos por perseguições como os


morávios passaram, mas essa perseguição gerou um sentimento de
perseverança e necessidade de proclamar o evangelho, Deus pode utilizar isso
para acordar sua igreja hoje.
 Nossa História
 A origem da nossa denominação
remonta ao Início do século XVIII,
no ano de 1708, na cidade de
Schwarzenau na Alemanha, Cinco
homens e três mulheres foram
batizados no rio Eider, o líder do
grrpo era o Irmão Alexandre Mack.
Eles fundaram o que nós
conhecemos hoje como a IGREJA
EVANGÉLICA DOS IRMÃOS. Com
a perseguição que ocorria na
Europa, estes Irmãos se mudaram
para os Estados Unidos, onde o
trabalho cresceu atingindo hoje
mais de 2000 Igrejas em cerca de
36 países ao redor do mundo
com mais de 750 mil membros. 

 O trabalho da Igreja  Evangélica


dos Irmãos no Brasil, começou com
o Missionário Gerônimo Alting em
1949, depois de uma visita de um
Missionário da Argentina ( chamdo
Clarence Sickel ). Logo depois veio
Eduardo Miller em 1950, João
Zielasko em 1952, Bill Burk em
1954, Barbara Hulse em 1959 e
George Johnson em 1960. 

A primeira Igreja dos Irmãos no


Brasil, foi fundada em Icoaracír -
PA. 

 Apesar de tudo isto, sabemos que


há muito mais para ser feito! Há
muitas pessoas, quase 1/3 do
mundo, que ainda não ouviu o
Evangelho. 

Precisamos levar este Evangelho


aos perdidos. Cremos que somente
a Palavra de Deus é a sua
revelação nós! 

 Nosso lema desde a fundação é "A


BÍBLIA, TODA A BÍBLIA E NADA
ALÉM DA BÍBLIA". 

 Cremos que somente o estudo da


Palavra de Deus pode trazer vida
eterna aos perdidos. 

 "Santifica-os na verdade; a Tua


Palavra é a verdade" - João 17:17. 

"E conhecereis a verdade, e a


verdade vos libertará" - João 8:32. 

 Assim, vocês são bem vindos a


conhecer nosso site e nossa Igreja!
Venha desenvolver um
relacionamento de intimidade com o
Deus criador dos Céus e da Terra. 

 Ele te ama e deu seu único Filho


para te salvar.  

Deus abençoe a todos vocês! 


1. ANJOS SÃO SERES CRIADOS POR DEUS

A Bíblia diz claramente que os anjos foram criados por Deus, em passagens como Sl
148:2,5: "Louvai-o todos os seus anjos; louvai-o todas as suas legiões celestes. Louvem o
nome do Senhor, pois mandou ele, e foram criados". E também em Cl 1:16 "pois nele(em
Cristo), foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis,
sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio
dele e para ele". 

Quando foi exatamente a criação dos Anjos, a Bíblia não deixou claro. Mas uma citação de
Jó, parece indicar que os Anjos, chamados em algumas traduções por "filhos de Deus",
presenciaram pelo menos parte da Criação da terra. Como lemos em Jó 38:4-7: "Onde você
estava quando lancei os alicerces da terra? Responda-me, se é que você sabe tanto. Quem marcou os
limites das suas dimensões? Talvez você saiba! E quem estendeu sobre ela a linha de medir? E os
fundamentos, sobre o que foram postos? E quem colocou sua pedra de esquina, enquanto as estrelas
matutinas juntas cantavam e todos os anjos se regozijavam?" (NVI).

2. ANJOS SÃO SERES ESPIRITUAIS

O autor de Hebreus nos diz que os anjos são "espíritos ministradores" (Hb 1:14:-"Os
anjos não são, todos eles, espíritos ministradores enviados para servir aqueles que hão de
herdar a salvação?"). Os demônios, que são anjos caídos, também são constantemente
chamados de "espíritos". Confira em : Mt 8:16, Mt 12:45, Lc 7:21, Lc 8:2.

Jesus nos detalha que um espírito não tem carne nem osso (Lc 24:39 - "Vejam as minhas
mãos e os meus pés. Sou eu mesmo! Toquem-me e vejam; um espírito não tem carne nem
ossos, como vocês estão vendo que eu tenho").

Em outras duas passagens, Jesus também nos ensina que os anjos não se casam, nem se
dão em casamento:

ð Mt 22:30 "Na ressurreição, as pessoas não se casam nem são dadas em casamento; mas
são como os anjos no céu";

ð Mc 12:25 "Quando os mortos ressuscitam, não se casam nem são dados em casamento,


mas são como os anjos nos céus".

Estas passagens inviabilizam uma antiga interpretação de Gn. 6: 2, onde os "filhos de


Deus" ali mencionados, seriam anjos que possuíram sexualmente mulheres. Uma
interpretação mais viável deste texto, é a de que "os filhos de Deus" eram descendentes de
Sete, que até aquele acontecimento, tinham um bom conceito de parte de Deus.

3. DIFERENÇAS ENTRE ANJOS E HOMENS

a) DEUS FEZ O HOMEM UM POUCO MENOR QUE OS ANJOS


A Bíblia em Hb 2:5-7, nos diz que Deus fez o homem "um pouco abaixo dos anjos" (em
algumas traduções, aparece "um pouco menor que os anjos"). Isto não quer dizer que o
Senhor menosprezou os homens, colocando-os como "seres de 2ª categoria". Nada disso! O
homem é tão importante que foi feito "à imagem e semelhança de Deus", o que não
aconteceu com nenhuma outra criatura. Ó que cremos que o texto quer dizer é que,
embora a superioridade dos anjos em relação aos homens seja notória de muitas maneiras
(como o seu poder e conhecimento), a Bíblia nos mostra que eles têm também suas
limitações, como no que diz respeito a "entender com profundidade o que é pecar". Eles
sabem do que se trata, mas para entender plenamente, precisariam cair em pecado e se
isso ocorresse, não seriam mais anjos de Deus e sim "demônios".

b) NÃO PRECISAM DE SALVAÇÃO

Os anjos não precisam de salvação pela graça, através da fé, justamente por não terem
pecado. Apesar de se alegrarem pela salvação dos homens (Lc 15:10). O apóstolo Pedro
afirma em 1 Pe 1:12, que os anjos anseiam por compreender mais, das coisas do
Evangelho. Eles não têm uma compreensão total, por não terem experimentado
pessoalmente a salvação. Seria o mesmo que alguém falar sobre o casamento, não sendo
casado. A pessoa pode expressar idéias, mas sem a profundidade de ser casado.

c) NADA INDICA QUE O ESPÍRITO SANTO HABITE EM ANJOS

Os anjos não necessitam do auxílio do Espírito Santo, para tornarem-se santos, pois têm
uma relação de obediência contínua a Ele. E se não fossem santos, não conseguiriam
conviver na presença de Deus.

d) CONHECIMENTO, PODER E TEMPO DE VIDA

Os anjos são seres pessoais, dotados de inteligência e vontade. Em 2 Sm 14:20, é


mencionada a "sabedoria de um anjo" e no v. 17, que o "anjo de Deus discerne entre o
bem e o mal". O conhecimento que eles têm é obviamente maior do que o dos homens, pois
convivem com o próprio Deus, armazenando conhecimento de milhares de anos, não só da
Terra, mas de todo o universo. 

Por maior que seja o seu conhecimento, eles não sabem de todas as coisas, não são
oniscientes pois esta característica, pertence só a Deus. Por exemplo, eles não sabem
quando será a segunda vinda de Jesus (Mc 13:32).

Entretanto os anjos, provavelmente, sabem coisas a nosso respeito que não imaginaríamos
que soubessem. Isso, devido a capacidade de não serem vistos e de lutarem a nosso favor,
contra o Reino das Trevas, nas regiões celestes. Os anjos são nossos aliados e farão o
possível para que preguemos o Evangelho, com toda autoridade e ousadia.

Os anjos desfrutam de um poder muito maior do que o dos homens, entretanto não são
onipotentes. Paulo em 2Ts 1:7, refere-se aos "poderosos anjos de Deus". Em Pedro
lemos: "Os anjos, embora maiores em força e poder, não proferem contra elas (autoridades),
juízo infame, na presença do Senhor" (2Pe 2:11). Nos Salmos, são chamados "valorosos em
poder" (Sl 103:20). João nos diz em Ap 20:1-3, que um anjo virá do céu com uma grande
corrente na mão, amarrará a Satanás e o lançará no abismo. Qual ser humano teria tanta
força e poder?

Quanto ao seu tempo de vida, Lucas nos diz que os anjos não morrem (Lc. 20:36). Isto
determina uma existência milenar, mas não eterna. O eterno, não tem princípio, nem fim;
os anjos tiveram princípio, pois foram criados.

e) VISÍVEIS OU INVISÍVEIS

A Bíblia assinala que os anjos, mais comumente, são invisíveis aos homens, pelo fato de
serem espíritos (Hb 1:13-14). Entretanto, em muitas partes das Escrituras, encontramos
anjos que se tornaram visíveis. Quando ocorre esta visibilidade, podem ter a aparência
humana: em Gn 19:1-5: os anjos que aparecem em Sodoma, foram confundidos com
homens; em At 1:10-11: os anjos são chamados de "varões vestidos de branco" - as vestes
brancas são características de anjos, conforme Jo 20:12. Mas, quando os anjos estão
visíveis, há o relato de que os homens ficam assombrados e aturdidos com a magnitude de
suas feições angelicais, por vezes brilhantes como relâmpago como em Mt 28:2-3. Daniel e
João descrevem o esplendor dos anjos em passagens como Dn 10:5-11 e Ap 10:1.

f) ANJOS TEM ASAS ? Nem sempre os anjos são descritos como portadores de asas,
principalmente quando utilizam uma aparência humana. Entretanto, tanto Serafins
quanto Querubins são descritos com muitas asas, confira em Is 6:2,6 e Ez 10:20-21. Mas
Daniel relata em seu livro(Dn 9: 21), que o anjo que apareceu em sua visão, apesar de não
ter asas podia voar.

g) OS ANJOS PODEM ATÉ MESMO COMER

Você sabia que os anjos podem comer? Quando os anjos apareceram a Abraão, este
mandou preparar uma boa alimentação com pães e carne e os anjos não recusaram (Gn
18:1-8). Os anjos que apareceram à Ló em Sodoma, também comeram uma boa refeição
(Gn 19:1-3). Certamente eles não precisam (como nós) do alimento para sobreviver. O ato
de comerem com seres humanos, provavelmente é uma forma de "tranqüilizar os
homens" que estão em sua presença, demonstrando intenções pacíficas e de que aceitam a
hospitalidade oferecida.

CONCLUINDO:

Os anjos, como nós, são criaturas de Deus. Foram dotados de uma natureza diferente da
que os homens têm. Estes maravilhosos mensageiros, são um grande exemplo do amor de
Deus, que fez seres assim para, entre tantas outras coisas, nos proteger e para nos servir,
como nos diz em Hb 1:14. Agradeçamos a Deus por mais esta prova de amor
AP 2 - OS ANJOS (CAÍDOS) DE DEUS

ERROS COMUNS AO LIDAR COM ESTE TEMA

THOMAS MONTGOMERY

Erros comuns ao lidar com este tema.


1- A Palavra de Deus é a única fonte verídica sobre este tema – II Timóteo 3: 16-17. Temos
nas Escrituras tudo o que devemos saber, e o que é necessário. Não há um estudo
sistemático, nem mesmo detalhado, mas tudo o que precisamos saber, Deus nos revelou em
Sua Palavra. Filmes, experiências, contos (fantasmas, espíritos), tradições, especulações, e
idéias carismáticas, tais como livros ou relatos e experiências de exorcismos (conversas com
o diabo) são fontes no mínimo duvidosas, para não dizer; diabólicas. Isaías 8: 19-20.

Colossenses 2: 18: Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto
dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal
compreensão.

2- Passam a idéia de que o inferno não existe, não há sofrimento ou castigo após a morte.

Cristo não gastou tempo dialogando com os demônios, antes, os fazia calar! (Marcos 1: 23-
25; Lucas 8: 26-33).

“A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios
de mentira!” II Tessalonicenses 2:9

Deveríamos nos perguntar que tipo de conhecimento Satanás revela de si mesmo já que ele
é o “Pai da mentira”. (João 8: 44)

3- O diabo não é Onipresente, Onipotente, e nem mesmo Onisciente.

Apocalipse 12: 1-9 – Ele foi lançado fora, foi precipitado! A maioria das igrejas carismáticas
atribui estes atributos ao diabo. Nenhuma criatura possui estes atributos. Jó 1: 6-7 – E num
dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás
entre eles.

Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR, e disse:
De rodear a terra, e passear por ela.

Por isso há uma hierarquia de exércitos, legiões, principados, potestades e etc. Ele depende
dos seus emissários, seus anjos e desta hierarquia toda. O futuro lhe é desconhecido. Ele
tenta se antecipar, ou antecipar as coisas, tentando adivinhar, assim como os astrólogos,
feiticeiros, e falsos profetas. Deuteronômio 18: 18-22. Ele parece ser um gênio, mas só
trabalha com informações previamente obtidas. Atos 16: 16 nos mostra uma mulher que
tinha um espírito de adivinhação, e este lhe ajudava a fazer prognósticos, mas como sempre,
falham, pois se sabiam que seriam expulsos, por que não a levaram para outro lugar? O
diabo trabalha com informantes, assim como qualquer setor de “inteligência” de qualquer
país, pois ele é astuto (II Coríntios 11: 3), mas há muitas coisas que ele não pode saber de
antemão, e por isso falha. Em Isaías 42: 8-9, 46: 9, e 48: 3-5 Deus se mostra como o Único
que pode saber o futuro, e desafia os falsos deuses a fazer o mesmo. Em Daniel 2: 1-2, 4,
10, 12; 27-28 vemos que o diabo não pôde ler os pensamentos do rei e por isso os
astrólogos ficaram sem resposta.

Somente Cristo pode saber o futuro e ler os pensamentos (Mateus 9: 4; 12: 25: Marcos 2:
6-9; Lucas 6: 8; 11: 17).

Vemos em I Coríntios 2: 11-12, que somente o Espírito Santo sabe o que o que se passa no
coração do homem. Por isso, a maior parte daquilo que o diabo sabe, é ou foi obtido através
da observação. Por isso ele precisa de um exército de demônios bem organizado. Ele é uma
criatura e não possui os atributos divinos (Romanos 2: 16; I Cor. 4: 5).

O diabo não é Onipotente. Todo poder que ele tem é outorgado, emprestado, e limitado.
Todos os textos bíblicos ensinam desta maneira. No livro de Apocalipse, capítulo 13, lemos
que lhe foi dado poder, grande poderio, lhe foi permitido, assim como em Jó capítulo 1,
verso 12, nos é dito que ele não poderia estender a sua mão e tirar a vida de Jó. Em Lucas
22: 31 nos é dito que Satanás esteve pedindo constantemente para cirandar, peneirar,
tentar a Pedro.
Em Lucas 4: 6 lemos: E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória;
porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero.

4- Não devemos cair no erro de crer no dualismo (lado a lado). Crer que Satanás seja igual,
ou praticamente igual a Deus. É elevar o diabo ao nível de Deus, e baixar Deus ao nível do
poder do diabo. É crer que Deus vota a favor e o diabo contra, e há uma luta para ver quem
sairá vencedor. É um erro comum entre os carismáticos modernos. O diabo está envolvido
em tudo, nas doenças, na política, nos esportes, nos problemas financeiros, e até mesmo
dentro de algum cômodo da casa trazendo maus fluídos. (I Pedro 3: 22 – Hierarquia de
anjos estão sujeitos a Cristo, Efésios 1: 20-22 – Cristo acima de toda autoridade – Romanos
8: 38- Nem anjos, nem todo exército constituído pode nos separar do amor de Cristo – I
João 4: 4 - Maior, mais forte, mais poderoso é o que está em vós. Tudo o que o Senhor quer
fazer, Ele faz (Salmo 135: 6; Daniel 4: 35), porém Satanás, tem poder outorgado,
emprestado, e limitado.

5- Muitos crêem que Satanás é a única fonte das suas próprias tentações, vícios,
enfermidades, e fraquezas, por isso fazem cultos de libertação. Sabemos que há duas formas
no grego para a palavra tentado, ou seja, provado e tentado (Tiago 1: 13-15). Aqui vemos
que Deus não tenta ninguém, mas muitos crêem que pelo fato de sermos tentado pelo mal,
satanás é o culpado de tudo. Entretanto, quando continuamos a ler o texto, que não
menciona satanás, entendemos que somos tentados, atraídos e engodados pela nossa
própria concupiscência. O processo que envolve a tentação é composto de três passos, são
eles: Atração, Sedução, e Queda. Isso envolve a mente, emoções e desejos, e a vontade. O
processo é o de arrastar os nossos pensamentos para o pecado. Se não tivéssemos desejos,
paixões e vontade da carne, não seríamos seduzidos. Mesmo que satanás e seus anjos
fossem presos e privados de agirem neste mundo, os seres humanos fariam exatamente o
mesmo que tem feito até agora. No milênio satanás será preso, amarrado por mil anos, e
quando solto, sairá a enganar os que habitam na terra, e terá grande sucesso. As nações
estarão sendo regidas sob vara de ferro (Apocalipse 2: 27; 12: 5; 19: 15). As condições
serão as melhores possíveis, com a direção e orientação da Palavra de Deus e dos crentes
glorificados, mas a maioria escolherá a rebeldia (Isaías 30: 21-22; Isaías 35: 1-10). O nosso
maior problema está na carne, em nosso velho homem. Sem nascermos de novo, sem
conversão, não podemos lutar contra a carne e suas concupiscências. Temos que barrar este
processo desde o início, lutando com a ajuda da Palavra de Deus, da oração, e nos afastando
do pecado. É claro que satanás procurará entrar de alguma forma neste processo, pois não
ignoramos os seus ardis (II Coríntios 2: 11), mas o venceremos ao resisti-lo e também ao
resistir ao nosso velho homem (Efésios 6: 13; Hebreus 12: 4; Tiago 4: 7; I Pedro 5: 8-9).
Não podemos dar oportunidade a ele, deixando alguma brecha para que satanás tire algum
proveito (algum desejo, paixão, emoção descontrolada – Efésios 4: 25-28). Nossos inimigos
são: A carne (nós mesmos, nossas próprias concupiscências), o Mundo (e as suas
concupiscências) e o Diabo (com seus ardis e artimanhas que instigam a Carne). A única
arma que satanás tem é o pecado. Pode ser de omissão, comissão (concessão) ou até
mesmo de ignorância. Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos
abstenhais das concupiscências carnais que combatem (Stratia=Um exército acampado)
contra a alma (I Pedro 2: 11).

Jesus Falou: Já não falarei muito convosco, porque se aproxima o príncipe deste mundo, e
nada tem em mim (João 14: 30). Não encontra nada em minha natureza que possa fazer
uso, usar a seu favor, nenhum pecado. Porém, não é assim conosco, pois ele faz uso das
nossas concupiscências. A glutonaria, bebedice, maledicência, invejas, porfias, e etc.

Lucas 21:34 E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de
glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele
dia.

Romanos 13:13 Andemos honestamente, como de dia; não em glutonarias, nem em


bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja.

Gálatas 5:21 Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas,


acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não
herdarão o reino de Deus.
I Pedro 4:3 Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos
gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e
abomináveis idolatrias;

É nossa responsabilidade vigiar e não dar lugar ao diabo! (Mateus 26:41; I Coríntios 15:34; I
Coríntios 16:13; I Pedro 5:8).

Em algum sentido satanás e seus anjos tem poder sobre este mundo (Hebreus 2: 5). Este
mundo, dentro dos limites estabelecidos pelos planos e propósitos de Deus, está sob domínio
de satanás. Vemos isso em Lucas 4: 5-8, onde ele aparece tentando a Cristo e oferecendo os
reinos deste mundo, poder, e glória.

Em I João 5: 19 lemos que este mundo está no maligno, ou seja, o mundo está sob o seu
domínio e controle, manifestando-se a níveis físicos (possessões demoníacas) e espirituais
(espírito de mentira I Reis 22: 22-23).

Ele opera nos filhos da desobediência - Efésios 2: 2 - Em que noutro tempo andastes
segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que
agora opera nos filhos da desobediência.

Ele, como já vimos, tem certo controle também a nível físico neste mundo. Pode controlar os
ventos, o clima, fazer chover fogo do céu (Jó 1: 16-19 e Apocalipse 13: 13)

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