Proc. Soldagem - Oxiacet, Eletr, MIG
Proc. Soldagem - Oxiacet, Eletr, MIG
Proc. Soldagem - Oxiacet, Eletr, MIG
PROCESSOS DE SOLDAGEM
OXIACETILÊNICA
ELETRODO REVESTIDO
MIG/MAG
2003
Processos de Soldagem - Oxiacetilênica, Eletrodo Revestido e MIG/MAG
SENAI-SP, 2003
Trabalho elaborado e editorado pela Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”.
E-mail senaiautomobilistica@sp.senai.br
INTRODUÇÃO 5
O QUE É SOLDAGEM 7
• Conceito de soldagem 7
• Soldabilidade 11
• Metalurgia da solda 12
• Segurança na soldagem 14
SOLDAGEM OXI-GÁS 17
• Soldagem a gás 17
• Gases utilizados 21
• Tipos de chama 21
• Materiais consumíveis 22
• Etapas e técnicas da soldagem a gás 23
• Segurança na soldagem 26
3
SOLDAGEM MIG/MAG 44
• MIG/MAG 44
• Equipamentos para soldagem MIG/MAG 47
• Consumíveis e suas especificações 50
• Transferência de metal 52
• Etapas, técnicas e parâmetros do processo 53
BRASAGEM 58
• Soldagem sem fusão 58
• Consumíveis 62
• Etapas do processo 64
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 67
4
INTRODUÇÃO
A disciplina Carroceria e Pintura, também faz parte do conjunto de informações que visa
habilitar o aluno ao exercício de sua profissão. E dentro desse conteúdo está a área de
Soldagem, indispensável na reparação dos danos que as carrocerias apresentam ao
sofrerem os impactos de batidas tão comuns nos trânsito caótico das grandes cidades e
no tráfego intenso das rodovias.
Esta apostila, contém em seus capítulos informações básicas sobre os processos de sol-
dagem mais utilizados, suas características, equipamentos, técnicas e utilização.
Bons estudos!
5
6
O QUE É SOLDAGEM
A soldagem está intimamente ligada às mais importantes atividades industriais que exis-
tem no mundo moderno: construção naval, ferroviária, aeronáutica e automobilística, cal-
deiraria, construção civil metálica, indústria metalúrgica, mecânica e elétrica. Na verdade,
é rara, se é que existe, a indústria que pode prescindir da soldagem como processo de
produção ou de manutenção.
Então, ter conhecimento profundo sobre soldagem implica em ter conhecimentos sobre
diversas áreas como a metalurgia, a mecânica, a eletrotécnica, a eletrônica, a resistência
dos materiais e ciências como a física e a química, que já citamos.
Todavia, as informações sobre soldagem deste curso não têm o objetivo de ir assim tão
fundo. Aqui, vamos abordar os principais processos, seus materiais e técnicas, de modo
que você possa ter uma boa idéia da importância deles no contexto de indústria metal-
mecânica.
CONCEITO DE SOLDAGEM
7
Por isso, escolhemos apenas uma: aquela que achamos a mais abrangente (ou ampla)
de todas. É a definição da Associação Americana de Soldagem (American Welding Soci-
ety - AWS), segundo a qual, soldagem é o “processo de união de materiais usado para
obter a coalescência (união) localizada de metais e não-metais, produzida por aqueci-
mento até uma temperatura adequada, com ou sem a utilização de pressão e/ou material
de adição” (in Tecnologia da soldagem de Paulo Villani Marques, pág 352).
Em outras palavras, com a soldagem é possível unir dois pedaços de material, usando
calor com ou sem pressão. Nesse processo, pode-se (ou não) ter a ajuda de um terceiro
material, que vai funcionar como uma espécie de “cola“, que chamamos o material de
adição.
Porém, devemos lembrar que é possível unir dois materiais parafusando, rebitando, co-
lando! Esses métodos realmente servem para unir materiais. Porém, a grande “sacada”
da soldagem é a possibilidade de obter uma união em que os materiais têm uma continu-
idade não só na aparência externa, mas também nas suas características e propriedades
mecânicas e químicas, relacionadas à sua estrutura interna.
Embora se possa empregar técnicas de soldagem para vidro e plástico, por exemplo,
vamos manter nossa atenção voltada para os processos de soldagem das ligas metáli-
cas, já que o foco de nosso estudo consiste nos processos de fabricação para a indústria
metal-mecânica. E porque lidamos com metais, é necessário lembrar que há condições
imprescindíveis para se obter uma solda: calor e/ou pressão.
O calor é necessário porque grande parte dos processos de soldagem envolve a fusão
dos materiais, ou do material de adição, no local da solda. Mesmo quando se usa pres-
são e, às vezes, o ponto de fusão não é atingido, o aquecimento facilita a plasticidade do
metal e favorece a ação da pressão para a união dos metais.
O primeiro processo de soldagem por fusão com aplicação prática foi patenteado nos
Estados Unidos em 1885. Ele utilizava o calor gerado por um arco estabelecido entre um
eletrodo de carvão e a peça. O calor do arco fundia o metal no local da junta e quando o
arco era retirado, o calor fluía para as zonas adjacentes e provocava a solidificação do
banho de fusão.
8
Uma nova e significativa evolução aconteceu nesse processo alguns anos mais tarde,
quando o eletrodo de carvão foi substituído por um eletrodo metálico. O processo de a-
quecimento passou, então, a ser acompanhado da deposição do metal fundido do eletro-
do metálico na peça.
9
A evolução desses processos está ilustrada a seguir.
Hoje a soldagem é o método mais importante para a união permanente de metais. Neste
curso, você vai estudar os princípios básicos de alguns dos processos. O aprofunda-
mento desse conhecimento vai depender do seu grau de interesse. Se você quiser saber
mais, é só consultar a bibliografia que está no final deste livro.
OBSERVAÇÃO
Solução sólida é a mistura completa dos átomos de dois metais, ou de um metal e um
não-metal, que acontece quando os metais estão no estado líquido e continua a existir
quando eles se solidificam.
EXERCÍCIO
1. Responda às seguintes perguntas.
a) Diga, com suas palavras, o que você entende por soldagem.
b) De acordo com o que você leu nesta primeira parte da lição, cite ao menos duas
vantagens da soldagem.
c) Observe as coisas ao seu redor e dê o nome de ao menos três produtos que
você usa diariamente e que sejam soldados.
10
SOLDABILIDADE
Para obter a solda, não basta apenas colocar duas peças metálicas próximas, aplicar
calor com ou sem pressão. Para que a soldagem realmente se realize, os metais a se-
rem unidos devem ter uma propriedade imprescindível: a soldabilidade.
O principal fator que afeta a soldabilidade dos materiais é a sua composição química.
Outro fator importante é a capacidade de formar a série contínua de soluções sólidas
entre um metal e outro. Assim, devemos saber como as diferentes ligas metálicas se
comportam diante dos diversos processos de soldagem.
É preciso saber que, em se tratando de soldagem, cada tipo de material exige maior ou
menor cuidado para que se obtenha um solda de boa qualidade.
Se o material a ser soldado exigir muitos cuidados, tais como controle de temperatura
de aquecimento e de interpasse, ou tratamento térmico após soldagem, por exemplo,
dizemos que o material tem baixa soldabilidade. Por outro lado, se o material exigir
poucos cuidados, dizemos que o material tem boa soldabilidade. O quadro a seguir
resume o grau de soldabilidade de alguns dos materiais metálicos mais usados na
indústria mecânica.
11
Soldabilidade
Como se vê, a soldabilidade mútua dos metais varia de um material metálico para outro,
de modo que as juntas soldadas nem sempre apresentam as características mecânicas
desejáveis para determinada aplicação.
METALURGIA DA SOLDA
Por isso, não se pode esquecer de que, às vezes, o metal após sofrer aquecimento, tem
suas características mecânicas afetadas. Assim, a junta soldada pode se tornar relativa-
mente frágil. Na zona afetada termicamente, a estrutura do metal pode ser modificada
pelo aquecimento e rápido resfriamento durante o processo de soldagem. A composição
química fica, entretanto, praticamente inalterada.
12
Dependendo do processo de soldagem que se use, e da natureza dos metais que estão
sendo soldados, teremos um maior ou menor tamanho da zona afetada termicamente.
Por exemplo, na soldagem manual ao arco com eletrodos revestidos finos, a zona afeta-
da termicamente é menor do que na soldagem a gás. É nessa zona que uma série de
fenômenos metalúrgicos ocorrem.
Na região próxima à junta soldada, está a zona de ligação, na qual se observa uma
transição entre a estrutura do metal fundido e a do metal de base.
Próximo a essa faixa, está a zona afetada termicamente na qual o metal é superaqueci-
do de modo que haja um aumento do tamanho do grão e, portanto, uma alteração das
propriedades do material. Essa faixa é normalmente a mais frágil da junta soldada.
EXERCÍCIO
2. Assinale as alternativas corretas.
a) Para realizar uma boa soldagem, deve-se:
1. ( ) Colocar as peças juntas e aplicar calor.
2. ( ) Usinar o material antes de soldar.
3. ( ) Verificar a soldabilidade dos materiais antes de realizar a solda.
4. ( ) Pintar os locais a serem soldados.
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b) Na ilustração a seguir, as regiões assinaladas são:
1. ( ) zona de ligação (a), zona fundida (b), zona afetada termicamente (c)
2. ( ) zona afetada termicamente (a), zona do metal base (b), zona de união (c)
3. ( ) zona de adição (a), zona de solda (b), zona de metal base (c).
4. ( ) zona afetada termicamente (a), zona fundida (b), zona de ligação (c).
SEGURANÇA NA SOLDAGEM
Do ponto de vista do soldador que utiliza o equipamento de soldagem, este deve prote-
ger-se contra perigos das queimaduras provocadas por fagulhas, respingos de material
fundido e partículas aquecidas. Deve se proteger, também, dos choques elétricos e das
radiações de luz visível ou invisível (raios infravermelhos e ultravioleta) sempre presentes
nos diversos processos de soldagem.
14
• os pés e as pernas, com botinas de segurança providas de biqueira de aço e pernei-
ras com polainas que, ao cobrir o peito dos pés, protegem contra fagulhas ou respin-
gos que possam entrar pelas aberturas existentes nas botinas.
• dependendo do processo de soldagem, o rosto deve ser protegido com máscaras ou
escudos de proteção facial dotados de lentes que filtram as radiações infravermelhas
e ultravioleta, além de atenuar a intensidade luminosa. No processo oxiacetilênico,
usam-se, para esse mesmo fim, óculos com lentes escuras ao invés de máscara;
• as vias respiratórias, com máscaras providas de filtros, toda a vez que se trabalhar
em locais confinados ou com metais que geram vapores tóxicos como o chumbo e o
mercúrio.
As roupas do soldador devem ser de tecido não inflamável, e devem estar sempre lim-
pas, secas e isentas de graxa e óleo para evitar que peguem fogo com facilidade.
Além desses cuidados com a proteção individual, o operador deve ficar sempre atento
para evitar acidentes que podem ocorrer no armazenamento, no uso e no manuseio do
equipamento. Para isso, algumas precauções devem ser tomadas:
• Manter o local de trabalho sempre limpo.
• Retirar todo o material inflamável do local de trabalho antes de iniciar a soldagem.
• Manter o local de trabalho bem ventilado.
• Restringir o acesso de pessoas estranhas ao local da soldagem, isolando-o por meio
de biombos.
• Usar sempre o equipamento de proteção individual.
Finalmente, deve-se também cuidar para que o trabalho do soldador não seja prejudicado
pela fadiga. Além de aumentar a possibilidade de haver um acidente, a fadiga causa a
baixa qualidade da solda e baixos níveis de produção. Para superar esse fator, as seguin-
tes providências devem ser tomadas:
1. Posicionar a peça a ser soldada de modo que a soldagem seja executada na posição
plana, sempre que possível.
2. Usar o menor tamanho possível de maçarico/tocha adequado à junta que se quer
soldar.
3. Usar luvas leves e flexíveis.
4. Usar máscaras com lentes adequadas que propiciem boa visibilidade e proteção.
5. Garantir ventilação adequada.
6. Providenciar ajuda adicional para a realização de operações como limpeza e goiva-
gem.
15
7. Colocar a mesas de trabalho e os gabaritos de modo que o soldador possa se sentar
durante a soldagem.
EXERCÍCIO
3. Responda às seguintes questões.
a) Com base no que você estudou nesta aula sobre a soldagem, escreva que tipos
de riscos de acidentes você imagina que um soldador pode sofrer?
b) Com base em sua resposta anterior, justifique o uso dos equipamentos de prote
ção individual (EPI).
16
SOLDAGEM OXI-GÁS
A soldagem pode acontecer geralmente por fusão e por pressão. Neste capítulo, vamos
começar a detalhar os processos de soldagem por fusão. E vamos iniciar com a solda-
gem a gás.
SOLDAGEM A GÁS
Embora esse processo gere temperaturas elevadas, estas ainda são baixas se compara-
das com as geradas pelo arco elétrico. Por causa disso, a velocidade de soldagem é bai-
xa e, apesar da simplicidade e baixo custo, o uso em processos industriais da soldagem
a gás é muito restrito.
17
Assim, ela é usada apenas quando se exige um ótimo controle do calor fornecido e da
temperatura das peças, como na soldagem de chapas finas e tubos de pequeno diâmetro
e, também, na deposição de revestimentos com propriedades especiais na superfície das
peças. Seu maior uso se dá na soldagem de manutenção.
O principal item desse equipamento básico é o maçarico, no qual os gases são mistura-
dos e do qual eles saem para produzir a chama. Ele é composto basicamente de:
18
Basicamente, existem dois tipos de maçaricos:
• O maçarico de baixa pressão, do tipo injetor, que fornece uma mistura de gás e
oxigênio sem variação de proporção;
1. Entrada de oxigênio
2. Entrada de gás
3. Injetor
4. Mistura entre os gases
5. Câmara de mistura
6. Bico
1. Entrada de oxigênio
2. Entrada de gás
3. Ponto de encontro dos gases
4. Misturador de gases
5. Câmara de mistura
6. Bico
O regulador de pressão tem a função de controlar a pressão dos gases que saem dos
cilindros de modo que ela diminua até atingir a pressão de trabalho. Ele pode ser de dois
tipos: de um ou dois estágios. O desenho ao lado ilustra as partes componentes de um
regulador de um estágio.
19
EXERCÍCIO
1. Responda às seguintes perguntas:
a) O que é soldagem a gás?
c) Quais são os casos em que a soldagem a gás é usada nos processos industriais
de fabricação?
20
GASES UTILIZADOS
O oxigênio, que representa 21% da atmosfera que envolve a Terra, é usado puro no pro-
cesso; tem a função de acelerar as reações e aumentar a temperatura da chama.
TIPOS DE CHAMA
21
2. Chama neutra ou normal: formada a partir
da regulagem da chama redutora, é obtida pela
mistura de uma parte de gás, uma de oxigênio
do maçarico e 1,5 parte de oxigênio do ar, e se
caracteriza por apresentar um dardo brilhante.
Ela é usada para a soldagem de cobre e todos
os tipos de aços.
MATERIAIS CONSUMÍVEIS
Além dos gases, mais dois tipos de materiais são às vezes necessários para a realização
da soldagem a gás: os fluxos e os metais de adição. Juntamente com o gás, esses ma-
teriais são chamados de consumíveis.
Para realizar soldagens de boa qualidade, é necessário que as peças metálicas tenham
sua superfície livre da presença de óxidos. Como o oxigênio é parte integrante do pro-
cesso de soldagem a gás e como a afinidade de certos metais com o oxigênio é instantâ-
nea, é quase impossível impedir a formação desses óxidos. Uma maneira de removê-los
é por meio do uso dos fluxos.
Os fluxos são materiais em forma de pó ou pasta que se fundem e têm a função de reagir
quimicamente com os óxidos metálicos que se formam no processo. Eles são usados na
soldagem de aços inoxidáveis e de metais não-ferrosos como o alumínio e o cobre e su-
as ligas.
22
Os metais de adição são usados para preenchimento da junta e para melhorar as pro-
priedades dos metais de base, quando necessário. Encontram-se no comércio sob a for-
ma de varetas com comprimentos e diâmetros variados. São escolhidos em função da
quantidade de metal a depositar, da espessura das peças a serem unidas e das proprie-
dades mecânicas e/ou da composição química do metal de base.
EXERCÍCIO
2. Responda às seguintes perguntas.
a) Que tipos de gases são necessários para a realização da soldagem a gás?
23
Dentro desse processo, duas técnicas de soldagem podem ser empregadas: a soldagem
à esquerda e a soldagem à direita.
Poça de fusão, ou banho de fusão, é a região em que o material a ser soldado está em
estado líquido.
Essa técnica é usada para a soldagem de peças com até 6 mm de espessura, e de me-
tais não-ferrosos, porque o cordão de solda obtido é raso. Ela necessita geralmente que
o soldador faça movimentos rotativos ou em ziguezague de um lado para outro da chapa
para obter uma fusão perfeita.
Nessa técnica, o maçarico se desloca em linha reta, enquanto a vareta de solda avança
em movimentos de rotação no banho de fusão. Ela é empregada para a soldagem de
materiais com espessura acima de 6mm.
24
• menores esforços de dilatação e contração;
• possibilidade de soldagem de ampla faixa de espessuras de materiais.
Por outro lado, a aplicação errada das técnicas de soldagem, a escolha incorreta do me-
tal de adição, o tamanho inadequado da chama podem gerar defeitos na soldagem. Por
isso, é importante conhecer os tipos de defeitos, quais suas causas e como preveni-los
ou corrigi-los. Veja quadro a seguir.
25
EXERCÍCIO
3. Combine a coluna A (tipo de descontinuidade) com a coluna B (causas):
Coluna A Coluna B
a) ( ) Falta de penetração 1. Ângulo de trabalho errado
b) ( ) Falta de fusão 2. Técnica inadequada de deposição
c) ( ) Mordedura na face 3. Chama muito fraca
d) ( ) Superfície irregular 4. Velocidade de soldagem muito alta
SEGURANÇA NA SOLDAGEM
A soldagem pelo processo oxi-gás exige que o soldador se mantenha sempre atento
para evitar acidentes. Estes podem acontecer durante o transporte dos cilindros, na
armazenagem, no uso e manuseio dos cilindros e do próprio equipamento de solda-
gem.
Os cilindros são vasos de pressão bastante resistentes e pesados. Por isso, devido ao
seu peso, pela pressão que contêm e pelo próprio gás que armazenam, eles devem ser
manuseados com bastante cuidado. Por exemplo:
• o transporte deve ser feito com carrinhos especiais, sempre na posição vertical e
com o capacete de proteção das válvulas;
• a armazenagem deve ser em local ventilado, seco e protegido dos raios solares, com
paredes resistentes ao fogo, no qual os cilindros cheios devem estar separados dos
vazios, bem como os de oxigênio (cilindro preto) dos que contêm acetileno (cilindro
bordô);
• os orifícios das válvulas devem ser mantidos limpos, sem vestígios de óleo ou graxa;
• usar uma válvula contra retrocesso (chamada de válvula seca corta-chama) no re-
gulador de pressão de acetileno, a fim de impedir que o retorno da chama, o refluxo
dos gases ou as ondas de pressão atinjam o regulador ou o cilindro;
• manusear os cilindros de gás com cuidado para que eles não sofram choques ou im-
pactos mecânicos;
• nunca deixar a chama do maçarico próxima dos cilindros.
26
Além disso, outras providências podem ser tomadas durante o uso do equipamento:
• verificar se não há vazamento de gases nas mangueiras e conexões;
• nunca soldar ou cortar recipientes metálicos que tenham sido usados para guardar
líquidos combustíveis, sem cuidadosa limpeza prévia;
• usar tenazes para movimentar materiais metálicos aquecidos e de pequeno porte de
um lado para outro.
Um dos grandes perigos na soldagem a gás é o retrocesso da chama, que pode aconte-
cer devido à regulagem incorreta das pressões de saída dos gases. Quando isso aconte-
ce, deve-se proceder da seguinte maneira:
• Feche a válvula que regula a saída de acetileno do maçarico.
• Feche a válvula que regula a saída de oxigênio.
• Esfrie o maçarico, introduzindo-o em um recipiente com água.
• Retire o maçarico do recipiente e abra a válvula de oxigênio para retirar o água que
tenha penetrado no maçarico.
EXERCÍCIO
4. Responda às seguintes questões.
a) Por que se deve ter cuidados especiais com os cilindros de gás para soldagem?
27
SOLDAGEM AO ARCO ELÉTRICO
Veremos neste capítulo, o processo ao arco elétrico com eletrodo revestido, que tem
grande versatilidade e permite a soldagem de um grande número de materiais que vão
desde o aço-carbono, os aços-liga e os aços inoxidáveis, passando pelos ferros fundidos,
até os metais não-ferrosos, como o alumínio, o cobre, o níquel e suas ligas.
Apesar disso, a soldagem ao arco elétrico com eletrodos revestidos é, ainda hoje, o pro-
cesso mais comum de soldagem ao arco em uso. E ele é o assunto deste capítulo.
O arco elétrico, ou arco voltaico, é formado pela passagem de uma corrente elétrica
através de um gás, transformando energia elétrica em calor.
28
O arco de soldagem é formado quando uma corrente elétrica passa entre uma barra de
metal, que é o eletrodo e que pode corresponder ao pólo negativo (ou cátodo) e o metal
de base, que pode corresponder ao pólo positivo (ou ânodo).
Os elétrons livres que formam a corrente elétrica percorrem o espaço de ar entre a peça
e o eletrodo a uma velocidade tal que acontece um choque violento entre os elétrons e os
íons. Este choque ioniza o ar, facilitando a passagem da corrente elétrica, e produz o
arco elétrico.
Para dar origem ao arco, é necessário que exista uma diferença de potencial entre o ele-
trodo e a peça: para corrente contínua de 40 a 50 volts, e para corrente alternada, de 50
a 60 volts. É necessário também que o eletrodo toque a peça, para que a corrente elétri-
ca possa fluir. Depois que o arco é estabelecido, a tensão cai, de modo que um arco es-
tável pode ser mantido entre um eletrodo metálico e a peça com uma tensão entre 15 e
30 volts.
O metal fundido do eletrodo é transferido para a peça formando uma poça de fusão. Esta
é protegida da atmosfera por gases formados pela combustão do revestimento do eletro-
do.
Atualmente o processo de soldagem ao arco elétrico por eletrodo revestido é usado nas
indústrias naval, ferroviária, automobilística, metal-mecânica e de construção civil. É um
processo predominantemente manual adaptado a materiais de diversas espessuras em
qualquer posição de soldagem.
29
FONTES DE ENERGIA PARA SOLDAGEM
A maioria das soldagens ao arco é feita com corrente contínua porque ela é mais flexível,
gera um arco estável e se ajusta a todas as situações de trabalho.
30
EXERCÍCIO
1. Assinale a alternativa correta:
a) A soldagem ao arco elétrico é um processo de soldagem por:
1. ( ) Pressão
2. ( ) Resistência elétrica
3. ( ) Fusão
4. ( ) Pontos
d) A maioria das soldagens ao arco elétrico é feita com corrente contínua porque
1. ( ) tem penetração pouco profunda no metal de base e gera um arco está
vel.
2. ( ) é mais flexível e tem grande capacidade térmica.
3. ( ) gera um arco mais estável.
4. ( ) tem penetração pouco profunda e grande capacidade térmica.
31
SOLDAGEM AO ARCO ELÉTRICO COM ELETRODOS
REVESTIDOS
Existem vários processos que usam arco elétrico para a realização da soldagem. Os mais
comuns são:
• soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido;
• processo TIG, do inglês “Tungsten Inert Gas”, que quer dizer (eletrodo de) tungstênio
e gás (de proteção) inerte;
• processos MIG/MAG, respectivamente do inglês “Metal Inert Gas” e “Metal Activ Gas”,
ou seja, metal e (proteção de) gás inerte, e metal e (proteção de) gás ativo;
• arco submerso;
• arco plasma.
Como já vimos na outra sessão deste capítulo, todos os processos de soldagem por arco
elétrico usam um eletrodo para auxiliar na criação do arco. Isso acontece com todos os
processos que acabamos de listar.
O ELETRODO
O eletrodo revestido é constituído de um núcleo metálico chamado alma, que pode ser ou
não da mesma natureza do metal-base porque o revestimento pode, entre outras coisas,
complementar sua composição química. Desse modo, se o material a soldar é um aço de
baixo carbono e baixa liga, a alma será de aço com carbono (aço efervescente). Se o mate-
rial for aço inoxidável, a alma será de aço de baixo carbono (efervescente) ou aço inoxidá-
vel. Se for necessário soldar ferro fundido, a alma será de níquel puro ou liga de ferro-
níquel, de ferro fundido, de aço.
32
O revestimento é composto de elementos de liga e desoxidantes (tais como ferro-silício,
ferro-manganês), estabilizadores de arco, formadores de escória, materiais fundentes
(tais como óxido de ferro e óxido de manganês) e de materiais que formam a atmosfera
protetora (tais como dextrina, carbonatos, celulose).
33
CLASSIFICAÇÃO DOS ELETRODOS
Além dessas informações sobre os principais tipos de eletrodos, é importante também
saber como eles são classificados de acordo com as normas técnicas.
A classificação mais simples, aceita em quase todo o mundo, foi criada pela AWS – Ame-
rican Welding Society (Sociedade Americana de Soldagem). Veja quadro a seguir.
2. Os dois primeiros dígitos, que também podem ser três, indicam o limite mínimo de
resistência à tração que o metal de solda admite. Eles devem ser multiplicados por
1 000 para expressar e resistência em psi.
3. O dígito seguinte indica as posições de soldagem nas quais o eletrodo pode ser em
pregado com bons resultados:
1. ⇒ todas as posições
2. ⇒ posição horizontal (para toda solda em ângulo) e plana;
3. ⇒ posição vertical descendente, horizontal, plana e sobrecabeça.
34
4. O dígito que vem em seguida vai de zero a oito e fornece informações sobre:
• a corrente empregada: CC com polaridade negativa ou positiva, e CA;
• a penetração do arco;
• a natureza do revestimento do eletrodo.
•
Observação
psi, do inglês “pound per square inch”, que quer dizer libra por polegada quadrada, é
uma unidade de medida de pressão equivalente a uma libra-força por polegada quadrada
ou a 6,895 Pa.
4º dígito 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Intenso Médio
Tipo do com Intenso sem Leve Leve Médio Médio Leve Leve
arco salpico salpico
Por exemplo, um eletrodo E 6013 é um eletrodo com 60 000 psi, para soldar em todas as
posições em CC+, CC- ou CA
5. Grupo de letras e números (nem sempre utilizados) que podem indicar a composição
química do metal de solda.
35
CUIDADOS COM OS ELETRODOS REVESTIDOS
Cuidados especiais devem ser tomados com o manuseio e armazenamento dos eletro-
dos, pois estes podem ser facilmente danificados. Em caso de choque, queda ou se o
eletrodo for dobrado, parte de seu revestimento pode ser quebrada, deixando exposta
sua alma. Nesse caso, ele não deve ser usado em trabalhos de responsabilidade.
EXERCÍCIO
2. Responda às seguintes perguntas.
a) Cite ao menos três processos que usam o arco elétrico para a realização da sol-
dagem.
EQUIPAMENTOS
36
Embora amplamente usado, esse processo depende muito da habilidade do soldador.
Portanto, a qualidade do trabalho de soldagem depende do profissional que deve ser
muito bem treinado e experiente. Como a experiência só se adquire com a execução de
muitas soldas, a preparação da mão-de-obra é demorada e, por isso, custa caro.
Para executar seu trabalho, além dos eletrodos o soldador precisa de:
• Uma fonte de energia que, como já vimos, pode ser um gerador de corrente contínua,
um transformador, ou um retificador que transforma corrente alternada em corrente
contínua.
• Acessórios
Porta-eletrodo – serve para prender firmemente o eletrodo e energizá-lo.
Grampo de retorno, também chamado de terra, que é preso à peça ou à tampa conduto-
ra da mesa sobre a qual está a peça. Quando se usa uma fonte de energia de corrente
contínua, ele faz a função do pólo positivo ou do pólo negativo, de acordo com a polari-
dade escolhida.
•
•
37
Picadeira – uma espécie de martelo em que um dos lados termina em ponta e o outro
em forma de talhadeira. Serve para retirar a escória e os respingos.
Assim, antes de ligar a máquina, o operador deve se certificar de que os cabos, as cone-
xões e os porta-eletrodos estão em bom estado.
38
Se a fonte de energia usada for um retificador, este deve continuar ligado por mais 5 mi-
nutos após o término da soldagem para que o ventilador possa esfriar as placas de silício
da máquina.
Se a fonte for um gerador, o soldador deve lembrar que a chave para ligar a máquina
possui dois estágios. Por isso, é preciso ligar o primeiro estágio, esperar o motor comple-
tar a rotação e, só então, ligar o segundo estágio.
EXERCÍCIO
3. Responda às seguintes perguntas.
a) Qual o material necessário para executar solda ao arco elétrico com eletrodos
revestidos?
c) Por que é necessário usar máscaras com lentes especiais para realizar a solda-
gem ao arco elétrico?
ETAPAS DO PROCESSO
Conforme o tipo de junta a ser soldada, as etapas 4, 5, 6 e 7 devem ser repetidas quan-
tas vezes for necessário para a realização do trabalho. Esse conjunto de etapas que pro-
duz um cordão de solda é chamado de passe.
39
As figuras a seguir mostram os vários passes dados em uma junta.
DEFEITOS DE SOLDAGEM
Mesmo o trabalho de um bom soldador está sujeito a apresentar defeitos. Às vezes, eles
são visíveis durante o trabalho. Outras, eles só podem ser detectados por meio dos en-
saios destrutivos e não destrutivos, ou seja, aquelas análises feitas com o auxílio de
aparelhos especiais e substâncias adequadas, após a soldagem.
Para facilitar seu estudo, os dados foram reunidos no quadro a seguir, que apresenta
uma lista de alguns problemas mais comuns na soldagem ao arco elétrico, suas possí-
veis causas e modos de preveni-las.
Tipo de
Descontinui- Causas Prevenção
dade
1. Escolha do tipo de corrente/ 1. Verificar as especificações do eletrodo.
polaridade errada. 2. Ajustar a amperagem.
Superfície 2. Amperagem inadequada. 3. Ressecar os eletrodos segundo recomendações
irregular 3. Utilização do eletrodo úmido/ do fabricante/ trocar p/outros de melhor qualidade.
de má qualidade. 4. Aprimorar o manuseio do eletrodo.
4. Manuseio incorreto.
1. Amperagem muito alta. 1. Diminuir a amperagem fornecida pela máquina
2. Arco muito longo. de solda.
3. Manuseio incorreto do eletrodo. 2. Encurtar o arco, aproximando o eletrodo da peça
4. Velocidade de soldagem muito em soldagem.
alta. 3. Melhorar o manuseio do eletrodo depositando
5. O arco apresenta sopro lateral mais nas laterais.
Mordedura ou (sopro magnético). 4. Diminuir a velocidade de soldagem, avançando
falta de fusão 6. Ângulo incorreto do eletrodo. mais devagar.
na face 7. Eletrodo com revestimento 5. Inclinar o eletrodo na direção do sopro magnético,
excêntrico. principalmente próximo aos extremos da junta.
Modificar a posição da garra do cabo de retorno.
Evitar ou modificar a posição dos objetos fácilmen-
te magnetizáveis.
Mudar a fonte de energia para corrente alternada
(use um transformador).
6. Inclinar o eletrodo no ângulo correto.
7. Trocar o eletrodo.
40
1. Utilização de eletrodos úmidos 1. Usar somente eletrodo secos,
2. Ponta de eletrodo danificado 2. Utilizar somente eletrodos perfeitos.
(sem revestimento). 3. Inverter a polaridade na máquina de solda.
3. Em C.C., polaridade invertida. 4. Diminuir a velocidade de soldagem.
4. Velocidade de soldagem muito 5. Diminuir o comprimento do arco elétrico, aproxi-
alta. mando o eletrodo da peça.
5. Arco muito longo. 6. Ajustar a amperagem da máquina para o interva-
6. Amperagem inadequada. lo recomendado pelo fabricante para o tipo e
7. Metal de base sujo de óleo, bitola do eletrodo em questão.
Poros visíveis tintas, oxidação ou molhado. 7. Limpar o metal de base por meios apropriados,
8. Manuseio inadequado do ele- antes da soldagem.
trodo na posição vertical 8. Executar a movimentação adequada com teci-
ascendente. mento lento e compassados, mantendo o arco
9. Irregularidade no fornecimento elétrico constantemente curto.
de energia elétrica. 9. Dimensionar a rede adequadamente.
10. Preparação inadequada da 10. Obter uma fresta constante e dentro dos limites
junta. da posição de trabalho.
11. Metal de base impuro ou 11. Rejeitar o metal de base.
defeituoso.
1. Não remoção da escória do 1. Remover a escória do passe anterior antes de
passe anterior. reiniciar a soldagem.
2. Chanfro irregular. 2. A preparação das bordas deve sempre ser reali-
3. Chanfro muito estreito. zada de maneira a obter paredes lisas sem fa-
4. Manuseio incorreto do eletrodo. lhas.
5. Sobreposição errada dos 3. Aumentar o ângulo do chanfro.
passes. 4. Movimentar o eletrodo de forma a impedir que a
Inclusão de 6. Amperagem baixa. escória passe à frente da poça de fusão (aumen-
escória visível 7. Velocidade de soldagem muito tar a velocidade de soldagem e diminuir o ângulo
alta. de ataque).
Evitar mordeduras laterais onde a escória é de
difícil remoção, realizar passe de raiz o mais largo
possível com transição suave com o metal de
base.
5. A seqüência dos passes deve ser tal que evite a
formação de bolsas de escória.
Não soldar sobre passes de grande convexidade.
6. Aumentar a amperagem.
7. Diminuir a velocidade de soldagem.
1. Amperagem muito elevada. 1. Diminuir a amperagem da máquina.
2. Arco muito longo. 2. Encurtar o arco, aproximando o eletrodo da peça
3. Em C.C. polaridade invertida. em soldagem.
4. Arco com sopro magnético. 3. Inverter a polaridade na fonte de energia.
5. Metal de base sujo de óleo, 4. Inclinar o eletrodo na direção do sopro magnético,
tintas, oxidação ou molhado. principalmente próximo aos extremos da junta.
6. Utilização de eletrodo úmido de Modificar posição da garra do cabo de retorno.
má qualidade. Evitar e modificar a posição dos objetos facilmente
Respingos magnetizáveis.
Mudar a fonte de energia para corrente alternada
(usar um transformador).
Aquecer a peça quando existe um membro da
junta mais espesso que o outro.
5. Limpar o metal de base, eliminando poeiras,
óleos, graxas, tintas, oxidação etc.
6. Secar os eletrodos, segundo as recomendações
do fabricante.
Trocar os eletrodos por outros de melhor qualidade.
41
1. Uso de eletrodo de diâmetro 1. Utilizar eletrodo de maior diâmetro ou eletrodo de
muito grande impedindo suas revestimento mais fino.
descida até a raiz. 2. Ser caprichoso na preparação da junta a soldar; rea-
2. Fresta muito pequena ou mes o lizar a montagem respeitando sempre a fresta minima
inexistente; fresta irregular. em função do chanfro e da posição de soldagem.
3. Presença de nariz ou nariz Procurar tomar a fresta a mais constante possível, atra-
muito grande. vés de um ponteamento adequado
4. Falha no manejo do eletrodo. 3. Verificar se é realmente necessária a existência
5. Ângulo de ataque incorreto, de nariz.
principalmente com eletrodos Procurar tornar o nariz o mais constante possível,
básicos. e sempre menor do que o máximo permitido para
6. Falta de calor na junta. o tipo de chanfro e posição de soldagem definidos.
7. Penetração da escória, entre os 4. Dirigir sempre o arco elétrico de modo a aquecer
dois membros da junta na apropriadamente ambas as bordas do chanfro.
Falta de região. Realizar as retornadas / reacendimentos de forma
penetração ou da raiz impede uma fusão com- correta.
falta de fusão pleta dos materiais. Realizar a retomada/reacendimentos de forma
na raiz 8. Alta velocidade de soldagem correta.
5. Utilizar o ângulo adequado.
6. Aumentar a amperagem se ela estiver baixa.
Usar eletrodo de maior diâmetro, se o material for
espesso.
Diminuir a velocidade de soldagem.
Preaquecer a peça de trabalho, se ela estiver fria.
Soldar em posição vertical ascendente.
7. Movimentar o eletrodo de forma a impedir que a
escória passe da poça de fusão.
8. Diminuir a velocidade de soldagem.
1. Amperagem muito alta. 1. Diminuir a amperagem fornecida pela máquina de
2. Arco muito longo. soldar.
3. Manuseio incorreto do eletrodo. 2. Encurtar o arco.
4. Velocidade de soldagem muito 3. Melhorar o manuseio do eletrodo.
Mordedura alta. 4. Diminuir a velocidade de soldagem, avançando
na raiz 5. Sopro magnético. mais devagar.
5. Inclinar o eletrodo na direção do sopro magnético.
Modificar a posição da garra do cabo de retorno.
Evitar ou modificar a posição dos objetos
Mudar a fonte de energia para corrente alternada
(usar um transformador).
1.Soldagem defeituosa, contendo 1. Soldar corretamente evitando a descontinuidade.
inclusões de escória, falta de 2. Interromper a soldagem de forma adequada, fa-
penetração, modeduras, etc. zendo com que a eztinção do arco ocorra sobre o
2.Cratera final com mau acaba passe recém executado.
mento. 3. Reduzir a corrente ou a tensão ou ambas, aumen-
3. Calor excessivo na junta cau- tar também a velocidade de soldagem.
sando excesso de contração e 4. Limpar ou secar o metal de base.
distorção. 5. Efetuar o ponteamento com metal de adição ade-
Trincas 4. Metal de base sujo de óleo, quado corretamente, dimensionando em tamanho
tintas ou molhado. e freqüência.
5. Trincas devido ao ponteamento Remover as soldas de fixação à medida que o tra-
fraco. balho for progredindo.
6. Cordão de solda muito peque Nos casos possíveis de executar o ponteamento do
no (particularmente passe de lado que não será executada a soldagem.
raiz ou de filete). Substituir o ponteamento por outro sistema de fixa-
ção (“cachorros”, “batoques”, “pontes”, etc).
6. Reduzir a velocidade de soldagem, o cordão deve ter
uma secção transversal suficientemente robusta para
suportar os esforços a que estará submetido.
42
7. Teor de enxofre alto no metal 7. Utilizar eletrodos com alto teor de manganês.
de base. Usar arco mais curto para minimizar a queima do
8. Têmpera da zona termicamente manganês.
afetada. Ajustar o chanfro de modo a permitir adequada
9.Fragilização pelo hidrogênio. diluição e utilização do eletrodo.
10. Projeto de junta inadequado. Alterar a seqüência de passes de forma a reduzir
11. Montagem muito rígida. a restrição da solda no resfriamento.
12. Tensões residuais muito ele- Mudar o material a fim de obter adequada relação
vadas. % Mn / %S.
8. Fazer pré-aquecimento para retardar o resfria
mento.
Trincas Usar eletrodos ressecados conforme recomenda-
ções do fabricante.
9. Remover contaminação (óleos, umidades, etc.).
Manter a solda a temperatura elevada por um
período longo para permitir a saída do hidrogênio
através da difusão (pós aquecimento).
10. Preparar os chanfros com dimensões adequadas.
11. Escolher uma seqüência de soldagem que acar-
rete as menores tensões possíveis na junta.
Controlar a distribuição de calor na peça de
trabalho, aquecendo-a ou resfriando-a em todo
ou em partes.
12. Usar tratamento térmico de alívio de tensões.
EXERCÍCIO
4. Numere a coluna A (tipo de descontinuidade) de acordo com a coluna B (prevenção).
Coluna A Coluna B
a) ( ) superfícies irregulares 1. utilização de eletrodos úmidos
b) ( ) mordedura ou falta de 2. chanfro muito restrito
fusão na face 3. polaridade invertida
c) ( ) poros visíveis 4. velocidade de soldagem alta
d) ( ) inclusão da escória 5. manuseio incorreto
e) ( ) respingos 6. presença de nariz, ou nariz muito grande
43
SOLDAGEM MIG/MAG
Assim, à medida que avançamos no estudo dos processos de soldagem, vamos perce-
bendo que uma das grandes desvantagens dos processos estudados até agora, é a pre-
ponderância da operação manual do equipamento. Por causa disso, por mais versáteis
que sejam, eles são sempre lentos, com baixo índice de produtividade e, consequente-
mente, caros.
MIG/MAG
Esse processo tem, no mínimo, duas diferenças com relação ao processo por eletrodo
revestido que também usa o princípio do arco elétrico para a realização da soldagem.
44
A primeira diferença é que o processo MIG/MAG usa eletrodos não-revestidos para a
realização da soldagem.
As siglas MIG e MAG, usadas no Brasil, vêm do inglês “metal inert gas” e “metal active
gas”. Essas siglas se referem respectivamente aos gases de proteção usados no proces-
so: gases inertes ou mistura de gases inertes, e gás ativo ou mistura de gás ativo com
inerte. Ajudam também a identificar a diferença fundamental entre um e outro: a solda-
gem MAG é usada principalmente na soldagem de materiais ferrosos, enquanto a solda-
gem MIG é usada na soldagem de materiais não-ferrosos, como o alumínio, o cobre, o
níquel, o magnésio e suas respectivas ligas.
45
EXERCÍCIOS
1. Assinale com um X a alternativa que completa corretamente as questões abaixo.
a) Alcançar níveis elevados de produtividade sem perder a qualidade é uma das me-
tas da indústria; isso será possível com auxílio da:
1. ( ) habilidade do profissional na empresa.
2. ( ) preponderância da operação manual do equipamento.
3. ( ) automatização que controla o processo.
4. ( ) controle automatizado da mão-de-obra e da matéria-prima.
c) As siglas MIG e MAG indicam processos de soldagem por fusão que utilizam o
calor de um arco elétrico formado entre:
1. ( ) um eletrodo metálico consumível e a peça.
2. ( ) um eletrodo revestido e o elemento de liga.
3. ( ) um eletrodo revestido e o metal de base.
4. ( ) o metal fundido e o metal solidificado.
a) Descreva com suas palavras as diferenças entre as soldagens MIG/MAG com re-
lação ao processo com eletrodo revestido que também usa o princípio do arco
elétrico para soldagem.
46
3. Complete as sentenças abaixo:
47
Para empregar o processo MIG/MAG, é necessário ter os seguintes equipamentos:
Para que o processo de soldagem com eletrodo consumível seja estável, é preciso que o
comprimento do arco permaneça constante. Para isso, a velocidade de consumo do ele-
trodo deve ser, teoricamente e em média, igual a sua velocidade de alimentação.
48
Para ser movimentado, o eletrodo é passado por um conjunto de roletes de alimentação,
que pode estar próximo ou afastado da tocha de soldagem.
As tochas de soldagem podem ser refrigeradas por água ou pelo próprio gás de proteção
que conduzem. Isso depende dos valores de corrente usados e do ciclo de trabalho do
equipamento. Assim, por exemplo, correntes de trabalho mais elevadas (acima de 220 A)
e ciclos de trabalho superiores a 60% recomendam a refrigeração com água.
49
Todo esse conjunto tem um custo inicial maior do que o equipamento necessário para a
execução da soldagem por eletrodos revestidos. Além disso, ele também exige mais cui-
dados de manutenção no decorrer de sua vida útil. Isso porém é compensado pelo alto
nível de produtividade proporcionado pela utilização da soldagem MIG/MAG.
Os eletrodos para soldagem MIG/MAG são fabricados com metais ou ligas metálicas
como aço inoxidável, aço com alto teor de cromo, aço carbono, aços de baixa liga, alumí-
nio, cobre, níquel , titânio e magnésio. Eles apresentam composição química, dureza,
superfície e dimensões controladas e normalizadas. A norma é a da AWS (American
Welding Society) e a classificação para aço-carbono é feita por meio de um conjunto de
letras e algarismos: ER XXXY-ZZ.
50
O tipo de gás influencia nas características do arco e na transferência do metal, na pene-
tração, na largura e no formato do cordão de solda, na velocidade máxima da soldagem.
EXERCÍCIO
5. Responda às seguintes perguntas.
d) Os eletrodos para soldagem MIG/MAG são fabricados com metais ou ligas meta-
licas. Cite ao menos quatro tipos desses metais.
51
TRANSFERÊNCIA DE METAL
Na soldagem MIG/MAG, o metal fundido na ponta do eletrodo tem que se transferir para
a poça de fusão. O modo como essa transferência acontece é muito importante. Ele é
influenciado principalmente pelo valor da corrente de soldagem, pela tensão, pelo diâme-
tro do eletrodo, e pelo tipo de gás de proteção usado.
Por outro lado, o modo como essa transferência ocorre influi, na estabilidade do arco, na
aplicabilidade em determinadas posições de soldagem e no nível de geração de respin-
gos.
Para simplificar, pode-se dizer que a transferência ocorre basicamente de três formas
básicas, a saber:
1. Transferência por curto-circuito.
2. Transferência globular.
3. Transferência por “spray”, ou pulverização axial.
52
A transferência globular acontece quando o metal do eletrodo se transfere para a peça
em gotas com diâmetro maior do que o diâmetro do eletrodo. Essas gotas se transferem
sem direção, causando o aparecimento de uma quantidade elevada de respingos. Essa
transferência, é indicada para a soldagem na posição plana.
A transferência por spray ocorre com correntes de soldagem altas, o que faz diminuir o
diâmetro médio das gotas de metal líquido. Esse tipo de transferência produz uma alta
taxa de deposição, mas é limitado à posição plana.
Para soldar peças pelo processo de soldagem MIG/MAG, o soldador segue as seguintes
etapas:
1. Preparação das superfícies.
2. Abertura do arco.
3. Início da soldagem pela aproximação da tocha da peça e acionamento do gatilho para
início do fluxo do gás, alimentação do eletrodo e energização do circuito de soldagem.
4. Formação da poça de fusão.
5. Produção do cordão de solda, pelo deslocamento da tocha ao longo da junta, com
velocidade uniforme.
6. Liberação do gatilho para interrupção da corrente, da alimentação do eletrodo, do
fluxo do gás e extinção do arco.
53
O estabelecimento do procedimento de soldagem deve considerar variáveis como: ten-
são, corrente, velocidade, ângulo e deslocamento da tocha, tipo de vazão do gás, diâme-
tro e comprimento da extensão livre do eletrodo (“stick out”). Essas variáveis afetam a
penetração e a geometria do cordão de solda.
Assim, por exemplo, se todas as demais variáveis do processo forem mantidas constan-
tes, um aumento na corrente de soldagem, com conseqüente aumento da velocidade de
alimentação do eletrodo, causa aumento na penetração e aumento na taxa de deposição.
Sob as mesmas condições, ou seja, variáveis mantidas constantes, um aumento da ten-
são produzirá um cordão de solda mais largo e mais chato.
A baixa velocidade de soldagem resulta em um cordão de solda muito largo com muito
depósito de material. Velocidades mais altas produzem cordões estreitos e com pouca
penetração.
A vazão do gás deve ser tal que proporcione boas condições de proteção. Em geral,
quanto maior for a corrente de soldagem, maior será a poça de fusão e, portanto, maior a
área a proteger, e maior a vazão necessária.
O quadro a seguir mostra problemas comuns de soldagem, suas causas e medidas cor-
retivas.
54
7. Arames e guias sujos. 7. Limpar a guia com ar comprimido; usar sempre
8. Respingos de solda no bocal. arames isentos de graxa, resíduos ou umidade.
9. Vazamento nas mangueiras e 8. Limpar os respingos de solda do bocal, que
na tocha. podem alterar o fluxo de gás, provocando turbi-
10. Preparação inadequada de lhonamento e aspiração de ar.
Poros visíveis junta. 9. Verificar sempre as mangueiras, conexões,
11. Preparação inadequada de juntas e pistola para evitar aspiração de ar pelo
junta. furo.
12. Metal de base impuro ou 10. Dimensionar a rede adequadamente.
defeituoso. 11. Obter uma abertura constante e dentro dos
13. Tocha muito inclinada. limites da posição de trabalho.
12. Rejeitar o metal de base.
13. Posicionar a tocha corretamente.
1. Abertura muito pequena ou 1. Ser caprichoso na preparação da junta a soldar
mesmo inexistente, ou abertura e realizar a montagem, respeitando sempre a
irregular. fresta mínima em função do chanfro e da posi-
2. Ângulo do chanfro muito pe ção de soldagem.
queno. Procurar tornar a fresta a mais constante pos-
3. Presença de “nariz” ou “nariz” sível, através de um potenciamento adequado.
muito grande. 2. Utilizar ângulo entre 40 e 60o.
4. Falha no manuseio da tocha. 3. Verificar se é realmente necessária a existência
5. Falta de calor na junta. de “nariz”.
6. Passe de raiz com convexida- Procurar tornar o “nariz” o mais constante pos-
Falta de de excessiva. sível e sempre menor do que o máximo permi-
penetração ou de tido para o tipo de chanfro e posição de solda-
fusão na raiz gem definidos.
4. Quando for necessário, parar a soldagem antes
do término do cordão de raiz e realizar as reto-
madas / reacendimentos de forma correta.
5. Aumentar o par tensão X velocidade do arame
(amperagem).
Reduzir a velocidade de soldagem pois ela
pode estar muito alta, porém é preferível
manter o arco na frente da poça de fusão.
Preaquecer a peça de trabalho.
Soldar em posição vertical ascendente.
6. Esmerilhar o passe de raiz, obtendo certa com
cavidade em sua superfície antes de executar o
novo cordão.
Superfície 1. Velocidade inadequada do 1. Ajustar a velocidade do arame.
irregular arame (amperagem). 2. Aprimorar o manuseio da tocha para que o
2. Manuseio incorreto da tocha. tecimento seja cadenciado e constante.
1. Pré-montagem mal executada. 1. Ser caprichoso na preparação da junta a soldar.
Desalinhamento 2. Ponteamento deficiente. 2. Realizar um ponteamento, com soldas de fixa-
ção resistentes e dimensionadas de acordo
com as partes a unir.
1. Tensão muito elevada. 1. Reduzir a tensão.
2. Vazão de gás excessiva 2. Regular a vazão do gás.
3. Sujeira no metal de base. 3. Limpar o metal de base, eliminando tintas,
4. Avanço do arame alto ou baixo óxidos, graxas e outras impurezas que provocam
em relação à tensão do arco. isolamento entre o arame e o metal de base.
Respingos 5. Distância excessiva entre o 4. Regular o avanço do arame.
bocal e a peça. Controlar a condição ideal pelo tamanho/volume
da gota na ponta do arame, que deve ter aproxi-
madamente o mesmo diâmetro do arame.
5. Manter a distância correta entre o bocal e a
peça.
55
7. Controle inadequado da indu- 7. Controlar a indutância adequadamente.
tância. 8. Usar a técnica de arco quente (arame sobre a
8. Posição inadequada da tocha. poça de fusão) para melhorar a estabilidade do
9. Mau contato entre cabos e arco e reduzir os respingos. Não inclinar muito
Respingos peças. a tocha e procurar manter, onde for possível, o
10. Bico de contato danificado. arco perpendicular à linha da solda.
11. Bocal com respingos. 9. Limpar as superfícies de contato a fim de evitar
instabilidade no arco.
10. Trocar o bico de contato.
11. Limpar ou trocar o bocal com respingo.
EXERCÍCIOS
Assinale com um X a alternativa correta nas questões abaixo:
56
c) A transferência por spray ocorre com:
1. ( ) corrente e tensões altas produzindo baixa taxa de deposição.
2. ( ) correntes de soldagem baixas produzindo altas taxas de deposição.
3. ( ) correntes de soldagem altas, produzindo alta taxa de deposição.
4. ( ) correntes de soldagem altas, produzindo baixas taxas de deposição.
57
BRASAGEM
Apesar do emprego das mais variadas fontes de calor e da utilização de diferentes técni-
cas de trabalho, todos os processos de soldagem estudados até agora tinham uma coisa
em comum: eram processos de soldagem com fusão. Ou seja, esses processos têm em
comum o fato de que os metais de base sempre atingem a temperatura de fusão no local
onde se realiza a soldagem.
Neste capítulo, você vai estudar um conceito novo, mas ao mesmo tempo muito velho, de
soldagem. Na verdade, antes do desenvolvimento da maioria dos processos de soldagem
atuais, o processo que estudaremos foi um método de união amplamente empregado.
Nele serão estudados o método, suas características, vantagens, desvantagens e apli-
cações.
O processo de união que será apresentado neste capítulo, tem como principal caracterís-
tica o fato de que a união dos metais é obtida com o uso de um metal de adição que tem
uma temperatura de fusão superior a 450ºC, porém menor do que a temperatura de fusão
do metal de base. Ele é chamado de brasagem.
Mas, esta não é a única característica da brasagem. Além de não haver fusão do metal
de base, a união é formada pelo metal de adição que preenche a junta por capilaridade,
ou seja, esse metal em estado líquido preenche os espaços vazios que existem entre as
superfícies a serem soldadas.
A brasagem requer também, e na maioria dos casos, o uso de um fluxo cuja função é a
remoção das impurezas da superfície do metal de base. Essa providência garante que o
metal de adição fundido tenha contato direto com as superfícies das juntas. Como a flui-
dez do metal de adição é muito maior que do que a do fluxo, o material de adição desloca
o fluxo e substitui-o na junta. Após o resfriamento, o metal de adição solidificado preen-
che a junta e o fluxo se distribui pela periferia da junta.
58
A ligação entre o metal de adição e o metal de base é sólida e resistente. Ela se dá por
difusão por meio da formação de ligas intermetálicas na região de contato entre as duas
superfícies. Para que isso aconteça, é necessário que o contato entre o metal de adição
e o metal de base seja perfeito. Isso é conseguido se as superfícies estiverem completa-
mente isentas de qualquer traço de sujeira, óxidos, graxa etc. A limpeza é feita por meios
químicos ou mecânicos. Mesmo assim, os metais precisam ser protegidos durante o a-
quecimento por um fluxo ou uma atmosfera adequada.
A brasagem pode ser feita em atmosfera ativa, inerte ou sob vácuo. O uso de atmosferas
protetoras elimina a necessidade de limpeza após a operação, para eliminar da junta as
substâncias corrosivas provenientes dos fluxos.
Esse processo, também chamado de brasagem forte, tem múltiplas aplicações; de modo
geral, é empregado na união de metais diferentes, de peças de pequena espessura, de
metais tratados termicamente e em uniões de metal com cerâmica.
O processo de brasagem tem variantes que são classificadas de acordo com a fonte de
calor ou método de aquecimento usados.
59
O quadro a seguir ilustra essa classificação.
EXERCÍCIOS
1. Preencha as lacunas com a alternativa correta.
a) Quando a união de metais é obtida com o uso de metal de adição com uma tem
peratura de fusão superior a ......................... porém menor do que a temperatura
de fusão do metal base, chamamos esse processo de ......................... .
1. ( ) 480ºC, soldagem
2. ( ) 450ºC, caldeamento
3. ( ) 420ºC, brasagem
4. ( ) 350ºC, soldagem
60
b) Para que a ligação entre o .................................. e o ............................. sejam
perfeitas é necessário que as superfícies estejam completamente isentas de
sujeira.
1. ( ) metal ferroso, metal de adição
2. ( ) metal de adição, metal não-ferroso
3. ( ) metal de adição, metal de base
4. ( ) metal de base, metal ferroso
61
CONSUMÍVEIS
Como já vimos na primeira parte desta aula, para a realização da brasagem, é imprescin-
dível o uso de metal de adição e, na maioria dos casos, de fluxos protetores.
Para obter uma junta com características adequadas a sua aplicação, é importante a es-
colha certa do material de adição. Essa escolha é feita em função do metal de base, do
método de aquecimento, do desenho da junta e do tipo de proteção escolhido.
Os metais de adição para brasagem são normalizados pelas normas AWSA 5.7-77 e
AWS A5.8-81. O quadro a seguir apresenta algumas das ligas de metais de adição mais
comuns, juntamente com os metais de base aos quais se aplicam e respectivo método de
aquecimento.
62
Os materiais, como o metais, uns mais, outros menos, sempre reagem com o ambiente.
O grau de reação vai depender do metal e das condições do ambiente. A temperatura,
por exemplo, pode levar à formação de óxidos, que são prejudiciais ao processo de bra-
sagem e ao desempenho da junta.
63
Alguns metais de adição são autofluxantes, ou seja, desempenham também o papel do
fluxo em certas ligas. É o caso, por exemplo, do constituinte Cu3P do cobre-fósforo que
funciona como fluxo quando usado em cobre e suas ligas.
ETAPAS DO PROCESSO
64
EXERCÍCIOS
3. Preencha as lacunas com a alternativa que complete corretamente a sentença abaixo.
65
6. Preencha as lacunas com a alternativa que complete corretamente as questões a
seguir.
a) Para que o metal de adição possa expulsar o fluxo para a periferia a ....................
............................ na ............................ de operação é fundamental.
1. ( ) densidade, temperatura
2. ( ) viscosidade, velocidade
3. ( ) viscosidade, temperatura
4. ( ) temperatura, velocidade
66
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
67