Trabalho - Oab
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Trabalho - Oab
Trabalho?
que muitas vezes não é adquirido de forma eficaz durante a graduação de direito.
Pensando nisto, trouxemos este breve material a fim de oferecermos uma visão geral da
prova da OAB, com dicas para iniciar sua peça, dando um ponto final a qualquer medo e
insegurança sobre a prova. Fica ligado!
A partir destes principais pontos, podemos começar a raciocinar qual seria a peça
processual cabível. Observe que a FGV apresenta algumas informações na intenção de
findar qualquer controvérsia sobre o cabimento da peça.
Nesta explicação, não vamos levar em consideração as particularidades do
Direito do trabalho, pois nossa intenção é mostrar-lhe o passo a passo a ser realizado
em toda e qualquer peça de segunda fase, independentemente da disciplina.
Preste atenção no gabarito comentado disponibilizado pela FGV e perceba como os
pontos acima anotados/sublinhados foram essenciais para a construção da peça e
essenciais para que o candidato pontuasse adequadamente:
Viu? Não é difícil iniciar uma peça prático-profissional após utilizar esse passo a
passo. É evidente que o aluno, além de ler e interpretar muito bem o enunciado, precisa
ter estudado a disciplina, a estrutura de suas peças, além de dominar o uso do Vade
Mecum. Neste sentido, aí vão mais algumas dicas para a sua prova:
Realize simulados
Faça treinos simulados de redação, peças e questões discursivas, considerando a
mesma quantidade de tempo e a permissão/vedação à consulta de legislação. Treine
para que no dia da prova você tenha segurança para escrever diretamente na folha de
resposta, pois transcrever o texto do rascunho tomará bastante tempo, e você correrá o
risco de não finalizar a tempo.
Processo nº xxx
RECURSO ORDINÁRIO
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB nº
I – PREMIMINARES
1. Incompetência
A sentença não merece prosperar, pois, nos termos do art. 876, parágrafo
único, da CLT, Súmula Vinculante nº 53 e Súmula nº 368, I, do TST, a competência
da Justiça do Trabalho para a execução das contribuições sociais, previstas no art.
114, VIII, da CF, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia e às sentenças
homologatórias de acordo, sendo incompetente para a execução das contribuições
incidentes sobre os salários pagos durante o período contratual, como no caso em
tela.
2. Coisa Julgada
3. Litispendência
A sentença não merece prosperar, pois, nos termos do art. 337, VI e §§1º e
3º do CPC, há litispendência quando se repete pedido que está em curso, como é
o caso das diárias postuladas.
II – PREJUDICIAL DE MÉRITO
1. Prescrição Parcial
O juízo a quo não acolheu a prescrição parcial, porque ela foi suscitada em
razões finais, entendendo que deveria sê-lo apenas na contestação, tendo ocorrido
preclusão.
A sentença não merece prosperar, pois nos termos da Súmula nº 153 do TST,
a prescrição pode ser arguida em instância ordinária, ou seja, no juízo de 1º grau,
bem como nos Tribunais Regionais do Trabalho.
Pelo exposto, requer a reforma da sentença para acolher a prescrição parcial
e extinguir o processo com resolução do mérito, com fulcro no art. 487, II do CPC,
quanto às verbas postuladas anteriores aos últimos cinco anos contados da data
do ajuizamento da reclamação.
III – MÉRITO
1. Reintegração
2. Dano moral
O juízo a quo deferiu o pedido de indenização por dano moral, porque, pelo
confessado atraso no pagamento dos salários dos últimos 3 meses do contrato de
trabalho, o empregado teve seu nome inscrito em cadastro restritivo de crédito,
conforme certidão do Serasa juntada pelo reclamante demonstrando a inserção do
nome do empregado no rol de maus pagadores em novembro de 2015.
A sentença não merece prosperar, pois o atraso ocorreu nos últimos 3 meses
do contrato, portanto nos meses de agosto, setembro e outubro de 2017, uma vez
que ele trabalhou até 20/10/2017. Já a inclusão do nome do recorrido em cadastro
restritivo de crédito ocorreu em 2015, ou seja, foi muito anterior aos atrasos. Dessa
forma não estão presentes os requisitos autorizadores da responsabilidade civil
previstos nos arts. 186, 927 do CC e arts. 223-A se seguintes da CLT, uma vez que
está ausente o nexo causal, pois a condita do recorrente não deu causa à
negativação do nome do recorrido.
3. Carta de referência
A sentença não pode prosperar, pois nos anos de 2012 a 2014, o reclamante
permaneceu afastado recebendo benefício previdenciário, o auxílio-doença comum
(código B-31), logo seu contrato de trabalho estava suspenso, nos termos do art.
476 da CLT, não concorrendo para os resultados positivos da empresa, como
previsto na Súmula nº 451, TST.
5. Férias
O juízo a quo deferiu o pagamento da diferença de férias, porque o recorrido
não fruiu 30 dias úteis no ano de 2016, como garante a lei.
A sentença não pode prosperar, pois as férias não são contadas em dias
úteis, mas corridos, conforme previsto no art. 130, I da CLT.
IV – REQUERIMENTOS FINAIS
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB nº