Quem Pensa Enriquece
Quem Pensa Enriquece
Quem Pensa Enriquece
QUEM PENSA
ENRIQUECE
Napoleon Hill
SUMÁRIO
PALAVRAS DO EDITOR
Um dos livros mais poderosos do mundo
encontra-se em suas mãos.
PREFÁCIO
EM TODOS OS CAPÍTULOS deste livro menciono o segredo de ganhar dinheiro,
que trouxe fortunas a centenas de homens muito ricos – homens que analisei com
cuidado durante longos anos.
O segredo foi trazido à minha atenção por Andrew Carnegie, há mais de meio
século. O sagaz e adorável velho escocês o jogou para mim descuidadamente,
quando eu não passava de um garoto. Depois, recostou-se na cadeira com um alegre
piscar de olhos e ficou a examinar-me atentamente, para ver se eu possuía cabeça
suficiente para entender o pleno significado do que me dissera.
Quando percebeu que eu captara a idéia, indagou se eu queria passar vinte
anos ou mais preparando-me para apresentá-la ao mundo, aos homens e mulheres
que, sem o segredo, passariam a vida inteira fracassados. Disse-lhe que o faria e, com
a cooperação dele, mantive a promessa.
Este livro contém o segredo, segredo testado na prática por milhares de
pessoas, em quase todos os setores da vida. A idéia de Mr. Carnegie era de que a
formula mágica, que lhe dera estupenda fortuna, deveria ser colocada ao alcance das
pessoas que não dispõem de tempo necessário para averiguar como se ganha
dinheiro. Esperava que eu pudesse testar e demonstrar a integridade da fórmula,
através da experiência de homens e mulheres, nas varias profissões. Acreditava que
se deveria ensinar a fórmula nas escolas e faculdades públicas, expressando a
opinião que, se fosse transmitida de maneira certa, revolucionaria a tal ponto todo o
3
sistema educativo, que o tempo despendido na escola poderia ser reduzido a menos
da metade.
sentiu deprimido, se já teve dificuldades a vencer que pareciam lhe arrancar a própria
alma, se já tentou e fracassou, se alguma vez já esteve incapacitado por causa de
doenças ou aflições físicas, a história da descoberta do meu filho e do uso da fórmula
de Carnegie pode vir a ser como o oásis no Deserto da Esperança Perdida, aquele
oásis que você estava procurando.
O segredo foi muito empregado pelo Presidente Woodrow Wilson durante a
Primeira Guerra Mundial. Foi transmitido a todos os soldados que lutaram na guerra,
cuidadosamente dosado no treinamento que recebiam antes de ir para o front. Contou-
me o Presidente Wilson que ele foi um forte fator na tarefa de angariar os fundos
necessários para a guerra.
Uma das coisas interessantes a respeito do segredo é que os que o uma vez o
adquirem e o empregam, se descobrem literalmente arrastados em direção ao
sucesso. Se você duvida, estude o nome dos que o usaram, sempre que forem
mencionados; examine você mesmo o histórico dessas pessoas e convença-se.
Não existe nada que não custe alguma coisa!
O segredo a que me refiro não pode ser obtido sem um preço, embora este
seja bem menos que seu valor. Não pode ser adquirido por preço algum por aqueles
que não o procuram intencionalmente. Não pode ser revelado, não pode ser comprado
por dinheiro, pela simples razão de que se compõe de duas partes. Uma delas já
pertence aos que estão prontos para ele.
Serve igualmente bem a todos que estão prontos para ele. Educação nada tem
a ver com ele. Muito antes de eu nascer, o segredo foi ter as mãos de Thomas A.
Edison e ele o aplicou com tanta inteligência que se tornou o maior inventor do mundo,
embora só tivesse tido três meses de instrução.
O segredo passou para Edwin C. Barnes, sócio comercial de Edison. Usou-o
com tal eficácia que, embora na época só ganhasse 12.000 dólares por ano, acumulou
respeitável fortuna, aposentando-se enquanto ainda jovem. Você encontrará esta
história no começo do primeiro capítulo. Irá convencê-lo de que a riqueza não está
além do seu alcance, que você poderá ser ainda o que deseja ser, que dinheiro, fama,
reconhecimento, felicidade podem ser de todos aqueles que estão preparados e
decididos a receber tais bênçãos.
Como é que sei dessas coisas? Você terá a resposta antes de terminar o livro.
Poderá encontrá-lo no primeiro capítulo ou na ultima página.
Enquanto me ocupava com a tarefa da pesquisa de vinte anos, que empreendi
atendendo o pedido de Mr. Carnegie, analisei centenas de homens afamados, muitos
dos quais admitiram terem acumulado suas vastas fortunas utilizando o auxílio do
segredo de Carnegie; entre eles estão:
HENRY FORD
WILLIAM WRIGLEY JR.
JOHN WANAMAKER
JAMES J. HILL
GEORGE S. PARKER
E. M. STATLER
HENRY L. DOHERTY
CYRUS H. K. CURTIS
GEORGE EASTMAN
CHARLES M. SCHWAB
HARRIS F. WILLIAMS
DR. FRANK. GUNSAULUS
DANIEL WILLARD
KING G‘LLETTE
RALPH A. WEEKS
JUlZ DANIEL T. WRIGHT
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JOHN D. ROCKEFELLER
THOMAS A. EDISON
FRANK A. VANDERLIP
F. W. WOOLWORTH
CEL. ROBERT A. DOLLAR
EDWARD A. FILENE
EDWIN C. BARNES
ARTHUR NASH
THEODORE ROOSEVELT
JOHN W. DAVIS
ELBERT HUBBARD
WILBUR. WRIGHT
WILLIAM JENNINGS BRYAN
DR. DAVID STARR JORDAN
J. ODGEN AR.MOUR
ARTHUR BRISBANE
WOODROW WILSON
WILLIAM HOWARD TAFT
LUTHER BURBANK
EOWARD W. BOK
FRANK A. MUNSEY
ELBERT H. GARY
CLARENCE DARROW
DR. ALEXANDER GRAHAM BELL
JOHN H. PATTERSON
JULIUS ROSENWALD
STUART AUSTIN WIER
DR. FRANK CRANE
GEORGE M. ALEXANDER
J. G. CHAPLINE
SEN. JENNINGS RANDOLPH
que estiverem preparados, possam aprender não apenas o que fazer, mas
como fazê-lo. Receberão também o estímulo necessário para começar.
Como palavra final de preparação, antes de iniciar o primeiro capítulo, posso
oferecer-lhe uma rápida sugestão, que lhe poderá fornecer a pista para reconhecer o
segredo de Carnegie? Ei-Ia: toda a realização, toda a riqueza ganha, tem seu
inicio numa idéia!
Se você estiver pronto para a revelação do segredo, então você já possui
metade dele; por isso, reconhecerá prontamente a outra metade, no momento em que
esta estiver diante de sua mente.
NAPOLEON HILL
ironia e astúcia. Sente grande prazer em derrotar a pessoa, quando o êxito esta quase
ao seu alcance.
A resposta será encontrada nos princípios descritos neste livro. É uma resposta
total e completa. Contem pormenores e instruções suficientes para permitir a qualquer
um entender e aplicar a mesma força na qual a criança tropeçou acidentalmente.
Conserve a mente alerta e observara exatamente o estranho poder que veio
salvar a menina. Terá um vislumbre desse poder no capítulo seguinte. Algures, neste
livro, encontrara a idéia que aguçara seus poderes receptivos, colocando, sob suas
ordens, em seu próprio benefício, o mesmo poder irresistível. A percepção de tal poder
pode chegar-lhe no primeiro capítulo, ou perpassar-lhe a mente em algum dos
subseqüentes. Pode chegar na forma de uma única idéia, ou como um plano ou
propósitos. Ou, ainda, pode fazer com que volte às experiências anteriores de derrota,
trazendo a superfície alguma lição pela qual poderá recuperar tudo o que perdeu
através da derrota.
Depois que descrevi a Darby o poder inadvertidamente empregado pela
criança, ele logo rememorou seus trinta anos de experiência como vendedor de
seguros de vida‖ reconhecendo, com franqueza, que o sucesso alcançado neste ramo,
devia-o, e muito, a lição que aprendera com a menina.
Darby salientou: ―Todas às vezes que um cliente em potencial tentava levar-me
na conversa, sem comprar, eu via aquela criança, parada no velho moinho, os grandes
olhos fulgurantes de desafio e dizia a mim mesmo: ‗Tenho de conseguir esta venda‘. A
melhor parte das vendas se processou depois que as pessoas diziam ‗Não‘.‖
Recordou, também, o erro que cometera, ao recuar a apenas três passos do
ouro. ―Mas‖, afirmou, ―aquela experiência não passou de uma benção disfarçada.
Ensinou-me a continuar continuando, por mais duro que fosse, lição essa que eu tinha
de aprender, antes de poder ter êxito no que quer que fosse.‖
As experiências de Darby eram bastante comuns e simples, mas continham a
resposta aos desígnios da vida; portanto, eram-lhe tão importantes quanta a própria
vida. Aproveitou as duas experiências dramáticas porque as analisou, encontrando a
lição que ensinavam. Mas o que acontece ao homem que não possui nem tempo, nem
vontade de estudar o fracasso, em busca do conhecimento que pode conduzir ao
sucesso? Onde e como aprenderá ele a arte de converter a derrota em trampolins
para a oportunidade?
Em resposta a essas perguntas e que este livro foi escrito.
“O Quero e o Obterei”
Quando Henry Ford decidiu produzir seu famoso motor V-8, quis construir um
motor com todos os oito cilindros colocados num só bloco. Deu aos engenheiros as
instruções necessárias para fazer um projeto da máquina. O desenho foi feito no
papel, mas os engenheiros concordaram, unanimemente, em que era impossível
engastar um motor de oito cilindros numa só peça.
Ford disse: ―Façam-no de qualquer maneira.‖
―Mas‖, replicaram, ―é impossível!‖
―Continuem‖, ordenou Ford, ―e permaneçam no serviço até conseguirem, não
importa quanta tempo leve.‖
Os engenheiros continuaram. Nada mais lhes restava fazer senão permanecer
no quadro da Ford. Passaram-se seis meses e nada aconteceu. Outros seis meses se
passaram e ainda. Os engenheiros tentavam todos os planos concebíveis para
executar as ordens, mas a coisa parecia fora de dúvida: ―impossível!‖
No fim do ano, Ford conferenciou com os engenheiros, que novamente lhe
informaram que não tinham encontrado jeito de executar-lhe às ordens.
―Vão em frente‖, teimou Ford. ―Quero-o e o obterei.‖ Prosseguiram, então, e,
como por passe de mágica o segredo foi descoberto.
A determinação de Ford vencera mais uma vez!
Talvez esta história não tenha sido descrita com absoluta precisão, mas em
resumo e no conteúdo, está correta. Tire suas deduções, você que quer pensar e
enriquecer, do segredo dos milhões Ford, se puder não será preciso procurar muito.
Henry Ford foi um sucesso, porque entendeu e aplicou os princípios do
sucesso. Um deles é o desejo, o conhecimento do que se quer. Lembre-se da história
12
Trinta e cinco anos depois de ter feito o discurso, tive o prazer de voltar ao
Salem College em 1957 e fazer o discurso especial de despedida, por ocasião da
formatura da turma. Foi-me então concedido o título de Doutor Honoris Causa de
Literatura.
Desde 1922, venho observando Jenings Randolph, que se elevou a diretor de
uma das linhas aéreas mais importantes da nação, grande e inspirado orador e
senador dos Estados Unidos, pela Virginia Ocidental.
PONTOS A FIXAR:
Tal qual Edwin Barnes, um homem pode estar mal vestido e sem dinheiro, mas
seu desejo ardente poderá trazer-lhe a oportunidade de sua vida.
Quanto mais você trabalhar na direção certa, mais próximo estará do sucesso.
Muita gente desiste quando o sucesso está a seu alcance. Deixam-no para que outros
o arrebatem.
Como Henry Ford, você poderá transmitir aos outros sua fé e persistência e
conseguir fazer bem o ―impossível‖.
PASSO NÚMERO 1
EM DIREÇÃO À RIQUEZA:
DESEJO
Os sonhos se tornam realidade
quando o desejo os transforma em ação
concreta. Peça grandes presentes à vida e
a estimulará a dá-los a você.
4. Crie um plano definido para levar a cabo seu desejo e comece já, quer
esteja pronto, quer não para por o plano em ação.
6. Leia sua declaração em voz alta, duas vezes por dia, uma vez antes de
deitar-se à noite e outra após levantar-se de manha. Ao lê-la, veja, sinta e acredite-se
já de posse do dinheiro.
Copperfield, depois uma série de outras obras, que fizeram o mundo mais rico e
melhor para todos os seus leitores.
Helen Keller tornou-se surda, muda e cega, logo depois que nasceu. Apesar da
enorme desgraça, escreveu o nome, indelevelmente, nas páginas da história dos
grandes. Sua vida toda serve de prova de que ninguém está totalmente
derrotado, enquanto não aceitar a derrota como realidade.
Robert Burns era um camponês iletrado. Atormentado pela pobreza, cresceu
bêbado. O mundo se tornou mais belo por ele ter vivido, pois agasalhou lindos
pensamentos poéticos, o que arrancou um espinho, plantando, em seu lugar, uma
rosa.
Beethoven era surdo, Milton cego, mas seus nomes permanecerão para
sempre, porque sonharam e traduziram os sonhos em pensamento organizado.
Existe diferença entre ansiar por algo e estar pronto a recebê-lo. Ninguém está
pronto para alguma coisa, enquanto não acreditar que poderá obtê-la. O estado de
espírito deve ser o de convicção, e não mera esperança ou anseio. Mente receptiva
é essencial à crença. Mente fechada não inspira fé, coragem ou crença.
Lembre-se de que não se exige mais esforço para um alto objetivo na vida,
para a abundância e prosperidade, do que para aceitar a miséria e a pobreza. Um
grande poeta formulou essa verdade universal através destas linhas:
Encontramos o Caminho
Compramos um fonógrafo. Quando a criança ouviu a música, pela primeira
vez, entrou em êxtase e, imediatamente, se apossou da máquina. Certa vez colocou e
recolocou o mesmo disco durante quase duas horas, postando-se diante do fonógrafo,
com os dentes fincados no canto do estojo. O significado desse seu hábito
bem formado só se nos tornou claro anos mais tarde, pois não tínhamos ouvido falar
ainda no princípio da ―condução do som através dos ossos‖.
Pouco depois que se apossou do fonógrafo, descobri que me ouvia claramente
quando eu falava com os lábios tocando seu osso mastóide, na base do crânio.
Tendo constatado que ele podia ouvir perfeitamente o som de minha voz
comecei a transferir, imediatamente, à sua mente, o desejo de ouvir e falar. Cedo
descobri que gostava de histórias na hora de dormir, de modo que me pus a trabalhar
criando histórias destinadas a desenvolver-lhe a autoconfiança, a imaginação e um
desejo agudo de ouvir e ser normal.
Havia uma certa história, à qual eu dava ênfase, acrescentando-lhe uma cor
nova e dramática, cada vez que a contava. Destinava-se a implantar-lhe na mente a
idéia de que seu mal não era uma deficiência, mas sim qualidade de grande valor.
Apesar do fato de que todas as filosofias que estudei indicarem claramente que toda a
adversidade traz em si a semente de uma vantagem equivalente, devo confessar que
não tinha a menor idéia de como esse mal poderia algum dia tornar-se um bem.
Quando estava com uns sete anos, demonstrou a primeira evidência de que
nosso método de ―programação‖ da mente estava produzindo resultado. Durante
meses, implorou o privilégio de vender jornais, mas a mãe não quis dar o
consentimento ao projeto.
Finalmente, resolveu tomar o assunto em suas próprias mãos. Uma tarde,
quando ficou em casa, com os criados, subiu à janela da cozinha, caiu sentado no
chão e saiu sozinho. Tomou emprestados seis centavos, do sapateiro da vizinhança,
investiu-os em jornais, vendeu-os, reinvestiu o capital e continuou repetindo o
processo até tarde da noite. Após o balanço das contas e de pagar os seis centavos,
que pedira emprestado ao seu banqueiro, teve um lucro líquido de quarenta e dois
centavos. Ao chegarmos em casa, naquela noite, encontramo-lo na cama, dormindo,
apertando o dinheiro na mão.
Sua mãe abriu-lhe a mão, tirou as moedas e chorou. Ora essa! Chorar pela
primeira vitória do filho parecia tão fora de propósito. Minha reação foi o oposto. Ri, de
todo o coração, pois sabia que minha tentativa de implantar na mente da criança uma
atitude de fé em si mesmo obtivera sucesso.
Sua mãe viu, nessa primeira aventura comercial, o menininho surdo que saíra
pelas ruas, arriscando a vida para ganhar dinheiro. Eu vi um pequenino homem de
negócios, corajoso, autoconfiante, ambicioso, cuja confiança em si mesmo aumentara
cem por cento, porque entrara nos negócios por iniciativa própria e vencera. A
transação me agradou, porque percebi que provara ser capaz de recursos que o
acompanhariam pela vida inteira.
proporções de uma obsessão. Se tivesse conhecido melhor esse poder, não teria
cometido o erro de condenar um gênio, sem dar-lhe uma oportunidade.
Há muitos anos, um de meus sócios comerciais adoeceu. Piorou com o
decorrer do tempo, até que, afinal, foi levado ao hospital, para ser operado. O médico
avisou-me de que pouca ou nenhuma chance haveria de vê-lo vivo novamente. Essa
era a opinião do médico, porém, não era a opinião do paciente. Antes de ser levado
para a mesa, sussurrou, fracamente: ―Não se incomode, chefe, sairei daqui em alguns
dias.‖ A enfermeira de serviço olhou-me, penalizada. Mas o paciente se salvou. Depois
que tudo terminou, o médico afirmou: ―Só o seu desejo de viver é que o salvou. Nunca
teria agüentado se não se tivesse recusado a aceitar a possibilidade de morte.‖
Acredito no poder do desejo, apoiado pela fé, porque vi esse poder erguer
homens de origem obscura a posições de riqueza e poder; já o vi roubar a sepultura
de sua vítima; vi-o servindo de meio para que homens ensaiassem a volta, após
derrotas em centenas de maneiras diferentes; vi-o permitir ao meu filho uma vida
normal, feliz e bem sucedida, apesar da natureza tê-lo mandado ao mundo sem
orelhas.
Como se pode subjugar e utilizar o poder do desejo? Isso foi respondido
através desse e dos capítulos subseqüentes do livro.
Através de um princípio estranho e poderoso de ―química mental‖, jamais
divulgado, a natureza envolve no impulso do desejo forte, aquele ―algo‖ que não
reconhece palavras como ―impossível‖ e não aceita realidade como a derrota.
PONTOS A FIXAR:
Quando o desejo converge grandes forças para a sua vitória, você não
precisa de nenhum modo recuar; a vitória é certa.
O desejo constrói nova vitória da derrota temporária. Foi o desejo que construiu
uma das maiores lojas de departamentos do mundo, literalmente sobre cinzas.
PASSO NÚMERO 2
EM DIREÇÃO À RIQUEZA:
FÉ E CONFIANÇA
Fé dirigida torna todo o pensamento
palpitante de poder. Você pode erguer-se a
alturas ilimitadas, impelido pela força ascendente
de sua poderosa e nova autoconfiança.
A Fé Dá Poder ao Pensamento
Em todas as épocas, os religiosos advertiram a humanidade lutadora da
necessidade de ―ter fé‖, neste ou naquele dogma, nesta ou naquela crença, mas
esqueceram de explicar como ter fé. Não afirmaram que a ―Fé é um estado de
espírito, que pode ser induzido pela auto-sugestão.‖
Em linguagem acessível a todo o ser humano, descreveremos tudo o que se
conhece sobre o princípio pelo qual a fé pode ser desenvolvida, onde ainda não existe.
Tenha fé em si mesmo; fé no Infinito.
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Por detrás dessa fórmula existe uma lei natural que até hoje ninguém
conseguiu explicar. O nome dessa lei têm pouca importância. O que importa a respeito
dela é que FUNCIONA, para glória e sucesso da humanidade, SE for usada de
maneira construtiva. Se, porém, usada de maneira destrutiva, destruirá com a mesma
facilidade. Nessa afirmação está uma verdade muito significativa, ou seja, aqueles que
fracassam e terminam a vida na pobreza, infelicidade e desespero, fazem-no por
causa da aplicação negativa do princípio da auto-sugestão. Pode-se encontrar a causa
no fato de que todos os impulsos do pensamento têm tendência a refugiar-se em seu
equivalente físico.
ninharia. Podiam associar-se à vontade, mas o grupo todo não chegava aos pés da
organização Carnegie e Morgan sabia disso.
O excêntrico velho escocês também o sabia. Das magníficas alturas do castelo
de Skibo, observava, a princípio achando divertido, depois com ressentimento, as
tentativas das companhias menores de Morgan atrapalharem seus negócios. Quando
as tentativas se tornaram ousadas demais, o gênio de Carnegie manifestou-se pela
raiva e vingança. Resolveu duplicar todas as fábricas que seus rivais possuíam até
então, não estivera interessado em arames, canos, argolas ou folhas. Ao contrário,
contentava-se em vender a essas companhias o aço bruto de que precisavam e em
deixar que o moldassem da forma que quisessem. Agora, tendo Schwab como seu
tenente principal e capaz, planejava encostar os inimigos à parede.
Foi assim que, no discurso de Charles M. Schwab, Morgan viu a resposta ao
problema da sociedade. Um truste, seria um pudim de ameixas, como o disse um
escritor, sem as ameixas.
O discurso de Schwab, na noite de 12 de dezembro de 1900, trazia em si a
sugestão, embora não a promessa, de que a imensa empresa Carnegie seria trazida
para debaixo da tenda de Morgan. Falou no futuro do mundo para o aço, da
reorganização para eficiência, da especialização, da união de fábricas fracassadas e
concentração do esforço nas propriedades florescentes, das economias no trafico de
minério, economias nos departamentos superiores e administrativos, da conquista de
mercados estrangeiros.
Mais ainda, disse aos piratas entre eles, onde se achavam os erros de sua
habitual pirataria. O propósito deles, sugeriu ele, fora criar monopólios, elevar preços e
dos privilégios extrair gordos dividendos. Schwab condenou o sistema com sua
maneira mais veemente. A falta de visão de tal política, disse ele aos ouvintes, estava
no fato de que restringia o mercado numa época em que tudo gritava por expansão.
Baixando o custo do aço, argumentava ele, criar-se-ia um mercado em constante
expansão; encontrar-se-iam mais utilidades para o aço e boa parte do comércio
mundial poderia ser conquistada. Na realidade, embora não o soubesse, Schwab era o
apóstolo da moderna produção em massa.
Assim terminou o jantar no ―University Club‖. Morgan foi para casa, para pensar
sobre as róseas predições de Schwab. Esse voltou a Pittsburgh, para dirigir o
comércio do aço de ―Wee Andra Carnegie‖, enquanto Gary e os outros voltavam para
seus teletipos, para divertir-se, antecipando o passo seguinte.
Não tardou muito. Morgan levou mais ou menos uma semana para digerir a
iguaria de razões que Schwab colocara diante dele. Ao assegurar-se de que não
causaria nenhuma indigestão financeira, mandou buscar Schwab – e achou-o um
tanto reservado. Carnegie, disse Schwab, não iria gostar de saber que seu presidente
da companhia, de confiança, flertara com o imperador da Wall Street. A rua sobre a
qual Carnegie resolvera nunca se aventurar. John W. Gates sugeriu então, como
intermediário, que se ―acontecesse‖ de Schwab estar no Hotel Bellevue, em Filadélfia,
poderia ―acontecer‖ de também lá estar J. P. Morgan. Quando Schwab chegou,
entretanto, Morgan estava inconvenientemente doente, em sua casa de Nova York.
Diante do convite premente de Morgan, Schwab foi para Nova York, apresentando-se
a porta da biblioteca do financista.
Certos historiadores de Economia professaram a crença de que, do começo ao
fim do drama, o palco fora arranjado por Andrew Carnegie – o jantar para Schwab e o
Rei do Dinheiro, teriam sido planejados pelo astuto escocês. A verdade é, porém, o
oposto. Quando Schwab foi chamado para consumar o negócio, não sabia sequer se o
―Pequeno Patrão‖, como chamavam Andrew, iria ao menos ouvir a oferta de vender,
especialmente a um grupo de homens aos quais Andrew encarava como pouco
dotados de santidade. Mas Schwab levou consigo, para a conferência, escritos de
próprio punho, seis páginas de números perfeitamente nítidos, que representavam em
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sua mente o valor físico e a capacidade de ganho de cada uma das companhias que
considerava como estrela essencial no novo firmamento do metal.
Quatro homens ponderaram os números toda a noite. O principal, é claro, era
Morgan, firme em sua crença no direito divino do dinheiro. Com ele estava seu
aristocrático sócio, Robert Bacon, homem culto e cavalheiro. O terceiro era John W.
Gates, que Morgan desprezava como sendo jogador e apenas usava como
instrumento. O quarto era Schwab, que conhecia mais sobre os processos de fabricar
e vender aço, que qualquer grupo de homens vivos, na época. Nessa conferência não
se discutiram os seus números. Se dissesse que tal companhia valia tanto, então era
este seu valor e não mais. Insistia, também, em incluir na sociedade apenas as
empresas que designava. Concebera uma corporação em que não haveria duplicação,
nem mesmo para satisfazer a ambição de amigos que queriam descarregar suas
companhias nos ombros largos de Morgan.
Quando amanheceu, Morgan levantou-se e endireitou as costas. Só ficou uma
pergunta.
―Acha que poderá persuadir Andrew Carnegie a vender?‖ indagou.
―Posso tentar‖, respondeu Schwab.
―Se conseguir que ele venda, encarregar-me-ei da questão‖, concluiu Morgan.
Até ali tudo bem. Mas será que Carnegie iria vender? Quanto iria pedir?
(Schwab pensou em 320.000.000 de dólares). Como exigiria o pagamento? Em forma
de ações comuns ou preferenciais? De bônus? Em dinheiro? Ninguém poderia
levantar sequer um terço de um bilhão de dólares em dinheiro.
Houve uma partida de golfe em janeiro, nos campos gelados de St. Andrew‘s,
em Westchester, com Andrew todo enrolado em suéteres, e Charlie conversando
animadamente, como de costume, para estimulá-lo. Mas não se pronunciou uma
palavra sobre negócios enquanto os dois não se sentaram no calor agradável da casa
de Carnegie, próxima dali. Então, com a mesma persuasão que hipnotizara oitenta
milionários, no ―University Club‖, Schwab despejou as brilhantes promessas de
aposentadoria com todo o conforto, de milhões inenarráveis, para satisfazer os
caprichos sociais do ancião. Carnegie capitulou, escreveu um número num pedaço de
papel, estendeu-o a Schwab e disse: ―Está bem, venderemos por esta quantia.‖
O número era, aproximadamente, 400.000.000 de dólares, composto dos
320.000.000 de dólares mencionados por Schwab como número básico e somando-
se-lhe 80.000.000 de dólares, que representavam o valor do capital aumentado, nos
dois anos anteriores.
Mais tarde, no convés de um transatlântico, o escocês disse, tristemente, a
Morgan: ―Quisera ter-lhe pedido 100.000.000 de dólares a mais.‖
―Se os tivesse pedido, teria recebido‖, assegurou-lhe Morgan alegremente.
Houve alvoroço, é claro. Um correspondente britânico telegrafou que o mundo
do aço estrangeiro estava ―chocado‖ pela gigantesca sociedade. O presidente Hadley,
de Vale, declarou que, a não ser que os trustes fossem regulamentados, o país
poderia esperar ―um imperador em Washington, nos próximos vinte e cinco anos‖. Mas
Keene, o hábil manipulador de ações, começou a trabalhar, empurrando as novas
ações para o público, com tal vigor, que todo o excesso – calculado por alguns em
quase 600.000.000 de dólares – foi absorvido num relance. Assim Carnegie teve os
seus milhões, a corporação de Morgan teve 62.000.000 de dólares por seu ―trabalho‖
e os ―rapazes‖, de Gates a Gary, tiveram seus milhões.
Schwab, de trinta e oito anos, teve sua recompensa: foi feito presidente da
nova companhia, ficando no poder até 1930.
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PONTOS A FIXAR:
A fé é indispensável para o sucesso. Ela é induzida e fortalecida pelas
instruções dadas ao subconsciente.
Eis cinco passos para a autoconfiança, todos eles facilmente ao seu real
alcance. Você sabe agora como se atirar ao desastre, pelo pensamento, ou como
obter vitória e felicidade – como resultado das mesmas circunstâncias.
PASSO NÚMERO 3
EM DIREÇÃO À RIQUEZA:
AUTO-SUGESTÃO
Para resultados assombrosos, faça com
que a parte mais profunda da mente trabalhe
para você. Apóie-a com o poder da emoção e
verá que a combinação é impressionante.
Sua faculdade de raciocínio pode ser preguiçosa e, se você de pender totalmente dela
para servi-lo, poderá desapontá-lo.
Ao visualizar a dinheiro que pretende acumular (com os olhos fechados), veja-
se prestando o serviço ou entregando a mercadoria que deseja dar em
troca desse dinheiro. Isto é importante!
1. Vá a algum lugar tranqüilo (de preferência à cama, à noite), onde não será
perturbado ou interrompido, feche os olhos e repita em voz alta (para que possa ouvir
suas próprias palavras) a declaração escrita da quantidade de dinheiro que pretende
acumular, o limite de tempo para sua acumulação e uma descrição do serviço ou
mercadoria que deseja dar em troca do dinheiro. Ao seguir essas instruções, veja-se já
de posse do dinheiro.
Por exemplo, suponhamos que você queira acumular 50.000 dólares até
primeiro de janeiro, daqui a cinco anos; que você pretende prestar serviços pessoais
em troca do dinheiro, na qualidade de vendedor. Sua declaração escrita de propósitos
deve ser assim:
―A primeiro de janeiro de XXXX, terei em meu poder 50.000 dólares, que me
chegarão em várias quantias, de tempos a tempos, nesse ínterim.
―Em troca, darei o serviço mais eficiente de que sou capaz na maior quantidade
possível e a melhor qualidade possível, como vendedor de (descreva o serviço ou a
mercadoria que pretende vender).
―Acredito que terei esse dinheiro em meu poder. Tão forte e a minha fé que
vejo esse dinheiro diante de meus olhos agora. Posso tocá-lo com as mãos. Está
esperando ser transferido para mim no momento e na proporção em que irei entregar
o serviço que pretendo dar em troca. Estou aguardando um plano para acumular esse
dinheiro e seguirei o plano, quando o tiver recebido.‖
2. Repita o programa noite e dia até poder ver (em sua imaginação) o dinheiro
que pretende acumular.
3. Coloque uma cópia por escrito da declaração onde possa vê-la noite e dia e
leia-a antes de dormir, assim como ao levantar, até decorá-la.
PONTOS A FIXAR:
Você tem um Sexto Sentido – mas bastam-lhe os cinco sentidos comuns para
controlar os pensamentos que chegam ao seu subconsciente. Feito isso, o impulso
subconsciente em direção à prosperidade, não deixa lugar para a pobreza.
PASSO NÚMERO 4
EM DIREÇÃO À RIQUEZA:
CONHECIMENTO ESPECIALIZADO
Sua instrução é o que você faz dela; você
achará o conhecimento que o conduzirá onde
quer chegar. Não será preciso começar de baixo
se seguir esse plano simples.
3. Colleges e universidades.
4. Bibliotecas públicas (em livros e revistas, em que pode ser encontrado todo o
conhecimento organizado pela civilização).
Estudo e Autodisciplina
Tudo o que se adquire sem esforço e sem gastos, geralmente nos parece de
menor valor, às vezes até sem valor nenhum; talvez por isso é que aproveitamos tão
pouco nossa maravilhosa oportunidade em escolas públicas. A autodisciplina que
se recebe de um programa definido de estudo especializado compensa, até certo
ponto, a oportunidade perdida, quando o conhecimento pode ser adquirido sem
gastos. Escolas por correspondência são instituições comerciais altamente organi-
zadas. Suas taxas de inscrição são tão baixas que são forçadas a insistir em
pagamentos rápidos. Sendo obrigado a pagar, tenha o estudante boas notas ou más,
o efeito é de seguir o curso até o fim, quando, de outra maneira, desistiria. As escolas
por correspondência não insistiram suficientemente nessa questão, pois a verdade é
que seus departamentos de cobrança constituem a melhor espécie de treinamento em
decisão, rapidez e o hábito de terminar o que se começa.
Aprendi isso por experiência, há mais de quarenta e cinco anos. Matriculei-me
num curso de propaganda, por correspondência. Após oito ou dez lições, parei de
estudar, mas a escola não parou de me mandar às contas. Além disso, insistia no
pagamento, quer eu continuasse os estudos, quer não. Decidi que, se tivesse de
pagar pelo curso (a que me obriguei legalmente), deveria completar as lições, para
aproveitar meu dinheiro. Achei, na época, que o sistema de cobrança da escola era
bem organizado demais, mas aprendi, mais tarde, na vida, que essa era uma parte
valiosa do curso, pela qual nada se cobrou. Sendo forçado a pagar, continuei e
completei o curso. Descobri, mais tarde, que o eficiente sistema de cobrança da
escola valera muito como dinheiro ganho, por causa do aprendizado de propaganda
que tão relutantemente terminei.
Existe uma fraqueza nas pessoas para a qual não há remédio: é a fraqueza
universal da falta de ambição! As pessoas, principalmente as assalariadas, que
reservam o tempo livre para estudo domiciliar, raramente ficam por baixo, durante
muito tempo. Sua ação abre caminho para a ascensão social, remove muitos
obstáculos do caminho e conquista o interesse amigo dos que têm o poder de
encaminhá-los para a oportunidade.
O método do estudo domiciliar de instrução adapta-se, de modo especial, às
necessidades dos empregados que acham, depois de deixar a escola, que precisam
adquirir conhecimento especializado adicional, mas não dispõem de tempo livre para
voltar a escola.
Stuart Austin Wier preparou-se para ser engenheiro construtor, seguindo essa
carreira até a depressão limitar o mercado a ponto de não lhe proporcionar a renda
necessária. Fez um inventário de si mesmo, resolveu mudar a profissão para a·de
advogado, voltou a escola e fez cursos especiais, preparando-se para advogado de
partido. Completado o curso, passou nos exames e logo se impôs na profissão.
Para dar informação completa e antecipar os álibis dos que dirão: ―Eu não
poderia ir à escola porque tenho família para sustentar‖, ou ―Estou velho demais‖,
acrescentarei que Wier passava dos quarenta anos e se casou ao voltar a escola.
Além disso, escolhendo com cuidado cursos altamente especializados em escolas
bem aparelhadas para ministrar as matérias que lhe interessavam, completou, em dois
anos, o trabalho que exige, aos demais estudantes de Direito, quatro anos. Compensa
saber como comprar conhecimentos!
mecanismo‖, o que significa que aceitamos nosso destino porque formamos o hábito
da rotina diária, hábito esse que, finalmente, se toma tão forte que cessamos a
tentativa de exterminá-lo. Essa é outra razão porque compensa começar a um ou dois
passos acima do fundo. Fazendo-o, forma-se o hábito de olhar a volta, de observar
outros que sobem, de perceber a oportunidades e abraçá-las sem hesitação.
PONTOS A FIXAR:
Conhecimento é apenas um poder potencial. Você pode organizá-lo de modo
a dar-lhe planos de ação definidos, dirigidos a um fim definido.
Use uma ou todas as cinco fontes de conhecimento que esse capítulo lhe
fornece. É fácil adquirir conhecimentos.
Se você não estiver pronto para vender um produto, pode vender seus serviços
ou idéias por muito bom preço. Homens de mais de sessenta anos tiveram muito
sucesso ao fazê-lo. O plano deu enorme impulso ascensional a milhares de jovens
autodisciplinados.
O projeto fornecido neste capítulo pode fazê-lo iniciar-se com uma vantagem
de dez anos em qualquer emprego.
45
PASSO NÚMERO 5
EM DIREÇÃO À RIQUEZA:
IMAGINAÇÃO
Todas as oportunidades de que você
precisa na vida, estão esperando em sua
imaginação. Imaginação é a oficina da mente,
capaz de transformar energia mental em
realização e riqueza!
Sintética e Criadora
A faculdade imaginativa funciona de duas maneiras. Uma é conhecida como
―imaginação sintética‖ e a outra como ―imaginação criadora‖.
Imaginação sintética: Através dessa faculdade, pode-se arrumar velhos
conceitos, idéias ou planos em novas combinações. Essa faculdade nada cria. Apenas
trabalha com o material da experiência, educação, e observação, com que é
alimentada. É a faculdade mais usada pelo inventor, com exceção do ―gênio‖, que
força a imaginação criadora, quando não pode resolver um problema pela imaginação
sintética.
Imaginação criadora: Pela faculdade da imaginação criadora, a mente finita
do homem tem comunicação direta com a Inteligência Infinita. É a faculdade pela qual
se recebem ―pressentimentos‖ e ―inspirações‖. É através dela que todas as idéias
novas ou básicas são transmitidas ao homem. É através dela também que um
indivíduo pode ―sincronizar‖ ou comunicar-se com os subconscientes de outros.
A imaginação criadora trabalha automaticamente da maneira descrita nas
páginas subseqüentes. Essa faculdade só funciona quando o consciente trabalha num
46
Estimule a Imaginação
Sua faculdade imaginativa pode ter-se enfraquecido pela inação. Pode ser
revivida e alertada pelo uso. Essa faculdade não morre, embora se torne entorpecida
por falta de uso.
Centralize sua atenção, por enquanto, no desenvolvimento da imaginação
sintética, porque esta é a faculdade que você usará com mais freqüência no processo
de converter desejo em dinheiro.
A transformação do impulso intangível, do desejo, em realidade tangível de
dinheiro, exige o uso de um plano, ou planos. Esses planos têm de ser formados com
o auxílio da imaginação e, principalmente, com a faculdade sintética.
Leia o livro todo, depois volte a este capítulo e comece, imediatamente, a por
sua imaginação a trabalhar na formação de um plano, ou planos, para a transformação
do desejo em dinheiro. Instruções pormenorizadas para a elaboração de planos foram
dadas em quase todos os capítulos. Siga as que mais se adaptam às suas
necessidades e escreva o plano, se já não o fez. No momento de completar isso, você
terá dado, definitivamente, forma concreta ao desejo intangível. Leia a sentença
anterior mais uma vez. Leia-a em voz alta, bem devagar, e, ao fazê-lo, lembre-se de
que, ao escrever a declaração do seu desejo e o plano para sua realização, você terá
dado o primeiro de uma série de passos que lhe possibilitarão converter o pensamento
em seu equivalente físico.
Você pode acumular uma fortuna com o auxílio de leis imutáveis. Antes, porém,
é preciso familiarizar-se com essas leis e aprender a usá-las. Pela repetição e pela
abordagem desses princípios, sob todos os ângulos concebíveis, o autor espera poder
revelar-lhe o segredo pelo qual se acumularam todas as grandes fortunas. Por
estranho e paradoxal que pareça, o ―segredo‖ não é segredo. A própria natureza o
exibe na terra em que vivemos, nas estrelas, nos planetas, suspensos dentro do nosso
círculo de visão, nos elementos acima e em volta de nós, em cada folha de grama e
em cada forma de vida, dentro do nosso panorama.
Os princípios que se seguem abrir-lhe-ão o caminho para compreender a
imaginação. Assimile o que compreende, ao ler esta filosofia pela primeira vez; depois,
ao relê-la e estudá-la, descobrirá que algo aconteceu para esclarecê-la e dar-lhe uma
compreensão maior do todo. Acima de tudo, não hesite no estudo desses princípios
enquanto não tiver lido o livro pelo menos três vezes, pois aí não quererá parar.
Faltava Um Ingrediente
Há cinqüenta anos, um velho médico do campo foi à cidade, amarrou o cavalo,
entrou silenciosamente numa farmácia e começou a ―regatear‖ com o jovem caixeiro.
Por mais de uma hora, por trás do balcão de remédios, o velho médico e o
caixeiro conversaram em voz baixa. Depois, o médico foi embora. Foi até o carrinho e
trouxe um tacho grande e fora de moda e uma grande pá de madeira (usada para
mexer o conteúdo do tacho) e depositou-os no fundo da loja.
O caixeiro inspecionou o tacho, enfiou a mão no bolso, tirou um punhado de
notas e entregou-as ao médico. O punhado de notas continha exatamente quinhentos
dólares – toda a economia do caixeiro!
O médico estendeu-lhe um pedacinho de papel, em que se achava uma
fórmula secreta. As palavras nesse pedacinho de papel valiam o resgate de um rei!
Mas não para o médico! Aquelas palavras mágicas eram necessárias para fazer o
tacho ferver, mas nem o médico, nem o jovem caixeiro sabiam que fortunas fabulosas
estavam destinadas a sair do tacho.
O velho médico ficou contente de vender o conjunto por quinhentos dólares. O
caixeiro estava se arriscando bastante ao colocar as economias de toda a vida num
simples pedaço de papel e num tacho antigo! Nunca sonhou que esse investimento
começaria a inundar o tacho de ouro, que um dia ultrapassaria a milagrosa façanha da
lâmpada de Aladim.
O que o caixeiro comprou, na realidade, foi uma idéia!
O velho tacho, a velha pá de madeira e a mensagem secreta num pedaço de
papel foram acidentais. O estranho caso do tacho começou a ter lugar depois que o
novo dono misturou às instruções secretas, um ingrediente do qual o velho médico
nada sabia.
Veja se descobre o que o jovem caixeiro acrescentou à mensagem secreta e
que fez o velho tacho ficar inundado de ouro. Eis uma história de fatos mais estranhos
que a ficção, fatos que começaram em forma de idéia.
Vejamos as vastas fortunas em ouro que a idéia produziu. Rendeu e ainda
rende vastas fortunas a homens e mulheres do mundo inteiro, que distribuem o
conteúdo do tacho a milhões de pessoas.
48
Todas as noites levava esse pensamento para o leito. Acordava com ele, pela
manhã. Levava-o consigo a toda parte. Revirava-o na cabeça, até que se tornou, para
ele, obsessão consumidora.
Sendo filósofo, além de pregador, o Dr. Gunsaulus reconhecia, como todos os
que vencem na vida, que a definição de propósitos era o ponto de partida, do qual
se deve começar. Reconhecia, também, que propósitos definidos exigem animação,
vida e poder, quando sustentados por um desejo ardente de traduzir esses propósitos
em seus equivalentes materiais.
Sabia todas essas grandes verdades, mas não sabia onde ou como obter o
milhão de dólares. O procedimento natural teria sido desistir e fugir, dizendo: ―Bem,
minha idéia é boa, mas nada posso fazer com ela, porque jamais terei o necessário
milhão de dólares.‖ É exatamente isso o que faria a maior parte das pessoas, mas não
foi o que ele fez. O que disse e fez é tão importante que eu vou apresentá-lo agora e
deixar que fale por si:
―Uma tarde de sábado, estava eu sentado no meu quarto, pensando nos meios
e modos de arranjar o dinheiro para realizar meus planos. Fazia já dois anos que
pensava, mas nada fizera a não ser pensar!
―Decidi, então, naquele momento, que obteria o milhão de dólares numa
semana. Como? Não me incomodava. A coisa mais importante fora a decisão de
obter o dinheiro, num prazo específico, e quero dizer-lhe que, no momento em que
cheguei a decisão definida de conseguir o dinheiro, num prazo determinado, estranha
sensação de segurança se apossou de mim, como nunca experimentara antes. Algo
dentro de mim parecia dizer: ‗Por que não chegou a essa decisão há muito tempo? O
dinheiro estava à sua espera o tempo todo!‘
―As coisas começaram a acontecer depressa. Telefonei aos jornais e anunciei
que pregaria um sermão, na manhã seguinte, intitulado: ‗O que eu faria se tivesse um
milhão de dólares.‘
―Comecei a trabalhar no sermão, imediatamente, mas devo dizer-lhe, com
franqueza, que a tarefa não era difícil, porque eu já estava preparando o sermão há
quase dois anos.
―Muito antes da meia-noite terminei de escrever o sermão. Fui deitar e dormi
com uma sensação de confiança, pois já me via de posse do milhão de dólares.
―Na manha seguinte, levantei-me cedo, li o sermão, depois me ajoelhei e pedi
que meu sermão chegasse à atenção de alguém que pudesse fornecer o dinheiro
necessário.
―Enquanto orava, senti novamente a sensação de segurança de que o dinheiro
viria. Em minha excitação, saí sem o sermão e só descobri o esquecimento no
momento de chegar ao púlpito, pronto para lê-lo.
―Era tarde demais para voltar e trazer as notas. E que benção não ter podido
fazê-lo! Ao invés, meu próprio subconsciente forneceu o material necessário. Quando
me levantei para começar o sermão, fechei os olhos e falei de todo o coração e com
toda a alma, dos meus sonhos. Não só falei ao auditório, como imagino também ter
falado a Deus. Disse o que faria com um milhão de dólares, se a soma me viesse ter
às mãos. Descrevi o plano que tinha em mente, para a organização de uma grande
instituição educacional, onde os jovens aprendessem a fazer coisas práticas e, ao
mesmo tempo, desenvolvessem a mente.
―Quando terminei e me sentei, um homem se ergueu, devagar, do assento em
que se achava: numa das três últimas fileiras e caminhou em direção ao púlpito. Fiquei
curioso de saber o que faria. Chegou ao púlpito estendeu a mão e disse: ‗Reverando,
gostei do seu sermão. Acredito que possa fazer tudo o que disse que faria, se tivesse
um milhão de dólares. Para provar que creio no senhor e em seu sermão, se vier ao
meu escritório amanhã, de manhã, eu lhe darei um milhão de dólares. Meu nome é
Philip D. Armour:‘ ‖
50
PONTOS A FIXAR:
Você pode usar a imaginação sintética e a imaginação criadora, e, com prática,
fazê-las trabalhar irresistivelmente juntas.
Muitas fortunas esperam ser feitas com uma simples idéia. Veja como você
pode ganhar milhares ou milhões, mesmo sem um plano original – encontrando uma
nova combinação.
PASSO NÚMERO 6
EM DIREÇÃO À RIQUEZA:
PLANEJAMENTO ORGANIZADO
Apresentação ao segredo elétrico da Mente
Superior. Você poderá encontrar o melhor campo de
trabalho e tornar-se um líder, ganhando muito dinheiro,
num espaço de tempo assombrosamente curto.
1. Você está envolvido numa empresa da maior importância para você. Para ter
certeza de sucesso, deve ter planos impecáveis.
2. Autocontrole: O homem que não pode controlar a si mesmo, não poderá nunca
controlar os outros. O autocontrole estabelece um poderoso exemplo para os
seguidores, que será imitado pelos seguidores mais inteligentes.
4. Decisão definida: O homem que hesita em suas decisões mostra que não se
sente seguro de si, não poderá liderar outros, com sucesso.
5. Planos definidos: O líder bem sucedido deve planejar seu trabalho e trabalhar
seu plano. O líder que age por adivinhação sem planos práticos, definidos, é
comparável ao navio sem leme. Cedo ou tarde, acabara de encontro aos rochedos.
6. O hábito de fazer mais do que aquilo por que se foi pago: Uma das
penalidades da liderança é a necessidade por parte do líder, de querer fazer mais do
que exige de seus seguidores.
55
6. Egoísmo: O líder que chama a si toda a honra pelo trabalho de seus seguidores
está fadado a encontrar ressentimento. O líder realmente grande dispensa as honras.
Contenta-se em vê-las, se existirem, dadas aos seus seguidores, porque sabe que a
maioria trabalhará com mais afinco por elogios e reconhecimento do que apenas por
dinheiro.
8. Deslealdade: Isso talvez devesse constar no começo da lista. O líder que não é
leal aos que nele confiaram, aos seus associados, aos seus superiores e aos
inferiores, não pode manter a liderança por muito tempo. A deslealdade marca a
pessoa como valendo menos que o pó da terra e atrai para ela o desprezo que
merece. A falta de lealdade é uma das principais causas de fracasso em todas as
facetas da vida.
10. Ênfase do título: O líder competente não exige ―título‖ para ter o respeito de
seus seguidores. O homem que se preocupa demais com o título, geralmente, pouco
mais tem a oferecer. As portas do escritório do verdadeiro líder estão abertas a todos
que quiserem entrar e seu local de trabalho nada tem de formalidade ou ostentação.
1. No campo da política há uma procura insistente por novos líderes, procura que
indica nada menos que uma emergência.
3. A indústria pede novos líderes. O futuro líder na indústria, para durar, deve se
considerar quase como um funcionário público, cujo dever é dirigir o que lhe foi
confiado de maneira a não pesar nem num indivíduo nem num grupo de indivíduos.
Esses são apenas alguns dos campos em que oportunidades para novos
líderes e um novo tipo de liderança são agora possíveis de obter. O mundo está
passando por uma mudança rápida. Isso quer dizer que os meios pelos quais se
produzem as transformações nos hábitos humanos, devem ser adaptados às
transformações. Os meios aqui descritos são os que, mais que quaisquer outros,
determinam as tendências da civilização.
5. Solicitação pessoal: Em alguns casos pode ter mais efeito o candidato oferecer
os serviços pessoalmente aos empregadores em perspectiva; nesses casos, deve ser
apresentada, por escrito, uma lista dos requisitos para o cargo, uma vez que futuros
empregadores desejam, muitas vezes, discutir as fichas apresentadas com os sócios.
1. Educação: Declare em poucas linhas, mas com segurança, a instrução que teve e
quais as matérias em que se especializou na escola, dando as razões da
especialização.
a. Empregadores anteriores.
b. Antigos professores.
c. Pessoas proeminentes, cujo julgamento mereça confiança.
4. Uma fotografia: Coloque junto ao sumário uma fotografia sua, recente e não-
enquadrada.
Lembre-se de que não é o advogado que melhor conhece as leis, mas o que
melhor prepara o caso que vence. Se seu ―caso‖ for bem preparado e apresentado, a
vitória será mais do que metade ganha logo no início.
Não tenha medo de se estender demais no dossiê. Os empregadores têm o
mesmo interesse em adquirir os serviços de candidatos capazes do que você em
conseguir o emprego. Na verdade, o sucesso de muitos empregadores de êxito é
grandemente devido à sua habilidade em escolher representantes capazes. Eles
querem todos os dados possíveis.
ROBERT K. SMITH
CANDIDATO AO CARGO
DE SECRETÁRIO PARTICULAR
DO PRESIDENTE
Mude os nomes cada vez que mostrar o dossiê. Esse toque pessoal chama a
atenção, com toda a certeza. Mande datilografar ou imprimir o dossiê no papel mais
fino que puder obter, encadernado em papel pesado, próprio para isso, mudando a
capa e o nome da firma a ser inserido, se for mostrá-lo a mais de uma companhia. Sua
fotografia deve ser colada a uma das páginas do dossiê. Siga essas instruções ao pé
da letra, melhorando-as sempre que sua imaginação o sugerir.
Vendedores de êxito vestem-se com esmero. Compreendem que a primeira
impressão é duradoura. Seu dossiê é seu vendedor. Dê-lhe boas roupas, para que
faça um contraste com qualquer coisa que o empregador em perspectiva tenha visto,
como solicitação de cargo. Se vale a pena ter o cargo que você deseja, vale a pena,
também, tentar consegui-lo. Além do que, se você conseguir se impor ao empregador
de maneira que o impressione com sua personalidade, receberá, provavelmente, mais
dinheiro por seus serviços, desde o começo, do que receberia se tivesse solicitado o
emprego da maneira convencional, costumeira.
Se você procura emprego através de uma agência de propaganda ou de
colocações, mande o agente usar cópias do dossiê ao oferecer seus serviços. Isso o
ajudará a ganhar a preferência, tanto do agente, como dos empregadores em
perspectiva.
6. Uma vez feito o plano, contrate um escritor experiente para o redigir de maneira
caprichada e com todos os pormenores.
1. Empregador.
2. Empregado.
2. Quantidade do serviço deve ser entendida como sendo o hábito de prestar todo o
serviço de que você é capaz, em todas as ocasiões, com o propósito de aumentar a
quantidade de serviço prestado, à medida que se desenvolve maior habilidade,
através da prática e da experiência. Novamente se dá ênfase à palavra hábito.
Isso foi acentuado porque a maioria das pessoas que vivem da venda de
serviços pessoais comete o erro de se considerar livre das regras de conduta e
responsabilidade ligadas aos que vendem utilidades.
Os dias do tipo ―dá cá‖ já passaram. Ele foi suplantado pelo ―toma lá‖.
Em termos de capital o valor real de suas habilidades mentais pode ser
determinado pela quantidade de renda que puder produzir (ao anunciar seus serviços).
Uma boa estimativa em termos de capital do valor de seus serviços pode ser feita
multiplicando-se sua renda anual por 16,66, pois é razoável calcular que sua renda
anual represente 6% do seu valor em termos financeiros. O dinheiro se empresta a 6%
ao ano. Ele não vale mais do que as habilidades mentais (ou inteligência).
Freqüentemente ele vale bem menos.
―Capacidades mentais‖ competentes, se negociadas com eficiência,
representam uma forma de capital muito mais desejável que a que se exige para levar
adiante uma negociação comercial com ―commodities‖, porque as ―capacidades
mentais‖ são uma forma de capital que não pode ser depreciada de forma
permanentemente por meio de crises ou depressões, e que tampouco pode ser
roubada ou perdida. Além disso, o dinheiro que é essencial à negociação comercial é
tão sem valor quanto um monte de areia, até que ele seja associado a ―habilidades
mentais‖ eficientes.
quiser na vida, sem violar direitos alheios. A instrução consiste não tanto nos
conhecimentos, mas nos conhecimentos aplicados com eficiência e persistência. As
pessoas são pagas não só pelo que sabem, mas, mais especificamente, pelo que
fazem com o que sabem.
6. Má saúde: Ninguém pode ter êxito acentuado sem boa saúde. Inúmeras causas
de má saúde dependem de domínio e controle. São estas as principais:
14. Um ou mais dos seis temores básicos: Esses temores foram analisados
para você num dos capítulos seguintes. Devem ser dominados, antes de você poder
oferecer seus serviços com eficiência.
15. Escolha errada do cônjuge: Essa é uma das causas mais comuns do
fracasso. O casamento põe as pessoas em contato íntimo. Se essa relação não for
harmoniosa, é provável que venha o fracasso. Além disso, trata-se de uma forma de
fracasso marcada pela tristeza e infelicidade, destruindo todos os sinais de ambição.
17. Escolha errada dos sócios comerciais: Essa é uma das causas mais
comuns de fracasso, em negócios. Ao oferecer serviços pessoais, deve-se ter grande
cuidado em escolher um empregador que seja uma inspiração e que seja, ele próprio,
inteligente e bem sucedido. Nós imitamos aqueles com quem nos associamos mais
proximamente. Escolha um empregador que mereça ser imitado.
19. Escolha errada de vocação: Ninguém pode obter sucesso numa linha de
atividade que não goste. O passo mais importante na negociação de serviços pessoais
é a seleção de uma ocupação a qual você possa se entregar de corpo e alma.
21. O hábito dos gastos indiscriminados: O mão aberta não pode ter sucesso,
principalmente porque está sempre apavorado com a pobreza. Forme o hábito da
economia sistemática, guardando uma porcentagem definida da sua renda. Dinheiro
no banco proporciona uma base segura de coragem, ao negociar a venda de serviços
pessoais. Sem dinheiro, é preciso aceitar o que é oferecido e ficar contente de obtê-lo.
22. Falta de entusiasmo: Sem entusiasmo não se pode ser convincente. Além
disso, o entusiasmo é contagiante e a pessoa que o tem sob seu domínio é
geralmente bem vinda em qualquer grupo de pessoas.
25. Inabilidade de cooperar com outros: Mais gente perde os cargos e grandes
oportunidades na vida por essa falta, que por todas as outras razões combinadas. É
uma falha que nenhum homem de negócios ou líder bem informado irá tolerar.
26. Posse de poder não adquirido por esforço próprio: (Filhos e filhas de
gente rica e os que herdam dinheiro, ganho por outrem.) O poder, nas mãos de quem
não o adquiriu gradualmente, é, não raro, fatal ao sucesso. Riqueza rápida demais é
mais perigosa que a pobreza.
28. Egoísmo e vaidade: Essas qualidades são verdadeiras luzes vermelhas, que
avisam aos outros que se afastem. São fatais ao sucesso.
30. Falta de capital: Essa é uma causa comum de fracasso, entre os que começam
em negócios, pela primeira vez, sem reserva suficiente de capital para absorver o
choque de seus erros e agüentá-los até que estabeleçam sua reputação.
31. Outras causas de fracasso: Inclua aqui qualquer outra causa principal de um
fracasso que você tenha sofrido e que não tenha sido incluída na presente lista.
2. Prestei serviço da melhor qualidade de que fui capaz ou poderia ter melhorado uma
parte desse serviço?
9. Permiti que um ou mais dos seis temores básicos diminuísse minha eficiência?
19. Segui o hábito de fazer um orçamento de meu tempo, despesas e rendas? E segui
rigorosamente esse orçamento?
20. Quanto tempo dediquei a esforços inúteis, que poderia ter aproveitado melhor?
21. Como reorganizar meu tempo e mudar os hábitos, de modo a tornar-me mais
eficiente durante o ano que vem?
22. Sou culpado de alguma conduta não aprovada por minha consciência?
23. De que maneira prestei mais e melhor serviço do que me pagaram para prestar?
25. Se fosse eu o comprador de meus serviços esse ano, estaria satisfeito com minha
aquisição?
27. O comprador de meus serviços ficou satisfeito com eles e, se não, por que razão?
28. Qual a minha média atual nos princípios fundamentais do sucesso? (Tire essa
média com justiça e franqueza, fazendo-a verificar por alguém com coragem suficiente
para executá-la com exatidão.)
Tendo lido e assimilado os dados desse capítulo, você está, agora, pronto a
criar um plano prático para negociar seus serviços pessoais. Nesse capítulo
encontrará descrição adequada de cada princípio essencial no planejamento da venda
de seus serviços pessoais, incluídos os atributos principais da liderança, as causas
mais comuns de fracasso na liderança, descrição dos campos de oportunidade para a
liderança, causas principais do fracasso em todas as fases da vida e as perguntas
importantes que deverão ser usadas na auto-análise.
69
Vestuário: Em qualquer parte dos Estados Unidos, a mulher de padrão médio pode
se vestir com conforto e capricho, por menos de quinhentos dólares por ano e o
homem médio idem, ou por menos ainda.
70
A torrada da refeição matinal foi feita em torrador elétrico, que custa alguns
dólares apenas. A limpeza do apartamento é feita por aspirador elétrico. Água quente
e fria correm, a qualquer momento, na cozinha e no banheiro. A comida é conservada
na geladeira elétrica. A esposa enrola o cabelo, lava a roupa e passa-a, com
equipamento elétrico, facilmente manejável pela força obtida ao ligar o fio na tomada
da parede. O marido se barbeia com o barbeador elétrico e eles recebem diversão do
mundo inteiro, durante vinte e quatro horas, se o quiserem, sem despesa, ligando,
simplesmente, o rádio ou a televisão.
Há ainda outras comodidades nesse apartamento, mas a lista acima dá boa
idéia das evidências concretas da liberdade de que nós, na América do Norte,
gozamos.
Somente as três necessidades básicas de alimentação, vestuário e abrigo
foram mencionadas. O cidadão americano médio tem outros privilégios e vantagens
disponíveis em troca de esforço modesto, não excedendo oito horas diárias de
trabalho.
O americano médio tem direitos de propriedade assegurados de uma maneira
que não se encontra em nenhum outro país do mundo. Ele pode colocar o dinheiro
excedente no banco, com a certeza de que seu governo o protegerá e o reembolsará,
se o banco falir. Se o cidadão americano quiser viajar de um Estado a outro, não
precisa de passaporte, nem da permissão de ninguém. Pode ir quando bem entender
e voltar quando tiver vontade. Pode, também, viajar de trem, automóvel particular,
ônibus, avião, ou navio, conforme sua renda o permitir.
Dê Crédito ao Capital
Muitas vezes ouvimos políticos proclamando a liberdade da América, ao
solicitar votos, mas raramente dão tempo ou dedicam esforço suficiente à análise da
fonte ou natureza dessa ―liberdade‖. Como não tenho nenhum interesse pessoal,
nenhum ódio a exprimir, nenhum motivo escondido a concretizar, tenho o privilégio de
entrar numa análise franca do ―algo‖ misterioso, abstrato, muito mal compreendido,
que dá a cada cidadão dos Estados Unidos mais bênçãos, mais oportunidades de
acumular riqueza, mais liberdade de todos os tipos, que se possa encontrar em
qualquer outro país.
Tenho o direito de analisar a fonte e a natureza desse poder invisível, porque
conheci e conheço a mais de meio século, vários homens que organizaram esse poder
e vários responsáveis por sua manutenção.
O nome desse misterioso benfeitor da humanidade é capital!
O capital não consiste apenas de dinheiro, mas, mais especialmente, de
grupos de homens altamente organizados e inteligentes, que planejam meios e modos
de usar dinheiro com eficácia, para o bem do público e para lucro próprio.
Tais grupos consistem de cientistas, educadores, químicos, inventores,
analistas de negócios, propagandistas, peritos em transportes, contadores,
advogados, médicos e homens e mulheres com conhecimentos altamente
especializados em todos os campos da indústria e do comércio. Eles são pioneiros,
fazem experiências e abrem caminho em novos campos de iniciativa. Mantêm
hospitais, escolas superiores, grupos escolares, constroem estradas ótimas, editam
jornais, pagam a maior parte das custas do governo, e tomam conta dos múltiplos
pormenores essenciais ao progresso humano. Resumindo, os capitalistas são o
cérebro da civilização, porque fornecem a matéria de que consistem a educação, o
esclarecimento e o progresso humano.
71
2. Apresentar o outro lado do quadro que tem sido mostrado por políticos e
demagogos que, deliberadamente, encobrem aspectos das questões que eles
apresentam, ao se referirem ao capital organizado como a algo pernicioso.
Estamos num país capitalista. Ele foi desenvolvido pelo uso do capital, e nós
que nos arrogamos o direito de participar das bênçãos da liberdade e da oportunidade,
nós que procuramos acumular riquezas aqui, devemos saber que nem riquezas, nem
oportunidades seriam possíveis se o capital organizado não tivesse fornecido esses
benefícios.
Só existe um método confiável para acumular e possuir legalmente riquezas –
e esse é prestar serviços úteis. Nenhum sistema foi jamais criado por meio do qual os
homens possam adquirir riquezas, legalmente, por mera força de números, ou sem dar
em troca um valor equivalente de uma forma ou de outra.
PONTOS A FIXAR:
Quatro princípios dinâmicos orientam-no na formação do grupo de ―Mente
Superior‖, que expande, grandemente, seu poder de ganhar dinheiro.
Você pode escolher pessoas que o inspirem, que compartilhem de seu poder
mental, que reflitam e aumentem sua grande fé.
PASSO NÚMERO 7
EM DIREÇÃO À RIQUEZA:
DECISÃO
Você verá como cristalizar a opinião em decisão e levar
tal decisão adiante. Compreenderá como e quando mudar
uma decisão, para maiores benefícios e lucros.
Um Incidente em Boston
A maior de todas as decisões, no que concerne a qualquer cidadão americano,
foi tomada em Filadélfia, no dia 4 de julho de 1776, quando cinqüenta e seis homens
assinaram um documento, que sabiam traria liberdade aos americanos ou então
mandaria os cinqüenta e seis à forca!
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Você já ouviu falar desse famoso documento, mas pode não ter extraído dele a
grande lição de realização pessoal que tão abertamente ensina.
Todos nós nos lembramos da data dessa momentosa decisão, mas poucos
compreendem a coragem que exigiu. Lembramo-nos de nossa história como nos foi
ensinada; das datas e nomes dos homens que lutaram; de Valey Forge e de Yorktown;
lembramo-nos de George Washington e Lord Cornwallis. Mas pouco sabemos das
forças reais por trás desses nomes, datas e lugares. Sabemos menos ainda do poder
intangível que nos assegurou a liberdade, muito antes dos exércitos de
Washington alcançarem Yorktown.
Chega a ser quase uma tragédia que os historiadores não se referissem, em
absoluto, ao poder irresistível que deu origem e liberdade a nação destinada a erigir
novos padrões de independência para todos os povos da terra. Digo que é tragédia,
porque se trata do mesmo poder que deve ser usado por todo o individuo que supera
as dificuldades da vida e força-a a pagar o tributo exigido.
Passemos em revista, rapidamente, os acontecimentos que deram origem a
esse poder. A história começa com um incidente em Boston, a 5 de março de 1770.
Soldados britânicos patrulhavam as ruas, ameaçando abertamente os cidadãos com
sua presença. Os colonos ressentiam-se com os homens armados marchando em
meio deles. Começaram a mostrar, abertamente, seu ressentimento, atirando pedras e
epítetos aos soldados que marchavam, até que o comandante deu ordens de: ―Calar
baionetas ... Avançar!‖
A batalha começara. Terminou com a morte e ferimentos de muitos. O
incidente causou tal ressentimento que a Assembléia Provincial (formada de
eminentes colonos), marcou uma sessão com o propósito de tomar ação decisiva.
Dois dos membros da Assembléia eram John Hancock e Samuel Adams. Falaram com
coragem e declararam que era preciso dar um passo que expulsasse todos os
soldados britânicos de Boston.
Lembre-se disso: uma decisão, nas mentes de dois homens, pode ser
chamada, com propriedade, de começo da liberdade, que agora, nós, nos Estados
Unidos, gozamos. Lembre-se também que a decisão dos dois homens exigiu fé e
coragem, porque era perigosa.
Antes que a Assembléia fosse suspensa, Samuel Adams foi incumbido de
visitar o governador da província, Hutchinson, e exigir a retirada das tropas inglesas.
A exigência foi satisfeita, as tropas removidas de Boston, mas o incidente não
terminou aí. Causara uma situação destinada a mudar todo o rumo da civilização.
natureza, têm direito, respeito decente às opiniões da humanidade exige que sejam
declaradas as causas que o impelem à separação ...‖
Quando Jefferson terminou, o documento foi votado, aceito, e assinado por
cinqüenta e seis homens, cada um arriscando a própria vida na decisão de escrever
seu nome. Por essa decisão veio à existência uma nação destinada a trazer à
humanidade, para sempre, o privilégio de tomar decisões.
Analise os acontecimentos que levaram à Declaração da Independência e
convença-se de que essa nação, que agora mantém posição de respeito e poder
destacados entre todas as nações do mundo, nasceu de uma decisão criada por um
grupo de ―Mente Superior‖, que consistia de cinqüenta e seis homens. Note bem o fato
de que foi a decisão deles que assegurou o sucesso dos exércitos de Washington,
porque o espírito dessa decisão estava no coração de cada soldado que com ele
combateu e serviu de poder espiritual, que não reconhece o fracasso.
Note também (com grande beneficio pessoal), que o poder que deu à nação
sua liberdade é o mesmo poder que deve ser usado por todo individuo que se torna
autodeterminado. Esse poder é constituído dos princípios descritos neste livro. Não
será difícil detectar, na história da Declaração da Independência, pelo menos seis
princípios: desejo, decisão, fé, persistência, o grupo da “Mente Superior” e
planejamento organizado.
PONTOS A FIXAR:
Falta de decisão é a principal causa do fracasso. Todos têm opinião, mas no
fim é a sua opinião que move o seu mundo. Vimos como uma decisão tomada em
Filadélfia, em 1776, atua para a sua força e confiança atuais.
PASSO NÚMERO 8
EM DIREÇÃO À RIQUEZA:
PERSISTÊNCIA
Você reconhecerá e eliminará certas fraquezas que
estão entre você e seus objetivos. Sua persistência se
desenvolverá num poder respeitado, provado e progressivo.
cata de fama, fortuna, poder, amor ou o que quer que os seres humanos chamem de
sucesso. Uma vez ou outra, alguém se destaca da longa procissão de aspirantes e o
mundo ouve dizer que mais um dominou a Broadway. Mas a Broadway não é fácil ou
rapidamente conquistável. Ela só reconhece talento, aceita o gênio, recompensa em
dinheiro depois que a pessoa se recusa a desistir.
Sabemos então que descobriu o segredo de como conquistar a Broadway. O
segredo está sempre, inseparavelmente, ligado a uma palavra: persistência!
O segredo é contado na luta de Fannie Hurst, cuja persistência conquistou a
―grande estrada branca‖. Chegou a Nova York em 1915, para converter seus escritos
em riquezas. A conversão não chegou logo, mas chegou. Durante quatro anos ela
conheceu os caminhos secundários de Nova York, em experiências de primeira mão.
Passava os dias trabalhando e as noites esperando. Quando a esperança se tornou
fraca, ela não disse: ―Está bem, Broadway, você ganhou!‖ Mas sim: ―Está bem,
Broadway, você pode bater alguns, mas não a mim. Vou forçá-la a desistir‖.
Um editor (The Saturday Evening Post) enviou-lhe trinta e seis cartões
de recusa, antes que ela conseguisse quebrar o gelo e ter um conto aceito. O escritor
médio, como o médio em qualquer setor da vida, teria desistido da tarefa, ao chegar o
primeiro cartão de recusa. Ela, porém, martelou as calçadas durante quatro anos,
porque estava determinada a vencer.
Depois chegou a recompensa. Quebrara-se o encanto; o Guia oculto testará
Fannie Hurst e ela agüentará firme. Daí em diante, editores abriam caminho a sua
porta. O dinheiro chegou com tal rapidez que ela mal tinha tempo de contá-lo. Logo foi
descoberta pelo pessoal do cinema e, então, o dinheiro não veio mais como troco
miúdo, mas como inundação.
Eis uma descrição sumária do que a persistência é capaz de alcançar. Fannie
Hurst não é nenhuma exceção. Onde quer que homens e mulheres acumulem
grandes riquezas, esteja certo de que primeiro adquiriram persistência. A Broadway
dará uma xícara de café e um sanduíche a qualquer mendigo, mas exige persistência
dos que procuram grandes prêmios.
Kate Smith dirá ―amém‖ ao ler isso. Cantou durante anos, sem dinheiro e sem
preço, diante de qualquer microfone que pudesse alcançar. A Broadway lhe disse:
―Venha conquistar o que quer, se agüentar‖. Ela agüentou até que num dia feliz a
Broadway se cansou e disse: ―Que adianta? Você não percebe quando é derrotada;
por isso, diga seu preço e comece a trabalhar de verdade.‖ A senhorita Smith
estabeleceu o preço. Era bem alto.
5. O hábito de depender de álibis em vez de criar planos definidos para a solução dos
problemas.
11. Falta de planos organizados, por escrito, onde possam ser analisados.
12. O hábito de não mudar idéias ou de agarrar uma oportunidade quando ela se
apresenta.
15. Procurar os atalhos para a riqueza, tentar receber, sem dar o justo equivalente
(geralmente, isso se reflete no hábito de jogar, a espera de ―grandes‖ negócios).
16. Medo à crítica, fracasso em criar planos e pô-los em ação, pelo que os outros
possam pensar, fazer ou dizer. Esse inimigo encabeça a lista, porque geralmente
existe no subconsciente, onde sua presença não é reconhecida (veja os ―seis temores
básicos‖ num dos capítulos posteriores).
raio, meu espírito começou a criar álibis e desculpas, todas reconhecíveis pelo temor
inerente de críticas. Algo dentro de mim dizia: ―Você não pode fazê-lo — a tarefa é
grande demais e exige tempo demais — o que pensarão os parentes? Como é que
você vai ganhar a vida? Ninguém organizou, jamais, uma filosofia do sucesso; com
que direito você crê fazê-lo? Quem é você, na verdade, para ter tão alto objetivo?
Lembre-se de sua origem humilde – o que sabe sobre filosofia? Vão pensar que você
é louco (e pensaram mesmo). Por que é que ninguém fez isso antes?‖
Essas e muitas outras perguntas vieram-me à mente, exigindo atenção.
Parecia que o mundo inteiro voltara a atenção para mim, de repente, com o propósito
de ridicularizar-me, para que eu desistisse do desejo de realizar a sugestão de
Carnegie.
Tive uma ótima oportunidade, nessa ocasião, de matar toda ambição, antes
que essa pudesse dominar-me. Mais tarde, na vida, depois de analisar milhares de
pessoas, descobri que a maioria das idéias são natimortas e precisam ter o sopro de
vida injetado nelas, através de planos definidos de ação imediata. O tempo de cultivar
a idéia é o de seu nascimento, Cada minuto a mais de vida dá-lhe melhor
oportunidade de sobrevivência. O medo da crítica está no fundo da destruição da
maioria das idéias, que nunca alcançam o estágio do planejamento e da ação.
enfrentou um vazio pessoal dificilmente entendido por seus alegres súditos – vazio
que só poderia ser preenchido pelo amor.
E Wallis Simpson? Duas vezes, não tendo encontrado amor, tivera a coragem
de continuar a busca. Seu primeiro dever era amar. Qual a coisa mais importante do
mundo? O Mestre chamou-a de amor – não regras impostas pelo homem, críticas,
amargura ou calúnia, não o casamento político, e sim o amor.
Ao pensar em Wallis Simpson, pense em alguém que sabia o que queria e
abalou um grande império para obtê-lo. Mulheres que se queixam de que esse mundo
é dos homens, que as mulheres não têm oportunidades iguais de vencer, devem a si
mesmas estudar cuidadosamente a vida dessa mulher incomum que, numa idade em
que a maioria das mulheres se consideraria ―velha‖, conquistou o solteirão mais
procurado do mundo.
E Eduardo VII? Será que pagou preço alto demais pelo amor da única mulher
que quis?
Só nos restam conjecturas. Mas podemos ver a decisão, podemos ver que a
decisão teve preço, que o preço foi pago e pago abertamente.
O Império Britânico deu lugar a uma nova ordem mundial. O Duque de Windsor
e sua mulher reconciliaram-se, finalmente, com a Família Real. Sua história de amor,
de persistência, de um preço pago e amor triunfante, parece pertencer à época
longínqua. Mas devemos lembrar-nos de que os dois procuraram o maior tesouro do
mundo e exigiram-no.
Examine as primeiras cem pessoas que encontrar, pergunte-lhes o que mais
querem na vida e noventa e oito não serão capazes de dizê-lo. Se os apertar por
respostas, alguns dirão ―segurança‖; muitas dirão ―dinheiro‖; outros, ―felicidade‖; outros
ainda, ―fama e poder‖; alguns poderão dizer ―reconhecimento social‖, ―vida fácil‖,
―capacidade de cantar, dançar ou escrever‖; mas nenhum será capaz de definir os
termos ou dar a menor indicação de um plano, pelo qual esperam alcançar os desejos
vagamente formulados. Riquezas não reagem a desejos. Só reagem a planos
definidos, apoiados em desejos definidos, através de constante persistência.
4. Aliança amistosa com uma ou mais pessoas, que nos encorajem a seguir tanto o
plano como o propósito.
Maomé era profeta, mas nunca fez nenhum milagre. Não era místico; não
possuía instrução formal e só começou sua missão aos quarenta anos. Ao anunciar-se
como mensageiro de Deus, trazendo as novas da verdadeira religião, foi ridicularizado
e rotulado de lunático. Crianças passavam-lhe a rasteira e mulheres jogavam-lhe
sujeiras. Foi banido de sua cidade natal, Meca, e seus seguidores privados dos bens e
mandados ao deserto, para junto dele. Depois de ter pregado durante dez anos, nada
mais pode apresentar senão desterro, pobreza e ridículo. Entretanto, antes que outros
dez anos se passassem, era ditador da Arábia, governador de Meca e líder de nova
religião mundial, que se alastraria até o Danúbio e os Pirineus, antes de exaurir o
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ímpeto que ele lhe dera. Esse ímpeto era triplo: poder de palavras, eficácia da oração
e o parentesco do homem com Deus.
Sua carreira não tinha sentido. Maomé nasceu de membros empobrecidos de
uma família importante de Meca. Meca, encruzilhada do mundo, abrigo da pedra
mágica chamada de Caaba, grande cidade do comércio de todas as rotas comerciais,
por ser anti-higiênica, mandava suas crianças para o deserto, para serem criados
pelos beduínos. Maomé foi assim criado, sugando força e saúde do leite de mães
nômades. Pastor de ovelhas, logo foi contratado por rica viúva, como líder de suas
caravanas. Viajou por todo o mundo oriental, falou a muitos homens, de diversos
credos, observando o declínio do cristianismo em seitas belicosas. Quando completou
vinte e oito anos, Khadija, a viúva, viu-o com bons olhos e se casou com ele. O pai
dela teria objetado a tal casamento, por isso ela o embebedou. E segurou-o enquanto
ele dava a benção paterna. Nos doze anos seguintes, Maomé viveu como comerciante
rico, respeitado e muito sagaz. Depois, começou a vaguear pelo deserto, retornando
um dia com o primeiro verso do Corão e disse à Khadija que o arcanjo Gabriel lhe
aparecera, dizendo que lhe cabia ser mensageiro de Deus.
O Corão a palavra revelada por Deus, era o que mais se assemelhava a um
milagre, na vida de Maomé. Nunca fora poeta; não possuía o dom da palavra.
Contudo, os versos do Corão, quando os recebia e os recitava aos fiéis, eram
melhores que quaisquer versos produzidos pelos poetas profissionais das tribos. Isso,
para os árabes, era um milagre. Para eles, o dom da palavra era o maior dom e o
poeta todo-poderoso. Além disso, o Corão dizia que todos os homens eram iguais
perante Deus e que o mundo deveria ser um estado democrático – o Islã. Foi essa
heresia política, mais o desejo de Maomé de destruir os 360 ídolos do pátio da Caaba,
que causaram seu banimento. Os ídolos traziam as tribos do deserto à Meca, o que
significava negócios. Por isso, os comerciantes de Meca, os capitalistas, dos quais
Maomé fizera parte, caíram sobre ele. Retirou-se, então, para o deserto e proclamou a
soberania sobre o mundo.
A ascensão do Islã começou. Do deserto veio a chama que não mais se
extinguiria – um exército democrático, lutando como uma unidade só e preparado a
morrer sem pestanejar. Maomé convidara judeus e cristãos a unir-se a ele; pois não
estava criando uma nova religião. Chamava a todos os que acreditavam num único
Deus, para que se unissem numa única fé. Tivessem os judeus e cristãos aceito seu
convite, o Islã teria conquistado o mundo. Não o fizeram. Nem sequer aceitaram a
inovação de Maomé, de uma guerra mais humana. Quando os exércitos do profeta
entraram em Jerusalém, ninguém foi morto por causa da fé professada. Séculos
depois, quando os cruzados entraram na cidade, nenhum homem, mulher ou criança
muçulmana foi poupada. Os cristãos só aceitaram uma idéia muçulmana: o lugar de
estudo, a universidade.
PONTOS A FIXAR:
A persistência transforma o caráter como o carbono modifica o ferro quebradiço
em aço invencível. Com persistência, você desenvolverá um quociente mágico de
consciência de dinheiro, enquanto o subconsciente está em atividade constante para
obter-lhe o dinheiro que deseja.
Gente como Fannie Hurst, Kate Smith, W. C. Fields dão-nos verdadeiras lições
sobre o valor da persistência. Maomé e outros nos mostram como a persistência muda
o curso da História.
Observe onde as coisas vão mal; verá como o mal acaba indo
embora.
PASSO NÚMERO 9
EM DIREÇÃO À RIQUEZA:
PONTOS A FIXAR:
A maior contribuição de Andrew Carnegie para o sucesso pessoal comercial –
a Mente Superior – está a sua disposição para que a use como desejar. É o modo
superior de usar conhecimentos organizados e dirigidos como caminho para um poder
vitalício.
PASSO NÚMERO 10
EM DIREÇÃO À RIQUEZA:
1. Perpetuação da espécie.
desejo intenso, etc. São os seguintes os estímulos a que a mente responde mais
livremente:
2. Amor.
4. Música.
8. Auto-sugestão.
9. Temor.
1. Inteligência Infinita.
A Voz Interior
A faculdade criadora se torna mais alerta e receptiva aos fatores que se
originam fora do subconsciente, quanto mais essa faculdade é usada e quanto mais o
indivíduo nela confia, exigindo-lhe impulsos de pensamento. Essa faculdade só pode
ser cultivada e desenvolvida pelo uso.
Aquilo que se conhece por ―consciência‖, opera inteiramente através da
faculdade do sexto sentido.
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“Fabricando idéias”
O falecido Dr. Elmer R. Gates, de Chevy Chase, Maryland, criou mais de
duzentas patentes, muitas das quais básicas, pelo processo de cultivar e usar a
faculdade criadora. Seu método é tanto significativo quanto interessante para quem
quiser atingir o status de gênio, a cuja categoria o Dr. Gates pertencia, sem dúvida
nenhuma. O Dr. Gates foi um dos dentistas realmente grandes, embora pouco
alardeado.
Em seu laboratório possuía o que chamava de ―sala de comunicação pessoal‖.
Era praticamente a prova de som e arrumada de modo a poder excluir toda a luz.
Quando o Dr. Gates queria usar a força que possuía, através da imaginação criadora,
entrava nessa sala, sentava-se à mesa, apagava as luzes e se concentrava nos
fatores conhecidos da invenção em que trabalhava, permanecendo nessa posição
até que as idéias começavam a ―perpassar-lhe‖ a mente, em conexão aos fatores
desconhecidos da invenção.
Uma ocasião, as idéias vieram tão rápidas que ele foi obrigado a escrever
durante quase três horas. Quando os pensamentos pararam de jorrar e ele examinou
suas anotações, percebeu que continham descrição minuciosa de princípios sem
paralelo entre os dados do mundo científico. Além disso, a resposta ao problema
estava inteligentemente apresentada nas notas.
O Dr. Gates ganhava a vida ―fabricando idéias‖ para indivíduos e firmas.
Algumas das maiores firmas dos Estados Unidos lhe pagavam somas substanciais,
por hora, para ―fabricar idéias‖.
A faculdade de raciocínio é muitas vezes falha por ser vastamente orientada
por nossa experiência acumulada. Nem todos os conhecimentos acumulados pela
experiência são preciosos. Idéias recebidas pela faculdade criadora merecem muito
mais confiança, pelo fato de provirem de fontes mais fidedignas que as que estão ao
alcance da faculdade de raciocínio da mente.
alcance, através da faculdade criadora. O método que usa para isso varia, de acordo
com o indivíduo, mas a essência do processo é essa:
1. Estimula a mente de modo que ela funcione num plano acima do médio,
usando um ou mais dos dez estímulos mentais, ou algum outro
estimulante de sua escolha.
George Washington
Napoleão Bonaparte
William Shakespeare
Abraham Lincoln
Ralph Waldo Emerson
Robert Burns
Thomas Jefferson
Elbert Hubbard
Elbert H. Gary
Woodrow Wilson
John H. Patterson
Andrew Jackson
Enrico Caruso
emoção sexual só é virtude quando usada com inteligência e discernimento. Pode ser
mal empregada, e o é, freqüentemente, a ponto de aviltar, em vez de enriquecer, tanto
o corpo como o espírito.
Pareceu significativa para o autor, a descoberta de que praticamente todo líder
a quem teve o privilégio de analisar, fosse homem cujas realizações eram
grandemente inspiradas por uma mulher. Em muitos casos, a ―mulher em questão‖ era
uma esposa modesta, que não aparecia, e da qual o público pouco ou nada ouvira
falar. Em alguns casos, a fonte de inspiração foi localizada como sendo a ―outra
mulher‖.
Toda pessoa inteligente sabe que estímulos em excesso, por bebidas
alcoólicas e narcóticos, são formas destrutivas de intemperança. Nem todos sabem,
contudo, que excessos na expressão sexual possam tornar-se hábito tão destrutivo e
prejudicial ao esforço criador, quanto narcóticos e bebidas.
A loucura sexual não é essencialmente diferente da loucura por tóxicos. Ambas
fazem perder o controle das faculdades de raciocínio e da força de vontade. Muitos
casos de hipocondria (doença imaginária) surgem de hábitos desenvolvidos por
ignorância da verdadeira função do sexo.
É fácil de ver que a ignorância em matéria de transmutação de sexo impõe
enormes penalidades ao ignorante, por um lado, enquanto o priva de benefícios
igualmente enormes, por outro.
Ignorância difundida em matéria de sexo deve-se ao fato de que o assunto foi
cercado de mistério e negro silêncio. A conspiração do mistério e do silêncio tem tido o
mesmo efeito sobre as mentes jovens, que a psicologia da proibição. O resultado é a
curiosidade crescente e desejo de adquirir conhecimentos nesse assunto proibido; e,
para vergonha de legisladores e da maioria dos médicos – que pela instrução são os
mais aptos a educar a juventude no assunto – não tem sido fácil encontrar os dados.
indivíduo, entre as idades de trinta e quarenta anos, de modo que ele possa aproveitar
essas grandes forças, aplicando-as conjuntamente, como estímulos à ação.
espiritual por natureza. O homem que não pode ser levado a grandes alturas de
realizações pelo amor está perdido – está morto, embora possa parecer vivo.
Volte a seus anos passados, às vezes, e banhe a mente nas maravilhosas
recordações do amor passado. Suavizará a influência de preocupações e
aborrecimentos presentes. Isso lhe dará uma fonte de fuga das desagradáveis
realidades da vida e, talvez – quem sabe? – sua mente lhe trará, nesse refúgio
temporário no mundo da fantasia, idéias ou planos que podem mudar inteiramente o
status financeiro ou espiritual de sua vida.
Se você acha que é infeliz por ter amado e perdido o amor, ponha de lado tal
pensamento. Quem amou verdadeiramente nunca perde por completo. O amor é
caprichoso e temperamental. Vem quando quer e vai sem avisar. Aceite-o e goze-o
enquanto dura, mas não perca tempo em se preocupar com sua partida. A
preocupação não o trará de volta.
Despache também o pensamento de que o amor só vem uma vez. O amor
pode ir e vir inúmeras vezes, mas não há duas experiências amorosas que nos afetem
de maneira igual. Pode haver e, geralmente há, uma experiência amorosa que deixa
marcas mais profundas no coração que as outras, mas todas as experiências são
benéficas, exceto para quem se torna ressentido e cínico quando o amor parte.
Não deve haver desapontamento em matéria de amor e nem haveria se as
pessoas entendessem a diferença entre as emoções do amor e do sexo. A diferença
principal é que o amor é espiritual, enquanto o sexo é biológico. Nenhuma experiência
que afete o coração humano com força espiritual pode ser prejudicial, exceto por
ignorância ou ciúme.
O amor é, inquestionavelmente, a maior experiência da vida. Permite a
comunhão com a Inteligência Infinita. Quando misturado às emoções do romance e do
sexo, pode levar bem alto na escada do esforço criador. As emoções do amor, sexo e
romance são facetas do eterno triângulo do gênio realizador.
O amor é uma emoção de muitas faces, matizes e cores. O tipo de amor mais
intenso e ardente é o que se experimenta quando se reúnem as emoções de amor e
sexo.
Os casamentos que não são abençoados com a eterna afinidade do amor, bem
equilibrado e proporcionado com o sexo, não podem ser felizes – e raramente
perduram. Amor apenas não trará felicidade no casamento, nem só o sexo. Quando
essas duas maravilhosas emoções se conjugam, o matrimônio trará um estado de
espírito, que é o mais espiritual a que se pode chegar neste mundo.
Quando a emoção do romance se acrescenta às do amor e do sexo, removem-
se os obstáculos entre a mente finita do homem e a Inteligência Infinita. Nasce então o
gênio!
PONTOS A FIXAR:
Dois fatos surpreendentes sobre a energia sexual fornecem-lhe nova visão
dessa vasta fonte de poder pessoal:
– A energia sexual pode ser fonte de gênios, tão potentes como Thomas
Edison ou Andrew Jackson.
107
PASSO NÚMERO 11
EM DIREÇÃO À RIQUEZA:
O SUBCONSCIENTE
Você verá como o subconsciente espera, qual gigante
adormecido, para apoiar todos os planos e propósitos. Finalmente
você poderá encher o subconsciente com pensamentos
positivamente dirigidos, que lhe trarão tudo o que deseja na vida.
Desejo
Fé
Amor
Sexo
Entusiasmo
Romance
Esperança
Existem outras emoções positivas, mas essas são as sete mais poderosas e as
mais comumente usadas no esforço criador. Domine essas sete emoções (só podem
ser dominadas pelo uso) e as outras emoções positivas estarão a seu dispor, quando
delas precisar. Lembre-se, quanto a isso, que você está estudando um livro destinado
a auxiliá-lo a desenvolver a ―consciência do dinheiro‖, enchendo a mente com
emoções positivas.
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Medo
Ciúme
Ódio
Vingança
Ganância
Superstição
Raiva
Oração e Subconsciente
Se você é tipo observador, deve ter notado que a maioria das pessoas só
recorre à oração, depois que tudo o mais falhou! Ou então, rezam por um ritual de
palavras sem significado. E, como é fato que a maior parte das pessoas reza porque
tudo o mais falhou, fazem a oração com a mente tomada pelo medo e a dúvida,
emoções com as quais age o subconsciente, passando-as à Inteligência
Infinita. Do mesmo modo é essa a emoção com que a Inteligência Infinita recebe e
com a qual age.
Se você reza por algo, mas, ao rezar, teme não recebê-lo, ou que sua oração
não será atendida pela Inteligência Infinita, a oração terá sido em vão.
A oração resulta, às vezes, na realização daquilo pelo qual se reza. Se você já
teve, alguma vez, experiência de ter recebido aquilo pelo qual pediu, volte, na
memória, e lembre-se do seu verdadeiro estado de espírito ao rezar e saberá com
certeza que a teoria aqui descrita é mais que uma teoria.
O método pelo qual você se pode comunicar com a Inteligência Infinita é muito
semelhante aquele pelo qual a vibração do som se comunica pelo rádio. Se você
compreende o princípio de funcionamento do rádio, sabe naturalmente que o som não
se comunica enquanto não for transformado num grau de vibração capaz de ser
detectado pelo ouvido humano. A estação transmissora de rádio capta o som da voz
humana e modifica-a, aumentando as vibrações milhões de vezes. Somente assim
pode a energia do som ser comunicada pelo espaço. Após essa transformação, a
energia (que originariamente tinha a forma de vibrações sonoras) é levada aos
receptores de rádio e esses aparelhos convertem novamente a energia ao seu grau de
vibração original, de modo que se reconheça o som.
O subconsciente e o intermediário que traduz nossas orações em termos que a
Inteligência Infinita possa reconhecer, apresenta a mensagem e traz a resposta, em
forma de plano ou idéia definidos, para encontrar o objeto da oração. Compreenda
esse princípio e saberá porque meras palavras, lidas num livro de orações não podem
111
PONTOS A FIXAR:
O subconsciente pode se alimentar de pensamentos fortuitos – pensamentos
derrotistas – ou pensamentos de sucesso e riqueza. A escolha é sua; os resultados
podem ajudá-lo a realizar-se ou prejudicá-lo.
Além da mente jaz a Inteligência Infinita, para a qual sua mente pode ser
sintonizada, qual aparelho de rádio, tanto transmitindo como recebendo. A energia de
todo o universo pode ajudar suas orações a serem atendidas.
Dia a dia você forma o poder de usar seu poderoso subconsciente. Logo você
controlará os impulsos primários que estão atrás de cada plano e cada parte da obra.
PASSO NÚMERO 12
EM DIREÇÃO À RIQUEZA:
O CÉREBRO
Você encontrará surpreendentes poderes novos em cada
parte da mente. Verá como aumentar esses poderes de pensamento
rápido, claro e eficiente.
aumento tem lugar através das emoções positivas ou das emoções negativas. Através
das emoções, pode-se aumentar as vibrações de pensamento.
A emoção sexual encabeça a lista das emoções humanas, no que se refere à
intensidade e à força propulsora. O cérebro estimulado pela emoção sexual funciona
em ritmo mais rápido que quando a emoção está quieta ou ausente.
O resultado da transmutação sexual é o aumento dos pensamentos a ponto de
a imaginação criadora se tornar altamente receptiva a idéias. Por outro lado, quando o
cérebro funciona em ritmo rápido, não só atrai pensamentos e idéias emitidos por
outros cérebros, como dá aos nossos próprios pensamentos a sensação que é
essencial, antes que os pensamentos sejam captados e aproveitados pelo
subconsciente.
O subconsciente é a ―estação transmissora‖ do cérebro, pela qual são emitidas
vibrações do pensamento. A imaginação criadora é o ―aparelho receptor‖, pelo qual
são captadas as energias do pensamento.
Juntamente com os importantes fatores do subconsciente e da faculdade da
imaginação criadora, que constituem os aparelhos transmissor e receptor de sua
máquina de emissão mental, considere agora o princípio de auto-sugestão, que é o
meio pelo qual você poderá por em operação a estação ―emissora‖.
Pelas instruções dadas no capítulo sobre a auto-sugestão, você foi
perfeitamente informado sobre o método pelo qual o desejo pode ser transmutado em
seu equivalente monetário.
A operação de sua estação ―emissora‖ mental é processo relativamente
simples. Basta que tenha em mente três princípios e os aplique quando quiser usar a
estação emissora – o subconsciente a imaginação criadora e a auto-sugestão. Os
estímulos pelos quais você põe em ação esses três principais foram descritos – e o
processo começa com o desejo.
O Que É a Telepatia?
Há um mês, citamos nessa mesma página alguns dos notáveis resultados
obtidos pelo Professor Rhine e seus colaboradores, na Universidade de Duke, através
de mais de cem mil testes, para determinar a existência da telepatia e da clarividência.
Esses resultados foram resumidos nos primeiras dois artigos do Harper‘s Magazine.
No segundo, que agora foi publicado, o autor, E.H. Wright, tenta resumir o que
descobriu, ou o que parece razoável inferir, com referência as maneiras ―extra-
sensoriais‖ de percepção.
A existência real de telepatia e clarividência parece agora, para alguns
cientistas, enormemente provável, como resultado das experiências de Rhine. Pediu-
se a várias pessoas, dotadas de percepção especial, que descrevessem quantas
cartas pudessem, num baralho especial, sem vê-las e sem outro acesso sensorial a
elas. Descobriram-se uns vinte homens e mulheres que enumeravam tantas cartas
corretamente, que não havia sequer uma possibilidade em muitos milhões de milhões,
de terem acertado por sorte ou acidente.
Mas como o conseguiram? Esses poderes, presumindo-se que existam, não
parecem ser sensoriais. Não existe órgão conhecido para eles. As experiências
funcionaram tão bem a distâncias de muitas centenas de milhas, como dentro dos
114
limites de uma sala. Tais fatos também excluem, na opinião de Wright, a tentativa de
explicar a telepatia ou a clarividência por qualquer teoria física de radiação. Todas as
formas conhecidas de energia radiante diminuem inversamente ao quadrado da
distância percorrida. O mesmo não acontece com a telepatia e a clarividência. Mas
elas variam por causas físicas, como o fazem os nossos demais poderes mentais.
Contrariamente à opinião geral, não aumentam quando a pessoa dotada de
qualidades de percepção especiais, está dormindo ou semi-adormecida, mas, ao
contrário, quando está completamente desperta e alerta. Rhine descobriu ainda que os
narcóticos diminuirão, invariavelmente, essas qualidades, enquanto um estimulante irá
aumentá-las. Parece que nem o melhor dos telepatas ou clarividentes poderá obter
bons resultados se não tentar ao máximo.
Uma das conclusões a que Wright chega, com certa confiança, é que a
telepatia e a clarividência são, na verdade, o mesmo dom. Isto é, a faculdade que
permite ―ver‖ a carta que está voltada para baixo, na mesa, parece ser exatamente a
mesma que permite ―ler‖ o pensamento que reside noutra mente. Há inúmeras razões
para crer nisso. Até hoje, por exemplo, os dois dons foram encontrados em todos os
que possuem um deles. Em todos, até agora, os dois têm sido igualmente poderosos,
quase exatamente iguais em força. Telas, paredes, distâncias, nenhum efeito têm
sobre tais dons. Wright vai além da conclusão, para exprimir o que afirma ser mero
―pressentimento‖ de que outras experiências extra-sensoriais, sonhos proféticos,
premonições de desastres e outros semelhantes, também possam ser parte da
mesma faculdade. Não se pede ao leitor que aceite qualquer dessas conclusões, a
não ser que as julgue necessárias, mas as provas que Rhine reuniu devem
impressionar fundamente.
PONTOS A FIXAR:
Três princípios simples coordenam agora seus poderes de pensamento e
realização. O domínio adquirido sobre os intangíveis, tão importantes, pode exercer
uma influência negada a muitos homens.
PASSO NÚMERO 13
EM DIREÇÃO À RIQUEZA:
O SEXTO SENTIDO
Abra a porta do Templo da Sabedoria. Caminhos
gloriosos de aventura criadora acenam na estrada da riqueza.
A Época da Auto-Sugestão
Sabia, é claro, que todos os homens se tinham tornado o que eram por causa
dos seus pensamentos e desejos dominantes. Sabia que todo o desejo profundamente
implantado tem o efeito de fazer com que se procure expressão externa, para
transmutar o desejo em realidade. Sabia que a auto-sugestão é fator poderoso na
formação do caráter, sendo, na verdade, o único princípio pelo qual o caráter se forma.
Com tais conhecimentos dos princípios do funcionamento mental, sentia-me
razoavelmente bem armado, com o equipamento necessário à reestruturação de meu
caráter. Nas reuniões imaginárias, pedia aos membros de meu gabinete os
conhecimentos que esperava de cada um, dirigindo-me a eles em palavras audíveis.
Assim:
―Sr. Emerson, desejo adquirir seu maravilhoso conhecimento da natureza, que
tanto distinguiu sua vida. Peço-lhe que impressione meu subconsciente com quaisquer
qualidades que possuía e que o capacitavam a entender e a adaptar-se as leis da
natureza.
―Sr. Burbank, peço-lhe que me transmita os conhecimentos que lhe
possibilitaram harmonizar de tal modo as leis da natureza, que o cacto perdeu os
espinhos e se tornou comestível. Permita-me acesso aos conhecimentos que fizeram
nascer duas folhas de grama, onde só uma nascia antes.
―Napoleão, desejo adquirir, por emulação, sua maravilhosa capacidade de
inspirar os homens, despertando-os para um espírito de ação maior e mais
determinado; desejo adquirir também o espírito da fé duradoura, que lhe possibilitou
transformar a derrota em vitória e a vencer obstáculos vertiginosos.
―Sr. Paine, desejo adquirir sua liberdade de pensamento e a coragem e clareza
de expressar as convicções que tanto o distinguiram!
―Sr. Darwin, desejo adquirir sua maravilhosa paciência e capacidade de estudar
causa e efeito sem preconceitos, o que tão bem exemplificou no campo das ciências
naturais.
―Sr. Lincoln, desejo incluir no meu caráter o agudo senso de justiça, o espírito
incansável, o senso de humor, a compreensão humana e a tolerância, que eram suas
características distintas.
―Sr. Carnegie, desejo adquirir conhecimentos profundos dos princípios de
esforço organizado, que usou, com tanta eficiência, na formação de uma grande
empresa industrial.
―Sr. Ford, desejo adquirir seu espírito de persistência, a determinação, o
equilíbrio e a autoconfiança que lhe possibilitaram dominar a pobreza e organizar,
unificar e simplificar o esforço humano, de modo que eu possa ajudar outros a seguir
suas pegadas.
―Sr. Edison, desejo adquirir seu maravilhoso espírito de fé, com o qual revelou
tantos segredos da natureza, espírito de incessante labuta, com o qual tantas vezes
arrancou vitória da derrota.‖
O “Gabinete” Imaginário
Meu método de me dirigir aos membros do gabinete imaginário variaria, de
acordo com os traços de caráter que eu, no momento, mais me interessaria em
adquirir. Estudei-lhes as vidas com meticuloso cuidado. Após alguns meses desse
processo noturno, fiquei assombrado de descobrir que as figuras imaginárias se
tinham tornado aparentemente reais.
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PONTOS A FIXAR:
Inspirações e ―pressentimentos‖ não mais passam por você; agora o inundam
de dinamismo, através da Imaginação Criadora – seu Sexto Sentido.
Você está em contato, agora, com o ―algo‖ desconhecido que foi uma
constante dos grandes homens de todos os tempos. Ainda opera aparentes milagres
nas artes e ciências e nos negócios de todas as espécies.
ANTES QUE VOCÊ possa pôr qualquer parte dessa filosofia em uso, com
êxito, sua mente deve estar preparada para recebê-la. A preparação não é difícil.
Começa com o estudo, a análise e a compreensão dos três inimigos que terá de
destronar: indecisão, dúvida e medo.
O sexto sentido nunca poderá funcionar, enquanto esses três negativos, ou
algum deles, permanecer em sua mente. Os membros do trio maldito são intimamente
ligados; onde se encontra um, os outros dois estão à mão.
Indecisão é a semente do medo! Lembre-se disso enquanto lê. A indecisão se
cristaliza na dúvida, as duas se misturam e se tornam medo! O processo de mistura
muitas vezes é lento. Essa é uma das razões que tornam os três inimigos tão
perigosos. Germinam e crescem sem que sua presença seja observada.
O restante deste capítulo descreve o fim a ser atingido, antes que a filosofia,
como um todo, possa ser colocada em uso prático. Analisa também a condição que
reduziu grande número de pessoas à pobreza e declara a verdade que deve ser
compreendida por todos os que acumulam riquezas, sejam essas medidas em
dinheiro ou em estado de espírito, de valor bem maior que o dinheiro.
O propósito deste capítulo é chamar a atenção sobre a causa e a cura de seis
temores básicos. Antes de dominarmos um inimigo é preciso saber-lhe o nome, os
hábitos e a moradia. Enquanto lê, analise-se com cuidado e determine qual se é que
há – dos seis temores básicos agarrou-se a você.
Não se deixe enganar pelos hábitos desses sutis inimigos. Às vezes se
mantém ocultos no subconsciente, onde são difíceis de localizar e mais difíceis ainda
de eliminar.
Pobreza
Crítica
Saúde precária
Amor perdido
Velhice
Morte
2. Indecisão: Hábito de permitir que outros pensem por nós. Ficar ―na moita‖.
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6. Procrastinação: Hábito de adiar para amanhã o que deveria ter sido feito o ano
passado. Perder tempo em criar álibis e desculpas por não ter feito uma tarefa. O
sintoma é intimamente ligado à cautela exagerada, dúvida e preocupação; recusa na
aceitação de responsabilidades, podendo evitá-las; vontade de entrar em acordo. Em
vez de lutar com firmeza; aceitar dificuldades, em vez de vencê-las e usá-las como
trampolins ao progresso; pechinchar com a vida por um centavo, em vez de exigir
prosperidade, opulência, riquezas, contentamento e felicidade; planejar o que fazer se
e quando o fracasso chegar, em vez de queimar as pontes e tomar impossível a
retirada; fraqueza e, muitas vezes, falta total de autoconfiança, propósito definido,
autocontrole, iniciativa, entusiasmo, ambição, parcimônia. E capacidade de raciocínio
sensato; esperar pobreza, em vez de exigir riquezas; ligar-se aos que aceitam a
pobreza, em vez de procurar a companhia dos que exigem e recebem riquezas.
“Apenas Dinheiro”
Indagarão alguns: ―Por que escreveu um livro sobre dinheiro? ―Por que medir
riqueza em dinheiro, apenas?‖ Alguns acreditarão, com razão, que existem outras
formas de riqueza, mais desejáveis que o dinheiro. Sim, há riquezas que não podem
ser medidas em termos de dinheiro, mas há milhares de pessoas que dirão: ―Dê-me
todo o dinheiro de que necessito e encontrarei tudo o mais que desejo‖.
A principal razão de eu ter escrito este livro de como ganhar dinheiro é o fato
de milhões de homens e mulheres estarem paralisados de medo da pobreza. O que
essa espécie de medo causa a pessoa foi bem descrito por Westbrook Pegler:
Dinheiro é apenas concha de molusco ou disco de metal ou, ainda, pedaços de
papel. Há tesouros da alma e do coração que o dinheiro não pode comprar, mas a
maioria das pessoas, estando sem dinheiro, não consegue ter isso em mente,
mantendo a coragem. Quando um homem está sem nada, jogado na rua da amargura,
incapaz de obter qualquer emprego, algo lhe acontece ao espírito, que pode ser
observado pelo arcar dos ombros, a posição do chapéu, o andar, o olhar. Não
consegue fugir à sensação de inferioridade diante de gente que tem emprego, mesmo
sabendo, com certeza, que não são seus iguais em caráter, inteligência ou
capacidade.
Essa gente – mesmo os amigos – sentem, por outro lado, uma sensação de
superioridade e o encaram, talvez inconscientemente, como acidente. Esse poderá
pedir dinheiro emprestado, por algum tempo, mas não o suficiente para continuar sua
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vida costumeira e nem poderá fazê-lo por muito tempo. Mas o próprio fato de pedir
emprestado, quando se trata simplesmente de sobreviver, é uma experiência
deprimente e falta ao dinheiro emprestado o poder que têm o dinheiro ganho, para
animá-lo. É claro que nada disso se aplica aos vagabundos ou boas-vidas habituais,
mas apenas a homens de ambição e dignidade normais.
Mulheres nas mesmas condições devem ser diferentes. Nunca pensamos nas
mulheres, ao considerar os vencidos. Poucas se acham nas filas de caridade,
raramente são vistas pedindo esmola nas ruas e não são reconhecíveis na multidão
pelos mesmos sinais patentes que identificam o homem derrotado. Naturalmente não
me refiro às bruxas que arrastam os pés nas ruas da cidade e que são o
correspondente dos vagabundos masculinos conformados. Refiro-me às mulheres
razoavelmente jovens, decentes e inteligentes. Deve haver muitas delas, mas seu
desespero não é aparente. Talvez se matem.
Quando o homem está vencido, tem tempo de sobra para se preocupar. Pode
viajar muitos quilômetros para ver alguém a respeito de um emprego e descobrir que
já foi preenchido ou que é um desses empregos sem pagamento fixo, mas dependente
de comissão sobre as vendas de alguma bugiganga inútil, que ninguém compra, a não
ser de dó. Se recusar, estará de volta à rua da amargura, sem ter para onde ir. Então,
anda e anda. Olha para as vitrines das lojas e os luxos inacessíveis, sentindo-se
inferior e dando passagem aos que param para olhar com interesse ativo. Vai para a
estação ferroviária ou se senta na biblioteca para descansar as pernas e aquecer-se
um pouco, mas isso não é procurar emprego, de modo que ele recomeça outra vez.
Pode não sabê-lo, mas sua falta de objetivo o trairia, mesmo que sua silhueta não o
fizesse. Pode estar até bem vestido, com roupas que sobraram do tempo do emprego
firme, mas que não disfarçam o abatimento.
Vê milhares de pessoas, guarda-livros, funcionários, químicos ou ajudantes de
vagões, ocupados no serviço, e os inveja do fundo da alma. Eles possuem
independência, dignidade e masculinidade, enquanto ele simplesmente não consegue
se convencer de que é bom também, embora o discuta consigo mesmo e chegue a um
veredicto favorável, hora após hora.
É apenas o dinheiro que faz a diferença. Com um pouco de dinheiro seria ele
mesmo novamente.
2. Desculpas pela idade: Hábito de falar, como quem se desculpa de estar velho,
só por ter alcançado a idade de quarenta ou cinqüenta. Ao contrário, dever-se-ia
expressar gratidão, por se ter alcançado a fase da sabedoria e da compreensão.
Preocupação É Medo
A preocupação é um estado de espírito, baseado no medo. Age com lentidão,
mas persistentemente. É insidiosa e sutil. Passo a passo ela se infiltra, até paralisar a
faculdade de raciocínio, destruindo a autoconfiança e a iniciativa. Preocupação é uma
forma de medo admitido, causado pela indecisão: portanto, é um estado de espírito
controlável.
Mente alterada é mente inútil. A indecisão altera a mente. A maioria das
pessoas não possui o poder de chegar às decisões com rapidez, sustentando-as
depois de tornadas.
Condições não nos preocupam, uma vez alcançada a decisão de seguir uma
linha de ação definida. Certa vez entrevistei um homem que seria eletrocutado dali a
duas horas. O condenado era o mais calmo dos oito prisioneiros, que com ele estavam
na cela da morte. Sua calma fez com que lhe perguntasse o que sentia, sabendo que
entraria na eternidade dali a pouco. Com um sorriso de confiança, respondeu: ―Sinto-
me otimamente. Imagine só, companheiro, minhas preocupações logo terminarão. Só
tive preocupações em toda a minha vida. Sempre foi difícil conseguir alimento e
vestuário. Logo mais não precisarei dessas coisas. Sinto-me bem desde que soube,
com certeza, que deveria morrer. Resolvi, então, aceitar o destino com bom humor‖.
Enquanto falava, devorava um jantar de proporções suficientes para três
homens, comendo cada porção que lhe traziam e, aparentemente, apreciando-as
como se nada fatal o aguardasse. A decisão lhe trouxe resignação ao seu destino! A
decisão pode também impedir a aceitação de circunstâncias indesejáveis.
Os seis temores básicos se traduzem num estado de preocupação, através da
indecisão. Liberte-se para sempre do medo da morte, chegando à decisão de aceitar a
morte como um acontecimento inevitável. Vença o medo da pobreza chegando à
decisão de se conformar com qualquer riqueza que possa acumular sem preocu-
pações. Pise com força no medo da crítica, alcançando a decisão de não se
preocupar com o que os outros possam pensar, fazer ou dizer. Elimine o medo da
velhice, tomando a decisão de aceitá-la, não como desvantagem, mas como benção,
que traz sabedoria, autocontrole e compreensão desconhecidos à juventude. Isente-se
131
preparar a mente para resistir ao mal. Se você está estudando esta filosofia com o
intuito de acumular riquezas, examine-se com cuidado, para determinar se é
suscetível a influências negativas. Se negligenciar essa auto-análise, perderá o direito
de alcançar o objeto de seus desejos.
Faça uma análise perscrutadora. Depois de ler as perguntas preparadas para a
auto-análise, atenha-se a um balanço estrito, nas respostas. Enfrente a tarefa com o
mesmo cuidado com que vasculharia a presença de outro inimigo, que o estivesse
esperando numa armadilha e saiba lidar com as próprias falhas como o faria com um
inimigo mais tangível.
Você pode facilmente se proteger contra assaltantes de estrada, porque a lei
fornece cooperação organizada a seu favor; mas esse “sétimo mal básico” é mais
difícil de dominar porque o ataca quando você nem lhe percebe a presença. Enquanto
você dorme e enquanto está desperto. A arma que usa é intangível, porque consiste
apenas de um estado de espírito. O mal também é perigoso, porque ataca em tantas
formas quantas são as experiências humanas. Às vezes, penetra a mente pelas
palavras bem intencionadas dos próprios parentes. Outras vezes, vem de dentro, pela
própria atitude mental de cada um. É sempre mortal como o veneno, embora não mate
com tanta rapidez.
Proteja-se
Para proteger-se contra influências negativas, sejam de sua própria criação ou
resultado de atividades de pessoas negativas, que o cercam, reconheça que possui
força de vontade, colocando-o em uso constante até formar um muro de imunidade
contra influências de sua mente.
Reconheça o fato de que você e todo o ser humano são, por natureza,
preguiçosos, indiferentes e suscetíveis às sugestões que se harmonizem com suas
fraquezas.
Reconheça que você é suscetível, por natureza, aos seis temores básicos,
adquirindo hábitos que combatam tais temores.
Reconheça que influências negativas muitas vezes se exercem sobre seu
subconsciente, o que torna difícil captá-las e conserve a mente fechada contra as
pessoas que o deprimem ou desanimam de algum modo.
Faça uma limpeza no armário de remédios, jogando fora as comprimidos e
pare de alcovitar resfriados, dores e doenças imaginárias.
Procure, deliberadamente, a companhia de gente que a influencie a pensar e
agir por si.
Não espere aborrecimentos, pois eles têm o costume de não desapontá-lo.
Sem dúvida, a fraqueza mais comum dos seres humanos é a de
deixar a mente aberta à influência negativa dos outros. Essa fraqueza é
ainda mais prejudicial porque a maioria das pessoas não reconhece que carrega
consigo a maldição e os que a reconhecem, deixam de corrigi-la ou recusam-se a
corrigir o mal até se tomar parte incontrolável de seus hábitos diários.
Para ajudar aos que se querem ver como realmente são, foi preparada essa
lista de perguntas. Leia-as e dê as respostas em voz alta, para que possa ouvir a
própria voz. Isso lhe facilitará ser franco consigo mesmo.
A vida lhe parece fútil e o futuro sem esperança? Gosta da sua profissão? Se
não, por quê?
Não se importa com a aparência pessoal? Sendo assim, quando e por quê?
Pode enumerar três de suas fraquezas mais prejudiciais? O que está fazendo
para corrigi-las?
Escolhe, das experiências diárias, lições ou influências que possam ser úteis
ao seu progresso pessoal?
Acha que é seu dever compartilhar das preocupações alheias? Por quê?
Se acredita que ―cada qual com seu igual‖, o que descobriu a seu respeito,
estudando os amigos que atrai?
Seria possível que alguém, a quem considera amigo, seja na realidade seu pior
inimigo, devido à influência negativa sobre sua mente?
De acordo com que regras julga os que lhe são úteis e os que lhe são
prejudiciais?
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a. suas ocupações
b. sono
c. jogos e descanso
d. aquisição de conhecimentos úteis
e. simples perda de tempo?
a. o anima mais
b. o admoesta mais
c. o desanima mais?
Quando alguém lhe oferece conselho de graça, não solicitado, você o aceita
sem discutir ou analisa-lhe os motivos?
Qual, na sua opinião, a pessoa viva mais importante? De que modo essa
pessoa lhe é superior?
PONTOS A FIXAR:
Temores são comuns e alguns até justificáveis. Mas há os que podem lançar
raízes e crescer sem que você o perceba – a não ser que se livre da indecisão e da
dúvida, que semeiam as sementes do medo.
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Os álibis que usar dizem muito a seu respeito. Nenhum álibi deve detê-lo,
enquanto você segue a máxima: PENSE E ENRIQUEÇA.
O mais valioso de todos os tesouros – a boa saúde – pode ser seu se dominar
o medo e se livrar das doenças que pode trazer. Os mais deslumbrantes tesouros
estão à sua espera, para que estenda as mãos e os alcance!