UFT - Efeito Ferranti em Linhas de Transmissao
UFT - Efeito Ferranti em Linhas de Transmissao
UFT - Efeito Ferranti em Linhas de Transmissao
PALMAS – TO
2019
RICHARDSON RIBEIRO DE ASSUNÇÃO ANCHIETA
PALMAS – TO
2019
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, pelo exemplo e educação que me deram, além de não medirem
esforços para que eu alcançasse o objetivo de ser Engenheiro Eletricista. Pelo amor
incondicional que sempre tive deles. Pela esperança e confiança que sempre
depositaram em mim e nas minhas escolhas.
A minha filha Isabella, que mesmo pequena e sem entender sempre foi minha
maior força desde que veio ao mundo e tornou esse caminho de graduação mais ainda
significativo em minha vida.
KEY-WORDS: SEP. ANEEL. Shunt reactors. Long Transmission Lines. Consumption bars.
ATP.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 11
1.1. Justificativa ........................................................................................................................ 13
1.2. Objetivos............................................................................................................................. 14
1.2.1. Objetivo Geral ............................................................................................................. 14
1.2.2. Objetivos Específicos ................................................................................................. 14
1.3. Metodologia ....................................................................................................................... 14
1.4. Estrutura do Trabalho ..................................................................................................... 15
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 16
2.1. Competência ...................................................................................................................... 16
3. LINHAS DE TRANSMISSÃO ............................................................................................... 19
3.1. Efeito Ferranti .................................................................................................................... 20
4. REATORES ............................................................................................................................. 22
4.1. Reatores Shunt ................................................................................................................. 25
4.2. Outras Aplicações dos Reatores ................................................................................. 27
4.2.1. Reatores Limitares de Corrente ............................................................................... 28
4.2.2. Reatores associados com banco de capacitores .................................................. 30
5. SIMULAÇÃO, RESULTADOS E ANÁLISES .................................................................... 32
5.1. Escolhas dos Componentes ......................................................................................... 32
5.2. Linha de transmissão ...................................................................................................... 32
5.3. Fonte .................................................................................................................................... 35
5.4. Implementação do circuito no software ..................................................................... 36
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 46
6.1. Trabalhos Futuros ............................................................................................................ 46
7. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ..................................................................................... 48
11
1. INTRODUÇÃO
Conforme Brasil (1996), relata em seu trabalho, uma busca maior pela eficácia
dos sistemas de transmissão, ou seja, aplicar um mínimo gasto no cumprimento dos
objetivos, fez com que surgisse novas concepções em linhas de transmissão em extra
e ultra alta tensão, como por exemplo, as linhas compactas e linhas de potência
natural elevada. Estas linhas de grandes extensões, por sua vez, apresentam uma
produção de potência reativa capacitiva substancialmente maior que as linhas de
transmissão convencionais. Desta forma a aplicação de reatores em derivação nestas
linhas, para permitir a energização das mesmas e auxiliar no controle de tensão no
sistema tanto em regime permanente, com em temporário e transitório, seria uma das
soluções do problema.
maiores potenciais estudados estão localizados na Região Norte com cerca de 67,7
GW.
Segundo Rodrigues e Silva (2014), as linhas longas (maiores que 250 km),
usualmente de alta e extra-alta tensão, apresentam elevado acoplamento capacitivo
entre fases e entre fase e solo, como citado por (Brasil) anteriormente, esse efeito
gera um significativo aumento da tensão em duas situações principais: a primeira é
quando há rejeição de carga (chaveamento), e a segunda é em condição de carga
leve, ou seja, em baixa demanda por parte dos consumidores. Para minimizar os
inconvenientes da utilização de linhas de transmissão cada vez mais longas e
propiciar ao sistema um melhor funcionamento, utiliza-se banco de reatores em série
ou paralelo (ou shunt). O banco de reatores, se instalado em série com a linha,
contribui para limitar a corrente de curto-circuito na mesma, já que a impedância série
equivalente dessa combinação tende a ser maior. Para o caso dos reatores instalados
em paralelo, a regulação de tensão da linha é feita por meio da absorção do excesso
de reativos.
1.1. Justificativa
1.2. Objetivos
O presente trabalho tem como objetivo comentar o que gera essa elevação da
tensão nas linhas de transmissão longas sob cargas leve ou pouco carregadas e suas
reais consequências no controle de tensão entregadas as concessionárias de
distribuição para os consumidores finais.
Simular as formas de ondas das tensões antes e após a aplicação dos reatores
shunts em linhas a vazio ou em carga leve;
Apresentar a necessidade desse sistema de proteção para a transmissão de
energia elétrica;
Apresentar o dispositivo de grande importância no SEP, que é o reator shunt,
abordando suas aplicações, características construtivas e operacionais.
1.3. Metodologia
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Competência
A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, foi criada pela lei nº 9.427,
de 26/12/1996, e constituída pelo Decreto nº 2.335, de 06/10/1997, sendo uma
autarquia sob regime especial, com personalidade jurídica de direito público e
autonomia patrimonial, administrativa e financeira, com sede e foro no Distrito Federal,
com prazo de duração indeterminado. Em 28/11/1997, a Aneel teve seu regimento
interno aprovado pela portaria do Ministério de Minas e Energia - MME nº 349,
começando a funcionar em 01/12/1997, sendo automaticamente extinto o
Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica - DNAEE. A Aneel está vinculada
ao MME.
3. LINHAS DE TRANSMISSÃO
linha. Neste caso instalam-se reatores em paralelos nos terminais do circuito para
absorver essa energia reativa. Em alguns casos, reatores em paralelo podem ser
ligados automaticamente ao sistema sempre que um disjuntor se abre. Em outros
casos, esses reatores em paralelo podem ficar ligados de forma permanente em
ambas as extremidades da linha (Maxwell, 2019).
Conforme Oliveira Júnior (2010), essa sobretensão é gerada pelo fato do efeito
capacitivo se sobressair em uma rede levemente carregada. Isto é denominado efeito
Ferranti: a tensão de operação do sistema se eleva com a distância ao longo da linha
de transmissão. A corrente reativa é atrasada quando absorvida por um reator shunt,
reduzindo assim a influência capacitiva da rede, chegando a redução da sobretensão.
4. REATORES
compensação reativa indutiva para possibilitar o controle dessa tensão dentro dos
valores aceitáveis de operação e de especificação dos equipamentos de proteção do
SEP. A Figura 9 abaixo ilustra a representação de uma linha de transmissão com
reatores shunt, instalados nas extremidades da mesma.
O controle dos níveis de tensão na linha é feito por meio do fluxo de reativos
no sistema. Quando há excesso de reativos no sistema, o nível de tensão
cresce. Em contrapartida, a tensão da linha decresce para baixos valores de
reativos. (Rodrigues.; Silva, 2014).
Como relata Oliveira Júnior (2012) em seu trabalho “Reatores para controle de
fluxo de potência e suas consequências para a qualidade de energia”, para atingir um
equilíbrio de potência reativa aceitável, é preciso corrigir e compensar a linha de forma
a se obter uma condição operacional. Em condições de carga pesada, o equilíbrio de
potência é negativo e a compensação capacitiva é necessária, e de maneira contraria,
o equilíbrio de potência é positivo e uma compensação indutiva é preciso ser feito,
essa compensação geralmente é fornecida pelo uso de reatores. O efeito da
capacitância causada nos sistemas de transmissão quando estão levemente
carregadas pode levar a dois tipos de sobretensão ao sistema que pode ser controlada
através do emprego de reatores.
De acordo tudo que foi descrito até aqui sobre os reatores para o controle da
tensão causado pela reatância capacitiva natural das linhas de transmissão longas, a
Figura 10 apresenta um exemplo de reator shunt de barramento 500 KV instalado em
uma subestação.
Limitação de Corrente;
Reatores Associados a banco de Capacitores.
Seguindo essa lógica, outra consideração importante que deve ser vista, diz
respeito aos espaçamentos que são necessárias em torno dos Reatores Limitadores
de Corrente – RLCs, no momento da instalação dos mesmos. Isto é devido ao campo
magnético alto gerados por esse equipamento. Com isso, as distâncias a serem
estabelecidas entre as fases poderão inviabilizar a instalação de RLC em subestação
que, por exemplo, apresentam problema de espaço.
As aplicações e experiência de uso dos RLCs no Brasil são bem amplas, indo
desde as aplicações no nível de 13,8 kV, em serviços auxiliares de usinas e
29
subestações, até sistemas de EAT (extra alta tensão) em 138 kV, 345 kV e 500 kV.
Pode-se exemplificar a utilização destes limitadores, conforme ilustrado na Figura 11,
nas seguintes subestações (D´Ajuz; Monteiro; Kastrup; Oliveira, 2002).
Fonte: Própria.
Fonte: Própria.
35
Fonte: Própria.
5.3. Fonte
Fonte: Própria.
Fonte: Própria.
Fonte: Própria.
106
105
104
Er/Et
103
102
101
100
50 100 150 200 250 300 350 400 450 500
Comprimento da linha de transmissão em km
Fonte: Própria.
𝑍2 − 𝑍0
𝑘= (1)
𝑍2 + 𝑍0
Fonte: Própria
Fonte: Própria.
𝑉²𝑓
𝑄 (𝑟𝑒𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎) = (2)
𝑋𝐿
𝑋𝐿 = ɷ𝐿 (3)
43
Com isso encontra-se um valor de indutância de 2.80 Henry (H) para uma
frequência de 60 Hz do sistema, que será utilizado para inserir no ATPdraw no reator
ao final da linha de transmissão, como um reator é equipamento com indutância no
seu interior, escolheu-se uma carga RLC no software zerando as componentes de
resistência e capacitância, conforme observa-se a Figura 24.
Fonte: Própria.
Fonte: Própria.
44
Fonte: Própria.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
IEEE Power Systems Relaying Committee. IEEE Guide for the Protection of Shunt
Reactors. ANSI/IEEE C37.109, 1988.
MARCOS, Rocha. Curso básico de reatores com núcleo de ar. Itajubá: Alston,
2002.