PSol Petição Áudio de Tortura Na Ditadura
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https://blogs.oglobo.globo.com/miriam-leitao/post/audios-do-superior-tribunal-militar-provam-tortura-na-
ditadura.html
https://g1.globo.com/politica/noticia/2022/04/17/audios-do-superior-tribunal-militar-sobre-tortura-ouca-os-
relatos-e-leia-as-transcricoes.ghtml
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A Sentença julgou inaplicável a Lei de Anistia de 1979 aos autores
de graves violações de direitos humanos e ordenou 12 medidas a serem adotadas
pelo Brasil2.
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1. O Estado Brasileiro deve conduzir eficazmente, perante a jurisdição ordinária, a investigação penal dos fatos
referidos na Sentença, e aplicar as sanções previstas em lei;
2. O Estado deve realizar todos os esforços para determinar o paradeiro das vítimas desaparecidas e, se for o caso,
identificar e entregar os restos mortais a seus familiares;
3. O Estado deve oferecer o tratamento médico e psicológico ou psiquiátrico que as vítimas requeiram e, se for o
caso, pagar as indenizações correspondentes;
4. O Estado deve realizar as publicações ordenadas na Sentença;
5. O Estado deve realizar um ato público de reconhecimento de responsabilidade internacional a respeito dos fatos
do referido processo;
6. O Estado deve continuar com as ações desenvolvidas em matéria de capacitação, e implementar, em um prazo
razoável, um programa ou curso permanente e obrigatório sobre direitos humanos, dirigido a todos os níveis
hierárquicos das Forças Armadas.
7. O Estado deve adotar, em um prazo razoável, as medidas que sejam necessárias para tipificar o delito de
desaparecimento forçado de pessoas em conformidade com os parâmetros interamericanos. Enquanto cumpre
com esta medida, o Estado deve adotar todas aquelas ações que garantam o efetivo julgamento, e se for o caso, a
punição em relação aos fatos constitutivos de desaparecimento forçado através dos mecanismos existentes no
direito interno.
8. O Estado deve continuar desenvolvendo as iniciativas de busca, sistematização e publicação de toda a
informação sobre a Guerrilha do Araguaia, assim como da informação relativa a violações de direitos humanos
ocorridas durante o regime militar, garantindo o acesso à mesma.
9. O Estado deve pagar as quantias fixadas na Sentença, a título de indenização por dano material, por dano
imaterial e por restituição de custas e gastos;
10. O Estado deve realizar uma convocatória, em, ao menos, um jornal de circulação nacional e um da região onde
ocorreram os fatos da “Guerrilha do Araguaia”, ou mediante outra modalidade adequada, para que, por um
período de 24 meses, contado a partir da notificação da Sentença, os familiares das pessoas desaparecidas aportem
prova suficiente que permita ao Estado identificá-los e, conforme o caso, considerá-los vítimas nos termos da Lei
Brasileira nº 9.140/95 e da Sentença.
11. O Estado deve permitir que, por um prazo de seis meses, contado a partir da notificação da Sentença, os
familiares das pessoas nela indicadas possam apresentar-lhe, se assim o desejarem, suas solicitações de
indenização utilizando os critérios e mecanismos estabelecidos no direito interno pela Lei nº 9.140/95;
12. Da mesma forma, o Estado deve permitir que os familiares ou seus representantes legais apresentem ao
Tribunal, em um prazo de seis meses, contado a partir da notificação da Sentença, documentação que comprove
a data de falecimento das pessoas lá indicadas.
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estrutura estatal ditatorial, exige uma resposta que combata as ofensas maciças às
normas constitucionais e convencionais e faça cessar o sistemático descaso pelo
Estado responsável.
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(...) o agente que confessa a autoria, quando já desenvolvidas todas as diligências e existindo fortes indícios, ao
final confirmados, não faz jus à atenuante. Para a incidência desta, é necessária a admissão da autoria, quando esta
ainda não era conhecida (...) A confissão em segunda instância, após a sentença condenatória, não produz efeitos,
uma vez que neste caso não se pode falar em cooperação espontânea quando a versão do acusado já foi repudiada
pela sentença de primeiro grau." (CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 20. ed. São Paulo: Saraiva,
2016. v. 1. p. 494).
No STF: 1. A confissão qualificada não é suficiente para justificar a atenuante prevista no art. 65, III, 'd', do Código
Penal (Precedentes: HC 74.148/GO, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de 17/12/1996 e HC 103.172/MT,
Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 24/09/2013). (...) 3. A aplicação da atenuante da confissão espontânea
prevista no art. 65, III, 'd', do Código Penal não incide quando o agente reconhece sua participação no fato, contudo,
alega tese de exclusão da ilicitude." (HC 119.671/SP)
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Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a divulgação do conteúdo, que não
foi realizado pelo Superior Tribunal Militar. Em 2011, o STF determinou o acesso
irrestrito a discos e, somente em 2015, centenas de fitas em rolo foram digitalizadas.
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autoridades do país, enaltecendo torturadores e os atos de tortura, manifestações
que reverberam na sociedade.
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https://www.dw.com/pt-br/elogio-de-mourão-a-torturador-causa-repúdio/a-55223890
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https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2022/04/18/questionado-sobre-tortura-na-
ditadura-militar-mourao-responde-com-ironia-e-risos.htm
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https://veja.abril.com.br/politica/bolsonaro-afirma-que-torturador-brilhante-ustra-e-um-heroi-nacional/
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https://www.poder360.com.br/midia/eduardo-bolsonaro-ironiza-tortura-sofrida-por-miriam-leitao/
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descumprimento de preceitos elementares (o disposto nos artigos 1º, III; 4º, I e II e
5º, §§ 1º a 3º da Constituição Federal), bem como um flagrante inconvencionalidade
pelo descumprimento do estatuído no art. 68, 1º da Convenção Americana sobre
Direitos Humanos, devidamente ratificada pelo Brasil, que estipula que: “Os
Estados-Partes na Convenção comprometem-se a cumprir a decisão da Corte
[Interamericana de Direitos Humanos] em todo caso em que forem partes”.
Em tais casos, como vem decidindo este E. STF (v.g. na ADPF 347,
na 760 e no HC 143641), “apenas o Supremo revela-se capaz, ante a situação
descrita, de superar os bloqueios políticos e institucionais que vêm impedindo o
avanço de soluções, o que significa cumprir ao Tribunal o papel de retirar os demais
Poderes da inércia, catalisar os debates e novas políticas públicas, coordenar as
ações e monitorar os resultados”.
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Após seja ouvidos o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral
da República.
ANDRÉ MAIMONI
OAB/DF 29.498
ALBERTO MAIMONI
OAB/DF 21.144
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