Apostila Taylor
Apostila Taylor
Apostila Taylor
A Escola da Administração Científica foi iniciada por volta de 1900 pelo engenheiro americano
Frederick W. Taylor, considerado o fundador da moderna Teoria da Administração. Taylor teve inúmeros
seguidores (como Gantt, Gilbreth, Emerson, Ford, Barth e outros) e provocou verdadeira revolução no
pensamento administrativo e no mundo industrial da sua época. Sua preocupação original foi tentar
eliminar o fantasma do desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias americanas e elevar o nível de
produtividade através da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial.
A Obra de Taylor
Primeiro Período de Taylor: Iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do operário e,
mais tarde, generalizou suas conclusões para a Administração geral, sua teoria seguiu em caminho de
baixo para cima e das partes para o todo. Taylor expõe que:
1. O objetivo de uma boa Administração é pagar salários altos e ter baixos custos unitários de
produção.
2. Para atingir esse objetivo, a Administração deve aplicar métodos científicos de pesquisa e
experimentação, a fim de formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitam
o controle de operações fabris.
3. Os empregados devem ser cientificamente colocados em serviços ou postos em que os materiais e
as condições de trabalho sejam cientificamente selecionados, para que as normas possam ser
cumpridas.
4. Os empregados devem ser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões e, portanto,
executar um serviço ou tarefa de modo que a produção normal seja cumprida.
5. Uma atmosfera de cooperação deve ser cultivada entre a Administração e os trabalhadores, para
garantir a continuidade desse ambiente psicológico que possibilite a aplicação dos princípios
mencionados.
Segundo Período de Taylor. Nesse segundo período, desenvolveu seus estudos sobre a
Administração geral, a qual denominou Administração Científica, sem deixar, contudo sua preocupação
com relação à tarefa do operário. Taylor assegurava que as indústrias de sua época padeciam de três
tipos de problemas:
1. Vadiagem sistemática por parte dos operários, que reduziam propositadamente a produção a cerca
de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários pela gerência.
2. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua
realização.
3. Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.
Para sanar esses três problemas, idealizou o seu famoso sistema de Administração que
denominou Scientific Management e que nos países de língua latina foi difundido sob os nomes de
Sistema de Taylor, Gerência Científica, Organização Científica no Trabalho e Organização Racional do
Trabalho.
Taylor verificou que os operários aprendiam suas tarefas por meio da observação dos
companheiros. Notou que isso levava a diferentes métodos para fazer a mesma tarefa e uma grande
variedade de instrumentos e ferramentas diferentes em cada operação. Esses instrumentos e
ferramentas devem ser aperfeiçoados por meio da análise científica e um detalhado estudo de tempos e
movimentos.
Em suma, a fadiga é considerada um redutor da eficiência. Para reduzir a fadiga, foi proposto
princípios de economia de movimentos relativos ao uso do corpo humano, na disposição do material no
local de trabalho e às ferramentas e equipamentos.
Era necessário um estímulo salarial adicional para que os operários ultrapassassem o tempo
padrão. Era necessário criar um incentivo salarial ou prêmio de produção. O tempo padrão-isto é, o
tempo médio necessário para o operário realizar a tarefa racionalizada-constitui o nível de eficiência
equivalente a 100%.
Acima de 100% de eficiência, a remuneração por peça era acrescida de um prêmio de produção
ou incentivo salarial adicional que aumentava à medida que se eleva a eficiência do operário. Com o
plano de incentivo salarial, se obteve um custo de produção cada vez mais reduzido e, em conseqüência,
maior produtividade e maior rendimento.
De acordo com esse conceito, toda pessoa é influenciada exclusivamente por recompensas
salariais, econômicas e materiais.
Assim, o homem procura o trabalho não porque gosta dele, mas como um meio de ganhar a
vida. O homem é motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela necessidade de dinheiro para viver.
Essa visão da natureza humana - o homem econômico - não se limitava a ver o homem como
um empregado por dinheiro. Pior ainda: via no operário da época, uns indivíduos limitados e
mesquinhos, preguiçosos e culpados pela vadiagem e desperdício das empresas e que deveria ser
controlado por meio do trabalho racionalizado e do tempo padrão.
7. Condições de Trabalho:
Taylor e seus seguidores verificaram que a eficiência depende não somente do método de
trabalho e do incentivo salarial, mas também de um conjunto de condições de trabalho que garantam o
bem-estar físico do trabalhador e diminuam a fadiga. As principais condições de trabalho são:
8. Padronização:
Organização Racional do Trabalho se preocupou com os planos de incentivos salariais.
Preocupou-se também com a padronização dos métodos e processos de trabalho, com a padronização
das máquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos de trabalho, matérias-primas e
componentes, a fim de reduzir a variabilidade e a diversidade no processo produtivo e assim, eliminar o
desperdício e aumentar a eficiência. Padronização é a aplicação de normas e padrões em uma
organização para obter uniformidade e redução de custos. A padronização passa a ser vital para a
Administração Cientifica na melhoria da eficiência.
9. Supervisão Funcional:
Para Taylor, a característica mais marcante da administração funcional consiste no fato de que
cada operário, em lugar de se colocar em contato direto com a administração num único ponto, isto é,
por intermédio de seu chefe de turma, recebe orientação e ordens diárias de oito encarregados
diferentes, cada um dos quais desempenhando sua própria função particular. A especialização do
operário deve ser acompanhada da especialização do supervisor e não de uma centralização da
autoridade.
Henry Ford (1863-1947) iniciou sua vida como mecânico, chegando a engenheiro-chefe de uma
fábrica. Idealizou e projetou um modelo de carro e fundou, em 1903, a Ford Motor Co. Sua idéia era
fabricar carros-antes artesanais e destinados a poucos milionários - a preços populares dentro de um
plano de vendas e assistência técnica. Revolucionou a estratégia comercial da época.
Talvez o mais conhecido de todos os precursores da moderna Administração, Henry Ford (1863-
1947), fez uma das maiores fortunas do mundo graças ao constante aperfeiçoamento de seus métodos,
processos e produtos.
Harrington Emerson (1853-1931), um dos principais auxiliares de Taylor, foi o homem que
popularizou a Administração Científica e desenvolveu os primeiros trabalhos sobre seleção e
treinamento de empregados. Além de grande colaborador de Taylor, procurou simplificar os métodos
de estudo e trabalho através dos seus 12 princípios da eficiência, que são:
A obra de Taylor e seus seguidores são suscetíveis a numerosas críticas. Essas críticas não lhe
diminuem o mérito de verdadeiros pioneiros e desbravadores da então nascente Teoria da
Administração. Na sua época, a mentalidade e os preconceitos tantos dos dirigentes quanto dos
empregados, a falta de conhecimentos sedimentados sobre os assuntos administrativos, a precária
experiência industrial e empresarial que não apresentava condições razoáveis de formulação de
hipóteses válidas para a solução dos problemas da empresa, tudo isto não permitia o adequado suporte
para a elaboração de conceitos mais rigorosos e mais bem fundamentados. As principais críticas à
Administração Científica são: