Aula 12
Aula 12
Aula 12
FISIOLOGIA ANIMAL
Aula 12
• Sistema digestivo – parte II
• Sistema respiratório – parte I
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 2
Glândulas acessórias
Glândulas salivares
Glândulas acessórias
Secreções gástricas
• Células caliciformes
• Muco
• Células principais
• Pepsinogénio
• Células parietais
• Acido clorídrico
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 4
Glândulas acessórias
Pâncreas
• Glândula globular localizada
perto do duodeno
Lípidos e
aminoácidos no
• Duto pancreático duodeno > CCK
• Exócrino (90%)
• Enzimas digestivas
• Carbohidratos
Subida de pH
• Proteínas
no duodeno >
• Triglicéridos secretina
• Bicarbonato
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 5
Glândulas acessórias
Fígado
• Maior glândula do corpo, abdómen cranial
• Secreções fundamentais para a digestão dos lípidos
• Recebe todo o sangue das vísceras (intestino) através da veia porta
• Carbohidratos
• Utilizados nos processos metabólicos do fígado
• Convertidos em glicogénio no fígado para ser utilizados em períodos de jejum
• Aminoácidos
• Utilizados para a produção de proteínas no fígado: albumina, etc.
Triade portal
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 9
Circulação portal
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 10
Circulação portal
(veia central)
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 11
Glândulas acessórias
Vesicula biliar
• Entre os lóbulos hepáticos
• Canalículos biliares – ductulos biliares – ducto biliar
• Sais biliares (fosfolípidos, bilirrubina, colesterol, etc.) necessários para a
digestão dos lípidos, são secretados no duedeno pelo duto biliar comum
• Bílis possibilita a excreção de toxinas, hormonas, bilirrubina, etc.
1. Oxidação da molécula
2. Solubilização da molécula oxidada
Vesícula biliar
Ducto
colédoco
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 12
2. Metabolismo proteico
• Formação de proteínas plasmáticas: albumina, fibrinogénio,
protrombina e globulinas
• Regulação de aminoácidos: transformação de aminoácidos
essenciais e transaminação
• Produção de ureia: aminoácidos não utilizáveis são convertidos em
amónia (deaminação) e posteriormente em ureia que é excretada na
urina
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 14
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Parte I
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 16
Constituintes
• Nariz
• Faringe
• Laringe
• Traqueia
• Brônquios
• Bronquíolos
• Alvéolos
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 18
Nariz
• Ar entra através das narinas até à
cavidade nasal (septo cartilaginoso:
cavidade esq. e dta.)
Nariz
Orifícios nasais
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 20
Nariz
• Parte posterior das conchas nasais: epitélio olfatório (enviam informação para os
bulbos olfatórios)
• Seios paranasais: cavidade óssea preenchida com ar. Ligadas ao epitélio mucoso
ciliar, contactando por aberturas estreitas. Tornam o crânio mais leve e permitem
maior aquecimento do ar e secreção mucosa
• Seio maxilar: no cão é um recesso caudal no final da cavidade nasal
• Seio frontal: no interior do osso frontal
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 21
Faringe
• Cavidade nasal ar passa para a faringe
• Partilhada pelos sistemas respiratório e digestivo
• Nasofaringe (dorsal) – conduz o ar inspirado da cavidade nasal
para a faringe
• Palato mole – impede que alimento entre para cavidade nasal
• Orofaringe (ventral) – conduz alimento da cavidade oral para o
esófago (pode também conduzir ar: respiração oral)
• Respiração oral: durante o exercício extenuante permite entrada
de maior quantidade de ar nos pulmões; presença de corpos
estranhos/tumores; capacidade pulmonar reduzida
(pneumotoráx, hemotórax, pneumonia)
• Tubos de eustáquio/tubos auditórios conectam a faringe ao ouvido
médio (equilibrar a pressão no ouvido)
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 22
Tubo de eustáquio
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 23
Laringe
• Caudal à faringe entre as duas mandíbulas
• Órgão da fonação (som faz vibrar cordas vocais)
• Só permite entrada de ar
• Obs. a raiz da língua está fixa a um lado do osso hioide, e a laringe ao outro
lado. Quando entubamos um cão/gato puxar a língua cranialmente faz tração
sobre a laringe e a epiglote é aberta, permitindo a correta intubação
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 24
Laringe
• Osso hioide: estrutura oca
constituída por cartilagem, músculo
e tecido conjuntivo. A cartilagem
mais craneal (epiglote) é
responsável pelo fecho da laringe
quando o animal engole (impede
entrada de saliva/alimento para os
pulmões)
• Ligamentos vocais projetam-se
bilateralmente no lúmen da laringe
• Patologias: em cães adultos ocorre
paralisia laríngea (não abre,
impedindo a passagem de ar); em
cavalos é frequente a hemiplegia
laríngea “cornage”
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 25
Traqueia
• Tubo permanentemente aberto desde
a laringe até aos brônquios
• Fixa ao bordo caudal das cartilagens
laríngeas
• Na parte ventral do pescoço, debaixo
do esófago
• Entra no mediastino e termina na
bifurcação por cima do coração
• Lúmen mantêm-se aberto devido aos
anéis cartilagíneos (unidos por tecido
fibroso e musculo liso) em forma de
C, que impedem a traqueia de
colapsar
• Flexível para permitir movimento da
cabeça e pescoço
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 27
Traqueia
• Possui um epitélio mucoso ciliado que capta qualquer partícula e
muco, enviando-o novamente para a faringe (onde são engolidos ou
expulsos)
• Num ambiente de fumo/pó a produção de muco pode aumentar,
irritando a mucosa e levando o animal a tossir
• Patologias: colapso traqueal, frequente em raças miniatura (tipo
Yorkshire) causando tosse crónica. Perigo de colapso depois de
exercício extenuante, causando um colapso súbito
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 28
Brônquios e bronquíolos
• A traqueia divide-se em brônquio
direito e brônquio esquerdo, que
entram em cada um dos pulmões (raiz
do pulmão)
• Ao entrar nos pulmões, os brônquios
ramificam-se em vários bronquíolos
• Os brônquios estão rodeados de
tecido cartilaginoso, que vai
ficando mais fino até desaparecer –
bronquíolos
• Os bronquíolos ramificam-se até
originar os ductos alveolares, que
abrem nos sacos alvéolares
• A parede dos brônquios e bronquíolos
contém músculo liso (inervado pelo
SNA) que realiza dilatação ou
constrição, segundo a necessidade
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 29
Alvéolos
• Ductos alveolares terminam nos sacos
alveolares
• Cada saco alveolar é um conjunto de
alvéolos, cada um rodeado por uma rede
de capilares
• Epitélio alveolar: membrana pulmonar
(muito fina, permite troca de gases entre
sangue e ar)
• Há milhões de alvéolos em cada pulmão,
permitindo uma grande área para troca de
gases
• Espaço morto: toda a área pulmonar exceto
os alvéolos (não está envolvida nas trocas,
mas na condução dos gases)
• Sangue venoso proveniente das artérias
pulmonares é oxigenado e retorna pelas
veias pulmonares
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 30
Sistema respiratório
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 31
Cavidade torácica
• Dividida em cavidades pleurais direita
e esquerda por uma camada dupla de
pleura (mediastino)
Cavidade torácica
• Pleura
• Diafragmática – cobre diafragma
cranialmente
• Pulmonar/visceral – cobre cada
lóbulo do pulmão direito e
esquerdo
• Costal/parietal – cobre o lado
interno das costelas
• Mediastínica – cobre o mediastino
• Maioria dos órgãos encontram-se no
mediastino: coração e vasos
associados, traqueia e esófago
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 33
Mecânica da respiração
• Expansão e diminuição do volume da cavidade torácica
(inspiração/expiração)
1. Músculo diafragmático: fronteira entre cavidade abdominal e cavidade
torácica, inervado pelo nervo frénico (desde a cervical). Contracção
diafragmática – aplanamento e aumento de volume
2. Músculos intercostais externos: entre costelas, inervados pelos nervos
intercostais. Contracção – subem e expandem, aumentando o volume da
cavidade
3. Músculos intercostais internos: na parte interna, também são inervados
pelos nervos intercostais. Acção sobretudo passiva mas actuam na
expiração forçada
Mecânica da respiração
Exceção!
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 35
Mecânica da respiração
• Tipos de respiração
• Abdominal – movimentos do abdómen, é a mais comum. Em condições
dolorosas (pleurite) pode estar aumentada
• Costal/torácica – movimentos costais pronunciados, é frequente em
condições dolorosas (peritonite)
• Estados de respiração (frequência da respiração e/ou profundidade da
inspiração)
• Eupneia – respiração normal, sem variações
• Dispneia – dificuldade em respirar, com esforço visível
• Hiperpneia – aumento de profundidade e/ou frequência (animal não é
consciente) origina hiperventilação
• Polipneia – respiração rápida e superficial (arfar) não inclui aumento de
profundidade
• Apneia – cessação da respiração
• Taquipneia – frequência aumentada
• Bradipneia – frequência diminuída
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 36
Conceitos
• Volume tidal: volume de ar que entra/sai em cada respiração normal
• Volume de reserva inspiratória: volume “extra” que pode entrar na inspiração
forçada
• Volume de reserva expiratória: volume “extra” que pode sair na expiração
forçada
• Volume residual: volume que se mantém sempre nos pulmões, mesmo após
uma expiração forçada (impede o colapso)
• Capacidade vital: quantidade total de ar expirado após uma inspiração
forçada
• Capacidade residual funcional: quantidade de ar que se mantém nos
pulmões após uma expiração normal (tocas gasosas durante a expiração)
• Capacidade pulmonar total: volume residual + volume de reserva expiratória
+ volume tidal + volume de reserva inspiratória
• Espaço morto: volume inspirado que não alcança os alvéolos
• Frequência respiratória: número de respirações por minuto (variações de
espécie, idade, estado, etc.)
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 37
Diferenças interespecíficas
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 38
Preencha o esquema
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 39
Preencha o esquema
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 40
Auscultação pulmonar
• Estetoscópio permite ouvir os ruídos pulmonares
• Ambiente calmo sem barulho
• Ruído respiratório: produzido pelo movimento do ar ao longo da
arvore traqueobronquial
• Fluxo de ar turbulento e de alta velocidade na passagem do ar pela
traqueia e brônquios
• Fluxo laminar a baixa velocidade na passagem do ar pelos bronquíolos
• Ruídos adventícios: extrínsecos aos ruídos normais, reflectem uma
alteração no fluxo do ar
• Crepitações (edema, exsudados)
• Sibilos (broncoconstrição)
• Estertores
• Roncos
http://solutions.3m.com/wps/portal/3M/pt_PT/3M-Littmann-EMEA/stethoscope/littmann-
learning-institute/heart-lung-sounds/lung-sounds/#vesicular-normal
Fisiologia Animal (12) - Carolina Balão da Silva 41
PRÓXIMA AULA
Sistema respiratório – parte II