FSS04 - Gruas Torre

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GRUAS TORRE FSS04

1 – CARACTERIZAÇÃO
As gruas torre são equipamentos de elevação e movimentação mecânica de cargas, compostos por uma torre fixa,
estabilizada na sua base, e encimada por uma lança móvel, onde corre um carro distribuidor, com um sistema de roldanas
e cabos que visam içar e deslocar as cargas.
A instalação de uma Grua está sujeita a alguns condicionalismos de interferência com o meio envolvente, por exemplo, a
proximidade de aeródromos, a proximidade de linhas eléctricas de alta tensão, a trajectória da carga suspensa sobre zonas
habitacionais ou de passagem, condicionalismos municipais, etc., pelo que o local da implantação deve ter em conta
todas estas preocupações.
A estabilidade e solidez da grua são fundamentais para a segurança da movimentação das cargas; no entanto, o desgaste
dos órgãos e cabos de elevação, a falta de conservação da instalação eléctrica e a deficiente preparação dos manobradores
são a causa de grande parte dos acidentes.
A Grua deve possuir uma placa de identificação, contendo o nome do fabricante, ano de fabrico e o número de série.

2 - RISCOS MAIS FREQUENTES


 Quedas em altura, durante a subida e descida da torre ou por desequilíbrio do operador
 Esmagamento por queda da carga
 Esmagamento por queda da grua
 Entalamento durante a movimentação da carga
 Golpes
 Sobreesforços
 Electrocussão ou electrização (trabalhos na vizinhança de instalações em tensão)

3 - MEDIDAS DE PREVENÇÃO
3.1 - Na implantação
 Atendendo às características da grua seleccionada (alcance da lança, altura da torre, diagrama de
carga e comprimento do caminho de rolamento), escolher o local de implantação de forma a guardar
distâncias de segurança em relação a obstáculos, ser acessível aos postos de trabalho e materiais, e
não afectar o desenvolvimento da obra.
 Sempre que possível, escolher o local de implantação da Grua de modo a não existir risco de
interferência com linhas eléctricas de média ou alta tensão.
 Assegurar a estabilidade do terreno de implantação. Proceder à sondagem do terreno para recolher as
suas características de natureza e compactação e, de acordo com os dados técnicos do fabricante da
Grua, definir a “sapata” a construir.
 Calcular a sobrecarga que o conjunto Grua + sapata irá introduzir no terreno e confirmar se são
compatíveis com a manutenção de taludes ou valas ou quaisquer outras estruturas próximas que
possam ser afectadas.
 Garantir a visibilidade dos locais de operação e de obstáculos à movimentação da lança.
 Se a altura da Grua exigir a sua amarração, seguir criteriosamente todas as indicações do fabricante.
 Ligar as massas metálicas (carris e estruturas metálicas) da Grua à terra de protecção de forma
permanente e segura (soldadura ou aperto mecânico).
 A Grua deve ter obrigatoriamente afixado, de modo bem visível, a sua capacidade máxima de carga,
assim como, a cada 10 metros de lança, a carga máxima admitida a esse alcance.
 Se a Grua tiver cabina de comando elevada, deve possuir escada de acesso com patamares de
descanso (pelo menos cada 10 metros) e quebra-costas ou, em alternativa, possuir um sistema de
protecção antiqueda deslizante, onde o operador na subida/descida ligará o seu EPI (cinto com arnês
+ antiqueda).
 Assegurar a existência de um extintor (Pó Químico ABC) na cabina de comando.
 Colocar, em locais adequados, placas de aviso de “atenção às cargas suspensas” e de ”proibição de
permanecer sob a carga”.

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Tratando-se de uma Grua sobre carris:


 Regularizar e compactar bem o terreno antes de colocar os carris.
 Respeitar todas as distâncias, ligações e apertos indicados pelo fabricante, para o caminho de
rolamento.
 O batente de fim de curso deverá ser colocado a pelo menos 60 cm do fim dos carris, e sempre antes
da última travessa.
 Assegurar a ligação equipotencial à Terra de todo o conjunto carris /Grua.
 Colocar, pelo menos numa das extremidades do caminho de rolamento da Grua, um ponto de
amarração com suficiente solidez para fixar a Grua em caso de ventos fortes.
Nota: No final da montagem da Grua, a entidade instaladora deverá emitir um certificado de conformidade e exame de
ensaio.

3.2 - Na utilização
 Assegurar que a utilização e manutenção são feitas por pessoas especializadas. Nos locais de acesso
colocar placas de aviso de “acesso interdito a pessoal não autorizado”.
 A equipa de manobra deve incluir, para além do operador, um responsável pela manobra (chefe de
manobra) que supervisiona toda a operação e, um sinalizador que recebe indicações do chefe de
manobra e orienta o operador na manobra.
 Adoptar o equipamento adequado às cargas e características do estaleiro (ver FSS 03  Utilização de
cabos de aço).
 Respeitar escrupulosamente os limites de carga afixados no equipamento, atendendo ao
comprimento de lança utilizado.
 Garantir o contacto visual permanente entre o operador da Grua e o orientador da manobra.
 Assegurar a visibilidade do operador durante a manobra.
 Antes de iniciar a manobra a equipa de manobra deve certificar-se de que durante a movimentação
do equipamento e carga, não existe a possibilidade de colisão com outros materiais, equipamentos
ou pessoas.
 Respeitar as distâncias mínimas de segurança a elementos existentes, fixos ou móveis, e as zonas de
acesso ou circulação de pessoas.
 Manter a grua e instalação eléctrica em bom estado de funcionamento.
 Manobrar a Grua observando regras essenciais como:
 Não transportar pessoas na Grua;
 Não tentar arrancar objectos fixos;
 Não arrastar cargas, devendo primeiro ser içadas e só depois de suspensas proceder ao seu
deslocamento lateral;
 O movimento das cargas deve ser sempre feito com o cabo de elevação na vertical;
 Sempre que se pretender mudar o sentido do movimento deve-se, em primeiro lugar, proceder à
paragem do movimento inicial;
 O cabo de elevação não deve ficar sem tensão ou solto;
 Não deixar a carga adquirir balanço ou rotação;
 Em situação de indisposição do operador, de ventos fortes ou tempestades com descargas
eléctricas sobre a zona, deve-se parar a grua;
 No final do trabalho, deixar a grua em segurança;
 Quaisquer anomalias devem ser imediatamente comunicadas.
3.3 - No caso de proximidade de condutores eléctricos nus em tensão

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Se não for de todo possível implantar a Grua em posição de não interferir com a linha eléctrica, devem ser
respeitadas as seguintes distâncias limites de aproximação (distância, na situação mais desfavorável, entre o
condutor da linha mais próximo e a Grua, o cabo de elevação ou a carga suspensa).
Tensão da linha eléctrica Distância mínima a respeitar
até 60 kV 3m
U> 60 kV 5m

3.4 - Verificação e controlo


 Proceder, de acordo com a periodicidade indicada, às verificações indicadas pelo fabricante,
nomeadamente:
 Cabos e correntes (diária)
 Freios (diária)
 Instalação eléctrica (diária)
 Patilha de segurança do gancho de carga (diária)
 Avisos sonoros e luzes de posição (diária)
 Limitadores de carga e de curso (semanal)
 Parafusos da estrutura (semanal)
 Estado da via (semanal)
 Roletes, casquilhos, roldanas e engrenagens (semanal)
 Níveis de óleo (semanal)
Em caso de dúvida a peça ou equipamento afectado devem ser retirados de serviço.
3.5 - Movimentação de cargas com estropos ou com lingas de aço
Ver FSS03 – Utilização de cabos de aço.

4 - EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL


 Capacete de protecção
 Calçado de Segurança com protecção mecânica
 Luvas de protecção mecânica
 Sistema antiquedas (para o operador, se necessário,)

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