Tipos de Planos de Pensões
Tipos de Planos de Pensões
Tipos de Planos de Pensões
,
BOLEllM DA REPUBUCA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
3.° SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Regulamento da Constituição e Gestão
de Fundos de Pensões no Âmbito da Segurança
AVISO
Social Complementar
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve TÍTULo I
ser remetidaem cópia devidamenteautenticada, uma por
cada assunto, donde conste, além das indicações Disposições gerais
necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte, CAPÍTULo I
assinado e autenticado: Para publicação no «Boletim
Objecto e definições
......•............ .
da República» •
" . ARTIGO!
SUMÁRIO (Objecto)
O presente Regulamento estabelece o regime jurídico da
Conselhode Ministros: constituição e gestão de fundos de pensões, no âmbito da
segurança social complementar.
oJI Decreto n,o 251200~:
Aprova o Regulamento da Constituição e Gestão de Fundos de ARTIGO 2
Pensões no Âmbito da Segurança Social Complementar. (Definições)
A definição dos termos usados no presente Regulamento
Decreto n.· 2612009'
consta do glossário em anexo.
Aprova o Regulamento de Sanidade Animal e revoga o Decreto
n," 812004, de I de Abril. CAPÍTULo II
Autorização prévia
•••••••••••••••••••••••••••••••
ARTIGO 3
CONSELHO DE MINISTROS (Autorlzaçio).
Decreto n.° 2512009 1. Depende de autorização prévia do Ministro que superintende a
de 17 de Agosto área das Finanças, após parecer da entidade de supervisão, a
requerimento dos interessados, nos tennos do presente Regulamento:
Havendo necessidade de regulamentar a Constituição e Gestão
a) A constituição de sociedades gestoras de fundos de pensões;
de Fundos de Pensões, no âmbito da segurança social
b) A constituição de fundos de pensões, bem como os
complementar. ao abrigo do disposta na alínea j) do n:O i do
respectivos regulamentos de gestão;
artigo 204 da Constituição, conjugado com os artigos 39, n." 5 e
c) As alterações dos contratos constitutivos de fundos de
56, ambos da Lei n," 412007, de 7 de Fevereiro, o Conselho de
pensões e dos regulamentos de gestão, bem como a
Ministros decreta:
transferência de gestão de fundos de pensões entre
Único. É aprovado o Regulamento da Constituição e Gestão
entidades gestoras;
de Fundos de Pensões no Âmbito da Segurança Social d) A fusão, cisão e dissolução das entidades gestoras; e
Complementar, anexo ao presente Decreto e que dele é parte e) As alterações dos estatutos das sociedades gestoras de
integrante. fundos de pensões sobre:
Aprovado pelo Conselho de Ministros; aos 2 de Junho de 2009. i) Firma ou denotuinação;
Publique-se. ii) Objecto;
A Primeira-Ministra, Luisa Dias Diogo. iii) Capital social;
---_._------ --
220 (28)
ISÉRIE-NÚMERO 32
iv) Criação de categorias de acções ou' alteração das b) Aprovar aplano de contas aplicável aos fundos de
pensões eàs entidades gestoras, incluindo a definição
categorias existentes;
v) Estrutura da administração ou de fiscalização. dos elementos que estas entidades devem
obrigatoriamente publicar;
2. As restantes alterações estatutárias não carecem de autorização c) Estabelecer a regulamentação a que fica sujeita a política
prévia, devendo, porém, ser comunicadas à entidade de supervisão de investimento dos fundos de pensões, fixando, para
no prazo de cinco dias contados a partir da data da sua ocortência. o efeito e sob proposta da entidade de supervisão, a
3. As alterações dos contratos constitutivos de fundos de natureza dos activos que constituem o património dos
pensões e dos regulamentos de gestão não podem reduzir os mesmos fundos, Os respecti vos limites percentuais,
valores das pensões que se encontrem em pagamento nem os bem como os princípios gerais dacongruência desses
direitos adquiridos à data da alteração. activos;
d) Proceder ao ajustamento que se mostre necessário aos
A1lT1G04
valores do capital social mínimo das sociedades
(Decisão) gestoras de fundos de pensões.
1. Os requerimentos a que alude o n."] do artigo anterior são 3, O Ministro que superintende a área das Finanças pode delegar
decididos no prazo de quarenta e cinco dias a contar da data do as competências estabelecidas no n." 2 do presente artigo.
seu recebimento ou dos requerimentos para autorização das
respectivas alterações ou ainda dos documentos complementares. ARTIGO?
2. A decisão sobre as matérias previstas nas alíneas a) e b) do
(SupervIsão)
n," 1 do artigo anterior é precedida da auscultação do Ministro
que superintende a área do Trabalho, cujo pronunciamento é l. Os fundos de pensões constituídos ao abrigo do presente
feito no prazo de quinze dias após a respectiva solicitação. findo Regulamento; bem como es respectivas entidades gestoras, estão
o qual o expediente segue os seus trâmites normais para decisão. sujeitos à supervisão da entidade que supervisiona a actividade
3. Findo o prazo referido no n." 1 deste artigo, os pedidos seguradora, designada, neste Regulamento, como "entidade de
consideram-se deferidos, excepto quando respeitem às situações supervisão de seguros e de fundos de pensões"ou simplesmente
.previstas nas alíneas c), d) e
e) do n." 1 do artigo 3 e à "entidade de supervisão".
implementação da política de investimento a que se refere a 2. No exercício das suas funções, a entidade de supervisão
alínea c) do n" 2 do artigo 6 do presente Regulamento. emite as normas técnicas necessárias ao normal funcionamento
4. Havendo delegação de poderes, nos termos do n." 3 do do sector de fundos de pensões e procede à fiscalização do seu
artigo 6, e logo que concluídas as diligências de instrução do
cumprimento.
pedido, a entidade de supervisão decide igualmente no prazo
referido no 0.0 L 3. As entidades para as quais sejam transferidas, nos termos do
5. Sem prejuízo de outros procedimentos legais a que haja presente Regulamento, funções que influenciem a situação
lugar, o requerimento é indeferido sempre que: financeira de fundos de pensões, ou que sejam, de alguma forma,
relevantes para a sua supervisão eficaz, estão igualmente sujeitas
a) Decorrido o prazo fixado na respectiva notificação para
à supervisão da entidade referida no n." I, sendo-lhes aplicável,
suprimento de lacunas, o respectivo processo não esteja
com as devidas adaptações, o previsto nos artigos seguintes,
instruído de acordo com as disposições do presente
incluindo o disposto em matéria de inspecções.
Regulamento;
b) A instrução do processo enfermar de inexactidões e falsidades. 4. Os depositários de activos de fundos de pensões estão
igualmente sujeitos à supervisão da entidade referida no n." I,
ARTIGOS no que respeita ao cumprimento do disposto no presente diploma,
(Recurso) podendo essa entidade, quando necessário para a salvaguarda
dos interesses dos participantes e beneficiários dos planos de
1. Sem prejuízo da reclamação, nos termos gerais, da decisão
pensões, restringir ou vedar-lhes a livre disponibilidade de activos
do órgão referido no n." I do artigo 3 do presente Regulamento
de fundos de pensões depositados nas suas instituições.
cabe recurso para o Tribunal Administrativo.
5. Caso as entidades previstas nos' números anteriores se
2. Se a decisão for tomada pela entidade de supervisão, da mesma
encontrem sujeitas genericamente à supervisão de outra entidade,
cabe recurso para o órgão referido no n," I do artigo 3, no prazo de
esta deve colaborar com a entidade de supervisão de seguros e
quinze dias.
de fundos de pensões e fornecer informações necessárias ao
CAPiTULO III
exercício das suas funções.
Tutela e Supervisão 6. A entidade referida no n." I deste artigo é ainda competente
ARTIGO 6
para o exercício de supervisão.das sociedades holdings que
detenham participações qualificadas em sociedades gestoras de
(Tutela) fundos de pensões e em seguradoras. nos termos previstos na
1. Compete ao Ministro que superintende a área das Finanças legislação que estabelece as condições de acesso e exercício da
a tutela da actividade de gestão de fundos de pensões. actividade seguradora.
2. No âmbito da tutela referida no número anterior •.compete 'I À entidade de supervisão assiste a prerrogati va de requerer
ainda ao Ministro que superintende a área das Finanças: junto da instância judicial competente a declaração de nulidade
a) Estabelecer os critérios de valorimetria dos activos ou anulação dos negócios nulos ou anuláveis celebrados pelas
17 DEAGOSTODE2009 220 .s: (29)
ARTIGO 20 ARTIGO 22
(Recusa de registo) (Constituição)
I. Além de outros casos legalmente previstos, o registo de qual- 1. Os fundos de pensões fechados constituem-se por contrato
quer acto referido no n," I do artigo anterior é recusado se: escrito celebrado entre as entidades gestoras e os associados
a) For manifesto que o facto não está titulado nos fundadores, o qual está sujeito a publicação obrigatória.
documentos apresentados; 2. Do contrato escrito devem constar obrigatoriamente os
b) O facto constante do documento já se encontrar registado seguintes elementos:
ou não estiver sujeito a registo; a) Identificação das partes contratantes;
c) O facto enfermar de nulidade;
b) Denontinação do fundo de pensões;
d) Nos factos sujeitos a autorização, não se encontrar
c) Denontinação, capital social e sede da entidade gestora;
preenchida qualquer condição de que a mesma d) Identificação dos associados;
estivesse dependente;
e) Indicação das pessoas que podem ser participantes,
e) Nos restantes casos, o vício ou irregularidade detectado
contribuintes e' beneficiárias do fundo;
no requerimento de registo ou no facto que se pretenda f) Valor do património inicial do fundo, discrintinando os
registar, não for sanado no prazo estabelecido. bens que a este ficam adstritos;
2. Os interessados, conforme o caso, podem impugnar a decisão
g) Objectivo do fundo e respectivo plano ou planos de
de recusa, nos termos do artigo 5 do presente Regulamento. pensões a .financiar;
ARTIGO 21 h) Regras de adntinistração do fundo e representação dos
associados;
(Publlcaçélea obrigatórias) i) Condições em que se opera a transferência de gestão do
1. A publicação ohrigatória de actos previstos neste título é fundo para outra entidade gestora ou do depósito dos
efectuada pela entidade gestora, no prazo de sessenta dias a partir títulos e outros documentos do fundo para outro
da data da sua ocorrência, no Boletim da República. depositário;
2. Estão sujeitos à publicação obrigatória prevista no número j) Direitos dos participantes, nomeadamente quanto à
anterior os seguintes actos: portabilidade dos benefícios, nos tennos do artigo 15,
quando deixem de estar abrangidos pelo fundo destes e
a) Os Estatutos da sociedade gestora e suas alterações;
dos beneficiários quando o fundo se extinguir ou quan-
b) O contrato constitutivo do fundo de pensões fechado e o
do qualquer dos associados se extinguir ou abandonar
Regulamento de gestão de fundos de pensões aberto,
o fundo, sem prejuízo do disposto no artigo 33;
bem como as respectivas alterações;
k) Se podem ser concedidos empréstimos aos participantes
c) A fusão, cisão e dissolução da sociedade gestora de
e sob que forma;
fundos de pensões;
I) Condições em que a entidade gestora e os associados se
d) A extinção, por qualquer causa, de fundo de pensões;
reservam o direito de modificar as cláusulas acordadas;
e) O Relatório e Contas anuais da sociedade gestora e do
m) Causas de extinção do fundo, sem prejuízo do disposto
fundo de pensões.
no artigo 33.
3. A entidade gestora deve enviar à entidade de supervisão
cópia das publicações no prazo de três dias a contar da última ARTIGO 23
que tiver ocorrido. (Contrato de gestão)
4. O anúncio da constituição ou da modificação do contrato 1. Os fundos de pensões fechados são geridos ao abrigo do
constitutivo ou Regulamento de gestão de um fundo de pensões respectivo contrato de gestão que deve ser celebrado entre os
deve indicar, consoante O caso: associados e a entidade gestora.
a) Local e data de celebração do contrato constitutivo, ou 2. Do contrato de gestão devem constar obrigatoriamente os
da respectiva alteração e data a partir da qual os seguintes elementos:
mesmos produzem efeitos; a) Denominação do fundo de pensões;
b) Identificação da.entidade gestora e dos associados; b) Denontinação, capital social e sede da entidade gestora
c) Denontinação do fundo de pensões;
do fundo;
d) Regulamento de Gestão ou cláusulas do Contrato c) Nome e sede dos depositários;
Constitutivo. d) Remuneração da entidade gestora;
5. O anúncio da modificação do contrato constitutivo ou e) Remuneração dos depositários, desde que não se preveja
regulamento de gestão de um fundo de pensões ou extinção do o acordo prévio do associado para a fixação daquela
fundo deve ainda identificar a data da publicação do contrato remuneração;
constitutivo ou regulamento de gestão iniciais e respectivas f) Politica de investimento do fundo;
alterações, caso não seja efectuada a republicação integral da g) COndições em que são concedidas as pensões, se directa-
versão actual daqueles no Boletim da República. mente pelo fundo ou se através de contratos de seguro;
220-(32) I SÉRIE-NÚMERO 32
h) Regulamento que estabeleça as condições em que podem i) Remuneração máxima da entidade gestora;
ser concedidos empréstimos aos participantes, no caso j) Limites máximo e mínimo das comissões de emissão e de
de estar prevista tal concessão; reembolso das unidades de participação, explicitando-
i) Condições em que as partes contratantes se reservam o se claramente a sua forma de incidência;
direito de modificar o contrato de gestão inicialmente k) Remuneração máxima dos depositários;
celebrado; /) Condições em que se opera a transferência da gestão do
j) Estabelecimento do rendimento mínimo garantido e fundo para outra entidade gestora ou do depósito dos
duração desta garantia, caso a entidade gestora assuma títulos e outros documentos do fundo para outro
o risco de investimento; depositário;
k) Penalidades em caso de descontinuidade da gestão do mi Estabelecimento do rendimento mínimo garantido e
fundo; duração desta garantia, explicitando-se a forma como
I) Direitos, obrigações e funções da entidade gestora, nos a política de investimento prossegue este objec-
termos das normas legais e regulamentares; tivo, caso a entidade gestora assuma o risco de
m) Indicação do eventual estabelecimento de contratos de investimento;
mandato da gestão de investimentos, actuarial ou n) Condições em que a entidade gestora se reserva o direito
administrativa; de modificar as cláusulas do regulamento de gestão;
n) Regras de designação e representação dos associados, o) Causas de extinção' do fundo, sem prejuízo do disposto
participantes e beneficiários na comissão de no artigo 33;
acompanhamento e funções da comissão. p) Processo a adoptar no caso de extinção do fundo;
3. O contrato de gestão não pode derrogar ou alterar q) Direitos, obrigações e funções da entidade gestora, nos
disposições contidas no contrato constitutivo. termos das normas legais e regulamentares;
r) Indicação do eventual estabelecimento de contratos de
4. No prazo de oito dias a partir da data da sua celebração,
mandato da gestão de investimentos, actuarial ou
deve um exemplar do contrato de gestão e de suas eventuais
administrativa.
alterações subsequentes ser remetido à entidade de supervisão.
3. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o valor das
ARnoo24 unidades de participação, a composição discriminada das
Onotruçio a tramlleçiio do processo '118 autorl~o) aplicações do fundo e o número de unidades de participação em
circulação devem ser publicados com periodicidade mínima
1. A autorização dos fundos de pensões fechados é concedida
mensal em meio adequado de divulgação, nos termos
a requerimento conjunto das entidades gestoras e dos associados estabelecidos pela entidade de supervisão.
fundadores, acompanhado do projecto do contrato constitutivo
4. O valor das unidades de participação dos fundos de pensões
e do plano técnico-aetuarial, tratando-se de planos de beneficios
definidos ou mistos. abertos é divulgado diariamente nos locais e meios de
comercialização das mesmas,' excepto no caso de fundos que
2. Sempre que as alterações a introduzir no contrato
apenas admitam adesões colectivas, em que é divulgado com
constitutivo tenham incidência sobre o montante das
periodicidade mínima mensal.
responsabilidades, o respectivo pedido de autorização deve
incluir, além do projecto do novo texto, o respectivo plano ARn0026
técuico-aetuariaI, tendo em conta o disposto no artigo 77.
(Adeslo colectiva)
SECÇÃO U
1. A adesão colectiva a um fundo de pensões aberto efectua-
Fundos de pensões abanos se através da subscrição inicial de unidades de participação pelos
associados que pretendam aderir a este.
ARnoo25
2. Numa única adesão colectiva podem coexistir vários
(Conatltulção)
associados, desde que exista um vínculo de natureza empresarial,
1. Os fundos de pensões abertos constituem-se no dia da associativo, profissional ou social entre os mesmos e seja
entrega da primeira contribuição, efectuada nos termos do necessário o consentimento destes para a inclusão de novos
respectivo Regulamento de gestão, o qual estã igualmente sujeito associados na adesão colectiva.
a publicação obrigatória. 3. Sempre que um plano de pensões seja financiado através de
2. Do Regulamento de gestão devem constar obrigatoriamente mais de uma adesão colectiva, deve ser nomeada pelo associado
os seguintes elementos: a entidade gestora a quem incumbem as funções globais de gestão
a) Denominação do fundo de pensões; administrativa e actuarial do plano de pensões, nos lermos
b) Denominação, capital social e sede da entidade gestota; fixados pela entidade de supervisão.
c) Nome e sede dos depositários; 4. No momento da aquisição das primeiras unidades de
d) Definição dos conceitos necessários ao conveniente participação, deve ser celebrado um contrato de adesão ao fundo
esclarecimento das condições contratuais; de pensões entre cada associado, ou grupo de associados, e a
e) Valor da unidade de participação na data de início do entidade gestora, do qual conste obrigatoriamente:
fundo; 'a) Denominação do fundo de pensões;
fJ Forma de cálculo do valor da unidade de participação; b) Identificação do(s) associado(s);
g) Dias fixados para o cálculo do valor da uuidade de c) Indicação das pessoas que podem ser participantes,
participação; contribuintes e beneficiárias do fundo;
h) Política de investimento do fundo; d) Plano ou planos de pensões a financiar;
17 DE AGOSTO DE 2009 220-(33)
e) Indicação, se for caso disso, de que o plano de pensões é f) Identificação da entidade de supervisão ·competente;
financiado por mais de uma adesão colectiva, g) Discriminação da informação enviada pela entidade
identificando-se a entidade gestora responsável pelas gestora ao participante na vigência do contrato, e
funções globais de gestão administrativa e actuaria!; respectiva periodicidade;
j) Condições em que são concedidas as pensões, se h) Em anexo, cópia do regulamento de gestão.
directamente pelo fundo, ou se for através de contratos
4. Os connibuintes, pessoas singulares, devem dar o seu acordo
de seguro;
escrito ao regulamento de gestão do fundo, presumindo-se, na
g) Direitos dos participantes quando deixem de estar
sua 'falta, que os mesmos não tomaram conhecimento daquele,
abrangidos pelo fundo;
assistindo-lhes, neste caso, o direito de resolução da adesão
h) Direitos dos participantes e dos beneficiários, quando a
individual no prazo definido no' artigo 30 e de serem
respectiva adesão colectiva ao fundo se extinguir ou
reembolsados nos termos previstos no artigo 31.
qualquer associado ou qualquer dos associados se
5. É vedada a concessão de empréstimos aos participantes
extinguir ou abandonar o fundo, sem prejuízo do
com base nas unidades de participação detidas.
disposto no artigo 33;
i) Número de unidades de participação adquiridas; ARTIGO 28
j) Condições em que as partes contratantes se reservam o
direito de modificar o contrato de adesão; (Comercialização conjunta)
k) Condições de transferência da quota-parte de um I. Podem ser comercializados de forma conjunta dois ou mais
associado para outro fundo de pensões, especificando fundos de pensões abertos, geridos pela mesma entidade gestora,
eventuais penalizações que lhe sejam aplicáveis; cada um com uma política de investimento própria e diferenciada
I) Quantificação das remunerações ou comissões que serão dos restantes, de modo a facilitar aos contribuintes a escolha
cobradas; entre diversas opções de investimento.
m) Regras de designação e representação dos associados, 2. A adesão ao conjunto de fundos previsto no número anterior
dos participantes e dos beneficiários na comissão de efectua-se mediante a celebração de um único contrato de adesão,
acompanhamento e funções da comissão; o qual deve indicar, nomeadamente, as condições especiais de
n) Em anexo cópia do regulamento de gestão.
transferência das unidades de participação entre os fundos
5. É dispensada a inclusão dos elementos mencionados nas comercializados conjuntamente.
alíneas c), d),j), g), h),j) e t) do número anterior desde que estes
constem do regulamento de gestão. ARuoo29
6. Os associados devem expressar o seü acordo escrito (Instrução e tremltaçlio do processo de autorização)
relativamente ao regulamento de gestão do fundo.
1. A autorização dos fundos de pensões abertos é concedida a
7. É vedada a concessão de empréstimos aos participantes
com base nas unidades de participação detidas. requerimento da entidade gestora, acompanhado do projecto de
8. Os contratos de adesão colectiva, bem como as respectivas regulamento de gestão.
alterações e os contratos de extinção decorrentes de transferências 2. As alterações ao regulamento de gestão de que resulte um
de adesões colectivas entre fundos de pensões, devem ser aumento das comissões, uma alteração substancial à política de
enviados à entidade de supervisão, devendo ser igualmente investimento ou a transferência da gestão do fundo para outra
enviados os planos técnico-actuarlais no caso de as adesões entidade gestora, devem ser notificadas individualmente aos
financiarem planos de benefício definido ou mistos. aderentes, sendo-lhes conferida a possibilidade de transferirem,
sem encargos, as suas unidades de participação para outro fundo
Aim0027 de pensões.
(Adeaão Individuai)
ARTIGO 30
I. A adesão individual a um fundo de pensões aberto efectua-
(Direito de renúncia)
se através da subscrição inicial de unidades de participação por
contribuintes. I. O connibuinte, pessoa singular, pode num prazo de ninta
2. Em caso de adesão individual a um fundo de pensões aberto, dias, contados a partir da data de adesão individual a um fundo
as unidades de participação são pertença dos participantes. de pensões, renunciar aos efeitos do contrato, mediante
3. No momento da aquisição das primeiras unidades de comunicação por carta registada, com aviso de recepção, dirigida
participação, deve ser celebrado um contrato de adesão individual ao endereço da sede social da respectiva entidade gestora.
ao fundo de pensões, entre o contribuinte e a entidade gestora, 2. A falta de comunicação, nos termos previstos no número
do qual devem constar: anterior, determina a ineficácia da renúncia.
a) Denominação do fundo de pensões; ARuG03l
b) Condições em que serão devidos os benefícios;
c) Condições de transferência das unidades de participação (Efaltos do exerclclo do direito de renúncia)
de um participante para outro fundo de pensões, 1. O exercício do direito de renúncia determina a resolução
especificando eventuais penalizações que lhe sejam do contrato de adesão individual, extinguindo todas as
aplicáveis; obrigações dele decorrentes, com efeitos a partir da celebração
d) Quantificação das remunerações e comissões que serão do mesmo, havendo lugar à devolução do valor das unidades de
cobradas; 'participação ou, nos casos em que a entidade gestora assuma o
e) Informação dos termos e condições de exercício dos risco de investimento, do valor das connibuições pagas.
direitos de resolução e renúncia previstos no n.· 4 e 2. A entidade gestora tem direito a um montante igual à
no artigo 30; comissão de emissão, revertendo para o fundo, a parte dos custos
220 (34) I SÉRIE - NÚMERO 32
de desiJivestimento que esta comprovadatnente tenha suportado 5. A ~ gcstom do fundo de pensões não pode dissolver-se
e que excedam aquela comissão de emissão, ou a sua totalidade, sem prímeiro ter garantido a continuidade da gestão efectiva do
se esta não tiver sido cobrada. mesmo fuildo por outra entidade hahilitada, para o que aquela
3.0 exercício do direito de rem1ncia não dá lugar a qualquer deve comunicar previamente à entidade de supervisão a sua
indemnização para além do que é estabelecido no numero intenção de dissolver a socíedade.
anterior. 6. Excepto no caso ii que se refere o n.· 8 do artigo 26, a
ARnoo32 cessação de uma adesão colectiva a um fundo de pensões aberto
é efectuada mediante a celebração de um contrato de extinção
(Suapenalo da aubacrlçlo ou tran"""'!lela' da unldadea
entre o associado e a entidade gestora, cujo projecto deve ser
de partlclpeção)
comunicado-previamente à entidade de supervisão, e que pode
I. Em circunstâncias excepcionais e sempre que o interesse ser celebrado quarenta e cinco dias após essa comunicação caso
dos participantes e beneficiál;ios o aconselhe, as operações de esta nada determine.
subscrição ou transferência de unidades de participação em fundos
de pensões abertos podem ser suspensas por decisão da entidade Amoo34
gestora ou da entidade de supervisão. (Liquidação)
2. A entidade gestora deve comunicar previamente à entidade
de supervisão a suspensão referida no número anterior e a
1. A entidade gestora deve proceder à liquidação do património
de um fundo de pensões ou de uma quota-parte deste nos termos
respectiva fundamentação.
fixados no negócio jurídico de extinção ou na resolução unilateral
CAPITULO m prevista no n.· 4 do artigo anterior.
2. Na liquidação do património de um fundo de pensões ou
Extinção 8 Uquldaçio dos Fundou de Pensões
de uma quota-parte deste, o respectivo património responde, até
ARnoo33 ao limite da sua capacidade financeira, por:
.. . _~ .._-----------------
220-(37)
17 DE AGOSTO DE 2009
3. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, ao e) Ser retirada a aprovação do programa de actividades ou
processo de autorização aplica-se, com as necessárias adaptações, não ser concedida-ou requerida, a autorízação para
o regime de instrução e tramitação do processo, e comunicação alteração do programa de actividades;
estabelecido na legislação que estabelece as condições de acesso fi Irregularidades graves na administração, organização
e exercício da actividade seguradora, , contabilística ou no controlo interno da sociedade,
de modo a pôr em risco os interesses dos participantes
Aimoo43 ou beneficiários ou as condições normais de
(Cumprimento do programa de eetlvldedes) funcionamento do mercado;
g) Deixar de se verificar alguma das condições de acesso e
1. Durante os três primeiros exercícios sociais, a sociedade gestom
de exercício da actividade de gestão de fundos de
deve apresentar, anualmente, à entidade de supervisão, um relatório
pensões; .
Circunstanciadosobre a execução do programa de actividades.
h} A sociedade violar as leis ou os regulamentos que
2. Se se verificar desequilíbrio na situação financeira da
disciplinam a sua actividade, de modo a pôr em risco
empresa, a entidade de supervisão imporá medidas de reforço
os interesses dos participantes ou beneficiários ou as
das respectivas garantias financeiras, cujo incumprimento pode
condições normais de funcionamento do mercado.
determinar a revogação da autorização.
3. Estão sujeitos à autorização prévia do Ministro que 2. Os factos previstos na alínea d) do número anterior não
superintende a área das Finanças os projectos de alteração do constituem fundamento de revogação se, no prazo estabelecido
programa de actividades referido no n," I do artigo anterior, pela entidade de supervisão, a sociedade tiver procedido à
sendo-lhes igualmente aplicáveis, com as devidas adaptações, comunicação ou à designação de outro administrador que seja
ás demais condições que impendem sobre o programa. aceite.
4. Nos casos previstos no número anterior, a entidade de 3. A decisão de revogação deve ser fundamentada e notificada
supervisão formula ao Ministro que superintende a área das à sociedade gestora.
Finanças uma proposta de decisão sobre a alteração requerida, 4. Após a revogação da autorização, proeeder-se-á à liquidação
no prazo de quinze dias após a respectiva comunicação. da sociedade gestora, nos termos legais em vigor.
5. Findo o prazo legal de impugnação da decisão de revogação
ARnoo44 da autorização, a entidade de supervisão publica tal revogação,
(Cedueldade de aulorlzaçlo) por aviso, no Boletim da República, sem prejuízo do disposto no
n.ol do artigo 89.
I. A autorização caduca se:
CAPÍTULO II
a) Os requerentes a ela expressamente renuncíarem..
b i A sociedade gestora não se constituir fonnalmcnte no Depositários
prazo de 6 meses ou não der início à sua actividade no
ARnoo46
prazo de 12 meses, contados a partir da data da
notificação da autorização, nos termos referidos no (Depósito)
n," I do artigo 4; Os títulos e outros documentos representativos dos valores
ci A sociedade for dissolvida, sem prejuízo do disposto no mobiliários que integram os fundos de pensões devem, nos termos do
n," 5 do artigo 33. presente Regulamento, ser depositados num ou vários depositários,
3. Compete à entidade de supervisão a verificação da designadamente,' instituições de crédito autorizadas à custódia de
constituição formal e do início da actividade dentro dos prazos insnumentos financeiros por coota de clientes,nos termos da respectiva
referidos no número anterior. legislação e desde que estábelecidas em Moçambique.
ARnoo45 , ARnoo47
(Revogaçlo da autorlzaçlo) (Funções e deveres)
3. Os depositários estão sujeitos aos deveres e proibições planos contributivos ou de contribuição definida, com mais de
previstos nos n.·· I e 2 do artigo 38, com as devidas adaptações, SO participantes, beneficiários ou ambos, são verificados por
devendo efectuar apenas as operações solicitadas pelas entidades uma comissão de acompanhamento do plano de pensões, adiante
gestoras de fundos de pensões, conformes às disposições legais e designada por comissão de acompanhamento.
regulamentares. 2. A entidade de supervisão pode determinar as situações e
condições em que pode sei constituída uma única cotuissão de
ARnG048 acompanhamento para vários planos elou fundos de pensões.
(Fonnallzaçio daa relações entre as enllldades gastores ARnG053
e os depositários)
(Composição da comissão de acompanhamento)
I. O regime das relações estabelecidas entre as entidades gestoras
e os depositários, inclusivamente no tocante às comissões a cobrar 1. A comissão de acompanhamento é constituída por
por estes últimos, deve constar de contrato escrito, representantes do associado e dos participantes e beneficiários,
2. Deve ser remetido à entidade de supervisão um exemplar devendo estes últimos ter assegurada uma representação não
dos contratos referidos no número anterior, bem como das suas inferior a um terço dos membros da comissão.
posteriores alterações, observando-se o prazo mencionado no 2. Os. representantes dos participantes e beneficiários são
n.· 4 do artigo 23. designados pelo comité de empresa ou, caso este não exista, por
eleição organizada para o efeito entre os participantes, pela
ARnG049 entidade gestora ou pelo associado, nos termos fixados no
contrato de gestão do fundo de pensões fechado ou no contrato
(Subcontratação) de adesão colectiva ao fundo de pensões aberto.
A guarda dos valores do fundo de pensões pode ser confiada 3. Sempre, porém, que o plano de pensões resulte de
pelo depositário a um terceiro, sem que, contudo, esse facto afecte negociação colectiva. os representantes dos participantes e
a responsabilidade do depositário perante a entidade gestora, beneficiários são designados pelo sindicato ou sindicatos
sendo aplicável o disposto nos n.·s 3 e 4 do artigo 40, com as subscritores, nos termos entre si acordados ou, na falta de acordo,
devidas adaptações. por eleição directa realizada para o efeito entre aqueles.
4. Caso o comité de empresa ou os sindicatos, depois de
CAPÍTULo lli devidamente instado(s} para o efeito pela entidade gestora, não
Outras entidades designe, tio prazo máximo de vinte dias, os representantes em
causa, é aplicável o disposto na parte final do número anterior.
ARnGOSO S. Se um membro da comissão de acompanhamentorenunciar,ficar
incapacitado ou ficar definitivamente impossibilitado, JlQf qualquer
(Enumeração)
causa, de assegurar o mandato porn o qual foi eleito, é substitUído,até
Nagovemação de fundos de pensões podem igualmente intervir, ao tenno do mandato em curso, pelo respectivo suplente,se o houver,
nos termos do presente Regulamento; as seguintes entidades: ou por outro membro designado pela mesma forma
a) Entidades comercializadoras;
ARnGOS4
b) Comissão de acompanhamento;
cl Actuário responsável; (Funções da comissio de acompanhamento)
2. Os pareceres previstos na alínea b) do número anterior, com d) O valor aetual das responsabilidades totais para efeitos
menção dos respectivos votos contra, integram os documentos a de .determinação di' existência de um excesso de
enviar à entidade de supervisão pela entidade gestora no âmbito financiamento, nos termos do artigo 83.
dos respectivos processos de autorização ou de notificação.
3. Compete ainda ao actuário responsável elaborar um
3. A entidade gestora e a entidade depositária facultam à relatório actuarial anual sobre-a situação de financiamento de
comissão de acompanhamento toda a documentação que esta
cada plano de pensões de beneficio definido ou misto, cujo
solicite, necessária ao exercício das suas funções.
conteúdo é estabelecido pela entidade de supervisão.
4. Em especial, a entidade gestora faculta anualmente à
4. As entidades gestoras de fundos de pensões devem
comissão de acompanhamento cópia do relatório e contas anuais
disponibilizar tempestivamente ao actuário responsável toda a
do fundo de pensões, bem como dos relatórios do actuário
informação necessária para o exercício das suas funções.
responsável e do auditor externo elaborados no âmbito das
5. O actuário responsável deve, sempre que detecte situações
respectivas funções.
de incumprimento ou inexactidão materialmente relevantes,
5. Nos termos do respectivo regulamento, pode ser previsto
propor à entidade gestora medidas que perntitam ultrapassar tais
que algumas matérias sejam delegadas num grupo de
situações, devendo ainda o actuário responsável ser informado
acompanhamento permanente, composto por membros da
das medidas tomadas na sequência da sua proposta.
comissão de acompanhamento, por ela designados, com respeito
6. O actuário responsável deve comunicar à entidade de
pela representatividade em vigor para a própria contissão.
supervisão qualquer facto ou decisão de que tome conhecimento
6. O funcionamento da comissão de acompanhamento é
no desempenho das suas funções e que seja susceptível de:
regulado, em tudo o que não se encontre fixado no presente
Regulamento ou em regulamentação da entidade de supervisão, a) Constituir violação das normas legais ou regulamentares
pelo contrato de gestão do fundo de pensões fechado ou pelo que regem a actividade dos fundos de. pensões;'
contrato de adesão colectiva ao fundo de pensões aberto .. b) Afectar materialmente a situação financeira do fundo de
7. Os membros da contissão de acompanhamento estão sujeitos pensões ou o financiamento do plano de pensões.
a um dever de confidencialidade relatiyamente a Iodas as matérias 7. A substituição de um actúário responsável deve ser efectuada
de que tiverem conhecimento em consequência da função que no prazo máximo de quarenta e cinco dias a contar da data da
exercem, salvo se as mesmas já tiverem sido tomadas públicas .. verificação do facto que deterntinou a necessidade de substituição
8. O exercício das funções de membro da comissão de e comunicada à entidade de supervisão nos quinze dias seguintes
acompanhamento pode ser remunerado, e se o for, o encargo
cabe à parte que o indica, assim como as despesas ocasionadas
o
à .data em que novo responsável entrou em funções.
8. A entidade de supervisão pode deterntinar as condições a
pela respectiva designação ..
9. As despesas de funcionamento da comissão de preencher pelo actuário responsável, aplicando-se
acompanhamento, incluindo as relativas à participação de cada supletivamente o que se encontrár previsto na legislação que
membro na oomissão de acompanhamento; que devam ser estabelece as condições. de acesso- e, exercício da actividade
consideradas comuns, são suportadas pelo fundo. seguradora.
A,Rnoo57
AJm0055
(Auditor externo)
(Reunl6ee da comissão de acompanhamento)
I. Aentidiule gestora deve nomear um auditor externo para
J. As reuniões da comissão de acompanhamento são
cada fundo de pensões.
convocadas e dirigidas pelo respectivo presidente, designado
2. Compete ao auditor externo certificar o relatório e contas e
de entre os membros da mesma comissão.
demais documentação de encerramento de exercício relativa ao
2. A cada membro corresponde um voto, sendo as deliberações
fundo de pensões.
adoptadas por maioria simples dos votos expressos, salvo se outra
3. Ó auditor externo deve comunicar à entidade de supervisão
coisa for estabelecida no respectivo regulamento, o qual pode
qualquer facto ou decisão de que tome conhecimento no
ainda prever que o presidende dispõe de voto de qualidade.
desempenhodas suas funções e que seja susceptível de:
3. As deliberações da comissão de acompanhamento são
registadas em acta, com menção de eventuais votos contra e a) Constituir violação das normas legais nu regulamentares
respectiva fundamentação. que regem a actividade dos fundos de pensões;
b) Acarreiar a recusa de certificação ou a etuissão de uma
ARnoo56 opinião com reservas.
(Aetuárlo responsável) 4. O auditor externo deve ser profissionalmente independente e
idóneo, encontrar-se certificado para o exercício da profissão na
I. A entidade gestora deve nomear um actuário responsável
República de Moçambique e satisfazer as demais condições que
para cada plano de pensões de benefício definido ou misto ..
vOl)hamevrnbJalmen'e a ser es1llbelecidaspela entidade de supervisão.
2. São funções do actuário responsável certificar: 5. Em casos excepcionais, devidamente justificados, a entidade
a) As avaliações aetuariais e os métodos e pressupostos de supervisão pode deterntinar a realização de uma auditoria ex-
usados para efeito da deterntinação das contribuições; traordinária, conduzida pelo respectivo auditor externo da entidade
b) O nível de financiamento do fundo de pensões e o gestora ou por outro auditor, à expensas da entidade gestora.
cumprimento das disposições vigentes em matéria de 6. A comissão de acompanhamento goza do direito de solicitar
solvência dos fundos de pensões; a realização de uma auditoria extraordinária sobre casos
c) A adequação dos activos que constituem o património específicos devidamente justificados, sendo os encargos
do fundo de pensões às responsabilidades previstas suportados pela respectiva entidade gestora desde que o pedido
no plano de pensões; mereça aprovação por consenso da mesma comissão.
220-(40) ISÉRIE-NÚMERO 32
ARTIoo76 o
I. Se associado não proceder ao pagamento das contribuições
necessárias ao cumprimento do montante mínimo exigido pelas
(Regime de solvência)
disposições legais em vigor, cabe à entidade gestora, sem prejuízo
1. O regime de solvência de fundos de pensões deve reflectir do dever de comunicar a situação à comissão de
os riscos incorridos e basear-se em critérios quantitativos e em acompanhamento e do estabelecido nos números seguintes,
aspectos qualitativos adequados à especificidade de cada plano 'tomar a iniciativa de propor ao associado a regularização da
e fundo de pensões. situação.
2. O regime pode prever a existência de diferentes níveis de 2. Se, no prazo de um ano a contar da data de verificação da
controlo da solvência e conjugar métodos estandardizados com situação de insuficiência referida no número anterior, não for
abordagens baseadas em modelos internos adequados à estabelecido um adequado plano de financiamento que tenha
experiência de cada fundo de pensões, nos termos que, para o em conta a situação específica do fundo, nomeadamente o seu
efeito, forem definidos pelo Ministro que superintende a área perftl de risco e o perfil etário dos participantes e beneficiários, e
das Finanças. que seja aceite pela entidade de supervisão, deve a entidade
ARTIGO 77 gestora proceder à extinção do fundo ou da adesão colectiva.
(Plsno técnlco-scluarlal) 3. O plano de fiiumciametito previsto no número anterior deve
ser comunicado à comissão de acompanhamento previamente à
1. No caso de planos de pensões de benefício definido ou
sua aprovação pela entidade de supervisão, a qual define, caso a
mistos deve ser elaborado um plano técnico-actuarial que sirva
caso, as condições e periodicidade com que a entidade gestora
de base para o cálculo das contribnições a fazer pelos associados
lhe dá conhecimento, bem como à comissão de
e contribuintes, tendo em atenção os benefícios a financiar e os
acompanhamento, <\0 cumprimento do plano, procedendo-se à
participantes e beneficiários abrangidos, nos termos a definir
extinção do fundo de pensões ou da adesão colectiva em caso de
pelo Ministro que superintende aárea das Finanças.
incumprimento do plano.
2. O plano técnico-actuarial deve ser revisto, pelo menos,
trienalmente e remetido à entidade de supervisão sempre que reviste, 4. No prazo de quinze dias a contar da data de, verificação de
uma situação de. insuficiência de financiamento do valor actual
ARTIGO 78 das pensões em pagamento, a entidade gestora deve avisar o
associado para efectuar as contribuições que se mostrem
(Princípios de cálculo das responsabilidades)
necessárias no prazo de cento e oitenta dias seguintes àquela
Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, o cálculo das comunicação e dar conhecimento da mesma à entidade de
responsabilidades a financiar nos planos de pensões de benefício supervisão e à comissão de acompanhamento, devendo proceder
definido ou mistos é efectuado com base nos seguintes princípios: à extinção do fundo OU da adesão colectiva, se as contribuíções
ai Métodos actuariais reconhecidos que assegurem 'que o não forem efectuadas.
montante do fundo, seja adequado aos compromissos 5. Sempre que da aplicação dos prazos estabelecidos nos
assnmidos no plano de pensões e às contribuições n." 2 e 4 possa resultar prejuízo para os participantes e
previstas; beneficiários, a entidade de supervisão pode aceitar uma
b) Pressupostos de avaliação prudentes, nomeadamente, taxas dilatação daqueles prazos, até ao máximo de três e de um ano,
de juro e tabelas de mortalidade e de invalidez prudentes respectivamente, mediante pedido devidamente fundamentado
e adequadas que contenham, caso se justifique. uma apresentado pela entidade gestora e pelo associado.
margem razoável para variações desfavoráveis;
c) Método e pressupostos de cálculo consistentes entre ARTIGO 81
exercícios financeiros, salvo alterações jurídicas, (Psgamento de novas pensões)
demográficas ou económicas relevantes.
A entidade gestora só pode iniciar o pagamento de novas
ARTIGO 79 pensões nos termos do plano se o montante do fundo igualar ou
(Montsnte mínimo de solvência) exceder o valor actual das pensões em pagamento e das novas
pensões devidas, calculado de acordo com os pressupostos
I. Os pressupostos e os métodos a ulilizar no cálculo do valor actual fixados pelo normativo em vigor para a determinação do
das responsabilidades nos planos de beneficio definido ou mistos montante mínimo de solvência, excepto se já existir um plano
não podem conduzir a que o valor do fundo de pensões fechado ou de financiamento aprovado pela entidade de supervisão.
da adesão colectiva seja inferior ao montante mínimo de solvência.
2. O montante mínimo de solvência é calculado de acordo ARTIGO 82
com as regras estabelecidas por diploma do Ministro que (Indisponibilidade dos activos)
superintende a área das Finanças e corresponde à sorna dos
segnintes valores, sem prejuízo de montantes superiores exigidos 1. Sem prejuízo do fixado nos artigos 80 e 81, quando ocorra
por outra legislação em vigor que seja aplicável ao caso: uma situação, actual ou previsível, de insuficiência de
financiamento do valor dás responsabilidades do fundo de
a) Valor actual das pensões em pagamento, incluindo a
pensões, a entidade de supervisão pode, caso necessário ou
eventual responsabilidade com pensões de
adequado à salvaguarda dos interesses dos participantes ou
sobrevivência diferida;
beneficiários, e isolada ou cumulativaniente com outras medidas,
b) Valor actual da responsabilidade' relativa aos serviços
restringir ou proibir a livre utilização dos activos do fundo.
passados de todos os participantes.
220-(44) I SÉRIE - NÚMERO 32
2. Os activos abrangidos pela restrição ou indisponibilidade b) Soe a sociedade gestora não assume o risco de
referidas no nUmero anterior: investimento, o valor correspondente a 1% do
a) Sendo constituídos flor bens móveis, devem ser montante dos respectivos fundos de pensões, desde
colocados à ordem da entidade de supervisão; que a duração do contrato de gestão seja superior a
b) Sendo bens imóveis, só podem ser onerados ou alienados cinco anos e que o montante destinado a cobrir as
com expressa autorização da entidade de supervisão, despesas de gestão previstas naquele contrato seja
não devendo proceder-se ao acto do registo fixado por prazo superior a cinco anos.
correspondente sem a mencionada autorização.
2. O valar da margem de solvência, no que respeita às adesões
ARuG083 individuais a fundos de pensões abertos, se a sociedade gestora
(Excesso de financiamento) não assume o risco de investimento, 'é o correspondente a I % do
montante da quota-parte do fundo relativa a essas adesões.
1. Se se verificar que, durante cinco anos consecutivos e por
razões estruturais, o valor da quota-parte do fundo de pensões, 3. O montante da margem de solvência não pode, no entanto,
correspondente ao. financiamento de um plano de pensões de ser inferior às seguintes percentagens do montante dos fundos
benefício definido ou misto, na parte aplicável ao benefício de pensões geridos:
definido, equivale a pelo menos 120% do valor actual das a) Até 600 000 000,00 MT - 1%;
responsabilidades totais, o montante acima daquela percentagem b) No excedente -1%0.
pode ser devolvido ao associado. o
2. A devolução ao associado do montante em causa está sujeita ARuoo87
a aprovação prévia da entidade de supervisão, requerida
(Insuficiência)
conjuntamente, de forma fundamentada, pela entidade gestora e
pelo associado, devendo o requerimento ser acompanbado de um 1. Sem prejuízo do disposto no n. o I do artigo seguinte, sempre
relatório do actuário responsável do plano de pensões envolvido. que se verifique, mesmo circunstancial ou temporariamente, a
3. Na decisão, a entidade de supervisão atende às insuficiêncià da margem de solvência de uma sociedade gestora,
circunstâncias concretas que em cada caso originaram o excesso a sociedade gestora deve; no prazo que lhe vier a ser fixado pela
de financiamento, tendo em consideração o interesse dos entidade de supervisão, submeter à aprovação desta um plano de
participantes e beneficiários, e não autoriza a devolução, quando financiamento a curto prazo, nos termos dos números seguintes.
tiver resultado, directa ou indirectamente, de uma mudança nos
2. O plano de financiamento a curto prazo a apresentar deve
pressupostos ou métodos de cálculo do valor actual das
ser fundamentado num adequado plano de actividades, que
responsabilidades, de uma alteração do plano de pensões ou de
uma redução drástica do número de participantes em planos de inclui contas previsionais.
pensões sem direitos adquiridos. 3. A.entidade de supervisão define, caso a caso, as condições
específicas a que deve obedecer o plano de financiamento referido
CAPÍTULo II no número anterior, bem como o seu acompanhamento.
Regime Prudencial das Sociedades Gestoras
SECÇÃO II
SECCÇÃO I Regime de intervenção
Margem de solvência
ARuG088
ARuG084 (Medidas de saneamento das entidades gestoras e outras
(Dever de constituição da margem de solvência) providências)
1. A sociedade gestora deve dispôr de margem de solvência 1. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, quando
adequada e compatível com a actividade que exerce. verificada uma situação de insuficiência da margem de solvência
2. A margem de solvência de uma sociedade gestora das sociedades gestoras de fundos de pensões, a entidade de
corresponde ao seu património, livre de toda e qualquer obrigaçãc supervisão, caso ,necessário ou adequado à salvaguarda dos
previsível e deduzido dos elementos incorpóreos, interesses dos participantes ou beneficiários, pode, isolada ou
cumulativamente:
ARTIGO
85
a) Restringir ou proibir lf livre utilização dos activos da
(Composição) sociedade gestora, sendo aplicável, com as devidas
Para as sociedades gestoras, os elementos que constituem a adaptações, o regime previsto no n," 2 do artigo 82;
margem de solvência, bem como os respectivos critérios de b) Designar gestores provisórios da sociedade gestora, nos
valorimetría são fixados pela mesma forma prevista relativamente termos, com as devidas adaptações, do previsto na
à actividade de seguros «Vida», legislação que estabelece as condições de acesso e
exercício da actividade seguradora.
ARuoo86
2. Para além das medidas referidas no número anterior, e isolada
(Determinação) ou cumulativamente com qualquer dessas medidas, a entidade
1. Sem prejuízo do estabelecido no n.· 3, o montante da de supervisãc pode, nomeadamente nos casos em que a gestão o
margem de solvência é determinado da seguinte fonna: do fundo ou fundos de pensões não ofereça garantias de
a) Se a sociedade gestora assume o risco de investimento, o actividade prudente, e tendo em vista a protecção dos interesses
valor correspondente a 4% do montante dos ílos participantes ou beneficiárias e a salvaguarda das condições
respectivas fundos de pensões; normais do funcionamento do mercado, determinar, no prazo
I7 DE AGOSTO DE 2009 220-(45)
que fixar e no respeito pelo princípio da proporcionalidade, a 3. São contravenções especialmente graves as infracções
aplicação às entidades gestoras de fundos de pensões de a1gnma adiante referidas:
ou de todas as seguintes providências de saneamento: a) A realização do capital social em termos diferentes dos
~~m~oo~=~da~~dadede~~de~~ previstos no presente ReguIamento;
de pensões, designadamente a constituição de novos bi A ocultação da sitoação de insuficiência financeira da
ou de determinados fundos de pensões; entidade gestora de fundos de pensões;
bi Proibição ou limitação da distribuição de dividendos e c) Os actos de intencional gestão ruinosa, praticados pelos
ou de resultados; gestores, pelos demais membros dos órgãos sociais da
ci Sujeição de certas operações ou actos à aprovação prévia entidade gestora de fundos de pensões e pelas
da entidade de supervisão; entidades subcontratadas nos termos do presente
di Suspensão ou destituição de titulares de órgãos sociais Regulamento, com prejuízo para os associados,
da empresa; participantes, beneficiários e demais credores;
e) Encerramento e selagem de estabelecimentos. di A prática, pelos detentores de participações qualificadas,
de actos que impeçam ou dificultem uma gestão Sã e
3. Verificando-se que, com as providências de recuperação e
prudente da entidade participada ou por ela geridos;
saneamento adoptadas, não é possível recuperar a empresa, deve
e) O exercício de actividades não incluídas no respectivo
ser revogada a autorização para o exercício da actividade de
objecto social;
gestão de fundos de pensões.
fi O exercício não autorizado da actividade de gestão de
ARnoo89 fundos-de pensões;
g} O incuÍnprimento das regras prudenciais estabelecidas
(Publicidade das decllléles da entidade de au""",laio)
para as entidades gestoras de fundos de pensões;
I. A entidade de supervisão publica em dois dias consecutivos hi O incumprimento das instruções e recomendações da
num dos jornais de maior circulação no território nacional as entidade de supervisão, de que resulte prejuízo dos
decisões previstas nos artigos anteriores que sejam susceptíveis interesses dos participantes e beneficiários.
de afectar os direitos preexistentes de terceiros que não o próprio
ARnpa91
fundo ou a entidade gestora de fundos de pensões.
2. As decisões previstas nos artigos anteriores são aplicáveis (Sançõea)
independentemente da sua publicação e produzem todos os seus I. As contraveuções previstas no artigo anterior são puníveis
efeitos em relação aos credores. nos seguintes termos:
3. Em derrogação do previsto no n.· I, quando as decisões a) Multa;
da entidade de supervisão afectem exclusivamente os direitos b) Suspensão do órgão de administração ou de, qualquer
dos accionistas ou dos trabalhadores das entidades gestoras outro com funções idênticas, por um período de seis
enquanto empresas, aquela entidade notifica-os das mesmas por meses a cinco anos, nos casos previstos nas alíneas ai,
carta registada a enviar para o respectivo último domicílio b], c), d), e), s) e h) do n.· 3 do artigo anterior;
conhecido. c) Suspensão temporária da autorização do exercício da
actividade de gestão de fundos de pensões, por um
CAPITuLam período até um ano, nos casos previstos nas alíneas e i,
Regime Sancionatório fi, gi e h). do n.· 3 do artigo anterior;
di Revogação da autorização do exercício da actividade
ARnoo90 de gestão de fundos de pensões, nos casos previstos
(Infracções) nas alíneas ai e b), do n.· 3 do artigo anterior.
AATIOO92 AATIOO9S
(Oraduaçlo daa multaa) (Cló1llpet8nClapulllttva)
L As multas são graduadas emfunção <Iagravidade objectiva 1. A aplicação das sanções previstas nesta secção é da
e subjectiva da respectiva infracção .. competência do Ministro que superintende a área das Finanças.
2. A gravidade objectiva da infracçãu.é determinada, 2. A competência estabelecida no número anterior pode ser
designadamente, de acordo com as seguintes circunstâncias: delegada, total ou parcialmente, por despacho publicado no
a) Perigo de dano à actividade de gestão de fundos de Boletim da República, no titular da entidade de supervisão, .
pensões, à -economía do País ou aos associados, relativamente à aplicação das multas, nos casos de contravenções.
participantes e beneficiários;
AATIOO%
b) Carácter ocasional ou reiterado da infracção.
(Procesao)
4. Na apreciação da gravidade subjectiva da infracção deve-
-se ter em conta, entre outras. as seguintes circunstâncias: 1. A competência para instaurar e instruir os processos de
contravenção previstos no presente diploma cabe à entidade de
a) Nível de responsabilidade do infractor na entidade
gestora de fundos de pensões; supervisão.
b) Situação económica do infractor; 2. Conclufda a averiguação ou instrução, o titular da entidade
c) Conduta anterior do infractor; de supervisão, decide o arquivamento do processo, se das
d) Montante do benefício económico obtido ou pretendido diligências realizadas não resultar existência de matéria de
pelo infractor; infracção.
e) Adopção de comportamento que dificulte a descoberta 3. Se da instrução resultar existência de matéria de
da verdade; contravenção, é deduzida acusação-na qual devem ser indicados
f) Adopção de comportamento reparador dos danos o infractor, os factos ilícitos que lhe são imputados e as respectivas
provocados. circunstâncias de tempo e lugar, bem como a lei que os prevê e
pune.
AATIG093 4. A acusação é notificada ao infractor e às entidades que, nos
(Responsabilidade pela prática das Infracções) termos do artigo 94 do presente Regulamento, podem ser
responsabilizadas pelo pagamento da multa, designando-lhes o
I. Pela prática das infracções previstas no presente capítulo
prazo de vinte dias da respectiva notificação para apresentar.
podem ser responsabilizadas. conjuntamente ou não, pessoas
querendo, a sua defesa por escrito e oferecer os respectivos meios
singulares e sociedades, ainda que irregularmente constituídas,
de prova, sendo que não podem arrolar mais de cinco testemunhas
bem como associações, com ou sem personalidade jurídica.
por cada infracção que lhes é imputada.
2. As sociedades e as associações mencionadas no nümero.
anterior são responsáveis pelas infracções cometidas"pelos membros 5. A notificação é feita pelo correio, sob registo e com aviso
dos respectivos órgãos sociais no exercício das suas funções, bem de recepção, ou por éditos de trinta dias publicados, em dois dias
consecutivos, num dos jornais de maior circulação na localidade
como pelas infracções cometidas pelos seus representantes em actos
da sede ou de estabelecimento permanente do arguido ou, se for
praticados em nome e no interesse do ente colectivo.
uma pessoa singular, na do seu domicílio, consoante o infractor
3. A responsabilidade prevista no número anterior subsiste
seja ou não encontrado, se recuse a recebê-la ou seja desconhecido
ainda que seja inválida ou ineficaz a constituição da relação de
o seu endereço.
representação.
4. A responsabilidade do ente colectivo não exclui responsabi- 6. Após a realização das diligências tornadas necessárias em
lidade individual das pessoas mencionadas no n," 2 deste artigo. consequência da apresentação da defesa, o processo é apresentado
5. Não obsta à responsabilidade das pessoas singulares que ao Ministro que superintende a área das Finanças para decisão,
representem outrem o facto de o tipo legal de ilicito exigir certos sob parecer: do instrutor em relação às infracções que devem
elementos pessoais e estes s6 se verificarem na pessoa do considerar-se provadas e as sanções que lhes sejam aplicáveis.
representado ou exigir que o agente pratique o acto no seu interesse, 7. Quando estiver em causa a apreciação da responsabilidade
tendo o representante actuado no interesse do representado. individual das pessoas mencionadas no n." 2 do artigo 94 do
presente Regulamento, pode o titular da entidade de supervisão,
AATIG094 determinar a suspensão preventiva das respectivas funções, por
(Responssbllldade solidária pelo pagamento) um período não superior a trinta dias, sempre que tal se revele
necessário para a instrução do processo ou para a salvaguarda
I. Pelo pagamento da multa aplicada às entidades gestoras de
dos interesses da actividade de gestão dos fundos de pensões.
fundos de pensões, ou a quaisquer outros responsáveis pela prática
da infracção, nos termos do artigo anterior, são solidariamente AATIoo97
responsáveis, consoante o caso, os seus administradores ou
(Recurso)
equiparados, ainda que à data do despacho punitivo aquelas tenham
sido dissolvidas ou estejam em liquidação. L Da decisão tomada cabe recurso contencioso ao Tribunal
2. Pelo pagamento das multas aplicadas às pessoas singulares Administrativo, nos termos estabelecidos na Lei do Processo
são solidariamente responsáveis as entidades em nome e em Administrativo Contencioso.
benefício de quem a infracção tenha sido cometida. 2. O recurso tem efeito suspensivo quando o arguido deposite
3. ÀqueJeS que, de fonna expressa, se teoham opostoou disooIIlado previamente. numa instituição bancária à ordem do órgão
da pdtica dos factos constitutiv08 da infnlcção, não lhes pode ser instrutor, a importância da multa aplicada, salvo se os valores
imputada a respllIl8llbiIi prevista nos 11IÚnl:lIJ8 anll:ri<rcs. ápreendidos se mostrarem suficientes para o efeitu.
17 DEAGOSTODE 2009 220-(47)