Avaliação e Intervenção Neuropsicopedagogica
Avaliação e Intervenção Neuropsicopedagogica
Avaliação e Intervenção Neuropsicopedagogica
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
8 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 78
2
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 PERCURSO HISTÓRICO DA NEUROPSICOPEDAGOGIA NO BRASIL
Fonte: ineib.com.br
Tal código postula que (SBNPp, 2014, p:4 apud SIMÃO; et al., 2020): os
princípios éticos que orientam a formação e a atuação profissional, também,
fundamentam a imagem técnica profissional do Neuropsicopedagogo. O
presente Código de Ética Técnico Profissional reúne as diretrizes que devem
ser observadas nas ações profissionais, na formação educacional e no que
se refere as instituições que ofertam a formação, a fim de atingir padrões
éticos cada vez mais elevados no âmbito geral da Neuropsicopedagogia.
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Como este artigo visa promover questões que abranjam a importância do
Neuropsicopedagogo no ambiente escolar, serão selecionados capítulos e artigos
apropriados que considerem o papel do Neuropsicopedagogo Institucional. No
capítulo 5, artigo 69, § 1, fica claro em que contexto os profissionais poderão atuar: “A
atuação Institucional, em que o trabalho coletivo acontece em seu espaço de atuação
logo no início de suas atividades. São intitulados Neuropsicopedagogos Institucionais
e podem receber o enfoque da forma com Educação Especial e/ou Educação
Inclusiva” (SBNPp, 2014, p.15 apud SIMÃO; et al., 2020). Excertos de capítulos e
artigos correspondentes demonstram que a atuação dos educadores de
neuropsicopedagogos institucionais depende da atuação do coletivo, ou seja,
empresas, escolas públicas e privadas, centros educacionais, instituições de ensino
superior, e do terceiro setor em geral referidas no Código de ética.
E relação à conquista do Código Brasileiro de Ocupação (CBO) do
Neuropsicopedagogo, tal feito veio apenas recentemente, em julho de 2019. O
objetivo do CBO é determinar a ocupação e as atividades dos profissionais. Isso
facilita a contratação por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e outros
benefícios previdenciários, além de serviços e licitações públicas, ou seja, concursos
públicos. O Neuropsicopedagogo Institucional foi assinalado com o código (2394-45),
e o Clínico com o código (2394-40). Tal ganho só foi possível porque profissionais se
reuniram e instituíram uma sociedade organizada com objetivos comuns, e que, com
auxílio de órgãos governamentais e pesquisas realmente efetivas, possibilitou devido
reconhecimento (SBNPp, 2019 apud SIMÃO; et al., 2020).
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os nossos educadores, alunos e cidadãos, como pessoas normais, com todos os
membros, com todos os neurônios funcionam normalmente. Não se pode cometer ao
erro de subestimar a capacidade dos alunos com deficiências de escolher o caminho
mais fácil sem conscientizá-los da necessidade de aprender, SILVEIRA; (2019).
Então, o que podemos dizer sobre pessoas que têm um tipo de deficiência que
precisam de processos inclusivos educacionais? A educação inclusiva melhora a sua
capacidade de aprendizagem? De acordo com Vale citar Beuclair (2009 apud
SILVEIRA; 2019), quando direcionam a demanda social por aprendizagem em nosso
tempo, podemos dizer que criaram-se novos espaços e tempos institucionais, a
atuação dos profissionais da educação é necessária, e são importantes novas teorias
que possam captar novas dimensões, especialmente baseadas na sensibilidade e
intuição sobre as dimensões humanas.
Em geral o trabalho do monitoramento de assessoria neuropsicopedagógica
está interligada ao objetivo da psicologia educacional/escolar em ajudar no
desenvolvimento integral e global dos alunos, através do trabalho em equipe
multiprofissional, com professores, gestores, orientadores, os genitores e a
coordenação escolar, para que os alunos tenham suas necessidades básicas da
aprendizagem desenvolvida, SILVEIRA; (2019).
Seu trabalho é voltado para avaliação, acompanhamento, prevenção e
orientação psicológica e é bem mais complicado em ambientes institucionais para
levar em conta aspectos da inclusão educacional, ou seja, com vistas aos aspectos
da inclusão educacional, em detrimento do cuidado pessoal, que só é feito quando
realmente for necessário, SILVEIRA; (2019).
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Com base nos aspectos inclusivos sobre os aspectos do trabalho do
neuropsicopedagogo nas escolas, é importante ressaltar o processo de avaliação e
acompanhamento individual da escolarização de alunos socialmente desfavorecidos,
na forma de trabalho em equipe e cooperação com as escolas, trabalhando com
profissionais da escola para compreender as circunstâncias que causam a
marginalização e fornecer recursos para conectar os alunos a espaços mais
regulamentados, bem como trabalhar com as escolas para planejar ações para
famílias socialmente desfavorecidas, SILVEIRA; (2019).
As recomendações de monitoramento da assessoria neuropsicopedagógica
são também importantes na forma de intervenção na comunidade educativa, pois,
pode promover a inclusão, a mesma tem a ligação escola-pais e escola-comunidade
através de programas de prevenção do absentismo, grupos de autoajuda, círculos de
pais e professores, conselhos escolares parceiros, etc., especialmente para alunos
com deficiências, SILVEIRA; (2019).
Portanto, a assistência educacional a esses alunos deve se concentrar no
desenvolvimento e na superação de problemas que lhes são restritos, assim como
outras deficiências, como: cegueira, possibilidade de leitura em Braille, surdos, de tal
forma, que seja, mais conveniente de se comunicar. E para as demandas de
deficiências físicas, deve –se obter a maneira mais adequada para as pessoas como
encontrar a saída e se movimentar, SILVEIRA; (2019).
Por exemplo, para pessoas com deficiência intelectual, a acessibilidade não
depende de suporte externo para o sujeito, mas está relacionada a posições passivas
e automatizadas diante do aprendizado para adquirir e utilizar ativamente o próprio
conhecimento. É importante ressaltar que toda criança tem direito a uma educação
que lhe permita atingir seu potencial máximo, independentemente de sua capacidade
de aprendizagem, e nesse sentido, transformar as instituições educativas como forma
de inclusão social em espaços, é tarefa de todos os participantes da escola, onde
existe a alma e o corpo de crianças especiais, SILVEIRA; (2019).
[...] Um processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus
sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e,
simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade.
A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas
ainda excluídas e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas,
decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos
(SASSAKI, 1997, p.41 apud SILVEIRA; 2019).
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Para SILVEIRA; (2019) ressalta-se que a principal tarefa
dos neuropsicopedagogos é promover recomendações para uma educação de
qualidade para todos, com foco no trabalho efetivo de educação inclusiva, priorizando
crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem.
O AEE Tomando como exemplo as pessoas com deficiência intelectual, deve
centrar-se na dimensão subjetiva do processo de conhecimento, complementando o
conhecimento acadêmico e o ensino coletivo caracterizado pelas escolas comuns,
portanto, o conhecimento acadêmico precisa dominar determinados conteúdos do
curso. O atendimento educacional, no que lhe concerne, está relacionado à maneira
como o aluno (a) lidar com todo e qualquer conteúdo que lhe é exposto, e como ele
consegue significá-lo, ou seja, compreendê-lo, SILVEIRA; (2019).
Neste contexto, o PPP escolares pode fazer ajustes importantes no acesso ao
currículo na modificação dos elementos físicos e materiais das instruções
relacionadas ao ensino, bem como dos recursos pessoais dos professores, para
preparar com tantas dificuldades e limitações de aprendizagem, pode ser definido no
planejamento de atividades como recursos mutáveis ou espaciais, materiais de
comunicação que ajudarão os alunos com deficiência a desenvolver suas habilidades
e competências em um currículo escolar que atenda às reais necessidades desses
sujeitos de estudo, SILVEIRA; (2019).
É importante notar que o documento que orienta a educação inclusiva é a
Declaração de Salamanca, que assume a forma de Declaração de Direitos e uma
proposta de ação. Surgiu em junho de 1994 em uma Conferência Mundial promovida
pela UNESCO em Salamanca, Espanha, com o objetivo principal de garantir os
direitos de todos os estudantes em relação ao grau de deficiência ou dificuldade de
aprendizagem, ao que comumente chamamos de Educação Comum, SILVEIRA;
(2019).
O papel do neuropsicopedagogo é facilitar o processo de educação inclusiva e
conscientizar a comunidade escolar de que o significado da palavra inclusivo não
significa promover adequação ou padronização de acordo com as características da
maioria, seu significado e se torna Mais perto da possibilidade de fazer parte, conviver
e ser desigual, SILVEIRA; (2019).
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Então temos que ter muito cuidado em colocar a bandeira da inclusão escolar,
a inclusão de crianças com graves problemas de desenvolvimento nas escolas, ao
invés de ideais, é juridicamente mais adequada levar em consideração a própria
criança, validar as perguntas que ela faz, e a partir disso, avaliar as formas que
podemos promover processos inclusivos educativos de adaptação inclusiva.
Diante do que foi dito sobre o tema até aqui, é imprescindível abarcar todas as
possibilidades de aprendizagem do progresso da pesquisa para que a educação
contemporânea se torne cada vez mais reflexiva e digna de orgulho social. Então fica
claro que a neuroeducação pode trazer inúmeras contribuições para todos os
envolvidos com uma educação escolar de qualidade. A emergência desse campo de
conhecimento no ambiente escolar abre um leque de possibilidades, principalmente
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na educação inclusiva, mas na verdade ele precisa ser aprimorado dia após dia
AVELINO; (2019).
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problema do cotidiano, as habilidades e competências necessárias para a vida adulta,
AVELINO; (2019).
Identificar-se que vários jovens e adultos não estão preparados para esta fase
da vida porque não são motivados por seus pais e professores, e quando têm
problemas não conseguem resolvê-los e seguir em frente, transformando-os em
jovens e para adultos frustrados na vida e na escola. É muito importante ressaltar que
mesmo antes de ser considerada aprendiz, a criança é um ser social, emocional,
psicomotor e perceptivo. Portanto, os quatro pilares da educação devem ser
considerados: aprender a ser, conviver, fazer e conhecer (DELORS, 2012 apud
AVELINO; 2019), visando sempre o desenvolvimento humano acima de tudo. Assim,
esses quatro pilares educacionais servem como princípios organizadores desse
processo de construção, buscando ampliar as competências e habilidades do
indivíduo ao longo de sua história, algo que os educadores precisam colocar em
prática todos os dias.
Portanto, a Neuropsicopedagogia é uma ciência interdisciplinar baseada no
conhecimento neurocientífico aplicado ao vínculo entre Pedagogia e a Psicologia
Cognitiva. Sua função em relação ao seu objeto de estudo é o funcionamento do
sistema nervoso e a aprendizagem humana na perspectiva da recuperação individual,
social e educacional. A mesma surgiu em Santa Catarina em 2008, quando
professores de uma instituição de ensino criaram um grupo de pesquisa que facilitaria
a observação e a pesquisa em ambientes escolares. (POSFG, 2017 apud
FERNANDES; 2021).
A Neuropsicopedagogia decorre da necessidade desses educadores terem
embasamento científico para problemas cognitivos que permanecem imprecisos e
limitados ao entendimento desses profissionais, porém, tem sido muito explorado em
áreas da saúde como psiquiatria e pediatria. Dessa forma, até então, as
recomendações sobre os encaminhamentos da escola eram desenvolvidas através
de trabalhos a partir da Psicologia Escolar e Psicopedagogia, os quais, por diversas
vezes, eram limitadas as orientações educacionais e os atendimentos especializados.
A pesquisa existente mostra apenas comportamento e emoção, mas a neurociência
também precisa ser incorporada às especificidades do aprendizado escolar. Logo
começou a refletir sobre educação especial relacionadas sobre as necessidades de
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aprendizagem, inclusão escolar e apoio multidisciplinar numa perspectiva
interdisciplinar, FERNANDES; (2021).
Com base em pesquisas que reúnem profissionais de diversas formações com
diversas perspectivas sobre educação e saúde, tais como: neurocientistas,
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, educação especial, intervenção nas
deficiências, altas habilidades, inclusão escolar e ainda, profissional da própria
psicopedagogia com equipe heterogênea, constituída de educadores pedagogos,
educadores psicopedagogos, psicólogos, neuropsicólogos, médicos pediatras,
médicos psiquiatras infanto-juvenis, fonoaudiólogos, FERNANDES; (2021).
Contudo, graças aos casos de sucesso de professores e alunos, as entidades
de classe conseguem atualmente ver a Neuropsicopedagogia como uma área de
grande apoio às questões de aprendizagem, conforme a escola e a possibilidade de
reinserção na sociedade dos indivíduos que dela dependem. Os
neuropsicopedagogos (a) usam processos metacognitivos, voltados para os
pensamentos, para fazer um sujeito entender, porque ele “ reage dessa maneira”, “ tal
pergunta”, “ como posso fazer melhor”, e assim o processo metacognitivo, vai além
da cognição, pois se baseia apenas em ensinar os alunos a dar respostas, se possível,
a resposta correta, FERNANDES; (2021).
Nessa ótica, o Neuropsicopedagogo, em aliança com outros profissionais do
contexto educacional, busca transformar “queixas” em ideias, criando espaço usado
para ouvir e observar, e usar isso como ponto de partida para feedback. No entanto,
este estudo teve como objetivo compreender a função cerebral durante a
aprendizagem com vista à recuperação e prevenção de possíveis problemas
detectados em indivíduos. Como tal, procura compreender o problema da
conectividade cérebro x aprendizagem, levantada a partir do conhecimento
neurocientífico, a qual se intitula como uma das disciplinas mais procuradas, sendo
um dos maiores desafios educativos, FERNANDES; (2021).
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SILVA; 2014). Ao conduzir a adoção de medidas governamentais que visem o respeito
dos direitos e liberdades gerais de todos os cidadãos, e por meio do ensino e da
educação, o documento recomenda esforços para que sejam tomadas medidas para
garantir o exercício desses direitos e liberdades.
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Nômades, crianças de ruas, étnicas, culturas, pertencentes a minorias
linguísticas, superdotadas, aqueles que abandonam a escola e permanecem no
espaço, mas que não progridem em seus conhecimentos acadêmicos, crianças com
deficiência física, intelectual e múltipla, o que é definido como acolhimento público
pelo sistema de ensino. (FERREIRA, 2006; UNESCO, 1994 apud SILVA; 2014).
Como resultado das discussões e recomendações feitas durante esses eventos
mundiais, surgiram dois documentos que são considerados marcos jurídicos
fundamentais para a mudança do paradigma da educação inclusiva e que
compartilham “ a crença de que a educação é um direito humano fundamental e a
base sobre a qual uma sociedade mais justa é construída”. (AINSCOW, 2009, p. 12;
FERREIRA, 2006 apud SILVA; 2014), dessa forma, são eles a Declaração Mundial de
Educação para Todos (UNESCO, 1990 apud SILVA; 2014) e a Declaração de
Salamanca (UNESCO, 1994 apud SILVA; 2014).
A análise do texto desses depoimentos pode identificar percepções de
condições educacionais desiguais para crianças, jovens e adultos marginalizados e
excluídos do sistema educacional e, assim, as dificuldades que os alunos vivenciam
para acessar e permanecer na escola. Assim, ao denunciar as práticas
discriminatórias impulsionadas pelo próprio sistema educacional, as escolas
fracassam, exigindo uma reforma educacional no respeito às diferenças enquanto
especificidade humana, e, portanto, naturais, SILVA; (2014).
Não se trata de uma formação de cunho filantrópico (ajudar por querer ver a
pobreza, a discriminação e as desigualdades sanadas), mas de dar à pessoa
ferramentas, para que ela própria possa sair dessa situação que impede seu
reconhecimento como pessoa de direito. O empoderamento será a chave-
mestra da análise metodológica das Diretrizes Nacionais para a Educação
em Direitos Humanos (BRASIL, 2013a, p. 43 apud SILVA; 2014).
De acordo com SILVA; (2014) à luz dessas diretrizes, tendo a educação como
principal propulsor para a implementação das recomendações, surgiu o projeto
político pedagógico - PPP, que foi reconhecido como ferramenta essencial para o
alcance dos objetivos propostos. As direções passam a ser a adoção e incorporação
de estratégias neste documento, tais como:
O trabalho colaborativo e o diálogo são uma forma de construir
relacionamentos; SILVA; (2014).
Estimular a curiosidade e a indagação sobre questões existentes em um
ambiente que insere os alunos, SILVA; (2014).
Examinar atentamente a seleção de conteúdos escolares que ajudem a
desenvolver uma visão mais crítica da própria realidade; SILVA; (2014).
Uma abordagem interdisciplinar que permita o enriquecimento das
visões históricas e sociais dos eventos a partir de uma perspectiva mais
humana; e, SILVA; (2014).
Prática educativa que pode ser vivenciada como rotinas escolares na
perspectiva da construção do conhecimento. SILVA; (2014).
O Conselho Nacional de Educação afirma ter considerado esses privilégios por
meio de seus atos normativos, como as Diretrizes Gerais para o Ensino
Fundamental, ou seja, para a Educação Básica, também para as Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Infantil, Ensino Fundamental e ensino médio.
Além dessas diretrizes, também considera temas específicos com foco na educação
indígena, nos modelos de educação de jovens e adultos. Privação de liberdade em
16
instituições prisionais, educação especial, educação escolar quilombola, educação
ambiental, educação de jovens e adultos (BRASIL, 2013a apud SILVA; 2014).
O conceito de Educação para Todos, entrelaçado com o conceito de educação
inclusiva, é utilizado como modelo de combate à discriminação, promovendo a
solidariedade entre grupos heterogêneos e melhorando a qualidade da educação, não
exclusivamente para alunos com deficiência ou condições atípicas mas para todos os
grupos minoritários excluídos do sistema educacional (GLAT; PLETSCH, 2012;
SANCHES; TEODORO, 2007 apud SILVA; 2014).
O mesmo conceito foi exposto no Plano Decenal de Educação (BRASIL,1993
apud SILVA; 2014), que adotou o slogan "Nenhuma criança deve ficar sem ir à escola”
reiterando assim, O direito de todas as crianças às suas necessidades básicas de
aprendizagem em escolas de qualidade que promovam a cidadania.
Ao definir os princípios que todos os alunos devem aprender juntos,
independentemente das dificuldades e diferenças que enfrentam, as premissas
utilizadas na Declaração Mundial sobre Educação para Todos (UNESCO, 1990 apud
SILVA; 2014) e na Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994 apud SILVA; 2014)
referem-se à Escola como direito exercido nas escolas e classes gerais, capaz de
educar todos os alunos num espaço através de respostas educativas adequadas e
adaptadas às diferentes necessidades apresentadas por cada aluno não isolado.
Portanto, o termo educação inclusiva é entendido na Declaração de Salamanca
(UNESCO, 1994 apud SILVA; 2014) como um movimento político, social e humanista
que tem como foco o desenvolvimento de crianças em situação de exclusão e
marginalização. Conforme o século XX, foi a década que se concentrou em crianças
que estavam fora da escola ou em desvantagem educacional por causa de suas
características orgânicas, sensoriais, linguísticas, culturais, intelectuais e sociais. O
documento orienta o sistema de ensino a acolher as diferenças e propõe mudanças
na organização escolar visando combater essa situação desigual.
Para alcançar essas diretrizes, durante o fórum mundial de educação realizado
em Dakar, Senegal, em 2000, 164 governos concordaram em atingir esses objetivos,
e colocaram tempo para alcançar esses objetivos até 2015, a UNESCO fez uma
parceria para lançar o relatório de monitoramento de educação para todos com o
objetivo de acompanhar o progresso, identificar lacunas e fazer recomendações para
orientar as propostas, SILVA; (2014).
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O último relatório de monitoramento, exposto e publicado em 2015, mostrou um
aumento de 50% nas chances de crianças e adolescentes irem à escola, o que
significa que 34 milhões de crianças frequentaram a escola. Contudo, ele também
destacou que ainda existem 58 milhões de crianças que ainda não estão na escola, e
cerca de 100 milhões de crianças em todo o mundo não concluem o ensino
fundamental, SILVA; (2014).
Além desses fatores, o documento destaca a crescente desigualdade
educacional na repetência escolar entre as pessoas mais pobres do mundo, e pinta
um quadro de baixa qualidade de aprendizagem nos primeiros anos, com foco nos
baixos níveis de escolarização ao final do ensino fundamental, resultando em alunos
que terminassem essa etapa sem terem aprendido o básico, (UNESCO, 2015 apud
SILVA; 2014). Assim, pode-se confirmar que o aumento das matrículas no ensino
fundamental e o aumento do tempo escolar nem sempre estão associados à
segurança do aprendizado escolar. (MARIN; BUENO, 2010; MENDES, 2008b apud
SILVA; 2014).
Nos documentos citados até aqui, afirma-se que a definição dos direitos do
público a ser considerado excluído do sistema educacional e a ser garantido retrata
um amplo grupo de pessoas cujos direitos estão em jogo e que estão sob o véu da
necessidade do mundo econômico e que deve ser considerado em termos de ação
educativa, SILVA; (2014).
Essa diversidade inclui as pessoas com deficiência que, sob o paradigma da
inclusão, estão entrelaçadas com esses outros públicos e necessidades e acabam
sendo excluídas do corpus, resultando em uma certa confusão conceitual, educação
inclusiva, educação especial, necessidades educacionais especiais, caracterizam-se
principalmente por essas definições em relação ao público em geral, SILVA; (2014).
Ainscow (2009 apud SILVA; 2014) argumenta que essa confusão se deve em
parte ao fato de que o conceito de inclusão internacional pode ser definido de
diferentes maneiras, porque um país não tem uma perspectiva única de inclusão.
Assim, o termo “inclusão” é adotado em referência à:
Escolarização em escolas gerais, direcionadas a alunos com deficiência
ou classificados como pessoas que precisam de atendimento
especializado de educação especial e, portanto, limitados a públicos
específicos;
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Respostas a exclusões disciplinares formais ou informais para alunos
que abandonam a escola por não se adaptarem as regras impostas, com
ênfase na categorização de dificuldades comportamentais e emocionais;
Para todos os grupos desfavorecidos, mais associados aos termos
exclusão x inclusão social, e,
Uma abordagem de promoção da educação para todos que pressupõe
escolas universais que atendam a toda a diversidade que existe na
mesma escola e em uma mesma comunidade, em resposta ao fracasso
de muitos países em atingir as metas estabelecidas na Convenção
Declaração Universal dos Direitos Humanos, reafirmada pela
Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994 apud SILVA; 2014) e pela
Declaração de Dakar (UNESCO, 2000 apud SILVA; 2014).
Enfim,
Glat e Pletsch (2012 apud SILVA; 2014) apontam que o uso da expressão
"necessidades educacionais especiais" como sinônimo de deficiência sugere um grau
de imprecisão na compreensão desses termos, pois as necessidades educacionais
especiais "não são características fixas, mas individuais e específicas. Condições
manifestadas a partir da experiência escolar que um aluno recebeu” (GLAT;
PLETSCH, 2012, p. 22 apud SILVA; 2014), devendo ser consideradas as
características pessoais, as condições orgânicas e a formação histórica, cultural e
social de uma pessoa.
20
No Brasil, a expressão “necessidades educacionais especiais” apareceu pela
primeira vez na Portaria CENESP/MEC nº 69/86, substituindo o termo aluno
excepcional, mas ainda assim, mantendo-se como sinônimo de deficiência
(BUENO, 2013; MAZZOTA, 2005 apud SILVA; 2014). A expressão reaparece
na Resolução nº 2 de 11 de setembro de 2001: Alunos com necessidades
educacionais especiais são os que, durante o processo educacional,
apresentarem: I - Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no
processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das
atividades curriculares, compreendidas em dois grupos: a) aquelas não
vinculadas a uma causa orgânica específica; b) aquelas relacionadas a
condições, disfunções, limitações ou deficiências; II – Dificuldades de
comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando a
utilização de linguagens e códigos aplicáveis; III - altas
habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a
dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes (BRASIL, 2001b,
p. 2, grifo da autora apud SILVA; 2014).
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A definição do público que constitui e fortalece o que o Brasil chama de
"Educação para Todos" é positiva se for utilizada como mecanismo facilitador para
Desenvolver ofertas de emprego, serviços e transferências financeiras, assim, reter
todos os excluído da mesma pasta de trabalho para ajudar a proteger os direitos
humanos defendidos quando necessário, especialmente o direito à educação, em
particular, o direito à educação, promovido quando necessário, se disfarça de políticas
de baixo custo que não atendem às necessidades específicas de nenhum desses
grupos. Portanto, precisa ser claro ao identificar as diferentes necessidades de
diferentes públicos. Garantir o acesso e a permanência do público-alvo da educação
especial (por exemplo, PAEE) requer uma compreensão diferenciada das
necessidades desses sujeitos no que diz respeito ao acesso aos currículos escolares,
SILVA; (2014).
A deficiência limita o desenvolvimento e na aprendizagem requer recursos
materiais e humanos, serviços de apoio de longo prazo e alto investimento em
aprendizagem. Portanto, políticas que atendam e financiem especificamente esses
públicos podem garantir melhor acesso e permanência nas escolas formais. Isso não
impede a criação de serviços adicionais de apoio a outros alunos que também tenham
dificuldades de aprendizagem educacionais SILVA; (2014).
Por fim, a PNEEPEI (Brasil, 2008 apud SILVA; 2014) redefine as necessidades
educacionais especiais por meio da Resolução nº 04/2009 (Brasil, 2009 apud SILVA;
2014) e do Decreto nº 7.611/2011 (BRASIL, 2011 apud SILVA; 2014). A educação
inclusiva e os alunos com dificuldades de aprendizagem que é causada por certo tipo
de deficiência, passa a circunscrever-se aos alunos com deficiência, transtornos
globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
Contudo, a presença de outros alunos no espaço escolar, com diferentes
culturas, de diferentes composições familiares, com dificuldades sociais e
econômicas, continua sendo mais frequente nas turmas comuns e regulares, o que
ainda traz muitas preocupações, principalmente sobre como as escolas estão
respondendo as dificuldades de aprendizagem educacionais desse público. É neste
contexto que encontrar outros profissionais e conhecimentos para serviços de apoio
ou suporte começa a tornar-se uma questão importante, SILVA; (2014).
22
A educação inclusiva faz com que o direito à escola, antes negado pelo
discurso despreparado, seja um problema real, antes não era porque as crianças
foram deste espaço, de invisíveis tornam-se visíveis, de não problema a problema,
demonstrando a transição de um estado de negação para um estado de
problematização (OLIVEIRA, 2011, p. 39 apud SILVA; 2014).
23
É através do sistema nervoso que somos capazes de realizar nossas atividades
básicas diárias. Onde podemos usar duas ou mais funções ao mesmo tempo, como
por exemplo aqui usamos a função cognitiva, função motora e equilíbrio e controle
sobre o ambiente interno para encorajar e manter essas ações, que são processos
emocionais, são fundamentalmente motivos. O responsável por essa interação entre
as funções neurais é o neurônio, a menor unidade estrutural e funcional que, segundo
Maia & Thompson (2011, p.21 apud AZEVEDO; 2020), é capaz de gerar e conduzir
impulsos elétricos, conduzir e processar informações, criando um "sistema neural”.
Basta uma ação e uma resposta para configurá-la como atividade neural.
24
Conforme AZEVEDO; (2020) o hemisfério direito tem a maior capacidade de
processar informações visuoespaciais, ou seja, informações que não podem ser
descritas em palavras, por isso o hemisfério direito é responsável pela função mais
global, como por exemplo, coletar todas as informações para solucionar o problema o
aprendizado de textos e prosódias, análise de sentimentos, aspectos não verbais da
linguagem, como intencionalidade e gestos, etc. Cada lobo cerebral tem a seguinte
função:
Com as características de cada hemisfério e dos lobos, fica claro que existem
várias conexões que permitem que várias regiões trabalhem juntas. No processo de
aprendizagem. Além dessas áreas, é necessário citar outras estruturas que
contribuem para o processo de aprendizagem. Segundo Maia e Thompson (2011, p.
26 apud AZEVEDO; 2020), essas estruturas são:
26
experiências anteriores e saúde mental. (MAIA & VARGAS, 2011, p. 49 apud
AZEVEDO; 2020).
Apesar destes fatores, segundo relvas (2011 apud AZEVEDO; 2020), a
memória é a base de todo o conhecimento e todo o nosso cérebro e funciona através
da memória, através de como comemos, o nosso andar, a nosso fala, a leitura e
porque lembramos como fazemos, portanto, é uma das funções mais importantes do
cérebro porque é através dele que temos a capacidade de acertar e evitar erros. Além
da capacidade de "arquivar" eventos, a memória tem a capacidade de planejamento,
abstração, julgamento crítico e atenção. Mas como surge a memória? Relvas (2009
apud AZEVEDO; 2020) explicará como:
De acordo com AZEVEDO; (2020) pela fala do autor, fica claro que o processo
de assimilação da informação passa por duas estruturas, o hipocampo e o lobo frontal.
A memória não está localizada em uma única estrutura porque é um fenômeno
biológico e psicológico que envolve uma aliança de sistemas cerebrais e trabalham
juntos. Relvas esclareceu que,
27
uma linguagem e a um cheiro, três áreas diferentes do cérebro tentarão
recuperar esta memória. (RELVAS, 2009, p. 58 apud AZEVEDO; 2020).
28
3.1 A neuroeducação como intervenção
30
Fonte: Doherty (1997 apud BARTOSZECK 200778 apud SANTOS; 2016) Janelas de oportunidades.
31
4 DIFICULDADES E TRANSTORNOS ESCOLARES
Fonte: Russo, 2015 apud Hennemann, 2015 apud SANTOS; 2016 - Diferenças e semelhanças entre
a Neuropsicopedagogia, Neuropsicologia e Psicopedagogia.
33
Para compreender os processos de socialização e aprendizagem de crianças
e adolescentes, os profissionais da saúde e da educação devem trabalhar juntos,
buscar os serviços de educação permanente para compreender as barreiras escolares
e, assim, encontrar meios teóricos e empíricos para identificar corretamente essas
barreiras sobre a identificação dos transtornos, orientação domiciliar e escolar,
encaminhamentos e possíveis estratégias de intervenção. Nesse sentido,
acreditamos na disponibilidade e permanência desses indivíduos em um ambiente
educacional inclusivo para uma educação facilitada, TAVARES; et al., (2020).
34
mesma idade e série em um nível completamente controverso. Porque essas crianças
que têm muitas dificuldades de aprendizagem não têm as condições necessárias e
também não há orientações suficientes para que os professores possam compreender
e intervir nesse processo de aprendizagem, pois não há sequer profissionais
especializados na área da psicopedagogia ou neuropsicopedagogo para
desempenhar esse papel, DIÓGENES; (2018).
De acordo com DIÓGENES; (2018) para enfrentar e superar a maioria das
dificuldades que existem nas instituições, é necessário e importante compreender
como utilizar estratégias educativas que beneficiem o desenvolvimento dos alunos na
prática educativa. A aprendizagem ocorre quando uma conexão é feita entre o novo
conteúdo e o conhecimento existente do aluno, e essa interação, em vez de uma
simples associação, mudará o conhecimento que já existe transformando-o pelo
aluno.
Munari (2010 apud DIÓGENES; 2018) descreve que Piaget em sua teoria
defende: [...] podemos conceber a inteligência como o desenvolvimento de
uma atividade assimiladora cujas leis funcionais são dadas desde a vida
orgânica e cujas estruturas sucessivas que lhes servem de órgãos se
elaboram por interação entre ela e o meio exterior. (p. 37).
35
exteriorização, um movimento de dentro para fora. O eu, seu ambiente interno e
externo é o que permite sua construção, seu desenvolvimento, seu aprendizado, sua
autonomia, ou, autominação.
Os ciclos dos estágios: personalismo, emocional e adolescência, são
inerentemente afetivos, requer atenção por meio de mediadores e/ou professores,
estímulos percebidos, atenção necessária assimilada e a capacidade de articulá-la
intimamente, iluminá-los em relação a sua edificação e a sua relação com o outro
ocasionando o aprendizado, DIÓGENES; (2018).
Aprender a ler, escrever e matemática é um dos objetivos mais desejados por
famílias e alunos, independentemente de sua deficiência, pois através desses Eles
irão adquirir conhecimentos científicos, habilidades e valores relevantes para o meio
social em que vivemos, DIÓGENES; (2018).
Vivemos em uma sociedade letrada onde é necessário que todos que se
conectam a ela saibam interpretar textos oral e escrito, utilizando linguagem adequada
para expressar pensamentos e sentimentos de forma autônoma e adequada. No
entanto, dificuldades de aprendizagem existem todos os dias na vida dessas famílias
e crianças experimentando fracasso escolar, especialmente em áreas acadêmicas,
como leitura, escrita, calculo, matemática, DIÓGENES; (2018).
No entanto, essas crianças não têm oportunidades e possibilidades objetivas e
adequadas para aprender conteúdos acadêmicos, e geralmente lhes é oferecido o
currículo estabelecido. Pelo sistema escolar, não há necessidade de considerar o
desenvolvimento de estratégias de flexibilidade, práticas alternativas de ensino e
ajustes curriculares, os alunos que não conseguem acompanhar o currículo são
rotulados, como alunos fracos nas escolas públicas do Brasil, DIÓGENES; (2018).
Assim, evitando rótulos e buscando atender às necessidades individuais dos
alunos, será possível prevenir, diagnosticar, intervir e orientar os docentes desta
instituição por meio de profissionais especializados em psicopedagogia, ou
neuropiscopedagogia, cujo objetivo é guiar as crianças, adolescentes ou adultos, as
instituições e realocar-se, de acordo com suas possibilidades e interesses, para se
requalificar na escolarização normal e saudável, DIÓGENES; (2018).
38
Portanto, um neuropsicopedagogo e psicopedagogo passa a ser de grande relevância
para que seja realizada as orientações necessárias, bem como as intervenções, os
diagnósticos com envolvimento de mais profissionais, e a integração de todos nesse
contexto, DIÓGENES; (2018).
Escolas e famílias são instituições educacionais. A, eles delegam as funções
de ajudar as crianças a suprir suas necessidades físicas, emocionais e intelectuais, e
devem compreender e compreender que as pessoas aprendem dentro do contexto de
suas particularidades: emocionais, sociais e cognitivas. Na grande maioria ou quase
todas as escolas públicas e famílias, não estão preparadas para precisar do apoio de
um especialista neuropsicopedagogo, psicopedagogo para auxiliar e dá suporte por
meio de diagnósticos e outros meios, o que fazer, que caminho seguir e por onde
começar. O desenvolvimento físico, cognitivo e emocional humano requer condições
favoráveis, DIÓGENES; (2018).
Fonte: isead.com.br
40
No pensamento de Fonseca (2001 apud CABANAS; et al., 2020) e Wajnsztejn
(2009 apud CABANAS; et al., 2020), a aprendizagem é um comportamento ou
mudança comportamental que atua como uma resposta corretiva à experiência
apresentando características diferentes. Essas respostas modificadas são estáveis,
duráveis, Internalizado e consolidado no cérebro humano. Portanto, a aprendizagem
é uma função cerebral funcional e estrutural.
Loureiro (2005 apud CABANAS; et al., 2020) compreende que o ato de estudar
a aprendizagem, suas características, sua evolução, suas patologias e perturbações
não são apenas atos isolados de conhecimento educacional pedagógico, psicológico
ou neurológico, pois, a motivação neurológica ou psicológica para aprender, imaginar,
sonhar, criar, renovar, reorganizar, reviver seu aprendizado e mudar seus mundos
endógenos e exógenos de acordo com seus próprios desejos é o que confere ao ser
humano suas principais características.
Para CABANAS; et al., (2020) conforme a compreensão das complexidades da
aprendizagem a neuropsicopedagogia visa atuar as dificuldades e barreiras dos
alunos à aprendizagem de acordo com as patologias. Tem uma sintomatologia muito
ampla com múltiplas etiologias e envolve a aprendizagem Leitura, escrita e
matemática. A Organização Mundial da Saúde (OMS) determina no Código
Internacional de Doenças (CID-11) transtornos específicos do desenvolvimento da
aprendizagem escolar (F81).
41
Fonseca (2001 apud CABANAS; et al., 2020) alerta que crianças com
dificuldades de aprendizagem não são classificadas como deficientes porque o
potencial cognitivo que as crianças possuem não é aproveitado no uso educacional.
No entanto, é visto como uma pessoa normal que aprende de forma diferente entre
potencial esperado e potencial real. Associados às dificuldades de aprendizagem, ou
seja, associado a transtornos de aprendizagem há problemas psicoemocionais,
alterações memória, atenção, linguagem e processos psicomotores, ou uma mistura
desses problemas.
No entanto, podemos dizer que em relação ao plano do corpo as dificuldades
de aprendizagem não podem refletir diretamente, porém irá implicar em um plano
gráfico bidimensional (2D) contendo aspectos neurológicos, ambientais,
educacionais, emocionais e funcionais, (LOUREIRO, 2005 apud CABANAS; et al.,
2020). Além do mais, o processo de aprendizagem demanda da criança habilidades
muito complexas, pois, é preciso aprender a ler e a escrever, dependendo das
diferentes áreas do cérebro humano. A aprendizagem inclui espaços e tempos vividos
e reconhecidos, como: experiência física e exercícios práticos globais e
fina, planejamento/esquema corporal e lateralidade.
Por meio do conhecimento neuropsicopedagógico, é possível compreender
como ocorre o desenvolvimento da aprendizagem, o que pode levar a melhorias nas
perspectivas educacionais. Em pauta, a neuropsicopedagogia visa reunir o estudo do
desenvolvimento humano, estrutura, função e disfunção cerebral, bem como os
processos psicocognitivos responsáveis pela aprendizagem e os processos
psicoeducativos responsáveis pelo ensino. (ÁLVAREZ, 2018 apud CABANAS; et al.,
2020).
Dessa forma, para uma avaliação neuropsicopedagogica é preciso de suas
impressões e achados ela é complementada por uma equipe multidisciplinar de
psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e
professores de educação física. O objetivo é aprofundar esta investigação e realizar o
diagnóstico clínico. É uma das componentes chave da avaliação e intervenção, pois
cria melhores condições para o seu desenvolvimento a partir de decisões que visam
prevenir e abordar as dificuldades que os alunos podem encontrar, BORGES; (2016).
42
É o processo partilhado de coleta e análise de informação relevante sobre
vários elementos da intervenção no processo de ensino e aprendizagem, com o
objetivo de identificar as necessidades educativas de alguns alunos ou alunas que,
por diversos motivos, apresentam dificuldades de desenvolvimento pessoal ou que
não se enquadram no currículo escolar e também basear as decisões sobre a
proposta curricular e o tipo de apoio necessário para facilitar o desenvolvimento de
várias competências e o crescimento institucional. COLL; MARCHESI; PALACIOS,
2007, p. 279 apud BORGES; 2016).
43
tarefas acadêmicas, bem como deficiências e preferências como
padrões percentuais; BORGES; (2016).
Identificar os perfis emocionais da criança, estímulos e esquemas de
reforço para suas respostas e sua interação com as exigências
escolares apropriadas. É necessário que seja um processo dinâmico
porque através dela é determinada a necessidade de intervenções
neuropsicopedagógica. Se é o caso de necessidade de fonoaudiologia,
psiquiatria e neurologia etc., portanto, ela é uma investigação do
processo aprendizagem de um indivíduo para compreender a origem
das dificuldades e/ou as barreiras que são apresentadas pelos
distúrbios. Incluindo entrevista consulta inicial com o pai ou responsável
da criança, análise de materiais escolares, aplicação de diferentes tipos
de atividades e utilização de testes para avaliar o desenvolvimento,
áreas de habilidade e dificuldades apresentadas. Durante a avaliação,
podem ser realizadas atividades matemáticas, testes para avaliar o nível
de pensamento e outras funções cognitivas, leitura, escrita, desenho e
jogos; BORGES; (2016).
Intervenções neuropsicopedagógica, destinadas a resolver problemas
de aprendizagem, OLIVEIRA; (2015).
A realização de diagnósticos neuropsicopedagógicos, OLIVEIRA;
(2015).
Uso de métodos, técnicas e instrumentos neuropsicopedagógicos para
a pesquisa, avaliação e intervenção relacionadas à aprendizagem e
prevenção, OLIVEIRA; (2015).
Consultoria e Assessoria Neuropsicopedagógicas, OLIVEIRA; (2015).
Suporte Neuropsicopedagógico, OLIVEIRA; (2015).
Supervisão em trabalhos teóricos e práticos em Psicopedagogia;
Neuropsicopedagogia, OLIVEIRA; (2015).
Orientação, coordenação e supervisão dos cursos de Psicopedagogia e
Neuropsicopedagogia, OLIVEIRA; (2015).
Direção de Serviços de Neuropsicopedagogia, OLIVEIRA; (2015).
Realização de pesquisas no âmbito das Neurociências aplicadas à
Educação, OLIVEIRA; (2015).
44
O neuropsicopedagogo trabalha no centro da cognição: aprimorando e
expandindo habilidades e talentos subjacentes no desejo e na "vontade
de aprender", OLIVEIRA; (2015).
Este serviço ou melhor está forma de atendimento e avaliação tem como
objetivo identificar as dificuldades que impedem a fluência na
aprendizagem, sem barreiras, e fornece ferramentas para o auto estudo.
Superação cognitiva, intelectual e emocional, ajuda a aumentar a
autoconfiança e a motivação para aprender, OLIVEIRA; (2015).
O neuropedagogo intermedia, portanto, ajuda e auxilia a despertar a
motivação de uma criança ou adolescente para aprender por meio de
estimulação e uma abordagem adequada e individualizada para cada
indivíduo, respeitando seus caminhos e canais de aprendizagem e
colaborando com a crescente autonomia cognitiva do neuroaprendiz,
OLIVEIRA; (2015).
O exercício do pensar, refletir, atentar, memorizar, associar ideias,
despertar a curiosidade, a criatividade e a inventividade, são focos
permanentes do trabalho de um Neuropsicopedagogo, OLIVEIRA;
(2015).
Trabalho de acompanhamento Neuropsicopedagógico, que visa
estimular o desejo de aprender, não apenas "melhorar o desempenho
escolar". O foco do neuropsicópedagogo não está no "aluno" outrora
comentado, mas no "indivíduo", ou seja, o aprendiz existe em qualquer
dimensão em que se expresse.
Durante o acompanhamento são estabelecidos contatos periódicos ou
um cronograma com o neuroaprendiz; os pais e a equipe escolar
(coordenador e Professores) com a finalidade de obter um melhor
feedback dos avanços, melhoras e conquistas do neuroaprendiz, até que
o Neuropsicopedagogo conclua que seu paciente reassumiu sua
autonomia cognitiva, para conduzir seu caminho de conhecimentos.
O diagnóstico não deve apenas justificar e fundamentar a deficiência, mas
também apontar para o potencial do indivíduo. Não é apenas o que tem, mas o que
pode ser e como pode se desenvolver. É muito importante que se detecte, pois, por
meio do diagnóstico, que se inicia o momento na vida de uma criança em que
45
começam os problemas de aprendizagem. Do ponto de vista da intervenção, é
importante notar que as dificuldades de aprendizagem começam com acesso à
escola, o que pode fazer uma grande diferença, pois pode ser uma forte indicação de
que o problema foi causado por fatores dentro da escola. (BOSSA, 2000, p. 101 apud
BORGES; 2016).
Dessa maneira, o diagnóstico é um levantamento do processo de
aprendizagem dos indivíduos como por exemplo, os estilos de aprendizagem, áreas
de competências, limitações, habilidades. Destina-se a compreender as causas
profundas das dificuldades apresentadas e/ou dificuldades de aprendizagem. O
Neuropsicopedagogo não busca diagnóstico isolado, em vez disso, complementa
suas impressões e descobertas com outros profissionais como: neurologistas,
psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas, pedagogos, psicopedagogos, entre outros
e visa aprofundar tal investigação, OLIVEIRA; (2015).
De acordo com SBNPP- (Nº 02/2017) Segundo Russo (2015 apud SBNPP/ Nº
02/2017 2016): Os estudos mostram que a abordagem quantitativa é fortemente
baseada em normas, análises fatoriais e estudos de validade. Os testes formais são
métodos estruturados aplicados com instruções específicas e normas derivadas de
uma população representativa. Os resultados são descritos a partir de média e desvio-
padrão, que permitem a utilização de cálculos para comparação, e, embora permitam
uma avaliação quantitativa, os testes formais podem ser interpretados
qualitativamente (p.107).
Existem vários instrumentos disponíveis para a investigação dos diferentes
aspectos das funções cognitivas, variando em sua forma de apresentação,
complexidade das tarefas envolvidas, critérios de correções e normas disponíveis. A
seleção de instrumentos a ser utilizada é realizada de acordo com os objetivos da
avaliação, e o neuropsicopedagogo deverá buscar materiais não vetados para seu
uso, que forneçam parâmetros para analisar/avaliar tanto as dificuldades como as
facilidades de aprendizagem do sujeito, (SBNPP/ Nº 02/2017).
É oportuno ressaltar, que na prática de avaliação devemos utilizar instrumentos
com estudos e padronização brasileira. O neuropsicopedagogo deve consultar o site
http://satepsi.cfp.org.br/, no item instrumentos não privativos de psicólogos, e verificar
os instrumentos (testes, escalas) que estão favoráveis ao uso, pois há possibilidade
do teste/escala ser considerado desfavorável em determinado momento para
46
reestudo. Segundo o código de ética profissional do psicólogo o termo NÃO
PRIVATIVO, trata-se de instrumento que pode ser utilizado tanto pela Psicologia
quanto por outras profissões, (SBNPP/ Nº 02/2017). Na avaliação qualitativa
neuropsicopedagógica, o neuropsicopedagogo clínico e institucional pode utilizar as
provas piagetianas e as etapas psicogenéticas no processo de alfabetização, pois
tanto a epistemologia genética de Jean Piaget como os estudos psicogenéticos de
Emília Ferreiro, Ana Teberosky e colaboradores, fazem parte do conteúdo dos livros
didáticos destinados à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental da escola
brasileira.
Os estudos mostram que a Neurociência não fornece estratégias de ensino,
pois este papel é da Pedagogia, que utiliza os conhecimentos da didática e das
metodologias de ensino como suporte para o ensino e aprendizagem. É a
Neurociência e a Psicologia Cognitiva que possibilitam compreender a aprendizagem,
ressaltando os aspectos desde as questões neurológicas e biológicas, até a cognição.
A primeira, por meio de experimentos comportamentais e do uso da ressonância
magnética, tomografia, entre outras técnicas, observa as alterações do cérebro
durante o desenvolvimento, (SBNPP/ Nº 02/2017).
A segunda refere-se ao estudo do conhecimento investigando aprendizagem,
pensamento, raciocínio, formação de conceitos, memória, inteligência. Volta-se para
os significados, levando em consideração evidências indiretas para explicitar como os
sujeitos percebem, interpretam e utilizam o conhecimento adquirido. O estudo destas
áreas fundamenta o neuropsicopedagogo clínico e institucional a compreender o
desenvolvimento global do ser humano, bem como suas dificuldades de
aprendizagem, (SBNPP/ Nº 02/2017).
De Luria, aduz que os neuropsicopedagogos clínicos e institucionais, tem sua
base teórica para compreender o desenvolvimento humano, a organização funcional
do cérebro e a aprendizagem. De Piaget, Vigotsky, entre outros teóricos do
desenvolvimento e aprendizagem, têm os subsídios para entender o contexto escolar,
o projeto pedagógico da escola, os projetos de trabalho e os protocolos de inclusão,
(SBNPP/ Nº 02/2017).
À luz da neurociência, a seleção dos estímulos adequados para produzir a
aprendizagem, considerando a qualidade deles, poderá determinar a efetividade da
aprendizagem do sujeito. A percepção capturada pelo sistema nervoso periférico,
47
levado através de corrente elétrica ao cérebro localizado no sistema nervoso central,
desencadeará um processo de reelaboração dos conhecimentos, que até então foram
compostos pelo sujeito aprendente. A Teoria da Epistemologia genética diz que,
nesse momento, ocorre um processo de apropriação, que por sua vez, possibilitará a
desequilibração ao que já havia sido elaborado anteriormente pelo sujeito. Ao ocorrer
a assimilação dos conhecimentos novos, ou seja, quando o cérebro através de sua
atividade reorganiza o conhecimento adquirido por este novo estímulo, tem então, a
acomodação, ou seja, uma nova construção cognitiva elaborada (SBNPP/ Nº
02/2017).
De acordo com (SBNPP/ Nº 02/2017) o foco é propor uma intervenção que
amplie as possibilidades de percepção de quem aprende, e por usa vez, aumentam
as conjecturas cognitivas deste. As etapas psicogenéticas do processo de
alfabetização são superadas de acordo com a intervenção pedagógica de um outro
profissional. O estabelecimento das redes neurais que promovem a aprendizagem a
partir do estímulo adequado é responsável por esta superação. Quando temos uma
criança em fase pré-silábica, por exemplo, a qualidade da intervenção do profissional
para que ela avance em sua aprendizagem é imprescindível. Vejamos:
Se oferecido a criança em fase silábica com valor sonoro, todas as letras do
alfabeto para compor seu nome, ela poderá organizar uma seleção destas que,
possivelmente farão expressar o seu nível de desenvolvimento real, ou seja, o
conhecimento que tem em acomodação. Poderá, pela etapa em que se encontra,
utilizar apenas consoantes para escrever seu nome. Se a intervenção for oferecer a
criança apenas as letras que compõe seu nome, desafiando-a a organizá-las sem que
reste uma delas fora desta composição, possibilitaremos durante a atividade que faça
várias combinações entre vogais e consoantes até encontrar uma possiblidade que
lhe pareça traduzir a escrita do seu nome, (SBNPP/ Nº 02/2017).
Nesse momento, a proposta clara da intervenção, possibilitará a percepção do
aumento da quantidade de letras em detrimento das que costuma utilizar para
escrever seu nome. Isso a desequilibra. E por quê? Pelo fato da percepção do
aumento desta quantidade de letras capturado pela percepção visual, leva um
estímulo ao cérebro que favorece uma nova elaboração cognitiva. Assim, será
possível, por exemplo, estabelecer uma relação entre consoantes e vogais para que
sejam produzidos os sons, e avançar da etapa silábica para a alfabética. É perceptível
48
que a qualidade do estímulo selecionado, pautado em uma escolha à luz das teorias
da aprendizagem, relacionadas à Neurociência aplicada à Educação, tem maior
efetividade, (SBNPP/ Nº 02/2017).
Sobre o protocolo de material para Avaliação e Intervenção
Neuropsicopedagógica Institucional, (SBNPP/ Nº 02/2017):
Fonte: sbnpp.org.br
49
Fonte: sbnpp.org.br
50
Eixos teórico-práticos norteadores da Avaliação e Intervenção
Neuropsicopedagógica no contexto Institucional e Clínico, (SBNPP/
Nº 02/2017):
De acordo com (SBNPP- Nº 02/2017) o Neuropsicopedagogo em seu processo
de avaliação e intervenção deve ser capaz de:
a) Aplicar conceitos da Neurociência à Educação, compreendendo que esta
última é um processo que ocorre em diferentes espaços sociais e por
diferentes mediadores.
b) Compreender que os constructos da Neurociência aplicada à Educação
precisam da interface com a Pedagogia e Psicologia Cognitiva para assim
traçar as ações que sejam efetivas, pois estarão pautadas na aprendizagem
de conceitos, habilidades e comportamentos bem como a forma como
propor o ensino destes quesitos.
c) Entender, identificar e estimular o funcionamento de todo sistema nervoso
a partir das duas competências anteriores, focando nas funções executivas.
d) Utilizar-se da metodologia transdisciplinar para definir deu planejamento de
avaliação e intervenção, dialogando com as disciplinas, mas visando
sempre uma visão além do que está posto.
e) Reintegrar os sujeitos que atende de acordo com seus avanços e
características particulares nos aspectos pessoal, social e educacional.
51
b) 3 a 4 sessões de 1h1/2 para avaliação. Pode ocorrer em até 3 vezes na
semana, viabilizando a entrega rápida ao profissional de saúde solicitante ou
escola, visando ao processo, se necessário, adequações pedagógicas;
c) Uma sessão para devolutiva aos pais e responsáveis, sendo possível a
entrega de laudo técnico para encaminhar aos profissionais de saúde para
fechamento de diagnósticos embasados no trabalho em equipe
multiprofissional;
d) Contato com a escola para orientações acadêmicas, visando à melhoria da
aprendizagem do aluno.
52
c) Como intervenção, planeja e executa projetos de trabalho ou oficinas
temáticas. O tempo será administrado pelos indicadores dos objetivos
atingidos.
Observação: empregar a anamnese no contexto coletivo requer cuidado. Este
recurso indicamos para o trabalho clínico, pois devemos ter o cuidado de não adentrar
na atuação de outros profissionais como o Assistente Social, (SBNPP- Nº 02/2017).
53
Protocolo de avaliação
Sessão lúdica de aprendizagem
Avaliação de linguagem
Avaliação de habilidades matemáticas
Avaliação de habilidades psicomotoras
Avaliação de atenção/hiperatividade
Ran
Intervenção
54
Sobre a atuação no contexto institucional, reforçamos que é possível considerar
algo inovador ao realizar-se o trabalho com as funções executivas dentro dos
contextos coletivos, especificamente dentro das escolas. Este é um aspecto próprio
da Neuropsicopedagogia. Reforçamos que temos pesquisas e estudos nesse foco
também, porém, a indicação da atuação são sondagens, trabalhos com as estratégias
de aprendizagem através de metodologias específicas, que envolvem aspectos
didáticos e pedagógicos. Assim, este trabalho transcende testagens e protocolos
alcançando aspectos da atuação docente e escolar, com apoio do
Neuropsicopedagogo, realizando projetos e oficinas, (SBNPP- Nº 02/2017).
As escalas de motivação e de estratégias de estudo são padronizadas, abertas
e importantíssimas no contexto escolar, pois alimentará propostas de intervenção
através de projetos, uma vez que fica detectado se a criança tem motivação intrínseca
e/ou extrínseca. Assim, o Neuropsicopedagogo será o profissional que detectará
questões a serem trabalhadas no contexto escolar e as quais, necessariamente,
precisam ser encaminhadas para outro profissional ou contexto clínico de atuação.
Nesse aspecto, temos escalas abertas, padronizadas em população brasileira, a qual
indicamos como SNAP IV e Escala Conners, (SBNPP- Nº 02/2017).
55
Profissional. A definição de Neuropsicopedagogia, que norteia o embasamento da
atuação teórico-prática deste profissional deve estar de acordo com o Art. 10º. da
Resolução 03/2014 da SBNPp:
Identificação Precoce:
58
Investigação Inicial:
Planejamento e Intervenção:
59
características específicas, mas com necessidades diversificadas; (SBNPP- Nº
02/2017);
c) Indicar a finalização do trabalho evidenciando a superação das dificuldades
de aprendizagem apresentadas, emitindo um parecer neuropsicopedagógico.
(SBNPP- Nº 02/2017);
60
e) Isoladamente no projeto pedagógico sejam contempladas as disciplinas
que abordem os seguintes temas:
- Atuação Profissional do Neuropsicopedagogo
- Intervenção Neuropsicopedagógica
- Avaliação Neuropsicopedagógica. Parágrafo único: Os cursos à distância,
desde que autorizados pelo MEC, devem compor sua carga horária mínima
de 25% de atividades presenciais. Considerando a especificidade e
complexidade da formação do Neuropsicopedagogo, a modalidade a
distância permanecerá como alvo de estudo, submetendo a análise curricular
do curso ao Conselho de Ética e Técnico Profissional da SBNPp.
§2°. Para o perfil 02 – clínica, atendimento individual e/ou multidisciplinar:
a) Cursos com todas as prerrogativas já mencionadas dos Artigos 68º a 72º;
b) Com matriz curricular que contemple uma carga horária igual ou maior que
600 horas;
c) Em regime educação presencial;
d) Com as ementas das disciplinas e referenciadas com suas devidas
bibliografias;
e) Isoladamente no projeto pedagógico sejam contempladas disciplinas que
abordem os seguintes temas:
- Práticas Multiprofissionais em Neurociências
- Neurofarmacologia
- Atuação Profissional do Neuropsicopedagogo.
- Intervenção Neuropsicopedagógica Avaliação Neuropsicopedagógica.
f) Isoladamente no projeto pedagógico seja contemplado o projeto específico
ao longo do curso para Estágio orientado, ou supervisionado, sendo que a
carga horária mínima deve ser 20% do total da carga horária do curso.
61
SEGUE ABAIXO UM DOS MODELOS DE AVALIAÇÃO
NEUROPSICOPEDAGÓGICA:
Fonte: ticketagora.com.br
62
Não levar em conta o valor estético do desenho.
A Avaliação é feita por meio de pontos. Cada elemento encontrado
(desenhado) dá o valor de um ponto.
Material:
Um lápis jumbo sextavado
2 folhas sulfites
Papel carbono
Atenção:
A criança não poderá usar borracha;
A professora colocará no alto da folha o nome da criança, ano de
nascimento, idade em meses, exemplo (5 anos e 3 meses);
Colocar a data da atividade exemplo (17/04/2016).
2ª Parte desenho cromático
Pode-se avaliar coletivamente ou individualmente. Entrega-se a criança 1 lápis
jumbo sextavado, colocado no centro da carteira e uma folha em branco, na posição
vertical, na qual ele possa desenhar uma figura humana sem limite de tempo.
Ordene: “desenhe nesta folha usando o lápis preto, uma figura humana. Faça
da melhor maneira que puder (Elogie nesta hora, incentivando).
Pedir para criança pintar.
Material:
Um lápis jumbo sextavado
1 folha sulfite
Lápis de cor (12 cores)
Atenção:
A criança não poderá usar borracha;
A professora colocará no alto da folha o nome da criança, ano de
nascimento, idade em meses, exemplo (5 anos e 3 meses);
Colocar a data da atividade exemplo (17/04/2016).
Contagem de pontos:
1. Cabeça presente
2. Pernas presente
3. Braços presentes
4. Tronco presentes
63
5. Braços e pernas ligadas ao tronco
6. Pescoço
7. Olhos presentes
8. Orelhas
9. Nariz presente
10. Boca presente
11. Sobrancelhas
12. Cílios
13. Representação do cabelo
14. Representação de roupas
15. Desenho em transparência
16. Representação do dedo das mãos
17. Representação exata de dedos
18. Pés proporcionais em relação ao corpo
Objetivo:
Avaliar noção de Esquema e Imagem corporal
Identificar e imitar a noção da mão
Capacidade de imitar gestos simples (mãos e dedos)
Noção espacial (meio/ abaixo/ para cima, etc)
Atenção e concentração (persistência para repetir movimentos simples
e compreensão de ordens, sob modelo)
Avaliação:
Anotar a mão usada espontaneamente (D/E)?
Anotar se usou a mesma mão (D/E) do modelo.
Anotar se rotou, omitiu ou acrescentou número de dedos.
Tabela de Pontos:
Para cada acerto um ponto:
1 a 2 – orientação própria (5 e 6 anos).
1 a 4 – orientação do outro (7 e 8 anos).
1 a 9 erros – orientação em si e no espaço (9 e 11 anos)
64
Avaliação Geral:
Bom
Regular
Ruim
Fonte: brasilescola.uol.com.br
65
Fonte: smartkids.com.br
66
Equilibração – especifique sim, não e as vezes
Pula corda
Corre
Tropeça muito
Cai muito
Pula com pé só
Cai da carteira com frequência
Pula com dois pés
Pula amarelinha
Pula “mula” (brincadeira)
Salta obstáculos com dois pés, sem abri-los
Passa por baixo da corda se rastejando
Agarra bola
Sobe escadas
Anda de toque-toque
Abotoar e desabotoar
Zíper
Colchete
Cinto
Apaga luz
Fecha a torneira
Fecha a porta com trinco
Fecha a porta com chave
Faz laço
Dá nó no sapato
Calça meia
Calça sapato
Sabe se pentear
Pega colher e garfo corretamente
67
Pedir para a criança pegar o cone e olhar pelo buraco e por de volta na
mesa
Utilizou olho:
Direito ( ) Esquerdo ( )
Pedir para criança pegar a cartela e olhar pelo buraco e por de volta na mesa.
Utilizou olho:
Direito ( ) Esquerdo ( )
Pedir para a criança pegar a fechadura.
Utilizou olho direito ( ) olho esquerdo ( )
Preferência do olho: Direito ( ) Esquerdo ( )
Dominância de Pé – Rebote (bola)
Pedir para criança chutar a bola.
Utilizou perna Direita ( ) Esquerda ( )
Pedir para chutar pela segunda vez.
Direita ( ) Esquerda ( )
Pela terceira vez.
Direta ( ) Esquerda ( )
Preferência de pé: Direito ( ) Esquerdo ( )
Conduta da professora (o): eu vou jogar a bola e antes dela chegar aos seus
pés, você vai chutá-la para frente.
Caixa de Texturas
Macio
Áspero
Duro
Enrugado
Sons
Conduta da professora: A criança sentada em uma cadeira e a professora
deverá ficar atrás dela com espaçamento de mais ou menos um metro e começar com
os sons.
A criança localiza o som do apito: sim ( ) não ( )
Palmas sim ( ) não ( )
Pés sim ( ) não ( )
Palavras (cadeado / tatu / patada) sim ( ) não ( )
68
Análise Síntese (quebra cabeça de 10 peças)
Fonte: elo7.com.br
Escrita
Recorte
Cone
Rebote
Pé em linha
Textura
Cores
primária
69
Analise-
síntese
Sons
Fonte: br.pinterest.com
7 AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Coordenação grafomotora
70
Faça cópia idêntica das seguintes figuras:
Faça uma cruz nos lápis que estão dentro do retângulo e circule os que
estão fora:
71
Circule onde há muitas moedas e faça uma cruz onde há poucas moedas:
72
Discriminação de cores primárias. Circule a bola vermelha, faça uma cruz
na bola azul e faça um risco na bola amarela:
59 – 64 – 23 – 38 – 64 – 95
Circule uma dúzia de estrelas: Acima de 7, 8 anos:
73
74
Fonte: atividadesprofessores.com.br
75
Circule uma dezena de flores: Acima de 7 anos
Era uma vez um peixinho muito vivo e esperto que se chamava Pulinho. Seu
passatempo preferido era ficar dando pulinhos de um lado para outro no riacho. Um
dia Pulinho avistou uma caixa de tintas no fundo do rio que havia caído do bolso de
um pintor.
76
Que lindas tintas! Azul, verde, vermelho, amarelo, roxo... O que fez Pulinho?
Passou o pincel com as tintas nas suas escamas e virou um peixe colorido...
Compreensão do texto – oral
Sinônimo / Antônimo
77
8 BIBLIOGRAFIA
79