Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) - Artigo
Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) - Artigo
Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) - Artigo
Marco Antônio de Oliveira Viu1, Luzia Renata Oliveira Dias2, Dyomar Toledo
Lopes1, Alessandra Feijó Marcondes Viu1, Henrique Trevizoli Ferraz1
1
Professores da Universidade Federal de Goiás – UFG. e-mail:
marcoviu@yahoo.com.br
2
Médica Veterinária Residente do Laboratório de Fisiopatologia da Reprodução
Animal, UFG/CAJ
Resumo
A rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) é uma infecção específica dos bovinos
provocada pelo herpes-vírus. Esta enfermidade provoca impacto econômico
negativo sobre o sistema de produção de bovinos, advindo do retardo do
crescimento de animais jovens, da redução da produção leiteira, da
mortalidade embrionária e do abortamento, com maior frequência no segundo
ou terceiro trimestres de gestação. Há disseminação do herpes-vírus bovino
tipo 1 (HVB-1) por todas as regiões do Brasil, atingindo elevados índices de
infecção nos rebanhos. Esta revisão pretende reunir e abordar os principais
aspectos dessa enfermidade, com o intuito de alertar os profissionais para a
realização de um controle efetivo e de programas de prevenção eficientes,
evitando-se a propagação desta doença nos rebanhos bovinos.
Palavras-chave: abortos, IBR, reprodução, sanidade
VIU, M.A.O. et al. Rinotraqueíte infecciosa bovina: revisão. PUBVET, Londrina, V. 8, N. 4, Ed.
253, Art. 1678, Fevereiro, 2014.
Abstract
The infectious bovine rhinotracheitis (IBR) is a specific infection, caused by
herpes viruses. This disease causes a negative economic impact in cattle
production system resultant of the growth retardation of young animals, less
dairy production, embryonic and fetal death, and abortion more frequent in the
second or third trimester of pregnancy. There is spread of type 1 bovine
herpes virus (HVB-1) for all regions of Brazil, reaching high infection rates in
herds. This review aimed to point the main aspects of this disease, in order to
alert professionals about the importance of performing an effective control
and implement prevention programs, preventing the spread of the disease in
cattle herds.
Keywords: abortions, IBR, reproductive diseases, sanity
INTRODUÇÃO
Dentre as enfermidades de grande importância na Medicina
Veterinária está a rinotraqueíte infecciosa bovina, causada pelo herpes-vírus
bovino tipo 1 (BoHV-1), responsável por consideráveis perdas econômicas em
todo o mundo. A doença pode acometer os tratos respiratório e genital dos
bovinos sendo também associada a meningoencefalite. O vírus tem sido
associado a falhas reprodutivas como, por exemplo, a morte embrionária
precoce e abortos, que provavelmente representam as perdas mais
significativas ligadas ao patógeno (OLIVEIRA et al., 2011).
A doença apresenta forma respiratória, incluindo tosse, corrimento
nasal e conjuntivite. Os sinais clínicos podem variar de leve a grave, de acordo
com a presença de pneumonia bacteriana secundária e desenvolvimento da
dispneia. Na ausência de pneumonia bacteriana, a recuperação ocorre
geralmente de 4 a 5 dias após o início dos sinais. Uma vez que a latência do
vírus é considerada uma sequela normal da infecção pelo mesmo e a resposta
de anticorpos após a infecção é duradoura, qualquer animal soropositivo deve
VIU, M.A.O. et al. Rinotraqueíte infecciosa bovina: revisão. PUBVET, Londrina, V. 8, N. 4, Ed.
253, Art. 1678, Fevereiro, 2014.
Etiologia
A rinotraqueíte infecciosa bovina e a vulvovaginite pustular infecciosa
(IBR/VIP) são infecções específicas dos bovinos, provocadas pelo BoHV-1, um
DNAvírus da família Herpesviridae, subfamília Alphaherpesviridae, gênero
Varicellovirus, que pode ser diferenciado em subtipos 1.1, 1.2a e 1.2b,
possuindo duas cepas diferentes (1 e 2). O subtipo BoHV-1.1 é mais virulento
que o BoHV-1.2. O genoma viral consiste de DNA de cadeia dupla que codifica
cerca de 70 proteínas, das quais 33 são estruturais e mais de 15 não-
estruturais. Glicoproteínas virais, localizadas no envelope sobre a superfície do
vírion, desempenham papel importante na patogenia e imunidade (THIRY et
al., 2008; OIE, 2012).
Segundo FLORES (2007), o BoHV-1.1 relaciona-se aos quadros com
sintomatologia respiratória e problemas reprodutivos, como infertilidade e
abortamentos. O subtipo BoHV-1.2a associa-se a várias manifestações clínicas,
que incluem transtornos reprodutivos (abortamento), doenças do trato genital
e problemas respiratórios. Já o BoHV-1.2b manifesta episódios de doença
respiratória leve, VIP e balanopostite infecciosa pustular (IBP), sendo que a
ocorrência de abortamentos nunca foi associada a este genótipo.
VIU, M.A.O. et al. Rinotraqueíte infecciosa bovina: revisão. PUBVET, Londrina, V. 8, N. 4, Ed.
253, Art. 1678, Fevereiro, 2014.
Epidemiologia
O BoHV-1 está disseminado por todas as regiões do Brasil, resultando
em elevados índices de infecção nos rebanhos (BEZERRA et al., 2012).
VIEIRA et al. (2003) e BARBOSA et al. (2005) observaram
soropositividade de 83 e 51,9%, respectivamente, nos rebanhos na região
Centro-Oeste. Já na região Nordeste, foram relatadas prevalências de
anticorpos que variam entre 56 e 96% (SILVA et al., 1995; MELO et al., 1997;
CERQUEIRA et al., 2000; SOUSA et al., 2011). MELO et al. (2002)
demonstraram a ocorrência de anticorpos contra HBV-1 de 14,2 a 87,3% em
Minas Gerais. Na região Sul, foram encontradas variações de 18,8 e 64,41%
de animais reagentes para BoHV-1 (LOVATO et al., 1995; VIDOR et al., 1995;
MÉDICI et al., 2000; DIAS et al., 2008).
VIU, M.A.O. et al. Rinotraqueíte infecciosa bovina: revisão. PUBVET, Londrina, V. 8, N. 4, Ed.
253, Art. 1678, Fevereiro, 2014.
Patogenia
A replicação do vírus ocorre nas células epiteliais da mucosa
respiratória, conjuntival e genital. Pode ocorrer disseminação por via
sanguínea, nervosa ou tecidual (célula-célula), sendo que nas terminações
nervosas fica latente nos gânglios. Por reativação, o vírus restabelece o ciclo
lítico de replicação (ROCHA et al., 1999).
Segundo RADOSTITS et al. (2002), o BoHV-1 infecta as cavidades
nasais e o trato respiratório superior, resultando em rinite, laringite e
traqueíte. A tonsila faríngea é prontamente infectada. Há extensa perda de
cílios na traqueia, deixando o epitélio traqueal recoberto por microvilosidades.
A disseminação a partir das cavidades nasais para os tecidos oculares
provavelmente ocorre por meio dos ductos lacrimais e causa conjuntivite com
edema e tumefação da conjuntiva, formação de placa multifocal nas
conjuntivas, edema corneal periférico e vascularização profunda.
O vírus pode entrar nos tecidos do cérebro a partir da mucosa nasal
por meio do nervo trigêmeo, causando meningoencefalite. Além disso pode,
ocasionalmente, causar uma forma sistêmica de doença com alta taxa de
mortalidade em bezerros jovens (ACKERMANN & ENGELS, 2006).
De acordo com NANDI et al. (2009), a viremia pelo BoHV-1 pode
apenas ser demonstrada. NYAGA & MCKERCHER (1980) observaram em
exames in vitro que o vírus pode infectar monócitos do sangue, onde a
replicação do vírus e sua liberação são limitadas. Além disso, o BoHV-1 é capaz
de adsorver linfócitos, que também podem servir como veículos, pelo menos
desde que anticorpos neutralizantes não estejam presentes. Ainda segundo
estes autores, em infecções por Alphaherpesvirus, a propagação sistêmica é
conseguida pela invasão dos gânglios linfáticos e vasos linfáticos, seguido por
linfócitos associados à viremia. Segundo ENGELS & ACKERMANN (1996),
durante a replicação inicial na porta de entrada o herpes-vírus pode entrar nos
axônios das células nervosas locais. Então, por transporte intra-axonal, os
vírus atingem os corpos de neurônios nos gânglios regionais, onde a latência
pode ser estabelecida.
VIU, M.A.O. et al. Rinotraqueíte infecciosa bovina: revisão. PUBVET, Londrina, V. 8, N. 4, Ed.
253, Art. 1678, Fevereiro, 2014.
Aborto pós-vacinação
A transmissão iatrogênica ocorre pela infecção de bovinos pelo uso
incorreto de vacinas atenuadas. O bovino se infecta e desenvolve infecção
latente, aborto (no caso de vacinação de vacas em gestação) e liberação de
partículas virais infectantes no meio ambiente. Exceção a este tipo de vacina é
a produzida com amostras de vírus mutantes termossensíveis, que não
conseguem estabelecer infecção persistente nos animais vacinados, não
causam aborto e nem liberação viral no meio ambiente (HIRSCH &
FIGUEIREDO, 2006).
Redução da fertilidade
A introdução do BoHV-1 em rebanhos causa importantes prejuízos na
eficiência reprodutiva dos animais, podendo ser notados através do
comprometimento dos indicativos da eficiência reprodutiva, tais como o
intervalo de partos, número de doses de sêmen utilizadas na IA, número de
serviços por concepção, taxa de concepção, taxa de mortalidade embrionária
precoce ou tardia, porcentagem de abortos, natimortos e mortalidade
neonatal, peso ao nascer e frequência de endometrites (TAKIUCHI et al.,
2001; GAY & BARNOUIN, 2009).
Segundo FLORES (2007), durante um surto até 25% das matrizes
gestantes podem abortar, afirmando que o maior prejuízo ocorre na esfera
reprodutiva.
VIU, M.A.O. et al. Rinotraqueíte infecciosa bovina: revisão. PUBVET, Londrina, V. 8, N. 4, Ed.
253, Art. 1678, Fevereiro, 2014.
Sinais Clínicos
Quando a doença é introduzida no rebanho observam-se febre,
secreção serosa ocular e nasal, salivação, anorexia e hiperemia da mucosa
nasal 10 a 20 dias pós-infecção. Há diminuição da produção de leite,
tendendo-se a agravar com secreção nasal mucopurulenta, respiração bucal,
pescoço estendido, dispneia e, em alguns casos, até morte súbita. Tosse,
rinite, estomatite erosiva, traqueíte, faringite e laringite são outros sinais da
forma respiratória da doença. Devido às erosões do epitélio no focinho do
bovino pode-se observar a narina dos animais com coloração avermelhada
(GIOSO et al., 2009).
Segundo HIRSCH & FIGUEIREDO (2006), os sinais clínicos
reprodutivos incluem abortamento entre o quinto e oitavo mês de gestação,
VIU, M.A.O. et al. Rinotraqueíte infecciosa bovina: revisão. PUBVET, Londrina, V. 8, N. 4, Ed.
253, Art. 1678, Fevereiro, 2014.
Diagnóstico
O histórico sanitário do rebanho é de fundamental importância na
elaboração do diagnóstico. Porém, somente com o apoio de métodos
laboratoriais o diagnóstico do BoHV-1 é conclusivo (TAKIUCHI et al., 2001).
O isolamento viral em cultivo celular é considerado o teste padrão
para a identificação de BoHV-1. O diagnóstico pode ser realizado a partir de
swabs de secreções nasais, oculares e genitais, além de sêmen e tecidos de
fetos abortados e anexos fetais (OIE, 2009). Além disso, pode ser feito por
meio de amostras sorológicas, como na soroneutralização viral e ELISA
(PARREÑO et al., 2010; BASHIR et al., 2011).
De acordo com DEKA et al. (2005), outra técnica utilizada é a PCR
(reação da polimerase em cadeia), podendo consistir na identificação de
animais positivos durante a forma latente da infecção. SILVA et al. (2009)
identificaram, em amostras de tecido fetal, diferentes agentes etiológicos
causadores de abortamentos, incluindo BoHV-1.
A PCR real time, nested, semi-nested e Multiplex são variações do
PCR e mostram-se apropriadas para a identificação de DNA viral. A Multiplex é
utilizada para diagnóstico diferencial de encefalites bovinas provocadas por
BoHV-1 e herpes vírus bovino 5 (BoHV-5) (TAKIUCHI et al., 2003; FONSECA
JÚNIOR et al., 2011).
VIU, M.A.O. et al. Rinotraqueíte infecciosa bovina: revisão. PUBVET, Londrina, V. 8, N. 4, Ed.
253, Art. 1678, Fevereiro, 2014.
Diagnóstico diferencial
Segundo PITUCO (2009), várias enfermidades podem ser confundidas
com a IBR/VIP, as quais podem acometer o sistema respiratório e reprodutivo
de bovinos. Dentre essas estão a brucelose, leptospirose, campilobacteriose,
clamidofilose, micoplasmose, ureaplasmose, diarreia viral bovina, neosporose,
pasteurelose, vírus sincicial respiratório, parainfluenza 3 e língua azul. A
relação das causas de aborto em bovinos para diagnóstico diferencial da IBR
são apresentadas no Quadro 1.
Prognóstico e terapêutica
Devido à baixa mortalidade nos casos respiratórios o prognóstico é
favorável (HAMZÉ et al., 2011).
VIU, M.A.O. et al. Rinotraqueíte infecciosa bovina: revisão. PUBVET, Londrina, V. 8, N. 4, Ed.
253, Art. 1678, Fevereiro, 2014.
Controle
A erradicação da IBR sempre abrange a destruição de grande número
de animais saudáveis, soropositivos, que são considerados como reservatório
do vírus, por serem persistentemente infectados, uma vez que, apesar dos
animais apresentarem resposta imunitária acentuada, o vírus não é eliminado
do hospedeiro infectado após sua recuperação, estabelecendo ao longo da vida
latência nos gânglios setoriais, podendo ser reativado (CASTRUCCI et al.,
2002; ACKERMANN & ENGELS, 2006). PATEL (2005) ressaltou que dessa
maneira a erradicação da enfermidade torna-se economicamente inviável em
vista do grande custo envolvido no descarte dos animais. Assim, o autor
destacou que a imunização do rebanho é a medida eficaz para evitar as perdas
econômicas sobrevindas da manifestação clínica da doença.
De acordo com FRANCO & ROEHE (2007), podem ser adotadas duas
estratégias de controle baseadas no histórico clínico e situação epidemiológica,
com ou sem vacinação. Recomenda-se programar a vacinação em rebanhos
com histórico comprovado de infecção; com sorologia elevada; sistemas de
recria e confinamento, os quais reúnem novilhos de várias procedências; e em
propriedades com alta rotatividade de animais. Já em rebanhos sem histórico
clínico da doença e sem problemas reprodutivos, pode-se mantê-los sem
vacinação, mas deve ser feito o monitoramento contínuo dos parâmetros
clínicos e produtivos.
Há cinco tipos de vacinas contra IBR no mercado: inativada;
atenuada convencional; atenuada termossensível; com vírus marcado; e
recombinante (MUYLKENS et al., 2007). Segundo PITUCO (2009), vacinas
atenuadas e inativadas previnem o desenvolvimento de sinais clínicos e
VIU, M.A.O. et al. Rinotraqueíte infecciosa bovina: revisão. PUBVET, Londrina, V. 8, N. 4, Ed.
253, Art. 1678, Fevereiro, 2014.
al. (2001) afirmaram que as vacinas inativadas não demonstraram ser efetivas
na prevenção da infecção primária de bezerros amamentados com colostro de
vacas imunizadas durante a gestação.
WEISS et al. (2010) demonstraram que a vacinação intravaginal com
a cepa de BoHV-1.2 recombinante SV265gE (106,9TCID50) se mostrou efetiva
na redução da severidade e na duração da sintomatologia clínica, bem como
no período de excreção viral.
Apesar de a Europa ter uma longa história de luta contra infecções
pelo BoHV-1, apenas um pequeno número de países têm alcançado o objetivo
de erradicação da IBR (ACKERMANN & ENGELS, 2006). Para um controle
efetivo da doença no rebanho, além da vacinação deve ser feita a identificação
dos animais reservatórios, controle da qualidade do sêmen utilizado, utilização
de touros não reagentes, monitoração sorológica, manutenção de boa
imunidade dos animais e a quarentena de animais recém adquiridos antes da
introdução destes no rebanho (LAMBERTO, 2003).
Dentre as vacinas com vírus inativado ou termossensível está a
Supravac 10® (fabricada pela Vencofarma), indicada contra a rinotraqueíte
infecciosa, diarreia viral, vírus respiratório sincicial, parainfluenza,
leptospiroses e pasteurelose bovinas, devendo ser conservada em temperatura
de 2°C a 8°C, até o momento da aplicação. De acordo com o fabricante deve
ser administrada a dose de 5 mL via subcutânea em animais primovacinados,
repetindo-se a dose após 30 dias. Ainda deve-se revacinar os animais
semestralmente em dose única. A primeira dose em bezerros deve ser feita
aos 4 meses. A imunidade se efetivará 21 dias após a última revacinação.
A vacina IBR/BVD® (fabricada pela Hertape Calier) compõe-se do
vírus da IBR/VIP (IBR colorado), vírus da diarreia viral bovina (BVD-NADL e
BVD-Nova Iorque). O fabricante recomenda a vacinação de bovinos sadios a
partir dos seis meses de idade. Deve-se aplicar, via subcutânea, 5 mL da
vacina e 28 dias após realizar uma 2ª dose de 5 mL. Então deve-se proceder a
revacinação desses animais aos 18 meses ou antes da cobertura, revacinando
anualmente, independentemente da massa corpórea ou sexo do animal.
VIU, M.A.O. et al. Rinotraqueíte infecciosa bovina: revisão. PUBVET, Londrina, V. 8, N. 4, Ed.
253, Art. 1678, Fevereiro, 2014.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A enfermidade aqui abordada interfere de forma clara na eficiência
reprodutiva dos rebanhos bovinos, gerando grandes perdas econômicas.
Portanto é de extrema importância que medidas efetivas de controle sejam
realizadas, através da vacinação e a adequação de programas de
biossegurança nas propriedades onde estas são detectadas.
Tem-se visto que a maioria dos produtores de bovinos não têm o
costume de vacinar seus rebanhos contra a IBR. Assim, é incontestável a
necessidade de conscientização dos mesmos por meio dos profissionais que
acompanham essas propriedades, visando a implantação de um programa de
vacinação não obrigatório como o da brucelose, mas com a mesma
importância.
REFERÊNCIAS
ALY, N. M.; SHEHAB, G. G.; EIRAHIM, I. H. A. Bovine viral diarrhea, bovine herpes-virus and
parainfluenza-3 virus infection in three cattle herds in Egypt in 2000. Review Science
Technology Off International Epizootic, Cairo, v. 22, n. 3, p. 879-892, 2003.
BEZERRA, D. C.; CHAVES, N. P.; SOUSA, V. E.; SANTOS, H. P.; PEREIRA, H. M. Fatores de
risco associados à infecção pelo herpesvírus bovino tipo 1 em rebanhos bovinos leiteiros da
região amazônica maranhense. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.79, n.1,
p.107-111, 2012.
CASTRUCCI, G.; FRIGERI, F.; SALVATORI, D.; FERRARI, M.; SARDONINI, Q.; CASSAI, E.; LO
DICO, M.; ROTOLA, A.; ANGELINI, R.; Vaccination of calves against bovine herpesvirus-1:
assessment of the protective value of eight vaccines. Comparative immunology,
microbiology and infectious diseases, Oxford, v. 25, n. 1, p. 29–41, 2002.
CERQUEIRA, R. B.; CARMINATI, R.; SILVA, J. M.; SOARES, G. C.; MEYER, R.; SARDI, S.
Serological survey for bovine herpesvirus 1 in cattle from different regions in the state of
Bahia, Brazil. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v. 37, n.6,
p. 1-5, 2000.
COLODEL, E.M.; NAKAZATO, L.; WEIBLEN, R.; MELLO, R.M.; SILVA, R.R.P.; SOUZA, M.A.;
OLIVEIRA FILHO, J.A.; CARON, L. Meningoencefalite necrosante em bovinos causada por
herpesvírus bovino no Estado de Mato Grosso, Brasil. Ciência Rural, Santa Maria, v.32, n.2,
p.293-298, 2002.
DEKA, D.; MAITI, N. K.; OBEROI, M. S. Detection of bovine herpesvirus-1 infection in breeding
bull semen by virus isolation and polymerase chain reaction. Review Science Technology
Off International Epizootic, Cairo, v.24, n. 1, p.1085-1094, 2005.
DIAS, J. A.; ALFIERI, A. A.; MÉDICI, K. C.; FREITAS, J. C.; NETO, J. S. F.; MULLER, E. E.
Fatores de risco associados à infecção pelo herpesvírus bovino 1 em rebanhos bovinos da
região Oeste do Estado do Paraná. Pesquisa Veterinária Brasileira, Rio de Janeiro, v.28,
p.161-168, 2008.
FEED & FOOD. Primeira vacina contra abortos IBR e BVD. Revista Feed & Food. 2012.
Disponível em: http://www.feedfood.com.br/primeira-vacina-contra-abortos-por-ibr-e-bvd/.
Acessado em 10/02/2013.
FONSECA JÚNIOR, A. A.; COSTA, E. A.; OLIVEIRA, T. S.; SALES, E. B.; SALES, M. L.; LEITE, R.
C.; HENEIMANN, M. B.; REIS, J. K. P. PCR Multiplex para detecção dos principais herpesvírus
neurológicos de ruminantes. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo
Horizonte, v.63, n.6, p. 1405-1413, 2011.
FORTUNATO, M.; GUEREIRO, D. S.; STILWELL, G. Neospora caninum como causa de aborto
bovino em explorações leiteiras. Revista Vaca Leiteira, Lisboa, v. 18, n. 111, p. 64-68,
2010.
FRANCO, A. C.; ROEHE, P. M. Herpesviridae,. In: Flores E.F., Virologia Veterinária. Editora
UFSM, Santa Maria, 2007, p.433-488.
GAY, E.; BARNOUIN, J. A nation-wide epidemiological study of acute bovine respiratory disease
in France. Pesquisa Veterinária Brasileira, Rio de Janeiro, v.89, n, 3-4, p.265-271, 2009.
HENZEL, A.; DIEL, D. G.; ARENHART, S.; VOGEL, F. S. F.; WEIBELN, R.; FLORES, E. F.
Aspectos virológicos e clínicopatológicos da infecção genital aguda e latente pelo herpesvírus
bovino tipo 1.2 em bezerras experimentalmente infectadas. Pesquisa Veterinária Brasileira,
Rio de Janeiro, v.28, n. 3, p.140-148, 2008.
HUCK, R. A.; MILLAR, P.G., EVANS, D.H.; STABLES, J.W.; ROSS, A. Penoposthitis associated
with infectious bovine rhinotracheitisinfectious pustular vulvovaginitis (I.B.R-I.P.V.) virus in a
stud of bulls. Veterinary Record, London, v. 88, n. 12, p. 292-297, 1971.
JONES, C.; CHOWDHURY, S. A review of the biology of bovine herpesvirus type 1 (BoHV-1), its
role as a cofactor in the bovine respiratory disease complex and development of improved
vaccines. Animal Health Research Reviews, v. 8, n. 2, p. 187–205. 2008.
KARGER, A.; SAALMIILLER, A.; TUFARO, F.; BANFIELD, B. W.; METTENLEITER, T. C. Cell
surface proteoglycans are not essential for infection by pseudo-rabies virus. Journal of
Virology, Washington, v. 69, n. 6, p. 3482–3489, 1995.
LATA JAIN, V.; KANANI, A. N.; PATEL, T. J.; PUROHIT, J. H.; JHALA, M. K.; JOSHI, C. G.;
CHANDEL, B. S.; CHAUHAN, H. C. Detection of bovine herpesvirus 1 (BHV-1) infection in
semen of breeding bulls of Gujarat by a direct fluorescence test. Buffalo Bulletin, Bangkok,
v.27, n. 2, p.202-206, 2008.
MELO, C. B.; LOBATO, Z. I. P.; CAMARGOS, M. F.; SOUZA, G. N.; MARTINS, N. R. S.; LEITE,
R. C. Distribuição de herpesvírus bovino tipo 1 em rebanhos bovinos. Arquivo Brasileiro de
Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte, v.54, n. 6, p.575-580, 2002.
MUYLKENS, B.; THIRY, J.; KIRTEN, P.; SCHINTS, F.; THIRY, E. Bovine herpes-virus 1 infection
and infectious bovine rhinotracheitis. Veterinary Research, Les Ulis, v. 38, n. 2, p. 181–
209, 2007.
NANDI, S.; KUMAR, M.; MANOHAR, M.; CHAUHAN, R. S. Bovine herpes virus infections in
cattle. Animal Health Research Reviews, v. 10, n. 1, p. 85–98, 2009.
NARDELLI, S.; FARINA, G.; LUCCHINI, R.; VALORZ, C.; MORESCO, A.; DAL ZOTTO, R;
COSTANZI, C. Dynamics of infection and immunity in a dairy cattle population undergoing an
eradication programme for Infectious Bovine Rhinotracheitis (IBR). Preventive Veterinary
Medicine, Amsterdam, v. 85, n. 1, p. 68–80, 2008.
OIE, World Organisation for Animal Health. Manual of diagnostic tests and vaccines for
terrestrial animals. 2009. Disponível em: <http://www.oie.int/international-standard-
setting/terrestrial-manual/access-online/> Acesso em: 20 fev. 2013.
PARREÑO, V.; ROMERA, S. A.; MAKEK, L.; RODRIGUEZ, D.; MALAAR, D.; MAIDANA, S.;
COMPAIRED, D.; COMBESSIES, G.; VENA, M. M.; GARAICOECHEA, L.; WIGDOROVITZ, A.;
MARANGUNICH, L.; FERNANDEZ, F. Validation of an indirect ELISA to detect antibodies against
BoHV-1 in bovine and Guinea-pig serum samples using ISO/IEC 17025 standards. The
Journal of Virological Methods, Amsterdam, v.169, n. 1, p.143-153, 2010.
PITUCO, E.M. Aspectos clínicos, prevenção e controle da IBR. São Paulo: Centro de
pesquisa e desenvolvimento de sanidade animal, 2009. (Instituto Biológico. Comunicado
Técnico, n. 94).
SILVA, F. F.; CASTRO, R. S.; MELO, L. E. H.; ABREU, S. R. O.; MUNIZ, A. M. M. Anticorpos
neutralizantes contra o HVB-1 em bovinos do Estado de Pernambuco. Arquivo Brasileiro de
Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte, v. 47, n. 4, p.597-599, 1995.
SILVA, M. S.; BRUM, M. C. S.; LORETO, E. L. S.; WEIBLEN, R.; FLORES, E. F. Molecular and
antigenic characterization of Brazilian bovine herpesvirus type 1 isolates recovered from the
brain of cattle with neurological disease. Virus Research, Amsterdam, v. 129, n. 2, p. 191–
199, 2007.
SILVA, T. M. A.; OLIVEIRA, R. G.; MOL, J. P. S.; XAVIER, M. N.; PAIXÃO, T. A.; CORTEZ, A.;
HEINEMANN, M. B.; RICHTZENHAIN, L. J.; LAGE, A. P.; SANTOS, R. L. Diagnóstico etiológico
de aborto infeccioso bovino por PCR. Ciência Rural, Santa Maria, v.39, n. 9, p.2563-2570,
2009.
SOUSA, V. E.; FREITAS, E. J. P.; SÁ, J. S.; BEZERRA, D. C.; BEZERRA, N. P. C.; SANTOS, H.
P.; PEREIRA, H. M. Frequência de anticorpos contra Herpesvírus Bovino tipo 1 (BoHV-1) em
bovinos não vacinados da Bacia Leiteira de Imperatriz-MA, Brasil. Arquivo Brasileiro de
Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte, v.35, n. 1, p.775-778, 2011.
TAKIUCHI, E.; ALFIERI, A. F.; ALFIERI, A. A. Herpes-vírus bovino tipo 1: Tópicos sobre a
infecção e métodos de diagnostico. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 22, n. 2, p. 203-
209, 2001.
TAKIUCHI, E.; MÉDICI, K. C.; ALFIERI, A. F.; ALFIERI, A. A. Otimização da reação em cadeia
pela polimerase (Semi Nested-PCR) para a detecção do herpesvírus bovino tipo 1 em
fragmentos de órgãos fetais e em semen de bovinos naturalmente infectados. Semina:
Ciências Agrárias, v.24, n. 1, p.43-56, 2003.
THIRY, J.; SAEGERMAN, C.; CHARTIER, C.; MERCIER, P.; KEUSER, V.; THIRY, E. Serological
evidence of caprine herpesvirus 1 infection in Mediterranean France. Veterinary
Microbiology, Amsterdam, v. 128, n. 3–4, p. 261–268. 2008.
VAN OIRSCHOT, J. T.; BRUSCHKE, C. J.; VAN RIJN, P. A. Vaccination of cattle against bovine
viral diarrhea. Veterinary Microbiology, Amsterdam, v.64, n. 2-3, p. 169-183, 1999.
VIDOR, T.; HALFEN, D. C.; LEITE, T. E.; COSWIG, L. T. Herpes Bovino Tipo 1 (BHV 1). I.
Sorologia de rebanhos com problemas reprodutivos. Ciência Rural, Santa Maria, v.25, n. 3,
p.421-424, 1995.
VIEIRA, S.; BRITO, W. M. E. D.; SOUZA, W. J.; ALFAIA, B. T.; LINHARES, D. C. L. Anticorpos
para o herpesvírus bovino 1(BHV-1) em bovinos do Estado de Goiás. Ciência Animal
Brasileira, Goiânia, v.4, n.2, p.131-137, 2003.
WEISS, M.; VOGEL, F. S. F.; MARTINS, M.; WEINBLEN, R.; ROEHE, P. M.; FRANCO, A. C.;
FLORES, E. F. Imunização genital de bezerras com uma cepa recombinante do herpesvírus
bovino tipo 1 defectiva naglicoproteína E confere proteção frente a desafio com um isolado
virulento. Pesquisa Veterinária Brasileira, Rio de Janeiro, v.30, n. 1, p.42-50, 2010.
WINKLER, M. T. C.; DOSTER, A.; JONES, C. Persistence and reactivation of bovine herpesvirus
1 in the tonsils of latently infected calves. Journal of Virology, Washington, v. 74, n. 11, p.
5337– 5346, 2000.