Manual Operacional CEP
Manual Operacional CEP
Manual Operacional CEP
Brasília – DF
2007
© 2002 Ministério da Saúde.
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a fonte e não seja para venda ou qualquer fim comercial.
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em Saúde do Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs
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Tiragem: 4.ª edição revista e atualizada – 1.ª reimpressão – 2007 – 500 exemplares
Esta obra foi parcialmente financiada no âmbito da Assistência Preparatória para o Desenvolvimento
de Ações de Ciência e Tecnologia em Saúde – Projeto de Cooperação Técnica 914BRZ038 entre
a Unesco e o Ministério da Saúde/Secretaria de Políticas de Saúde/Departamento de Ciência e
Tecnologia em Saúde.
Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.
Manual operacional para comitês de ética em pesquisa / Ministério da Saúde, Conselho
Nacional de Saúde, Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. – 4. ed. rev. atual. – Brasília:
Editora do Ministério da Saúde, 2007.
138 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Série CNS Cadernos Técnicos)
ISBN 85-334-1057-3
EDITORA MS
Documentação e Informação
SIA, trecho 4, lotes 540/610
Equipe técnica:
CEP: 71200-040, Brasília – DF
Normalização: Gabriela Leitão
Tels.: (61) 3233-1774/2020 Fax: (61) 3233-9558 Revisão: Lilian Assunção
E-mail: editora.ms@saude.gov.br Capa: Sérgio Ferreira
Home page: http://www.saude.gov.br/editora Diagramação: Sérgio Ferreira
SUMÁRIO
Apresentação ....................................................................................................... 5
Introdução ............................................................................................................ 7
2 Implantação do CEP................................................................................. 13
2.1 A escolha dos membros do CEP ...................................................... 13
2.2 Representantes dos usuários ........................................................... 14
2.3 Treinamento inicial dos membros do CEP ........................................ 15
2.4 Promoção da formação continuada dos membros do CEP .............. 15
2.5 Manutenção e financiamento do CEP............................................... 15
4 O papel do relator..................................................................................... 21
Anexos................................................................................................................57
Anexo A – Fluxograma de tramitação de projetos de pesquisa envolvendo seres
humanos, de acordo com as resoluções do Conselho
Nacional de Saúde ............................................................................. 59
Anexo B – Folha de rosto .................................................................................... 60
Anexo C – Lista de checagem............................................................................. 62
Anexo D – Orientações ao pesquisador a serem anexadas ao parecer
consubstanciado do CEP................................................................... 64
Anexo E – Terminologia para interrupções do projeto de pesquisa .................... 65
Anexo F – Formulário para registro e atualização de CEP ................................. 66
Anexo G – Orientações sobre instrução do protocolo de pesquisa para
avaliação ética ..................................................................................69
Glossário ............................................................................................................72
5
INTRODUÇÃO
7
Já no início da década de 80, persistindo a identificação de problemas
éticos nas pesquisas biomédicas e de comportamento, a Organização Mundial
da Saúde, em conjunto com os Conselhos Científicos das organizações médicas,
publicou as “Diretrizes Internacionais”. Trata-se de mais um documento, de valor
internacional, elaborado por médicos e dirigido, agora, à área biomédica e não
apenas médica.
Vale lembrar, a propósito, que a Resolução n.º 1/88 assumia haver paralelismo
direto entre nível de pesquisa e adequação ética, ao estipular os “privilégios” para
as pesquisas realizadas em Centros de Pós-Graduação com “Conceito A pela
Capes”. Na realidade, a experiência mundial, lamentavelmente não consagra esse
ponto de vista.
8
Os documentos internacionais foram elaborados por médicos e se preocupam
com as pesquisas na área médica ou quando muito biomédicas.
9
1 COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA (CEP)
1.1 Definição
1.2 Papel
Desta maneira e de acordo com a Res. CNS n.º 196/96, “toda pesquisa envol-
vendo seres humanos deverá ser submetida à apreciação de um Comitê de Ética
em Pesquisa” e cabe à instituição onde se realizam pesquisas a constituição do
CEP.
11
1.3 Abrangência
12
2 IMPLANTAÇÃO DO CEP
Cada CEP deve elaborar e aprovar seu Regimento Interno com as regras
de funcionamento.
De acordo com a Res. CNS n.º 196/96, o CEP deve ser constituído por
um colegiado com número não inferior a sete membros. Deve ser multidiscipli-
nar, multiprofissional, com profissionais da área da Saúde, das Ciências Exatas,
Sociais e Humanas, incluindo, por exemplo, juristas, teólogos, sociólogos, filóso-
fos, pessoas que se dediquem ao estudo da bioética e, pelo menos, um membro
representante dos usuários da instituição. Deve haver distribuição balanceada de
gênero (homens e mulheres) na sua composição, não devendo também ter mais
que a metade de seus membros pertencentes à mesma categoria profissional.
13
A participação é voluntária; as formas de eleição pelos pares de metade
de seus membros com experiência em pesquisa e a escolha de outros membros
dependerão das normas da instituição. De todo modo, o processo deve ser trans-
parente e claramente divulgado, visando a obter a legitimidade necessária ao CEP
para que haja o devido respeito às suas decisões.
Podem ser convidadas pessoas de fora da instituição, com perfil que contri-
bua para o alcance do caráter multidisciplinar recomendado (por exemplo, para ins-
tituições de saúde, os membros externos podem ser juristas, teólogos, sociólogos,
filósofos, bioeticistas, pessoas da área de direitos humanos, etc.) além do repre-
sentante de usuários, para participarem como membros efetivos. Para situações
especiais, podem ser convidados consultores ad hoc sempre que necessário.
14
estudo da ética na pesquisa e na defesa dos direitos dos cidadãos e usuários de
serviços, sendo capaz de contribuir nas discussões dos protocolos específicos,
representando os interesses e preocupações da comunidade e sociedade local.
O CEP deve realizar seminários, pelo menos anuais, para discutir os diver-
sos aspectos éticos das pesquisas. Além disso, deve ser incentivada a utiliza-
ção de meios eletrônicos (página eletrônica, grupos de discussão, divulgação de
bibliografias) para troca de experiências entre os membros de diferentes CEPs e
Coneps, além de obtenção e leitura de bibliografia atualizada sobre o tema. Final-
mente, deve-se lembrar que a atividade permanente de avaliação de protocolos
se constitui no melhor meio para formação contínua dos membros de um CEP. O
estudo de aspectos éticos e dilemas mais freqüentemente identificados favorece
o aprofundamento no tema e deve ser pauta específica das reuniões.
15
riedade do estabelecimento do CEP, mas principalmente de sua importância para a
instituição, seus pesquisadores e usuários.
Ressalte-se ainda que o item III.3.s da Res. CNS n.º 196/96 afirma que um
importante objetivo secundário da pesquisa colaborativa é o de ajudar a desenvol-
ver a capacidade do país hospedeiro e das instituições para executar independen-
temente projetos de pesquisa similares, incluindo sua avaliação ética.
16
3 CONDUÇÃO DE UMA REUNIÃO DO CEP
A idéia de trabalhar com dois ou mais relatores pode ser interessante, pois
possibilita a troca, o aprendizado, o desejável pluralismo obtido com pontos de
vista diferenciados e a divisão de responsabilidades. A relatoria de projetos deve
obedecer a um regime de rodízio, de forma a não sobrecarregar determinados
membros do CEP. Sempre que possível, respostas às pendências de um projeto
devem ser encaminhadas ao relator responsável por sua apreciação inicial.
17
opiniões podem ser igualmente apreciadas pelos outros membros do Comitê;
podem se encarregar, inclusive, da relatoria de protocolos.
Caso não haja quórum mínimo, sempre é uma oportunidade para que os
membros presentes possam aproveitar o tempo para troca de informações, estudo
e reflexão de temas relacionados à ética em pesquisa e bioética.
18
3.3 Redação e aprovação de atas
19
4 O PAPEL DO RELATOR
O relator tem uma dupla tarefa: a tarefa técnica de ler o projeto e elaborar
o parecer, e a tarefa ética de refletir sobre os valores e contra-valores éticos. O
parecer consubstanciado procura comunicar, para quem não leu o projeto, seus
pontos principais, deixar claro os elementos éticos que aparecem no projeto e
permitir um juízo justo sobre os méritos éticos do projeto.
Alguns receios que surgem em relação ao relator e seu trabalho podem ser
citados: que o relator atue como figura policial, mais interessado em encontrar
falhas no protocolo que seus méritos; que atenção a detalhes burocráticos preju-
dique uma proposta de pesquisa inovadora e criativa; que um relator de outra área
de conhecimento não tenha competência para apreciar um protocolo e avaliar os
riscos e os benefícios para os sujeitos da pesquisa.
21
for o caso, o relator suplementará sua informação com leituras e consultas sobre
os aspectos metodológicos e técnicos que levantam dúvidas, para poder discutir
com mais segurança a questão ética. Além disso, todos os membros do CEP, con-
tribuindo com sua competência específica e exercendo sua responsabilidade pró-
pria, mais seguramente construirão um parecer final adequado. Ao CEP caberá
ou não o acolhimento do parecer do(s) relatores, com as emendas necessárias.
O CEP deve tratar como confidencial a distribuição dos projetos aos relatores que
apresentarão seu parecer consubstanciado especificamente ao Comitê.
22
5 FUNÇÃO DO CONSULTOR AD HOC
A questão de justiça aparece no item VII.6, da Res. CNS n.º 196/96, que
fala de pesquisas em grupos vulneráveis, comunidades e coletividades. Nesses
casos, “deverá ser convidado um representante do grupo, como membro ad hoc
do CEP, para participar da análise do projeto específico”.
23
6 RELAÇÃO ENTRE O CEP E O PESQUISADOR
25
7 PROJETOS QUE DEVEM SER APRESENTADOS AO CEP E QUEM
DEVE FAZÊ-LO
A Res. CNS n.º 196/96, item II.2, considera pesquisa em seres humanos as
realizadas em qualquer área do conhecimento e que, de modo direto ou indireto,
envolvam indivíduos ou coletividades, em sua totalidade ou partes, incluindo o
manejo de informações e materiais. Ver ainda a definição de pesquisa, na referida
resolução. Assim, também são consideradas pesquisas envolvendo seres humanos
as entrevistas, aplicações de questionários, utilização de banco de dados e revisões
de prontuários. Alguns projetos de avaliação não se caracterizam como pesquisa.
Sempre que houver dúvida, recomenda-se a apresentação do protocolo ao CEP,
que tomará a decisão sobre a situação específica.
Também deve ser ressaltado que não são as propostas de linhas de pes-
quisa que deverão ir ao CEP e sim os projetos específicos, com seus respectivos
protocolos, a serem desenvolvidos dentro dessas linhas ou programas.
27
8 RECEBIMENTO DE UM PROTOCOLO DE PESQUISA NO CEP
29
9 AVALIAÇÃO DO PROTOCOLO DE PESQUISA
31
O TCLE, embora sensível à posição do pesquisador, da instituição, do pro-
motor e do patrocinador, visa a proteger, em primeiro lugar o sujeito da pesquisa.
Portanto, nunca deve ter a conotação de “termo de isenção de responsabilidade”.
Ao proteger o sujeito da pesquisa, indiretamente se estará protegendo o pesqui-
sador e demais envolvidos, incluindo o CEP, que se torna co-responsável pela
pesquisa após sua aprovação. O TCLE deverá ser obtido após o sujeito da pes-
quisa e/ou seu responsável legal estar suficientemente esclarecido de todos os
possíveis benefícios, riscos e procedimentos que serão realizados e fornecidas
todas as informações pertinentes à pesquisa.
32
Em pesquisas realizadas por meio da aplicação de questionários, o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido deve assegurar ao sujeito da pesquisa o direito de
recusar-se a responder as perguntas que ocasionem constrangimentos de qualquer
natureza e é importante que o CEP tome conhecimento dos questionários que irão
ser utilizados, pois algumas vezes são necessárias modificações de modo a tornar o
instrumento de pesquisa mais adequado eticamente e menos invasivo à privacidade
do indivíduo. Não cabe ao CEP fazer modificações nos instrumentos propostos e
sim, no caso de haver problema ético, orientar nos pontos necessários.
33
quação ética do pesquisador para a realização daquela pesquisa. Isso não quer
dizer que o pesquisador já tenha realizado pesquisas semelhantes, mas apenas
que tem capacidade técnica para realizá-la.
Se a pesquisa é conduzida no exterior ou com participação estrangeira,
exige-se documento de aprovação do estudo por Comitê de Ética em Pesquisa
ou equivalente, no país de origem (Res. CNS n.º 292/99-VII.1 e 2), comprovando
a aceitação do estudo para realização naquele país. Se não estiver prevista a
realização do estudo no país de origem, deve ser apresentada a justificativa para
a não realização da pesquisa e para a escolha do país colaborador.
De acordo com o item VII.14, da Res. CNS n.º l96/96, a revisão ética de
toda e qualquer pesquisa envolvendo seres humanos não poderá ser dissociada
de sua análise científica. Não se justifica submeter seres humanos a riscos inutil-
mente e toda a pesquisa envolvendo seres humanos envolve risco (Res. CNS n.º
196/96-V). Se o projeto de pesquisa for inadequado do ponto de vista metodoló-
gico, é inútil e eticamente inaceitável.
Algumas vezes, esta avaliação pelo CEP pode ser difícil. Nesses casos pode-
se utilizar consultores ad hoc ou, como fazem muitas instituições, criar Comissões
Científicas específicas para esta tarefa, só encaminhando o protocolo de pesquisa
para avaliação ética após sua aprovação metodológica, o que, entretanto, não exclui
a responsabilidade do CEP pela aprovação integral do protocolo de pesquisa.
34
O CEP deve:
1) identificar os riscos associados à pesquisa e diferenciá-los dos que os
sujeitos estariam expostos pelos procedimentos assistenciais;
2) verificar se foram tomadas as medidas necessárias para minimizar os
riscos previsíveis (considerando as dimensões física, psíquica, moral,
intelectual, social, cultural ou espiritual, conforme item II.8, da Res.
CNS n.º 196/96);
3) identificar os prováveis benefícios que podem advir da pesquisa;
4) verificar se os riscos estão numa proporção razoável em relação aos
benefícios para os sujeitos da pesquisa;
5) assegurar que os potenciais sujeitos receberão uma adequada e acu-
rada descrição e informação dos riscos, desconfortos ou benefícios
que podem ser antecipados;
6) determinar intervalos de relatórios periódicos a serem apresentados
pelo pesquisador e, quando for o caso, que os pesquisadores colo-
quem à disposição do CEP os dados necessários para acompanha-
mento do projeto.
35
ter conhecimento e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Con-
tudo, o consentimento do próprio sujeito, mesmo se em situação de limitação de
competência para decisões autônomas, deve ser obtido. Os responsáveis pelas
instituições (escolas, creches, etc.) não têm autoridade para dar ou assinar os
TCLE, mas devem assinar documento de autorização de contato com os sujeitos,
assumindo as responsabilidades.
36
Pontos a considerar nos critérios de inclusão e exclusão:
1) Os riscos ou os desconfortos resultantes da participação na pesquisa
recaem sobre os sujeitos que provavelmente terão os maiores benefí-
cios com a pesquisa?
2) O recrutamento de sujeitos evitou colocar uma porção desproporcio-
nal de riscos ou desconfortos da pesquisa num grupo de sujeitos em
particular?
3) Existe algum grupo populacional que poderia ser mais suscetível aos
riscos apresentados pelo estudo e que então poderia ser excluído do
projeto? Os procedimentos para identificar tal grupo são adequados?
4) Os benefícios previstos para os sujeitos são distribuídos com imparcia-
lidade? Existe outro grupo de potenciais sujeitos que necessita mais
desses benefícios?
5) Existe a inclusão de grupos de sujeitos vulneráveis e por que se jus-
tifica sua inclusão? Existe a possibilidade de conduzir a pesquisa com
algum grupo menos vulnerável? Que tipo de custos ou inconveniên-
cias tal atitude traria?
6) A seleção afastou os sujeitos considerados vulneráveis, como crianças,
gestantes, pessoas com autonomia reduzida, pessoas pobres ou com
pouca escolaridade, pacientes muito doentes, de modo que estes perde-
riam a oportunidade de participar de pesquisas e usufruir os benefícios
delas advindos?
7) E os sujeitos são suscetíveis a pressões (situações de dependência
como recrutamento de funcionários, alunos, militares, etc.). Existem
mecanismos para minimizar as pressões ou reduzir seu impacto?
37
por base a Res. CNS n.º 196/96-III.3.i (prever procedimentos que assegurem a
confidencialidade e a privacidade, a proteção da imagem e a não estigmatiza-
ção, garantindo a não utilização das informações em prejuízo das pessoas e/ou
comunidades, inclusive em termos de auto-estima, de prestígio e/ou econômico-
financeiro) e o item III.3.t (utilizar o material biológico e os dados obtidos na pes-
quisa exclusivamente para a finalidade prevista no seu protocolo). O pesquisador
deve estabelecer salvaguardas seguras para a confidencialidade dos dados de
pesquisa. Os indivíduos participantes devem ser informados dos limites da capa-
cidade do pesquisador em salvaguardar a confidencialidade e das possíveis con-
seqüências da quebra de confidencialidade. Quando as pesquisas envolverem
dados institucionais deve-se da mesma forma preservar privacidade e confiden-
cialidade (ex. pesquisas organizacionais em psicologia ou administração).
Em alguns casos o TCLE poderá ou até deverá não ser identificado, em situ-
ações em que se deve manter o anonimato do sujeito da pesquisa, por exemplo,
quando há identificação de atividades consideradas ilícitas. Em pesquisas com
questionário anônimo, o fato de responder o questionário seria tido como consen-
timento e os procedimentos para o devido esclarecimento dos sujeitos devem ser
descritos para apreciação do CEP.
Para facilitar a análise do item 9 aqui discutido, a Conep elaborou uma lista
de checagem (anexo 2).
38
10 ELABORAÇÃO DO PARECER CONSUBSTANCIADO
(ver Res. CNS n.º 196/96-VII.13.b)
Conforme definido na Res. CNS n.º 196/96, os pareceres devem ser “apro-
vados”; “aprovados com recomendação” – quando o quesito a ser atendido não
é impeditivo para o início da pesquisa; “pendentes” (não significa aprovado) –
quando para a aprovação e o início da pesquisa se exige o atendimento prévio
das solicitações feitas e, por fim, “ não aprovado’’ – quando existir uma questão
eticamente incorreta, não aceitável e que demandaria uma modificação impor-
tante no protocolo. Nesse caso, havendo interesse, o pesquisador poderia apre-
sentar outro protocolo.
39
11 EMENDAS E EXTENSÕES: O QUE SÃO E COMO
DEVEM TRAMITAR
41
12 A NECESSIDADE DE SOLICITAR DOCUMENTOS E CRIAR UM
ARQUIVO
43
13 ACOMPANHAMENTO DE PROTOCOLOS DE PESQUISA APÓS
SUA APROVAÇÃO PELO CEP
45
jam explícitas, solicitar ao pesquisador um posicionamento que responda aos
seguintes questionamentos:
Mesmo se o evento não ocorreu em sujeitos desse centro, deve ser anali-
sado pelo pesquisador e pelo CEP, considerando as questões acima, executando-
se a primeira.
Outras formas de acompanhamento das pesquisas têm sido utilizadas, como, por
exemplo, a escolha aleatória de projetos já aprovados, em desenvolvimento, para
serem avaliados e verificado o cumprimento das normas. Cabe ao CEP identificar e
adequar novas formas.
46
14 O QUE O CEP DEVE ENCAMINHAR PARA A CONEP
47
15 RELAÇÃO ENTRE OS CEPs
49
16 ATIVIDADES EDUCATIVAS DO CEP
51
17 O QUE FAZER QUANDO AS RESOLUÇÕES E OUTROS TEXTOS
NORMATIVOS NÃO SÃO CLAROS E COMO LIDAR COM OS CASOS
OMISSOS
A Res. CNS n.º 196/96 e suas complementares não são e nem poderiam ser
um código, com regras rígidas. Contêm diretrizes que vão nortear o julgamento
ético dos protocolos e estabelecem normas operacionais. Os dilemas identificados
nos protocolos e não contemplados nas diretrizes devem ser objeto da reflexão e
decisão do CEP. Este pode contar ainda com a Conep, ressaltando seu papel de
assessor e coordenador do sistema, que pode ser consultada sempre que o CEP
considerar relevante, como previsto ao se definir a área especial 9, da Res. CNS
n.º 196/96 (a critério do CEP). Também o pesquisador poderá consultar o CEP,
quando considerar necessário e, eventualmente, a própria Conep.
53
18 O QUE DEVE SER INCLUÍDO NO REGIMENTO INTERNO
55
ANEXOS
Anexo A – Fluxograma de Tramitação de Projetos de Pesquisa
Envolvendo Seres Humanos, de acordo com as Resoluções do
Conselho Nacional de Saúde
CEP - Aprovação
CONEP
59
Anexo B – Folha de Rosto
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Conselho Naciona l de Saúde
Comissão Naciona l de Ética em Pesquisa - CONEP
Projeto de Pesquisa:
Área do Conhecimento (Ver relação no verso) Código: Nível: ( Só áreas do conh ecimento 4 )
Área(s) Temática(s) Especial (s) (Ver fluxograma no verso) Código(s): Fase: (Só área temática 3) I ( ) II( )
III( ) IV( )
Unitermos: ( 3 opç ões )
Número de sujeitos Grupos Especiais : <18 anos ( ) Portador de Deficiência Mental ( ) Embrião /Feto ( ) Re lação de Depe ndência
(Estudantes , Militares, Presidiários, etc ) ( ) Outros ( ) Nã o se aplica ( )
No Centro :
Total:
Nome:
Declaro que conhe ço e cumprirei os requisitos da Res. CNS196/96 e suas complementares. Comprometo-me a utilizar os
materiais e da dos coletados exclusivamente pa ra os fins previstos no protocolo e a pub licar os resultados sejam eles favoráveis
ou não. Aceito as
respons abilidades pe la condu ção científica do projeto acima.
Data: _______/_______/_______ ____________ __________________________
Assinatura
Processo :
60
CEP - Aprovação
CONEP
(*) OBS: As pesquisas das áreas temáticas 3 e 4 (novos fármacos e novos equipamentos) que dependem de
licença de importação da Anvisa/MS, devem obedecer ao seguinte fluxo – Os projetos da área 3 que se enqua-
drarem simultaneamente em outras áreas que dependem da aprovação da Conep e, os da área 4, devem ser
enviados à Conep, e esta os enviará à Anvisa/MS com seu parecer. – Os projetos exclusivos da área 3, aprovados
no CEP (Res. CNS n.º 251/97 – item V.2), deverão ser enviados à Anvisa pelo patrocinador ou pesquisador.
61
Anexo C – Lista de Checagem
sim não
➨ Folha de rosto – FR ( versão outubro/99 )
➨ Projeto de pesquisa em português
Antecedentes e justificativa, registro no país de origem, em caso de drogas e
dispositivos para a saúde
Descrição de material e métodos, casuística, resultados esperados e
bibliografia
Análise crítica de riscos e benefícios
Duração (cronograma de execução)
Responsabilidades do pesquisador, da instituição, do patrocinador
Critérios para suspender ou encerrar
Local de realização das várias etapas
Infra estrutura necessária e concordância da instituição (F)
➨ Orçamento financeiro detalhado e remuneração do pesquisador
Propriedade das informações
Características da população (FR campo 10), justificativa de uso de grupos
vulneráveis
Número de sujeitos no local e global (multicêntricos - FR campo 9)
Descrição de métodos que afetem os sujeitos da pesquisa
Fontes de material, coleta específica
Planos de recrutamento, critérios de inclusão e exclusão
➨ Termo de consentimento livre e esclarecido
Como e quem irá obtê-lo
Descrição de riscos com avaliação de gravidade
Medidas de proteção de riscos e à confidencialidade
Previsão de ressarcimento de gastos
➨ Currículo do pesquisador principal e demais pesquisadores
62
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (conteúdo)
sim não
Linguagem acessível
Justificativa, objetivos e procedimentos
Desconfortos e riscos
Benefícios esperados
Métodos alternativos existentes
Forma de assistência e responsável (nome e telefone do pesquisador e CEP)
Esclarecimentos antes e durante a pesquisa sobre a metodologia
Possibilidade de inclusão em grupo controle ou placebo
Liberdade de recusar ou retirar o consentimento sem penalização
Garantia de sigilo e privacidade
Formas de ressarcimento
Formas de indenização
Para enviar o protocolo à Conep para apreciação (Pesquisas do GRUPO I), acrescentar:
sim não
➨ Carta de encaminhamento do CEP institucional
➨ Documento de aprovação pelo CEP, com parecer consubstanciado
63
Anexo D – Orientações ao pesquisador a serem anexadas ao
Parecer Consubstanciado do CEP
64
Anexo E – Terminologia para interrupções do projeto de pesquisa
65
Anexo F – Formulário para registro e atualização de CEP
MINISTÉRIO DA SAÚDE
COMISSÃO NACIONAL DE ÉTICA EM PESQUISA - CONEP
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – CEP
Instituição:
Endereço completo:
Cidade: UF: CEP:
CNPJ:
Fone: ( ) Fax: ( ) E-mail:
Presidente / diretor:
Natureza jurídica: PRIVADA ( ) PÚBLICA ( )
Coordenador:
Endereço completo do
Comitê:
Cidade: CEP:
Fone: ( ) ( ) Fa x : ( )
E-mail:
Funcionário(a) administrativo(a)
1. Anexar ato de criação do CEP (pela direção da instituição), descrição sumária da instituição, critérios de
escolha dos membros e indicação do representante de usuários. Conforme Res. n.º 196/96, item VII.9
após três anos deverá ser solicitada renovação do CEP através deste modelo de formulário Quaisquer
modificações na composição do CEP deverão ser informadas de imediato neste mesmo modelo.
66
ROTEIRO DE PARECER CONSUBSTANCIADO
De consubstanciar – ligar, unir, unificar, consolidar – o parecer do CEP ou Conep
sobre o projeto de pesquisa é o fruto do confronto, mescla e convergência de
opiniões no colegiado. Como instrumento de comunicação oficial ao pesquisador
sobre a avaliação de seu projeto, necessita obrigatoriamente possuir as seguintes
características:
• clareza
• objetividade
• concisão
• completude
• fundamentação
• diretividade
• adequação às normas
67
O Termo de Consentimento merecerá especial consideração, com a observação
crítica das seguintes características:
• Concisão e objetividade;
• Linguagem adequada ao nível sociocultural dos sujeitos de pesquisa;
• Descrição suficiente dos procedimentos;
• Identificação dos riscos e desconfortos esperados;
• Explicitação das garantias acima referidas.
68
ANEXO G – ORIENTAÇÕES SOBRE INSTRUÇÃO DO PROTOCOLO DE
PESQUISA PARA AVALIAÇÃO ÉTICA
A Conep vem colocando em pendência vários projetos que são a ela encaminha-
dos de forma incompleta ou com algumas cláusulas que ferem ou contrariam as
disposições do CNS referentes a ética em pesquisa em seres humanos.
Em 2005, a Conep considera superada essa fase e, por isso, a partir de abril
os protocolos que não contemplem as disposições das Resoluções n.º 196/96,
251/97, 292/99, 303/00, 304/00, 340/04, 346/05 e 347/05 ou que contenham cláu-
sula que contrarie as disposições das resoluções, acima citadas, serão devolvidos
aos CEPS, com o timbre de “Arquivado”.
69
Caso não se disponha ainda do documento, informar data de apresentação ao
comitê (e identificar o comitê).
• Justificativa da realização dos exames subsidiários fora do Brasil. Informação
sobre medidas previstas para a transferência de tecnologia ainda inexistente
no País.
• Relação dos centros no Brasil e no exterior com o número total de sujeitos e
o número em cada centro. Informação dos centros do país de origem (seja do
patrocinador ou do coordenador) em que será conduzido o projeto.
• Descrição dos planos de recrutamento do sujeito da pesquisa (em qual institu-
ição está matriculado, se é atendido pelo SUS ou por sistema privado).
• Procedimentos para garantia de confidencialidade e privacidade (especial-
mente no acesso a prontuários) adequados à legislação brasileira.
• Proposta para a continuidade do tratamento após término do estudo.
70
INFORMES GERAIS
• Ressalte-se que devem ser atendidas as disposições das resoluções referen-
tes às áreas temáticas específicas;
• No caso de pesquisa médica, é importante que o pesquisador e o CEP se mani-
festem quanto à execução do projeto frente ao disposto no art. 129 do Código de
Ética Médica;
• O T.C.L.E. deve ser redigido pelo pesquisador, em linguagem acessível e não
pode conter nenhuma cláusula restritiva aos direitos do sujeito e nem contrariar as
disposições das Resoluções do CNS;
• O CEP deve encaminhar parecer consubstanciado e não lista de checagem
com X;
• As respostas às pendências devem ser elaboradas pelo pesquisador e, após
avaliação do CEP, enviadas à Conep;
• A relação da Conep é direta com o pesquisador, a instituição e o CEP;
• O CEP deve enviar trimestralmente a relação dos projetos avaliados. Aqueles
com o Sisnep implantado não precisam enviar as Folhas de Rosto, podendo utili-
zar tabelas do próprio Sisnep;
• O representante de usuários deve ser indicado de acordo com o que dispõe a
Resolução n.º 240/97 e deve, como membro do CEP, participar como relator de
protocolos;
• O CEP deve estar com o registro em dia, ou seja, deve ser providenciada a
renovação junto à Conep a cada três anos.
71
GLOSSÁRIO
Aderência ao tratamento: grau com que um paciente segue o tratamento que foi
designado para ele.
Aleatório: (estatística) 1. que acontece ao acaso, ou seja, diz-se da variável que assume
valores segundo uma determinada lei de probabilidades. Por exemplo, os resultados de
um jogo de dados são aleatórios. 2. quando é determinado por um complexo de nume-
rosas causas somadas, mas cujas atuações individuais desconhecemos. Por exemplo,
erro aleatório. 3. diz-se do processo construído para que cada resultado possível esteja
associado a uma probabilidade conhecida. Por exemplo, em um experimento, os trata-
mentos são designados aos pacientes por processo aleatório.
72
Braço do ensaio: termo usado em lugar de tratamento ou grupo. Deveria ser evitado.
73
Controle negativo: tratamento sem qualquer efeito farmacológico ou fisiológico,
isto é, placebo ou pseudoprocedimento. Veja controle positivo.
Distribuição dos tratamentos por blocos: o mesmo que distribuição dos trata-
mentos por estratos.
74
Distribuição dos tratamentos por estratos: esquema de distribuição dos trata-
mentos no qual os pacientes são primeiro classificados em subgrupos, estratos ou
blocos, segundo uma ou mais variáveis de linha base. Os tratamentos são depois
distribuídos ao acaso dentro dos blocos.
Ensaio: qualquer ação experimental feita com a finalidade de obter dados para
julgamento ou conclusão. O mesmo que experimento.
75
Ensaio clínico controlado e casualizado – Randomized Clinical Trial (RCCT):
ensaio clínico que envolve pelo menos um tratamento em teste e um tratamento con-
trole, com recrutamento e seguimento simultâneo de todos os grupos, e onde os tra-
tamentos são designados aos pacientes por processo aleatório, de tal maneira que
nem os pacientes e nem os responsáveis pela seleção e tratamento desses pacien-
tes possam influenciar a alocação de tratamentos e onde as alocações permanecem
desconhecidas dos pacientes e do pessoal clínico até o final. A alocação é conhecida
dos pacientes e dos clínicos apenas por códigos, de preferência numéricos.
Erro tipo II: consiste em aceitar a hipótese da nulidade, quando ela é falsa.
Estratos: em estatística, o mesmo que blocos. O termo bloco vem da área agrí-
cola e o termo estrato da área social.
Estudo: termo genérico, usado para indicar uma grande variedade de atividades
de pesquisas que envolvem coleção, análise e interpretação de dados. Também
usado como um sinônimo para ensaio clínico.
76
Estudo comparativo: estudo que envolve dois ou mais grupos de pacientes para
comparar e julgar a influência de algum fator, condição, característica, ou pro-
cedimento, presente ou aplicado a um dos grupos, mas não ao outro. Sinônimo
de ensaio clínico se o estudo exige a comparação de tratamentos diferentes que
envolvam pacientes tratados no mesmo período de tempo.
77
Experimento cego: procedimento adotado apenas em ensaios clínicos, que
consiste em manter todo o pessoal clínico, especialmente os responsáveis pelo
tratamento e avaliação dos pacientes, sem saber que tratamentos foram admi-
nistrados aos pacientes. Dessa forma, a expectativa dos pesquisadores sobre
o resultado da pesquisa não influi sobre os resultados dos exames. Veja experi-
mento mascarado.
Fase I: primeira fase do teste de uma droga nova em homem. Os estudos são
feitos para gerar informação preliminar sobre a ação química e segurança da
droga. Usam-se, normalmente, voluntários sadios. Muitas vezes não se faz com-
paração com outro grupo.
Fase II: segunda fase do teste de uma droga nova em homem. Os estudos são
feitos em pacientes com a doença ou portadores da condição de interesse, para
testar a eficácia e comprovar a segurança da droga. Normalmente, mas nem
sempre inclui um controle com placebo.
Fase III: terceira, e normalmente fase final, do teste de uma droga nova em
homem. Deve comprovar a eficácia da nova droga em relação a outras. Os
ensaios normalmente incluem controle (negativo, positivo ou ambos) e distribui-
ção aleatória dos pacientes aos grupos.
Fase IV: ensaios feitos para avaliar a segurança do uso da droga, em longo
prazo, e sua eficácia para populações não estudadas, como crianças e idosos.
78
FDA – Food and Drug Administration: Administração de Drogas e Produtos
Alimentícios, órgão federal americano situado em Rockville, Maryland, que tem,
entre outras atribuições, a de legislar sobre a pesquisa clínica conduzida nos Esta-
dos Unidos com verbas federais.
Hipótese da nulidade: hipótese que postula não haver diferença entre as popu-
lações ou grupos em comparação, com relação ao fator, à característica ou à
condição de interesse. Veja hipótese nula.
Hipótese nula: tradução corrente, mas equivocada, de null hypothesis, uma vez
que não é a hipótese que tem a qualidade de nula, mas sim o que ela postula
(diferença nula). Veja hipótese da nulidade.
História natural de uma doença: curso de uma doença que ficou sem tratamento.
Um estudo da história natural de uma doença ou condição produziria, portanto,
informação sobre o curso de uma doença ou condição que ficou sem tratamento.
Nos ensaios clínicos, é a informação produzida pelo grupo controle, quando o
tratamento controle é um placebo.
IDE – Investigational Device Exemption: sigla usada pelo FDA para designar um
dispositivo médico que está sendo avaliado em humanos, pelo fabricante ou por
pesquisador independente (veja IND como termo correspondente para drogas).
IND – Investigational New Drug: sigla usada pelo FDA para designar uma droga
nova em estudo (veja IDE como termo correspondente para dispositivos médicos).
79
Interação: situação na qual a magnitude da diferença de dois tratamentos ou
grupos – por exemplo, grupo experimental e controle – depende do valor assu-
mido por um terceiro fator não relacionado ao tratamento (por exemplo, há inte-
ração sexo versus tratamento se a diferença entre grupo experimental e controle
tiver um valor para homens e outro, estatisticamente diferente, para mulheres).
Linha de base: ponto no tempo ou conjunto de dados que servem como base
para medir mudanças nas variáveis de interesse.
MEDLARS – Medical Literature Analysis Retrieval System: Sistema de Recu-
peração da Análise da Literatura Médica.
Nocebo: substância inócua, cuja ação teoricamente não deveria produzir qual-
quer reação mas, quando associada a fatores psicológicos, acaba produzindo
efeito danoso em alguns indivíduos.
Participante: o mesmo que sujeito, isto é, pode ser um paciente ou apenas volun-
tário que participa de um estudo.
80
Placebo: agente farmacologicamente inativo dado a um paciente como substitu-
tivo de um agente ativo, para garantir que a resposta do paciente é explicada pela
droga e não pelo fato de se supor tratado.
Ponto de corte: ponto, em uma sucessão ordenada de valores, que separa esses-
valores em duas partes.
Reator de placebo: paciente que está recebendo um placebo, não sabe disso e informa
apresentar os efeitos colaterais normalmente associados ao tratamento em teste.
Subgrupo: parte da população em estudo, distinta das demais por uma caracte-
rística em particular ou por um conjunto de características (por exemplo, homens
com menos de 45 anos de idade).
81
Tábua de vida: conjunto de dados, em tabelas ou gráficos, que resume a sobre-
vivência (ou mortalidade) de pacientes, segundo alguma especificação como, por
exemplo, idade (na maioria das tábuas de vida compiladas por demógrafos), ou em
algum outro evento como tempo de diagnóstico da doença, ou tempo de estudo, no
caso de um ensaio clínico.
Teste estatístico: diz-se que foi feito um teste estatístico quando se usam dados
observados e uma estatística de teste para tomar a decisão de rejeitar ou não uma
hipótese e se associa a essa decisão um p-valor. Veja teste de significância.
82
Unidade: menor unidade em que o tratamento é aplicado e cuja resposta não é
afetada pelas demais unidades. Unidade básica para a coleta de dados e análises.
Normalmente um paciente na experimentação com seres humanos, mas também
pode ser material, ou parte, desse paciente (uma amostra de sangue, um dente)
ou uma coleção de indivíduos em outros contextos (por exemplo, moradores de um
domicílio, uma ala de hospital). Sinônimo de unidade experimental em experimentação
ou nos ensaios clínicos e de unidade observacional em estudos observacionais.
83
NORMAS PARA PESQUISAS
ENVOLVENDO SERES
HUMANOS
(Resoluções CNS/MS)
Resolução n.º 196
I Preâmbulo
87
O caráter contextual das considerações aqui desenvolvidas implica em revi-
sões periódicas desta Resolução, conforme necessidades nas áreas tecnocientí-
fica e ética.
II Termos e Definições
88
II.9 Dano associado ou decorrente da pesquisa – agravo imediato ou
tardio, ao indivíduo ou à coletividade, com nexo causal comprovado,
direto ou indireto, decorrente do estudo científico.
89
III.1 A eticidade da pesquisa implica em:
a) consentimento livre e esclarecido dos indivíduos-alvo e a proteção
a grupos vulneráveis e aos legalmente incapazes (autonomia).
Neste sentido, a pesquisa envolvendo seres humanos deverá
sempre tratá-los em sua dignidade, respeitá-los em sua autono-
mia e defendê-los em sua vulnerabilidade;
b) ponderação entre riscos e benefícios, tanto atuais como poten-
ciais, individuais ou coletivos (beneficência), comprometendo-se
com o máximo de benefícios e o mínimo de danos e riscos;
c) garantia de que danos previsíveis serão evitados (não
maleficência);
d) relevância social da pesquisa com vantagens significativas para
os sujeitos da pesquisa e minimização do ônus para os sujeitos
vulneráveis, o que garante a igual consideração dos interesses
envolvidos, não perdendo o sentido de sua destinação socio-
humanitária (justiça e eqüidade).
90
g) contar com o consentimento livre e esclarecido do sujeito da pes-
quisa e/ou seu representante legal;
h) contar com os recursos humanos e materiais necessários que garan-
tam o bem-estar do sujeito da pesquisa, devendo ainda haver ade-
quação entre a competência do pesquisador e o projeto proposto;
i) prever procedimentos que assegurem a confidencialidade e a pri-
vacidade, a proteção da imagem e a não estigmatização, garan-
tindo a não utilização das informações em prejuízo das pessoas
e/ou das comunidades, inclusive em termos de auto-estima, de
prestígio e/ou econômico-financeiro;
j) ser desenvolvida preferencialmente em indivíduos com autonomia
plena. Indivíduos ou grupos vulneráveis não devem ser sujeitos
de pesquisa quando a informação desejada possa ser obtida atra-
vés de sujeitos com plena autonomia, a menos que a investigação
possa trazer benefícios diretos aos vulneráveis. Nestes casos, o
direito dos indivíduos ou grupos que queiram participar da pes-
quisa deve ser assegurado, desde que seja garantida a proteção
à sua vulnerabilidade e incapacidade legalmente definida;
l) respeitar sempre os valores culturais, sociais, morais, religiosos
e éticos, bem como os hábitos e costumes, quando as pesquisas
envolverem comunidades;
m) garantir que as pesquisas em comunidades, sempre que possível,
traduzir-se-ão em benefícios cujos efeitos continuem a se fazer
sentir após sua conclusão. O projeto deve analisar as necessida-
des de cada um dos membros da comunidade e analisar as dife-
renças presentes entre eles, explicitando como será assegurado
o respeito às mesmas;
n) garantir o retorno dos benefícios obtidos através das pesquisas
para as pessoas e as comunidades onde as mesmas forem rea-
lizadas. Quando, no interesse da comunidade, houver benefício
real em incentivar ou estimular mudanças de costumes ou com-
portamentos, o protocolo de pesquisa deve incluir, sempre que
possível, disposições para comunicar tal benefício às pessoas e/
ou comunidades;
o) comunicar às autoridades sanitárias os resultados da pesquisa,
sempre que os mesmos puderem contribuir para a melhoria das
condições de saúde da coletividade, preservando, porém, a imagem
e assegurando que os sujeitos da pesquisa não sejam estigmatiza-
dos ou percam a auto-estima;
p) assegurar aos sujeitos da pesquisa os benefícios resultantes do
projeto, seja em termos de retorno social, acesso aos procedi-
mentos, produtos ou agentes da pesquisa;
q) assegurar aos sujeitos da pesquisa as condições de acompanha-
mento, tratamento ou de orientação, conforme o caso, nas pesqui-
sas de rastreamento; demonstrar a preponderância de benefícios
sobre riscos e custos;
91
r) assegurar a inexistência de conflito de interesses entre o pes-
quisador e os sujeitos da pesquisa ou patrocinador do projeto;
s) comprovar, nas pesquisas conduzidas do exterior ou com coope-
ração estrangeira, os compromissos e as vantagens, para os sujei-
tos das pesquisas e para o Brasil, decorrentes de sua realização.
Nestes casos deve ser identificado o pesquisador e a instituição
nacionais co-responsáveis pela pesquisa. O protocolo deverá
observar as exigências da Declaração de Helsinque e incluir docu-
mento de aprovação, no país de origem, entre os apresentados para
avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição brasileira,
que exigirá o cumprimento de seus próprios referenciais éticos.
Os estudos patrocinados do exterior também devem responder às
necessidades de treinamento de pessoal no Brasil, para que o país
possa desenvolver projetos similares de forma independente;
t) utilizar o material biológico e os dados obtidos na pesquisa exclu-
sivamente para a finalidade prevista no seu protocolo;
u) levar em conta, nas pesquisas realizadas em mulheres em idade
fértil ou em mulheres grávidas, a avaliação de riscos e benefí-
cios e as eventuais interferências sobre a fertilidade, a gravidez, o
embrião ou o feto, o trabalho de parto, o puerpério, a lactação e o
recém-nascido;
v) considerar que as pesquisas em mulheres grávidas devem ser pre-
cedidas de pesquisas em mulheres fora do período gestacional,
exceto quando a gravidez for o objetivo fundamental da pesquisa;
x) propiciar, nos estudos multicêntricos, a participação dos pesqui-
sadores que desenvolverão a pesquisa na elaboração do delinea-
mento geral do projeto; e
z) descontinuar o estudo somente após análise das razões da des-
continuidade pelo CEP que a aprovou.
92
e) a garantia de esclarecimentos, antes e durante o curso da pes-
quisa, sobre a metodologia, informando a possibilidade de inclu-
são em grupo controle ou placebo;
f) a liberdade do sujeito se recusar a participar ou retirar seu consen-
timento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma
e sem prejuízo ao seu cuidado;
g) a garantia do sigilo que assegure a privacidade dos sujeitos quanto
aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa;
h) as formas de ressarcimento das despesas decorrentes da partici-
pação na pesquisa; e
i) as formas de indenização diante de eventuais danos decorrentes
da pesquisa.
93
c) nos casos em que seja impossível registrar o consentimento livre
e esclarecido, tal fato deve ser devidamente documentado, com
explicação das causas da impossibilidade, e parecer do Comitê de
Ética em Pesquisa;
d) as pesquisas em pessoas com o diagnóstico de morte encefá-
lica só podem ser realizadas desde que estejam preenchidas as
seguintes condições:
• documento comprobatório da morte encefálica (atestado
de óbito);
• consentimento explícito dos familiares e/ou do responsável
legal, ou manifestação prévia da vontade da pessoa;
• respeito total à dignidade do ser humano sem mutilação ou
violação do corpo;
• sem ônus econômico-financeiro adicional à família;
• sem prejuízo para outros pacientes aguardando internação
ou tratamento;
• possibilidade de obter conhecimento científico relevante,
novo e que não possa ser obtido de outra maneira;
V Riscos e Benefícios
94
V.2 As pesquisas sem benefício direto ao indivíduo, devem prever condi-
ções de serem bem suportadas pelos sujeitos da pesquisa, conside-
rando sua situação física, psicológica, social e educacional.
V.6 Os sujeitos da pesquisa que vierem a sofrer qualquer tipo de dano pre-
visto ou não no termo de consentimento e resultante de sua participa-
ção, além do direito à assistência integral, têm direito à indenização.
V.7 Jamais poderá ser exigido do sujeito da pesquisa, sob qualquer argu-
mento, renúncia ao direito à indenização por dano. O formulário do
consentimento livre e esclarecido não deve conter nenhuma ressalva
que afaste essa responsabilidade ou que implique ao sujeito da pes-
quisa abrir mão de seus direitos legais, incluindo o direito de procurar
obter indenização por danos eventuais.
VI Protocolo de Pesquisa
95
c) descrição detalhada e ordenada do projeto de pesquisa (material
e métodos, casuística, resultados esperados e bibliografia);
d) análise crítica de riscos e benefícios;
e) duração total da pesquisa, a partir da aprovação;
f) explicitação das responsabilidades do pesquisador, da instituição,
do promotor e do patrocinador;
g) explicitação de critérios para suspender ou encerrar a pesquisa;
h) local da pesquisa: detalhar as instalações dos serviços, centros,
comunidades e instituições nas quais se processarão as várias
etapas da pesquisa;
i) demonstrativo da existência de infra-estrutura necessária ao
desenvolvimento da pesquisa e para atender eventuais problemas
dela resultantes, com a concordância documentada da instituição;
j) orçamento financeiro detalhado da pesquisa: recursos, fontes e
destinação, bem como a forma e o valor da remuneração do pes-
quisador;
l) explicitação de acordo preexistente quanto à propriedade das
informações geradas, demonstrando a inexistência de qualquer
cláusula restritiva quanto à divulgação pública dos resultados, a
menos que se trate de caso de obtenção de patenteamento; neste
caso, os resultados devem se tornar públicos, tão logo se encerre
a etapa de patenteamento;
m) declaração de que os resultados da pesquisa serão tornados
públicos, sejam eles favoráveis ou não; e
n) declaração sobre o uso e destinação do material e/ou dados coletados.
96
f) descrever qualquer risco, avaliando sua possibilidade e gravi-
dade;
g) descrever as medidas para proteção ou minimização de qualquer
risco eventual. Quando apropriado, descrever as medidas para
assegurar os necessários cuidados à saúde, no caso de danos aos
indivíduos. Descrever também os procedimentos para monitoramento
da coleta de dados para prover a segurança dos indivíduos, incluindo
as medidas de proteção à confidencialidade; e
h) apresentar previsão de ressarcimento de gastos aos sujeitos da
pesquisa. A importância referente não poderá ser de tal monta
que possa interferir na autonomia da decisão do indivíduo ou
responsável de participar ou não da pesquisa.
97
VII.5 Terá sempre caráter multi e transdisciplinar, não devendo haver mais
que metade de seus membros pertencentes à mesma categoria profis-
sional, participando pessoas dos dois sexos. Poderá ainda contar com
consultores ad hoc, pessoas pertencentes ou não à instituição, com a
finalidade de fornecer subsídios técnicos.
98
b) emitir parecer consubstanciado por escrito, no prazo máximo de
30 (trinta) dias, identificando com clareza o ensaio, documentos
estudados e data de revisão. A revisão de cada protocolo culmi-
nará com seu enquadramento em uma das seguintes categorias:
• aprovado;
• com pendência: quando o Comitê considera o protocolo como
aceitável, porém identifica determinados problemas no proto-
colo, no formulário do consentimento ou em ambos, e reco-
menda uma revisão específica ou solicita uma modificação ou
informação relevante, que deverá ser atendida em 60 (ses-
senta) dias pelos pesquisadores;
• retirado: quando, transcorrido o prazo, o protocolo permanece
pendente;
• não aprovado; e
• aprovado e encaminhado, com o devido parecer, para aprecia-
ção pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP/
MS), nos casos previstos no capítulo VIII, item 4.c.
c) manter a guarda confidencial de todos os dados obtidos na exe-
cução de sua tarefa e arquivamento do protocolo completo, que
ficará à disposição das autoridades sanitárias;
d) acompanhar o desenvolvimento dos projetos através de relatórios
anuais dos pesquisadores;
e) desempenhar papel consultivo e educativo, fomentando a refle-
xão em torno da ética na ciência;
f) receber dos sujeitos da pesquisa ou de qualquer outra parte denún-
cias de abusos ou notificação sobre fatos adversos que possam
alterar o curso normal do estudo, decidindo pela continuidade,
modificação ou suspensão da pesquisa, devendo, se necessário,
adequar o termo de consentimento. Considera-se como antiética
a pesquisa descontinuada sem justificativa aceita pelo CEP que a
aprovou;
g) requerer instauração de sindicância à direção da instituição em
caso de denúncias de irregularidades de natureza ética nas pes-
quisas e, em havendo comprovação, comunicar à Comissão
Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP/MS) e, no que couber, a
outras instâncias; e
h) manter comunicação regular e permanente com a CONEP/MS.
99
prazos para emissão de pareceres; critérios para solicitação de
consultas de experts na área em que se desejam informações
técnicas; modelo de tomada de decisão, etc.
VIII.3 O mandato dos membros da CONEP será de quatro anos com reno-
vação alternada a cada dois anos, de sete ou seis de seus membros.
100
fase IV), ou quando a pesquisa for referente a seu uso com
modalidades, indicações, doses ou vias de administração
diferentes daquelas estabelecidas, incluindo seu emprego
em combinações;
• equipamentos, insumos e dispositivos para a saúde novos ou
não registrados no país;
• novos procedimentos ainda não consagrados na literatura;
• populações indígenas;
• projetos que envolvam aspectos de biossegurança;
• pesquisas coordenadas do exterior ou com participação
estrangeira e pesquisas que envolvam remessa de material
biológico para o exterior; e
• projetos que, a critério do CEP, devidamente justificados,
sejam julgados merecedores de análise pela CONEP;
d) prover normas específicas no campo da ética em pesquisa, inclu-
sive nas áreas temáticas especiais, bem como recomendações
para aplicação das mesmas;
e) funcionar como instância final de recursos, a partir de informa-
ções fornecidas sistematicamente, em caráter ex-ofício ou a partir
de denúncias ou de solicitação de partes interessadas, devendo
manifestar-se em um prazo não superior a 60 (sessenta) dias;
f) rever responsabilidades, proibir ou interromper pesquisas, defini-
tiva ou temporariamente, podendo requisitar protocolos para revi-
são ética inclusive, os já aprovados pelo CEP;
g) constituir um sistema de informação e acompanhamento dos
aspectos éticos das pesquisas envolvendo seres humanos em todo
o território nacional, mantendo atualizados os bancos de dados;
h) informar e assessorar o MS, o CNS e outras instâncias do SUS,
bem como do governo e da sociedade, sobre questões éticas rela-
tivas à pesquisa em seres humanos;
i) divulgar esta e outras normas relativas à ética em pesquisa envol-
vendo seres humanos;
j) a CONEP juntamente com outros setores do Ministério da Saúde,
estabelecerá normas e critérios para o credenciamento de Cen-
tros de Pesquisa. Este credenciamento deverá ser proposto pelos
setores do Ministério da Saúde, de acordo com suas necessida-
des, e aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde; e
l) estabelecer suas próprias normas de funcionamento.
101
IX Operacionalização
102
X Disposições Transitórias
Adib D. Jatene
Presidente do Conselho Nacional de Saúde
Adib D. Jatene
Ministro de Estado da Saúde
103
Resolução n.º 240
Homologo a Resolução CNS n.º 240, de 5 de junho de 1997, nos termos do Decreto
de Delegação de Competência, de 12 de novembro de 1991.
104
Resolução n.º 251
I Preâmbulo
105
I.6 É necessário que a investigação de novos produtos seja justificada
e que os mesmos efetivamente acarretem avanços significativos em
relação aos já existentes.
II Termos e Definições
Fase I
É o primeiro estudo em seres humanos em pequenos grupos de pessoas
voluntárias, em geral sadias de um novo princípio ativo, ou nova formulação pes-
quisado geralmente em pessoas voluntárias. Estas pesquisas se propõem estabe-
lecer uma evolução preliminar da segurança e do perfil farmacocinético e, quando
possível, um perfil farmacodinâmico.
Fase III
Estudo Terapêutico Ampliado
São estudos realizados em grandes e variados grupos de pacientes, com
o objetivo de determinar:
• o resultado do risco/benefício a curto e longo prazos das formulações
do princípio ativo;
• de maneira global (geral) o valor terapêutico relativo.
Exploram-se, nesta fase, o tipo e perfil das reações adversas mais freqüen-
tes, assim como características especiais do medicamento e/ou especialidade
medicinal, por exemplo: interações clinicamente relevantes, principais fatores
modificatórios do efeito, tais como idade, etc.
106
Fase IV
São pesquisas realizadas depois de comercializado o produto e/ou espe-
cialidade medicinal.
Estas pesquisas são executadas com base nas características com que foi
autorizado o medicamento e/ou especialidade medicinal. Geralmente são estudos
de vigilância pós-comercialização, para estabelecer o valor terapêutico, o surgimento
de novas reações adversas e/ou confirmação da freqüência de surgimento das já
conhecidas, e as estratégias de tratamento.
Farmacocinética
Em geral, são todas as modificações que um sistema biológico produz em
um princípio ativo.
Farmacodinâmica
São todas as modificações que um princípio ativo produz em um sistema
biológico. Do ponto de vista prático, é o estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos
dos medicamentos e seus mecanismos de ação.
Margem de Segurança
Indicador famacodinâmico que expressa a diferença entre a dose tóxica
(por exemplo, DL 50) e a dose efetiva (por exemplo, DE 50).
Margem Terapêutica
É a relação entre a dose máxima tolerada, ou também tóxica, e a dose
terapêutica (dose tóxica/dose terapêutica). Em farmacologia clínica se emprega
como equivalente de Índice Terapêutico.
107
se todas as responsabilidades previstas na referida Resolução, em
particular a garantia de condições para o atendimento dos sujeitos da
pesquisa.
IV Protocolo de Pesquisa
108
b) descrição da substância farmacológica ou produto em investiga-
ção, incluindo a fórmula química e/ou estrutural e um breve sumá-
rio das propriedades físicas, químicas e farmacêuticas relevantes.
Quaisquer semelhanças estruturais com outros compostos conhe-
cidos devem ser também mencionadas.
c) apresentação detalhada da informação pré-clínica necessária
para justificar a fase do projeto, contendo relato dos estudos
experimentais (materiais e métodos, animais utilizados, testes
laboratoriais, dados referentes a farmacodinâmica, margem de
segurança, margem terapêutica, farmacocinética e toxicologia, no
caso de drogas, medicamentos ou vacinas). Os resultados pré-
clínicos devem ser acompanhados de uma discussão quanto à
relevância dos achados em conexão com os efeitos terapêuticos
esperados e possíveis efeitos indesejados em humanos.
d) os dados referentes à toxicologia pré-clínica compreendem o
estudo da toxicidade aguda, subaguda a doses repetidas e toxici-
dade crônica (doses repetidas).
e) os estudos de toxicidade deverão ser realizados pelo menos em
3 espécies de animais, de ambos os sexos das quais uma deverá
ser de mamíferos não roedores.
f) no estudo da toxicidade aguda, deverão ser utilizadas duas vias
de administração, sendo que uma delas deverá estar relacionada
com a recomendada para o uso terapêutico proposto e a outra
deverá ser uma via que assegure a absorção do fármaco.
g) no estudo da toxicidade subaguda e a doses repetidas e da toxi-
cidade crônica, a via de administração deverá estar relacionada
com a proposta de emprego terapêutico: a duração do experi-
mento deverá ser de no mínimo 24 semanas.
h) na fase pré-clínica, os estudos da toxicidade deverão abranger
também a análise dos efeitos sobre a fertilidade, embriotoxici-
dade, atividade mutagênica, potencial oncogênico (carcinogênico)
e ainda outros estudos, de acordo com a natureza do fármaco e
da proposta terapêutica.
i) de acordo com a importância do projeto, tendo em vista a pre-
mência de tempo, e na ausência de outros métodos terapêuticos,
o CEP poderá aprovar projetos sem cumprimento de todas as
fases da farmacologia clínica; neste caso deverá haver também
aprovação da CONEP e da SVS/MS.
j) informação quanto à situação das pesquisas e do registro do
produto no país de origem.
k) apresentação das informações clínicas detalhadas obtidas durante
as fases prévias, relacionadas à segurança, farmacodinâmica, efi-
cácia, dose-resposta, observadas em estudos no ser humano, seja
voluntários sadios ou pacientes. Se possível, cada ensaio deve ser
resumido individualmente, com descrição de objetivos, desenho,
método, resultados (segurança e eficácia) e conclusões. Quando
109
o número de estudos for grande, resumir em grupos por fase para
facilitar a discussão dos resultados e de suas implicações.
l) justificativa para o uso de placebo e eventual suspensão de tra-
tamento washout.
m) assegurar por parte do patrocinador ou, na sua inexistência, por
parte da instituição, pesquisador ou promotor, acesso ao medi-
camento em teste, caso se comprove sua superioridade em rela-
ção ao tratamento convencional.
n) em estudos multicêntricos o pesquisador deve, na medida do
possível, participar do delineamento do projeto antes de ser ini-
ciado. Caso não seja possível, deve declarar que concorda com
o delineamento já elaborado e que o seguirá.
o) o pesquisador deve receber do patrocinador todos os dados
referentes ao fármaco.
p) o financiamento não deve estar vinculado a pagamento per
capita dos sujeitos efetivamente recrutados.
q) o protocolo deve ser acompanhado do termo de consentimento:
quando se tratar de sujeitos cuja capacidade de autodetermina-
ção não seja plena, além do consentimento do responsável legal,
deve ser levada em conta a manifestação do próprio sujeito,
ainda que com capacidade reduzida (por exemplo, idoso) ou não
desenvolvida (por exemplo, criança).
r) pesquisa em pacientes psiquiátricos: o consentimento, sempre
que possível, deve ser obtido do próprio paciente. É imprescin-
dível que, para cada paciente psiquiátrico candidato a participar
da pesquisa, se estabeleça o grau de capacidade de expressar o
consentimento livre e esclarecido, avaliado por profissional psi-
quiatra e que não seja pesquisador envolvido no projeto.
V Atribuições do CEP
110
a) emitir parecer consubstanciado apreciando o embasamento científico
e a adequação dos estudos das fases anteriores, inclusive pré-clínica,
com ênfase na segurança, toxicidade, reações ou efeitos adversos,
eficácia e resultados;
b) aprovar a justificativa do uso de placebo e washout;
c) solicitar ao pesquisador principal os relatórios parciais e final,
estabelecendo os prazos (no mínimo um relatório semestral) de
acordo com as características da pesquisa. Cópias dos relatórios
devem ser enviadas à SVS/MS;
d) no caso em que, para o recrutamento de sujeitos da pesquisa, se
utilizem avisos em meios de comunicação, os mesmos deverão
ser autorizados pelo CEP. Não se deverá indicar de forma implícita
ou explícita, que o produto em investigação é eficaz e/ou seguro
ou que é equivalente ou melhor que outros produtos existentes;
e) convocar sujeitos da pesquisa para acompanhamento e avaliação;
f) requerer à direção da instituição a instalação de sindicância, a
suspensão ou interrupção da pesquisa, comunicando o fato à
CONEP e à SVS/MS;
g) qualquer indício de fraude ou infringência ética de qualquer natu-
reza deve levar o CEP a solicitar a instalação de Comissão de Sin-
dicância e comunicar à CONEP, SVS/MS e demais órgãos (direção
da instituição, Conselhos Regionais pertinentes), os resultados;
h) comunicar à CONEP e a SVS/MS a ocorrência de eventos adver-
sos graves;
i) comunicar à instituição a ocorrência ou existência de problemas
de responsabilidade administrativa que possam interferir com a
ética da pesquisa: em seguida, dar ciência à CONEP e à SVS/
MS e, se for o caso, aos Conselhos Regionais.
V.2 Fica delegado ao CEP a aprovação do ponto de vista da ética, dos projetos
de pesquisa com novos fármacos, medicamentos e testes diagnósticos,
devendo, porém, ser encaminhado à CONEP, e à SVS/MS:
a) cópia do parecer consubstanciado de aprovação, com folha de
rosto preenchida;
b) parecer sobre os relatórios parciais e final da pesquisa;
c) outros documentos que, eventualmente, o próprio CEP, a CONEP
ou a SVS considerem necessários.
111
VI Operacionalização
112
Resolução n.º 292
I Definição
113
III A presente Resolução incorpora todas as disposições contidas na Resolução
n.º 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, sobre Diretrizes e Normas
Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos, da qual esta
é parte complementar da área temática específica.
114
VII.4 Declaração do promotor ou patrocinador, quando houver, de compro-
misso em cumprir os termos das resoluções do CNS relativas à ética
na pesquisa que envolve seres humanos.
VII.5 Declaração do uso do material biológico e dos dados e informações
coletados exclusivamente para os fins previstos no protocolo, de
todos os que vão manipular o material.
VIII Dentro das atribuições previstas no item VIII.4.c.8 da Resolução n.º 196/96,
cabe à CONEP, após a aprovação do CEP institucional, apreciar as pesquisas
enquadradas nessa área temática, ainda que simultaneamente enquadradas
em outras.
José Serra
Presidente do Conselho Nacional de Saúde
José Serra
Ministro de Estado da Saúde
115
Resolução n.º 303
III Fica delegada ao CEP a aprovação das pesquisas envolvendo outras áreas
de reprodução humana.
116
V A presente Resolução incorpora todas as disposições contidas na Resolução
CNS 196/96, da qual esta faz parte complementar e em outras resoluções do
CNS referentes a outras áreas temáticas, simultaneamente contempladas
na pesquisa, que deverão ser cumpridas no que couber.
José Serra
Presidente do Conselho Nacional de Saúde
Homologo a Resolução CNS n.º 303, de 6 de julho de 2000, nos termos do
Decreto de Delegação de Competência, de 12 de novembro de 1991.
José Serra
Ministro de Estado da Saúde
117
Resolução n.º 304
Resolve:
• Aprovar as seguintes Normas para Pesquisas Envolvendo Seres
Humanos - Área de Povos Indígenas.
I Preâmbulo
118
Resolução CNS 292/99 sobre pesquisa com cooperação estrangeira, além de outras
resoluções do CNS sobre ética em pesquisa, os Decretos 86.715, de 10/12/81, e
96.830, de 15/1/90, que regulamentam o visto temporário para estrangeiros.
II Termos e Definições
119
genas ou conselhos locais, sem prejuízo do consentimento
individual, que em comum acordo com as referidas comuni-
dades designarão o intermediário para o contato entre pes-
quisador e a comunidade. Em pesquisas na área de saúde,
deverá ser comunicado o Conselho Distrital;
III.6 A não observância a qualquer um dos itens acima deverá ser comunicada
ao CEP institucional e à CONEP do Conselho Nacional de Saúde, para
as providências cabíveis.
IV O protocolo da pesquisa
V Proteção
120
V.1.1 seja solicitada a sua interrupção pela comunidade indígena
em estudo;
V.1.2 a pesquisa em desenvolvimento venha a gerar conflitos e/ou
qualquer tipo de mal-estar dentro da comunidade;
V.1.3 haja violação nas formas de organização e sobrevivência da
comunidade indígena, relacionadas principalmente à vida dos
sujeitos, aos recursos humanos, aos recursos fitogenéticos,
ao conhecimento das propriedades do solo, do subsolo, da
fauna e flora, às tradições orais e a todas as expressões artís-
ticas daquela comunidade.
VI Atribuições da CONEP
José Serra
Presidente do Conselho Nacional de Saúde
José Serra
Ministro de Estado da Saúde
121
Resolução n.º 340
Resolve:
Aprovar as seguintes Diretrizes para Análise Ética e Tramitação dos Proje-
tos de Pesquisa da Área Temática Especial de Genética Humana:
I Preâmbulo:
II Termos e Definições:
122
II.1 A pesquisa em genética humana é a que envolve a produção de dados
genéticos ou proteômicos de seres humanos, podendo apresentar
várias formas:
a) pesquisa de mecanismos genéticos básicos: estudos sobre loca-
lização, estrutura, função e expressão de genes humanos e da
organização cromossômica;
b) pesquisa em genética clínica: pesquisa que consiste no estudo
descritivo de sujeitos individualmente e/ou em suas famílias, vi-
sando a elucidar determinadas condições de provável etiologia
genética, podendo envolver análise de informações clínicas e tes-
tes de material genético;
c) pesquisa em genética de populações: estudos da variabilidade
genética normal ou patológica em grupos de indivíduos e da rela-
ção entre esses grupos e uma condição particular;
d) pesquisas moleculares humanas: pesquisa que envolve testes mo-
leculares associados ou não a doenças; estudos genéticos ou epi-
genéticos dos ácidos nucléicos (DNA e RNA) ou de proteínas visan-
do a novos tratamentos ou à prevenção de desordens genéticas, de
outras patologias ou à identificação de variabilidade molecular;
e) pesquisa em terapia gênica e celular: introdução de moléculas
de DNA ou RNA recombinante em células somáticas humanas in
vivo (terapia gênica in vivo) ou células somáticas humanas in vitro
e posterior transferência dessas células para o organismo (tera-
pia gênica ex vivo) e pesquisas com células-tronco humanas com
modificações genéticas; e
f) pesquisa em genética do comportamento: estudo com o objetivo
de estabelecer possíveis relações entre características genéticas
e comportamento humano.
III.1 A pesquisa genética produz uma categoria especial de dados por con-
ter informação médica, científica e pessoal e deve por isso ser ava-
123
liado o impacto do seu conhecimento sobre o indivíduo, a família e a
totalidade do grupo a que o indivíduo pertença.
III.2 Devem ser previstos mecanismos de proteção dos dados visando a evitar
a estigmatização e a discriminação de indivíduos, famílias ou grupos.
III.4 Aos sujeitos de pesquisa deve ser oferecida a opção de escolher entre
serem informados ou não sobre resultados de seus exames.
III.7 Todo indivíduo pode ter acesso a seus dados genéticos, assim como
tem o direito de retirá-los de bancos onde se encontrem armazenados,
a qualquer momento.
III.10 Deve ser observado o item V.7 da Resolução CNS n.º 196/96, inclusi-
ve no que se refere a eventual registro de patentes.
124
III.12 Dados genéticos humanos coletados em pesquisa com determinada
finalidade só poderão ser utilizados para outros fins se for obtido o
consentimento prévio do indivíduo doador ou seu representante legal
e mediante a elaboração de novo protocolo de pesquisa, com aprova-
ção do Comitê de Ética em Pesquisa e, se for o caso, da Conep. Nos
casos em que não for possível a obtenção do TCLE, deve ser apre-
sentada justificativa para apreciação pelo CEP.
III.14 Dados genéticos humanos não devem ser armazenados por pessoa
física, requerendo a participação de instituição idônea responsável,
que garanta proteção adequada.
IV Protocolo de Pesquisa:
125
f) análise criteriosa dos riscos e benefícios atuais e potenciais para
o indivíduo, o grupo e as gerações futuras, quando couber;
g) informações quanto ao uso, ao armazenamento ou a outros des-
tinos do material biológico;
h) medidas e cuidados para assegurar a privacidade e evitar qual-
quer tipo ou situação de estigmatização e discriminação do sujeito
da pesquisa, da família e do grupo;
i) explicitação de acordo preexistente quanto à propriedade das infor-
mações geradas e quanto à propriedade industrial, quando couber;
j) descrição do plano de aconselhamento genético e acompanhamento
clínico, quando indicado, incluindo nomes e contatos dos profissionais
responsáveis, tipo de abordagens de acordo com situações esperadas,
conseqüências para os sujeitos e condutas previstas. Os profissionais
responsáveis pelo aconselhamento genético e acompanhamento clíni-
co deverão ter a formação profissional e as habilitações exigidas pelos
conselhos profissionais e sociedades de especialidade;
l) justificativa de envio do material biológico e/ou dados obtidos para
outras instituições, nacionais ou no exterior, com indicação clara do
tipo de material e/ou dados, bem como a relação dos exames e tes-
tes a serem realizados. Esclarecer as razões pelas quais os exames
ou testes não podem ser realizados no Brasil, quando for o caso; e
m) em projetos cooperativos internacionais, descrição das oportuni-
dades de transferência de tecnologia.
126
e) no caso de armazenamento do material, a informação deve cons-
tar do TCLE, explicitando a possibilidade de ser usado em novo
projeto de pesquisa. É indispensável que conste também que o
sujeito será contatado para conceder ou não autorização para uso
do material em futuros projetos e que, quando não for possível, o
fato será justificado perante o CEP. Explicitar também que o ma-
terial somente será utilizado mediante aprovação do novo projeto
pelo CEP e pela Conep (quando for o caso);
f) informação quanto a medidas de proteção de dados individuais,
resultados de exames e testes, bem como do prontuário, que so-
mente serão acessíveis aos pesquisadores envolvidos e que não
será permitido o acesso a terceiros (seguradoras, empregadores,
supervisores hierárquicos. etc.);
g) informação quanto a medidas de proteção contra qualquer tipo de
discriminação e/ou estigmatização, individual ou coletiva; e
VI Operacionalização:
127
e) pesquisas em genética do comportamento; e
f) pesquisas em que esteja prevista a dissociação irreversível dos
dados dos sujeitos de pesquisa.
VI.4 Nos casos previstos no item VI.3 acima, o CEP deverá examinar o pro-
tocolo, elaborar o parecer consubstanciado e enviar ambos à Conep
com a documentação completa conforme a Resolução CNS n.º 196/96,
itens VII.13.a e b e VIII.4.c.1. O pesquisador deve ser informado que de-
verá aguardar o parecer da Conep para início da execução do projeto.
VI.5 Fica delegada ao CEP a aprovação final dos projetos de genética hu-
mana que não se enquadrem no item VI.3 acima. Nesses casos, o
CEP deve enviar à Conep a folha de rosto e o parecer consubstancia-
do final, seja de aprovação ou não aprovação.
VI.6 A remessa de material para o exterior deve obedecer às disposições
normativas e legais do País.
HUMBERTO COSTA
Presidente do Conselho Nacional de Saúde
HUMBERTO COSTA
Ministro de Estado da Saúde
128
Resolução n.º 346
RESOLVE:
I- Definição do termo:
Projetos multicêntricos – projeto de pesquisa a ser conduzida de acordo com
protocolo único em vários centros de pesquisa e, portanto, a ser realizada por pes-
quisador responsável em cada centro, que seguirá os mesmos procedimentos.
129
a) Eventuais modificações ou acréscimos referentes a respostas aos requi-
sitos do parecer da CONEP devem ser apresentados em separado,
de forma bem identificada, juntadas ao protocolo após os documentos
acima.
4. A CONEP delegará aos demais CEPs a aprovação final dos projetos cita-
dos no item 3 acima, mantida a prerrogativa desses CEPs de aprovar ou
não o protocolo na sua instituição, cabendo-lhes sempre:
a) verificar a adequação do protocolo às condições institucionais e à com-
petência do pesquisador responsável na instituição;
b) exigir o cumprimento de eventuais modificações aprovadas pela CONEP
e requisitos do próprio CEP; e
c) enviar o parecer consubstanciado à CONEP, em caso de não aprovação
final no CEP.
HUMBERTO COSTA
Presidente do Conselho Nacional de Saúde
HUMBERTO COSTA
Ministro de Estado da Saúde
130
Resolução n.º 347
RESOLVE:
131
3. O armazenamento poderá ser autorizado pelo período de 5 anos, quando
houver aprovação do projeto pelo CEP e, quando for o caso, pela CONEP,
podendo haver renovação mediante solicitação da instituição depositá-
ria, acompanhada de justificativa e relatório das atividades de pesquisa
desenvolvidas com o material.
132
HUMBERTO COSTA
Presidente do Conselho Nacional de Saúde
HUMBERTO COSTA
Ministro de Estado da Saúde
133
134
MEMBROS DA COMISSÃO NACIONAL DE ÉTICA EM PESQUISA / 2005-2007
TITULARES SUPLENTES
**JOSÉ ARAUJO LIMA FILHO – Repre- **DALTON LUIZ DE PAULA RAMOS
sentante de Usuários – Associação Fran- – Cirurgião Dentista – Professor de Bioé-
çois Xavier Bagnoud do Brasil, membro da tica da Faculdade de Odontologia da USP,
Comissão Nacional de AIDS, do Conselho Membro do Grupo Interdisciplinar de Bioé-
Municipal de Saúde de SP e do Comitê de tica da UNIFESP, Coordenador do CEP da
Ética em Pesquisa da Secretaria Municipal Universidade Ibirapuera, ex-coordenador
de Saúde de SP. do CEP da FOUSP.
**HELOISA HELENA G. BARBOZA – Ad- **BRUNO RODOLFO SCHLEMPER JUNIOR
vogada – Professora Titular da Fac. de Di- – Médico – Professor do Curso de Medicina
reito da Universidade do Estado do Rio de da Universidade do Oeste de Santa Catarina,
Janeiro, membro do CEP da UERJ. Vice-Presidente da Academia Catarinense de
Medicina, Membro do Conselho Social Supe-
rior da Faculdade Estácio de Sá em SC.
MÔNICA FRAGOSO – Nutricionista, micro- EDVALDO DIAS CARVALHO Jr. - Médico
biologista, Professora de Biologia Molecular e Advogado – Professor de Bioética, Rep-
e Genética Humana da FEMEPLAC, Espe- resentante da área de gestão indicado pelo
cialista em bioética - Representante da área Departamento de Ciência e Tecnologia em
de gestão indicada pelo DECIT/ MS. Saúde/MS, Presidente da Sociedade de
Bioética de BSB.
GYSÉLLE SADDI TANNOUS CLEUZA DE CARVALHO MIGUEL -
Representante de Usuários – Entidade Na- Representante de Usuários - Fórum de Pa-
cional de Portadores de Patologias e Defi- tologias do Estado de São Paulo.
ciências – Pestalozzi /FENASP.
* WILLIAM SAAD HOSSNE - Médico *ELIANE ELIZA DE SOUZA AZEVEDO
Professor Emérito de Cirurgia e de Bioética – Médica geneticista, Professora Titular de
da Faculdade de Medicina de Botucatu/ Bioética da Universidade Estadual de Feira
UNESP – Professor “honoris causa” pela de Santana – BA, Coordenadora do CEP da
UNB, Fundador da Sociedade Brasileira de UEFS/ BA.
Bioética, Conselheiro do Conselho Nacional
de Saúde.
*ANACLETO LUIZ GAPSKI – Sacerdote * CHRISTIAN DE PAUL BARCHIFON-
Franciscano Universidade Federal de São TAINE - Sacerdote Camiliano, Enfermeiro,
Paulo/ UNIFESP, Membro do CEP da Reitor do Centro Universitário São Camilo,
UNIFESP. Pesquisador do Núcleo de Bioética da In-
stituição e Coordenador do CEP do Centro
Universitário São Camilo - São Paulo.
continua
135
continuação
136
EQUIPE TÉCNICA
Equipe de Redação
Corina Bontempo D. de Freitas – Secretária-Executiva da Conep
Délio Kipper – Coordenador do CEP da PUCRS,
Dirceu Greco – Coordenador do CEP da UFMG
Eduardo Ronner Lagonegro – Coordenador do CEP do CRT/AIDS
Eduardo Tibiriçá – Coordenador do CEP da Fiocruz
Elisabete Moraes – Coordenadora do CEP da UFCE
Leonard Martin – Membro da Conep
Maria Cristina Ferreira Sena – Coordenadora do CEP da SES/DF
Mirian Parente – Vice-coordenadora do CEP da UFCE
Mônica da Costa Serra – Coordenadora do CEP da FOAR/Unesp
Paulo Antônio C Fontes – Coordenador do CEP da Fac. Saúde Pública/USP
Sérgio Pereira da Cunha – Coordenador do CEP da FMRP/USP
Sônia Vieira – Membro da Conep
Revisão Técnica
Cláudia Cunha – DECIT/SPS/MS
Corina Bontempo D. de Freitas – SE/Conep
Délio Kipper – Coordenador do CEP da PUCRS
Geisha Barbalho B. Gonçalves – SE/Conep
Leonard Martin – Membro da Conep
Mirian de Oliveira Lôbo – SE/Conep
William Saad Hossne – Coordenador da Conep
Acompanhamento Editorial
Alessandra Ximenes
Verbena Melo
Coordenação
Corina Bontempo D. de Freitas
137
Comentários e sugestões sobre as orientações contidas neste manual serão
úteis para futuras revisões. Por favor, escreva para:
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http://www.saude.gov.br/editora
EDITORA MS
Coordenação-Geral de Documentação e Informação/SAA/SE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
(Normalização, revisão, editoração, acabamento e expedição)
SIA, trecho 4, lotes 540/610 – CEP: 71200-040
Telefone: (61) 3233-2020 Fax: (61) 3233-9558
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Brasília – DF, maio de 2007
OS 0472/2007