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ABSTRACT: Fundamental rights have a close tie to the protection of the elderly. Aging is a
biological process in which time lag determines the structural changes in the body and, as a
result, modify its functions. In this sense, the present study has as its theme the perspectives
of a more inclusive aging, whose objective is to seek to understand the new social context that
involves the current society, analyzing the challenges faced and that lead to the elaboration of
plans, programs and public policies that meet needs of the older population. To do so, we
used bibliographic research, whose method was qualitative, of an exploratory nature, through
doctrinal lessons and electronic researches with the purpose of elucidating the subject under
debate. From this, it was possible to conclude that the legal implementation of plans,
programs and services promotes social insertion, privileging the dignity of the human person
of the elderly in the face of the modern era of interpersonal relations.
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Patrícia Verônica N. Carvalho Sobral De Souza e Lucas Gonçalves da Silva
KEYWORDS: Dignity of human person. Fundamental rights. Protection for the elderly.
Liquid Modernity.
INTRODUÇÃO
O envelhecimento é um processo biológico cujas alterações determinam mudanças
estruturais no corpo e, em decorrência, modificam suas funções. A velhice passa a ser
interpretada como algo de improdutivo e incapacitante. Compreende-se que a inclusão e a
mobilização dos idosos nas entidades sociais em diversos setores e o aumento do conhecimento
científico, facilitarão sua convivência no meio em que vivem, apesar das condições precárias
sociais e econômicas por que passa a maior parte da população brasileira.
É necessário antes de qualquer intervenção conhecer não só as condições físicas do
indivíduo, mas também sua situação social, seu envolvimento emocional com os que o rodeiam,
seus anseios, medos, expectativas, desejos. Essa visão global do idoso devolve ao indivíduo o
status de cidadão e, portanto, a sua dignidade como ser humano.
Entre as principais características psicológicas do envelhecimento encontra-se a
tendência à depressão, frequentemente desencadeada pela conscientização das perdas
funcionais e sociais que a senectude carrega consigo. A aposentadoria é, por vezes, o estopim de
grave crise existencial, frequentemente agravada, e muito, por uma situação familiar complexa e
não preparada para receber, em tempo integral, aquele membro outrora profissionalmente
ativo. Dada a importância da família como órgão de apoio e de saúde, a impossibilidade de o
idoso poder dispor destes recursos poderá levá-lo a situações de morbidade significativa, seja
sob o prisma físico, psíquico ou social.
O Brasil é um país em processo de envelhecimento. A pirâmide populacional começou a
transformar-se significativamente com a presente ascensão da parcela da população de idosos.
A população brasileira, estimada em 209,3 milhões de pessoas, está vendo diminuir o número de
crianças e aumentar o de idosos. O número de pessoas no Brasil acima de 60 anos (definição de
"idosos") continua crescendo. Em 2017, segundo a Pesquisa Nacional por Mostra de Domicílios
Contínua (Pnad) já são 30 milhões de idosos no país O que ocorreu foi u aumento de 4,8 milhões
de idosos comparado ao ano de 2012 (BRASIL, 2018).
A demanda é cada vez mais emergente no que tange às necessidades dos sistemas de
saúde e assistência social dos países em desenvolvimento, pois junto a este crescimento está o
aumento das doenças associadas ao envelhecimento, como as crônico-degenerativas e
demenciais, é onde gira a problemática do estudo em questão.
Portanto, a ideia de direitos fundamentais se articula com o envelhecimento. Contudo,
não se pode perder de vista quando se cuida dos direitos dos idosos, o respeito à dignidade da
pessoa humana e a proteção do poder estatal para assegurar minimamente políticas públicas
específicas para as pessoas da terceira idade1.
Dessa forma, o presente estudo justifica-se pela necessidade de se dar mais atenção ao
fenômeno de envelhecimento no Brasil, e tem como objetivo apreender o novo contexto social
representado pelo dos seus desafios enfrentados ante a elaboração de planos, programas e
políticas públicas aptas a absorver e atender às suas necessidades. Para tanto, é utilizada a
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metodologia qualitativa e bibliográfica, de caráter exploratório, através do levantamento de
fontes doutrinárias, e por meio de pesquisas eletrônicas.
Diante isso, questiona-se: como se dá as relações interpessoais na sociedade moderna?
O que se entende por sociedade líquida? Como driblar a cultura de massa e promover a inclusão
de pessoas idosas no contexto social atual?
A expectativa de vida da população está aumentando e vários fatores podem ter
contribuído para este avanço, como por exemplo, a utilização da tecnologia de ponta na
descoberta e no tratamento de diversas doenças. Um elemento tecnológico que pode contribuir
para a melhoria do processo de envelhecimento das pessoas, fornecendo subsídios para uma
melhor qualidade de vida são os jogos digitais.
Eles podem ser uma importante ferramenta para amenizar as restrições decorrentes da
idade, que atingem principalmente aspectos motores, perceptivos, cognitivos e psicossociais das
pessoas. O envelhecimento normal é um processo gradual que traz algumas mudanças, como
reflexos mais lentos, visão e audição mais frágeis e menor força física.
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fazer parte de uma ou várias redes de relações, divididas em tribos, que juntas formam uma
colcha de retalhos (BAUMAN, 2001).
Na vida pós-moderna, as pessoas se unem em grupos que possuem algo em comum,
experiências vividas em comum. O viver social é permeado por imagens e simbolismos que
constituem a vida em uma grande ou banal aventura, coexistindo emoção e razão. As pessoas
sentem uma necessidade (quase obrigação) de pertencer a grupos, o que sustenta a vida social.
Os elementos que compõem este viver social são os grandes eventos culturais, ações de
caridade, voluntariado, moda. Os cenários ajudam a compor a forma que caracteriza a vida
social, sendo eles os palcos em que se desenrolam as cenas da vida cotidiana – shoppings,
eventos esportivos e culturais, megaeventos religiosos, relações de vizinhança (BAUMAN, 1998).
Bauman (2001) apontou o caráter imperativo do gozo na moderna sociedade de
consumo enquanto um elemento pertencente à uma transformação global, cuja nova concepção
de libido exige que a saciedade erótica se realize no prazer de consumir. A concretização da
satisfação erótica no ato de comprar, deve ser realizada de forma que possa ser repetida
sempre. Forma-se assim um círculo vicioso, do qual o sujeito dificilmente se libertará.
As culturas de massa são produtos da indústria cultural, em que os produtos são
reformulados e apresentados à sociedade com um novo formato, padronizados e produzidos em
série, oferecendo lixo às massas sedentas de algo que satisfaça suas necessidades, que são
criadas por esta mesma indústria.
A cultura de massa é uma moderna religião de salvação terrena que contém em si
as potencialidades e os limites do seu próprio desenvolvimento: por um lado,
aponta o caminho que, necessariamente, toda a sociedade de consumo seguirá,
mas, por outro lado, é vulnerável a todos os movimentos coletivos que são
portadores de exigências metaindividuais e espirituais.' (WOLF, 1987, p.93)
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Ela não tende a destruir todo o folclore: substitui os folclores antigos por um novo
folclore cosmopolita. [...] esse novo folclore cosmopolita carrega em si fragmentos
de folclore regionais, nacionais ou étnicos: é, num certo sentido, um agregado de
folclores que se unem para formar um tronco universalizado (MORIN, 2000, p.
159).
De certa forma, a cultura de massa supre as necessidades do homem, dando a ele o bem-
estar e felicidade, servindo como um entorpecente para que ele possa esquecer de suas
verdadeiras necessidades, pois ao mesmo tempo em que lhe são ofertadas novas formas de
representação, são retirados dele seus anseios e angústias. Ela produz um vício que cria anseios
que o indivíduo não tinha, e coloca nele a necessidade de consumir certos produtos que não lhe
agregam valor a não ser uma satisfação momentânea, e em troca, ele entrega sua consciência
para que seja moldada de acordo com as diretrizes impostas pela indústria cultural.
Canclini (1999, p. 90) caracteriza o consumo:
Não como a mera possessão individual de objetos isolados, mas como a
apropriação coletiva, em relações de solidariedade e distinção com outros, de bens
que proporcionam satisfações biológicas e simbólicas, que servem para enviar e
receber mensagens e reconhecendo a especificidade da produção, circulação e
apropriação dos bens classificados coletivamente como patrimônio histórico e
artístico, artes plásticas, cultura popular tradicional, indústrias audiovisuais
tradicionais e novos sistemas de informação e comunicação viabilizados pelas
novas tecnologias audiovisuais, indústria editorial, etc., buscando interpretar as
interseções entre as diferentes modalidades e lógicas de expressão simbólica
comunicacional criadas pelos agentes sociais em seu cotidiano de
invenção/reprodução social, no final do século XX e início do XXI, mudando o eixo
da discussão sobre cultura, consumo e identidade.
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população brasileira. É essencial analisar as condições físicas do indivíduo, mas também sua
situação social e emocional com os que o rodeiam, seus anseios, medos, expectativas, desejos. É
preciso vê-lo como único, indivisível; mas também, parte de um mundo, de um grupo social e de
uma família que exercerá influência sobre sua vida e sobre a terapia a que será submetido. Essa
visão global do idoso permitirá devolver ao indivíduo idoso o status de cidadão e a sua dignidade
como pessoa.
Entre as principais características psicológicas do envelhecimento encontra-se a
tendência à depressão, freqüentemente desencadeada pela conscientização das perdas
funcionais e sociais que a senectude carrega consigo. A aposentadoria é, por vezes, o estopim de
grave crise existencial, freqüentemente agravada, e muito, por uma situação familiar complexa e
não preparada para receber, em tempo integral, aquele membro outrora profissionalmente
ativo. Dada a importância da família como órgão de apoio e de saúde, a impossibilidade de o
idoso poder dispor destes recursos poderá levá-lo a situações de morbidade significativa, seja
sob o prisma físico, psíquico ou social. (LEME & SILVA, 1996).
O aumento da proporção de pequenas famílias em detrimento dos padrões de famílias
extensas pode ser apontado como um dos responsáveis pelo abandono, ao lado da mobilidade
dessas famílias bem como dos altos níveis de divórcios e separações. A competitividade, o alto
índice de desemprego e a instabilidade econômica têm feito com que a maioria das famílias exija
dos seus uma colaboração financeira, o que tem levado muitas vezes à rejeição do idoso a não
aceitação de suas limitações, negando-lhe respeito e consideração. A união desses fatores tem
contribuído para que os idosos não possam contar com o apoio familiar durante sua velhice. O
sentimento de solidão também pode conduzir o idoso ao isolamento, de forma que
gradativamente vá deixando de se relacionar com as pessoas.
Para Gatto (1996), com o envelhecer ocorre uma série de perdas significativas: o
surgimento das doenças crônicas deteriorando a saúde, a viuvez, morte de amigos e parentes
próximos, ausência de papéis sociais valorizados, isoladamente crescentes, dificuldades
financeiras decorrentes da aposentadoria que afetam de tal forma a autoestima, culminando, na
maioria das vezes, em uma crise.
Segundo Neri (2014) equiparar velhice com doença, perdas e incompetência
comportamental, e atribuir só ao indivíduo a responsabilidade de dar conta dela, tais fatores
têm efeitos prejudiciais sobre ele, sua família e seu grupo etário. Além de privar dos recursos e
das informações que permitem uma vida digna, dessa forma a sociedade estaria obrigando as
pessoas a conviverem com as consequências, a responsabilidade e a culpa pela má qualidade de
vida que não escolheram ou não construíram sozinhos para si próprios.
O processo de envelhecimento é, geralmente, acompanhado por uma menor
participação em contextos sociais pelo idoso. A aposentadoria, aliada às limitações corporais,
tende a marginalizar o indivíduo, o que contribui para o isolamento do idoso. Mas envelhecer é
continuar a ser alguém com quem outras pessoas podem compartilhar coisas e situações, não
caindo no abismo de um esquecimento imposto pela sociedade que, depois de sugar toda a
vitalidade impõe um ostracismo forçado, um exílio forçado dentro de si.
Há concordância de que as funções cognitivas sofrem considerável declínio quando do
arrefecer da idade, o Sistema Nervoso Central (SNC) tende a se deteriorar ao passar dos anos.
No entanto, estudos clínicos apontam para a ideia de que a prática regular de atividades físicas
pode ser um valioso coadjuvante na melhoria da capacidade cognitiva do idoso. Certo é que, em
razão de experiências cotidianas no campo das idéias subjetivas, percebe-se que diversas
modalidades de atividades físicas e intelectuais tendem a trazer certa melhoria quando do
envelhecimento. Mas é certo, no entanto, que o desgaste físico natural prejudica a
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independência e autonomia na realização das atividades. Neste período são frequentes os
problemas psicoemocionais como solidão, depressão, perdas, problemas familiares, sentimentos
de inutilidade e outros, associados ainda fatores sociais como a desvalorização, marginalização.
O crescimento da população idosa é um fenômeno mundial cujas projeções indicam que,
só no Brasil, a vida média da população alcançará o patamar de aproximado de 81 anos em 2060
(SOUZA, 2013). O fenômeno do envelhecimento da população fez com que a sociedade, nos
últimos anos, valorizasse as pesquisas e intervenções realizadas com o mesmo, refletindo a
necessidade de se aprofundar o conhecimento sobre a última fase do desenvolvimento.
No conhecimento do senso comum compartilha-se a ideia de que a chegada da velhice
traz consigo o declínio cognitivo e, com isso, uma não possibilidade de plasticidade e de novas
aprendizagens. Porém, estudos das neurociências vêm demonstrando justamente o contrário.
Sendo o desenvolvimento um processo contínuo, deve-se tratar a velhice como uma fase
envolta de mudanças e processos inerentes à sua chegada e que, apesar de ser considerada a
última, é também uma fase de possibilidades, de novas aprendizagens, que não
necessariamente carrega consigo, o significado de declínio e prejuízo cognitivo.
Atualmente um novo prisma começa a emergir, dando margem a novas formas de
significado e novas maneiras de se comportar, estudar e intervir com a população idosa. Devido
ao próprio avanço da ciência, com a descoberta de métodos para o tratamento de doenças e
métodos preventivos, a população idosa hoje vive mais. E, como mantê-la saudável, estimulante
e compensadora tanto para o indivíduo, como para a sociedade.
O envelhecimento é um processo que percorre toda a vida do ser humano, iniciando-se
com o nascimento e terminando com a morte, e que acarreta modificações biológicas,
psicológicas e sociais, trazendo ganhos e perdas a cada fase. A velhice é a última fase do
processo de envelhecer humano, onde algumas modificações biológicas que ocorrem são as
morfológicas, reveladas por aparecimento de rugas, cabelos brancos e outras; fisiológicas,
relacionadas às alterações das funções orgânicas; e bioquímicas, diretamente ligadas as
transformações das reações químicas que se processam no organismo. A velhice traz consigo,
ainda, modificações psicológicas que ocorrem quando, ao envelhecer, o ser humano precisa se
adaptar (não diferentemente das outras fases da vida) a cada situação nova do seu cotidiano,
como, por exemplo, a aposentadoria, a independência dos filhos, a aceitação das dificuldades
em se locomover sozinho e a aceitação do corpo.
O envelhecimento é um processo universal que afeta não somente o próprio ser
humano, mas a família, a comunidade e a sociedade. O envelhecimento é um fenômeno de
caráter mundial que acarreta a mudança na pirâmide etária, sua base, representada pelos
jovens, fica estreita, e o topo, que representa a população idosa, tem um aumento. Tal condição
ocorre devido à queda na taxa de mortalidade, o que leva ao aumento da expectativa de vida, e
também às baixas taxas de fecundidade, aumentando o número de idosos e diminuindo o
número de crianças e jovens (CLOSS; SCHWANKE, 2012).
No Brasil, o ritmo de crescimento da população idosa tem sido sistemático e consistente.
Segundo o Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, a
população de idosos passou a representar 10,8% do povo brasileiro, ou seja, mais de 20,5
milhões de pessoas com mais de 60 anos, isto representa incremento de 400% comparado ao
índice anterior. De acordo com Neri (2014), tal fenômeno, observado na população brasileira,
ocorre em virtude dos avanços da medicina, com novas técnicas de prevenção e promoção de
saúde, bem como a implementação de saneamento básico e avanços sociais e científicos, que
promovem significativa mudança nos hábitos de vida da população.
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Com relação a cidade de Santos, esta possui uma população de 434.742 habitantes de
acordo com a projeção do IBGE para o ano de 2017, o município apresenta o número de 80.353
idosos. Entre eles, encontram-se os nascidos na própria cidade, bem como aqueles de outros
municípios que se mudaram para Santos após a aposentadoria, atraídos pela boa qualidade de
vida oferecida pela cidade. A Secretaria de Esportes oferece doze unidades de serviço para
prática de atividade física, sete academias ao ar livre e quatro postos de salvamento com
atividades de ginástica (VIDA PLENA, 2015).
4 O ENVELHECIMENTO INCLUSIVO
No Brasil pouco se avançou com relação a elaboração de políticas públicas voltadas aos
idosos. Um marco importante dessa trajetória foi a Constituição Federal de 1988 que trata
explicitamente dos direitos dos idosos no que tange à previdência social, o direito à concessão
de um salário mínimo aqueles idosos que comprovarem a ausência de recursos suficientes para
prover sua existência e de sua família, cuidado e proteção que devem ser assegurados pelos
filhos e a garantia do dever tríade da Família-Sociedade-Estado de defender a dignidade dos
idosos, como se vê:
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
[...]
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
[...]
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar,
independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
[...]
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V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
[...]
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os
filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou
enfermidade.
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas
idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e
bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
§ 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em
seus lares.
§ 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes
coletivos urbanos (BRASIL, 1988).
Não se pode deixar de mencionar que tal assistência não se limita apenas às
necessidades de subsistência do idoso, mas também ao apoio, cuidado e participação familiar na
vida do idoso. O abandono afetivo, assim, é um dos grandes problemas enfrentados por esta
categoria. O afeto, sem dúvidas, representa um papel essencial para o desenvolvimento do ser
humano, viabilizando o dever de cuidado de pais para filhos e destes com os pais.
Com o advento da figura jurídica do abandono afetivo inverso, consubstanciado na
omissão do dever de cuidado do idoso que atualmente permite a reparação civil perante o
descumprimento deste dever filial-paterno, sendo o instituto da responsabilidade civil o
mecanismo de defesa para concretização dos direitos dos idosos, ainda que sob a forma de
indenização por dano moral (ABANDONO, 2013).
No Brasil, após a Carta Maior de 88, muito se desenvolveu acerca da criação de políticas
públicas sociais direcionadas aos idosos, com ela a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei
8.742/93, e a Política Nacional do Idoso, Lei 8.842/94, em prol da proteção dos idosos. A LOAS é
uma Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada
através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o
atendimento às necessidades básicas a quem necessita (BRASIL, 1993).
Existe ainda a Política Nacional do Idoso (1994); a Política Nacional de Saúde do Idoso
(1999); o Estatuto do Idoso (2003); a Política Nacional de Assistência Social (2004) e mais
recentemente a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (2006). Portanto, no que se refere ao
campo legislativo, o idoso está assegurado constitucionalmente, mas isso não garante a
execução de tais leis.
A Política Nacional do Idoso tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso,
criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na
sociedade. (BRASIL, 1994). A Política Nacional de Saúde do Idoso tem como diretrizes a
promoção do envelhecimento saudável; manutenção da capacidade funcional; assistência às
necessidades de saúde; reabilitação da capacidade funcional comprometida; capacitação de
recursos humanos; apoio ao desenvolvimento de cuidados informais; e o apoio aos estudos e
pesquisas.
O Estatuto do Idoso por sua vez, é uma legislação contemporânea, que se refere a
proteção assistencial e regulamentação dos direitos da pessoa idosa (SOUSA, 2004), tem por
objetivo consolidar direitos já assegurados na Constituição Federal de 1988, protegendo,
principalmente, o idoso em situação de risco assegurando o direito à vida; à liberdade, ao
respeito, à dignidade; ao alimento; à saúde; à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer; à
profissionalização, ao trabalho; à previdência social; à assistência social; à habitação, ao
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Assim, o Estatuto vem para exigir que o Estado e a Sociedade viabilizem à população
idosa, direitos simples como de ir e vir em espaços individuais e comunitários, proporcionar a
liberdade para expressar suas opiniões, crenças e cultos religiosos, a liberdade para a realização
de esportes e diversões, além da participação na vida familiar, comunitária e política, por fim a
liberdade de auxílio e orientação.
Apesar de avanços, como a aprovação do Estatuto do Idoso, a realidade é que os direitos
e necessidades dos idosos ainda não são plenamente atendidos. Nessa perspectiva, tanto países
desenvolvidos quanto aqueles em desenvolvimento têm aprovado leis e criado estratégias de
ações que garantam um envelhecimento digno e saudável, com um diferencial: nos países em
desenvolvimento, como o Brasil, a existência dessas leis não asseguram que elas sejam
exercidas. (BENEDETTI et al, 2007). O processo de envelhecimento ocorre em um contexto de
condições insuficientes nas áreas de assistência social, saúde, esporte e lazer deste grupo etário
emergente, não sendo necessariamente acompanhado pela melhoria da qualidade de vida
(FREITAS; PY, 2011).
Além disso, com a reforma da previdência o mercado de trabalho será atingido por uma
sobrecarga em relação ao número de idosos aptos a desenvolver funções laborais, o que gerará
a necessidade de novas políticas públicas que incentivem e atendam esse novo público no
mercado de trabalho.
Neste mundo de produção e avanço acelerado, as pessoas passaram a dispor mais do
acesso à informação, e o conceito de pessoa sábia se modificou na mesma velocidade do
surgimento da nova tecnologia: a sabedoria do idoso ficou reduzida a não inclusão de
aprendizagens na área tecnológica.
Mesmo havendo a preocupação atual numa aplicação de novas práticas educacionais
voltadas para os idosos, o sentimento de exclusão ainda permanece. A própria sociedade levou
por gerações a criação do estereótipo da incapacidade de idoso em aprender, acarretando
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problemas sociais e emocionais, como a depressão e a solidão em virtude do seu afastamento
familiar e/ou social.
A inclusão Digital torna-se um instrumento para melhorar a qualidade de vida da
população idosa, visto que a informática favorece uma nova forma de interatividade, interação e
participação no convívio familiar e social. Uma grande parcela das pessoas, incluindo os próprios
idosos, ainda possui a crença, e o preconceito, de que pessoas com mais de sessenta anos têm
mais o que aprender. Essa visão sociocultural, como já foi dito, está passando por modificações
que antes eram somente preestabelecidas aos mais jovens (NASCIMENTO; CAVALCANTI, 2014).
Nesse interim, cabe destacar os jogos digitais como ferramentas de estimulação
cognitiva dos idosos, desenvolvendo nestes a melhora da capacidade de traçar mentalmente
planos antes de executá-los; aprimorando a sua atenção seletiva; aumentando a memória de
trabalho e a flexibilidade às mudanças ocorridas no meio social e o alcance do controle
inibitório, habilidade que possibilite aos idosos obstar respostas inadequadas, adquirindo novos
pensamentos e impulsos contra tentações, hábitos inadequados e maior reflexão de seus atos
(DIAMOIND, 2013; MIYAKE, 2000).
A imersão e a interação proporcionadas pelas novas condições tecnológicas conduziram
o desenvolvimento de uma dinâmica perceptiva baseada na manipulação de formas e de
informação que utilizam o tato, a visão, a audição, originando novos padrões perceptivos e de
sensibilidade. (HABERMAS, 1992).
Na medida em que se intensifica a dependência da tecnologia (eletrodomésticos,
automóveis, computadores), ocorre a dúvida sobre os benefícios trazidos por ela. Muitos não
tiveram suas expectativas atendidas, e assim surgiram a frustração, o relativismo e o nihilismo. A
partir da década de 1960, percebe-se um desencanto da cultura – perda de horizontes, sensação
de caos, incerteza e relatividade - e uma crise de conceitos fundamentais ao pensamento
moderno, como a verdade, a razão, a legitimidade, a universalidade, o sujeito, o progresso. O
efeito da desilusão dos sonhos alimentados na Modernidade se faz presente nas áreas da
estética, ética e ciência. Este desencanto pode ser visto nos diversos campos de produção
cultural, como a Literatura, a Arte, a Filosofia, a Arquitetura, a Economia, etc. (GIDDENS, 1991).
A informática, com o auxílio das ferramentas do computador, em determinados
contextos, facilita uma aprendizagem mais autônoma, no momento que é utilizado como meio
de ensino, processando-se a informação de maneira crítica e reflexiva, trabalhando-se em
grupos e proporcionando uma troca de conhecimento. Dessa forma, a inclusão digital está se
tornando um meio indispensável para que, no futuro, as pessoas não se isolem dessa sociedade
que cada vez mais está se tornando informatizada e exige novos conhecimentos (NASCIMENTO;
CAVALCANTI, 2014).
Diante do crescimento da população idosa, é importante observar como está sendo a sua
inserção e interação com as tecnologias. É importante que os idosos façam uso das tecnologias,
para uma melhor interação com outras pessoas e que não se tornem exclusos da era digital.
Adequar a tecnologia aos idosos é simplificá-la, torná-la interessante e de fácil assimilação; é
apresentá-la de uma forma que instigue a curiosidade sem causar sentimento de impotência ou
frustração.
Além de adaptações de hardware, a inclusão digital do público idoso envolve a ideia de
desenvolvimento de uma nova interface didática e autoexplicativa. O idoso, muitas vezes, não
pretende conhecer o computador e dominar a sua lógica, mas sim se tornar uma parte ativa no
panorama contemporâneo, sentir-se integrado à sociedade e à sua própria família. O fato é que,
independentemente da idade, as novas ferramentas não são uma exclusividade dos jovens.
Baudrillard (1993, p. 14) afirma que:
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A substituição do livro pela tela de TV, a migração da palavra para a imagem, do discurso
para a representação, são fenômenos da Pós-Modernidade. A pós-modernidade é o aspecto
cultural de uma sociedade pós-industrial, massificada e em processo de globalização. Em
paralelo com a aceleração do progresso da produção, dos meios de comunicação, da medicina,
das artes, ocorreram mudanças profundas no pensamento do homem contemporâneo em
relação a si mesmo, a sociedade e a realidade a sua volta. (BAUMAN, 1999).
Na Pós-Modernidade tem-se a sensação de que os tempos se endureceram, estão
cobertos de nuvens escuras. Cresce a insegurança em relação ao que fazer, como por exemplo, a
capacidade de decidir corretamente no exercício da liberdade do livre pensar. Há uma
problematização do conhecimento, cuja dúvida, segundo Bauman (1999, p. 257), desafia o
direito de a ciência validar e invalidar, legitimar e deslegitimar, ou seja, de traçar a linha divisória
entre conhecimento e ignorância. Ele diz que “a consciência pós-moderna é de que não há
nenhuma saída certa para a incerteza; a fuga à contingência é tão contingente quanto a
condição da qual se busca fugir”. Isso causa o que Bauman chama de desconforto e fonte de
mal-estares do pós-moderno.
Para Hal Foster (2002, p. 11), haveria duas espécies de pós-modernismos.
A primeira faz uma crítica à modernidade, desde uma perspectiva
reacionária, na medida em que defende a manutenção do estado de coisas; e outra
espécie, de resistência, que toma a crítica da modernidade como uma forma de
opor-se à manutenção do estado de coisas: “Na política cultural existe hoje uma
oposição básica entre um pós-modernismo que se propõe desconstruir o
modernismo e opor-se ao status quo, e um pós-modernismo que repudia o
primeiro e elogia o segundo: um pós-modernismo de resistência e outro de
reação.”
CONCLUSÃO
Inexiste dúvida quanto a urgência em enfrentar os desafios impostos pelo
envelhecimento, por ser um fenômeno inexorável, que exige a consciência da sociedade
brasileira não apenas por sua iminente existência, mas, especialmente, em decorrência dos
resultados que acarreta no desenvolvimento econômico e social futuro do país.
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Patrícia Verônica N. Carvalho Sobral De Souza e Lucas Gonçalves da Silva
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NOTAS
1
Corresponde a pessoas da faixa etária a partir dos 60 anos consoante a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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