Potência Libertária Do Estudo
Potência Libertária Do Estudo
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Ciro Bezerra
ciro.ufal@gmail.com
Para muitos pensar é uma tarefa fastidiosa. Para mim, nos meus
dias felizes, uma festa e uma Orgia.
Nietzsche
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Por que na modernidade se perdeu a “humanidade” como objetivo da formação intelectual, nos sistemas
escolares e universitários de ensino? Porque a prioridade da formação na modernidade é transformar
pessoas em mercadorias ou profissionais, com o objetivo exclusivo de inseri-las, como coisas e não pessoas,
no mercado de trabalho. E, veja, não importa em que condições de trabalho ocorre tal inserção. Portanto, a
natureza da formação na modernidade mudou radicalmente seu horizonte teleológico. A pergunta que
norteou nossa pesquisa é a seguinte: é possível viver o estudo na modernidade como os antigos viveram a
filosofia? Nossa resposta é sim, o que nos exige demonstra-la racionalmente. E o fizemos com a formulação
do método de estudo da leitura imanente, que resgata o princípio educativo da filosofia antiga: a amizade.
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Princípio estruturador da Paideia entre os filósofos, das mais diferentes escolas, onde conviviam uns com
os outros, tendo como horizonte a conquista das virtudes humanas.
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No anexo, ponto 7 no sumário, compartilharemos alguns relatos textuais. Mas há também depoimentos
verbais de professores que podem ser visualizados no site: estudoevirtude.com.
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REFERÊNCIAS
BOURDIEU
BOURDIEU, Pierre – O senso prático. 3ª edição. Rio de
Janeiro/Petrópolis: Vozes, 2013.
. A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo: EDUSP; Porto
Alegre, RS: Zouk, 2008.
. A produção da crença: contribuição para uma economia dos bens
simbólicos. 3ª edição. Porto Alegre, RS: Zouk, 2008.
. O poder simbólico. 9ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
. Os usos sociais da ciência: por uma sociologia clínica do campo científico.
São Paulo: Editora da UNESP, 2004a.
. Para uma Sociologia da Ciência. Lisboa/Portugal: Edições 70,
2004b.
. Coisas ditas. São Paulo: Brasiliense, 2004c.
. A profissão de sociólogo: preliminares epistemológicas. 2ª edição. Rio de
Janeiro/Petrópolis: Vozes, 1999.
. Razões práticas: Sobre a teoria da ação. São Paulo: Papirus, 1996.
. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1987.
BOURDIEU, P. & PASSERON, J.-C. – Los estudiantes y la cultura.
Barcelona: Editorial Labor, 1967.
FOUCAULT
FOUCAULT, Michel – A arqueologia do saber. 8ª edição. Rio de Janeiro:
Forense Universitária, 2013.
. História da Loucura: na Idade clássica. 9ª edição. São Paulo:
Perspectiva, 2012a.
. História da Sexualidade. 1: o uso dos prazeres. 13ª reimpressão. Rio
de Janeiro: Edições Graal, 2012b.
. História da Sexualidade. 2: o uso dos prazeres. 13ª reimpressão. Rio
de Janeiro: Edições Graal, 2012c.
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REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
BEZERRA, Ciro. Formação de Si. Maceió: Grafmarques, Volume I -
Sociologia do trabalho pedagógico e formação humana: Crítica à economia
política do trabalho pedagógico e Volume II - Estudo & Virtude:
Formação de si no mundo com os outros e as contradições na educação
brasileira, 2019.
. Professores Desacorrentados na Cé(lu)la de Aula: leitura imanente um
método para resistir e rebelar. Maceió: EDUFAL, 2019.
. Pesquisa e Currículo no Ensino Médio, Técnico e Profissional no Brasil,
nas três últimas décadas do século XX: contribuições para uma análise crítica
dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia á luz da crítica
à racionalização taylorista ou modelo burocrático de gestão escolar.
Maceió: GPMITS/GEPSTUFAL, 2017.
. Modernidade, Conhecimento e Teoria Social: crítica à economia
política do trabalho pedagógico. Relatório de Pesquisa. Pós-
doutoramento em Desenvolvimento Territorial e Educação do Campo.
Cátedra da UNESCO e Faculdade de Ciências e Tecnologias da UNESP
(Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho). Presidente
Prudente/Brasil, 2014, Volume II, 307 e 2012, Volume I, 308 p. 2011.
. Geografia do Capital: desenvolvimento territorial, educação do
campo e políticas públicas. Relatório de Pesquisa. Pós-doutoramento em
Geografia Agrária, Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Presidente Prudente. Brasil,
2012, 410 p.
. Conhecimento, Riqueza e Política. Maceió: EDUFAL, 2009.
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