Área de Conservação em Moçambique

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Amélia Sérgio Televo

Américo Júnior

Daúda Valentim

Edna Marlene António Mathe

Hermínia Sérgio Boa

Areas de Conservação em Moçambique

Tipologia a características de área de conservação na zona sul de Moçambique

Licenciatura em Planeamento e ordenamento Territorial

Universidade Pedagógica

Maputo

2022
Amélia Sérgio Televo

Américo Júnior

Daúda Valentim

Edna Marlene António Mathe

Hermínia Sérgio Boa

Areas de Conservação em Moçambique

Tipologia a características de área de conservação na zona sul de Moçambique

Trabalho de pesquisa científica da


disciplina, Ecossistemas da Terra e
Biodiversidade com o tema Areas de
Conservação em Moçambique

Docente: Prof. Doutor Apolinário Malauene

Universidade Pedagógica

Maputo

2022
Índice
1. Introdução..................................................................................................................4

2. Objectivos:.................................................................................................................4

2.1. Objectivo Geral:..................................................................................................4

2.2. Objectivo Especifico:......................................................................................4

3. Metodologia...............................................................................................................4

4. Área de Conservação em Moçambique......................................................................5

5. Principais áreas de conservação em Moçambique:....................................................6

6. Categorias de Áreas de Conservação.........................................................................8

7. Tipologia a Características da Área de Conservação na zona sul de Moçambique...9

8. Conclusão.................................................................................................................13

9. Referencias Bibliográficas.......................................................................................14
4

1. Introdução

O presente trabalho, enquadra-se na disciplina de Ecossistema da Terra e


Biodiversidade, leccionada no 1º ano do curso de Licenciatura em Planeamento e
Ordenamento Territorial e constitui um método de capacitação dos estudantes em
conteúdos relacionados com Areas de Conservação de Moçambique e Tipologia a
características da área de conservação na zona sul de Moçambique.

O presente trabalho, está estruturado em três partes, sendo, esta parte introdutória, onde
de forma sintética, apresenta-se o tema em questão, a segunda parte, corresponde ao
desenvolvimento ou corpo do trabalho e por fim iremos tecer as considerações em jeito
de conclusão e as referências bibliográficas consultadas.

2. Objectivos:
2.1. Objectivo Geral:
 Compreender como esta estruturada as áreas de Conservação de Moçambique;
2.2. Objectivo Especifico:
 Definir os principais conceitos;
 Apresentar as áreas de Conservação em Moçambique.
3. Metodologia

Em Lakatos e Marconi (1991, p. 39-40), encontram-se diferentes conceitos de


metodologia, segundo diversos autores. Metodologia é uma forma de seleccionar
técnicas, forma de avaliar alternativas para acção científica, dai que para a elaboração
deste trabalho recorreu-se ao método qualitativo baseado na pesquisa - Internet, artigos
científicos que abordam a temática.

Segundo Richardson (1999, p.79), a abordagem qualitativa de um problema, além de ser


uma opção do investigador, justifica-se, sobretudo, por ser uma forma adequada para
entender a natureza de um fenómeno social, para além de permitir descrever a
complexidade do problema, analisar a interacção das variáveis, compreender e clarificar
processos dinâmicos vividos por grupos sociais.

Segundo o mesmo autor, o método qualitativo é um procedimento sistemático que, para


descrição e explicação de fenómenos se caracteriza pelo não emprego de qualificação na
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colecta de dados, bem como, do não tratamento desses através de técnicas estatísticas,
como é o caso do método quantitativo mas sim faz a análise do conteúdo dos dados
colectados.

4. Área de Conservação em Moçambique

Segundo (NTELA cit. in IUCN 1994), área de conservação é um espaço geográfico


claramente definido, reconhecido, dedicado e gerido, através de meios legais ou outros
igualmente eficientes, com o fim de obter a conservação ao longo do tempo da natureza
com os serviços associados ao ecossistema e os valores culturais.

Áreas de conservação são essenciais para a conservação da biodiversidade. Elas são


pilares nacionais e internacionais de praticamente todas as estratégias de conservação,
reservado para manter o funcionamento do ecossistema naturais, para actuar como
refúgio para as espécies e para manter processos ecológicos que não consegue sobrevier
em mais intensamente amplo espectro paisagístico e marinho. As áreas protegidas
funcionam como um ponto de referência onde ocorre uma interacção humana com o
mundo natural. Hoje elas são muitas vezes a única esperança para conter as espécies
ameaçadas ou endémicas e em vias de extinção. Elas são complementares às medidas
para alcançara a conservação da biodiversidade e o uso sustentável fora das áreas
protegidas, de acordo com as directrizes da Convenção da Diversidade Biológica.

As áreas consideradas de Conservação em Moçambique segundo Biofound são:

 Parque Nacional;
 Reserva Nacional;
 Reserva Especial;
 Área de Protecção Ambiental.

Segundo (NTELA cit. in USAID 2011, MATOS 2011, MITUR 2004), Moçambique
tem uma rede de áreas protegidas cuja cobertura estende-se em toda eco-região e
biomas que asseguram a sua integridade como uma porção representativa da herança
natural do país. A rede principal das áreas protegidas, isto é, os parques e reservas
Nacionais cobrem 12.6 % da superfície total do país, mas essa cobertura aumenta para,
aproximadamente, 15% quando se incluem as coutadas. O estabelecimento das áreas de
conservação no país é um fenómeno recente. A década de 60 e o princípio da década de
70 foram o período em que as áreas de conservação da categoria de protecção total
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foram criadas. Os princípios da década de 60 foram marcados pela criação das reservas
nacionais (83,3% das reservas nacionais e 17% dos parques nacionais). Já no início da
década de 70 foi marcado pela criação dos parques, (cerca de 50% dos existentes no
país). A década de 2000 iniciou com o crescimento dos parques (a criação dos restantes
33,3%) e das reservas (os 17%).

GOVERNO DE MOÇAMBIQUE (2003), acrescenta que Moçambique, é constituída


por 6 (seis) parques nacionais, 5 (cinco) reserva de nacionais, 14 reservas florestais e 12
coutadas de caça, cobrindo uma área total de cerca de 128.749 km² o equivalente a 16 %
do território nacional.

A despeito da extensão das áreas de conservação, só uma pequena parte da diversidade


de habitats e ecossistemas que o país possui se encontra representado nestas áreas. São
exemplos, os habitats e ecossistemas montanhosos, aquáticos e marinhos que apesar de
extensos e diversificados, encontram-se mal representados na actual rede de áreas de
conservação. Este fato é em parte justificado pela proclamação no período colonial de
grande parte das áreas de conservação existentes no país mais em função de objectivo
económicos do que ecológicos.

5. Principais áreas de conservação em Moçambique:

O território Moçambicano constitui uma vasta área de conservação nomeadamente:

Parque Nacional

 Banhine;
 Bazaruto;
 Gorongosa;
 Limpopo;
 Magoe;
 Quirimbas;
 Zinave.

Parque Nacional

 Chimanemane;
 Gilé;
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 Marromeu;
 Niassa;
 Pomene;
 Lago Niassa;
 Ponta de Ouro;
 Malhazine.

Reserva Especial

 Maputo

Área de Protecção Ambiental

 Ilhas Primeiras e segunda.


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Fonte: Checklist´e Centros de Diversidade de Vertebrados

Em Moçambique, a gestão das áreas de conservação é feita pela Administração


Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), entidade sob tutela do Ministério da Terra
Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER).

6. Categorias de Áreas de Conservação

Existem nove (9) categorias propostas dentro da Política de Conservação:

Reserva Total (IUCN I), Parque Nacional (IUCN II), Monumentos (IUCN III), Reserva
Especial Nacional ou Provincial (IUCN IV), Paisagem protegidas (IUCN V), Áreas
Transfronteiriças e Biosfera (IUCN VI), Reserva Privada (IUCN II-V), Reserva
Comunitária (IUCN II-V) e Santuários Comunitários (Nacional Provincial ou Distrital).
A reserva total, parque nacional e monumentos são classificados como áreas de
conservação total e restante como áreas de uso sustentável.

Segundo GOVERNO DE MOÇAMBIQUE (2009), a Política de Conservação traz


questões para melhoramento e adequação da legislação incluindo procedimentos que
permite uma implementação de revisão de processo interactiva para actual classificação
proposta. Existe também necessidade de apoiar iniciativas locais que visam controlar de
uma forma rigorosa a exploração de recursos naturais através de criação de santuários
ou zonas de veda temporal onde são proibidas actividades que afectam negativamente a
capacidade de reprodução de certas espécies. Essa modalidade de zoneamento já existe
no Regulamento Geral da Pesca Marítima, mais ainda não tem a sua contraparte nas
áreas terrestres. Cabe às autoridades estatais em níveis locais, provincial e nacional
reconhecer os santuários e apoiar a sua protecção durante o período em que está em
vigor. Tendo uma validade limitada em renováveis, esses santuários não são áreas de
conservação, mas constituem um elemento importante na conservação da
biodiversidade. Obviamente, podem transitar para uma área de conservação caso se
decida que as restrições introduzidas no âmbito da conservação da biodiversidade
deixam de ser temporárias.
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7. Tipologia a Características da Área de Conservação na zona sul de


Moçambique

A região sul de Moçambique é constituída por quatro (4) parques nacionais e três (3)
reservas nacional, nomeadamente:

Parque Nacional

 Banhine;
 Bazaruto;
 Limpopo e Zinave.

Reserva Nacional

 Pomene;
 Ponta do Ouro;
 Malhazine.

Parque Nacional de Banhine

Segundo Governo de Moçambique (2006), o parque nacional de Banhine é uma área


protegida no norte da província de Gaza, Moçambique. Tem aproximadamente 7.250
quilómetros na área e possui extensas áreas húmidas interiores, o parque esta em uma
área com chuvas anuais de apenas 430 milímetros, entretanto mais de 1% do parque é
pantanoso e também existem mais de mil charcos que variam em tamanho, a água vem
da área a noroeste, perto do limite Zimbabué fluindo por muitos canais para as áreas
húmidas e depois para o rio Changane.

O parque Nacional de Banhine abriga guindastes ameaçados de extinção e muitas aves


migratórias. Os resultados de uma pesquisa aérea realizada em Outubro 2004 mostraram
que o parque tinha populações saudáveis de avestruz, cudo, impala, reeduca,
cephalophinae, raphiceuros campestres, porco-espinho, javali e oribi. Predadores como
leopardo, leões, servia, hienas-pintadas e guepardos.
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Existe uma pequena população humana na reserva, prejudicando o meio ambiente


devido ao cultivo de milho, sorgo, mandioca e cana-de-açúcar. Com a seca, as colheitas
fracassam e as pessoas voltam a caça e pesca, colocando pressão sobre a fauna.

Parque Nacional de Bazaruto

Foi a primeira área de conservação marinha de Moçambique. Foi criado em 1971, pelo
Diploma Legislativo nº 46̸71 de 25 de Maio, integrando ilhas Benguera, Maguruque e
Bangue, com área total de 80 quilómetros quadrado. As ilhas de Bazaruto e Santa
Carolina tinham o estatuto de áreas de vigilância especial. O parque Nacional de
Bazaruto foi alargado, passando a englobar as cinco ilhas recebendo a nova
denominação de Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto, com uma área total de
1430 quilómetros quadrado.

Os limites do parque são referenciados pelos paralelos 21º 27´ 30´´S e 22º 02´ 55´´N e
Pelos meridianos 35º 14´ 01´´E e 35º 32´ 30´´ O.

No parque Nacional do Bazaruto podem encontrar-se cerca de 164 espécies de aves,


algumas muito raras. O parque também serve de santuário a varias espécies marinhas,
tais como espécies de peixes e baleias, raias-santas, golfinhos, tartarugas-marinhas e
dugongos.

Quanto aos dugongos esta é a ultima espécie viável do Oceano Indico ocidental,
estimado em 250 indivíduos.

Parque Nacional de Zinave

O parque Nacional de Zinave situa-se nos distritos de Mabote e Govuro, na província de


Inhambane, cobrindo também uma pequena Porção no distrito de Massangena na
província de Gaza. O Parque Nacional do Zinave tem uma área de 408,843 hectares e
foi criado a 26 de Junho de 1973.

O Parque Nacional do Zinave tem cerca de 200 espécies arbóreas e 200 espécies de
gramíneas. Os animais que podem ser vistos incluem, elefante, girafa, hipopótamo,
búfalo, impala, cudo, inhala, oribi, chango, Piva, boi-cavalo, zebram, porco-bravo,
11

crocodilo, cabrito do mato e hiena. Também faz transcrições entre as terras tropicais
húmidas e as terras secas, sendo um importante local de passagem para os mamíferos
nómadas que atravessam a região do Limpopo. A girafa e uma das espécies que mais se
destaca da fauna local, estando naturalmente acompanhada de uma vegetação rica em
acácias e florestas de miombo e mopane.

Parque Nacional de Limpopo

Localiza se na província de Gaza, foi estabelecido a 27 de Novembro de 2001, mudando


assim o estatuto e dimensões da antiga coutada 16, uma área de caça adjacente ao rio
Limpopo. Sua implementação foi realizada em parceria entre o governo moçambicano e
a peace parks Foundation.

Este parque conte 10 paisagens onde podem ser encontradas, planícies arenosas,
planícies calciticas com savana de arbustos de mopane, matas de mopane, savana
arborizada e planície aluviais, com 49 espécies de peixes das quais três merecem
estatuto especial de conservação, dois habitantes da lagoas sazonais e peixe de pulmões,
34 espécies de rã, 116 espécies de reptei, duas endémicas, 505 espécies de aves e 147
espécies de mamíferos.

Parque Ecológico de Malahazine

MITADER 2017, PEM localiza-se na cidade de Maputo, com uma área de 12 Km


protegida por diversas unidades de vegetação e tipos de cobertura de terra cerca de 105
espécies de flora, dentre arbóreas, arbustivas, herbáceas, trepadeiras, gramíneas e lianas
também abrange diversidade de espécies mamíferas, repteis e aves.

Reserva Nacional de Pomene

Segundo MITADER 2011, Reserva Nacional de Pomene Localiza se na província de


Inhambane no distrito de Massinga, estabelecido em 1964, possui diversos habitats
terrestres e marinhos, incluindo dunas cobertas de vegetação, savanas, mangais e
pântanos, foi criada com o objectivo de preservar o boi cavalo (Connochaetes taurinus)
e a zebra (Equus burchelli) Ocupa uma área de 50 quilómetro quadrado dentro do 7.410
quilómetro quadrado do distrito.
12

Reserva Nacional de Ponta do Ouro

Segundo MITADER 2011, Reserva Nacional de Ponta do Ouro esta localizada na


extremidade sul do país ( provincia de Maputo), proclamado em 1960 como reserva de
protecção aos Elefantes, com área de 80.000 hectares, em 1969 por reconhecimento do
seu valor ecologico mais abragente, foi recategorizada como Reserva Especial de
Maputo, e em 2011 foi feita a integracao do corredor do fúti nos actuais limites da
Reserva, perfazendo uma área total protegida de 112,oo hectares gerida de forma
integrada com a Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro proclamado em 2009 com
uma área de 67.800 hectares.

A reserva é sobretudo notável pela sua paisagem representada por grande variedade e
riqueza de habitats, praias virgens, mangais, prados, florestas costeiras sobre dunas e
varias lagoas.

Entre a fauna que se pode encontrar, destaca se a população de elefantes, zebras, bois,
cavalos, girafas e presença de hipopótamos e crocodilos nas lagoas. Na área marinha,
existe uma variedade de espécies tais como baleias, tartarugas, golfinhos, dugongos e
inumerosas espécies de peixes. É importante sublinhar que as tartarugas marinhas
nidificam ao longo da costa, presença de 350 espécies de aves torna a Reserva um
paraíso para os apreciadores da avifauna.
13

Fonte: Protected Areas of Mozambique

8. Conclusão

Após leitura e consultas bibliográficas em matérias que abordam a questão das áreas de
conservação de Moçambique e Tipologia a características de áreas de conservação na
zona sul de Moçambique, concluímos que Moçambique constitui uma variedade de
áreas conservadas, como Reservas, Parques, Ilhas com diversas espécies raras e com
valores culturas, turísticos e económicos.

Para finalizar é importante sublinhar que a zona sul possui áreas de reservas das
espécies para sua reprodução e evolução também zonas consideram áreas verdes para
proteger os ecossistemas naturais, atraindo centros turísticos para essas áreas, também
valorizando a cultura e preservando estas áreas.

(NTELA cit In, Dudley et al., 200 apud Dudley 2008), a maiorias das pessoas acreditam
que temos uma obrigação ética para evitar a perda de espécies, devido às nossas
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próprias acções e estas é apoiada pelos ensinamentos da grande maioria da população


munido crentes religioso. Proteger paisagens icónicas e maravilhas é visto como sendo
importante a partir de uma ampla perspectiva cultural, bem como, e as áreas protegidas
são emblemáticas tão importantes para o património de um país.
15

9. Referencias Bibliográficas

DUARTE, Eleutério et al. Breve Analise e Recomendação sobre o tipo de gestão e


protecção possíveis para áreas-chave para Biodiversidade (KBAs), identificadas em
Moçambique (VOL. III);

Lakatos E. M. & Marconi, M. A. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo:


Atlas S.A. (2003);

NTELA, Papucides Bosco Tiago. Revista VITAS – Visões Transdisciplinares sobre


Ambiente e Sociedade – www.uff.br/revistavitas, ISSN 2238-1627, Ano III, Nº 6, Abril
de 2013;

WWW. Kruguer Park.co.ZA. Consultado em 21 de Outubro 2022;

WWW. Ministério da Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural.mz. Consultado em 21


de Outubro 2022.

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