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II ENCONTRO VIRTUAL DO CONPEDI

DIREITO EMPRESARIAL II

RENATA ALBUQUERQUE LIMA

VIVIANE COÊLHO DE SÉLLOS KNOERR


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D597
Direito empresarial II [Recurso eletrônico on-line] organização CONPEDI
Coordenadores: Renata Albuquerque Lima; Viviane Coêlho de Séllos Knoerr – Florianópolis: CONPEDI, 2020.
Inclui bibliografia
ISBN: 978-65-5648-163-0
Modo de acesso: www.conpedi.org.br em publicações
Tema: Direito, pandemia e transformação digital: novos tempos, novos desafios?
1. Direito – Estudo e ensino (Pós-graduação) – Encontros Nacionais. 2. Empresarial. 3. Isonomia. II Encontro Virtual
do CONPEDI (2: 2020 : Florianópolis, Brasil).
CDU: 34

Conselho Nacional de Pesquisa


e Pós-Graduação em Direito Florianópolis
Santa Catarina – Brasil
www.conpedi.org.br
II ENCONTRO VIRTUAL DO CONPEDI
DIREITO EMPRESARIAL II

Apresentação

Apresentam-se os trabalhos discutidos, no dia 08 de dezembro de 2020, no Grupo de


Trabalho (GT) de Direito Empresarial II do II Encontro Virtual "Direito, pandemia e
transformação digital: novos tempos, novos desafios?”, do Conselho Nacional de Pesquisa e
Pós-Graduação em Direito - CONPEDI. O GT, de coordenação dos trabalhos das Professoras
Doutoras Renata Albuquerque Lima e Viviane Coêlho de Séllos Knoerr, que envolveu onze
artigos que, entre perspectivas teóricas e práticas, nos fazem refletir sobre os impactos e os
dilemas da atualidade, principalmente em períodos de pandemia, sobre o Direito Empresarial.

O primeiro artigo apresentado intitulado “O REGIME JURÍDICO ESPECIAL E


TRANSITÓRIO NA JURISPRUDÊNCIA DOS TRIBUNAIS ESTADUAIS” de autoria de
Andre Lipp Pinto Basto Lupi analisou a Lei 14.010, tendo esta trazido disposições
específicas para o período transitório da pandemia do Covid-19 (RJET), tendo contribuído
para uma maior segurança jurídica ao estabelecer critérios mais objetivos para as decisões
judiciais.

O Artigo que trata do tema “O DECRETO 9.571/2018 DAS DIRETRIZES NACIONAIS


SOBRE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS E O DIREITO PENAL MODERNO”, de
autoria de Gregorio Menzel e Clayton Reis, tendo sido apresentado pelo primeiro autor,
estudou o Decreto 9.571/2018 que versa sobre as Diretrizes Nacionais sobre Direitos
Humanos e Empresas.

A temática sobre “O PRINCÍPIO DA PRESERVAÇÃO DA EMPRESA FRENTE ÀS


SITUAÇÕES DE DEADLOCK - UMA ANÁLISE DA VIABILIDADE DA CLÁUSULA
SHOTGUN NAS STARTUPS”, tratado por Tiago Domingues Brito e Carlos Miguel de
Meira, tendo sido apresentado pelo primeiro, analisou a viabilidade jurídica da aplicação da
cláusula shotgun nas situações de deadlock ocorridas no âmbito das empresas startups.

Rodrigo Campos Hasson Sayeg apresentou a pesquisa intitulada “DA FIGURA DO CEO
NARCISISTICO E SEU IMPACTO NO DIREITO SOCIETARIO BRASILEIRO”, de sua
autoria juntamente com Sergio Fernando Moro e Ricardo Hasson Sayeg. Tal pesquisa tratou
sobre o CEO narcisista, seus impactos na empresa, bem como mostrou seus possíveis limites
em razão da Lei de Sociedades Anônimas.
Bruna Araújo Guimaraes e Vinicius dos Santos Rodrigues apresentaram o estudo sobre
“PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NA HOLDING FAMILIAR: UM ESTUDO A PARTIR
DO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO”, tendo analisado que a holding tem sido adotada
por empresas, em que seu objetivo é o controle do patrimônio de pessoas físicas de uma
mesma família, fazendo com que os herdeiros domem a posição de sócios.

Alex Floriano Neto pesquisou sobre “O USO DE BIODIGESTORES NA EMPRESA


RURAL: RESPONSABILIDADE SOCIAL DO EMPRESÁRIO RURAL E
SUSTENTABILIDADE”, em que o mesmo abordou o uso de biodigestores para destinação
adequada e sustentável dos resíduos sólidos gerados em atividades rurais, além da função
social e da responsabilidade social do empresário rural nesse contexto.

O tema “DILEMAS CONTEMPORÂNEOS DA EMPRESARIALIDADE:


PRODUTIVIDADE DOS NEGÓCIOS E HUMAN RIGHTS APPROACH NA
PANDEMIA”, de autoria de Pedro Durão e Juliana Araújo Pinto, sendo apresentado pela
última autora, analisa a implementação de cultura de respeito, promoção e proteção dos
direitos humanos no ambiente corporativo.

“EFEITOS DAS DIMENSÕES SUBJETIVA E OBJETIVA DO FUNDO DE


INVESTIMENTO SOBRE A TITULARIDADE DE SEU PATRIMÔNIO” foi o tema da
pesquisa de Rubia Carneiro Neves e Estela Sucasas dos Santos, sendo apresentada por esta,
tratou sobre a titularidade do patrimônio do fundo de investimento – se deste, ou de seus
investidores.

Dionis Janner Leal pesquisou sobre “COMPLIANCE ANTICORRUPÇÃO


EMPRESARIAL: DA MITIGAÇÃO DE RISCOS SANCIONATÓRIOS AO REQUISITO
PARA CONTRATAÇÃO PÚBLICA SUSTENTÁVEL”, em que o mesmo analisou os
contornos da Lei n° 12.846/2013 enquanto controle de integridade empresarial e requisito
para contratação com o poder público.

Carla Izolda Fiuza Costa Marshall apresentou o artigo intitulado “SOCIEDADES


LIMITADAS: BREVE ANÁLISE SOBRE SEUS IMPASSES”, de sua autoria
conjuntamente com Veronica Lagassi e Paola Domingues Jacob, em que referido artigo
analisou as nuances das sociedades limitadas refletindo sobre os avanços e retrocessos que
experimentou ao longo desses mais de cem anos de existência no Brasil, desde a sua criação
através do Decreto nº 3.708/1919 e sua posterior regulação pelo Código Civil.
E, por último, Luiz César Martins Loques apresentou a pesquisa sobre “A SUBMISSÃO DO
DIREITO E DO ESTADO AO PODER ECONÔMICO: A PANDEMIA DA COVID-19 E A
INTERPRETAÇÃO DO ART.421-A DO CC/02”, de sua autoria com Milena Zampieri
Sellmann ressaltou sobre a necessidade dos contratos empresariais serem interpretados à luz
da boa-fé objetiva e do controle dos efeitos externos, em que o art.421-A do CC/02 traz uma
carga axiológica excessivamente liberal e não intervencionista, o que não coaduna com o
cenário econômico atual diante da pandemia do COVID-19.

Agradecemos a todos os pesquisadores da presente obra pela sua inestimável colaboração,


desejamos uma ótima e proveitosa leitura!

Coordenadores:

Profa. Dra. Renata Albuquerque Lima – UNICHRISTUS e UVA

Profa. Dra. Viviane Coêlho de Séllos Knoerr - UNICURITIBA

Nota técnica: Os artigos do Grupo de Trabalho Direito Empresarial II apresentados no II


Encontro Virtual do CONPEDI e que não constam nestes Anais, foram selecionados para
publicação na Plataforma Index Law Journals (https://www.indexlaw.org/), conforme
previsto no item 7.1 do edital do Evento, e podem ser encontrados na Revista Brasileira de
Direito Empresarial ou na CONPEDI Law Review. Equipe Editorial Index Law Journal -
publicacao@conpedi.org.br.
PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NA HOLDING FAMILIAR: UM ESTUDO A
PARTIR DO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO
SUCCESSORY PLANNING IN FAMILY HOLDING: A STUDY BASED ON THE
BRAZILIAN LEGAL SYSTEM

Bruna Araújo Guimaraes 1


Vinicius dos Santos Rodrigues 2

Resumo
A holding tem sido adotada por empresas, pois suas regras de sucessão patrimonial já são
presentes no contrato social, seu objetivo é o controle do patrimônio de pessoas físicas de
uma mesma família, fazendo com que os herdeiros domem a posição de sócios. O
planejamento encontrado no Código Civil sendo um processo de decisões por antecipação,
podendo levar obtenção de vantagens significativas, como: facilitar a sucessão, a proteção
patrimonial e planejamento tributário. Além das vantagens, apresenta também desvantagens,
que devem ser analisadas antes da sua constituição, como: tribulação de ganho de capital
referente à venda de participação em empresas filiadas.

Palavras-chave: Holding, Planejamento, Pós, Contra

Abstract/Resumen/Résumé
The holding company has been adopted by companies, since its rules of succession are
already present in the social contract, purpose is to control the assets of individuals of the
same family, making the heirs dominate the position of partners. The planning found in the
Civil Code is a process of decisions by anticipation, and can lead to obtain significant
advantages, such as: facilitate succession, patrimonial protection and tax planning. In
addition to the advantages, it also presents disadvantages, which must be analyzed before its
constitution, such as: capital gain tribulation related to the sale of participation in affiliated
companies.

Keywords/Palabras-claves/Mots-clés: Holding, Planning, Pos, Against

1 Mestre em Direito pela UFG. Advogada. Docente orientadora da Faculdade Evangélica Raízes.
2 Graduado em Direito pela Faculdade Evangélica Raízes.

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INTRODUÇÃO

Muito se tem discutido o fato das empresas brasileiras por vezes adotarem o método
da holding familiar, cujo objetivo é facilitar a sucessão hereditária de bens em caso de
falecimento do doador, planejando de forma antecipada e satisfatória. Isto ocorre uma vez que
todas as regras de sucessão patrimonial já estarão definidas no contrato social da holding,
evitando que o patrimônio familiar tenha que passar por um longo processo de inventário, e
sem que haja a necessidade das atividades das empresas familiares.
A holding é, uma empresa criada com o objetivo de controlar o patrimônio de uma
ou mais pessoas físicas de uma mesma família que possuam bens e participações societárias
em seu nome, com isso os herdeiros assumem a posição de sócios, sendo que todas as
decisões concernentes a esse patrimônio são tomadas na forma de deliberações sociais.
A holding é constituída geralmente na forma de sociedade limitada e pode ser pura
ou mista. A holding familiar pura é aquela criada apenas como controladora, ou seja, terá
como objetivo social apenas a administração de bens e sociedades. Já a holding familiar mista
é aquela que, além de controladora, exerce alguma atividade empresarial (FURTADA NETO,
2015).
Antes de ser constituída a holding, é preciso elaborar um estudo de análise da sua
viabilidade, a variar de acordo com o perfil familiar e negocial, e os envolvidos da família
deverão estar de comum acordo. Caso contrário, a gestão e o sucesso da holding familiar
serão comprometidos (FREITAS DE CAMARGO, 2017).
Na pratica o tipo societário mais utilizado no país pelo fato do custo benefício ser
mais acessível tanto na simplicidade, quanto no custo do registro feito pela junta comercial, é
o da sociedade limitada ou sociedade por ações, tendo em vista a forma social mais
adequada quando se pretende impedir que terceiros estranhos à família participem da
sociedade, no caso de familiar.
O rol de legislação pertinente do planejamento sucessório encontra-se no Código
Civil (lei 10.406/02), no que diz respeito à capacidade das pessoas em direitos e deveres e no
que tange a sucessão definitiva com seus requisitos e sanções, o que será melhor estudado no
decorrer do presente estudo.
Verifica-se que a holding familiar, e cada tipo societário e especificações de criação,
estão mencionados na lei das sociedades por ações 6.404/1976, nos artigos; 2º, § 3º; artigo;
206 a 219; artigo 243, § 2º.

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Dentre as principais vantagens de uma Holding Familiar que se pretende estudar,
estão: planejamento financeiro; planejamento tributário; blindagem patrimonial; e
planejamento sucessório, uma vez que busca manter harmonia nas finanças da família, a
busca da redução de carga tributária por meios legais, e principalmente as etapas para que se
tenha sucesso com embasamento pagando menos impostos e tendo mais lucro, e a forma da
divisão deste rendamento mensal líquido para cada sócio, o que será melhor detalhado no
artigo científico.
Mister salientar que o principal objetivo para uma empresa constituir uma holding é
visando principalmente a proteção do patrimônio pessoal e familiar e a eficácia para proteger
a sucessão do patrimônio da família, em especial para as empresas.
O objetivo geral é compreender o processamento de uma holding familiar,
identificando cada etapa percorrida para o sucesso de uma empresa. Já os objetivos
específicos é entender o conceito da holding familiar, identificar as etapas do planejamento
sucessório e os prós e contra.
Na metodologia será utilizado o método dedutivo a fim de analisar como está sendo a
atuação da holding nas empresas de pequeno, médio e grande porte, propondo-se realizar
procedimentos técnicos de pesquisa bibliográfica especifica por meio de inúmeras fontes de
leitura como: legislação, artigos, livros e a internet.
Aplica-se também o método qualitativo, porque o estudo agregará conhecimento à
sociedade, esclarecendo como está sendo aplicada à holding familiar nas empresas.

1 Holding familiar: conceito, história, princípios e legislação

Neste primeiro tópico buscar-se elucidar o conceito da holding familiar juntamente


com seu surgimento, legislação pertinente e os princípios constitucionais.
A holding não é um tipo societário, tampouco apresenta uma natureza jurídica
predeterminada, tratando-se de sociedade que detém participação societária de outras
sociedades, controlando-as ou não.
A Lei das Sociedades Anônimas (LSA), nº. 6.404/76, em seu art. 2º, é possível que a
sociedade invista seu patrimônio em ações ou quotas de outras sociedades constando
expressamente a atividade de participação no capital social de outras empresas, o que
configura hipótese de holding.
Uma das funções mais vistas atualmente é a possibilidade de a holding também atuar
como prestadora de serviços, sendo terceirizada.(VIEIRA, 2008, p.239).

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Tem-se assim uma holding mista, a qual funciona quase como se fosse a própria
pessoa de um de seus sócios, especialmente quando utilizada na forma de prestação de
serviços para outras empresas, mantendo-se existente no âmbito do Direito Societário
(VIEIRA, 2008, p.239).
A melhor estruturação societária dependerá das demandas individuais e, por mais
que alguns tipos societários tenham a maior preferência do mercado, não quer dizer que os
demais não possam ser utilizados (VIEIRA DA SILVA, 2008, p.239). Atualmente, segundo
Mamede e Mamede (2018), a utilização da holding é mais ampla no seu conceito originário,
ela é usada não só para controlar outras sociedades, mas também para controlar um
patrimônio, podendo ser composta por bens móveis e imóveis, investimentos financeiros e
propriedade industrial (marcas e patentes), exercendo o controle sobre esses bens.
A holding é uma sociedade cujo capital social pode deter participações societárias de
outras pessoas jurídicas, como cotista ou acionista. Nas palavras de Prado, Costa lunga e
Krischbaum (2017), é uma sociedade formalmente constituída, com personalidade jurídica,
cujo capital social, é subscrito e integralizado com participações societárias de outra(s)
pessoa(s) jurídica(s).
Percebe-se que o objetivo da holding é ser uma ligação entre o empresário e a
família e o seu grupo patrimonial, organizando a sucessão da empresa.
Segundo Mamede e Mamede (2018), o recurso às estruturas societárias tem o
condão de fazer uma contenção dos conflitos familiares:

Contenção para os conflitos familiares, na medida em que se atribui a uma sociedade


holding o controle da empresa ou grupo de empresas; assim, afastam-se os eventuais
conflitos familiares do ambiente de produção. Os conflitos familiares ficam
confinados à holding, que merecem a regência legal das normas do Direito
Societário, disciplina do Direito Empresarial (MAMEDE, 2018).

No Brasil, a estrutura do Direito Sucessório brasileiro foi moldada pelas diferentes


características dos direitos Romano, Germânico e Canônico embora as mais expressivas
decorram do Direito Romano, com a autonomia no direito de testar. O testador só poderá
dispor da metade de seus bens, fato que acaba por gerar uma série de problemas de partilha,
mantendo-se, por vezes, obrigatoriamente um condomínio indivisível de bens (VENOSA,
2014, p.194).
O Direito Germânico e o Direito Romano partiam de concepções opostas, seja da
família, seja da relação jurídica sucessória. Enquanto o Germânico reconhecia somente os
herdeiros de sangue, impedindo, portanto, o indivíduo de testar, o Romano, ao contrário,
pregava a mais ampla liberdade de dispor dos próprios bens com o ato testamentário;

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Durante a Idade Média, acrescenta-se a essas duas concepções o Direito Canônico,
que já mantinha frágil equilíbrio entre as exigências religiosas de proteção à pessoa e à
família (VENOSA, 2014, p.194).
No Direito Romano, admitido o amplo poder do pater famílias, havia plena liberdade
de testar. Posteriormente foram sendo criadas regras que limitavam essa liberdade, no entanto,
não havia regra fixa sobre a quota mínima reservada (VENOSA, 2014, p.194).
No Direito Germânico a evolução deu-se de forma diferente. Todo o patrimônio era
familiar, e a impossibilidade de seu afastamento do grupo por morte de membro da família
ensejava a sua atribuição ao primogênito (VENOSA, 2014, p.194).

Para o Direito Canônico também havia limitação, não podendo o testador dispor de
mais de um terço do patrimônio, reservando-se dois terços aos herdeiros necessários
(VENOSA, 2014, p.194). Conclui-se, portanto, que o Direito brasileiro é o mais rigoroso na
liberdade do testador.
No Direito Romano, antes da Lei das XII Tábuas, segundo VIEIRA (2008), o
direito de testar era matéria obscura. Percebe-se que as formas normais de testamento eram as
colatiscomitis, firmadas por ocasião dos comícios, nos quais cada pai de família podia
declarar sua última vontade tendo o povo como testemunha, e o testamentum in procinctu, já
em forma para a guerra, transformado em testamento militar.(VIEIRA, 2008, p.239).
Mister se faz analisar os princípios que norteiam as relações econômicas da Holding
para compreender o surgimento do instituto, principalmente os princípios constitucionais
eleitos pelo constituinte como fundamentos essenciais à ordem normativa.
A Constituição de 1988 veio embasar a necessidade de organização e controle das
sociedades empresariais. Os artigos 1º, 5º e 6º impressionam pela nitidez de mostrar uma nova
ordem social e um novo ambiente a atuar, novas diretrizes para as estratégias dos anos 90 e os
caminhos para os anos 2000. O artigo 170 da Constituição estabelece, inequivocamente, as
bases para novos empreendimentos, e o artigo 226 veio esclarecer o novo relacionamento
familiar (TEIXEIRA, 2008, p.1).
Sob o aspecto negativo deste princípio, o Estado não pode proibir ou discriminar
injustamente uma atividade econômica por si só, sem fundamentos justos; sob o aspecto
positivo deste princípio, o Estado deve promover incentivo (sobretudo fiscais) ,atuando em
áreas de manutenção da sobrevivência humana (BONAVIDES, 2012, p.300).
Na Constituição Federal, o princípio da propriedade privada assegura aos
trabalhadores, empresários, etc. que a propriedade privada deles é da ingerência dos mesmos,

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não devendo o Estado interferir sem motivos relevantes na atividade econômica. O art. 5º,
XXII, CRFB, traz esse direito de forma geral, sendo essa propriedade privada do art. 170 um
princípio específico e individualizado de garantia de não intervenção estatal (BONAVIDES,
2012, p.300).
A Constituição de 1988 veio enfatizar a necessidade de organização e controle. Os
artigos 1º, 5º e 6º surpreendem pela clareza de mostrar uma nova ordem social e um novo
ambiente a atuar, novas diretrizes para as estratégias dos anos 90 e os caminhos para os anos
2000. O artigo 170 da Constituição estabelece, inequivocamente, as bases para novos
empreendimentos, e o artigo 226 veio mostrar o novo relacionamento familiar.

Conforme afirma Teixeira (2008) pode-se ver quase dez anos antes as novas
oportunidades e nelas a holding tinha o seu lugar destacado no planejamento e no estudo de
viabilidades e investimentos em novos negócios.
Com o Novo Código Civil, Lei 10.406, de 10/1/02, considera-se que a holding é
a única possibilidade de proteger a família dos conflitos latentes que há nessa lei.
A Lei nº 6.404/1976, art. 2º, § 3º, prevê a existência das sociedades holding
estabelecendo que a companhia possa ter por objeto participar de outras sociedades, e
acrescenta: a participação é facultada como meio de realizar o objeto social, ou para
beneficiar-se de incentivos fiscais.
Apesar dessa previsão na Lei das S/A, nada impede que as sociedades holding
se revistam da forma de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, ou de outros tipos
societários. (TEIXEIRA, 2008, p.1).
A Lei das S/A contempla as sociedades holding no capítulo em que trata das
sociedades coligadas, controladoras e controladas.
Controlada, conforme estabelece a Lei das S/A, é a sociedade na qual a controladora,
diretamente ou por meio de outras controladas (sistema piramidal), possui direitos societários
que lhe assegurem permanentemente preponderância do capital social. (Lei nº 6.404/1976,
art. 243, § 2º) (TEIXEIRA, 2008, p.1).
O Código Civil traz a indicação da responsabilidade pelo sócio que é limitada à
participação, como preceitua o artigo 1.052 do Código Civil de 2002: “Na sociedade
limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos
respondem solidariamente pela integralização do capital social” (DONINNI, 2016, p.1).
Verifica-se que a Lei 6.404/1976 nos artigos 2º, § 3º que dispõe sobre as Sociedades
por Ações que pode ser objeto da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, desde que

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não contrariando à ordem pública e os bons costume.
Já no Regulamento do Imposto de Renda (n. 3.000/99) nos seus artigos 223, §1º, III,
c; 225; 384; 519, §1º, III, c; 521 menciona a porcentagem de imposto de cada mês no caso da
administração de bens imóveis é de 32%, ou seja, independentemente do tamanho da empresa
será fixo para as holdings familiares.
A Lei 10.833/2002, em seu art. 1º, § 3º, V, b menciona a Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - COFINS, com a incidência não cumulativa, tem como
fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa
jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.
O valor dos lucros e dividendos recebidos, decorrentes de participação societária em
outras sociedades, não se sujeitará à tributação do IRPJ, da CSLL, do PIS e da COFINS pela
empresa beneficiária.
A Lei 11.033/2004 altera a tributação sobre o mercado financeiro e de capitais. É
assim de suma importância para o tratamento de empresas holding, uma vez que aquelas
utilizadas para fins de controle de outras empresas sob forma de participação acionária
devem obrigatoriamente observar o que é disposto com relação aos rendimentos obtidos com
investimentos (BRASIL, 2004, p.1).
Portanto a holding é um incentivo tanto fiscal como também uma segurança para os
acionistas ou quotistas respondendo conforme sua parte correspondente que iremos entender
no tópico seguinte tais como: análise patrimonial, formulação de estratégias na escolha do
tipo societário, regras de governança, correlações familiares e sucessórias.

2 Holding familiar: etapas do planejamento sucessório

Neste segundo tópico busca-se identificar as etapas do planejamento sucessório que


levam ao sucesso das empresas com regras imutáveis de geração a geração, tais como análise
patrimonial, a formulação de estratégias na escolha do tipo societário, regras de governança,
correlações familiares e sucessórias, dentre outros.
Uma vez constituída uma holding, transferem-se os bens imóveis, móveis etc. da
pessoa física (patriarca) para a pessoa jurídica, via integralização do capital social, de modo
que este patrimônio se torna mais difícil de ser atingido por dívidas e obrigações próprias da
pessoa física, razão pela qual, muito se fala em blindagem ou proteção patrimonial que pode
ser resumida como a aplicação criteriosa de vários conceitos do direito para garantir e
preservar o patrimônio pessoal e empresarial.

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O risco ao negócio tem causas diversas, tais como crises econômicas, falecimento de
pessoas importantes à empresa ou de familiares, sucessão natural, concorrência, aumento da
carga tributária, demandas judiciais advindas de relações tributária e trabalhista.
Na Sociedade Simples a atividade exercida não é considerada empresarial, e para
enfatizar, o Código Civil/2002 (BRASIL, 2002), apesar de não definir sociedade simples,
elucida, em seu artigo 966, parágrafo único, sobre o assunto: “não se considera empresário
quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda que com
o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se caracterizado o elemento de empresa.”
“Serão simples as sociedades que tenham por objeto atividades próprias da profissão
intelectual, como as dedicadas às ciências, literatura ou artes, salvo se o exercício da profissão
constituir elemento da empresa” (ALMEIDA, 2008, p.84).
Existe obrigatoriedade quanto ao registro da sociedade simples, pois a partir deste
registro adquire personalidade jurídica e passa a ter existência legal.
Sociedade Anônima, também chamada de companhia ou sociedade por ações, é
nome dado a uma empresa com fins lucrativos que tem seu capital dividido em ações e a
responsabilidade de seus sócios (acionistas) limitada ao preço da emissão das ações
subscritas (lançadas para aumento de capital) ou adquiridas.
Para entender esse tipo de sociedade, é necessário compreender que o capital social é
repartido em partes chamadas ações. O capital social é expresso em moeda nacional e pode
compreender qualquer espécie de bem que possa ser avaliado em dinheiro durante seu
processo de formação.
A redução de capital pode ocorrer por desvalorização das ações ou por excesso ou
falta de subscritores (alguém que ingressa na sociedade, adquirindo ações), já o aumento de
capital ocorre quando as ações se valorizam ou há entrada de subscritores.
As ações de uma sociedade anônima podem ser transmitidas para qualquer pessoa
sem se importar com a característica do sócio. O estatuto não pode proibir esse tipo de
negociação, mas pode limitá-la, como a responsabilidade do acionista que é limitada ao valor
das ações adquiridas e subscritas. Assim que a ação for integrada, o acionista não terá
nenhuma responsabilidade suplementar.

As sociedades anônimas podem ser divididas em dois tipos: Capital aberto (quando
seus valores mobiliários podem ser negociados no mercado de valores - bolsa de valores ou
mercado de balcão) e; Capital fechado (seus valores mobiliários não passam por negociações
na bolsa ou no mercado de balcão).

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A Sociedade Anônima é que possui capital dividido em ações, que nesse tipo de
sociedade são os capitais acumulados e não o acionista em si. A posse de ações é que faz
valer a participação do acionista, as ações só podem ser emitidas pela empresa com
autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), somente as próprias ações são
usadas como garantia financeira da companhia.
Sua estrutura organizacional se compõe por uma assembleia geral, o conselho de
administração, diretoria e conselho fiscal, pode ser uma sociedade aberta ou fechada, a
responsabilidade do acionista é limitada ao preço das ações adquiridas ou subscritas, as ações
são títulos circuláveis, isto é, o acionista tem a liberdade de cedê-las e negociá-las.

Sobre sociedade limitada, o Código Civil/2002 (BRASIL, 2002) em seu artigo 1052,
expõe que na “sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas
quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital”.
Sobre as responsabilidades dos sócios, Almeida (2008, p.132) diz:

A integralização do capital social, em princípio, libera os sócios de qualquer


responsabilidade não só para com a sociedade como para com os terceiros. A
sociedade limitada é uma sociedade personificada. Espécie de sociedade empresária.

É um tipo de sociedade cujo capital social é dividido em quotas, sendo que a


responsabilidade de cada sócio se limita a sua devida quantidade de quotas subscritas e
integralizadas no capital social.
Algumas características citadas por Costa, et.al (2007): A responsabilidade dos
sócios é restrita ao valor de suas quotas, porém a integralização do capital social é solidária,
sendo as quotas podendo ser divididas em iguais ou desiguais; Pode adotar firma ou
denominação, mencionando ao final a palavra “limitada”.
Já a sociedade anônima é o tipo mais adequado quando se pretende abrir o capital
para obter vantagens fiscais, lembrando que se a sociedade for de “capital aberto” será
necessária uma estrutura administrativa mais sofisticada.
Para que melhor se usufrua de todas as vantagens que a holding pode proporcionar é
fundamental que o empresário observe o tipo de holding que melhor se compatibiliza com o
seu caso.
Portanto, a constituição de uma empresa holding deve ser analisada de forma
criteriosa, levando-se em consideração: forma de sociedade (limitada, sociedade anônima
etc.), composição acionária ou societária (capital aberto, fechado, etc.), principal objetivo

89
(familiar, patrimonial etc, etc.
Governança Corporativa é o sistema de regras e práticas elaboradas para que todos
sigam, desde fornecedor ao cliente. Regras de como será o papel de cada um na empresa,
segregando suas atividades.
Mas o sonho e a evolução da empresa é que ela cresça se tornando um patrimônio e
chegando até se tornar uma empresa de capital aberto (sociedade anônima com capital social
formado por ações). O ideal é que a governança corporativa seja elaborada desde o principio,
porque assim você estabelece os papéis de cada um evitando a preocupação de cada um.
A governança visa à perpetuação da sua empresa, é a transmissão dos valores da
empresa, tendo como objetivo a longevidade dela. Por isso é muito importante você
identificar a fase da sua empresa, em que fase da evolução ela se encontra para estabelecer a
governança de acordo.
Sem a Governança Corporativa o que pode ocorrer é um abuso de poder do
acionista controlador sobre os minoritários, além de cometer erros estratégicos para a
empresa, já que o controlador é quem irá tomar toda decisão da empresa sozinho.

É preciso se atentar para o fato de que a constituição de uma holding familiar implica
uma transmutação da natureza jurídica das relações mantidas entre os familiares.
Os conflitos familiares ficam confinados à holding, expressando-se, ali, sob a forma
de conflitos societários, ou seja, sob a forma de conflitos que merecem a regência legal das
normas do Direito Societário, disciplina do Direito Empresarial.
O regime jurídico empresarial e, mais especificamente, o regime jurídico societário
foram desenvolvidos, ao longo dos séculos, para atender aos desafios da convivência entre
os indivíduos, evitando, como por exemplo, na regra do artigo 1.033, IV, do Código Civil,
que permite que as sociedades contratuais tenham um único sócio pelo prazo de 180 dias.

O planejamento é um processo de decisão por antecipação do que, como e quando


fizer. A antecipação de decisões, após algum estudo em qualquer ramo do conhecimento, leva
à obtenção de vantagem, como se pode observar no planejamento jurídico aqui estudado,
considerando-se os Direitos Empresarial, Tributário, de Família e Sucessório.
Para tanto, atesta-se que na sociedade limitada há larga possibilidade de se
estabelecer limites à circulação das quotas, seja na transmissão causa mortis, sucessão
legítima ou testamentária, vetando a entrada de herdeiros no quadro social, seja em casos de
separação e divórcio, no que respeita aos direitos de meação do cônjuge (arts. 1.027 e 1.028
do CC) , e no que se refere aos direitos de credores (art. 1.026 do CC).

90
Já nas sociedades por ações, mesmo nas fechadas, nem sempre se afiguram tão
amplas as possibilidades de limites à circulação das ações, posto que devam respeitar o
disposto no art. 36 da Lei nº 6.404/76 (MAMEDE, 2015, p.123).
Ressalta-se que não se faz planejamento sucessório responsável sem levar em
consideração as consequências fiscais. Como visto, podem ser propostas diversas alternativas
para o projeto sucessório, mas deve-se atentar em que cada uma terá reflexos jurídicos (não
só tributários) próprios(DIÓGENES, 2015, p.1-146).
Na organização patrimonial, as transferências podem implicar incidência do Imposto
de Transmissão de Bens Imóveis, Imposto de Transmissão Causa Mortis, Imposto de Renda e
Imposto sobre Operações Financeiras.
O Imposto sobre a transmissão de Bens Imóveis (ITBI) incide apenas sobre a
transmissão onerosa e intervivos (art. 156, II, da CF/88). O Imposto sobre Transmissão Causa
Mortis e Doação (ITCD) incide sobre a transmissão de qualquer bem ou direito decorrente
de morte ou de doação de uma pessoa para outra, a título gratuito (art. 155 da CF/88).
O Imposto de Renda (IR) poderá incidir na transmissão a qualquer título oneroso ou
não oneroso (art. 153, III, da CF/88). Sua incidência se opera quando o bem ou direito é
transmitido por valor superior àquele que o doador, falecido ou vendedor mantinha em sua
Declaração de Bens como custo de aquisição.
Por fim, o Imposto sobre Operações financeiras (IOF), incidente sobre operações de
crédito, câmbio e seguro, é previsto no art. 153, V, da CF/88.
Verifica-se reflexo desse imposto nas relações de planejamento familiar e sucessório
quando houver a prática de empréstimo de dinheiro entre pessoa jurídica e pessoa física a
teor do art. 13 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999.

Art. 13. – “As operações de crédito correspondentes a mútuo de recursos financeiros


entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física sujeitam-se à
incidência do IOF. § 1o Considera-se ocorrido o fato gerador do IOF, na data da
concessão do crédito. § 2o Responsável pela cobrança e recolhimento do IOF de que
trata este artigo é a pessoa jurídica que conceder o crédito. § 3o O imposto cobrado
na hipótese deste artigo deverá ser recolhido até o terceiro dia útil da semana
subsequente à da ocorrência do fato gerador” ( BRASIL, 1999).

Na organização societária, com o objetivo de separar o patrimônio da operação, é


recomendável que o patrimônio imobiliário esteja separado (em outra empresa) da empresa
operacional (CAMARGO, 2017, p.1).
Havendo esse cuidado, é possível que se verifique inclusive uma carga tributária
menor, caso a operacional se sujeite ao lucro real e a imobiliária ao lucro presumido. Ou seja,

91
a despesa de locação na operacional corresponderá à despesa de IRPJ (15% e adicional de
10%), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido– CSLL (9%), crédito de PIS (1,65%) e
COFINS (7,6%), enquanto a receita na imobiliária acarretará tributação máxima de 14,53%
(IRPJ, CSLL, PIS e COFINS) (TEIXEIRA, 2012, p.1).
Por isso que, assim como em outros tempos foi necessário iniciar a tutela do
empregado e do consumidor, porque reconhecida sua vulnerabilidade, permitindo-se a
aplicação da desconsideração da personalidade jurídica e até da personalidade física, com
inversão do ônus da prova como instrumento processual de defesa, reequilibrando as relações
entre as partes envolvidas (Madaleno, 2009, p. 190).
Encontra-se na teoria da desconsideração da personalidade jurídica hipótese de
visível diálogo que entrelaça interesse empresarial a interesse familiar, na medida em que a
teoria tem por escopo a superação dos efeitos da personalização nos casos de fraude e abuso
no exercício do direito societário (HIRONAKA, 2016, p.77):

O Código do Consumidor foi o primeiro diploma legislativo a regular a


desconsideração da pessoa jurídica no Brasil, instituto de construção pretoriana,
tendo a redação utilizada sido inovadora quanto a extensão demasiada de seu âmbito
de aplicação.

Como estímulo à formação e desenvolvimento da pessoa jurídica, foi estabelecida


pela lei uma separação entre a sociedade e os sócios, princípio que imperou absoluto durante a
vigência do art. 20 do Código Civil de 1916.
Atualmente, quando de maneira abusiva a sociedade usa da sua estrutura, impõe-se o
dever da autoridade judicial de abortar o desvio de finalidade da sociedade e o resultado
contrário ao direito (CAMPOS, 2014, p.51).
Até a alteração legislativa trazida no art. 50 do CC, o instituto da desconsideração da
personalidade jurídica era aplicado pelos magistrados com certa subjetividade, de acordo com
as provas colhidas nos autos (MADALENO, 2009).
De acordo com o referido dispositivo, a desconsideração da personalidade jurídica
aplica-se nos casos de abuso da personalidade jurídica, em duas hipóteses: desvio de
finalidade ou confusão patrimonial.
O desvio de finalidade praticado isoladamente pelo administrador ou sócio, o que
implica responsabilidade direta, permitindo a aplicação da desconsideração da personalidade
jurídica (CAMPOS, 2014, p.60).
A confusão patrimonial, potencialmente ensejadora da desconsideração da
personalidade jurídica, é caracterizada pela mistura de patrimônio entre sócio e sociedade,

92
fato que muitas vezes se opera no direito de família (CAMPOS, 2014, p.88).
A desconsideração é a forma de adequar a pessoa jurídica aos fins para os quais foi
criada, ou seja, de coibir o uso indevido do direito, desconsiderando a separação patrimonial
criada entre pessoa física e pessoa jurídica, sendo, portanto a disregard uma forma de
reconhecer a relatividade da personalidade jurídica das sociedades (CAMPOS, 2014, p.158).
A desconsideração deve e pode ser aplicada não só para atingir os bens particulares
dos sócios, mas também, na via inversa, para imputar à sociedade e comprometer os bens
sociais pelos atos jurídicos de seus sócios ou administradores, quando estes para frustrar
direitos que os terceiros têm sobre seus bens pessoais (MADALENO, 2009, p.41).

Importante pontuar que no direito societário, as perdas sofridas no histórico de uma


empresa, as transferências de quotas/ações, a transformação do tipo social e a constituição de
novas empresas precisam ficar devidamente demonstradas em regular escrituração.
A escolha a pessoa mais adequada para assumir o cargo deve considerar habilidades
(preocupar-se com a estratégia, saber lidar com pressão, gostar de ajudar, saber organizar a
equipe, acompanhar a evolução tecnológica) (OLIVEIRA, 2003, p.29-30).
Buscar maneiras para manter a identidade da marca, sendo que é preciso que o
sucessor mantenha a identidade da marca, uma vez que ela é um dos diferenciais e ativos da
empresa.
Dessa forma, é fundamental que o conhecimento técnico do sucessor se sobressairá
inicialmente e, somente após um trabalho de aprendizagem, será possível incorporar tais
informações (OLIVEIRA, 2003, p.29-30).
Nesse ponto, o planejamento feito permite que o fundador trabalhe a imagem de seu
indicado com os demais profissionais e parceiros relacionados da empresa. Assim, nas etapas
de sua sucessão, é fundamental garantir a autoridade e a credibilidade do futuro gestorperante.
Algumas medidas devem ser tomadas, tais como: Alinhar as metas do negócio com
um sistema de gestão integrado ERP (Enterprise Resource Planning, ou Planejamento dos
Recursos da Empresa, que representa uma série de atividades gerenciadas por um software ou
por pessoas, ou seja, é um Sistema de Gestão Empresarial) (TOTVS, 2018, p.1).
Assegurar a transparência no processo para que todos os envolvidos na transição
devem tomar conhecimento de suas etapas, de quem serão os responsáveis e de quais são as
próximas diretrizes para o negócio (TOTVS, 2018, p.1).
Realizar mentoring (orientação estratégica e desenvolvimento de uma alta
performance multicultural, para profissionais que necessitam de uma adaptação corporativa e

93
social em uma nova cultura), por mais que um sucessor esteja acompanhando e atuando
ativamente na gestão do negócio, a sua experiência será muito menor de que seus
fundadores(MAMEDE, 2015, p.123).
Além disso, pontos críticos que normalmente levam uma empresa à falência devem
ser monitorados constantemente, como a má gestão das finanças, a exemplo descontrole do
fluxo de caixa (GONDIM, 2008, p.1), conflitos no relacionamento entre funcionários, pouco
preparo dos gestores ou falta de interesse pelo negócio.
Conclui-se que a holding desde que seguidos pelos seus sócios todos os requisitos de
forma detalhada terá controle sobre seu patrimônio, sua gestão financeira para ter o
crescimento desejado, sendo primordial o protagonismo do fundador da empresa na
preparação dos futuros sócios com metas, pois o planejamento terá consequências se não
seguidos os passos acima, que tratamos no tópico derradeiro.

3 Holding familiar: prós e contras do planejamento sucessório

Muito se tem discutido nos dias atuais as vantagens da holding familiar, que quando
indicada por um profissional competente, apresenta vantagens significativas, como facilitar a
sucessão, a proteção patrimonial, e o planejamento tributário.
Essas medidas propiciadas pela holding evitam eventuais conflitos entre os
sucessores e impede a paralisação do patrimônio pelo tempo em que pender o inventário.
A proteção da holding familiar não se confunde com o patrimônio de seus sócios, os
bens empresariais não são atingidos diretamente no caso de possíveis demandas judiciais, a
não ser em casos extremos, como fraude.
No entanto, para se alcançar o patrimônio da holding em caso de processos contra
qualquer de seus sócios, há necessidade da desconsideração da personalidade jurídica.

A holding também é uma estrutura que auxilia no planejamento tributário, sendo que
a primeira vantagem tributária diz respeito aos valores de integralização (art. 23 da Lei nº
9.249/95) (BRASIL, 1995).
Vale lembrar que na integralização dos bens na holding, se tais bens forem imóveis e
o objeto social da holding tiver como atividade preponderante a compra e venda desses bens
ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil, haverá a incidência do ITBI
na transferência, nos termos do art. 156, §2º, I da Constituição da República.
A holding que se dedica ao aluguel de bens, em sua maioria, poderá apurar as suas
receitas na forma do Lucro Presumido. Nesse caso, tributando as receitas da holding, o

94
percentual total de tributos ficaria em torno de 11% a 14% da receita bruta auferida pela
empresa. Já, caso esse mesmo valor seja apurado as pessoas físicas, a alíquota do IRPF pode
chegar a 27,5%, de acordo com a tabela progressiva.
Da mesma forma, caso a holding se dedique à atividade de compra e venda de
imóveis, o custo tributário final para a venda de um imóvel será de aproximadamente 6,73%,
enquanto que na pessoa física o valor seria a tributação seria de 15% sobre o ganho de capital
propriamente dito.
Na constituição da holding, o auxílio jurídico também é muito importante para
execução da estratégia, pois o profissional capaz de analisar quais cláusulas serão importantes
de constar no contrato social e no acordo de quotistas.
O profissional da área jurídica ainda será capaz de demonstrar qual a opção
tributária mais vantajosa para cada família e se, associado à holding, outros instrumentos de
planejamento também deverão ser utilizados.
Em verdade, para que uma família possa efetivamente usufruir de todas as vantagens
oferecidas pela holding familiar, ela deverá contar com um auxílio jurídico antes de sua
constituição.
A holding, no entanto, pode apresentar desvantagens que devem ser analisadas antes
da sua constituição, para que a abertura deste tipo de empresa não contribua para o insucesso.
Diante disso, Oliveira (2003, p.29) assim informa, “entretanto, podem ocorrer
algumas desvantagens na criação de uma empresa holding, para as quais os executivos devem
estar atentos”. São elas:

Quanto aos aspectos financeiros: - não poder usar prejuízos fiscais, o que
basicamente ocorre em caso de holding pura; - ter maior carga tributária, se não
existir adequado planejamento fiscal; - ter maior volume de despesas com funções
centralizadas na holding, o que pode provocar problemas no sistema de rateio das
despesas e custos nas empresas afiliadas.

A criação de uma holding sem um correto planejamento fiscal e financeiro pode


acarretar em desvantagem tais como tributação de ganho de capital referente venda de
participação em empresas afiliadas.
Oliveira (2003, p.30) destaca, ainda, algumas desvantagens relacionadas aos aspectos
administrativos, da seguinte forma:

Quanto aos aspectos administrativos: - ter elevada quantidade de níveis hierárquicos;


- não ter adequado nível de motivação nos diversos níveis hierárquicos.

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Oliveira traz o alerta, neste quesito, de que com o elevado grau hierárquico que
eventualmente pode ser formado em função da constituição da holding, pode ocorrer
desmotivação por parte dos colaboradores, pela dificuldade destes em ocuparem uma posição
de destaque na empresa operacional.
O estudioso Oliveira (2003, p.30) demonstra, ainda, alguns aspectos legais que
podem influenciar negativamente às empresas quando da opção de constituição de holding:

Quanto aos aspectos legais: - ter dificuldade em operacionalizar os tratamentos


diferenciados dos diversos setores da economia, principalmente pela falta de
conhecimento específico da realidade de cada setor; - ter problemas em
operacionalizar as diversas situações provocadas pelas diferenças regionais.

Com legislações diferenciadas e economias distintas dependendo da região do país


ou no exterior, muitas vezes, em centralizando o poder decisório na holding, pode-se correr o
risco de o Diretor ou Diretores não terem visão de negócio de todas as operações da empresa.

Por fim, Oliveira (2003, p.30) ainda destaca uma desvantagem no aspecto societário,
onde informa que pelo fato da constituição da holding, pode-se “consolidar o tratamento dos
aspectos familiares, criando uma situação irreversível e altamente problemática”.
Apesar de, em regra, ser mais vantajoso que esses conflitos familiares ocorram na
empresa holding e não nas empresas operacionais, para não afetar as atividades que geram
resultado financeiro para o grupo, por outro lado, as disputas ficarão centralizadas na holding
e muitas vezes sem se conseguir resolver.
É importante frisar que adissolução da holding familiar é quando a empresa não tem
mais a conexão desde do momento da sua constituição, que tem como consequência a partilha
dos seus bens e direitos ao seus cotistas ou acionistas devidamente separadas conforme o
contrato consolidado após ter cumprido com as obrigações da empresa.

No alusivo às sociedades por ações, as hipóteses de dissolução da companhia estão


listadas do artigo 206 da Lei 6.404/76, que as divide em três grandes grupos. Em
primeiro lugar, esta a dissolução de pleno direito, que se haverá: pelo termino do
prazo de duração; nos casos previstos no estatuto; por deliberação da assembléia
geral; pela existência de um único acionista (MAMEDE, 2011, p. 153).

Portanto a dissolução não é apenas por desentendimentos, pois pode ser


voluntariamente ou involuntariamente, além disso, de ser por tempo determinado conforme
cláusula do contrato social ou no estatuto da empresa.

CONCLUSÃO

96
As empresas familiares são importantes instituições que tiveram seu surgimento
desde os primórdios e que até hoje ganham destaque quanto aos seus aspectos econômicos e
sociais.
As holdings surgem como uma maneira de facilitar os processos de inventário e de
sucessão das empresas, uma vez que cada vez mais há a preocupação por muitos empresários
em relação ao futuro das empresas após a sua ausência, pois em regra pretendem que seu
empreendedorismo se perpetue por longo tempo, por muitas gerações após a sua.
É no momento da sucessão que podem ocorrer conflitos entre os familiares, este
sendo o grande obstáculo vivenciado por empresas controladas por integrantes de uma mesma
família, principalmente pelos impactos negativos que geram.
A formação de uma holding vem ao encontro desta dificuldade, pois procura garantir
que a empresa leve suas atividades adiante por seus sucessores para as próximas gerações de
forma organizada e sem conflitos, uma vez que o sucedido organiza a administração da
empresa, prevê os eventuais conflitos futuros, instituindo regras para as suas resoluções e
demarca a sua vontade na forma da condução futura da empresa.
Estas questões são discutidas previamente porque o empresário nunca pensa na sua
sucessão, apenas no sentido da divisão de bens, mas principalmente na sucessão da gestão, da
administração dos seus negócios, em prol da perenidade dos mesmos.
Esta sucessão de gestão seja ela familiar ou profissional, quando praticada de
maneira correta faz com que os objetivos da empresa sejam alcançados evitando assim os
tradicionais problemas que podem ocorrer neste processo.
Isso porque, se a administração da empresa está organizada, funcionando de forma
eficaz, com bons resultados, cada um, ciente de suas competências, e os herdeiros, a par de
que não podem impor suas vontades pelo simples fato de serem donos, mas que devem
respeitar quem tem conhecimento empresarial.
Verificou-se, ainda, que a doação em vida, por intermédio de empresa holding, pode
ser efetuada de forma que as quotas ou ações da holding sejam gravadas com cláusulas de
reserva de usufruto vitalício, reversão de bens e ainda com as cláusulas restritivas, que seriam
a incomunicabilidade, impenhorabilidade e inalienabilidade.
A profissionalização de empresas familiares por sua vez, ganha destaque por
consistir em práticas administrativas mais modernas e racionais adotadas por muitos que
desejam se manter por mais tempo no mercado.
Da mesma forma, a governança corporativa, que se configura em uma estrutura

97
empresarial moderna no modo de administrar os negócios da família, tem sua importância,
uma vez que pela adoção dessas boas práticas, principalmente embasada pela ética, respeito e
transparência, a empresa acaba por ser mais bem vista pelo mercado em relação as que não
possuem.

Quando se tem um bom planejamento a holding se constitui numa importante


ferramenta para a administração do patrimônio. Neste cenário surgem as vantagens e
desvantagens, mas que em geral as vantagens se sobrepõem às desvantagens.
Desta maneira, buscou-se, no decorrer deste trabalho, evidenciar as vantagens e
desvantagens no processo sucessório de empresa familiar, e acredita- se que este objetivo foi
alcançado.
Quanto aos questionamentos e objetivos específicos estabelecidos no início deste, é
possível admitir que, por meio de todo o exposto, houve respostas adequadas ao que se
propunha o estudo.
Portanto buscou elucidar no decorrer do trabalho que a holding é o passaporte para
as empresas de pequena, media e grande porte alcançar o sucesso de forma vitalício no
âmbito familiar profissionalizando os seus sócios ao longo das gerações através de
mentorings, e que se seguido de forma detalhada cada etapa a empresa terá muitas vantagens
para com suas concorrentes, mas se não seguida da forma devida poderá ser catastrófico,
principalmente pela falta de conhecimento específico da realidade de cada setor.

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