Monografia
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Tabela 2 relação nível de escolaridade e poder de negociação feminino......................28
Tabela 3 preco de compra dos preservativos.................................................................30
Declaração
Palavra chave:
Abstract.
The present study intends to present the evidence that refers to the factors of poor use
of the female condom by the women in the Chingussura neighborhood, or the condom
offers both women and men the possibility of taking care of their health, although there
are many myths , Taboos and prejudices about the use of the female condom, however
we must combat wrong approaches or even ideas about this contraceptive because
they cause many women not to walk by this contraceptive that is also a means of
prevention of sexually transmitted infections. It should be noted that the study focused
on 217 sexually active women aged 18 to 45 found in the probabilistic sampling criterion
where the author evaluates their knowledge regarding the use and negotiation power of
women in the use of condoms, in addition, in a reflexive way with the institution The real
cause of the problem.
Keyword:
Low adherence to female condom use.
Lista de termos e abreviações.
Cancro duro, masc. Lesão primária, causada pelo Treponema pallidum, de forma
arredondada ou oval
Desta forma, com este estudo pretende-se avaliar ate que ponto as mulheres tem o
poder de negociar no uso do preservativo com os seus parceiros Como tal, a
estratégia de prevenção é primordial, sendo necessário criar o hábito de utilização do
preservativo, dado ser o único método de barreira capaz de proteger de uma IST e de
uma gravidez indesejada, em simultâneo. Todavia, uma limitação do método para as
mulheres está na dependência do uso pelo parceiro, afectando seu direito de livre
escolha, quando ele não aceita utilizá-lo. Percebe-se que há necessidade de fortalecer
as mulheres para que tenham condições de exercer o auto-cuidado voltado para a
saúde sexual e reprodutiva. Bóia (2008)
A utilização do preservativo feminino (PF) é uma medida que pode ser adoptada, uma
vez que independe da aceitação do parceiro. Mas, para isso, é necessário oferecer
acesso à informação adequada, pautada na discussão e na formação de um
pensamento critico sobre valores sociais, culturais e de género, entretanto com o
presente estudo o autor avalia o conhecimento das mulheres do bairro de chingussura
em volta do uso do preservativo feminino, focalizando-se sobretudo na sua
subutilização, a não priorização bem como a não valorização deste preservativo, com o
intuito de conhecer os factores de fraca aderência do uso do preservativo feminino por
parte das mulheres na região em estudo
1.2 Justificativa de escolha do tema.
O problema surge após o autor ter assistido um programa televisivo no qual abordava-
se sobre a autonomia de prevenção das ITS.s por parte das mulheres. Porém o
preservativo feminino é o único meio contraceptivo que permite a mulher de ela própria
prevenir as ITS,s incluindo HIV, para além da gravidez indesejada este preservativo
oferece tanto as mulheres como os homens a possibilidade de cuidar da sua saúde,não
obstante existem muitos mito, tabus e preconceitos a volta do uso do preservativo
feminino, no entanto é preciso combater abordagens incorretas ou mesmo ideias em
volta deste contraceptivo pois fazem com que muitas mulheres não pautem por este
contraceptivo que também é um meio de prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis.
O preservativo feminino foi reconhecido pela comissão das nações unidas sobre artigos
essências como um dos 13 artigos mais eficazes que salva a vida das mulheres e das
crianças igualmente é reconhecido a sua importância nos diferentes planos
estratégicos nacionais de planeamento familiar concebida para o quinquênio e o plano
nacional de resposta ao HIV e SIDA, mas a sua implementação permanece fraca. o
preservativo feminino continua subutilizado, não priorizado e pouco valorizado
(INSIDA,2009) e nesta perspectiva de prevenção por parte das mulheres que o
pesquisador procura estudar e conhecer os reais motivo que estão por de traz da
problemática, ora as infecções sexualmente transmissíveis (ITS´s) caracterizam-se
como um grande problema de saúde pública, em vista do grande número de pessoas
acometidas por estas. (MISAU, 2005) no entanto com o trabalho espera-se activar o
espírito de prevencao das ITS,s por parte das mulheres da regiao em estudo bem
como as regioes com caracteristicas similares.
No que diz respeito ao sector académico tema em causa enquadra-se nas cadeiras:
parasitologia humana , Fisiologia animal e humana, ministrados no curso de Biologia
na Universidade Pedagógica (UP) delegação da Beira. O mesmo tem também
enquadramento na disciplina de Biologia, na 12 a classe do sistema nacional de ensino
(SNE) quando se aborda acerca dos fisiologia animal ua das unidades no programa de
ensino.
Este se enquadra neste sector na medida o poder decisório das mulheres na escolha
de meios de prevenção as ITS’s é influenciado pela sociedade atreveis da cultura e
praticas quotidianas do dia-a-dia aceites pela sociedade como sendo corretas, no
entanto o problema em estudo passa a não ser apenas um problema ligado a saúde
mas também um problema de carácter social.
Este tema enquadra-se neste sector devido às implicações que o mesmo pode trazer a
saúde pública, contribuindo deste modo em uma intervenção imediata por parte dos
agentes da saúde com fins a averiguar as reais causas dos traumas causados por esta
doença para depois estudar ou mesmo se apoiar de medidas concretas para a
erradicação do problema.
1.5 Problematização
O fraco ou nulo poder de negociação feminino tem sido um dos factores que tem feito
com que o número de mulheres infectadas ou seropositivas não pare de aumentar em
mocambique ora as representações acerca da mulher, seja na relação familiar ou na
sociedade, passam pelas concepções de fragilidade, dependência e submissão, que
dão ao homem o direito de tutela sobre ela. Fonseca (2005) citado por Arune Joao
Estavela
Segundo a ONUSIDA, 1998 a fraca aderência no uso do preservativo feminino tem
sido um dos factores que tem feito com que o número de mulheres infectadas ou
seropositivas não pare de aumentar mesmo estando estas cientes dos riscos que
correm em relações sexuais não protegidas e a estrutura dos genitais femininos não
contribue muito para que estas tenham prazer sem riscos, entratanto e nesta
perspectiva que o autor indaga-se colocando a seguinte questão:
“Quais os factores que estão por detrás da fraca aderência no uso do preservativo
feminino na prevenção de ITS e por parte das mulheres do Bairro do Chingussura”?
1.6 Hipóteses
1.6.1 Hipótese Básica
Provavelmente as mulheres devido as questões culturais não têm o poder
decisório sobre o uso do preervativo com os seus parceiros.
1.6.2 Hipóteses Secundárias
É provável que as mulheres concebem que a responsabilidade da prevenção
pertence ao homem uma vez que na sociedade Moçambicana o homem é
visto como o responsável pelas decisões matrimonias.
É provável que estas mulheres não tenham sido educada sobre o seu papel
na prevenção das ITS,s.
Com este método o autor apoiar-se-á em livros, artigos e revistas, de modo a colher o
máximo de informações relevantes, possíveis ao tema ora em estudo com o intuito de
melhor se informar a respeito da fraca aderência no uso do preservativo feminino,
questões culturais da sociedade Beirense, vulnerabilidade das mulheres as ITS’s, entre
outros aspectos ligado ao tema em estudo.
1.8.2 Método Documental
Sempre que se inicia uma nova relação sexual é importante falar com a parceira sobre
as relações anteriores, de modo a prevenir os riscos de contrair uma IST.
De acrescentar que, quando não estão em contacto com o corpo, a maior parte dos
agentes infecciosos responsáveis pelas IST morre rapidamente. OMS, orientacao para
tratamento das ITS,2005)
Para Bóia (2008), o contexto e a valorização das actividades sexuais, depende das
condições sócio-económicas e sócio-culturais. de que o comportamento sexual é fruto
de uma aprendizagem de normas éticas, impostas desde a infância, relacionadas com
aquilo que é tido como correcto e errado numa determinada sociedade. No entanto, as
perspectivas que insistem excessivamente nos “relativismos culturais ou nas
regularidades normativas, ignoram o papel do sujeito na gestão que faz das suas
experiências e do seu corpo e na significação que atribui aos seus comportamentos.
(Alferes (2006) pp.141)”
Como todos os aspectos relacionados com a prevenção ITS’s têm uma componente
comportamental, os pontos cruciais nas estratégias desenvolvidas para prevenir a
aquisição de ITS’s em indivíduos sexualmente activos, segundo Rosenthal, Chen e Biro
2000, são a redução da frequência de comportamentos de risco e o aumento de
comportamentos de promoção de saúde.
O lidar com uma IST pode ser influenciado pela forma como esta é percebida, como
uma condição clínica ou como uma condição interpessoal, por exemplo, sujeitos com
maiores preocupações acerca da sua saúde podem responder de forma diferente
daqueles que se preocupam mais com as implicações para a sua relação (Rosenthal,
Cohen e Biro, 2000).
No que diz respeito aos dados sociodemográfico importa referir que a pesquisa teve
como referencial as seguintes variáveis: género, idade e nível de escolaridade.
3.1.1 Género.
No concernente a variável género, importa referir que a pesquisa em causa apenas
abrangeu indivíduos do sexo feminino, foram no total duzentas e dezassete (217)
mulheres ora constitui o foco da pesquisa identificar os factores que estão por de traz
da fraca aderência no uso do preservativo feminino por parte das mulheres, De
salientar que para além das entrevistadas também o pesquisador inqueriu alguns
profissionais da saúde em algumas farmácias da cidade da Beira, com o intuito de
avaliar a disponibilidade e o preço do mesmo, ao todo foram entrevistados 7
profissionais, dentre os quais dois (2) gestores de stock de farmácia, quatro (4)
técnicos de farmácia, dentre eles dois (2) do nível superior e dois (2) técnicos médios,.
A seguir são apresentados os dados sociodemográficos dos inqueridos.
3.2.2 Idade.
Em relação a faixa etária dos inqueridos, a tabela a seguir mostra as frequencias dos
inqueridos no Bairro de chingussura Unidade comunal “C”.
Tabela 1 faixa etária dos entrevistados
Dos duzentos e desassete (217) entrevistados, duzentos e oito (208) que equivalem a
96% dizem ter o conhecimento sobre as ITS’s e oito (8) das entrevistadas que
correspondem a 4% dizem que nunca tinham ouvido falar das ITS’s
Tendo em conta as respostas dadas pelas inqueridas, de acordo com os inquéritos
pode-se afirmar que, não há falta de conhecimento sobre as ITS’s, visto que a maior
parte dos inqueridos 96% dizem ter ouvido falar das ITS’s.
Os dados referentes a esta secção estão representados na figura a seguir.
Sim
Não
208
96%
91
42%
Sim
125 Não
58%
De acordo com os resultados obtidos, importa referir que as mulheres estão cientes do
seu papel junto aos homens na prevenção das ITS’s, pois a maior parte delas dizem
que a responsabilidade de prevenção pertence aos dois (aos homens e mulheres) o
que significa que elas reconhecem o seu papel na prevenção das ITS’s, todavia
apesar destas reconhecerem o seu papel, elas ainda são submissas aos seus parceiro
como outrora havia referido no ponto referente ao poder de negociação no uso do
preservativo.
A educação familiar e o papel da mulher na prevenção das ITS,s.
No que tange a educação familiar, importa referir que das 217 entrevistadas oitenta
(80) o correspondente a 36,87% afirmam terem recebido alguma educação familiar
sobre as ITS’s e as outras cento e trinta e sete (137) o correspondente a 63,13% nunca
receberam educação familiar sobre as ITS’s
80
37%
Sim
137
63% Não
No concernente a este sessão importa referir que notou-se uma relação, entre a as
variáveis nível de escolaridade e o poder de negociação feminino em relação ao poder
de negociação no uso do preservativo, de salientar que o estudo feito mostra que o
poder de negociação aumenta com o nível de escolaridade, isto, é mulheres com nível
primário tem menor poder de negociação em relação uso do preservativo quando
comparado as do nível básico, médio e assim por diante.
7; 100%
No que tange a esta sessão, importa referir que dentre os sete (7) entrevistados, dois
(2) que corresponde a 28% afirmaram que o preservativo mais caro é o masculino e
cinco (5) que corresponde a 71% afirmaram que era o feminino.
Tabela 3 preco de compra dos preservativos
4.1 Conclusão.
4.1.2 Factores da não aderência do preservativo feminino.
Em relação a este ponto, importa referir que os resultados dos inquéritos mostram que
o preservativo feminino não se encontra disponível nas farmácias para além do preço
de compra que também é relativamente alto quando comparado com o masculino que
não permite o fácil acesso do mesmo por parte das mulheres.
Segundo os inquéritos os dados mostram que cerca de 63% das entrevistadas afirmam
que nunca tinham recebido uma educação familiar sobre o seu papel na prevenção as
ITS’s e 37% afirmam ter recebido alguma educação sobre o seu papel na prevenção
das ITS’s portanto, a educação ou qualquer outro tipo de educao que esteja
relacionado a prevenção das ITS’s contribuirá de certa forma na prevenção.
Segundo Araújo, M. F. citado por Arune Joao Estavela. (2005.)a relação entre homens
e mulheres se baseia na demarcação de papéis distintos, de certa forma favorecendo
o homem, permitindo-lhe oportunidades de modo desigual em relação à mulher,
ampliando suas vulnerabilidades diante das ITS’s.
Segundo Fonseca (2005) citado por Arune Joao Estavela O fraco ou nulo poder de
negociação feminino tem sido um dos factores que tem feito com que o número de
mulheres infectadas ou seropositivas não pare de aumentar em Moçambique ora as
representações acerca da mulher, seja na relação familiar ou na sociedade, passam
pelas concepções de fragilidade, dependência e submissão, que dão ao homem o
direito de tutela sobre ela.
Nível de escolaridade.
No que tange a este ponto importa referir que, os estudos mostram o poder de
negociação aumenta com o nível de escolaridade, isto, é mulheres com nível primário
tem menor poder de negociação em relação ao uso do preservativo numa relação
sexual quando comparado as do nível básico, médio e assim por diante.