Questões Lei 10826 2
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Autor:
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos
03 de Fevereiro de 2021
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Sumário
2 - Do Registro ................................................................................................................................................ 5
3 - Do Porte .................................................................................................................................................... 7
Gabarito ........................................................................................................................................................... 44
Resumo .............................................................................................................................................................. 45
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Olá, caro amigo!
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COMPETÊNCIA DO SINARM
DISPOSITIVO COMENTÁRIOS
As características e a Geralmente as alterações nas
propriedade de armas de fogo, características das armas de fogo são
mediante cadastro; feitas para dificultar sua identificação
e rastreamento. Algumas vezes os
Identificar
As modificações que alterem as criminosos operam verdadeiros
características ou o “desmanches”, que permitem que as
funcionamento de arma de fogo; armas sejam montadas a partir de
peças extraídas de outras.
As polícias dos Estados não têm
As Secretarias de Segurança competência para emitir autorizações
Pública dos Estados e do de porte e registar armas de fogo,
Distrito Federal os registros e mas a Polícia Federal deve sempre
autorizações de porte de armas informar aos órgãos estaduais de
Informar
de fogo nos respectivos segurança acerca dos registros e
territórios, bem como manter o autorizações emitidos. Algumas vezes
cadastro atualizado para essas secretarias têm outros nomes,
consulta; ok? Em Pernambuco, por exemplo,
existe a Secretaria de Defesa Social.
Tanto as armas fabricadas no Brasil
quanto as importadas devem ser
As armas de fogo produzidas,
Cadastrar cadastradas no Sinarm. A atividade
importadas e vendidas no País;
de cadastramento é atribuída à
Polícia Federal.
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As apreensões de armas de
As delegacias e os órgãos do Poder
fogo, inclusive as vinculadas a
Judiciário devem informar o Sinarm
procedimentos policiais e
acerca de apreensões.
judiciais;
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Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças Armadas
e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros próprios.
As armas de fogo utilizadas pelas Forças Armadas e Auxiliares e pelas Forças Auxiliares são
sujeitas a regramento próprio, relacionado ao Sistema de Gerenciamento Militar de Armas –
Sigma . Forças Auxiliares é o nome pelo qual costumavam ser conhecidas as Polícias Militares e os
Corpos de Bombeiros Militares. Hoje os integrantes dessas forças são considerados militares para
todos os efeitos.
No Sinarm, por outro lado, serão cadastradas as armas de fogo da Polícia Federal, Polícia
Rodoviária Federal, Polícias Civis, órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal,
integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, integrantes das escolas de presos,
das Guardas Portuárias, das Guardas Municipais e dos órgãos públicos cujos servidores tenham
autorização legal para portar arma de fogo em serviço.
2 - Do Registro
Fica fácil para você lembrar em que órgãos devem ser registradas as armas de fogo. A regra geral,
aplicável às armas de fogo de uso permitido , é de que o registro seja feito no Sinarm, gerido pela
Polícia Federal . As armas de uso restrito , por outro lado, são aquelas que somente podem ser
utilizadas pelas Forças Armadas, instituições de segurança pública e pessoas físicas e jurídicas
habilitadas, devidamente autorizadas pelo Comando do Exército , órgão responsável pela gestão
do Sigma .
Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional,
autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência
ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o
titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido
de autorização do Sinarm.
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Atenção! O certificado de Registro não autoriza o proprietário da arma a portá-la no dia a dia. Ele
apenas dá legitimidade à propriedade, mas limita o manuseio da arma à residência ou ao local de
trabalho do proprietário.
Por fim, vale mencionar que em 2019 foi incluído um novo dispositivo na lei, que determina que,
aos residentes na zona rural, considera-se residência ou domicílio toda a extensão do respectivo
imóvel rural.
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a
efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos:
I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes
criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a
inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos;
II – apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa;
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de
fogo, atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei.
A pessoa que comprar uma arma de fogo precisa estar bem decidida, não é mesmo? É necessário
apresentar uma série de documentos, para comprovar idoneidade , ocupação lícita , residência
certa, capacidade técnica e aptidão psicológica .
Apenas uma observação quanto ao requisito de idade: há exceções para os membros das Forças
Armadas, Polícias Federal, Rodoviária Federal, Ferroviária Federal, Civis, Polícias Militares, Corpos
de Bombeiros Militares e Guardas Municipais.
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3 - Do Porte
O porte de arma de fogo é restrito, e é este documento que permite que o proprietário transporte
a arma consigo fora de sua residência e local de trabalho.
A regra geral é de que o porte de arma seja permitido apenas quando houver lei que trate do
assunto. O próprio Estatuto do Desarmamento, contudo, autoriza o porte de arma de algumas
pessoas em seu art. 6º.
Da lista abaixo, é importante que você saiba que os policiais e os militares (incluindo PMs e CBMs)
não precisam cumprir os requisitos do art. 4º para adquirir arma de fogo.
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regulamento a ser emitido pelo Conselho As armas de fogo utilizadas pelos servidores
Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho serão de propriedade, responsabilidade e guarda
Nacional do Ministério Público – CNMP das respectivas instituições, somente podendo
ser utilizadas quando em serviço, devendo estas
observar as condições de uso e de armazenagem
estabelecidas pelo órgão competente, sendo o
certificado de registro e a autorização de porte
expedidos pela Polícia Federal em nome da
instituição.
Integrantes do quadro efetivo de agentes
e guardas prisionais poderão portar arma
de fogo de propriedade particular ou
Depois de muitas negociações, os agentes e
fornecida pela respectiva corporação ou
guardas prisionais conseguiram ser incluídos na
instituição, mesmo fora de serviço, desde
relação de servidores que podem ter porte de
que estejam:
arma. Chamo sua atenção para essa categoria,
que somente foi incluída no Estatuto do
a) submetidos a regime de dedicação
Desarmamento em junho de 2014.
exclusiva;
b) sujeitos à formação funcional, nos
Preste atenção aos requisitos também, ok?!
termos do regulamento; e
c) subordinados a mecanismos de
fiscalização e de controle interno.
Agora quero mencionar para você uma decisão importante do STF, relacionada ao porte de armas
de fogo por guardas municipais.
Em 2018 uma liminar expedida pelo Ministro Alexandre de Moraes suspendeu os efeitos do trecho
da Lei que proíbe o porte de arma para integrantes das guardas municipais de munícipios com
menos de 50 mil habitantes e permite o porte nos municípios que têm entre 50 mil e 500 mil
habitantes apenas quando em serviço. Com base nos princípios da isonomia e da razoabilidade, a
decisão diz que é preciso conceder idêntica possibilidade de porte de arma a todos os integrantes
das guardas civis, em face da efetiva participação na segurança pública e na existência de
similitude nos índices de mortes violentas nos diversos municípios.
Cuidado aqui, pois essa decisão é apenas uma liminar, que pode vir a ser derrubada depois,
quando a questão for decidida pelo colegiado!
A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de
competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm, conforme
previsão do artigo 10, §§1º e 2º a seguir:
§ 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária e
territorial limitada, nos termos de atos regulamentares, e dependerá de o requerente:
I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de
ameaça à sua integridade física;
II – atender às exigências previstas no art. 4o desta Lei;
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III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro
no órgão competente.
§ 2o A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá automaticamente sua
eficácia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguezou sob efeito de
substâncias químicas ou alucinógenas.
Antes de passarmos ao próximo assunto, quero chamar sua atenção para o conteúdo do artigo
6º, §3º do Estatuto, que diz respeito ao porte de arma por parte dos integrantes das guardas
municipais:
§ 3o A autorização para o porte de arma de fogo das guardas municipais está condicionada à
formação funcional de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial, à
existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas condições estabelecidas no
regulamento desta Lei, observada a supervisão do Ministério da Justiça.
- O porte é permitido nas capitais dos Estados e nos Municípios com mais de
500.000 habitantes;
§ 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25(vinte e cinco) anos que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será
concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para subsistência,
de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de
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calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade
em requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes documentos:
I - documento de identificação pessoal;
II - comprovante de residência em área rural; e
III - atestado de bons antecedentes.
§ 6o O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente de
outras tipificações penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de
fogo de uso permitido.
Este é o famoso caso do caçador de subsistência . Esta pessoa é aquela que mora em área rural ,
tem pelo menos 25anose depende da caça para sobreviver. Perceba que não estamos falando
aqui do caçador esportivo, mas sim daquele que caça para alimentar-se e à sua família.
Esse crime é cometido por quem possui ou mantém arma de uso permitido em sua residência
ou local de trabalho de forma irregular.
OMISSÃO DE CAUTELA
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob
sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
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Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa
de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar
à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou
munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o
fato.
Este tipo protege a sociedade contra acidentes decorrentes do manejo de arma de fogo por
menor de idade ou pessoa com deficiência mental.
É um crime culposo (negligência ou imprudência) que se consuma com o manejo da arma pelo
menor ou deficiente. Caso o acidente efetivamente ocorra, poderá haver outros crimes.
O agente deste crime é aquele que manipula a arma de fogo ilegalmente. Não confunda este
crime com o de posse irregular, pois neste caso o agente apenas tem a posse ou guarda da arma
em sua residência ou local de trabalho, enquanto naquele crime o agente manipula a arma,
praticando uma das condutas previstas.
O art. 14 contém ainda um parágrafo único, que foi declarado inconstitucional pelo STF. Cuidado!
Este dispositivo já foi cobrado em prova!
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver
registrada em nome do agente.
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Este tipo penal tem o condão de proteger a integridade física das pessoas que estejam no local
onde o disparo é efetuado. O crime se consuma com o disparo, e somente é punível se a conduta
não se referia a outro crime . Caso essa tipificação não fosse considerada subsidiária, o crime em
estudo seria praticado junto com outros crimes em várias ocasiões.
Este crime é mais grave que o previsto nos arts. 12 e 14. Isso é perfeitamente compreensível, pois
as armas de fogo de uso restrito em geral têm um poder destrutivo muito maior que as de uso
permitido.
A conduta do inciso do parágrafo 1º I é praticada não só por aquele que raspa a numeração da
arma, mas também por quem dificulta sua identificação de qualquer outra forma (raspando o
emblema do fabricante, por exemplo).
O inciso II trata do crime cometido, por exemplo, por armeiro que utiliza seus conhecimentos
técnicos para operar modificação na arma, de forma a tornar a arma de uso permitido tão potente
quanto a de uso restrito, ou, ainda, daquele que a modifica para enganar o policial, perito ou juiz.
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O artefato explosivo ou incendiário mencionado pelo inciso III precisa ser algo de considerável
poder destrutivo. Não há problema em transportar rojões para soltar nas festas juninas, ok?
Devemos lembrar também que, a partir da Lei n. 13.964/2019, os seguintes crimes passaram ser
considerados hediondos:
o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso PROIBIDO (§ 2º do Art. 16)
o crime de comércio ilegal de armas de fogo
o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição
Por fim, chamo a atenção de vocês para as alterações do Pacote Anticrime que tivemos aqui no
Art. 16. Criou-se um segundo parágrafo com penas mais severas (4 a 12 anos) para aqueles que
cometerem crimes tipificados no Art. 16 e seu § 1º fazendo uso de arma de fogo de uso proibido.
Mas professor, o que é uma arma de fogo de uso proibido? O Decreto 9845 estabelece o conceito:
Este crime é próprio , pois somente pode ser cometido por quem pratica atividade comercial ou
industrial. Perceba que o parágrafo primeiro equipara algumas atividades à atividade comercial
ou industrial para essas finalidades. O armeiro que exerce a atividade irregularmente, por
exemplo, incorre neste crime.
O Pacote Anticrime trouxe um novo parágrafo ao dispositivo, o segundo, bem como aumentou a
pena do Caput, para 6 a 12 anos, além de multa. A pena anterior era de 4 a 8 anos, e multa.
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O Parágrafo Segundo veio com o objetivo de facilitar o trabalho policial, sobretudo ao agente
policial disfarçado, que obviamente omite sua condição de Agente Público para o potencial
criminoso.
Não se deve confundir o policial disfarçado com o policial infiltrado, previsto na Lei 12.850, aquela
se trata de uma condição intermediária entre uma campana e a infiltração policial. A previsão legal
também se presta para evitar alegações de flagrante preparado e de crime impossível.
Para este crime, assim como para o TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO, haverá
aumento de pena da metade se a arma de fogo, acessório, ou munição for de uso proibido ou
restrito .
A pena prevista para esse crime era de 4 a 8 anos, e multa, mas era objeto de muito
questionamento, parecendo branda, pois o tráfico internacional é a atividade responsável por
colocar armamento pesado nas mãos de bandidos perigosos. O Pacote Anticrime dobrou a pena,
sendo agora de 8 a 16 anos, e multa.
Houve ainda um acréscimo do parágrafo único, nos mesmos moldes do Art. 17, só que incluindo
a operação de importação.
Para este crime, assim como para o COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO, haverá aumento
de pena da metade se a arma de fogo, acessório, ou munição for de uso proibido ou restrito .
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se:
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta
Lei; ou
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.
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O Pacote Anticrime trouxe ainda a reincidência específica como forma de aumento de pena para
os crimes citados.
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória.
Este dispositivo foi declarado inconstitucional pelo STF por meio da ADIN 3.112-1.
5 - Disposições Gerais
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demais
produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico
serão disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando
do Exército.
§ 1o Todas as munições comercializadas no País deverão estar acondicionadas em embalagens
com sistema de código de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do
fabricante e do adquirente, entre outras informações definidas pelo regulamento desta Lei.
§ 2o Para os órgãos referidos no art. 6o, somente serão expedidas autorizações de compra de
munição com identificação do lote e do adquirente no culote dos projéteis, na forma do regulamento
desta Lei.
§ 3o As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da data de publicação desta Lei conterão
dispositivo intrínseco de segurança e de identificação, gravado no corpo da arma, definido pelo
regulamento desta Lei, exclusive para os órgãos previstos no art. 6o.
§ 4o As instituições de ensino policial e as guardas municipais referidas nos incisos III e IV
do caput do art. 6o desta Lei e no seu § 7o poderão adquirir insumos e máquinas de recarga de
munição para o fim exclusivo de suprimento de suas atividades, mediante autorização concedida
nos termos definidos em regulamento.
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando do
Exército autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço alfandegário e o
comércio de armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o porte de trânsito
de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores.
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Mesmo as réplicas de armas de verdade podem ser manuseadas para adestramento, instrução, ou
para coleção. Nesse caso, devem ser observadas as regras expedidas pelo Comando do Exército .
O art. 31 trata de quem possui arma regularmente registrada, mas ainda assim deseja entregá-la.
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O art. 32, por outro lado, trata de qualquer pessoa que desejar entregar a arma que possui,
independentemente de esta estar registrada. Neste caso, para que a entrega seja efetuada, é
necessário que a Polícia Federal expeça um documento chamado “guia de trânsito”.
Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de registros balísticos serão armazenados no Banco
Nacional de Perfis Balísticos.
§ 1º O Banco Nacional de Perfis Balísticos tem como objetivo cadastrar armas de fogo e armazenar
características de classe e individualizadoras de projéteis e de estojos de munição deflagrados por
arma de fogo.
§ 2º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será constituído pelos registros de elementos de munição
deflagrados por armas de fogo relacionados a crimes, para subsidiar ações destinadas às apurações
criminais federais, estaduais e distritais.
§ 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será gerido pela unidade oficial de perícia criminal.
§ 4º Os dados constantes do Banco Nacional de Perfis Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele
que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão
judicial responderá civil, penal e administrativamente.
§ 5º É vedada a comercialização, total ou parcial, da base de dados do Banco Nacional de Perfis
Balísticos.
§ 6º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional de Perfis Balísticos serão regulamentados
em ato do Poder Executivo federal.
Trata-se da última novidade trazida pelo Pacote Anticrime. Como é comum, a maioria dos Bancos
de Dados de Segurança Pública são locais, mantidos pelos Estado. A integração ainda não é
adequada, apesar de já existirem inúmeras iniciativas nesse sentido.
Cada projétil de arma de fogo, ao ser expelido pelo cano, é marcado com características únicas,
que permitem identificar se uma munição partiu de uma arma específica, através da comparação.
A ideia aqui é ter um Banco de Dados completo, com o objetivo de facilitar a investigação criminal
e a elucidação de crimes perpetrados por meio de arma de fogo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final da aula! Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco.
Estou disponível no fórum no Curso, por e-mail e nas minhas redes sociais.
Paulo Guimarães
E-mail : professorpauloguimaraes@gmail.com
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Instagram : @profpauloguimaraes
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (PF – Perito – 2018 – Cespe) Samuel disparou, sem querer, sua arma de fogo em via pública.
Nessa situação, ainda que o disparo tenha sido de forma acidental, culposamente, Samuel
responderá pelo crime de disparo de arma de fogo, previsto no Estatuto do Desarmamento.
Certo
Errado
Comentários
O crime de disparo de arma fogo está previsto no art. 15 da lei n° 10.826/2003. Tendo em vista que o tipo
penal não prevê responsabilidade a título de culpa, não é punível o disparo acidental (culposo), logo, Samuel
não responderá pelo ilícito análise.
2. (PC-ES - Escrivão de Polícia - 2019 - INSTITUTO AOCP) De acordo com a Lei n° 10.826/03
(estatuto do desarmamento), o sujeito que for preso em via pública portando arma de fogo,
que não contém mecanismo de acionamento, terá sua conduta considerada como atípica em
razão do instituto
a) da legítima defesa.
b) do crime impossível.
d) da discriminante putativa.
e) da relação de causalidade.
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Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do
objeto, é impossível consumar-se o crime. Também conhecido como quase crime ou crime oco. (Código Penal).
A teoria adotada no Brasil com relação ao crime impossível é teoria objetiva mitigada.
Gabarito: Letra B
3. (Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Civil Municipal – 2019 – NUCEPE) Com base no Estatuto
do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), assinale a alternativa CORRETA.
a) Para adquirir arma de fogo de uso restrito, o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade,
atender, dentre outros requisitos, a comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas
de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar
respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos.
c) A Posse irregular de arma de fogo de uso permitido e o Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido são
crimes que apresentam as mesmas penas, tanto que constituem o mesmo tipo penal.
d) Em relação ao crime de Comércio ilegal de arma de fogo, equipara-se à atividade comercial ou industrial,
para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou
clandestino, inclusive o exercido em residência.
e) Possuir apenas munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no
interior de sua residência ou dependência desta, não configura crime.
Comentários
A- Errado.
Art. 4º Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade,
atender aos seguintes requisitos:
I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais
fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a
processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos; (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
II – apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa;
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo,
atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei.
B-Errado.
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Art. 11-A. O Ministério da Justiça disciplinará a forma e as condições do credenciamento de profissionais pela
Polícia Federal para comprovação da aptidão psicológica e da capacidade técnica para o manuseio de arma de
fogo.
C-Errado.
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido. Detenção de 1 a 3 anos + multa. (Art. 12)
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido Reclusão de 2 a 4 anos + multa. (Art. 14).
D- Certo.
Art. 17. Parágrafo primeiro. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer
forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em
residência.
E- Errado.
Gabarito: Letra D
4. (PRF - Policial Rodoviário Federal – 2019 – CESPE) No item a seguir é apresentada uma situação
hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada considerando-se o Estatuto do
Desarmamento, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Sistema Nacional de Políticas
Públicas sobre Drogas.
Em uma operação da PRF, foram encontradas, no veículo de Sandro, munições de arma de
fogo de uso permitido e, no veículo de Eurípedes, munições de uso restrito. Nenhum deles
tinha autorização para o transporte desses artefatos. Nessa situação, considerando-se o
previsto no Estatuto de Desarmamento, Sandro responderá por infração administrativa e
Eurípedes responderá por crime.
Certo
Errado
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Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou
munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Ambos respondem por crimes. Sandro por crime de Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e Eurípedes
por crime de Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
5. (PC-PR - Escrivão de Polícia – 2018 - COPS-UEL) Sobre o certificado de registro de arma de fogo,
considere as afirmativas a seguir.
II. Autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo no interior de sua residência.
III. Autoriza o porte de arma de fogo na unidade federativa que expediu o respectivo registro.
IV. Possibilita a todo cidadão o porte de arma de fogo mediante avaliação psicológica prévia.
Comentários
A questão trata apenas da POSSE, a qual é conquistada com o REGISTRO DE ARMA DE FOGO; entretanto,
ela não autoriza o PORTE. Logo,
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II. Certo. Autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo no interior de sua residência. Também é
permitido mantê-la em seu ambiente de trabalho, desde que seja o proprietário do estabelecimento. (Art. 5º,
caput).
Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu
proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência
desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento
ou empresa.
III. Errado. O registro não autoriza o porte.
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de
competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
IV. Errado. Não autoriza porte.
Gabarito: Letra A
a) vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a
criança ou adolescente
b) disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou
em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime
c) portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro
sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado
d) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa
portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua
propriedade
e) produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou
explosivo
Comentários
A – Errada. Conduta punível com a mesma pena de porte/posse de arma restrita. (Art.16, pp, v).
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou
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munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1º. Nas mesmas penas incorre quem:
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso
proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito
ou juiz;
III – possuir,detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro
sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo
a criança ou adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou
explosivo.
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso proibido, a
pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.”
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou
em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
C – Errada. Conduta punível com a mesma pena do crime de porte/posse de arma restrita. (Art.16, pú, IV).
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa
portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua
propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
E – Errada. Conduta punível com a mesma pena do crime de posse/porte de arma restrita. (Art.16, pú, VI).
Gabarito: Letra D
a) a classificação técnica, bem como a definição das armas de fogo deve ser disciplinada em ato do Comando
do Exército, mediante proposta do Chefe do Poder Executivo
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c) todas as armas de fogo comercializadas no exterior devem estar acondicionadas em embalagens com
sistema de código de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do alienante
d) cabe ao Comando da Polícia Militar autorizar, excepcionalmente, nos estados, a aquisição de armas de
fogo de uso restrito
e) armas de fogo apreendidas devem ser, após elaboração do laudo, encaminhadas pelo juiz, quando não
mais interessarem à persecução penal, à Superintendência da Polícia Federal, para destruição, no prazo
máximo de 48 (quarenta e oito) horas.
Comentários
A- Errado.
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demais produtos
controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico serão disciplinadas em ato
do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando do Exército.
B- Certo. (Art. 26, pú).
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e
simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir.
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao
adestramento, ou à coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do Exército.
C- Errado.
Art. 23, § 1º Todas as munições comercializadas no País deverão estar acondicionadas em embalagens com sistema
de código de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do fabricante e do adquirente, entre
outras informações definidas pelo regulamento desta Lei.
D- Errado.
Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso
restrito.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às aquisições dos Comandos Militares.
E- Errado.
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando
não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, no
prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às
Forças Armadas, na forma do regulamento desta Lei.
Gabarito: Letra B
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b) crime de porte ilegal de arma de fogo, porque se trata de arma de uso proibido.
c) crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido, sendo irrelevante, no caso, a ausência de
autorização para o porte de arma de fogo.
d) crime de omissão de cautela na guarda de arma de fogo; porque a arma está custodiada em local acessível
a outras pessoas, diversas do responsável legal do estabelecimento.
Comentários
Art. 12. (Estatuto do Desarmamento) "Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição,
de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou
dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do
estabelecimento ou empresa" (...)
Gabarito: Letra C
9. (PC-SE - Delegado de Polícia – 2018 - CESPE) Julgue o item seguinte, referente a crimes de
trânsito e a posse e porte de armas de fogo, de acordo com a jurisprudência e legislação
pertinentes.
Situação hipotética: Um policial militar reformado foi preso em flagrante delito por portar
arma de fogo de uso permitido, sem autorização legal e sem o devido registro do armamento.
Assertiva: Nessa situação, a autoridade policial não poderá conceder fiança, porquanto o
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Estatuto do Desarmamento prevê que o fato de a arma não estar registrada no nome do
agente torna inafiançável o delito.
Certo
Errado
Comentários
Versa a melhor doutrina que somente serão inafiançáveis os crimes que a Constituição Federal assim atribui.
Desse modo, em que pese o Art. 14, §único, do Estatuto do Desarmamento, aduzir quanto a
inafiançabilidade do delito, essa norma já foi declarada inconstitucional (Vide Adin 3.112-1). Restando
somente como inafiançável o Art. 16 do mesmo dispositivo normativo. Mas não por previsão no Estatuto
mas pelo fato de, pela Lei 13.497, ter sido incluído no rol dos crimes hediondos e por consequência, em respeito
ao previsto no Art. 5º, XLIII, da CF, ser crime inafiançável.
10. (PC-SE – Delegado de Polícia – 2018 – CESPE) Julgue o item seguinte, referente a crimes de
trânsito e a posse e porte de armas de fogo, de acordo com a jurisprudência e legislação
pertinentes.
O porte de arma de fogo de uso permitido sem autorização, mas desmuniciada, não configura
o delito de porte ilegal previsto no Estatuto do Desarmamento, tendo em vista ser um crime
de perigo concreto cujo objeto jurídico tutelado é a incolumidade física.
Certo
Errado
Comentários
O crime de porte ilegal de arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido (art. 14 da Lei n.
10.826/2003) é de perigo abstrato e de mera conduta, bastando para sua caracterização a prática de um
dos núcleos do tipo penal, sendo desnecessária a realização de perícia. STJ, ,Rel. Ministro FELIX FISCHER,
QUINTA TURMA, Julgado em 20/02/2018, DJE 28/02/2018.
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11. (PC-SE - Delegado de Polícia – 2018 – CESPE) Julgue o item que se segue, relativos a execução
penal, desarmamento, abuso de autoridade e evasão de dívidas.
O registro de arma de fogo na PF, mesmo após prévia autorização do SINARM, não assegura
ao seu proprietário o direito de portá-la.
Certo
Errado
Comentários
I - Autorizações:
a - Autorização para compra de Arma de fogo > SINARM; após preenchidos os requisitos do Art.4;
b – Certificado de Registro de Arma de fogo > Expedido pela Polícia Federal, APÓS autorização do SINARM.
c - Autorização p/ o Porte > Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em
todo o território nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização
do Sinarm.
12. (Polícia Federal - Perito Criminal Federal – 2018 – CESPE) Em cada item que segue, é
apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Samuel disparou, sem querer, sua arma de fogo em via pública. Nessa situação, ainda que o
disparo tenha sido de forma acidental, culposamente, Samuel responderá pelo crime de
disparo de arma de fogo, previsto no Estatuto do Desarmamento.
Certo
Errado
Comentários
O crime de disparo de arma fogo está previsto no art. 15 da Lei n° 10.826/2003. Tendo em vista que o tipo
penal não prevê responsabilidade a título de culpa, não é punível o disparo acidental (culposo), logo, Samuel
não responderá pelo ilícito em análise.
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13. (MPE-PB - Promotor de Justiça Substituto – 2018 – FCC) Nos termos do Estatuto do
Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), a conduta de emprestar a terceiro arma de fogo, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar, configura o crime de
b) omissão de cautela.
==0==
Comentários
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Gabarito: Letra C
14. (PC-SP - Delegado de Polícia – 2018 – VUNESP) É correto afirmar a respeito do crime de disparo
de arma de fogo, previsto na Lei no 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), que
b) se trata de crime comum, de perigo abstrato e que não admite a suspensão condicional do processo.
Comentários
Art. 15 Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou
em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime.
Pena: reclusão de 2 a 4 anos, e multa.
Não é cabível a suspensão condicional do processo, uma vez que a pena mínima cominada foi de 2 (dois)
anos, e para ser cabível a suspensão condicional do processo, seria necessário que a pena mínima cominada
fosse de 1 (um) ano, nos exatos termos do artigo 89 da lei 9.099/95
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"Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por
esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a
quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime,
presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena ()."
A posse (art. 12 da Lei nº 10.826/2003) ou o porte (art. 14) de arma de fogo configura crime mesmo que
ela esteja desmuniciada. Da mesma forma, a posse ou o porte apenas da munição (ou seja, desacompanhada
da arma) configura crime. Isso porque tal conduta consiste em crime de perigo abstrato, para cuja
caracterização não importa o resultado concreto da ação. STF. 1ª Turma. HC 131771/RJ, Rel. Min. Marco
Aurélio, julgado em 18/10/2016 (Info 844).
O crime é afiançável, conforme já decidiu o STF (ADIN 3.112), declarando o parágrafo único do Art. 15 da
Lei 10.826/2003 como inconstitucional.
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
Atipicidade da conduta de porte ilegal de arma de fogo ineficaz. Importante!!! Para que haja condenação
pelo crime de posse ou porte NÃO é necessário que a arma de fogo tenha sido apreendida e periciada.
Assim, é irrelevante a realização de exame pericial para a comprovação da potencialidade lesiva do artefato.
Isso porque os crimes previstos no arts. 12, 14 e 16 da Lei 10.826/2003 são de mera conduta ou de perigo
abstrato, cujo objeto jurídico imediato é a segurança coletiva. No entanto, se a perícia for realizada na arma
e o laudo constatar que a arma não tem nenhuma condição de efetuar disparos não haverá crime. Para o STJ,
não está caracterizado o crime de porte ilegal de arma de fogo quando o instrumento apreendido sequer
pode ser enquadrado no conceito técnico de arma de fogo, por estar quebrado e, de acordo com laudo
pericial, totalmente inapto para realizar disparos. Assim, demonstrada por laudo pericial a total ineficácia da
arma de fogo e das munições apreendidas, deve ser reconhecida a atipicidade da conduta do agente que
detinha a posse do referido artefato e das aludidas munições de uso proibido, sem autorização e em
desacordo com a determinação legal/regulamentar. STJ. 6ª Turma. REsp 1.451.397-MG, Rel. Min. Maria
Thereza de Assis Moura, julgado em 15/9/2015 (Info 570).
Gabarito: Letra B
15. (TRT - 15ª Região (SP) - Técnico Judiciário - Segurança – 2018 - FCC) Josildo, titular e
responsável legal de estabelecimento comercial, obteve o Certificado de Registro de Arma de
Fogo (CRAF), com validade em todo o território nacional. Nesse sentido o CRAF engloba
autorização para manter a arma de fogo, exclusivamente no
a) interior (ou dependências) de sua residência ou domicílio, mas não, no seu local de trabalho, apesar de ser
o titular e responsável legal pelo estabelecimento.
b) interior (ou dependências) de sua residência ou domicílio, ou, ainda, no seu local de trabalho, já que é o
titular ou o responsável legal pelo estabelecimento.
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c) interior de sua residência ou domicílio, ou na dependência desses e levá-la consigo nos deslocamentos dentro
do Estado em que reside e, também no seu local de trabalho.
d) interior (ou dependência) de sua residência ou domicílio, e também em seu veículo nos deslocamentos,
considerado este como extensão do domicílio, mas não no local de trabalho, independentemente da função
que exerça.
e) seu local de trabalho, já que é o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento, sendo vedado mantê-
la no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses.
Comentários
Art. 10-O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza
o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou
dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal
pelo estabelecimento ou empresa.
Gabarito: Letra B
16. (TJ-SC - Analista Jurídico – 2018 – FGV) Em cumprimento de mandado de busca e apreensão
no local de trabalho de João, que era um estabelecimento comercial de sua propriedade e de
sociedade em que figurava como administrador e principal sócio, foram apreendidas duas
armas de fogo, de calibre permitido, com numeração aparente, devidamente municiadas.
João esclareceu que tinha as armas para defesa pessoal, apesar de não possuir autorização e
nem registro das mesmas.
Diante disso, foi denunciado pela prática de dois crimes de porte de arma de fogo de uso
permitido (art. 14 da Lei nº 10.826/03), em concurso material.
No momento de aplicar a sentença, o juiz deverá reconhecer que:
a) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em
concurso material;
b) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em
concurso formal;
c) ocorreram dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso formal;
d) ocorreu crime único de porte de arma de fogo de uso permitido, afastando-se o concurso de delitos;
e) ocorreu crime único de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12, Lei nº 10.826/03), afastando-se
o concurso de delitos.
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Para o STF e para Doutrina majoritária: Posse ou porte de arma de USO PERMITIDO e de USO RESTRITO
é CRIME ÚNICO! O crime de uso restrito absorve o de uso permitido por ser crime mais grave! NÃO HÁ
CONCURSO DE CRIMES. O bem jurídico é o mesmo (incolumidade pública) Se eu tenho uma arma de fogo de
calibre restrito e outras de calibre permitido, o crime mais grave vai absorver o crime menos grave, pouco
importando se são 2 ou 10 armas. O juiz vai considerar essa situação na dosimetria da pena.
Para o STJ: Quando há porte ou posse de arma de fogo de uso restrito e uso permito há CONCURSO DE
CRIMES, pelo fato de existir lesão a dois bens jurídicos (incolumidade pública e a lisura dos cadastros nacionais
de arma de fogo) (RE 1598810), pois, se a nossa legislação diz que, determinada arma é restrito a
determinado tipo de pessoa, esse indivíduo que possui ou porta uma arma dessa classificação viola não só a
incolumidade publica como a seriedade dos cadastros. Essa concepção é muito criticada pela doutrina.
Arma de fogo de uso PERMITIDO + arma de fogo de uso RESTRITO = CONCURSO FORMAL.
Arma de fogo de uso PERMITIDO + arma de fogo de uso PERMITIDO = CRIME ÚNICO ou seja apenas 1 crime.
Gabarito: Letra E
17. (TJ-SC - Oficial de Justiça e Avaliador – 2018 – FGV) Jorge recebeu mandado de citação em
ação penal para cumprimento em localidade violenta da cidade em que atuava. Temendo por
sua integridade física, compareceu ao local para cumprimento da diligência em seu próprio
carro, levando escondido no porta-luvas duas armas de fogo diferentes de uso permitido.
Ocorre que Jorge foi abordado por policiais militares, sendo as armas de fogo encontradas e
apreendidas, além de ser verificado que ele não possuía autorização para portar aquele
material bélico.
De acordo com a jurisprudência majoritária do Superior Tribunal de Justiça, a conduta de
Jorge:
a) configura dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso formal;
b) configura dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso material;
Comentários
Para o STJ: Quando há porte ou posse de arma de fogo de uso restrito e uso permito há CONCURSO DE
CRIMES, pelo fato de existir lesão a dois bens jurídicos (incolumidade pública e a lisura dos cadastros nacionais
de arma de fogo) (RE 1598810), pois, se a nossa legislação diz que, determinada arma é restrito a
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determinado tipo de pessoa, esse indivíduo que possui ou porta uma arma dessa classificação viola não só a
incolumidade publica como a seriedade dos cadastros. Essa concepção é muito criticada pela doutrina.
Arma de fogo de uso PERMITIDO + arma de fogo de uso RESTRITO = CONCURSO FORMAL.
Arma de fogo de uso PERMITIDO + arma de fogo de uso PERMITIDO = CRIME ÚNICO ou seja apenas 1 crime.
Gabarito: Letra E
18. (TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário – Segurança – 2018 - INSTITUTO AOCP) Um Técnico
Judiciário Especialidade Segurança do Tribunal Regional do Trabalho está portando uma arma
de fogo durante o seu serviço e reclama com um amigo da periculosidade criminal de seu
bairro, dizendo estar propenso a manter-se com a arma mesmo após o cumprimento de sua
escala, a fim de se deslocar até a sua residência com segurança. Nessa situação, é correto
afirmar que
a) ele pode se manter com a arma, já que possui documento de porte funcional.
b) ele poderá se deslocar com a arma da instituição porque seu bairro é perigoso.
c) ele deverá entregar a arma na seção responsável do Tribunal após o serviço, já que não possui autorização
expressa para carregá-la consigo para além das atividades funcionais.
d) mesmo entregando a arma, ele poderá ficar com o porte funcional para poder usar sua arma particular no
deslocamento.
e) ele poderá deixar de dar saída formal de seu turno de serviço, justificando o deslocamento à sua residência
armado.
Comentários
- Policiais Legislativos.
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Somente em serviço:
- Servidores da segurança do Poder Judiciário (no máximo 50% dos servidores da segurança terão porte
de arma);
Gabarito: Letra C
19. (TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Segurança – 2018 - INSTITUTO AOCP) A autorização
para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional e após prévia
autorização do SINARM (Sistema Nacional de Amas), é de competência de qual entidade?
a) Polícia Federal.
e) Forças Armadas.
Comentários
Art 10 - A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo território nacional, é de
competência da Policia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
Polícia Federal - autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional.
Concedida após autorização do Sinarm.
Ministério da Justiça - autorização do porte de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãos
estrangeiros em visita ou sediados no Brasil.
Comando do Exército - registro e a concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores,
atiradores e caçadores e de representantes estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada
no território nacional. E autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso restrito.
Gabarito: Letra A
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20. (INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário – Segurança) Segundo o
Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), é proibido o porte de arma de fogo em todo
o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para
Comentários
Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em
legislação própria e para:
(...)
X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho,
cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário.
Gabarito: Letra E
LISTA DE QUESTÕES
1. (PF – Perito – 2018 – Cespe) Samuel disparou, sem querer, sua arma de fogo em via pública.
Nessa situação, ainda que o disparo tenha sido de forma acidental, culposamente, Samuel
responderá pelo crime de disparo de arma de fogo, previsto no Estatuto do Desarmamento.
Certo
Errado
2. (PC-ES - Escrivão de Polícia - 2019 - INSTITUTO AOCP) De acordo com a Lei n° 10.826/03
(estatuto do desarmamento), o sujeito que for preso em via pública portando arma de fogo,
que não contém mecanismo de acionamento, terá sua conduta considerada como atípica em
razão do instituto
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a) da legítima defesa.
b) do crime impossível.
d) da discriminante putativa.
e) da relação de causalidade.
3. (Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Civil Municipal – 2019 – NUCEPE) Com base no Estatuto
do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), assinale a alternativa CORRETA.
a) Para adquirir arma de fogo de uso restrito, o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade,
atender, dentre outros requisitos, a comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas
de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar
respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos.
c) A Posse irregular de arma de fogo de uso permitido e o Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido são
crimes que apresentam as mesmas penas, tanto que constituem o mesmo tipo penal.
d) Em relação ao crime de Comércio ilegal de arma de fogo, equipara-se à atividade comercial ou industrial,
para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou
clandestino, inclusive o exercido em residência.
e) Possuir apenas munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no
interior de sua residência ou dependência desta, não configura crime.
4. (PRF - Policial Rodoviário Federal – 2019 – CESPE) No item a seguir é apresentada uma situação
hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada considerando-se o Estatuto do
Desarmamento, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Sistema Nacional de Políticas
Públicas sobre Drogas.
Em uma operação da PRF, foram encontradas, no veículo de Sandro, munições de arma de
fogo de uso permitido e, no veículo de Eurípedes, munições de uso restrito. Nenhum deles
tinha autorização para o transporte desses artefatos. Nessa situação, considerando-se o
previsto no Estatuto de Desarmamento, Sandro responderá por infração administrativa e
Eurípedes responderá por crime.
Certo
Errado
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5. (PC-PR - Escrivão de Polícia – 2018 - COPS-UEL) Sobre o certificado de registro de arma de fogo,
considere as afirmativas a seguir.
II. Autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo no interior de sua residência.
III. Autoriza o porte de arma de fogo na unidade federativa que expediu o respectivo registro.
IV. Possibilita a todo cidadão o porte de arma de fogo mediante avaliação psicológica prévia.
a) vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a
criança ou adolescente
b) disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou
em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime
c) portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro
sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado
d) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa
portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua
propriedade
e) produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou
explosivo
a) a classificação técnica, bem como a definição das armas de fogo deve ser disciplinada em ato do Comando
do Exército, mediante proposta do Chefe do Poder Executivo
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c) todas as armas de fogo comercializadas no exterior devem estar acondicionadas em embalagens com
sistema de código de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do alienante
d) cabe ao Comando da Polícia Militar autorizar, excepcionalmente, nos estados, a aquisição de armas de
fogo de uso restrito
e) armas de fogo apreendidas devem ser, após elaboração do laudo, encaminhadas pelo juiz, quando não
mais interessarem à persecução penal, à Superintendência da Polícia Federal, para destruição, no prazo
máximo de 48 (quarenta e oito) horas.
b) crime de porte ilegal de arma de fogo, porque se trata de arma de uso proibido.
c) crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido, sendo irrelevante, no caso, a ausência de
autorização para o porte de arma de fogo.
d) crime de omissão de cautela na guarda de arma de fogo; porque a arma está custodiada em local acessível
a outras pessoas, diversas do responsável legal do estabelecimento.
9. (PC-SE - Delegado de Polícia – 2018 - CESPE) Julgue o item seguinte, referente a crimes de
trânsito e a posse e porte de armas de fogo, de acordo com a jurisprudência e legislação
pertinentes.
Situação hipotética: Um policial militar reformado foi preso em flagrante delito por portar
arma de fogo de uso permitido, sem autorização legal e sem o devido registro do armamento.
Assertiva: Nessa situação, a autoridade policial não poderá conceder fiança, porquanto o
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Estatuto do Desarmamento prevê que o fato de a arma não estar registrada no nome do
agente torna inafiançável o delito.
Certo
Errado
10. (PC-SE – Delegado de Polícia – 2018 – CESPE) Julgue o item seguinte, referente a crimes de
trânsito e a posse e porte de armas de fogo, de acordo com a jurisprudência e legislação
pertinentes.
O porte de arma de fogo de uso permitido sem autorização, mas desmuniciada, não configura
o delito de porte ilegal previsto no Estatuto do Desarmamento, tendo em vista ser um crime
de perigo concreto cujo objeto jurídico tutelado é a incolumidade física.
Certo
Errado
11. (PC-SE - Delegado de Polícia – 2018 – CESPE) Julgue o item que se segue, relativos a execução
penal, desarmamento, abuso de autoridade e evasão de dívidas.
O registro de arma de fogo na PF, mesmo após prévia autorização do SINARM, não assegura
ao seu proprietário o direito de portá-la.
Certo
Errado
12. (Polícia Federal - Perito Criminal Federal – 2018 – CESPE) Em cada item que segue, é
apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Samuel disparou, sem querer, sua arma de fogo em via pública. Nessa situação, ainda que o
disparo tenha sido de forma acidental, culposamente, Samuel responderá pelo crime de
disparo de arma de fogo, previsto no Estatuto do Desarmamento.
Certo
Errado
13. (MPE-PB - Promotor de Justiça Substituto – 2018 – FCC) Nos termos do Estatuto do
Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), a conduta de emprestar a terceiro arma de fogo, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar, configura o crime de
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b) omissão de cautela.
14. (PC-SP - Delegado de Polícia – 2018 – VUNESP) É correto afirmar a respeito do crime de disparo
de arma de fogo, previsto na Lei no 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), que
b) se trata de crime comum, de perigo abstrato e que não admite a suspensão condicional do processo.
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15. (TRT - 15ª Região (SP) - Técnico Judiciário - Segurança – 2018 - FCC) Josildo, titular e
responsável legal de estabelecimento comercial, obteve o Certificado de Registro de Arma de
Fogo (CRAF), com validade em todo o território nacional. Nesse sentido o CRAF engloba
autorização para manter a arma de fogo, exclusivamente no
a) interior (ou dependências) de sua residência ou domicílio, mas não, no seu local de trabalho, apesar de ser
o titular e responsável legal pelo estabelecimento.
b) interior (ou dependências) de sua residência ou domicílio, ou, ainda, no seu local de trabalho, já que é o
titular ou o responsável legal pelo estabelecimento.
c) interior de sua residência ou domicílio, ou na dependência desses e levá-la consigo nos deslocamentos dentro
do Estado em que reside e, também no seu local de trabalho.
d) interior (ou dependência) de sua residência ou domicílio, e também em seu veículo nos deslocamentos,
considerado este como extensão do domicílio, mas não no local de trabalho, independentemente da função
que exerça.
e) seu local de trabalho, já que é o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento, sendo vedado mantê-
la no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses.
16. (TJ-SC - Analista Jurídico – 2018 – FGV) Em cumprimento de mandado de busca e apreensão
no local de trabalho de João, que era um estabelecimento comercial de sua propriedade e de
sociedade em que figurava como administrador e principal sócio, foram apreendidas duas
armas de fogo, de calibre permitido, com numeração aparente, devidamente municiadas.
João esclareceu que tinha as armas para defesa pessoal, apesar de não possuir autorização e
nem registro das mesmas.
Diante disso, foi denunciado pela prática de dois crimes de porte de arma de fogo de uso
permitido (art. 14 da Lei nº 10.826/03), em concurso material.
No momento de aplicar a sentença, o juiz deverá reconhecer que:
a) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em
concurso material;
b) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em
concurso formal;
c) ocorreram dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso formal;
d) ocorreu crime único de porte de arma de fogo de uso permitido, afastando-se o concurso de delitos;
e) ocorreu crime único de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12, Lei nº 10.826/03), afastando-se
o concurso de delitos.
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17. (TJ-SC - Oficial de Justiça e Avaliador – 2018 – FGV) Jorge recebeu mandado de citação em
ação penal para cumprimento em localidade violenta da cidade em que atuava. Temendo por
sua integridade física, compareceu ao local para cumprimento da diligência em seu próprio
carro, levando escondido no porta-luvas duas armas de fogo diferentes de uso permitido.
Ocorre que Jorge foi abordado por policiais militares, sendo as armas de fogo encontradas e
apreendidas, além de ser verificado que ele não possuía autorização para portar aquele
material bélico.
De acordo com a jurisprudência majoritária do Superior Tribunal de Justiça, a conduta de
Jorge:
a) configura dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso formal;
b) configura dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso material;
18. (TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário – Segurança – 2018 - INSTITUTO AOCP) Um Técnico
Judiciário Especialidade Segurança do Tribunal Regional do Trabalho está portando uma arma
de fogo durante o seu serviço e reclama com um amigo da periculosidade criminal de seu
bairro, dizendo estar propenso a manter-se com a arma mesmo após o cumprimento de sua
escala, a fim de se deslocar até a sua residência com segurança. Nessa situação, é correto
afirmar que
a) ele pode se manter com a arma, já que possui documento de porte funcional.
b) ele poderá se deslocar com a arma da instituição porque seu bairro é perigoso.
c) ele deverá entregar a arma na seção responsável do Tribunal após o serviço, já que não possui autorização
expressa para carregá-la consigo para além das atividades funcionais.
d) mesmo entregando a arma, ele poderá ficar com o porte funcional para poder usar sua arma particular no
deslocamento.
e) ele poderá deixar de dar saída formal de seu turno de serviço, justificando o deslocamento à sua residência
armado.
19. (TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Segurança – 2018 - INSTITUTO AOCP) A autorização
para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional e após prévia
autorização do SINARM (Sistema Nacional de Amas), é de competência de qual entidade?
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a) Polícia Federal.
e) Forças Armadas.
20. (INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário – Segurança) Segundo o
Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), é proibido o porte de arma de fogo em todo
o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para
GABARITO
1. ERRADO
2. B
3. D
4. ERRADO
5. A
6. D
7. B
8. C
9. ERRADO
10. ERRADO
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11. CERTO
12. ERRADO
13. C
14. B
15. B
16. E
17. E
18. C
19. A
20. E
RESUMO
COMPETÊNCIA DO SINARM
DISPOSITIVO COMENTÁRIOS
As características e a Geralmente as alterações nas
propriedade de armas de fogo, características das armas de fogo são
mediante cadastro; feitas para dificultar sua identificação
e rastreamento. Algumas vezes os
Identificar
As modificações que alterem as criminosos operam verdadeiros
características ou o “desmanches”, que permitem que as
funcionamento de arma de fogo; armas sejam montadas a partir de
peças extraídas de outras.
As polícias dos Estados não têm
As Secretarias de Segurança competência para emitir autorizações
Pública dos Estados e do de porte e registar armas de fogo,
Distrito Federal os registros e mas a Polícia Federal deve sempre
autorizações de porte de armas informar aos órgãos estaduais de
Informar
de fogo nos respectivos segurança acerca dos registros e
territórios, bem como manter o autorizações emitidos. Algumas vezes
cadastro atualizado para essas secretarias têm outros nomes,
consulta; ok? Em Pernambuco, por exemplo,
existe a Secretaria de Defesa Social.
Tanto as armas fabricadas no Brasil
As armas de fogo produzidas,
Cadastrar quanto as importadas devem ser
importadas e vendidas no País;
cadastradas no Sinarm. A atividade
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de cadastramento é atribuída à
Polícia Federal.
O Sinarm dispõe das informações não
As autorizações de porte de só acerca das armas que existem no
arma de fogo e as renovações país, mas também de seus
expedidas pela Polícia Federal; proprietários e pessoas que
detenham autorização para porte.
As transferências de Sempre que uma arma for da posse
propriedade, extravio , furto, de uma pessoa para outra, mesmo de
roubo e outras ocorrências forma ilegítima, a autoridade policial
suscetíveis de alterar os dados deve ser imediatamente comunicada.
cadastrais, inclusive as As empresas de segurança privada e
decorrentes de fechamento de transporte de valores que encerrem
empresas de segurança privada suas atividades não podem manter
e de transporte de valores; em seu poder as armas utilizadas.
As apreensões de armas de
As delegacias e os órgãos do Poder
fogo, inclusive as vinculadas a
Judiciário devem informar o Sinarm
procedimentos policiais e
acerca de apreensões.
judiciais;
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Estados, para uso exclusivo de servidores também podem portar arma de fogo, de acordo
de seus quadros pessoais que com regulamento próprio.
efetivamente estejam no exercício de
funções de segurança , na forma de As armas de fogo utilizadas pelos servidores
regulamento a ser emitido pelo Conselho serão de propriedade, responsabilidade e guarda
Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho das respectivas instituições, somente podendo
Nacional do Ministério Público – CNMP ser utilizadas quando em serviço, devendo estas
observar as condições de uso e de armazenagem
estabelecidas pelo órgão competente, sendo o
certificado de registro e a autorização de porte
expedidos pela Polícia Federal em nome da
instituição.
Integrantes do quadro efetivo de agentes
e guardas prisionais poderão portar arma
de fogo de propriedade particular ou
Depois de muitas negociações, os agentes e
fornecida pela respectiva corporação ou
guardas prisionais conseguiram ser incluídos na
instituição, mesmo fora de serviço, desde
relação de servidores que podem ter porte de
que estejam:
arma. Chamo sua atenção para essa categoria,
que somente foi incluída no Estatuto do
d) submetidos a regime de dedicação
Desarmamento em junho de 2014.
exclusiva;
e) sujeitos à formação funcional, nos
Preste atenção aos requisitos também, ok?!
termos do regulamento; e
f) subordinados a mecanismos de
fiscalização e de controle interno.
- O porte do município não é mais relevante, uma vez que a decisão do Ministro
Alexandre de Morais desfez as regras concernentes à população;
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O STJ entende que, se laudo pericial reconhecer a total ineficácia da arma de fogo
e das munições, deve ser reconhecida a atipicidade da conduta .
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