Atividade - Unidade 3
Atividade - Unidade 3
Atividade - Unidade 3
Fazer qualquer tipo de pesquisa, estudo ou atividade que requer a interação e/ou
participação com outras pessoas, requer atenção em algumas questões. Na pesquisa
antropológica, já que estamos constantemente abordando a vida de outras pessoas e
representando-as em textos públicos, lidos por um considerável número de pessoas,
precisamos ter uma atenção especial no que diz respeito a:
leitura
ética
escrita
abordagem
aplicação de testes
Refletindo sobre a questão ética na pesquisa antropológica, Ingold (2013) faz uma profunda
crítica ao modo como os antropólogos têm se relacionado com as pessoas com quem
estudam. Para ele, é antiético:
não perguntar o nome da pessoa e já partir para uma entrevista, por exemplo.
abordar as pessoas como se elas fossem obrigadas a nos dar respostas.
tratar bem e com educação as pessoas as quais procuramos.
entrar nesses mundos (nos mundos das pessoas as quais acessamos para produzir as nossas
pesquisas), recolher informações dessas pessoas – o que ele se refere como “encher a mala” – e ir
embora sem dar algo em retorno.
deixar as pessoas à vontade para responder os nossos questionamentos quando assim acharem
que deve.
A antropologia foi constituída por um método que se preocupa em dar atenção ao outro. Esse
método é conhecido como:
etnografia
cartografia
análise do cotidiano
epinografia
mapeamento
Certa vez, o historiador inglês Peter Burke escreveu que dois mitos sobre o Brasil convivem
nas mentes de estrangeiros e nas dos próprios brasileiros. Eles são os mitos do Brasil como
paraíso e do Brasil como inferno. Enquanto as imagens de praias idílicas e de uma população
hospitaleira, sem preconceitos e de beleza exuberante compõem o mito do paraíso, ideias
como antro de corrupção e principalmente de criminalidade e violência generalizadas
recheiam o mito do Brasil como um inferno. No sentido antropológico, mitos, como Claude
Lévi-Strauss ensina, não são nem verdades, nem mentiras. Mas, se configura como:
ter criado uma série de mecanismos para acentuar as diferenças que existem nas pessoas
hierarquizando-as.
ter demonstrado como as diferenças humanas não poderiam ser entendidas exclusivamente pelo
conceito de raça, mas, sim, pelo de cultura.
ter defendido que o preconceito imbuído na questão racial trata-se de apenas um deslize social e
cultural.
o fato de ter se desfeito da teoria evolucionista e ter construído outra teoria.
ter escrito Macunaíma e se aliado ao pensamento evolucionista.
Além de formular a miscigenação como tese antropológica sobre o Brasil, Freyre disserta
longamente sobre a contribuição do negro para a formação do Brasil. Nessas linhas, o autor
recusa o argumento racialista de que o africano:
ocuparia um degrau igual a qualquer outro ser humano para demonstrar suas ideias, práticas e
produções eram sintéticas, embora fossem ricas e interessantes.
merece respeito e valorização como qualquer outro ser humano.
ocuparia um lugar de superioridade em detrimento de toda e qualquer pessoa na escala evolutiva.
não merece atenção e precisa ser tratado hierarquicamente como um ser pormenorizado.
ocuparia um degrau inferior na escala evolutiva humana para demonstrar como suas ideias,
práticas e produções eram absolutamente ricas e inteligentes ao seu modo.
I é correta
I e II são corretas
I, II, IV e V são corretas.
I, II e III são corretas.
Todas as afirmativas estão corretas.