Aula - Liquefação - DB - 2022

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 56

Master Engenharia

em Geotecnia

Disciplina:
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de
Mineração

2022
1
CONTEXTO BIBLIOGRÁFICO

• SEED, H.B., TOKIMATSU, K., HARDER, L.F., & CHUNG, R. (1985). Influence of SPT
procedures in soil liquefaction resistance evaluations. Journal of Geotechnical Engineering
Division, ASCE, 111(12), 861-878.

• SEED, H.B. (1987). Design problems in soil liquefaction. Journal of Geotechnical


Engineering Division, ASCE, 113(8), 827-845.

• SEED, R.B. and HARDER, L.F. JR. (1990). SPT-based analysis of cyclic pore pressure
generation and undrained residual strength. Proc. H.Bolton Seed Memorial Symposium, Bi-
Tech Publishing Ltd., Vol. 2, 351-376.

• Jefferies, M. and Been, K. Soil liquefaction : a critical state approach 2006.

• IDRISS, I.M & BOULANGER, R. W. (2007). Soil Liquefaction during Earthquakes.


Monographs Earthquakes Engineering Research Institute 237p;

• OLSON, S.M. (2001). Liquefaction analysis of level and sloping ground using field case
histories and penetration resistance. Ph.D. thesis, University of Illinois at Urbana–
Champaign, Urbana, Ill.
CONTEXTO BIBLIOGRÁFICO

OLSON, S.M. AND STARK, T.D. (2002). Liquefied strength ratio from
liquefaction case histories. Canadian Geotechnical Journal, 39, 629-647.

•OLSON, S.M. AND STARK, T.D. (2003a). Yield strength ratio and
liquefaction analysis of slopes and embankments. ASCE Journal of
Geotechnical and Geoenvironmental Engineering, 129(8), 727-737.

•OLSON, S.M. AND STARK, T.D. (2003b). Use of laboratory data to confirm
yield and liquefied strength ratio concepts. Canadian Geotechnical Journal,
40(6), 1164-1184.

•OLSON, S.M. & MATTSON, B.B. (2008). Mode of shear effects on yield and
liquefied strength ratios. Canadian Geotechnical Journal, 45, 574–587.

•FERREIRA, D.B. Liquefação de Rejeitos de Minério de Ferro – Estudo de


Caso: Sistema Pontal em Itabira/MG – 2018.
O fenômeno da liquefação em solos é considerado um comportamento de
estado. Em função das características de como este material encontra-se
em seu depósito, a liquefação determinará a possibilidade ou não desse
material se liquefazer. Esse fenômeno ocorre em solos tipicamente
granulares, saturados e sob a tendência de uma passagem brusca do
estado sólido para um comportamento de fluido.

Numa concepção geral, a liquefação pode ser entendida como sendo o


fenômeno da perda elevada da resistência de um material, induzida por
acréscimos de poropressões, sob carregamentos não drenados. Numa
condição limite, esta perda de resistência pode levar o material a se
comportar como um líquido. Esta mudança de estado pode se decorrer da
brusca aplicação de carga (carregamento rápido), de origem estática ou
dinâmica.

4
3 – PROJETO DE SISTEMAS DE DISPOSIÇÃO
DE REJEITOS
Ruptura por liquefação

5
3 – PROJETO DE SISTEMAS DE DISPOSIÇÃO
DE REJEITOS

6
A suscetibilidade à liquefação de solos ou rejeitos é fortemente influenciada pela
distribuição granulométrica do material. Solos bem graduados tendem a ser menos
suscetíveis ao fenômeno, pela incorporação das partículas menores preenchendo os
poros formados pelos grãos maiores, resultando, assim, em uma menor variação
volumétrica, sob condição drenada, e baixas gerações de poropressão na condição
não drenada.

Terzaghi et al (1996) (modificado)


Exemplo

8
CONTEXTO BIBLIOGRÁFICO E METODOLOGIAS
Influencia da Plasticidade na liquefação de solos finos

Perla et al (1999)
1 Teoria dos Estados Críticos

2 Fluxo por liquefação

3 Método de Olson

10
METODOLOGIA
As metodologias aplicadas aos ensaios de laboratório serão baseadas
nos critérios de estado (Castro 1969 e seguidores). Nessa metodologia
é definido, por vários autores, alguns critérios que norteiam os estudos
acerca da liquefação. Sendo estes:

a) Critério do índice de vazios critico;


b) Critério do estado de deformação; e
c) Parâmetro de Estado
TEORIA DO ESTADO CRÍTICO
As situações encontradas pela engenharia geotécnica podem ser abordadas com base na
análise da resistência do solo e sua deformabilidade. Entretanto, essas análises são
comumente avaliadas de formas distintas: a resistência é avaliada pelo critério de Mohr-
Coulomb e as deformações através da teoria da Elasticidade. No entanto, através da Teoria dos
Estados Críticos, é possível unificar estes conceitos para determinar o comportamento do solo.
TEORIA DO ESTADO CRÍTICO
TEORIA DO ESTADO CRÍTICO
TEORIA DO ESTADO CRÍTICO
TEORIA DO ESTADO CRÍTICO

Diz-se que um solo está em uma condição de estado critico quando este tende a uma condição
na qual deformações plásticas podem evoluir indefinidamente sem que haja mudanças em seu
volume ou nas tensões efetivas aplicadas
CONTEXTO BIBLIOGRÁFICO E METODOLOGIAS
Definição do Parâmetro de Estado (ψ)

Perla et al (1999)
LEC
Relação entre a susceptibilidade à Liquefação e relação com a Linha do Estado Critico
(paralela à Linha de Estado Permanente)

Casagrande (1936)
Comportamento nos ensaios de laboratório (CIU)

Castro (1969) (adaptado Guillén (2004))


Behavior of saturated sand under undrained conditions

Olson & Mattson (2008),


data from Verdugo (1992)
21
23
CONTEXTO BIBLIOGRÁFICO E METODOLOGIAS
Avaliação da resistência no
estado permanente

Sladen et al (1985)
1 Teoria dos Estados Críticos

2 Fluxo por liquefação

3 Método de Olson

28
CONTEXTO BIBLIOGRÁFICO E METODOLOGIAS
Avaliação de Gatilhos – Fluxo por liquefação

Olson (2001)
Saturated, contractive sand under sloping ground

su(liq) = liquefied shear strength

30
Saturated, contractive sand under sloping ground

su(liq) = liquefied shear strength

su(liq)/s'vo = liquefied strength ratio

31
Saturated, contractive sand under sloping ground

su(yield) = yield shear strength

32
Saturated, contractive sand under sloping ground

su(yield) = yield shear strength

su(yield)/s'vo = yield strength ratio

33
Saturated, contractive sand under sloping ground

su(liq) = liquefied shear strength

su(liq)/s'vo = liquefied strength ratio

Flow failure possible if tstatic > su(liq)


34
Saturated, contractive sand under sloping ground

su(liq) = liquefied shear strength

su(liq)/s'vo = liquefied strength ratio

Lateral spreading possible if tstatic < su(liq)


35
Potencial à Liquefação e Resistencia não drenada – Ensaios de campo

q  
2 3
 Idriss e Boulanger (2008)
 q  q 
Sr c1 Ncs − Sr
− c1 Ncs − Sr
 + c1 Ncs − Sr
 − 4,42 
= exp 24,5  61,7   106   tg ϕ’
s 'v0  
 
CONTEXTO BIBLIOGRÁFICO E METODOLOGIAS
Os ensaios de Palheta, por definição da metodologia, fornece
diretamente a resistência não drenada. Nesta metodologia no gráfico de
tensão por deformação pode-se obter as resistências não drenadas
máxima, residual e amolgada.

Smax – resistência não drenada de


pico Su (pico);
Sus – resistência não drenada
residual Sr;
Sur – resistência não drenada
amolgada Sa.

41
1 Teoria dos Estados Críticos

2 Fluxo por liquefação

3 Método de Olson

42
Simplified liquefaction analysis of sloping ground

Susceptibility

Triggering

Post-triggering

43
Simplified liquefaction analysis of sloping ground

Susceptibility Is the soil contractive


(i.e., loose enough to
flow)?
Triggering

Post-triggering

44
Simplified liquefaction analysis of sloping ground

Susceptibility

Triggering Are the additional


loads (above static)
sufficient to trigger
Post-triggering strain-softening (i.e.,
liquefaction)?

45
Simplified liquefaction analysis of sloping ground

Susceptibility

Triggering

Post-triggering If liquefaction is
triggered, what are the
consequences (i.e.,
slope instability)?

46
Liquefaction susceptibility – critical state line

47
Liquefaction susceptibility – critical state line

CONTRACTIVE

DILATIVE

Inverse
of (N1)60
or qc1
s'vo
48
CPT-based liquefaction susceptibility

Susceptibility = f (density
and consolidation stress)
Not a clear function of
fines content or D50,
although potential
boundary at FC ~ 20-30%
Recommended boundary
represents an envelope for
all soils

Olson & Stark (2003);


Olson et al. (2016)

49
SPT-based liquefaction susceptibility

Susceptibility = f (density
and consolidation stress)
Not a clear function of
fines content or D50,
although potential
boundary at FC ~ 20-30%
Recommended boundary
represents an envelope for
all soils

Olson & Stark (2003);


Olson et al. (2016)

50
RESISTÊNCIA NÃO DRENADA NORMALIZADA
PRÉ GATILHO - Su (yield) / s’vo − OLSON & STARK (2003)
CORRELAÇÃO : “SPT” ; CPTU - CORRIGIDOS

Su (yield) / σ'v0 = 0,205 + 0,0075 [(N1,60] ± 0,04 : para (N1,60) ≤ 12

Su (yield) / σ'v0) = 0,205 + 0,0143 (qc1) ± 0,04 : para qc1 ≤ 6,5 MPa

OBS: s’V0 EM KPa, TANTO PARA SPT QUANTO CPT (MPa)


RESISTÊNCIA NÃO DRENADA NORMALIZADA
PÓS GATILHO - Su (LIQ) / s’vo − OLSON & STARK (2003)
CORRELAÇÃO : “SPT” ; CPTU - CORRIGIDOS

Su (LIQ) / σ'v0 = 0,03 + 0,0075 [(N1,60] ± 0,03 : para (N1,60) ≤ 12

Su (LIQ) / σ'v0) = 0,03 + 0,0143 (qc1) ± 0,03 : para qc1 ≤ 6,5 MPa

OBS: s’V0 EM KPa, TANTO PARA SPT QUANTO CPT (MPa)


Projeto Liquefação – Método de Olson

53
ANÁLISE POTENCIAL À LIQUEFAÇÃO - ROTEIRO
OLSON & STARK, 2003
O PROBLEMA RESUME-SE A UMA ANÁLISE DE ESTABILIDADE
1) Retroanálise assumindo resistência não drenada até obter FS=1,0;
2) FS=1,0 – Determinar em cada lamela a tensão efetiva vertical;
3) Determinar tensão média vertical ponderada s’v (média) = σ'vi.Li / Li
3) Determinar em cada lamela a relação entre a tensão cisalhante atuante com a
tensão vertical média na superfície de ruptura (td/σ'v (média) );
4) Estimar a tensão cisalhante sísmica;
5) Estimar se existem outras tensões cisalhantes;
6) Estimar a resistência não drenada a partir dos dados SPT ou CPT;
7) Calcular Su(yield) e td para cada lamela da superfície crítica multiplicando os
valores de Su(yield) / s’v0 e td / s’v (media) por s’v0em cada lamela;
8) Calcular FSgatilho = Su(yield) / ( td + tsismico + toutos)
ANÁLISE POTENCIAL À LIQUEFAÇÃO - ROTEIRO
OLSON & STARK, 2003
O PROBLEMA RESUME-SE A ANÁLISE DE ESTABILIDADE
CONCLUSÕES
1) FSGatilho > 1,0 Em Todas Lamelas : LIQUEFAÇÃO IMPROVÁVEL

Não há necessidade de executar análise pós – gatilho;


Avaliar resistência não drenada para posterior análise pós gatilho.
2) FSGatilho < 1,0 Em Todas Lamelas : PROVAVEL LIQUEFAÇÃO
Executar análise pós gatilho, envoltória Liquefeita

ANÁLISE RUPTURA POR FLUXO – PÓS GATILHO


1) ESTIMAR REISTENCIA LIQUEFEITA : SU (LIQ) / s’VO (SPT ; CPTU);
2) FSFLUX0 < 1,0 – LIQUEFAÇÃO;
2) 1,0 < FSFLUXO< 1,1 - DEFORMAÇÃO PODERÁ INDUZIR LIQUEFAÇÃO:
AVALIAR GEOMETRIA DA ESTRUTURA – AJUSTE PROJETO
Projeto Liquefação – Método de Olson

56

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy