E Book Elementos Da Natureza 6
E Book Elementos Da Natureza 6
E Book Elementos Da Natureza 6
Elementos da Natureza
e Propriedades do Solo 6
Atena Editora
2018
2018 by Atena Editora
Copyright da Atena Editora
Editora Chefe: Profª Drª Antonella Carvalho de Oliveira
Edição de Arte e Capa: Geraldo Alves
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG)
E38 Elementos da natureza e propriedades do solo – Vol. 6 [recurso
eletrônico] / Organizadores. Fábio Steiner, Alan Mario Zuffo. –
Ponta Grossa (PR): Atena Editora, 2018.
7.093 kbytes – (Elementos da Natureza; v. 6)
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Modo de acesso: World Wide Web
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-85107-05-5
DOI 10.22533/at.ed.055182507
2018
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autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins
comerciais.
www.atenaeditora.com.br
E-mail: contato@atenaeditora.com.br
APRESENTAÇÃO
Fábio Steiner
Alan Mario Zuffo
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1.............................................................................................................................1
ANÁLISE AMBIENTAL DE UM IMPORTANTE RIO DE ABASTECIMENTO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Natália Coelho Ferreira
Juliano De Oliveira Barbirato
Carlos Moacir Colodete
Leonardo Barros Dobbss
CAPÍTULO 2.......................................................................................................................... 16
CONTAMINAÇÃO DE METAIS PESADOS EM DIFERENTES USOS E MANEJO DO SOLO NA MICROBACIA CÓRREGO
DA OLARIA-SP
Mariana Bárbara Lopes Simedo
Antonio Lucio Mello Martins
Maria Conceição Lopes
Teresa Cristina Tarlé Pissara
Sandro Roberto Brancalião
CAPÍTULO 3.......................................................................................................................... 21
CULTIVO DE PLANTAS DE COBERTURA NO INVERNO: PRODUTIVIDADE DE MASSA SECA E COBERTURA DO
SOLO
Marcos Cesar Mottin
Katiely Aline Anschau
Edleusa Pereira Seidel
CAPÍTULO 4.......................................................................................................................... 36
EFEITOS DA LOCALIZAÇÃO DA ADUBAÇÃO FOSFATADA E DA DISPONIBILIDADE DE ÁGUA NO CRESCIMENTO
DE PLANTAS DE MILHO
Jefferson Luiz de Aguiar Paes
Wedisson Oliveira Santos
Hugo Alberto Ruiz
Edson Marcio Mattiello
CAPÍTULO 5.......................................................................................................................... 50
ESTABILIDADE DE AGREGADOS EM DIFERENTES USOS E MANEJO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE BARRA DO
GARÇAS, MT
Caíque Helder Nascentes Pinheiro
Bruno Oliveira Lima
Stefanya de Sousa Novais
Tatiane Carmo Sousa
Mariana Mathiesen Stival
Janne Louize Sousa Santos
Monaliza Ana Gonzatto
Jennifer Oberger Ferreira
CAPÍTULO 6...........................................................................................................................57
INFLUÊNCIA DA IRRIGAÇÃO COM ÁGUA SALINA NA PRODUÇÃO DE CAPIM UROCHLOA BRIZANTHA CV.MARANDU
E UROCHLOA HUMIDICOLA
Ricardo Braga Vilela
Alessandra Conceição De Oliveira
Luciana Saraiva De Oliveira
Valéria Lima Da Silva
Bruna Saraiva Dos Santos
Fernando Costa Nunes
Carlos César Silva Jardim
CAPÍTULO 7.......................................................................................................................... 77
INFLUÊNCIA DO SISTEMA INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA FLORESTA NA NODULAÇÃO DA CULTURA DA SOJA
Isabela Carolina Silva
Anderson Gaias do Nascimento
Marcela Amaral de Melo
Anne da Silva Martins
João Paulo Costa
Tatiana Vieira Ramos
CAPÍTULO 8.......................................................................................................................... 86
MATÉRIA ORGÂNICA EM SOLOS DE VÁRZEA DO ESTADO DO AMAZONAS
Gabriel Ferreira Franco
José João Lelis Leal de Souza
André Luiz Lopes de Faria
Milton César Costa Campos
Liovando Marciano da Costa
CAPÍTULO 9.......................................................................................................................... 95
RESPIRAÇÃO DO SOLO EM SISTEMAS DE MANEJO NO SUDOESTE DA AMAZÔNIA
Marcos Gomes de Siqueira
Weverton Peroni santos
Caio Bastos Machado Dias
Aline da Silva Vieira
Weliton Peroni Santos
Andressa Gaebrim Ferreira
Sirlene Pereira de Souza
4 | METODOLOGIA
4.1. Local
A coleta foi realizada ao longo do Rio Jucu em dois pontos específicos: Nascente
(mais precisamente no município de Domingos Martins) e na foz (Barra do Jucu).
Adicionalmente, foram coletadas amostras duplas do substrato e da água do Rio
Jucu nas áreas de margem nos locais de coleta para a realização das análises
microbiológicas.
Após a coleta, as amostras de sedimentos/solos foram secas ao ar (TFSA) em
casa de vegetação e logo após, encaminhadas para o laboratório, condicionadas em
sacos plásticos devidamente identificados pelo local e profundidade das coletas. No
laboratório, as amostras foram maceradas, separadas em potes com a identificação
correta de forma a ficar registrado no rótulo o ponto, local que foi feito a coleta, a
profundidade e o nome da autora do projeto.
Tabela 1. Resultados representantes das médias de repetições do COT e das CSH extraídas
dos sedimentos coletados na área da nascente do Rio Jucu.
C TOTAL C AF C AH CH
P ONT OS
g kg -1 solo
1 11,28 0,25 0,06 7,8
2 18,7 0,17 0,14 14,4
3 17,9 0,2 0,1 12,5
Tabela 2. Resultados representantes das médias de repetições do COT e das CSH extraídas
dos sedimentos coletados na área da foz do Rio Jucu.
Um estudo semelhante foi realizado por Melo et al. (2008), onde foram relatados
problemas com fertilizantes e poluentes comerciais. No presente estudo, o COT
serviu como indicador do quanto isso influenciou na evolução da MO limitando a
capacidade de decomposição observada pelas médias dos graus de humificação.
Nas Tabelas 1 e 2 é possível observar as médias resultantes de todas as repetições
dos pontos de substrato alagado (1), margem (2) e pós-margem (3) para análise da
qualidade da matéria orgânica. Com base nos dados, é possível perceber que os
pontos 1 (margem) e 3 (pós margem) da nascente apresentam maiores resultados
que os da foz, onde o aporte de matéria orgânica é menor. O ponto 2 (margem),
por sua vez, apresenta valores maiores que na foz, mostrando que a ausência de
cobertura vegetal afeta o aporte de matéria orgânica, principalmente, nas zonas de
margem (Santos et al., 2008). De acordo com Loss et al. (2006), as diferentes frações
húmicas expressas nas Tabelas 1 e 2 são as que mais exercem influência sobre a
Figura 1. Índice CAH/CAF nos diferentes pontos coletados [substrato alagado (1), margem (2) e
pós-margem (3)], na nascente (A) e foz (B) do Rio Jucu.
60,00
40,00
A A
A
B
A
A
50,00
30,00
40,00
CHUM/(CAH+CAF)
CHUM/(CAH+CAF)
B
20,00 30,00 B
20,00
10,00
10,00
0,00 0,00
1 2 3 1 2 3
Figura 2. Índice CHUM/(CAH+CAF) nos diferentes pontos coletados [substrato alagado (1),
margem (2) e pós-margem (3)], na nascente (A) e foz (B) do Rio Jucu.
Em A (nascente do Rio Jucu) pode-se observar que o ponto de valor mais baixo
é o 2 (substrato da margem do Rio) com a estabilidade média de 20,20. Já os pontos
1 (substrato alagado pelo Rio) com valor de média 32,60 e 3 (substrato da área pós-
margem do Rio) com média 35,39 foram os que apresentaram os valores mais elevados
e com semelhança significativa, porém, neste caso não é possível afirmar que a área
mais distante do curso hídrico (pós-margem), e com maior vegetação, é a de maior
estabilidade, o que é corroborado por Silva e colaboradores (1998) que relatam que a
comunidade vegetal colabora para estabilidade do solo. Ao ser analisada a Figura 2B
(foz do Rio Jucu), torna-se mais compreensível o porquê de os resultados destoarem
tanto. Pode-se observar nessa Figura que o ponto de menor valor é o ponto 1 (alagado)
com média de estabilidade de 25,26 e, tal valor consegue ser menor do que o menor
valor da área da nascente (Figura 2A). Na Figura acima, novamente há dois pontos
similares, tanto na figura A, que representa a nascente quanto na B, representante da
foz. No entanto os pontos 2 (margem) com estabilidade de 46,56 e 3 (pós-margem)
com média de estabilidade 47,2 apresentados na Figura 2B são mais similares que
os do Figura 2A, na qual os pontos com semelhança significativa são os 1 (margem)
e 3 (pós-margem) e que, se forem comparadas, estas se apresentam bem distantes
[(CAH+CAF+CH)/CTOTAL]*100
60,00 60,00
40,00 40,00
B
C
20,00 20,00
0,00 0,00
1 2 3 1 2 3
Conforme relatado por Hernani et. al. (1999) em trabalho sobre os efeitos das
atividades exercidas no solo que ocasionaram desgaste nutricional e erosão, é possível
concluir que o manejo incorreto do solo pode ocasionar grandes perdas, não sendo só
prejudicial ao ecossistema terrestre como também aos corpos hídricos, ocasionando
a degradação de ecossistemas. Dependendo da quantidade de efluentes descartados
no corpo hídrico, pode haver inibições das atividades microbiológicas. Prova disso é o
desequilíbrio nutricional ocasionado pela baixa na degradação da matéria orgânica do
solo como relatado por Fia et. al. (2010).
Segundo o Conama 357/2005, a média tolerante de coliformes por litros d’água
presentes na água é de 200 organismos em 100 mL, logo pode-se observar que o
valor amostral apresentado é bem menor, o que indica que, mesmo a água da foz
sofrendo alta pressão antrópica ainda assim se apresenta apropriada para o consumo
e atividades recreativas de forma a não prejudicar a saúde de quem dela usufrui
encaixando-se na classe 2 até o presente momento.
6 | CONCLUSÕES
De acordo com o que foi exposto e possível concluir que o solo mais próximo da
nascente tem pouca carga de matéria orgânica em comparação a foz, o que significa
que o corpo hídrico e a população ao seu redor são responsáveis, em parte, pela
propagação de matéria orgânica e sua qualidade.
Com relação às análises microbiológicas, é possível concluir sobre a existência
de pouca incidência de coliformes E. coli e ausenta microrganismos termotolerantes,
fazendo com que o rio e o solo estejam aptos para o seu manuseio, saudável e não
apresentam riscos à saúde no que se diz respeito a microrganismos nocivos.
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1 | INTRODUÇÃO
O estudo dos metais pesados é considerado importante pelo fato destes serem
elementos químicos tóxicos e por apresentar grande estabilidade na natureza, com a
possibilidade de permanecerem acumulados no solo ou em sistemas aquáticos.
A contaminação por esses elementos em áreas agrícolas pode ser evidente,
devido ao elevado uso de fertilizantes e agroquímicos, os quais em grande parte utilizam
desses componentes nocivos em sua composição. O uso contínuo e prolongado destes
pesticidas em atividades agrícolas é considerado a principal fonte de introdução dos
metais nos solos e nos corpos hídricos, colaborando assim para a contaminação de
solos, ambientes aquáticos e também para a redução da produtividade agrícola por
efeitos fitotóxicos nas culturas.
Os metais pesados são elementos tóxicos que contaminam o solo, provocam a
redução da produtividade das culturas se absorvidos pelas plantas, e quando inseridos
na cadeia alimentar oferecem riscos à saúde humana e animal, (NASCIMENTO et al.,
2015).
O monitoramento dos metais pesados em bacias hidrográficas eminentemente
rurais torna-se imprescindível, uma vez que este conhecimento possibilitará o melhor
manejo e conservação do solo e da água, e irá amenizar impactos ambientais. Para
Siqueira da Silva et al. (2012), o monitoramento dos teores de metais pesados em
áreas com uso intensivo de insumos agrícolas é de grande importância para alcançar a
sustentabilidade agrícola. Como hipótese geral, pode-se admitir: determinar o acúmulo
de elementos tóxicos após a utilização de aplicação de defensivos e práticas agrícolas
Elementos da Natureza e Propriedades do Solo 6 Capítulo 2 17
ao longo dos anos associadas ao uso e manejo do solo.
Diante do exposto, objetivou-se nesse trabalho identificar a contaminação
de metais pesados em diferentes áreas de uso e ocupação do solo e da água na
Microbacia Hidrográfica Córrego da Olaria.
2 | MATERIAL E MÉTODOS
3 | RESULTADOS
REFERÊNCIAS
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução Nº 357, de 17 de março de 2005.
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf>. Acesso em: 8 jun.
2016.
1 | INTRODUÇÃO
O manejo dos solos, tem como objetivo principal melhorar as propriedades física,
químicas e biológicas, tendo como finalidade a melhoria no potencial produtivo das
culturas. No entanto o manejo inadequado do solo pode predispô-lo a modificações de
características físicas, as quais podem causar consequências diretas (KIRKEGAARD
et al., 1993), causando modificações sobre a distribuição e morfologia do solo (SILVA;
ROSOLEM, 2002). A qualidade física do solo, é influenciada diretamente pelo manejo,
variando de acordo com a textura, teor de matéria orgânica (M.O), a biomassa vegetal
sobre o solo (SILVA et al., 2005) e espécie cultivada.
A adoção de sistemas de manejo que visem à sustentabilidade, tornam-se cada
dia mais essenciais para que se mantenha a qualidade e sustentabilidade dos sistemas
agrícolas, melhorando a estrutura física do ambiente edáfico, aumentando a infiltração
de água no solo e aeração, sustentação do crescimento vegetal; e, consequentemente
melhorando o rendimento das culturas e a qualidade do solo (SANCHEZ et al., 2014).
A fim de eliminar a necessidade de mobilização e preservar a qualidade do solo
no SSD, é necessário o uso da rotação de culturas, proporcionando a redução na
densidade e aumento da porosidade e estabilidade de agregados do solo (GENRO
JUNIOR et al., 2009). A rotação de culturas deve ser realizada com a utilização de
plantas de cobertura do solo, que auxiliam na prevenção da compactação (MUZILLI,
2006), e no maior aporte de massa seca (MS), considerada fundamental no SSD. As
melhorias nas propriedades do solo podem promover o aumento da produtividade das
culturas em sucessão (COSTA et al., 2011).
O SSD, é uma tecnologia que visa principalmente a melhoria do solo, com
objetivo de preservar suas estruturas; e Mentges et al., (2010) afirmam que uma das
melhores estratégias para recuperar os danos físicos causados nos solos, é o cultivo
de plantas de cobertura com sistemas radiculares vigorosos e com grande capacidade
de produção de massa verde. Por meio do uso de plantas de cobertura busca-se
a adequação do sistema de rotação de culturas, uma das bases fundamentais do
SSD, de modo que se consiga maximizar o aporte de MOS ao longo dos anos de
A princípio, qualquer vegetal pode ser utilizado como planta de cobertura do solo
(SANTOS; SEDIYAMA; PEDROSA, 2013). Isso ocorre devido não existir uma planta
ideal, em função das vantagens e desvantagens inerentes a cada uma (NOZAKI;
VENDRÚSCOLO, 2010). Podem ser cultivadas na entressafra das culturas comerciais,
ou também em consorcio com a cultura comercial, como por exemplo o milho.
Podem ser cultivadas em monocultivo ou consorciadas entre si, desempenhando
um papel de protetoras do solo; sendo que no consorcio tendem a proporcionar
benefícios significativos ao solo, e ao sistema de cultivo (GIACOMINI, 2004);
favorecendo os processos de formação de agregados pelo maior aporte de matéria
Dentre as inúmeras espécies que podem ser utilizadas como plantas de cobertura
destacam-se as plantas da família Poaceae e Fabaceae. As plantas da família das
Poaceae, como por exemplo a aveia preta, apresentam relação C/N elevada o que
garante a permanência dos resíduos vegetais por mais tempo no solo, já as plantas
da família das Fabaceae e também as Crucíferas apresentam menor persistência dos
resíduos vegetais sob o solo, devido à baixa relação C/N (SILVA et al., 2006).
Trabalho realizado por Mottin et al. (2015), avaliando a produção de massa seca
7 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
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1 | INTRODUÇÃO
2 | MATERIAL E MÉTODOS
pH P K Ca Mg Al H+Al CO1/ Zn Fe Mn Cu S
___
mg dm-3___ _________
cmolc dm-3________ g kg-1 _______________
mg dm-3________________
4,74 0,20 15,00 0,10 0,02 0,49 3,20 6,00 2,90 89,30 4,80 0,36 15,20
Areia Densidade Densidade de Porosidade
Areia Grossa Silte Argila
Fina do Solo Partículas Total
________________________
kg kg-1_________________________ ______________
kg dm-3______________ m3 m-3
0,580 0,200 0,050 0,170 1,280 2,700 0,530
Retenção de Água
Potencial (kPa)
-3 -6 -9 -10 -15 -30 -50 -100 -200 -500 -1000 -1500
Umidade (kg kg-1)
0,328 0,195 0,148 0,109 0,100 0,095 0,090 0,084 0,079 0,072 0,067 0,061
pH em água (relação v v-1 1:2,5); P, Na, K (Mehlich-1); Ca2+, Mg2+, Al3+ (KCl 1,0 mol L-1); S [Ca(H2PO4)2 em Ácido acético]; H
2.1 Ensaio
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
O consumo de água (AT), a área foliar (AF) e produção total de matéria seca
(MS) pelas plantas de milho foram afetados pelo potencial matricial e a localização
do fertilizante fosfatado no solo (Tabela 2). No maior potencial matricial (-9/-9 kPa) as
plantas consumiram, em média, cerca de 2,5 e 1,4 vezes mais água que o tratamento
-50/-50 e -50/-9 kPa, respectivamente. Na caracterização do solo (Tabela 2), a retenção
de água foi 0,090 e 0,148 kg kg-1 para -50 e -9 kPa, respectivamente, o que leva a uma
relação -50/-9 kPa de 0,61. Porém, de acordo com Reichardt (1988), calculando-se a
água disponível e considerando uma capacidade de campo próxima a -9 kPa, valor
compatível com a textura franco arenosa do solo utilizado no presente trabalho, os
valores são 0,029 e 0,087 kg kg-1, respectivamente, e a relação -50/-9 kPa é reduzida
a 0,33, valor coerente com os encontrados experimentalmente.
MS _P A (g V G -1 )
MS _P A (g V G -1 )
40 a 40 b
b a0
30 b 30 b0
20 20
c a
10 c a
10
0 0
-2 bb
-50
-2 b b
MS _ R A (g V G -1 )
MS _ R A (g V G -1 )
bc
-4 bb b a
-4
-50
ab
bb ab b ab
b
-6 -6
-8 aa a a
-9
aa -8
a
a a ab
-9
-10 a
a a a
-10
a a
-9 -50 -9-50
C P _P A (mg V G -1 )
C P _P A (g V G -1 )
b a b
60 60 a
40 b 40
c b
a
20 c 20 b
0
0
-2 c
-2 b
C P _R A (mg V G -1 )
C P _ R A (mg V G -1 )
-4 b
-4
-50
b
a
-50
-6 b b b
-6 c bc
-8 ab
-9
b
ab -8 b
-10
-10
-12 a a
a a
-9
-12 a
a a a
-14
-9 -9-50 -50 -9 -9-50 -50 -14 a
a
-9 -50 -9-50
P otenc ial matric ial (kP a) P otenc ial de água (kP a)
Tabela 2. Conteúdo total de P na planta, CTP, (parte aérea e radicular) e acúmulos devido ao
mecanismo de fluxo de massa (FM) e de difusão de P no vaso geminado (D), considerando
a localização de 300 mg dm-3 de P na parte superior (S) e inferior (I) do vaso geminado (vg) e
potencial de trabalho (ψ)
Médias seguidas de mesma letra (maiúsculas ou minúsculas), nas colunas, são iguais pelo teste Tukey (α=5%).
4 | CONSIDERAÇOES FINAIS
5 | CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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1 | INTRODUÇÃO
2 | MATERIAL E MÉTODOS
b. Densidade Real (densidade das partículas): foi pesado 20g de solo, colocados
em lata de alumínio de peso conhecido, levados à estufa, deixados por 24
horas, e após foram pesadas novamente para obter o peso da amostra
seca a 105 oC. As amostras foram transferidas para balão aferido de 50mL.
Foram adicionados álcool etílico e agitados até eliminar todas as bolhas de
ar e completar-se o volume do balão. Foi anotado o volume de álcool etílico
gasto. Foi realizado o seguinte cálculo: Densidade de partículas (g cm3) = a /
50 – b onde a = peso da amostra seca a 105°C e b = volume de álcool gasto.
c. Volume Total de Poros (VTP): Foi calculado pela fórmula Porosidade total =
100 (a – b) / a onde a = densidade real e b = densidade aparente.
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
1
DMP: diâmetro médio ponderado. 2DMG: diâmetro médio geométrico.
4 | CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
O solo foi classificado como Latossolo Vermelho Amarelo, fase arenosa, na qual
foi previamente utilizado seco, homogeneizados e peneirados, em seguida colocados
em cada vaso, pesando-os com capacidade para 1300 g de solo.
O solo foi corrigido e adubado antes da semeadura, seguindo a análise de
solo e a recomendação por Vilela et al. (1998), para o capim Marandu usou-se uma
dose de 70 kg ha-1 de superfosfato simples (P2O5), e para o capim Humidícola uma
dose de 30 kg ha-1 de superfosfato simples (P2O5) e não foi necessária adubação
potássica. Realizou-se uma adubação nitrogenada aos 40 dias após a implantação do
experimento, por meio de fertirrigação, com uma dose de 50 kg ha-1 de N, utilizando
como fonte a ureia.
Utilizou-se o delineamento em blocos casualizado, com esquema fatorial 7 x
2, envolvendo sete níveis de condutividade elétrica (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 mS cm-1), o
tratamento 0,0 mS cm-1 corresponde a água sem a adição de sal, e duas espécies de
capins (Urochloa brizantha cv. Marandu e U. humidicola), com quatro repetições e três
vasos por tratamento, totalizando 168 vasos, perfazendo um total de 14 combinações,
o croqui mostrando a disposição dos tratamentos deste estudo. As diferentes
condutividades elétricas foram obtidas a partir da adição de cloreto de sódio (NaCl) a
A B
C D
Figura 1. (A) Soluções salinas preparadas e armazenadas; (B) Irrigação manual utilizando um
copo descartável de 200 ml; (C) Drenagem do vaso; (D) Verificação da condutividade elétrica
da água drenada utilizando o condutivímetro.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
QM
F.V. G.L. MSF MSC MSMM MST
(g vaso-1) (g vaso-1) (g vaso-1) (g vaso-1)
Salinidade (S) 6 0,93 0,50 0,20* 2,44
Espécies (E) 1 8,78 **
36,29 **
1,03 **
4,19
S*E 6 0,39 0,42 0,09 1,41
Bloco 3 1,29 *
2,66 0,44 *
11,05*
Resíduo 39 0,54 0,62 0,07 2,38
C.V. (%) 35,86 46,93 39,38 34,79
Médias
Humidicola 1,65b 2,49a 0,56b 4,71a
Marandu 2,45a 0,88b 0,83a 4,16a
G.L. QM
DF
MFT RFC AF
F.V. (g cm-1 vaso-
(g vaso-1) (cm2) 1
)
Salinidade (S) 6 42,80 0,09 133,37 0,006
Espécies (E) 1 18,93 63,35 **
10209,32** 0,01
S*E 6 22,66 0,47 **
124,46 0,004
Bloco 3 141,96 **
0,69 **
312,53 0,03*
Resíduo 39 31,75 0,08 158,83 0,006
C.V. (%) 32,76 15,81 33,98 35,03
Médias
Humidicola 17,78a 0,75b 235,92b 0,24a
Marandu 16,61a 2,88a 505,96a 0,21a
Tabela 2. Valores de quadrado médio de variância e os valores médios de espécies de capim
para os resultados finais, massa seca folhas (MSF), massa seca colmo (MSC), massa seca
de material morto (MSMM), massa seca total (MST), massa fresca total (MFT), Relação
folha:colmo (RFC), área foliar (AF) e densidade de forragem (DF), em função das diferentes
condutividades elétricas da água de irrigação sob as espécies de capim Urochloa brizantha cv.
Marandu e U. humidicola.
**
- Significativo a 1% de probabilidade, pelo teste F; * - Significativo a 5% de probabilidade, pelo teste F; NS - Não
significativo. Letras minúsculas seguidas da mesma letra na coluna não difere estatisticamente entre si pelo teste Tukey.
De acordo com as equações de regressão para a massa fresca total (MFT) nas
duas espécies estudadas (Figura 6), obteve-se uma resposta quadrática negativa
e o máximo de rendimento foi obtido com uma condutividade elétrica de 3,19 mS
cm-1 e 2,94 mS cm-1, com produção de 19,75 g vaso-1 e 18,08 g vaso-1, para o capim
Humidícola e Marandu, respectivamente, no qual acima dessas condutividades, houve
Figura 2. Massa fresca total (g vaso-1) de espécies de capim Urochloa brizantha cv. Marandu e
U. humidicola em função de diferentes condutividades elétricas da água de irrigação.
Valores de produção para espécies de capim Urochloa brizantha cv. Marandu e U. humidicola seguidas de letras
se diferiram estatisticamente e quando não apresentam letras não se diferiram estatisticamente entre si pelo
Teste de Tukey. ns não significativo, * significativo a 5%, ** significativo a 1% de probabilidade pelo de Teste de
Regressão para as diferentes condutividades elétrica 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 mS cm-1.
Figura 3. Massa seca de folhas (g vaso-1) de espécies de capim Urochloa brizantha cv. Marandu
e U. humidicola em função de diferentes condutividades elétricas da água de irrigação.
Valores de produção para espécies de capim Urochloa brizantha cv. Marandu e U. humidicola seguidas de letras
se diferiram estatisticamente e quando não apresentam letras não se diferiram estatisticamente entre si pelo
Teste de Tukey. ns não significativo, * significativo a 5%, ** significativo a 1% de probabilidade pelo de Teste de
Regressão para as diferentes condutividades elétrica 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 mS cm-1.
Segundo Gomes et al. (2011), o decréscimo da massa seca de folhas pode estar
relacionado a redução do crescimento e número de folhas, sendo um mecanismo de
defesa em que a planta adere sob condições de estresse hídrico e salino, reduzindo
as perdas de água por transpiração como alternativa para manter a baixa absorção
de água salina. Resultados similares foram encontrados por Oliveira et al. (2009), em
que observaram a redução no número de folhas com o aumento da salinidade da água
utilizada na irrigação de culturas do milho pipoca.
O capim Marandu teve efeito significativo à salinidade podendo ser explicado,
à incapacidade de a planta produzir novas folhas e, ou perfilhos, mais rápido que
a senescência, além da morte das folhas mais velhas por necrose de seus tecidos
(MUSCOLO et al., 2003). O efeito decrescente das massas secas de folhas em
consequência do aumento da salinidade, pode ser devido a diminuição da disponibilidade
hídrica no solo, ocasionando queda no potencial da água da folha, levando a perda da
turgescência e ao fechamento dos estômatos, acarretando seguidamente na produção
de biomassa na folha (MUNNS; TESTER, 2008).
Figura 4. Massa seca de colmo (g vaso-1) de espécies de capim Urochloa brizantha cv. Marandu
e U. humidicola em função de diferentes condutividades elétricas da água de irrigação.
Valores de produção para espécies de capim Urochloa brizantha cv. Marandu e U. humidicola seguidas de letras
se diferiram estatisticamente e quando não apresentam letras não se diferiram estatisticamente entre si pelo
Teste de Tukey. ns não significativo, * significativo a 5%, ** significativo a 1% de probabilidade pelo de Teste de
Regressão para as diferentes condutividades elétrica 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 mS cm-1.
Figura 5. Massa seca de material morto (g vaso-1) de espécies de capim Urochloa brizantha
cv. Marandu e U. humidicola em função de diferentes condutividades elétricas da água de
irrigação.
Valores de produção para espécies de capim Urochloa brizantha cv. Marandu e U. humidicola seguidas de letras
se diferiram estatisticamente e quando não apresentam letras não se diferiram estatisticamente entre si pelo
Teste de Tukey. ns não significativo, * significativo a 5%, ** significativo a 1% de probabilidade pelo de Teste de
Regressão para as diferentes condutividades elétrica 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 mS cm-1.
Diferente dos resultados encontrados por Morais Neto (2009), trabalhando com
capim Canarana em função da salinidade da água na irrigação, cujos diferentes níveis
de salinidade não influenciaram significativamente na variável massa seca de forragem
morta (MSFM). A quantidade de material morto pode estar associada com a toxidez
iônica, ocorrendo a senescência e a morte celular, ambas induzidas por salinidade.
Esses dois processos são responsáveis pela sintomatologia visual da toxicidade,
como clorose foliar (degradação de clorofila) e surgimento de pontos necróticos no
Figura 6. Massa seca total (g vaso-1) de espécies de capim Urochloa brizantha cv. Marandu e U.
humidicola em função de diferentes condutividades elétricas da água de irrigação.
Valores de produção para espécies de capim Urochloa brizantha cv. Marandu e U. humidicola seguidas de letras
se diferiram estatisticamente e quando não apresentam letras não se diferiram estatisticamente entre si pelo
Teste de Tukey. ns não significativo, * significativo a 5%, ** significativo a 1% de probabilidade pelo de Teste de
Regressão para as diferentes condutividades elétrica 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 mS cm-1.
Valores de produção para espécies de capim Urochloa brizantha cv. Marandu e U. humidicola seguidas de letras
se diferiram estatisticamente e quando não apresentam letras não se diferiram estatisticamente entre si pelo
teste de Tukey. ns não significativo, * significativo a 5%, ** significativo a 1% de probabilidade pelo de Teste de
Regressão para as diferentes condutividades elétrica 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 mS cm-1.
Figura 8. Área foliar (cm2) de espécies de capim Urochloa brizantha cv. Marandu e U.
humidicola em função de diferentes condutividades elétricas da água de irrigação.
Valores de produção para espécies de capim Urochloa brizantha cv. Marandu e U. humidicola seguidas de letras
se diferiram estatisticamente e quando não apresentam letras não se diferiram estatisticamente entre si pelo
Teste de Tukey. ns não significativo, * significativo a 5%, ** significativo a 1% de probabilidade pelo de Teste de
Regressão para as diferentes condutividades elétrica 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 mS cm-1.
Valores de produção para espécies de capim Urochloa brizantha cv. Marandu e U. humidicola seguidas de letras
se diferiram estatisticamente e quando não apresentam letras não se diferiram estatisticamente entre si pelo
Teste de Tukey. ns não significativo, * significativo a 5%, ** significativo a 1% de probabilidade pelo de Teste de
Regressão para as diferentes condutividades elétrica 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 mS cm-1.
Segundo Chacon e Stobbs (1976) apud Rêgo et al. (2001), um dos principais
fatores que afeta o consumo dos animais em pastejo é o tamanho do bocado, no
qual é resultante do seu volume e da densidade da forragem que está ocupando,
onde pastagem com menor densidade afeta negativamente a taxa de ingestão do
animal através do comprometimento no tamanho do bocado, acarretando a redução
do consumo.
A diminuição da densidade dos capins Marandu e Humidícola, pode ser explicado
pelo fato do aumento da massa de material morto (Figura 5), onde a maior presença de
material morto também indica menor quantidade de conteúdo celular naquela porção,
diminuindo o seu peso, e o decréscimo da massa seca de folhas (Figura 3) e colmo
(Figura 4), devido ao aumento da salinidade do solo.
REFERÊNCIAS
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1 | INTRODUÇÃO
A cultura da soja é uma das mais cultivadas no mundo atualmente, sendo o Brasil
um dos maiores produtores, com cerca de 96,2 milhões de toneladas produzidas em
2014/15 (CONAB, 2015; FERREIRA et al. 2015).
O avanço das fronteiras agrícolas se caracteriza por apresentar extensas áreas,
alto nível tecnológico e clima tropical além de contar com sistemas de produção que
vem sendo pesquisados e difundidos para viabilizar o cultivo dessa cultura em diversas
regiões, e um dos vários sistemas de produção é a integração lavoura- pecuária-
floresta (ILPF) (VILELA et al., 2011; SALTON et al., 2014; BALBINOT JUNIOR et al.
2016)
A ILPF sob sistema de plantio direto (SPD) tem viabilizado a recuperação de
áreas degradadas com o cultivo de espécies forrageiras, produção de animais e
culturas graníferas, realizadas na mesma área, em plantio simultâneo, sequencial ou
rotacionado, visando maior eficiência na utilização da área agrícola, gerando assim,
resultados socioeconômicos e ambientais positivos (TRACY; ZHANG, 2008; MACEDO,
2009; PARIZ et al., 2009; RUFINO et al., 2009; CRUSCIOL et al., 2012; TANAKA,
2015).
Segundo FERREIRA et al., (2015) e BALBINOT JUNIOR et al., (2016) o ILPF
juntamente com o plantio direto (PD) é relevante para viabilizar o cultivo de espécies
anuais, devido principalmente pela palhada fornecida pela pastagem e pelo efeito
benéfico desta sobre a qualidade do solo, sobretudo nos atributos físicos, químicos e
biológicos.
A aliança entre o ILPF, PD e fixação biológica de nitrogênio (FBN) tem
proporcionado ao produtor rural maior otimização da área agrícola, constante uso
da terra e produção de alimento, redução de custos na produção agrícola devido a
redução do uso de adubos nitrogenados e consequentemente maior renda. O emprego
dessas tecnologias acarreta em benefícios não apenas ao produtor mais também a
2 | MATERIAIS E MÉTODOS
3 | RESULTADOS E DISCUSSÔES
Tabela 1. Média de número de nódulos (NN), incremento de matéria fresca de nódulos (MFN)
(g) e matéria seca de nódulos (MSN) (g) em soja cultivada em sistema ILPF e cultivo solteiro na
cidade de Ipameri-GO.
1m 3m 6m
Folhas 28,56 a A 28,98 a A 24,08 a A 24,68 a A
Galhos 7,70 a B 7,42 a B 7,42 a B 7,84 aB
Vagens 63,06 a C 48,86 b C 52,25 a C 48,58 b C
Grãos 58,94 a C 58,52 aD 59,36 a D 59,22 a D
Tabela 4. Influência do sistema de cultivo nos teores de nitrogênio (gramas por quilogramas
de matéria seca - g. Kg-1 MS) em diferentes compartimentos em plantas de soja cultivadas em
Ipameri-Goiás.
Médias seguidas de letras maiúsculas na coluna e letras minúsculas iguais na linha não apresentam diferença
estatisticamente significativa entre si pelo teste de TuKey (p<0,05).
NV NG AP NN
NV 1,000 0,3743 0,033 0,869
NG 1,000 0,695 0,427
iLPF/1m
AP 1,000 0,792
NN 1,000
NV 1,000 0.915 0.184 0.050
NG 1,000 0.855 0.951
iLPF/3m
AP 1,000 0.625
NN 1,000
NV 1,000 0.014 0.001 0.092
iLPF/6m NG 1,000 0.019 0.057
AP 1,000 0.101
NN 1,000
NV 1,000 0,905 0,487 0,605
NG 1,000 0,973 0,968
Pleno sol
AP 1,000 0,325
NN 1,000
Tabela 5. Coeficientes de correlação de Pearson (r) entre o número de vagens (NV), número de
galhos (NG), altura da planta (AP), e número de nódulos (NN) de plantas de soja cultivadas em
diferentes distâncias do componente arbóreo dentro do sistema iLPF e a pleno sol.
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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MATÉRIA ORGÂNICA
EM SOLOS DE VÁRZEA DO ESTADO DO AMAZONAS
1 | INTRODUÇÃO
2 | MATERIAL E MÉTODOS
Figura 1- Mapa de localização da área de estudo e distribuição espacial das amostras por
Bacia Hidrográfica.
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1- Estatística descritiva [mediana- coeficiente de variação (%)] das propriedades dos
solos de várzea por subordem do solo.
*Subordens que apresentaram diferença estatística significativa (α < 0,05) para o Test F e Test t.
Rio Madeira
RQ (7) 6-75 3,90-9 2,65-89 5,81-85 0,29-68
RY (2) 4-109 5,15-28 4,23-77 10,00-14 3,93-120
GX (7) 29-43 4,41-12 2,43-47 10,00-14 2,56-116
Rio Negro
RQ (6) 5-64 4,35-15 3,57-58 5,12-59 0,80-46
RY (2) 8-108 4,30-30 2,88-61 3,12-9 0,57-67
GX (5) 27-59 4,00-8 5,29-94 13,70-94 0,75-183
Baixo Amazonas
RQ (6) 5-72 4,05-11 1,95-53 2,69-77 0,20-64
RY (12) 16-64 5,20-11 1,22-34 12,45-35 7,9-39
GX (19) 42-37 4,65-10 2,76-48 23,77-68 12,08-61
Médio Amazonas
RQ (1) 8 - -- 3,90- -- 1,22 - -- 4,25 - -- 0,13 - --
As amostras de (R) e (G) encontradas nos solos na Bacia do Rio Negro possuem
elevados teores de matéria orgânica. Este fator contribui para a cor escura das águas
desta região devido à forte dissolução de substâncias húmicas que provem da MO em
decomposição (BRINGEL, 2012). Destaca-se, que estes solos não são muito férteis e
estas águas são pouco piscosas (AB’ SABER, 2003).
Nas demais bacias os Gleissolos Háplicos geralmente apresentam os maiores
teores de MO, exceto na bacia do Rio Madeira, onde os Neossolos Flúvicos possuem
os maiores teores. Os valores obtidos na correlação de Pearson não foram satisfatórios
para explicar as relações entre as propriedades dos solos de várzea distribuídos por
Bacias Hidrográficas. Tal resultado é atribuído aos elevados valores do coeficiente de
variação da MO, indicando grande variação de uma bacia para outra e heterogeneidade
entre amostras.
Os Gleissolos são a terceira ordem de solos mais abrangente no estado do
Amazonas, recobrindo uma área de cerca de (9,43%) do território (CPRM, 2006). No
início do processo de ocupação do Amazonas ocorreu a apropriação da várzea com
derrubada de florestas e utilização dos solos mais férteis para agricultura ou pecuária
(Claro Jr et al. 2004). Aliado a ocupação do Amazonas, houve a exploração de ouro
de aluvião nas margens do Rio Madeira, Mutum Paraná e Jaciparana. Com isto, a
extração de ouro por métodos artesanais através do uso de mercúrio (Hg), contribui
para a contaminação do solo e das águas da região, como destaca Linhares et al.
(2009).
Assim, a possível drenagem dos Gleissolos e alteração do uso do solo
podem reduzir os teores de MO em uma área relevante do estado do Amazonas.
Consequentemente, reduzir a complexação de metais pesados como mercúrio
(Alloway, 2013).
4 | CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
AB’SABER, A.N. Os domínios morfoclimátcos na América do Sul: primeira aproximação.
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LAL, R. Forest and Carbon sequestration. Forest Ecology and Management 2005: 220: 242-258.
1 | INTRODUÇÃO
Gases poluentes atmosférico tais como o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O) e
principalmente o dióxido de carbono (CO2), causadores do chamado “efeito estufa” tem
promovido mudanças do clima no planeta, em que, a preocupação em relação a isso
vem crescendo (PAVEI, 2005). É também crescente a preocupação com a conservação
do solo que mantém o sistema equilibrado e sem grandes alterações que podem levar
a erosão, à perda da fertilidade, e também ao desequilíbrio no sistema biológico do
solo, ocasionando a uma maior emissão de CO2 para a atmosfera (RANGEL, 2006).
Segundo Durigan (2013), a conversão de vegetação natural para outros tipos
de uso do solo pode ser considerada uma das causas da perda gradual da fertilidade
natural do solo, sobretudo na Amazônia, onde esses efeitos são muito intensos, devido
ao desmatamento e à forte expansão da pecuária e, mais recentemente, da agricultura
intensiva. Para Dias-Filho (2003), uma das alterações ambientais mais importantes
e problemáticas na substituição da floresta primária se dá pela substituição desse
ecossistema pelo uso de pastagens cultivadas ou lavouras agrícolas.
O ciclo do carbono e a atividade microbiota são interferidos pela quantidade de
matéria orgânica presente, em que a mesma por sua vez, é grandemente influenciada
pela forma como o solo é usado e manejado (FERREIRA, 2008; SILVA-OLAYA, 2010).
A quantidade de carbono estocado tanto nas plantas como no solo segundo Primieri
(2008), é modificada devido a alteração do uso do solo, salientando ainda que, essa
perda de carbono é acelerada devido as derrubadas que alteram as condições orgânicas
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
PA 0.2512 cA 0.2908 bA
MT 0.4092 aA 0.3967 aA
As médias seguidas de mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha não diferem entre si pelo teste de Tukey ao
nível de 5% de probabilidade. PDC: plantio direto contínuo; PRT: Preparo tradicional. PDA: plantio direto alternativo; PRA:
preparo alternativo; Mata e Pastagem. DMS: para colunas: 0.1249 e para linhas: 0.1028.
CONCLUSÕES
Em análise geral houve tendência de maiores valores para RBS coletado na área
de mata nas duas profundidades.
Não houve variação significativa na RBS entre os períodos de solo incubado
para os manejos PDC e PDA.
A RBS foi mais intensa aos 10 dias de solo incubado para as duas profundidades.
REFERÊNCIAS
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AJAR2016.11522.
VARIABILIDADE ESPACIAL
DO POTENCIAL EROSIVO DAS CHUVAS
PARA A REGIÃO NOROESTE DO ESPIRITO SANTO
1 | INTRODUÇÃO
Em que:
Rx = erosividade média mensal da chuva
(MJ mm h-1 ha-1 ano-1) ;
p = precipitação média histórica mensal, mm;
P = precipitação total anual (média da série histórica), em mm.
Elementos da Natureza e Propriedades do Solo 6 Capítulo 10 109
Os dados de precipitação, de erosividade anual, tal como a erosividade para
época seca (abril a setembro) e chuvosa (outubro a março) foram determinados
em termos de parâmetros de estatística descritiva (média, variância, desvio padrão,
coeficiente de variação, valores máximo e mínimo e total).
Para análise da precipitação pluvial e erosividade (anual, seca e chuva)
foram utilizadas técnicas de geoestatística com base na krigagem ordinária para
espacialização da precipitação pluvial e erosividade das chuvas por meio do software
ESRI ArcGIS Desktop versão 10.1.
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
REFERÊNCIAS
ALVES, L. M.; MARENGO, J. A.; CAMARGO JR., H.; CASTRO, C. Início da estação chuvosa na
região Sudeste do Brasil: Parte 1 – Estudos observacionais. Revista Brasileira de Meteorologia, v.
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Drainage - IRRIGA. http://dx.doi.org/10.15809/irriga.2010v15n3p312.
1 | INTRODUÇÃO
2 | MATERIAIS E MÉTODOS
3 | RESULTADO E DISCUSSÃO
Com relação à MSPA, não houve diferença entre os tipos de adubação orgânica,
e sim apenas entre estes e a testemunha.
4 | CONCLUSÕES
PAULUS, D.; VALMORBIDA, R.; TOFFOLI, E.; PAULUS, E.; GARLET, T.M.B. Avaliação de
substratos orgânicos na produção de mudas de hortelã (Menthagracilis R. Br. e Mentha x villosa
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MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADO E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BEWLEY, J. D.; BLACK, M. Seeds: physiology of development and germination. 2nd ed. Plenum
Press, New York. 1994. 445p.
ABSTRACT: The objective of this work was to identify soybean cultivars with high
oil content in the different planting seasons in the State of Tocantins, in the period of
2014/2015, aiming the production of biofuel. Two soybean genotype competition trials
were installed in the agricultural 2014/15, one in December (17/12) and another in
January (04/01) at the Palmas Campus Experimental Station (216 m altitude, 10º10 ‘S
and 48º21 ‘W), in an area where there was crop rotation. The experimental design was
a randomized complete block design with four replicates and 05 soybean genotypes
(TMG 1180, M9144, RACE, ST820, OPUS) sent by public and / or private companies.
The plants of each experimental plot were harvested one week after presenting 95%
of the mature pods. After harvest, the plants were harvested, and the seeds were
dried in the sun (obtaining 12% moisture), cleaned, weighed and identified by cultivar.
Subsequently, the oil content of the grains was determined in the laboratory of the Food
Engineering Course of the Federal University of Tocantins - Palmas Campus, through
the Soxhlet method, because it is practical and feasible. The averages were compared
by the Scott & Knott test, at 5% significance. In the first planting season (17/12), the
cultivars that stood out were RACE (22.49%) and STS820 (21.53%). In the second
sowing season (04/01) there was no statistical difference between the cultivars. Being
the cultivars indicated for the production of biofuels.
KEYWORDS: productivity, percentage, lipid.
1 | INTRODUÇÃO
2 | MATERIAL E MÉTODOS
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise de variância para teor de óleo (%) revelou efeito significativo para cultivar
e épocas. Para a interação cultivar x épocas, não foi detectado efeito significativo, mas
foi realizado o desdobramento com o intuito de detectar diferenças significativas entre
cultivares dentro de cada época e de épocas dentro de cada cultivar.
4 | CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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Tecnológicos - Biodiesel. 2005.
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Journal, v.22, n.2, p.69-74, 2006.
1 | INTRODUÇÃO
A jabuticabeira [Plinia cauliflora (Mart.) Kausel] é uma espécie nativa com grande
potencial de uso comercial, sendo originária no Sul do Brasil e pertencente à família
Myrtaceae. Esta fruteira pode ser propagada por métodos sexuado ou assexuado,
sendo para este último, o uso da mini-estaquia é a técnica com resultados mais
satisfatórios (Hossel, 2016).
Porém, a produção de mudas de jabuticabeiras se dá basicamente por sementes,
o que resulta em grande segregação genética e longo período de juvenilidade das
jabuticabeiras (DANNER et al., 2006). Isto significa um longo período de tempo
entre a obtenção da muda até sua fase de produção, o que encarece o processo
produtivo. Técnicas de propagação vegetativa como a mini-estaquia, além de garantir
a manutenção das características da planta matriz, podem apresentar redução
do período juvenil, que para essa espécie tem vantagem, pois quando oriunda de
sementes a juvenilidade varia de 10 a 15 anos (CASSOL et al., 2015). Todavia, após
a rizogênese, as mudas devem possuir condições adequadas para o seu crescimento,
tendo como um dos fatores essenciais o substrato, recipiente utilizado e regime hídrico.
A partir da produção de mudas por meio de estacas, torna-se necessário avaliar o
crescimento das mesmas em diferentes condições, sejam elas de substrato ambiente,
recipiente e até mesmo regime hídrico. Essa avaliação é de grande importância,
principalmente por estarem diretamente relacionadas com a qualidade do substrato,
sua capacidade de fornecer nutrientes e de reter umidade e também das condições de
ambiente no qual a muda está submetida.
Estudos realizados após a obtenção de mudas, avaliando variáveis de planta
como diâmetro de colo, altura, número de folhas, são amplamente difundidos para a
maioria das culturas de grande importância econômica, porém, para espécies florestais
e de fruteiras nativas do Brasil esses estudos não são abundantes. Principalmente
quando se fala da jabuticabeira e de mudas provindas da propagação assexuada.
Neste contexto, o substrato tem fundamental importância, pois sua função
é de sustentar as plantas durante o enraizamento e ser fonte de nutrientes. O uso
2 | MATERIAL E MÉTODOS
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
Aos 180 dias, para a variável altura de plantas, S1 se manteve com média superior
na presença de cobertura morta (36,8 cm – 31,08 cm) e superior também quanto ao
substrato S2 (29,3 cm – 25,3 cm).
Para a variável área de copa, aos 180 dias, a média geral das plantas submetidas
ao substrato com cobertura morta do solo apresentaram média superior as plantas
sem cobertura morta (Tabela 3). Para S1 e S2 a presença de cobertura morta sobre
o substrato resultou em médias superiores ao crescimento das mudas submetidas a
vasos sem cobertura (Tabela 3).
Entre os diferentes substratos, aos 90 dias, S1 (322,5 cm² - 320,1 cm²) e S2
Elementos da Natureza e Propriedades do Solo 6 Capítulo 14 134
(276,1 cm²- 194,9 cm²) se iguala, e S3 (69,1 cm² – 165,2 cm²), S4 (25,8 cm² – 44,2
cm²) e S5 (39,1 cm² – 21,7 cm²) diferem entre si e de S1 e S2, assim como para a
variável altura de planta.
Aos 120 dias, S1 resultou em médias superiores também em área de copa,
seguido pelo S2, indiferentes da presença ou não de cobertura do solo (Tabela 3).
Tabela 3: Área de copa jabuticabeira (cm²) em função do substrato e da cobertura do solo para
mudas de jabuticabeira provindas de mini-estacas e submetidas a casa de vegetação aos 120
dias.
*Médias seguidas por letra diferente na coluna e na linha diferem entre si a 5% pelo teste de Tukey, sendo letras
minúsculas na coluna e letras maiúsculas na linha. CV % - coeficiente de variação, S1 - substrato base com latossolo + areia
(2:1 v/v); S2 - cama de aves + latossolo + areia (0,5:2:1 v/v/v); S3 - cama de aves + latossolo + areia (1:2:1v/v/v); S4 - cama
de aves + latossolo + areia (1,5:2:1 v/v/v); e S5 cama de aves + latossolo + areia (2:2:1 v/v/v).
Para área de copa, assim como para diâmetro de colo e altura de planta, aos 180
dias S1 (1852,9 cm²) com cobertura morta supera a média de altura das plantas sem
cobertura (1177,8cm²). O mesmo ocorre para S2, onde com cobertura (862,6 cm²)
supera sem cobertura (628,0 cm²). S1 segue superando S2 dos 90 aos 180 dias.
Em resumo, S1, substrato sem a adição de composto de cama de aves favoreceu
o crescimento das mudas de jabuticabeira, mesmo considerando S2, que mesmo
mantendo todas as plantas vivas até os 180 dias, não acompanhou o crescimento das
mudas submetidas ao S1.
O que pode justificar a limitação no crescimento das plantas é proporção de
composto utilizada. Segundo Carvalho et al. (2004), para a produção de mudas de
Abieiro o que é considerado como ideal para adição de cama de aves fica entre 10 e
30% do volume utilizado. Para o caso do S3, S4 e S5, o composto ultrapassou 25%
da composição do substrato. A concentração de 14% (S2) não resultou em morte das
mudas, porém, as mesmas não acompanharam o crescimento das mudas submetidas
ao substrato contendo apenas latossolo e areia.
Segundo Gianello e Ernani (1983), os danos causados às plantas em função
do uso de altas doses de material orgânico, podem estar associados à diminuição no
suprimento de oxigênio, estresse hídrico, presença de quantidades de nitrito e de sais,
principalmente os de potássio.
Concluiu-se que a utilização de cobertura morta, em sistemas que não apresentam
restrições hídricas, apresenta efeito positivo para o crescimento das mudas de
jabuticabeira, contudo, seus efeitos surgem a longo prazo. Quanto as formulações do
REFERÊNCIAS
CASSOL, D. A. et al. Embalagem, época e ácido indolbutírico na propagação de jabuticabeira
por alporquia. Revista Brasileira de Fruticltura, Jaboticabal, v. 37, n. 1, p. 267-272. 2015.
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água em um Argissolo vermelho-amarelo. Engenharia na Agricultura, v.11, p.15-22. 2003.
Oliveira afirma que embora os alunos tenham estudado o solo em sala de aula,
a visão produzida pelos livros didáticos sobre o tema é muito restrita, com conceitos
ultrapassados e, muitas vezes, incorretos, baseados em senso comuns (OLIVEIRA,
p.210, 2014). Diniz também afirma que:
O ensino de solos tem sido objeto de importantes trabalhos, como o de Braida (1997).
No entanto, muitos deles são ainda voltados para uma pequena fatia da sociedade:
a que chega à Universidade, representada por estudantes de cursos de agronomia,
ciências florestais, geografia, etc. Pouca preocupação, pelo menos relativamente, é
dispensada ao ensino fundamental e médio. (DINIZ et al, p.310, 2005)
Vilas Boas responde que o solo não é compreendido como deveria ser ao dizer
que à ele não é atribuído seu papel primordial para a vida humana e para a conservação
da biodiversidade. Ele ainda complementa:
2 | MATERIAIS E MÉTODOS
3 | RESULTADOS E DISCUSSÕES
Muitas vezes, os estudantes das áreas urbanas não percebem que o solo apresenta
importância, pois este conteúdo nos livros didáticos é contextualizado para a
atividade agrícola, não se aproximando da realidade da maioria destes alunos
(LIMA, p.386, 2005)
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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métodos. Revista Brasileira de Ciência do Solo, vol.30, num. 4, ago/2006, PP. 733-740.
Atividades que exigem dos alunos, além do mais, aplicar, analisar, sintetizar e avaliar
o trabalho realizado e a eles mesmos; promovem a reflexão conjunta dos processos
seguidos, ajudando-os a pensar, para que sejam constantemente partícipes das
próprias aprendizagens (ZABALA, 2007, p. 100).
Não existem fórmulas prontas para educar, sendo a sala de aula o lugar da dúvida, do
questionamento, curiosidade, provocação e, o primeiro espaço de enfrentamento do
medo de não conseguir e de sua superação, sabendo que o aprender é permanente
visto que nenhum conhecimento chegará ao fim (BRITO, 2012, p. 62).
Assim, essas atividades sobre contaminação permitem aos alunos uma análise
prática de porque, como e onde ocorrem os focos de contaminação, além de os
impulsionarem à reflexão e à elaboração de soluções para o desenvolvimento social,
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
BULHÕES, M. Decreto determina regras mais rígidas para enterros. O Fluminense, Rio de Janeiro,
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Tipos, suas funções no ambiente, como se formam e sua relação com o crescimento das plantas.
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MORAIS, Eliana Marta Barbosa de. As temáticas físico-naturais no ensino de Geografia e a formação
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ZABALA, A. A Prática Educativa: como ensinar. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
EXPOSITOR DE ROCHAS
E SOLOS DO LITORAL DO PARANÁ:
RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO DE
APRENDIZAGEM
2 | MATERIAIS E MÉTODOS
3 | RESULTADOS PARCIAIS/FINAIS
Todo este estudo foi desenvolvido para ajudar os alunos das escolas e a
comunidade litorânea, entenderem melhor e com maior facilidade as faces da
geologia e da pedologia de onde moram, com uma forma mais didática e interativa.
Passando pelas etapas do PPP, conhecendo os tipos de solo e rocha, compreendendo
a importância, propondo maior forma de divulgação e, como resultado, a ação foi a
produção do tabuleiro expositor, onde os alunos possam visualizar e tocar nos solos
e rocha que, para muitos pode ser o primeiro, mas não o último contato com partes
ainda desconhecidos do litoral, tornando a aula ainda interativa e fascinante.
Nós alunos não sabíamos o quão importante era o nosso projeto de aprendizagem.
Enquanto desenvolvíamos e apresentávamos as etapas no transcorrer do curso,
observamos que as pessoas se mostravam curiosas com relação ao entendimento
de como é composto o solo e rochas do local onde moram. Também, os alunos da
turma de graduação passaram a entender mais a fundo as relações existentes entre
teoria e prática dos conteúdos de geologia e pedologia do litoral do Paraná. Com isso,
percebemos que seria interessante pesquisar uma forma de ensinar que se mostrasse
facilitadora do ensino-aprendizagem. Nasce assim, após acertos e erros durante a
pesquisa, o nosso produto.
Houve duas etapas do trabalho que ainda não foram concluídas: A confecção de
um banner com todo o conteúdo teórico do projeto para ser usado com o expositor e a
última coleta de solo, que seria realizada na cidade de Guaratuba.
Entendemos que somente a aplicabilidade de um conhecimento científico não se
mostra condição suficiente para o êxito de uma sequência didática. È necessário também
que ela seja atraente para aqueles que participam de sua implementação. Assim, ao
elaborarmos o expositor de solos e rochas, tínhamos como objetivo estabelecer uma
ponte interativa entre o mundo prático e a sala de aula. Pelos resultados obtidos neste
projeto, entendemos que o expositor de solos e rochas, contextualizado e aplicado
aos conteúdos de geologia e pedologia, pode levar à melhoria na aprendizagem de
solos e rochas. Apesar do projeto ter sido aplicado ao Litoral Paranaense, ele pode se
estender a toda extensão do Estado, desde que haja readequação para os tipos de
solo característicos de cada região. As experiências vivenciadas durante a aplicação
deste projeto de mostraram instigadoras e, desejamos que tenham valor prático a
Professores que porventura venham a fazer uso delas.
REFERÊNCIAS
BIGARELLA, J.J. Matinho: Homem e Terra – Reminiscências, 3 ed. Curitiba: Fundação Cultural de
Curitiba, 2009.
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Disponível em: https://goo.gl/Lbfsth... Acesso em 23/03/2016.
Paraná’s coast’s rocks and soils sampler: REPORT OF AN EXPERIENCE LEARNING PROJECTS
GRUPOS DE PESQUISA
CADASTRADOS EM CIÊNCIA DO SOLO: UMA ANÁLISE
2 | METODOLOGIA
3 | RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.2. Distribuição dos Grupos de Pesquisa em Ciência do Solo por Regiões Brasileiras
REFERÊNCIAS
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Universidade-Empresa no Brasil em 2004. Revista Brasileira de Inovação, v. 5, n.1, março, 2006.
Nicole Geraldine de Paula Marques Witt which favors a fragmented and meaningless
Professora de Biologia no Colégio Medianeira. education to the student. In order to facilitate
Curitiba, Paraná. learning about soil and the integral formation of
the students, a practical activity by teachers and
students of 2nd year of high school Mediatrix
RESUMO: A dicotomia existente entre homem
College was developed in the Environmental
e natureza está presente também no sistema
Education Center in Piraquara, Paraná. For
educacional o que favorece um ensino
this, two methods of soil fauna samples were
fragmentado e sem significado para o aluno.
used, TSBF Approach and Pitfall trapping.
Com o objetivo de facilitar o aprendizado
From the collection, identification and counting
sobre solos e a formação integral dos alunos,
of species, the students developed a scientific
foi desenvolvida uma atividade prática pelos
article, which discussed the environmental
professores e alunos do 2º ano do Ensino
quality system from animals found. According to
Médio do Colégio Medianeira, no Centro de
students, the results of the collection were not
Educação Ambiental, localizado em Piraquara,
sufficient to assess the environmental quality,
Paraná. Para isso, duas metodologias de
since the sample period was small. However,
coletas da fauna do solo foram utilizadas, o
the activity favored the integral education of the
Método do TSBF e Pitfall trapping. A partir da
students.
coleta, identificação e contagem das espécies,
KEYWORDS: Comprehensive Education; Soils
os alunos desenvolveram um artigo científico,
in high school; TSBF; Pitfall.
no qual discutiram a qualidade ambiental do
sistema a partir dos animais encontrados. De
acordo com os alunos, os resultados da coleta
INTRODUÇÃO
não foram suficientes para avaliar a qualidade
ambiental, uma vez que o período amostral foi A relação dicotômica entre o ser humano
pequeno. No entanto, a atividade favoreceu a e a natureza, ao enraizar-se na maior parte dos
educação integral dos alunos. sistemas humanos, dentre eles o da educação,
PALAVRAS-CHAVE: Educação integral; Solos constituí um dos pilares da crise mundial
no Ensino Médio; TSBF; Pitfall. contemporânea. Consequentemente, a relação
que o homem apresenta enquanto ser social e
ABSTRACT: The dichotomy between man and
natural repercute também no seu sistema de
nature is also present in the educational system
Elementos da Natureza e Propriedades do Solo 6 Capítulo 19 173
ensino e este no homem enquanto sociedade, de forma recursiva (Floriani & Knechtel,
2003).
Por esse viés, a educação formal contemporânea parece retratar e legitimar
modelos mecanizados de aprender e ensinar que não contemplam a formação
integral do sujeito, fazendo-se necessária uma reflexão profunda sobre as práticas
educacionais. Neste sentido, a proposta pedagógica do Colégio Medianeira de Curitiba
tem investido, no ensino médio, na pesquisa dos núcleos de conhecimento. E, dentro
dessa proposta, o objetivo do Núcleo de Ciências Naturais e Exatas é o de fomentar
a compreensão e o interesse dos alunos por temas de pesquisa pluridisciplinares com
relevância social e ambiental, a partir de problemas locais e globais ligados a questão
da sustentabilidade. Neste caminho, o biocentrismo traz no centro dos estudos a
preocupação com o cuidado e preservação de todas as formas de vida.
Dessa forma, existe uma busca educativa, por facilitar a formação integral
do indivíduo em todas as suas dimensões: éticas, sociais, econômicas, políticas e
ambientais. A partir disso, acreditando que homens e mulheres são seres sociais e
influenciados pelo contexto, o uso de práticas pedagógicas de uma educação para e
pelo ambiente podem contribuir para a formação de um sujeito que ao mesmo tempo
terá condições de ser ecologicamente e socialmente justo.
Foi por tudo isso, que o núcleo de Ciências Naturais e Exatas do Ensino Médio
do Colégio Medianeira, desenvolveu uma atividade de imersão em ambiente natural,
no CEA (Centro de Educação Ambiental), na qual, uma de suas práticas foi avaliar a
qualidade ambiental do solo a partir de estudos da meso e megafauna. Como a intenção
da atividade desenvolvida era de despertar nos alunos a consciência ecológica e um
olhar sobre a sustentabilidade, a escolha pelo tema solos se deu tanto pela escassez
de trabalhos com esse conteúdo no ensino médio, como pela relevância, social,
econômica e ambiental do solo para a sociedade e natureza.
Comumente abordado apenas com um meio de obter alimentos ou de um substrato
para as nossas atividades cotidianas, pouco se fala das reais importâncias do solo
como um dos mantenedores da sustentabilidade ambiental, isso porque as principais
relações e interações bióticas, e, consequentemente, a regulação dos ecossistemas
ocorrem no solo. Ou seja, além da importância do solo para a produção de alimentos,
o conceito de qualidade do solo também destaca a importância desse recurso para
o funcionamento global dos ecossistemas. No ambiente, o solo funciona como um
meio para o crescimento das plantas; regula e compartimentaliza o fluxo de água;
estoca e promove a ciclagem de elementos químicos (nutrientes minerais); e serve
como um tampão ambiental na formação, atenuação e degradação de compostos
prejudiciais ao ambiente (Larson & Pierce, 1994; Karlen et al., 1997). Além de sustentar
a produtividade biológica, manter a qualidade da água e do ar e promover a saúde
humana, das plantas e dos animais (Doran & Parkin, 1994).
Portanto, o objetivo da presente pesquisa foi de desenvolver uma proposta
prática para a abordagem do conteúdo solos como um sistema vivo e complexo e,
Elementos da Natureza e Propriedades do Solo 6 Capítulo 19 174
que, atuasse como agente facilitador da formação integral dos alunos.
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS FINAIS
Como cada grupo de aluno fez as suas próprias coletas e elaborou o artigo
a partir dos seus resultados, foi possível perceber uma variedade de resultados e
discussões, no entanto, um dos resultados comuns foi de que o solo é um sistema vivo
e complexo e que nele vivem diferentes formas de vidas, sendo a maior diversidade e
riqueza de animais encontrados do Filo Arthropoda, justamente por ser o grupo com
maior diversidade de espécies e a grande adaptação do grupo ao ambiente terrestre.
A maioria dos grupos conclui que o ambiente tem pouca influência antrópica, mas
mesmo que tenham sido utilizadas duas metodologias, o período amostral da coleta
(1 dia - coleta manual; 7 dias - armadilha) não foi suficiente para avaliar a qualidade
QUALIDADE DO SOLO
A qualidade do solo pode ser definida como o equilibro entre fatores químicos,
físicos e biológicos e também a partir da capacidade de funcionar corretamente dentro
do ecossistema, com a finalidade de manter a qualidade ambiental, saúde dos animais
e das plantas e sustentar a produtividade biológica. E quando se encontra no solo um
ambiente saudável com diversos animais e plantas saudáveis, pode-se indicar que a
qualidade do mesmo é boa.
O solo possui funções ecológicas muito importantes, já que produz biomassa
(energia, alimentos e fibras), é o habitat biológico e reserva energética de diversos
seres vivos (plantas, organismos e animais) e filtra, tampona e transforma a matéria
para proteger o ambiente.
Há também animais que necessitam do solo para sua sobrevivência, como
RESULTADOS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
DORAN, J.W. & PARKIN, T.B. Defining and assessing soil quality. In: DORAN, J.W.; COLEMAN, D.C.;
BEZDICEK, D.F. & STEWART, B.A., eds. Defining soil quality for a sustainable environment. Madison,
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KARLEN, D.L.; MAUSBACH, M.J.; DORAN, J.W.; CLINE, R.G.; HARRIS, R.F. & SCHUMAN, G.E. Soil
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LARSON, W.E. & PIERCE, F.J. The dynamics of soil quality as a measure of sustainable management.
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sustainable environment. Madison, SSSA, 1994. p.37-51. (Special, 35).
2 | MATERIAIS E MÉTODOS
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
A B
C D
Figura 01: Mapas mentais realizados pelos discentes de Geografia (PARFOR- UESC), antes
da oficina de Ciência da Terra.
Fonte: Arquivo pessoal (2015).
A B
C D
Figura 02: Mapas mentais realizados pelos discentes de geografia (PARFOR-UESC), após a
oficina de Ciência da Terra.
Fonte: Arquivo pessoal (2015).
Na Figura 03, o solo é representado por vulcão e vegetação no mapa A, sem que
houvesse uma referência a horizontes que constituem os solos em subsuperfície, o
mesmo observado no mapa B. No mapa C o solo é conceituado como um perfil formado
por diferentes camadas e base para a vegetação. No mapa D o solo foi definido como
uma rodovia, isto pode ser explicado pelo fato de o aluno ser de zona urbana. Neste
caso, figura 03 - D, a aproximação em nível de escala local faz com que a percepção
se aproprie da utilização te todos os sentidos, e não apenas do ato de ver no processo
de elaboração dos mapas mentais (UNESCO, 1973, p.12).
C D
Figura 03: Mapas mentais realizados pelos alunos de ensino fundamental 7º ao 9º ano, antes
da oficina de Ciência da Terra.
Fonte: Arquivo pessoal (2015).
Nos mapas mentais da Figura 04 há uma presença marcante do vulcão (B, C e D),
mostrando que os participantes entenderam a importância do mesmo para a formação
do solo. Os alunos demonstraram que há uma correlação entres os processos internos
da Terra e a formação de vulcões e que os mesmos são responsáveis pelo renovo da
crosta terrestre, formando novas rochas que serão desgastadas pelo intemperismo
pela ação do clima (Figura 04 - D). Em todos os mapas observa-se a presença de
fatores de formação do solo (clima, relevo, material de origem, organismos, tempo)
aqui representados por vulcões, rochas, chuva, sol e vegetação, ressaltando que a
interação entre estes fatores permite a formação dos solos (EMBRAPA, 2013).
4 | CONCLUSÃO
A partir da análise dos mapas mentais pode-se perceber que houve um acréscimo
de conteúdo relacionado aos conteúdos sobre a temática solo. Isto foi perceptível
ao encontrar uma quantidade maior de elementos que influenciam e estão ligados à
formação do solo. Podendo assim inferir que a Oficina de Ciência da Terra utilizada
como atividade de EA, contribui para o processo de sensibilização, pois, dinamiza o
conhecimento. Neste contexto, os mapas mentais constituem uma ótima ferramenta de
análise da percepção, apresentando uma diversidade de informações que podem ser
compreendidas de forma diversificada. Além disso, pode ser utilizado no processo de
ensino-aprendizagem como método de avaliação. De acordo com Micrute e Kashiwagi
(2014), o uso de mapas mentais constitui-se uma excelente ferramenta para auxiliar na
elaboração de novas práticas pedagógicas no ensino da Geografia e no fortalecimento
do processo de ensino-aprendizagem.
Mesmo a atividade tendo como forma de expressão o uso de desenhos, observou-
se que com o público adulto, houve um desinteresse por parte dos participantes, não
havendo uma dedicação no momento da confecção com até desistência de alguns,
isto pode ser explicado por estes encontrarem-se já na fase adulta, não sendo este
tipo de atividade envolvente para os mesmos. Portanto, os mapas mentais foram
mais eficientes com os alunos do 7º ao 9º ano. Além disso, percebeu-se que estes
absorveram mais conteúdo, evidenciando a facilidade de construir uma conscientização
quando o ser humano se encontra em formação. Isto não significa que os discentes
do PARFOR não possuíam consciência sobre o tema abordado, mas, infere-se que o
método utilizado não permitiu que construísse com diligência a proposta apresentada.
REFERÊNCIAS
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o meio ambiente. VIII EPEA - Encontro Pesquisa em Educação Ambiental. R J, jul. de 2015.
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SANDBOX:
UMA FERRAMENTA POSSÍVEL PARA O ENSINO
NAS GEOCIÊNCIAS
3 | RESULTADOS E DISCUSSÕES
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Yalowitz, S., and Sato, E., Shaping Watersheds Exhibit: An Interactive, Augmented Reality
Sandbox for Advancing Earth Science Education, American Geophysical Union (AGU) Fall Meeting
2014, Abstract no. ED34A-01
1 | INTRODUÇÃO
2 | MATERIAL E MÉTODOS
As informações e dados divulgados nas estações foram obtidos por meio das
atividades propostas no projeto Flora do Bosque, e outros projetos e atividades
desenvolvidas pelas instituições parceiras e pela própria equipe do bosque ao longo
da sua existência. Essas informações foram apresentadas e divulgadas em linguagem
acessível aos frequentadores, grupos constituídos principalmente por pais que levam
os seus filhos. Foram estabelecidas seis estações do conhecimento:
1 – Histórico e social;
2 – Vegetação do bosque;
3 – Fauna do bosque;
4 – Solos do bosque;
5 – Educação Ambiental;
6 – Curiosidade sobre o bosque.
Para a Estação de Conhecimento – Solo do Bosque foi elaborado materiais
didáticos e a abertura de uma trincheira demonstrativa do perfil do solo do bosque
medindo 1,5 m de profundidade com 2 m de largura com o intuito de apresentar o
solo como um corpo tridimensional que possui uma estrutura diversificada em suas
profundidades.
Os materiais didáticos elaborados foram: vulcão, coleção de rochas, coleção de
minerais comuns à formação de rochas, mini perfis de solos, colorteca – coleção de
cor do solo, tintas preparadas a partir solo e maquetes.
Foram preparadas mini-oficinas de pintura utilizando as tintas do solo e uso de
gravuras relacionados a preservação do meio ambiente e uma oficina de modelar,
com o uso de argila. E uma prática de infiltração de água no solo, visando mostrar
a importância da manutenção da cobertura vegetal e os processos erosivos. Os
processos erosivos também foram abordados por meio do uso de maquetes mostrando
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 3. Exposição acerca da gênese dos solos a partir de rochas e minerais. Fonte: Souza,
R.A.S. (2016).
Figura 4. A) Mini perfis de solo; B) Exposição e explanação acerca do desenvolvimento dos solos.
Fonte: Souza, R.A.S. (2016).
A B
Figura 6. Visitantes realizando a percepção entre as texturas e cores do solo. Fonte: Souza, R.A.S.
(2016).
Figura 8. Oficina de pintura com tintas de solo e confecções de peças de argila. Fonte: Souza,
R.A.S. (2016).
Figura 9. Desenhos realizados pelo público expostos no bosque. Fonte: Souza, R.A.S. (2016).
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Rural, Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, v. 34, n. 5, p. 1647-1653, 2004.
Amanda Dias dos Reis Graduada em Geografia (Bacharel) pela UESC; Ex-bolsista
do Grupo PET-SOLOS; E-mail: amandadias13@hotmail.com.
Ana Maria Souza dos Santos Moreau Professora Plena do Departamento de Ciências
Agrárias e Ambientais da UESC; Tutora do PET Solos desde janeiro de 2011; Membro
Antonio Lucio Mello Martins Pesquisador científico VI, Diretor Técnico de Divisão
da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) no Polo Regional Centro
Norte, Pindorama-SP; Graduação em Engenharia Agronômica pela Escola Superior
de Agricultura “Luiz de Queiróz”- ESALQ - USP, Câmpus de Piracicaba-SP; Mestrado
em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho (UNESP), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Câmpus
de Jaboticabal; Doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Faculdade de Ciências Agrárias
e Veterinárias, Câmpus de Jaboticabal; E-mail para contato: lmartins@apta.sp.gov.br
Caio Bastos Machado Dias tem experiência na área agrária, com ênfase em Técnico
em Agropecuária
Daniel Luiz Leal Mangas Filho Graduação em Agronomia pela Universidade Federal
do Sul e Sudeste do Pará; E-mail para contato: mangasdaniel@gmail.com
José João Lelis Leal De Souza Professor de Geografia Física na Universidade Federal
do Rio Grande do Norte – UFRN. Possui graduação em Geografia pela Universidade
Federal de Viçosa (2008), mestrado (2010), doutorado (2013) em Agronomia (Solos
e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal de Viçosa. Realizou estágio pós-
doutoral na mesma instituição (2015). É pesquisador vinculado ao Banco de Solos do
Estado de Minas Gerais e Instituto Criosfera, Núcleo Terrantar. E-mail: jjlelis@gmail.
com
Maria Conceição Lopes Oficial ApCt IV no Polo Regional Centro Norte - APTA,
Pindorama-SP; Graduação em Ciências Biológicas pelo Instituto Municipal de Ensino
de Catanduva (IMES), Catanduva-SP; Mestrado em Agronomia (Ciência do Solo)
pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias, Câmpus de Jaboticabal; Doutoranda em Agronomia
(Ciência do Solo) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP),
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Câmpus de Jaboticabal; Grupo de
pesquisa: Membro do grupo de pesquisa Política de Uso do Solo – UNESP; E-mail
para contato: mah_con@hotmail.com
Sirlene Pereira de Souza Possui ensino medio Segundo graupela Escola Estadual de
ensino fundamental e médio Migrantes(2008). Tem experiência na área de Agronomia,
com ênfase em Floricultura, Parques e Jardins.