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Manuel João Caculo Bernardo

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INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA – ISTA

________________________________________________________________
Criado pelo Decreto nº 24/07 do Conselho de Ministros, em 07 Maio de 2017
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA

PSICOLOGIA DIFERENCIAL

HEREDITARIEDADE E O MEIO AMBIENTE

O DOCENTE
__________________
MANUEL ZUA

CAXITO – ISTA
JANEIRO /2023
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA – ISTA
________________________________________________________________
Criado pelo Decreto nº 24/07 do Conselho de Ministros, em 07 Maio de 2017
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA

HEREDITARIEDADE E O MEIO AMBIENTE

Trabalho apresentado ao Professor Manuel


Zua no curso de Psicologia, como requisito
parcial para avaliação na cadeira de: Psicologia
Diferencial.

ESTUDANTE: MANUEL JOÃO CACULO BERNARDO


2º ANO
SALA: 02
PERÍODO: TARDE

CAXITO – ISTA
JANEIRO /2023
ÍNDICE

RESUMO........................................................................................................................I

1- INTRODUÇÃO..........................................................................................................1

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................2

2.1- Definições de termos e Conceitos......................................................................2

2.1.1- Hereditariedade...............................................................................................2

2.1.2- Meio ambiente.................................................................................................2

2.2- HEREDITARIEDADE E MEIO AMBIENTE............................................................2

2.2.1 Teorias Maturacionistas ou Inatistas...............................................................3

2.2.2- Principais Representantes...............................................................................4

2.2.3 Teorias Comportamentalistas ou Ambientalistas.............................................7

2.2.4- Teorias Construtivas ou Interacionistas..........................................................7

2.2.4.1- Principais representantes:............................................................................8

2.2.5- A Grande Influência do Meio...........................................................................8

3- CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................10

4- BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................11
RESUMO

Os estudos sobre hereditariedade e meio são de longa data, sendo


importante verificar as características biológicas e psicológicas do ser humano. Este
trabalho tem como objectivo a analisar sobre a hereditariedade e meio ambiente,
onde podemos constatar que hereditariedade é o fenômeno biológico de
transmissão das características, feita de pais para filhos. Isso só é possível porque
os genes são estruturas que portam essas informações e estão presentes nas
gametas. Assim, durante a fecundação, a metade das características de cada
parental será transmitida para os filhos. Este trabalho está constituído por uma
introdução, fundamentação teórica onde poderemos encontrar as definições de
termos e conceitos, breve historial sobre hereditariedade e meio ambiente e depois
decorremos nas teorias tais como: teorias maturacionistas ou Inatistas, principais
representantes, teorias comportamentalistas ou ambientalistas, teorias construtivas
ou Interacionistas, a grande influência do meio, considerações finais e por fim a
bibliografia.

Palavras – chaves: Hereditariedade. Meio. Ambiente.

I
1- INTRODUÇÃO

Com escolha do tema orientado pelo professor, urge a necessidade de


pautarmos nas teorias e conceitos trazidos por estes autores que forma as
referências bibliográficas e citações.

O presente estudo é de extrema importância pelo facto de se tratar de um


tema que aborda o sistema biológico, psicológico, económico e sociais. No entanto,
os geneticistas do comportamento demonstram que a hereditariedade específica
afecta uma gama notavelmente ampla de comportamentos. Segundo eles, além das
características físicas, como cor de olhos, tipo sanguíneo, altura, magreza,
obesidade, são claramente herdadas.

Logo, vários são os autores que defendem que o predominante era a


hereditariedade existia também que o mais influente do desenvolvimento da pessoa
era o meio um desses defensores chamava-se Charles Davenport, como forma de
prova das suas convicções Davenport estudou diversas culturas e fez dar
conhecimento de que geneticamente todos nasciam igual mas o meio em que
estavam inseridos é que era determinante no seu futuro.

Contudo, temos também uma situação inversa, dependendo da personalidade


de cada um, visto que a mesma situação de pobreza, pode ser estímulo para atingir
um nível cognitivo mais alto que permita uma ascensão social e económica.

Não podemos, contudo, restringir ao meio a influência no desenvolvimento do


Q.I. em cada criança. A hereditariedade assume também uma importância crucial. O
melhor exemplo é o caso dos gémeos homozigóticos. Existem estudos que
comprovam que os gémeos verdadeiros separados à nascença e criados em meios
sócio -económicos diferentes, têm um Q.I. semelhante, bem como, outras
características de hereditariedade genética, como sendo o temperamento, os
gestos, predisposições intelectuais.

Neste sentido, os objectivos para este trabalho foi conhecer a relação entre a
hereditariedade e o meio ambiente e tendo como objectivos específicos

1
compreender a importância da hereditariedade e meio na vida de um determinado
individuo.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1- Definições de termos e Conceitos

2.1.1- Hereditariedade

Hereditariedade é a capacidade que os seres vivos têm de transmitir


características de geração em geração. No sistema biológico dos seres vivos, as
características são carregadas pelo “universo celular”: o material genético das
pessoas, DNA, são fitas que se enrolam e formam cromossomos. Cada par de
cromossomos forma uma unidade chamada gene.

2.1.2- Meio ambiente

Segundo (FREITAS, 2000, p. 45), o meio ambiente refere-se ao conjunto de


factores físicos, biológicos e químicos que cerca os seres vivos, influenciando-os e
sendo influenciado por eles. Ambiente “aquilo que cerca ou envolve os seres vivos
ou as coisas; meio ambiente.” (FERREIRA, 1986, p. 101102)

O meio em que a pessoa vive é tanto físico quanto social. Os vários factores
físicos por exemplo, clima, localização em um subúrbio descampado ou num bairro
congestionado da cidade, o tamanho e a conveniência do lar continuamente afectam
a criança de inúmeras maneiras.” (PIKUNAS, 1979, p. 65), A polêmica sobre o papel
que a herança e o meio ambiente desempenham na determinação do
desenvolvimento é uma discussão que remonta as bases da psicologia evolutiva.

2.2- HEREDITARIEDADE E MEIO AMBIENTE


Ela refere-se ao património genético transmitido pelos nossos pais biológicos.
É por isso que nos aparecemos com eles, mas especificamente é a transmissão de
características de uma geração da geração seguinte.

Segundo Bee (1996) a discussão hereditariedade e meio, ou natureza meio


ambiente, ou nativismo e empiricíssimo, é uma das questões teóricas mais antigas
tanto da filosofia quanto da psicologia. Esta questão, quando formulada por um
psicólogo desenvolvimentista, é basicamente: o desenvolvimento de um indivíduo é
2
determinado por padrões inatos no nascimento ou é moldado por experiências
posteriores a ele? Antes de abordarmos a problemática em questão, seria
interessante explicitarmos alguns conceitos, tais como hereditariedade e ambiente.

Desta discussão surgiram três tendências ou correntes teóricas:

 Teorias maturacionistas ou inatistas


 Teorias comportamentalistas ou ambientalistas
 Teorias construtivas ou interacionistas.

Cada uma dessas teorias defende um ponto de vista em relação à questão da


influência da hereditariedade e do ambiente sobre o desenvolvimento do indivíduo.

2.2.1 Teorias Maturacionistas ou Inatistas

Os defensores desta teoria buscam nos princípios evolutivos de Darwin o


suporte para seus argumentos. Acredita-se, também, que existe nesta corrente uma
influência direta de Platão e de Descartes, quando estes afirmam que algumas
ideias do indivíduo são inatas. Os partidários desta corrente, embora não concordem
totalmente com esta afirmação, acreditam que existe uma prefiguração genética que
determina o desenvolvimento do indivíduo. Segundo BEE (1996)

O argumento não é o de que os bebês nascem sabendo muitas coisas, ou


possuem conceitos inatos, mas o de que o bebê está ‘programado’ de alguma
maneira para prestar mais atenção a certos tipos de informações, ou para responder
de determinada maneira aos objetos. (p. 1718). Na visão dessa autora, os atuais
teóricos maturacionistas diferem da concepção cartesiana por não propor que esses
padrões inatos como “final da estória” mas como “ponto de partida”. Helen BEE
acredita que o que se desenvolve, a partir da configuração genética, é “um resultado
da experiência filtrada através dessas inclinações iniciais” Bee (1996, p. 18).

Os teóricos maturacionistas desprezam a influência dos factores ambientais


como determinantes do desenvolvimento do ser humano. Para os partidários desta
teoria, a maturação desses mecanismos internos do indivíduo (considerados inatos)
é que pode determinar uma modificação no comportamento e, por sua vez, refletir
no meio ambiente em que o sujeito está inserido.

3
2.2.2- Principais Representantes

1. Granville STANLEY HALL (18441924) Um dos mais importantes psicólogos


norte-americanos do início do século XX, sendo a ele creditadas importantes
realizações tais como: primeiro americano a obter o grau de Doutor em
Psicologia; fundador do primeiro laboratório de Psicologia da América;
fundador do primeiro jornal de Psicologia dos Estados Unidos e da
Associação Americana de Psicologia. Inspirado no trabalho de Darwin, Hall
desenvolveu sua teoria baseada em ideias evolucionistas.

Acreditava que a criança se desenvolvia a partir de uma série de eventos


geneticamente determinados, que desvelavam se paulatinamente. Consciente das
limitações das biografias de bebês (“baby jornal”) preconizadas por Darwin, Stanley
Hall iniciou a coleta de uma série de dados objetivos das crianças, utilizando
questionários com perguntas para crianças de diferentes idades sobre as coisas que
elas poderiam dizer de si mesmas: jogos favoritos, sonhos, brinquedos, entre outras.

A partir destes questionários, Hall extraiu os elementos sustentadores de sua


“Teoria da Recapitulação”. A teoria da recapitulação endossa a noção de que a
Ontogênese (origem e desenvolvimento de um organismo de um indivíduo e suas
funções durante a vida) repete a Filogénese (desenvolvimento de uma espécie, de
sua origem ao estado presente). Ou seja, reforça a ideia de que a sequência do
desenvolvimento observada em qualquer indivíduo é paralela ao evolucionário
desenvolvimento das espécies. Por exemplo, na visão deste autor, as habilidades
eventuais da criança para caminhar, assemelham-se a transição para a locomoção
na postura elevada na evolução dos antecessores do homosapiens.

2. De acordo com CABISTANI & MACIEL (1986), Hall foi o pioneiro no estudo
da adolescência, descrevendo a como “uma ‘fase de tempestades e tensões’
correspondente à evolução humana na época do Renascimento e tendendo à
calma ao término da juventude que corresponderia aos tempos Modernos da
Evolução da Humanidade.” (p. 5) A teoria de Stanley Hall sofreu inúmeras
críticas dos partidários da corrente sóciocultural, principalmente por ter
superestimado os fatores de natureza fisiológicos e praticamente
desprezados os fatores ambientais.

4
3. Arnold Lucius GESELL (1880 1961) É considerado o psicólogo
desenvolvimentista que mais se interessou pelas questões maturacionais do
desenvolvimento humano. Estudou psicologia na Universidade de Clark, em
Massachuts, onde recebeu influência de Stanley Hall. Diplomou-se em
Medicina na Universidade de Yale, por acreditar que treinamento médico era
essencial para o estudo sobre o desenvolvimento infantil.
No início, Gesell interessou-se pelo estudo de crianças com retardo no
desenvolvimento e, em função disso, concluiu que o estudo da criança normal
era indispensável para a compreensão de crianças tidas como “anormais”.
Iniciou então, por volta de 1919, estudos sobre o desenvolvimento mental de
bebês, dirigindo sua investigação à crianças mentalmente normais.

Observou quase doze mil crianças de diversas idades e de diversos níveis de


desenvolvimento e, a partir destas investigações, apresentou uma listagem básica
de desenvolvimento infantil entre 3 e 30 meses de idade. Gesell considerava que
desenvolvimento era o conjunto de fenômenos que concorrem para que o indivíduo
seja capaz de realizar funções cada vez mais complexas. Assim, a “maneira de ser”
do indivíduo, o modo como ele age, como se comporta ou se conduz vai traduzir o
seu desenvolvimento. Para Gesell, comportamentos e condutas são termos que se
referem a todas as reações sejam elas reflexas, voluntárias, espontâneas ou
aprendidas. “Assim como o corpo cresce, a conduta evolui, é um processo contínuo”
(DOCKHORN, 1995, p. 179).

A evolução da conduta, ou comportamento, inicia se com a concepção e


segue uma sucessão ordenada, etapa por etapa, representando cada uma delas um
grau ou nível de amadurecimento. À medida que o sistema nervoso se modifica sob
a ação do crescimento, a conduta se diferencia e muda. Gesell afirma que a criança
“nunca estará apta enquanto seu sistema nervoso não o estiver”. O desenvolvimento
do comportamento depende, então, do amadurecimento, ou de um processo de
maturação, do sistema nervoso, embora também seja influenciado por uma troca
recíproca de fatores intrínsecos e ambientais que afetam a criança.

A constituição genética do indivíduo, bem como suas experiências intra e


extra uterinas afetam o seu crescimento físico, intelectual e emocional e isto, por sua
vez, determinará sua reação favorável ou desfavorável às posteriores modificações

5
do ambiente. Por exemplo, uma grave desnutrição intrauterina que se prolongue
pelo primeiro ano de vida da criança poderá afetar seu crescimento, deixando-a
mais suscetível a doenças infecciosas, podendo prejudicar seu desenvolvimento
intelectual o que, por sua vez, poderá causar problemas na esfera social. Gesell
reforça esta ideia afirmando que Sem dúvida ele [o bebê] carece de um ambiente
em que desenvolva as suas capacidades, e um ambiente favorável garante-lhe uma
realização também favorável das suas potencialidades de crescimento. Mas é
preciso ter em mente que os factores ambientais favorecem, inflectem e modificam
as progressões do desenvolvimento mas não lhe dão origem.

As sequências e progressões vêm de dentro do organismo. (GESELL, 1989,


p. 8) De acordo com Gesell, existem leis de continuidade e amadurecimento que
explicam as semelhanças gerais e as tendências básicas do desenvolvimento
infantil, porém, não há duas crianças que cresçam da mesma maneira. Cada criança
tem um ritmo e um estilo de desenvolvimento tão característico de sua
individualidade como sua fisionomia.

O desenvolvimento é regular, ou seja, segue uma sequência de etapas: a


criança balbucia antes de pronunciar palavras, diz palavras soltas antes de formar
frases; senta antes de ficar em pé, engatinha antes de caminhar. De acordo com o
ideário de Gesell, existe uma forte correlação do desenvolvimento com o sistema
orgânico, sendo impossível separar as manifestações orgânicas ou mentais do
desenvolvimento.

Desta forma, o estado do desenvolvimento deve ser avaliado não apenas por
sinais físicos, mas também por sinais dinâmicos, pelo modo da conduta.

Conforme DOCHKORN (1995), Gesell definiu, arbitrariamente, quatro campos


de conduta na avaliação do lactente: Conduta motora considera os movimentos
corporais amplos e os de coordenação fina: reações posturais (sustentação da
cabeça, sentar-se, forma de tocar um objeto, manejá-lo).

 Conduta adaptativa é o tipo de comportamento que se evidencia quando a


criança tem que resolver problemas, refere-se às mais delicadas adaptações
sensoriomotoras ante um objeto ou situações. Por exemplo: a coordenação
de movimentos oculares e manuais para alcançar e manipular objectos.

6
 Conduta da linguagem considera a linguagem no seu sentido mais amplo,
incluindo toda forma de comunicação verbal e audível, bem como gestos,
movimentos posturais, etc. Inclui também a imitação e a compreensão do que
expressam as outras pessoas.
 Conduta pessoalsocial compreende as reações da criança ante a conduta
social do meio em que vive. São reações múltiplas e variadas, tão
dependentes do ambiente que pareceriam fora do diagnóstico evolutivo, mas
observou-se como nos outros campos, que a evolução da conduta é
determinada fundamentalmente por factores intrínsecos do crescimento.

Por exemplo: O controlo esfincteriano é uma exigência do meio, sua aquisição,


porém, depende, primariamente, do amadurecimento das funções esfincterianas.

2.2.3 Teorias Comportamentalistas ou Ambientalistas

Os partidários desta teoria sofreram influência dos filósofos empiristas, tais


como John Locke, que afirmava que, no nascimento a mente humana é uma tábula
rasa. Para os empiristas todo conhecimento provém da experiência. Desta forma, os
comportamentalistas atribuem toda experiência adquirida em função do meio físico e
social, refutando toda a ideia da herança genética e reivindicando para o ambiente
todo peso da determinação do desenvolvimento, enfatizando seu papel na
modelagem do comportamento. Para os teóricos desta corrente, o comportamento é
resultado efetivo da aprendizagem ou de respostas condicionadas por determinados
estímulos.

Embora os comportamentalistas não rejeitem as ideias de que existam


variáveis inconscientes no indivíduo, simplesmente as desprezam pois só lhes
interessa o estudo do comportamento observável, objectivo. Principais
representantes: Ivan Petrovich PAVLOV (18491936), John Bordais Watson (1878-
1958) e Burrhus Frederic SKINNER (1904 1990).

2.2.4- Teorias Construtivas ou Interacionistas

Os teóricos desta corrente acreditam que o comportamento e o


desenvolvimento do indivíduo são influenciados tanto por aspectos genéticos quanto
por aspectos ambientais. Para os construtivistas é importante conhecer como estes
fatores (hereditários e ambientais) se relacionam entre si.
7
Neste processo de desenvolvimento, defendido pelas teorias construtivas, o
indivíduo constrói seus conhecimentos e sua própria abordagem do mundo,
utilizando-se para isto tanto dos fatores hereditários quanto dos ambientais. Os
teóricos desta posição preocupam-se em estudar o processamento interno que a
criança faz da experiência.

2.2.4.1- Principais representantes: Jean PIAGET, VYGOTSKY, WALLON e


GARDNER.

2.2.5- A Grande Influência do Meio

 Família: membros familiares com traços anti-sociais de conduta


(principalmente os pais), pais que não respeitam a autonomia dos filhos ou
que são demasiadamente controladores ou que rotulam seus filhos como
agressivos são factores familiares que induzem à agressividade infantil.
 Mídia: os meios de comunicação de massa têm dividido opiniões sobre a
influência que exercem na criança. Podemos encontrar programas com
imagens que chegam a requintes de perversidade. Os video-jogos bélicos, os
desenhos animados violentos que fascinam as crianças também podem
influenciar.
 Escolaridade: a escola também pode influir no desenvolvimento ou na
prevenção de problemas de conduta; o pessoal da escola pode avisar aos
familiares quando detecta problemas nas crianças; a escola pode
proporcionar programas de estímulo de habilidades sociais, resolução de
conflitos entre os alunos ou buscar outras soluções aos problemas de cada
aluno.
 Condição Social: a maioria dos estudos procura relacionar o nível
socioeconómico baixo com o desenvolvimento de problemas de conduta. Um
desses estudos observou que a alta percentagem de crianças agressivas de
pouca idade pertencia a um nível social mais baixo. Deve-se ter em conta,
além disso, que esses factores diferem de uma família para outra, de forma
que nem todas as famílias pertencentes a uma classe social mais baixa se
caracterizam pelos mesmos padrões de conduta.

8
Actualmente, já não se considera que o desenvolvimento de uma pessoa seja
apenas por causa do meio ou da hereditariedade, mas sim de uma interacção entre
os dois que torna cada ser humano único, e com características próprias.

É um erro, estabelecermos relações de causa-efeito entre o meio e a


hereditariedade na influência do Q.I. ou comportamentos. Trata-se sim, de uma
correlação, isto é, meio e hereditariedade interagem em conjunto com a
personalidade de cada um. Por exemplo, não podemos firmar categoricamente que
um indivíduo com um nível sócio-económico baixo tenha um Q.I. baixo, é provável
mas não imperativo.

No fundo, meio, hereditariedade e personalidade (experiências pessoais,


emoções actuam em conjunto na formação da personalidade do indivíduo.

9
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em conta os conceitos acima reverificado segundo alguns autores que


deram suporte sobre os estudo da hereditariedade e meio ambiente, foi possível
concluir o presente trabalho de uma forma tão resumida visto que, são tantas
referências bibliográficas a volta do tema em questão.

Portanto, buscou-se tratar sobre as três que são: teorias maturacionistas ou


inatistas, teorias comportamentalistas ou ambientalistas e teorias construtivas ou
interacionistas.

Assim, segundo o meu entendimento sobre o tema tão pertinente, a


hereditariedade abrange todas as influências transmitidas dos pais às células do
sexo, que se fundem para formar o rebento. O que as pessoas herdam continua a
predispô-las e a estimulá-las por toda a vida, porque o código hereditário actua
enquanto existe vida. A hereditariedade é um processo, no decurso de cujo
desenvolvimento emergem os traços genéticos.

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4- BIBLIOGRAFIA

1. BEE, Helen. A criança em desenvolvimento. 7.ed. Porto Alegre: Artes


Médicas, 1996.

2. CABISTANI, Conchita, MACIEL, Eloísa A. Adolescência: desenvolvimento e


implicações educacionais. Santa Maria: Imprensa Universitária, UFSM, 1986.

3. DOCKHORN, Marlene da Silva M. Desenvolvimento de lactentes e pré-


escolares: aplicação da teoria de Gesell. In: KREBS, Ruy Jornada (org.)
Desenvolvimento humano: teorias e estudos. Santa Maria: Casa Editorial,
1995.

4. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua


Portuguesa. 2.ed. Rev. Amp. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

5. FREITAS, M. d. (2000). Vygotsky e Bakhtin: Psicologia e Educação (Vol. 4ª).


São Paulo: Ática.
6. GADOTTI, Moacir. História das ideias pedagógicas. São Paulo: Ática, 1993.

7. GESELL, Arnold L. A criança dos 0 aos 5 anos. 2. Ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1989.

8. MOSQUERA, Juan J. M. et. al. Aprendizagem: perspectivas teóricas. Porto


Alegre: Ed. Da Universidade/ PADES/ UFRGS/ PROGRAD, 1985.

9. MIZUKAMI, Maria da graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo.


São Paulo: EPU, 1986.

10. RAPPAPORT, Clara R., FIORI, Walter da R., DAVIS, Claudia. Psicologia do
desenvolvimento. V. 1. São Paulo: EPU, 1981.

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