Hereditariedade
Hereditariedade
Hereditariedade
Genético não significa inato. Inato implica padrões de ação fixos, únicos, de espécies
que são inacessíveis à experiência. Influência genética não implica que inteligência é
predeterminada. A influência genética sobre o QI não denota um efeito fixo e
determinístico de um simples gene, mas, ao contrário, indica predisposições
probabilísticas de muitos genes em um sistema de múltiplos-genes. O fato de que
inteligência é herdada não significa que a parte genética da inteligência não seja
maleável. Muito frequentemente, inteligência é confundida com uma predisposição
genética para aprender. Inteligência é um fenótipo com metade da variância dos escores
do QI tendo origem não genética. Além disso, como um grau de herdabilidade de 50% é
uma estimativa média na população, a importância dos fatores ambientais pode ser
muito maior para a inteligência de um indivíduo particular.
Influência genética refere-se ao “que é” mais do que ao “que poderia ser”. Como as
pesquisas sobre treinamentos especializados revelam, as crianças podem ser treinadas
para serem melhores em muitas habilidades (“o que poderia ser”), porém, tais resultados
não significam que fatores ambientais sejam responsáveis pelas origens das diferenças
individuais naquelas habilidades, ou que fatores genéticos não sejam importantes (“o
que é”).
Influência genética refere-se ao que é” mais do que ao “que poderia ser”. O que fazemos
com o conhecimento científico é um assunto de valores. Portanto, não decorre que,
encontrando influências genéticas sobre o QI, isto necessariamente significa que
devemos negar ajuda e encorajamento necessários para alcançar altos níveis de
competência.
Claramente, estudos adicionais quantitativos não são mais necessários para documentar
a importância da influência genética (isto é, herdabilidade) sobre a inteligência e, por
consequência, os pesquisadores devem, em vez disso, tentar identificar os genes
específicos da inteligência. A propósito, Plomin finalizou o seu livroGenetics and
Experience (1994) com sete hipóteses, das quais a sétima é: “Genes específicos que
afetam a experiência serão identificados” (p.163). Ele descreve as tentativas atuais,
baseadas na robustez do Projeto Genoma Humano, que buscam identificar alguns dos
presumíveis muitos genes responsáveis pela herdabilidade da inteligência e, também, a
genômica funcional que tenta mapear as vias entre genes e inteligência.