+++texto Completo - Quaresma (Ciclo Da Páscoa)
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FORMAÇÃO
LITÚRGICA
TEMPO DA
QUARESMA
(CICLO DA PÁSCOA)
(Pesquisa e Organização: Adeleni Milfont)
CONTEÚDOS DOS TEXTOS
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QUARESMA – SIGNIFICADO
Quadragesima, expressão latina típica na liturgia, denomina o período
de quarenta dias de preparação para a Páscoa e que alude ao simbolismo do
número quarenta com que o Antigo e o Novo Testamento representam os
momentos salientes da experiência da fé da comunidade judaica e cristã.
Em seu simbolismo, este número não significa um tempo cronológico
exato, ritmado pela sequência de dias, mas uma representação sociocultural de
um período de duração significativa para uma comunidade de crentes.
Na Bíblia, o número quarenta aparece em diversos momentos
significativos, a saber:
ANTIGO TESTAMENTO
Na história de Noé (Gênesis 7:4-12 e Gênesis 8:6), durante o dilúvio, é o
tempo transcorrido na arca, junto com a sua família e com os animais. Após o
dilúvio, passarão mais quarenta dias antes de tocar a terra firme.
Na narrativa referente a Moisés, é o tempo de sua permanência no
monte Sinai – quarenta dias e quarenta noites – para receber a Lei (Êxodo
24:18). Quarenta anos dura a viagem do povo judeu do Egito para a Terra
prometida (Deuteronômio 8:2-4).
No Livro dos Juízes, refere-se a quarenta anos de paz de que Israel
goza sob os Juízes (Juízes 3:11).
O profeta Elias leva quarenta dias para chegar ao monte Horeb, onde se
encontra com Deus (I Reis 19:8). Os cidadãos de Nínive fazem penitência
durante quarenta dias para obter o perdão de Deus (Jonas 3:4-5).
Quarenta anos duraram os reinados de Saul (Atos 13:21), de Davi (II
Samuel 5:4-5) e de Salomão (I Reis 11:42), os três primeiros reis de Israel.
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PARA A CELEBRAÇÃO
OBS.: Durante este tempo, é proibido ornar o altar com flores; o toque de
instrumentos musicais só é permitido para sustentar o canto. Excetuam-se o
Domingo Laetare (4º Domingo da Quaresma), bem como as Solenidades e
Festas. (IGMR)
COLETA NACIONAL NESTE PERÍODO
ENCERRAMENTO DA QUARESMA (DOMINGO DE RAMOS):
CAMPANHA DA FRATERNIDADE. 60% da coleta ficarão à disposição
do Fundo Diocesano de Solidariedade e 40% da coleta são destinados
para o Fundo Nacional de Solidariedade, através das cúrias diocesanas.
NOTAS LITÚRGICAS:
1 – O tempo da Quaresma se estende da Quarta-feira de cinzas até a missa
“na Ceia do Senhor” exclusive. Esta missa vespertina dá início, nos livros
litúrgicos, ao Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor, que tem seu
cume na Vigília Pascal e termina com as Vésperas do Domingo da
Ressurreição. A semana que precede a Páscoa toma o nome de Semana
Santa; começa com o Domingo de Ramos.
2 – Os domingos desse tempo se chamam 1º, 2º, 3º, 4º e 5º domingo da
Quaresma. O 6º domingo toma o nome de “Domingo de Ramos da Paixão”.
Dominica palmarum, em latim, domingo que precede a festa da Páscoa, assim
chamado porque antes da missa principal se realiza a bênção dos ramos,
seguida de procissão. Esses domingos têm sempre a precedência, mesmo
sobre as festas do Senhor e sobre qualquer solenidade.
3 – As solenidades de São José (19 de março) e da Anunciação do Senhor
(25 de março), assim como outras possíveis solenidades dos calendários
particulares, são antecipadas para o sábado ou são adiadas para a
segunda-feira, caso coincidam com esses domingos (O Hino de louvor é
cantado somente nestas duas solenidades durante a Quaresma).
4 – A liturgia da Quarta feira de cinzas abre o tempo da Quaresma. Não se
dizem o Glória e o Creio na missa. Não é necessário que o rito da bênção e
imposição das cinzas seja unido à missa; pode ser celebrado sem missa. Neste
caso é oportuno antepor ao rito uma Liturgia da Palavra, como na missa, com o
canto de entrada, a oração e as leituras com os cânticos correspondentes;
depois da homilia, são bentas as cinzas e impostas, e o rito termina com a
oração dos fiéis. Os textos para esta celebração são tomados da liturgia da
Quarta feira de cinzas.
Obs.: As cinzas são feitas dos ramos guardados (Domingo de Ramos –
Procissão de Ramos) do ano anterior para este fim. Lembrar sempre, a
cada ano, no Domingo de Ramos, após a Procissão, separar, secar e
acondicionar os ramos bentos, com zelo, para fazer as cinzas do ano
seguinte.
5 – Nos domingos da Quaresma não se canta o hino de Glória; faz-se, porém,
sempre a profissão de fé, Creio. Depois da segunda leitura não se canta o
Aleluia; o versículo antes do Evangelho é acompanhado de uma aclamação a
Cristo Senhor (ver Missal Romano). Omite-se o Aleluia também nos outros
cantos da missa.
6 – As missas dominicais do Tempo da Quaresma têm prefácio próprio. O
prefácio do tempo, que está no Ordinário da Missa, com duas fórmulas à
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na busca da maior verdade sobre nós revelada em Cristo Jesus: somos filhos
de Deus!
ESCOLHA DO REPERTÓRIO
MÚSICAS LITÚRGICAS PARA ESTE PERÍODO:
Devemos olhar sempre as antífonas da entrada de cada celebração (ver
missal romano e subsídios que ajudam na preparação das celebrações), bem
como a temática de cada domingo, a Liturgia da Palavra, com centralidade no
Evangelho.
ANO A (Evangelista Mateus), os evangelhos estão intimamente
relacionados com a temática do BATISMO (Samaritana, Cego de nascença e
Ressurreição de Lázaro).
1º Domingo da Quaresma – Deserto (Mt 4, 1-11)
2º Domingo da Quaresma – Transfiguração (Mt 17, 1-9)
3º Domingo da Quaresma – Samaritana (água) (Jo 4, 5-42)
4º Domingo da Quaresma – Cego de nascença (luz) (Jo 9, 1-41)
5º Domingo da Quaresma – Lázaro (vida nova – Ressurreição) (Jo 11, 1-45)
2 – ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
(CD Liturgia XIV e CD CF 2007 – L.: Lecionário Dominical – L.: Reginaldo Veloso e M.:
Pe. José Weber )
Honra, glória, poder e louvor, a Jesus, nosso Deus e Senhor!
O homem não vive somente de pão, mas de toda Palavra da boca de Deus!
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ORIGEM DA CELEBRAÇÃO
Segundo a antiga praxe, o sacramento da penitência era público e
constituía de fato o rito que dava início ao caminho de penitência dos fiéis que
seriam absolvidos na celebração da manhã da Quinta-feira Santa. Mais tarde o
gesto da imposição das Cinzas – obtidas queimando os ramos de oliveiras
benzidas no Domingo de Ramos do ano anterior – estendeu-se a todos os fiéis
e foi colocado dentro da celebração da Missa, no final da homilia. Também a
fórmula que acompanha, com o tempo foi mudada: no início era “recorda-te
que és pó e em pó te hás de tornar!” extraído do Gênesis. Além disso, ainda
hoje o rito Ambrosiano é diverso do Romano porque não consta a imposição
das Cinzas e a Quaresma inicia no domingo seguinte.
O SIGNIFICADO BÍBLICO DAS CINZAS
As cinzas sagradas que são colocadas na fronte estão presentes no
texto bíblico várias vezes e assumem um significado duplo. Antes de tudo
indica a frágil condição do homem diante do Senhor, como evidencia Abraão
que fala a Deus no Gênesis: “Abraão prosseguiu e disse: ‘Sou bem atrevido em
falar a meu Senhor, eu que sou pó e cinza’” (Gên 18, 27). Jó também sublinha
o profundo limite da própria existência: “Arremessam-me ao lodo e eu me
confundo com a poeira e a cinza” (Jó 30, 19). Assim como outros exemplos do
Livro da Sabedoria e do Eclesiástico: “De repente nascemos, e logo
passaremos, como quem não existiu. Fumaça é a respiração em nossas
narinas e o pensamento, uma centelha ao pulsar do coração: quando ela se
apaga, nosso corpo se tornará cinza e o espírito se dispersará como o ar
inconsistente. (Sab 2, 2-3); “Por que se ensoberbece quem é terra e cinza,
aquele que ainda em vida expele as próprias entranhas? (Eclo 10,9). Também,
as cinzas são um sinal concreto de quem se arrependeu e com o coração
renovado retoma o próprio caminho para o Senhor, como se lê no Livro de
Jonas no qual o rei de Nínive, ao receber a notícia da conversão do seu povo,
senta-se sobre as cinzas, e no de Judite no qual os habitantes de Jerusalém
que querem rezar a Deus para que os liberte, espalham em suas frontes as
cinzas sagradas.
REFORÇANDO:
A quarta-feira de cinzas é o primeiro dia da Quaresma no calendário
Cristão ocidental (Católico). As cinzas que os Cristãos Católicos recebem neste
dia são um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança
de vida, recordando a passageira, transitória, efêmera fragilidade da vida
humana, sujeita à morte.[1]
Ela ocorre quarenta dias antes da Páscoa (sem contar os domingos) ou
quarenta e seis dias (contando os domingos). Seu posicionamento
no calendário varia a cada ano, dependendo da data da Páscoa. A data pode
variar do começo de fevereiro até a segunda semana de março.
A Igreja Católica Apostólica Romana trata a quarta-feira de cinzas como
um dia para se lembrar a mortalidade. Missas são realizadas tradicionalmente
nesse dia nas quais os participantes são abençoados com cinzas pelo Padre
que preside a cerimónia. O Padre mancha a testa de cada celebrante com
cinzas, deixando uma marca que o Cristão normalmente deixa em sua testa até
ao pôr do sol, antes de lavá-la. Esse simbolismo relembra a antiga tradição
do Médio Oriente de jogar cinzas sobre a cabeça como símbolo de
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Cor 6,1-2). Eis algumas práticas que podem nos ajudar a viver bem este
tempo:
1- Quarta-feira de Cinzas
Comece bem a Quaresma recebendo as Cinzas e meditando o seu
significado: “voltamos ao pó” que as cinzas lembram. “És pó, e ao pó tu hás de
tornar” (Gen 2,19). Esse sacramental da Igreja lembra-nos de que estamos de
passagem por este mundo, e que a vida de verdade, sem fim, começa depois
da morte; portanto, devemos viver em função disso.
2 – Oração
Intensifique a oração, seja ela pessoal ou comunitária. Orar é entrar em
comunhão com Deus, é tornar-se intimo d’Ele, que é nosso Pai. Marque um
tempo para rezar e obedeça o previsto.
3 – Palavra de Deus
Medite a Palavra de Deus, sobretudo as leituras que a Igreja coloca
na Liturgia da Missa neste tempo. Decida, com um ato de vontade, a fazer o
que Deus lhe pede na meditação.
4 – Jejum
Faça o jejum conforme as próprias condições, para que o corpo seja
sujeito ao espírito. Pode ser um jejum a pão e água, um jejum só de líquidos,
um jejum parcial, etc., especialmente nas sextas-feiras.
5 – Esmola
Dê uma boa esmola aos pobres. Pode ser de muitas formas: ajudar uma
família necessitada, um pobre necessitado etc. “Tenhamos caridade e
humildade e façamos esmolas, já que estas lavam as almas das nódoas dos
pecados” (S. Francisco).
6 – Visitar os doentes
Visite os doentes que precisam de ajuda, sobretudo os velhos e
abandonados. “Aqueles que têm saúde não precisam de médicos, mas sim os
doentes” (Mt 9,12).
7 – Confissão
Faça uma boa confissão geral, depois de um bom exame de
consciência, revendo toda a vida passada. Não omita nada, lance em Deus
todas as suas misérias. Perdoe todas as pessoas que o ofenderam.
8 – Santa Missa
Participe da Santa Missa sempre que puder e comungue bem. Faça uma
boa ação de graças após a comunhão, colocando toda a sua vida para Jesus.
Louve-O, adore-O, interceda pela Igreja, pela sua família etc.
9 – Via-sacra
Participe da via-sacra sempre que puder ou a faça você mesmo, em
uma Igreja, acompanhando os quadros que a compõem, meditando o
sofrimento de Jesus na Sua Paixão.
10 – Exercício de mortificação
Faça algum exercício de mortificação. Por exemplo: cortar um doce,
deixar a bebida, o cigarro, os passeios e churrascos, a TV, a internet, o celular,
alguma diversão, para vencer as fraquezas da carne.
11 – Liturgia das Horas
Reze a Liturgia das Horas com toda a Igreja neste tempo forte de
orações. Ao menos, as Laudes e as Vésperas se tiver condições.
12 – Peregrinação
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poderoso, iniciar com este dia de jejum o tempo da Quaresma para que a
penitência nos fortaleça contra o espírito do Mal”.
Para o Brasil a CNBB determinou que, exceto na Sexta-feira Santa,
todas as outras sextas-feiras, inclusive as da Quaresma, têm sua abstinência
convertida em “outras formas de penitência, principalmente em obras de
caridade e exercícios de piedade”.
Ouça também: Leituras que podem nos ajudar no tempo da Quaresma
São Paulo insistia: “Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com
Deus!” (2 Cor 5, 20); “exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em
vão. Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação
(Is 49,8). Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação” (2 Cor 6, 1-2).
A Quaresma é tempo de viver com profundidade esta Palavra.
Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de
enfrentar as tentações do demônio no deserto e nos ensinou a vencê-lo pela
oração e pelo jejum. Esse deve ser um tempo forte de meditação, oração,
jejum, esmola. É tempo para se meditar profundamente a Bíblia, especialmente
os Evangelhos, a vida dos Santos, fazer um pouco de mortificação (cortar um
doce, deixar a bebida, cigarro, passeios, churrascos, a TV, alguma diversão,
etc.) com a intenção de fortalecer o espírito para que possa vencer as
fraquezas da carne.
A mortificação fortalece o espírito. Não é a valorização do sacrifício por
ele mesmo, e de maneira masoquista, mas pelo fruto de conversão e
fortalecimento espiritual que ele traz; é um meio, não um fim.
Somos obrigados a fazer alguma penitência durante a Quaresma?
Quaresma é um tempo de “rever a vida” e abandonar o pecado (orgulho,
vaidade, arrogância, prepotência, ganância, pornografia, sexismo, gula, ira,
inveja, preguiça, mentira, etc.). Enfim, viver o que Jesus recomendou: “Vigiai e
orai, porque o espírito é forte, mas a carne é fraca”.
Quaresma, não é, porém, um “tempo de tristeza”, ao contrário, a alma
fica mais leve e feliz livre dos seus males. Santo Agostinho dizia “os teus
pecados são a tua tristeza; deixa que a santidade seja a tua alegria”. A
verdadeira alegria brota no bojo da virtude, da graça. É tempo muito oportuno
para uma Confissão bem feita.
Uma prática muito salutar que a Igreja nos recomenda durante a
Quaresma, uma vez por semana, é fazer o exercício da Via Sacra, na igreja,
recordando e meditando a Paixão de Cristo e todo o seu sofrimento para nos
salvar. Isto aumenta em nós o amor a Jesus e aos outros. Não esqueçamos
também que a Santa Missa é a prática de piedade mais importante da fé
católica, e que dela devemos participar, se possível, todos os dias da
Quaresma.
Prof. Felipe Aquino
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Senhor Jesus Cristo. Portanto, todo católico deve celebrar com profundo
respeito, meditação, oração e contemplação o grande mistério de amor de
Deus por nós.
Devemos participar de cada função litúrgica com devoção e ação de
graças a Deus. Não podemos transformar a Semana Santa numa semana de
lazer, quer seja na praia, quer seja no campo ou no turismo secular. Antes de
tudo é preciso fazer uma boa confissão dos pecados com o sacerdote da
Igreja, e renunciar a todos eles, para poder celebrar dignamente os santos
mistérios desta Grande Semana.
A espiritualidade da Semana Santa perpassa o Domingo de Ramos e da
Paixão, o sacramento da reconciliação, a Quinta-feira Santa, a Sexta-feira da
Paixão, o Sábado Santo, a Vigília Pascal e o Domingo da Ressurreição.
A liturgia da Semana Santa ajuda-nos a permitir que Jesus entre em
nossas vidas, onde acompanhamos o Mestre no amor-sofrimento e
aprendemos Dele a confiar em Deus, que transforma a morte em Ressurreição.
Desde os primórdios da Igreja, as comunidades quiseram recordar os
últimos acontecimentos da vida de Cristo entre nós, o momento sublime do seu
sacrifício em prol da nossa salvação. Muito mais do que uma mera recordação
dos fatos, as celebrações da Semana Santa são um memorial (atualizamos o
Mistério Pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo) no qual participamos da
salvação realizada por Cristo.
2 – DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO
A celebração do Domingo de Ramos tem dois momentos: a Benção dos
Ramos, com a procissão entusiasmada de louvor; e a Missa, na qual
refletimos sobre o Mistério Pascal – a paixão, morte e ressurreição de Cristo.
Participar da Procissão de Ramos é acolher Cristo como o Bendito que vem em
nome do Senhor, demonstrando que Ele é o centro de nossa vida. Os ramos
são um sinal do encontro com Cristo em sua caminhada à Jerusalém. Ao
levarmos os ramos para casa, simbolizamos nosso compromisso com Cristo de
acompanhá-lo até a Casa do Pai, no Reino dos Céus.
A Semana Santa se iniciou com o Domingo de Ramos. Esta liturgia tem um
duplo sentido: A entrada triunfal de Jesus, quando o povo o aclamava com
galhos de ramos, por isso o nome da missa. E no segundo momento, é
celebrada a Paixão do Senhor, como também é conhecido este domingo.
Durante a semana vamos acompanhando uma liturgia mais voltada para os
momentos que antecedem a Paixão.
Segunda, Terça e Quarta-Feira da Semana Santa
Passado o Domingo de Ramos; na segunda, terça e quarta-feira da Semana
Santa, a liturgia nos apresenta Cristo em sua missão de Messias Redentor que
se encaminha para o sacrifício pela salvação do mundo. A espiritualidade
destes dias pode ser resumida pelas palavras presentes no Prefácio da Paixão
II: “Já se aproximam os dias da sua Paixão salvadora e Ressurreição gloriosa,
pelo quais é vencida a soberba do antigo inimigo e se faz memória do
Sacramento da nossa redenção”.
Os evangelhos relatam os últimos acontecimentos da vida de Jesus, deixando
clara a intenção de Judas de trair o Senhor. Dominado pelo mal, Judas é
expressão do mundo das trevas, representando o inimigo que persegue o justo.
Nestes dias, a Igreja medita a Paixão de Cristo como fonte de vida eterna,
perdão, graça da ressurreição e esperança da eternidade junto a Deus.
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SEMANA SANTA
Este é um momento importante da nossa vivência cristã; é o
momento de aprofundarmos nossa fé e nossa praxe comunitária e
espiritual. Não podemos fazer da Semana Santa um momento de
simples atividades, onde somos chamados a “fazermos algo” e nos
tornamos prestadores de serviços. Servir a comunidade, mas
imbuídos do Espírito de Jesus Cristo, que doou-se a nós por amor, foi
obediente ao Pai, até o fim.
A diferença entre aquele que “faz” como atividade e aquele que
“serve” como doação, é o espírito que está na pessoa. O primeiro
quer cumprir uma obrigação, esta ali para fazer algo, não interage
com o momento, a sua preocupação é realizar a atividade; o segundo
quer participar, alegrar-se, viver o momento, ver os frutos de sua
doação, o serviço não é uma atividade, mas uma participação mais
efetiva.
Para que esse momento se torne realmente um momento
celebrativo para todos – servidores e servidos - é necessário que as
celebrações sejam preparadas antecipadamente. Ninguém faz uma
festa de casamento da noite para o dia, é necessária uma dedicada e
cuidadosa preparação.
Assim, reunimos alguns cuidados que aconselhamos sejam
observados:
CELEBRAÇÕES:
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4. Procissão;
Continuação da Celebração Eucarística:
5. Oração da Coleta (dentro da igreja) – se a celebração se
iniciar na porta, a procissão será a do povo entrando na igreja; se
for dentro da igreja, sem procissão, a equipe, após a homilia, se
dirige ao presbitério e o presidente faz a Oração da Coleta e a
celebração transcorre como de costume.
6. Liturgia da Palavra. No Evangelho: Não se usa nem incenso,
nem velas, os diáconos que vão ler pedem e recebem a bênção.
Omitem-se a saudação ao povo (O Senhor esteja convosco...), e o
sinal da cruz sobre si ou sobre o Livro; depois de anunciada a
morte do Senhor, todos se ajoelham, e faz-se uma breve pausa.
No fim, diz-se: “Palavra da Salvação”, mas não se beija o livro
(cf. CB, n. 273). Pode também ser lida por leitores leigos, na falta
de diáconos, reservando-se a parte de Cristo ao sacerdote. Cantar
a aclamação ao Evangelho e pode ser proclamado em forma de
jogral (preparar com antecedência).
INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
Qual é a data correta da PÁSCOA?
Para quem pergunta: Por que a Páscoa é tão cedo este ano?
A Páscoa é sempre o primeiro Domingo depois da primeira lua
cheia depois do equinócio de Primavera (20 de Março). Esta datação
da Páscoa baseia-se no calendário lunar que o povo hebreu usava
para identificar a Páscoa judaica, razão pela qual a Páscoa é uma
festa móvel no calendário romano.
Ex.: No ano de 2008, a Páscoa aconteceu mais cedo do que qualquer
um de nós irá ver alguma vez na sua vida! E só os mais velhos da
nossa população viram alguma vez uma Páscoa tão temporã (mais
velhos do que 95 anos!).
1) A próxima vez que a Páscoa vai ser tão cedo como em 23 de
Março 2008, será no ano 2228. A última vez que a Páscoa foi assim
cedo foi em 1913.
2) Na próxima vez que a Páscoa for um dia mais cedo, 22 de Março,
será no ano 2285. A última vez que foi em 22 de Março foi em 1818.
Por isso, ninguém que esteja vivo hoje, viu ou irá ver uma Páscoa
mais cedo do que a deste ano.
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"Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está
sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da terra. Porque
estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, vossa
vida, aparecer, então também vós aparecereis com ele na glória" (Cl 3,1-4).