Sindromes BI

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ACUPUNTURA

PATOLOGIA I
PROF. JACQUELINE H. F. ROCHA

OS REUMATISMOS SOB A VISÃO DA MTC

A Medicina ocidental classifica como reumatismo ao conjunto de alterações


osteoarticulares que tem como característica comum um certo número de atributos semiológicos
onde o principal é a dor.
Para a MTC os reumatismos agrupam-se dentro das chamadas Síndromes Bi, afecções
resultantes da penetração das energias perversas no organismo, de tal forma que atinjam os ossos,
articulações, ligamentos, tendões e músculos.
Esta concepção de que a patologia reumática pode ser originada por agentes externos é no
mínimo surpreendente, uma vez que a reumatologia ocidental desconsidera estes fatores focando a
etiologia nos agentes auto imunes.
A confrontação de duas posições diferentes ainda que complementares pode enriquecer o
diagnóstico clínico. A compreensão dos reumatismos segundo MTC aponta sobretudo para uma
interpretação energética dos mecanismos da dor.

MECANISMOS ENERGÉTICOS DA DOR

DOR POR PLENITUDE: se trata de uma dor forte, de início recente e expressão permanente,
com sensação de inflamação localizada, que se agrava com a pressão e pode ser acompanhada de
hiperestesia.
Fatores desencadeantes: ao encontrar a energia de defesa deficiente (wei ki), os agentes
patogênicos exógenos – frio, vento umidade e raramente o calor – penetram no organismo
atrapalhando a circulação de energia (ki) e sangue (xue).
Dor por penetração de frio perverso: A dor é pouco móvel, aguda, profunda, agravada pelo frio,
melhora com a aplicação de calor.A saburra da língua é delgada e branca e o pulso é profundo e
tenso.
Dor por penetração de vento perverso: A dor neste caso é de natureza móvel, fugaz e começa
superficialmente.A saburra é praticamente incolor e o pulso é superficial.
Dor por penetração de umidade perversa: A dor é fixa, sensível as mudanças atmosféricas e é
acompanhada por uma inflamação articular e por uma sensação de entumecimento e parestesia, as
articulações tendem a se deformar com o tempo.
A saburra é delgada e embranquecida e o pulso é superficial e brando.
Dor tipo calor: em geral o calor é o resultado do estancamento no organismo das energias
perversas antes descritas. A dor neste caso é de característica inflamatória com inchaço e sensação
de calor local. Esse tipo de dor melhora com a aplicação de frio e se agrava com a aplicação de
calor. A saburra é delgada e de cor amarelada, o pulso é superficial e rápido.

A dor pó plenitude ainda pode ser dividida em:


Dor por plenitude de yin:é uma dor que se caracteriza por espasmos e contraturas musculares, se
agrava com a pressão e o frio, melhora com o calor e predispõe o organismo à invasão do Frio
perverso e ao vazio de yang.
Dor por plenitude de yang: trata-se de uma dor aguda e intensa, que se agrava com a pressão e
com o calor e melhora com o frio.
Dor por plenitude de sangue: é uma dor surda, lancinante, pulsátil que se agrava com a pressão.

DOR POR VAZIO

Trata-se de uma dor de longa data, crônica e inconstante que se agrava com o esforço e alivia com
o repouso e com a pressão.
É uma dor de longa evolução, onde a energia vital vai se debilitando.

Dor por vazio de yang: dor acompanhada de peso e lassitude.se agrava com o movimento, com o
esforço e também com o frio, melhora com o calor e a pressão.

Dor por vazio de yin: dor com sensação de queimação, que melhora com o frio e com a pressão,
é o resultado do consumo excessivo dos líquidos orgânicos pelo calor excessivo.

Dor por vazio de sangue: trata-se de uma dor intensa que melhora com a pressão e é sensível ao
vento e ao frio. O típico desta dor é que cursa com transtornos de sensibilidade. A língua é pálida
sem saburra e o pulso é rápido e fino.

DOR POR ESTASE

A estase ou estancamento de ki ou xue corresponde a uma forma particular de Plenitude que


apresenta a curiosa característica de melhorar com o movimento, massagens e calor local. Agrava-
se com o repouso, quando se quer iniciar um movimento e com o frio.

Dor por estase de yang:dor aguda presente essencialmente durante grande parte da noite e que
obriga o paciente a levantar-se e iniciar rapidamente a marcha.

Dor por estase de yin:dor surda que tende a melhorar no final do dia e acompanha sensação de
inflamação, retenção de frio localizado e que quando aparece pela manhã faz com que o individuo
passe por um período de estatização.

Dor por estase de sangue:dor pulsante e paroxística “em golpe de faca” que revela uma
dissociação entre ki e xue, geralmente consecutivo a um traumatismo ou a um grande
esforço,onde o exemplo característico é o lumbago agudo.Quando a energia que mobiliza o
sangue está em vazio, esta se estanca e as dores que se seguem tomam um curso crônico e se
acompanham de transtornos circulatórios periféricos.

Dor por extase de mucosidades: a produção de fleuma, conseqüência de uma perturbação dos
metabolismos dos líquidos orgânicos pode aparecer em qualquer parte do corpo e travar a
circulação de energia.Apresenta-se como uma dor surda com sensação de peso e
distenção.
AS SÍNDROMES BI

As bi correspondem na medicina oriental às infecções reumáticas da medicina ocidental.


O ideograma Bi evoca a noção de reumatismo causando a inflamação e a insensibilidade,
sustentados sobretudo pela idéia de obstrução (capítulo LXIII de Suwen).
As síndromes bi são uma obstrução da circulação da energia e do sangue, ligada a penetração de
energias perversas que se associam em proporção variada ao vento, frio e humildade.
Patogenia:as energias perversas invadem o organismo pela deficiência da energia defensiva que
não consegue se opor à penetração desses fatores pelos poros da pele.
É desta forma que as energias perversas agridem os meridianos produzindo o fechamento, a
estagnação e a incomunicação entra ki e xue.Aparecem assim as dores musculares, articulares e
ósseas acompanhadas de inflamação.Enquanto as bi permanecem nos músculos as dores irão se
prolongar, o equilíbrio entre a energia de defesa e nutricia se romperá e assim ficará instalada a
patologia reumática.
Aspectos clínicos:para a melhor aproximação patogênica e melhor eficácia terapêutica podemos
dividir os bi em duas categorias: Bi de plenitude e Bi de vazio.

BI DE PLENITUDE

 Bi com predominância de vento ou Bi errático: o paciente curva o corpo como se uma


rajada de vento estivesse passando por ele. A mobiliddae estará diminuída, as articulações
dolorososas, com dores generalizadas, sem localização fixa. Pode aparecer calafrio e
febrícula. A saburra é delgada e branca, o pulso superficial e rápido.

 Bi com predominância de frio ou Bi doloroso: esta síndrome caracteriza-se por dor


intensa e contínua, seguindo as características do frio que são: estagnação,retração e
ataque em massa. As dores das articulações neste caso melhoram com o calor e pioram
com o frio e com a pressão.A saburra é delgada e branca, o pulso é profundo e tenso.
 Bi com predominância de umidade ou Bi fixo: quando a umidade predomina nos
meridianos, as energias se estancam e não circulam mais, pois é característica da umidade
ser viscosa, obstruir, fixar-se e ser muito difícil de eliminar. As articulações vão se
deformando progressivamente. A marcha fica muito limitada
A saburra é branca e pegajosa, o pulso é profundo.Pode aparecer nos ossos, nos músculos,
nos joelhos e pés.
 Bi com predominância de calor: duas circunstancias podem desencadear esta síndrome:
O indivíduo apresenta um calor latente e sofre subitamente um ataque de frio, ou vento
frio. Primeiramente o frio bloqueia o calor e a partir daí o ki não circula e o frio também se
transforma em calor.
A segunda circunstancia é quando existe vento, frio ou umidade já estancados nos meridianos
e transformam-se em caloer após um ataque de calor climático.
O quadro sintomático é o de um reumatismo inflamatório, cuja dor piora à palpação e à
mobilização.Pode acompanhar febrícula, sede e opressão totácica.
A saburra é amarela e o pulso rápido e tenso.

 Bi tenaz ou forte: descreve fundamentalmente a cronicidade, onde a circulação de energia


e sangue encontram-se bastante diminuídas, havendo uma estase de sangue e fleuma em
uma ou mais articulações.O sangue estancado e o fleuma se unem e se enraízam
profundamente no organismo, daí a dificuldade para elimina-los.
Depois de uma longa evolução e ataques sucessivos, as articulações tornam-se rígidas e
deformam-se, a dor é intensa e se fixa fortemente. Estas manifestações são muito sensíveis
às mudanças de temperatura, pioram muito com o frio e aliviam com o calor. No caso de
estancamento de sangue, o pulso é fino e podem aparecer manchas violáceas na língua.
Em caso de mucosidade o pulso é lento e a língua branca e pálida.

BI DE VAZIO

 Bi de vazio de ki e de xue: este quadro se pode observar durante o curso da evolução


crônica de um bi de plenitude que se transforma em vazio por esgotamento progressivo de
ki e de xue e debilidade do ki original ou ortodoxo (zhengki). Também pode ter relação
com a insuficiência dos Rins.
Depois de larga evolução sem melhora, os ossos e articulações encontram-se dolorosos,
dor de intensidade variável e que se acentua com os movimentos.Músculos e tendões
encontram-se contraturados e retraídos.Sintomas associados: astenia, palpitações, falta de
energia, transpiração espontânea, inaptencia e diarréia freqüentes. A língua é pálida , a
saburra é fina ou ausente o pulso é lento ou fino e delgado.

 Bi de vazio de yin: neste quadro a energia yin vai se debilitando e afetando os Rins e o
Fígado, especialmente depois de algum tratamento medicamentoso. A fadiga é geral,
acompanhada de dor nas articulações, tendões e músculos, contraturas e retrações.
Nervosismo, zumbidos, irritação, subida do calor e possível febrícula. Estes sintomas se
acentuam durante o dia e acalmam-se à noite e com o repouso. As fezes são duras e secas,
a boca é seca, a língua vermelha e sem saburra, o pulso débil.

 Bi de vazio de yang: é uma evolução das patologias que afetam o yang dos Rins, Fígado e
Baço. É um aspecto crônico das Bi, as articulações são dolorosas, deformadas e frias à
palpação, os músculos e tendões são atróficos. O rosto é pálido, a constituição débil, urina
abundante, fezes moles, diarréias matinais. A língua é pálida e o pulso profundo e débil.

EVOLUÇÃO DAS SÍNDROMES BI

Um dos aspectos singulares da MTC e da sua fisiologia energética é relacionar os órgão e


vísceras com as estruturas anatômicas: Fígado – tendões:
Baço – músculos;
Coração – vasos;
Pulmão – pele;
Rim – ossos.
Esta reunião acontece à nível de todas as articulações e é por aí que se inicia o conflito. Quando
alguma enfermidade se prolonga em qualquer dos tecidos pode se propagar para um órgão interno
e viça versa.
A TERAPÊUTICA DOS BI

O tratamento de uma síndrome bi deve resultar na resolução da dor,na eliminação do agente


patogênico e na prevenção das recidivas.
Podem-se considerar três fases dentro do tratamento: sintomatológica, etiológica e
preventiva.Uma conduta somente sintomatológica não é adequada já que produzirá somente uma
melhoria passageira, só a abordagem etiológica é que dará os melhores resultados.

O TRATAMENTO ACUPUNTURAL
A escolha e a combinação dos pontos revelam uma importância fundamental no tratamento.Três
tipos de pontos devem ser levados em conta: os pontos locais, os pontos distantes e os pontos
específicos.Eles serão escolhidos de acordo com a teoria dos Meridianos jingluo para: melhorar os
músculos, ativar as articulações, eliminar a dor, ativar os luo, harmonizar e regularizar o KI e
XUE e eliminar a Energia Perversa que produz a doença.

OS PONTOS LOCAIS:
São os pontos situados na proximidade do quadro doloroso.
 Articulação do ombro: IG 15, TA14, ID 10
 Omoplata: ID 11, ID 12, ID 14, B43.
 Cotovelo e braço: IG 10, IG 11, TA 10, P5, IG4.
 Mão, palma e dorso: TA5, IG10, IG5, TR4, ID4, PC7
 Cadeira: VB30, VB29.
 Articulação Lumbosacra: VG2, B30, B26, B40, B60.
 Articulação Sacroilíaca: B27, B28 e pontos ACHI dolorosos à pressão.
 Joelho: E35, E34, E36, BP9, VB34
 Tornozelo: E41, BP5, VB40, V60, R3.
 Articulação Metatarso-Falángica: BP4, V65, VB38, BP5
 Dor e inflamação da perna: B57, B58.
 Inflamação dos quatro membros: IG4, H3.
 Articulação Temporomandibular: E7, ID19, TA17, IG4.
 Coluna: B37, B40, VG26

PONTOS ASHI: são pontos dolorosos.Sua localização não é fixa, podem estar anexados ao largo
de um meridiano ou não.

PONTOS DISTANTES: são pontos situados longe da zona dolorosa, de regulação locoregional
ou geral e são determinados de acordo com a teoria dos Meridianos jingluo.

PONTOS ESPECÍFICOS: reconhecidos pela grande experiência acumulada pelos chineses


através de séculos, sua ação fisiológica está recomendada em todos os tratados de MTC.
A título de exemplo podemos citar:
 B11, ponto de reunião SHU dos ossos.
 VB34, ponto de reunião dos tendões.
 VB39, ponto de reunião da medula.
 P9, ponto de reunião dos vasos sanguíneos.
 B17, ponto de reunião do sangue.
 VC17, ponto de reunião da energia.
 VC3, ponto da bexiga, em relação ao elemento água, ao frio e ao inverno.Ele comanda o
fluxo da energia em profundidade e está ligado estreitamente a toda estrutura óssea.
 E38, ponto de comando de toda expressão gestual e motriz do ser humano, atua sobre
todas as articulações e pertencia a ação dos pontos.
 IG14, ponto de comando do ombro.
 IG12, ponto de comando do cotovelo.
 E31, ponto de comando da cadeira.
 E35, ponto de comando do joelho.

TRATAMENTO ETIOLÓGICO

Este aspecto do tratamento deve servir de ponto para restabelecer o fluxo de KI pelos
Meridianos jingluo e por sua vez tratar de eliminar as Energias Perversas responsáveis pela
enfermidade.
 Liberar o vento para o exterior nos BI com predominância de vento usando agulhas nos
pontos que o dispersam.
 Difundir o frio nos BI com predominância de frio combinando o uso de agulhas e moxas
para dispersar o frio pelo calor.
 Transformar a umidade nos BI com predominância de umidade associando os moxas e as
agulhas para fazer circular a energia.Aqui se deve recorrer as chamadas agulhas quentes.

Bi com predominância de vento:para liberar o vento devemos tratar o Sangue(Xue)através dos


pontos B17 e BP10. E pela disperção dos pontos Vento: VG16, VB20, B12, ID12, VB31, TA17.

Bi com predominância de frio:quando a presença de frio se prolonga o Yang se debilita,então é


necessário tonificar. Para dispersar o frio devemos moxar os pontos B23 e VC4.

Bi com predominância de umidade:quando a umidade se acumula no organismo as funções de


transporte e de transformação do Baço são perturbadas e não podem nutrir os quatro membros.A
puntura dos pontos E36 e Predominância de Calor(BP5) permitem dispersar a umidade.Quando
os reumatismos são sensíveis a mudanças atmosféricas é recomendado regular os Meridianos
Extraordinários pelos pontos TA5 e VB35.

Bi com predominância de calor: Quando o calor se manifesta se deve purificar o nível do


YANGMING e do DUMAI;os pontos a se utilizar devem ser:IG4, IG11, VG14, VG8, VG9,
VG11, VG12,todos estes em disperção.Um excesso de calor pode lesionar os líquidos
orgânicos,neste caso é recomendável tonificar o baço, o pulmão ou o rim de acordo com as
circunstâncias clinicas do paciente.Nos quadros mais graves deve-se reparar o sangue e eliminar
os tóxicos, os pontos BP10 e F12 permitem reparar o sangue e eliminar as toxinas acompanhadas
pela farmacopea.

Bi tenaz: neste tipo de Bi deve-se eliminar o vento, reviver o sangue, dispersar o frio e reativar a
energia ortodoxa. Estes casos são bastante difíceis e devem ser acompanhados da farmacopea.

Bi de vazio de Ki e xue: A conduta neste caso é: esquentar o sangua e tonificar o ki através da


estimulação dos pontos: VG 4, B 23, VC6, VC12, VC17.

Bi de vazio de yin: A base do tratamento é tonificar o yin do Rim e nutrir o Fígado.


TÉCNICAS E MATERIAIS DE ACUPUNTURA

A AGULHA – DESCRIÇÃO

Atualmente as agulhas mais utilizadas são as de aço inoxidável descartáveis.


É resistente, porém flexível, não quebra, é de fácil manuseio, não enferruja, resiste bem ao calor e
é mais barata.
Antigamente e até hoje em alguns lugares da China utilizam-se agulhas de ouro e prata. São muito
maleáveis, de difícil manuseio e custo alto.

ESCOLHA DAS AGULHAS


Agulhas grossas: síndromes de excesso, de calor, em indivíduos mais fortes ou obesos, em
parestesias e hemiplegias.
Agulhas finas: síndromes de deficiência, região da face, olhos, orelhas, tórax e abdômen.
Agulhas longas: utilizadas nos lugares onde há mais massa muscular.
Agulhas curtas: utilizadas em regiões onde não há massa muscular (couro cabeludo, face, tórax,
abdômen e pescoço).

EFEITOS DAS AGULHAS

Ponta: polaridade negativa


Cabo: polaridade positiva

A agulha introduzida pela acupuntura altera a polaridade do canal iniciando assim um processo de
estimulação do mesmo através da mudança de polaridade que ocorre entre as partes externa e
interna do canal. Esta mudança se deve à bomba de sódio e de potássio e canais iônicos, que
originam o estímulo para a circulação do ki nos canais de energia.

REGRAS PARA INSERÇÃO DAS AGULHAS

1. Verificar o estado das pontas das agulhas.


2. O tipo de agulha a ser utilizada, a finalidade.
3. A localização correta dos pontos.
4. Posição cômoda para o paciente.
5. Assepsia do local.
6. Paciente não deve estar alcoolizado nem alimentado em excesso.
7. Pacientes excessivamente emocionados ou cansados devem ser acalmados antes.

ÂNGULO DE INSERÇÃO DAS AGULHAS


Pode ser inserida em três posições
 Perpendicular (90º)
 Oblíquo (45º)
 Horizontal (15º a 20º)
Perpendicular: doenças ou síndromes do interior ou profundas.
Oblíquas: acupontos próximos ás vísceras- abdômen, tórax. Direcionamento da agulha- sentido
da circulação da energia.

Horizontal: Doenças que se localizam na superfície, crânio. Sentido do QI.

 Constituição física do paciente (Indivíduos, fortes e corpulentos, inserção mais profunda,


indivíduo fraco e magro inserção mais superficial);
 Idade do paciente (Crianças e idosos com constituição frágil, uso de poucas agulhas,
inserções superficiais, adultos, jovens e pacientes obesos inserção profunda);
 Característica (localização) das doenças (Doenças crônicas deve se aprofundar mais a
agulha, doenças agudas inserção mais superficial);
 Associações de pontos escolhidos (Globo ocular, vísceras - superficial);
 Intensidade da reação á agulha
 Estações do ano (Primavera e verão - inserção superficial, outono e inverno inserção
profunda);
 Picadas transfixiantes (Quanto às sensações ou reações) - associações dos pontos como a
profundidade ou o comprimento da inserção da agulha aumentam a sensação do QI.

ORDEM DA INSERÇÃO DOS PONTOS

 De cima para baixo.


 Pontos agulhados bilateralmente (simétricos).
 Se o estado da doença exige que se comece pela região inferior do corpo a ordem será de
baixo para cima.
 Primeiro no yang depois no yin.
 Primeiro à esquerda, depois à direita.
 Em nenhum caso de se agulhar um ponto aqui outro acolá (em ordem dispersa)
 A retirada deve ser feita seguindo a ordem de inserção.

“Somos mestres em picar mais ou menos profundamente, em fazer surgir o QI de mais ou menos
longe; mas em todos os casos, agiremos como se estivéssemos à beira de um abismo, como se
tivéssemos pó perto de um tigre preocupado somente com o que fazemos”.
Su Wen, capítulo 25

OBTENÇÃO DO QI/ TOU – QI

Alcance do TOU – Qi é uma sensação que possui dois aspectos:


1. Sensação apresentada pelo paciente no momento que a agulha atinge um ponto de
Acupuntura – sensação de DOR AGUDA/ PARESTESIA/ PESO, que pode ter uma
direção, isto é, seguir o trajeto do canal a qual pertence o ponto a ser utilizado;

2. Sensação de PROFUNDIDADE/ PESO – sentida pelo acupuntor. Quando estes dois


aspectos se apresentam, a eficácia da acupuntura é ótima. Então a terapêutica é eficiente
quando há sensação do TOU – Qi descrita pelo paciente. Às vezes o acupuntor sente um
vazio, é sinal de que a agulha ainda não artingiu o TOU- Qi.

CHEGADA DO Qi

 Para o profissional, a chegada do Qi manifesta-se pela tensão ou aperto em torno da


agulha.
 Para o paciente, a chegada do Qi manifesta-se pela sensação subjetiva de dor,
entorpecimento, peso, inchaço, frio, calor, etc., mesmo a sensação de Qi elétrico.

CAUSAS QUE LEVAM DETERMINADOS PACIENTES A NÃO SENTIR O TOU – Qi

1. O acupuntor não acerta o Ponto de Acupuntura: localização errada do Ponto.


2. Falta de profundidade do Ponto de Acupuntura: a agulha não foi suficientemente
aprofundada. Quando se insere a agulha deve-se aplicar a técnica “inserir/retirar” até
alcançar o TOU – Qi
3. Indivíduo com doenças crônicas têm maiores dificuldades para sentir o TOU – Qi – a
doença interfere na sensação do paciente.
4. A espessura da Agulha: quanto mais fina a agulha, maior a dificuldade de se alcançar o
TOU – Qi. Quanto mais grossa a agulha mais facilmente o alcança.

NENHUMA MANIFESTAÇÃO DA OBTEBÇÃO DO Qi


Se após a inserção da agulha, o Qi não se manifestar (maneiras para se facilitar o alcance do
Qi)

 Deixar a agulha no paciente pelo menos por 15 minutos para que se alcance o Qi
posteriormente, se realiza uma estimulação para a chegada do TOU- Qi;
 Inserir a agulha e estimular ou modificar a angulação da inserção;
 Usar agulha quente: queimar pedaços de moxa sobre o cabo da agulha.

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