Ata 2-2022
Ata 2-2022
Ata 2-2022
CÂMARA MUNICIPAL
DO
FUNDÃO
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Aos catorze dias do mês fevereiro do ano dois mil e vinte e dois, realizou-se por
videoconferência, a reunião ordinária privada da Câmara Municipal do Fundão, sob a
presidência do Senhor Presidente da Câmara, Dr. Paulo Alexandre Bernardo Fernandes, com a
participação do Senhor Vice-presidente, Dr. Luís Miguel Roque Tarouca Duarte Gavinhos e dos
Senhores Vereadores, Dra. Joana Morgadinho Bento, Dra. Maria Alcina Domingues Cerdeira,
Dr. Pedro Manuel Figueiredo Neto, Prof. Sérgio Miguel Cardoso Mendes e Dra. Ana Paula
Coelho Duarte.
A reunião foi secretariada pela Dra. Maria Isabel Carvalho Campos, Diretora do
Departamento de Administração e Finanças.
Seguidamente, o Senhor Presidente da Câmara deu início aos trabalhos da presente
reunião, com a seguinte Ordem de Trabalhos:
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5 – INFORMAÇÕES:
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muito bem, qual é que seria o caminho a que isso ia levar, de todas as maneiras, o município
considerou que se devia posicionar, alertando, que em termos de prospeção, considerámos e
assim o referimos, que daríamos parecer negativo, sempre e quando, a prospeção de lítio fosse
feita, num conjunto de situações variadíssimas, que vão, desde os aglomerados urbanos e rurais,
às questões do património, natural, histórico e arqueológico, às questões das servidões do
domínio hídrico, proximidade de ribeiras, rios, tudo o que tenha a ver com a gestão da rede
hídrica, assim como outro tipo de servidões, sendo que, relativamente a outro tipo de servidões,
explicitámos de forma clara e objetiva, que também não aceitaríamos, ou seja, daríamos parecer
negativo, caso houvesse vontade de fazer prospeção em lugares que coincidissem com o
Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira, assim como a zona prevista para o Regadio a
Sul da Gardunha, ou seja, os aproveitamentos hidroagrícolas já existentes e os futuros. Assim o
escrevemos, e várias vezes os enviámos, porque, na prática utilizámos a mesma resposta várias
vezes, para aquilo que eram os diferentes polígonos que nos iam sendo propostos. A questão na
altura, de uma coincidência, para nós não tolerável do ponto de vista do que são os valores, e
que, no nosso entender, não pode ser compatível, porque tem incompatibilidade,
nomeadamente com a zona dos regadios, que é aquela que talvez ao dia de hoje ainda mais
pondera, relativamente àquilo que foi esta última semana e que tinha duas questões associadas.
Uma muito óbvia, apesar de me recordar que na altura o nosso Departamento Urbanístico,
quando estava a fazer o parecer, na primeira proposta esta questão do regadio não estava lá,
porque, de facto, parecia muito difícil fazer a prospeção e, eventualmente, fazer uma mina no
meio de um regadio, no entanto achei por bem incluir esta questão nesse parecer, porque é
verdade que é uma servidão preexistente, mas estamos aqui a falar de uma coisa que, em termos
jurídicos, é complexa, há questões e há bens aqui, que têm a ver com servidões com o nosso
território que aqui chocam, a servidão que se cria ligada a uma exploração mineira, porque
também não é só um direito, pode ser entendido como uma servidão, ou seja, o quê é que se
pode vir a fazer no futuro, dentro de uma zona que fica como possível para uma prospeção que
vai durar pelo menos 6 anos, a experiência que tivemos com a Serra da Argemela, até é um
pouco traumática, um processo que basicamente demorou cerca de 7 anos até se concluir,
depois para uma passagem para uma exploração, são muitos anos, de facto, e não sei se estes
polígonos não só representam uma oportunidade, do ponto de vista do concurso que possa
concluir uma prospeção e, eventualmente, uma exploração, mas não sei se no futuro eles
próprios não serão entendidos como mais uma camada, do ponto de vista de uma servidão, ou
seja, pelo facto de estarmos dentro de um polígono de prospeção, também há outras atividades,
ou outras questões que possam vir a ser condicionadas por esse efeito. Por isso, quando há estas
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colisões administrativas do uso do solo, o melhor é dizê-las e expressá-las logo à partida, apesar
de que parecia um pouco irreal que uma situação dessas se colocasse, até porque estamos a falar
de áreas que são muito relevantes em termos de produção agrícola. No caso do Fundão, aquilo
que foi a decisão final, e estou a dizer decisão final, deixando aqui umas reticências, mas ao dia
de hoje, o que posso dizer é que está perto de uma decisão final, depois já partilho o que
aconteceu na reunião com o Senhor Ministro, era, de facto, uma questão que nos parecia muito
difícil que acontecesse, mas aconteceu no nosso concelho. Cerca de 1.400 hectares estão
diretamente conectados com a área do perímetro de rega, poderão estar mais 800 hectares
denominados de zonas contíguas ou perímetros de rega que também estão a ser irrigadas, ou
seja, no concelho do Fundão estamos a falar em cerca de 2 mil hectares que diretamente têm
conexão com o perímetro de rega, do lado da Covilhã, serão mais de 1.500 hectares, por isso,
estamos a falar em cerca de 3.500 hectares no perímetro de rega e do lado de Belmonte,
provavelmente, também podem estar em causa 500 hectares, uma vez que coincidem com a
zona de intervenção que faz parte do perímetro de rega de forma direta ou de forma
complementar, a partir do que é o regulamento que o perímetro de rega tem, ou seja, estamos a
falar em cerca de 12 mil hectares que podem ter um perímetro de rega em toda a sua extensão.
Podemos estar aqui a falar nos três concelhos, em cerca de 30% do perímetro de rega, que aqui
pode estar em causa ou pode ter este choque com o possível aproveitamento mineiro desta zona.
No Fundão são 84km2, sendo que a zona mais sensível, ou seja, a zona que supostamente tem os
filões ou possíveis filões de lítio e outros minerais, é uma zona que tem cerca de 20km2 e que se
situa na zona que faz fronteira entre o Fundão, Covilhã e Belmonte, a norte do Fundão. Isto para
referir que parecia relativamente simples para a nossa parte, que se pudesse fazer de imediato
aquilo que poderia ser uma redução das áreas, nomeadamente entre o Fundão e a Covilhã e que
as questões, salvaguardando todos os outros interesses, nomeadamente a proximidade dos
aglomerados urbanos que foi um dos problemas principais que mais sentimos, relativamente à
questão da Argemela, um dos seus problemas principais, não o único, e as questões das linhas
de água, porque o que pretendíamos era também afastar qualquer exploração da Ribeira da
Meimoa ou Rio Zêzere, porque em determinado momento estamos novamente na proximidade
do Rio Zêzere, uma vez que pretenderam esticar para o vale do nosso lado até à Ribeira da
Meimoa que é um afluente do Rio Zêzere. Salvaguardado e retirando essa parte que já falámos,
está mesmo encostada ao regadio e salvaguardando as outras servidões e patrimónios que têm
essa componente da serra, em termos de prospeção, podíamos eventualmente ter aqui uma
outra leitura da questão. O que é certo, é que o Senhor Ministro quando o confrontámos com
isto, depois de uma posição conjunta que assumimos no âmbito da CIMBSE – Comunidade
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Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, visto que ficámos muito surpreendidos com os
locais onde acabou por ficar esse mapa, digo esse mapa, porque apesar de termos pedido, e pedi,
de forma veemente na reunião com o Senhor Ministro, e, até ao dia de hoje não fomos
notificados de qual é o mapa, a informação que temos de alguns mapas, mesmo depois da
reunião com o Senhor Ministro, foi através da comunicação social e fomos todos, por livre
iniciativa, à página da Direção-Geral de Energia e Geologia perceber quais é que eram os mapas,
porém ainda não fomos notificados relativamente ao que é o mapa final. Solicitámos ao Senhor
Ministro que fosse alterado o nosso mapa, que fosse retirado tudo aquilo ao qual demos parecer
negativo e fizemos uma pergunta complementar, bem como uma sugestão. A pergunta
complementar foi, se este processo já se encontra ao abrigo da nova Lei das Minas e, como tal,
se os pareceres, se a nossa pronúncia que agora iríamos dar com aquilo que é uma geometria
que iria ser lançada pelo Governo, em termos de concessões, se iria ser vinculativa e, se no
futuro, todas as pronúncias que fizermos, irão ter caráter vinculativo. O Senhor Ministro um dos
argumentos que utilizou várias vezes, foi que iríamos receber, na melhor das hipóteses, cerca de
100 mil euros para quem ficasse com minas, em termos de royalties anuais, referindo também,
que no concurso ia ficar a questão da fileira, e que quem concorresse à prospeção e exploração,
também tinha que referir que iria, no final, produzir componentes com lítio. Relativamente a
essa questão, referi e fui claro, que o Senhor Ministro não pode por decreto dizer onde fica uma
coisa ou outra, mas para as regiões de baixa densidade era importante que ficasse alguma
valorização, do ponto de vista do concurso que vai começar a decorrer e que se verificasse uma
diferenciação positiva, em termos de valorização de mérito das propostas, em parte associadas
aos produtos da cadeia de valor da região. Não num município em concreto, mas dentro da
baixa densidade, naquilo que são estes territórios associados à prospeção e que aí, em termos de
financiamentos comunitários, essa questão também fosse diferenciadora para a região. A nossa
interação, assim como a dos outros municípios, foi relativamente objetiva, no nosso caso demos
parecer negativo, fomos coerentes com o parecer que demos, que é inadmissível esta questão do
aproveitamento hidroagrícola da Cova da Beira, assim como questões que referi em termos do
processo mais administrativo e a última, porque o Senhor Ministro fez questão de estar sempre
a referenciar as vantagens da exploração do lítio para os nossos territórios, sobretudo, que a
questão da cadeia do lítio fosse colocada. A resposta do Senhor Ministro foi muito clara e muito
objetiva, relativamente aos aspetos que referi. Relativamente à primeira e segunda questão,
referiu que os nossos pareceres não eram vinculativos, referiu expressamente que aprendeu uma
grande lição com aquilo que aconteceu em Lisboa com o aeroporto, deu esse exemplo e, como
tal, os pareceres dos municípios não tinham qualquer caráter vinculativo, porque tudo o que
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tem a ver com o subsolo é determinado pelo Estado português, é tutela do Estado português e,
como tal, os municípios não têm nada que pensar que os seus pareceres possam ter caráter
vinculativo. Relativamente às questões associadas às diferenciações de fileira, o Senhor Ministro
também foi claro que considera que essas questões extravasam aquilo que são as competências
na perspetiva de que o Governo não se deve imiscuir nestas questões, deixando àquilo que é a
iniciativa privada, nomeadamente os concorrentes decidirem essas questões. Relativamente ao
mapa em si, parece óbvio que o Senhor Ministro não tem intenções de mudar nada acerca do
mapa. Não obstante a posição do Senhor Ministro, a CIMBSE tomou posições que nos próximos
dias nos parecem difíceis de não terem consequências, neste momento, há questões de análise
do processo legislativo, ou seja, a Lei das Minas, questões associadas ao processo administrativo
que o Estado vai agora lançar relativamente à prospeção, em termos do que é a vinculação ou
não de pareceres que iremos dar, o que me parece claro e óbvio, é que há um posição aparente
do Senhor Ministro em termos formais, de que este assunto não se aplica ainda à nova Lei das
Minas, apesar de estarmos a falar, neste caso, do ato que vai servir de lançamento de uma nova
prospeção, referindo novamente que os municípios não iriam dar parecer, apesar de o mapa não
ser o mesmo, ou seja, os municípios nunca se pronunciaram em concreto sobre esta geometria
final. O certo, é que o Senhor Ministro acha que essa questão já não carece de novo
posicionamento por parte dos municípios, questão esta que também está a ser analisada
juridicamente no âmbito da CIMBSE, porque achamos que vamos ter mais força se estivermos
de forma coletiva e há questões jurídicas que estão a ser equacionadas, que podem passar até
por ações preventivas imediatas, para tentar travar este assunto, no caso da efetivação do
lançamento deste concurso”.
Prosseguindo a sua intervenção, o Senhor Presidente referiu ainda, que achava impossível
que a Direção-Geral de Energia e Geologia não notificasse os municípios, relativamente àquilo
que possa ser o mapa final. “Contudo, o município irá aguardar, caso contrário, iremos reenviar
aquilo que foi a nossa pronúncia, já com aquilo que é o mapa que também mostrámos na
reunião de quarta-feira, onde estão representadas as áreas de colisão no caso do Fundão,
relativamente ao aproveitamento hidroagrícola da Cova da Beira”. Continuando, deu igualmente
conta de um aspeto que partilhou na sua intervenção com o Senhor Ministro do Ambiente.
“Referenciei que o setor agrícola de primeira e de segunda transformação, aqui na Cova da
Beira, vale por ano mais de 100 milhões de euros, isto, apenas para explicarmos a quem não
conheça tão bem aqui o nosso território, que nós somos um território mineiro em todas as suas
consequências boas e menos boas, mas neste momento talvez a nossa mina mais importante
seja, de facto, o setor agrícola e agroindustrial”. Seguidamente, o Senhor Presidente referiu que
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uma das últimas esperanças que tinha para este processo era que “o estudo de impacto
ambiental com a Argemela, possa, no limite, até reprovar essa exploração, mas penso que
ninguém dos que aqui estamos nesta nossa reunião tem certezas que isso vá acontecer e,
provavelmente, até temos alguma sensação de que vai acontecer exatamente o contrário, que vai
aparecer um impacto ambiental favorável, condicionado a um conjunto de questões que o
próprio promotor disse que as vai fazer e nós vamos, seguramente, contestar isso”.
Relativamente às casas e aos aglomerados, o Senhor Presidente referiu que “no caso dos
aglomerados urbanos, foi referido que a distância mínima que tem que ser salvaguardada é de
500 metros lineares e relativamente a esses 500 metros, também dizer que nalgumas
circunstâncias poderão ser mais ao menos pacíficos, noutras não, depende muito do que é a
linha visual, das infraestruturas por onde passa, eventualmente, uma exploração mineira,
questões mais uma vez que se prendam com questões aquíferas e de ruído, ou seja, questões que
com 500 metros lineares podem não estar totalmente resolvidas e, como tal, quer eu, quer os
meus colegas, manifestámos preocupações sobre isso, dado que a zona aqui da Cova da Beira,
como sabem, é uma área rural muito viva, com muitas habitações, habitações de agricultores, ou
seja, não é propriamente uma zona de grande superfície em que nada está construído, é uma
zona com uma dispersão de habitações muito relevante”.
Concluiu a sua intervenção, informando que iria ser pedida uma audiência ao Senhor
Presidente da República, para que este possa interceder numa fase em que o Governo está em
transição.
Usou da palavra o Senhor Vice-presidente. “Sobre este assunto, no fundo para reforçar a
linha de raciocínio que o Senhor Presidente aqui trouxe, só recordar que esse processo, como foi
referido, da Argemela, foi tornado público a entrega da exploração logo após as eleições e agora
foi exatamente a mesma coisa, ou seja, foi logo a seguir às eleições do dia 30 de janeiro, que
ficámos a saber que tinha sido publicada uma Lei que tinha sido aprovada em novembro de
2021, mas que entrava em vigor a partir de fevereiro deste preciso ano e, por isso, queria só
referir aqui, de facto, a opacidade deste processo, a forma como têm sido tratados todos os
intervenientes, porque ficamos exatamente com essa sensação, que há aqui uma grande
hipocrisia na forma como foi gerido este processo e, se calhar, ficou claro a forma muito
entusiasta e alegre com que o Ministro e o Secretário de Estado estavam na noite eleitoral, no
Hotel Altis, porque, de facto, nem sequer percebemos o que é que foi tornado público, não
sabemos se foi o lançamento da prospeção, se foi feito o despacho para o lançamento da
prospeção, se foi lançado o concurso público, não sabemos o que é que foi feito, porque também
ficamos na dúvida se, de facto, a consulta pública que foi feita no ano de 2019, já tinha a ver com
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a pronúncia sobre algo que já estaria a decorrer e, por isso, essa é, de facto, uma questão muito
importante que precisamos de saber, até para nos defendermos, porque a Lei tem prazos para a
pronúncia dos municípios e todas as servidões que estão no território e, por isso, acho que
aquilo que neste momento está a faltar, acima de tudo, é um sinal de transparência e de partilha
de informação, que nós não temos e, por isso, eu pedia, de facto, a quem pode ter maior
influência, que é o Partido Socialista, estamos a falar de uma decisão que é unilateral da parte do
Partido Socialista, aquilo que queremos fazer, não é nenhuma barreira para que se explore lítio
no nosso país, mas para que sejam salvaguardadas questões, que são questões ambientais, que
são áreas de exploração agrícola prioritária no nosso país e aqui, não estamos a falar em
particular do caso do concelho do Fundão, mas são áreas também que têm relevância
patrimonial e, por isso, aquilo que nós fazemos aqui também, é pedir aos interlocutores do
Partido Socialista para que intervenham, defendendo os interesses do concelho do Fundão, que
é aquilo que neste momento se está a exigir”.
Usou da palavra a Senhora Vereadora Dra. Joana Bento.
Iniciou a sua intervenção cumprimentando todos os presentes. Relativamente ao tema lítio,
referiu o seguinte: “não é novo para mim, não é novo para nós, infelizmente, deparamo-nos com
este processo há muito tempo, a questão da Argemela desde 2011, e aqui gostava de dizer
também ao Senhor Vice-presidente, que gostava que ele tivesse tido essa vontade de pugnar por
maior transparência, por maior acesso aos processos em 2011, quando a Câmara Municipal do
Fundão foi notificada no âmbito da prospeção e pesquisa, e a verdade, é que nenhum cidadão do
concelho do Fundão, nem daquelas freguesias, souberam da prospeção e pesquisa, só souberam
em 2017 aquando do pedido de exploração. Isso é, de facto, uma marca que fica de todos,
porque a transparência no processo de exploração mineira, quer na prospeção e pesquisa e
depois na concessão, a falta de transparência, de facto, é uma marca que vem desde 2011 e estou
certa de que, se em 2011 o processo Argemela fosse nos termos da nova Lei, seria diferente.
Ainda que eu defenda que a Lei nova dita assim, tem vícios, tem problemas que não se
resolveram, mas também não sou e não tenho tiques de altivez, também consigo encontrar
alguns avanços importantes, nomeadamente, na transparência e na participação pública dos
cidadãos. Em relação à prospeção e pesquisa no concelho do Fundão, gostávamos muito de ter
acesso àquilo que foi a pronúncia feita pelo município do Fundão, relativamente aquela área em
concreto. Também gostava muito, que o Senhor Presidente partilhasse as sebentas sobre a
venda do lítio a que teve acesso na reunião com o Senhor Ministro, pode ser que consigamos
perceber o que o Senhor Ministro já percebeu, qual é que é a diferença substancial, entre uma
pedreira e uma mina, porque a dada altura, ele não sabia a diferença entre uma mina a céu
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aberto e uma pedreira, nomeadamente, uma mina a céu aberto para explorar minerais como o
lítio. Isto não é segredo, já lho disse e felicitei-o por ele, passados largos meses, ter conseguido
perceber qual é que era a diferença entre uma mina e uma pedreira, que não é exatamente a
mesma coisa. Da minha parte e da nossa parte, em relação à Argemela, acho que dúvidas não
restam quanto à posição dos vereadores, dúvidas não restam em relação à posição da Vereadora
Joana Bento, em relação à Serra da Argemela, que assinei e participei em tudo o que podia em
relação a essa matéria, nomeadamente fazendo parte e integrando o GPSA – Grupo Pela
Preservação da Serra da Argemela, não há nada de novo que me diga e me demonstre a bondade
do projeto na Serra da Argemela. Este fim-de-semana e esta semana, pelos vistos, houve vários
movimentos no Barco já para arrendamento de casas, para escritórios, uma série de situações,
no fundo pequenos doces às pessoas, de forma que aceitem e vejam a bondade do projeto. A
verdade é que ainda não consegui ver bondade nenhuma e há muito para fazer em relação à
Serra da Argemela e isso, dúvidas não restam, que sou contra a exploração na Serra da
Argemela, nos termos em que estão propostos. A Joana Bento não é contra a exploração
mineira, nem podia ser, seria contra a minha essência e até contra o meu passado, quando toda
a minha família paterna foi mineira nas Minas da Panasqueira, inclusive o meu pai, mas percebo
que qualquer exploração a todo o custo não vale a pena e espero, que a prospeção e pesquisa que
é um momento fulcral, o posicionamento dos municípios, coisa que não foi feita na Serra da
Argemela em 2011, quer da parte do município do Fundão e da Covilhã, quer em termos das
juntas de freguesia, que nada souberam em relação a essa matéria, ao contrário dos municípios.
É um momento essencial, para percebermos qual a bondade daquela prospeção e pesquisa,
sabendo que a prospeção e pesquisa é meio caminho andado para que os territórios fiquem
atados e onerados com várias questões e, portanto, aquilo que pedimos é o cabal esclarecimento,
aquilo a que também tive acesso, também o Senhor Presidente, está na Direção-Geral de
Energia e Geologia, é outro tique do Estado central, é mandar as pessoas ao site, neste caso da
Direção-Geral de Energia e Geologia consultar os processos a que lhe dizem respeito, quando
acho que não é assim, também entendo que é impossível vir à porta de cada um de nós, dizer
truz-truz, tem lítio à sua porta, a verdade é essa, mas, hoje em dia há meios, capazes e cabais de
esclarecer as pessoas e cá estaremos. Gostaria muito de perceber esses mapas que, no fundo
sobrepõem às áreas que devemos, e bem, proteger, gostava muito, se o Senhor Presidente me
soubesse dizer, qual é que foi a resposta que o Senhor Ministro lhe deu em relação à sua
pergunta, se estamos ou não ao abrigo da nova Lei das Minas”.
O Senhor Presidente respondeu à pergunta da Senhora Vereadora Dra. Joana Bento
dizendo que o Senhor Ministro tinha referido que os pareceres dos municípios já não seriam
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vinculativos. Continuando a sua intervenção, disse que iria “aguardar até amanhã para reenviar
o parecer de 2019 que enviámos, agora já com o resultado final. Só para também referir uma
coisa que me parece óbvia, pronunciámo-nos por 6 ou 7 perímetros possíveis de exploração e
prospeção, sobre esta geometria aqui em concreto, creio que nunca nos pronunciámos, ou seja,
houve aqui uma geometria ou um perímetro que apareceu na comunicação social e está no site
da DGEG, que, segundo o Senhor Ministro referenciou, é o que vai agora para o concurso de
prospeção e possível exploração, esse perímetro, estive a fazer uma análise técnica e pareceu-me
que não era coincidente com nenhum sobre os quais já tivéssemos dado parecer”.
A Senhora Vereadora Dra. Joana Bento interveio e referiu. “Aí, seria numa atitude de
abertura e participação, decorrente daquilo que foi a avaliação estratégica que os municípios,
face à redução das áreas ou a alteração das mesmas, que houvesse um período de abertura e
pronúncia”.
Usou novamente da palavra o Senhor Presidente, para referir que tinha apresentado este
argumento ao Senhor Ministro.
A Senhora Vereadora Dra. Joana Bento usou novamente da palavra para referir o seguinte:
“gostava que a questão deste concurso em concreto fosse vista como aquilo que ficou na nova
Lei, em relação a pedidos particulares. Imaginem, se hoje fosse feito um pedido na Serra da
Argemela, o PAN fazia o pedido, o parecer do município do Fundão era vinculativo, porque, e
bem, no preâmbulo da Lei dizem que os territórios é que devem definir a sua estratégia, gostava
muito que desse preâmbulo também saísse o argumento, neste caso para a prospeção e pesquisa
deste concurso que está a ser feito, porque ninguém melhor que os territórios, melhor que as
autarquias locais, melhor que as suas pessoas e todos os seus intervenientes, sabem aquilo que é
a melhor estratégia para o seu território, portanto, gostava muito que esse argumento que serve
para o requerente, dito, privado, e não o Estado, ainda que eu perceba que seja a única coisa a
que ele se possa agarrar, em termos constitucionais, porque depois falha tudo o resto, gostava
muito que essa forma de se olhar para as autarquias, se relevasse em todos os processos, e não
somente, na questão dos particulares. Dito isto, acho que dúvidas não restam quanto àquilo que
é o posicionamento dos vereadores do Partido Socialista, acho que era importante e gostava
muito também, de dar nota disto, que aquilo que se levantou em relação aos movimentos e às
posições que foram tomadas, em relação à prospeção e pesquisa, tivessem sido feitas naquilo
que foi a luta de mais de 10 anos na Serra da Argemela, em que muitas vezes, tirando as
autarquias locais, juntas de freguesia, câmaras municipais e grupos de cidadãos, tiveram
sozinhos nessa luta. Acho que esta questão da prospeção e pesquisa abre uma porta para aquilo
que é o cabal esclarecimento daquilo que é o impacto de uma mina a céu aberto, de uma mina
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numa prospeção e pesquisa, os reais impactos sobre a questão do regadio, os reais impactos na
questão do Rio Zêzere e sim, é possível proteger o Rio Zêzere e somos e devemos ser os garantes
dessa proteção e, portanto, temos aqui mais um ónus neste nosso mandato e espero que o
consigamos fazer em termos de autarquia que tem os meios ao seu dispor, quer jurídicos, quer
políticos, para o efeito, e contam, naturalmente, com a minha solidariedade, porque de
momento, quer num, quer no outro, não vejo a bondade do projeto, não vejo o que traz de bom
para o território e é preciso salvaguardar o nosso território e quais são os nossos interesses e a
nossa estratégia e parece-me, que naquele local a estratégia que se impôs, colide com muitas que
já estão no território e que podem ser mais determinantes e que tem, efetivamente, impacto do
que aquela que a prospeção e pesquisa e futura exploração nos pode trazer. Porque percebemos
que o passivo e os passivos ambientais e a forma de exploração, sabemos que não está assim tão
diferente ambientalmente, às vezes são mais as vozes do que as nozes e, portanto, é esse o
garante que nós devemos fazer”.
Usou novamente da palavra o Senhor Presidente, para deixar algumas notas relativamente
à transferência de competências na área da educação que o município irá receber, a partir de 1
de abril. “Fizemos uma pré-reunião há algum tempo e na quarta-feira passada, tivemos a
primeira reunião de acompanhamento já com todas as entidades, o Estado a partir da
Coordenação Regional, antiga Direção Regional de Educação do Centro, os agrupamentos e da
parte da Câmara Municipal do Fundão, eu e a Senhora Vereadora Dra. Alcina Cerdeira, assim
como, as nossas chefias que têm uma relação mais direta com esta questão. A transferência vai
acontecer, tirámos algumas dúvidas, outras ainda não, mas vamos esperar que com o contrato
final ainda se possam resolver algumas questões. Como sabem, não aceitámos esta competência,
ela vem em final de linha e não aceitámos porque havia um diferencial muito grande em termos
da competência e recursos financeiros. Esse diferencial persiste, sendo que nalgum aspeto
houve algumas coisas que melhoraram, nomeadamente no défice associado aos assistentes
operacionais, com o concurso que houve no ano passado, houve um conjunto de assistentes
operacionais que entraram nos quadros dos nossos agrupamentos, por isso, houve aí uma
redução dessa questão, outras questões continuam com bastante défice, os transportes especiais
agora também passam para o nosso lado a partir do segundo, terceiro ciclo e secundário e
algumas questões que possam ter a ver com a alimentação. Espero que essa questão, a que
ninguém me conseguiu responder, que é se o concurso que lançarmos, por exemplo, para a
gestão de cantinas, ou se fizermos por gestão direta, ou seja, qualquer que seja o modelo que
fizermos, em que o valor da refeição possa fica num valor superior, se o Estado nos paga ou não
esse valor, até ao limite que está na Lei. A Lei refere 2,50 euros por criança, hoje, nas cantinas,
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com estes concursos deve rondar 1,70 euros, ou seja, esse diferencial ainda é muito significativo.
Isso não me foi respondido, por isso, há aqui alguns aspetos, se é um valor global, se nesse valor
global todos os valores são tomados como máximos fechados a 2018, exceto a parte do pessoal
que foi atualizada a dezembro de 2021, mas ficam algumas coisas ainda no ar e esperamos que
até lá as coisas se resolvam, também com os agrupamentos, metodologias e circuitos
financeiros. Em relação ao número de funcionários, ainda estamos a apurar, mas poderão ser
cerca de 150, entre assistentes técnicos e assistentes operacionais, neste momento, temos no
quadro da câmara cerca de 290 funcionários, mais de metade, em termos de quadro, que sobra
para o nosso município. Há questões que também estivemos a ver, relacionadas com a ADSE, os
direitos, o que é concedido, o que é que fica no agrupamento, o que é que fica na câmara, quem
decide, se o Diretor do agrupamento, se a Câmara Municipal, porque, para além da boa relação
que temos, é preciso que essas questões também estejam sempre salvaguardadas, até por
questões de perceção de toda a gente e da comunidade escolar que, como sabem, a escola
também tem os seus sistemas democráticos de atuação, os seus conselhos gerais, onde o
município também faz parte. Por isso, a circunstância é esta, vai promover algum défice
seguramente no município, mas procuraremos reduzir esses impactos negativos e fomentar
aquilo que possam ser os impactos positivos, nomeadamente, aquilo que é uma gestão de maior
proximidade e um reforço da capacidade de decisão a nível local, que pode eventualmente ser
representativa do melhoramento da resposta às questões que diariamente se colocam nos
nossos dois agrupamentos, a partir do primeiro ciclo. Vai haver uma segunda e última reunião
da estrutura de acompanhamento, irá estar em cima da mesa aquilo que é a minuta do contrato
de cedência da competência, que tem anexos determinados por Decreto-Lei. São estes os
termos, temos a Assembleia Municipal no final de fevereiro e, provavelmente, iremos ratificar,
porque não vamos ter o contrato, nem uma minuta de contrato enviada pelo Estado, de tal
forma que vamos ter que ratificar depois na Assembleia Municipal de abril, aquilo que possam
ser alguns documentos contratuais que tenham que vir à reunião de câmara e, eventualmente à
Assembleia Municipal”.
A Senhora Vereadora Dra. Alcina Cerdeira usou da palavra, para referir que nas reuniões
que decorreram, não tinha havido qualquer referência a nenhum contrato assinado entre as
partes, e que apenas tinha sido referida uma alteração da titularidade dos edifícios que iriam ser
transferidos para o município do Fundão.
Interveio a Diretora do Departamento de Administração e Finanças, para referir o seguinte:
“Vamos avaliar esta questão. Existe uma relação dos recursos humanos que vão ser transferidos
para o município, que foi a relação também que nos enviaram, não me parece que estejam
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publicados os valores a transferir para aqueles itens dos orçamentos da parte da educação. Não
me parece que haja um contrato assinado pelas partes, no fundo já é uma determinação do
Ministério da Educação, em ser transferido isto desta forma”.
O Senhor Presidente pediu que esta situação fosse verificada, ao que a Diretora do
Departamento de Administração e Finanças respondeu que o iria fazer e posteriormente iria
enviar essa informação para todo o executivo.
Usou novamente da palavra a Senhora Vereadora Dra. Alcina Cerdeira, para referir que na
primeira reunião tinha já sido formada uma comissão de acompanhamento, a partir da qual irão
decorrer várias reuniões para que esta transição seja feita de forma gradual e mais segura,
constituída pela Delegada Regional de Educação do Centro, os Diretores dos Agrupamentos e
alguns técnicos, e que antes de abril teria lugar uma reunião com o novo Conselho Municipal de
Educação.
O Senhor Presidente interveio para referir que relativamente à transferência de
competências na área da saúde, ainda não havia qualquer tipo de informação.
Usou da palavra o Senhor Vereador Prof. Sérgio Mendes.
Iniciou a sua intervenção cumprimentando todos os presentes e colocou uma questão: “foi
destruído um passeio que liga a rotunda que está entre o Lidl, o Modelo e a Variante, porque
neste local está a decorrer uma obra, e pergunto se já fizeram alguma fiscalização, a fim se
apurarem responsabilidades, porque os acidentes acontecem, e esta situação já se arrasta há
algumas semanas”.
O Senhor Vice-presidente interveio e referiu que já tinham entrado em contato com o
proprietário para que fosse feita a reparação. Fez também um pequeno ponto de situação da
pandemia Covid-19, no concelho do Fundão: “finalmente, estamos a baixar, estamos com 600
casos ativos e 5.150 casos por 100 mil habitantes, supostamente, a curva está a diminuir, e
também, de uma forma geral, diminuímos muito o número de testes. Não sabemos se há alguma
correlação com isso, mas, provavelmente haverá”.
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«Fluxos de caixa», o saldo de gerência da execução orçamental pode ser incorporado, por
recurso a uma revisão orçamental, antes da aprovação dos documentos de prestação de contas.
Em 31 de janeiro de 2022 foram aprovados os Fluxos de Caixa pelo Órgão Executivo. O saldo
orçamental apurado a 31/12/2021 é o valor de 1.487.381,66, em que parte deste valor
(853.627,03) corresponde a receita consignada e já foi incorporada por via de alteração
orçamental nos termos do nº 6 do art.º 40º da Lei nº 73/2013 de 3 de setembro. Propõe-se um
aumento global do orçamento pelo montante de 633.754,63 reforçando as rubricas que se
apresentam deficitárias e introduzindo a classificação de receita 160101 “saldo da gerência
anterior na posse do serviço”. Junto anexo alteração orçamental bem como proposta de revisão
orçamental. Sendo esta proposta aprovada deverá submeter-se a presente revisão orçamental à
Câmara e posteriormente à Assembleia Municipal.”
A Câmara Municipal, em reunião realizada por videoconferência, tomou conhecimento e
deliberou, por unanimidade e em minuta, aprovar a proposta apresentada. (n.º 1 do art.º 5.º da
Lei n.º 1-A/2020, de 19 de Março) - (Aprovação da 1.ª Revisão Orçamental de 2022)
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Fundo Fixo Alterado: Gabinete da Vereadora, Dr.ª Alcina Cerdeira para as seguintes
rubricas de despesa, cuja responsável pelo manuseamento e reposição será a secretária, Dr.ª
Elisabete Mateus Ivo, seguem os valores distribuídos pelas seguintes rubricas orçamentais:
Classificação Montante
Descrição
Orçamental Mensal
02-02010202 Gasóleo 400,00€
02-020105 Alimentação – Refeições 300,00€
Conf.
02-020121 Outros Bens 250,00€
02-020203 Conservação de Bens 100,00€
02-020225 Outros Serviços 250,00€
02-020106 Alimentação - Géneros 300,00€
02-020106 Gop 2020/1 Alimentação - Géneros 1.400,00€
5
02-020121 Gop 2020/1 Outros Bens 400,00€
4
02-02010299 Outros 100.00€
Novos Fundos Fixos: Área de Gestão e Programação Cultural, para as seguintes rubricas de
despesa, cuja responsável pelo manuseamento e reposição será a Chefe de Área, em regime de
substituição, Dr.ª Catarina Correia:
Classificação Montante
Descrição
Orçamental Mensal
02-020121 Outros Bens 100,00€
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Usou da palavra o Senhor Vice-presidente. “Isto é uma atualização nos termos da Lei, nos
termos do contrato de concessão, e voltamos a ter, como tivemos nos últimos anos, um parecer
da ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos que faz referência às
inconformidades, daquilo que é a nossa estrutura tarifária, em particular no caso do tarifário
relacionado com as entidades públicas, onde se inclui a câmara e o tarifário social. Entendemos
que no contrato de concessão ficou claro que iríamos aplicar os descontos do cartão social, o
regulamento do cartão social e a forma como ele se aplicava no tarifário faz parte integrante do
contrato de concessão, por isso, não reconhecemos esta desconformidade com o contrato e, por
esta razão trazemos aqui essa proposta que, no fundo, tem esta alteração relativamente ao
tarifário e que é aplicado às entidades públicas, em particular ao município, que é muito
vantajosa com a atual estrutura tarifária do que com aquela que estava no contrato inicial.
Portanto, pagamos a água ao segundo escalão e pagaríamos conforme tinha sido aprovado a
estrutura tarifária no contrato inicial, ao preço doméstico, ou seja, teríamos uma fatura enorme
se estivéssemos a suportar, segundo o tarifário inicial e depois não podemos, obviamente, deixar
de aplicar aquilo que foi o nosso compromisso na área social, que era a aplicação de 50% dos
consumos e das famílias numerosas que, no fundo, é aquilo que nos aparece como desconforme
no parecer da ERSAR e, por isso, não sendo vinculativo, trazemos novamente a proposta que, no
fundo, foi aplicada a fórmula através do índice de preços, nos termos daquilo que está definido
no contrato de concessão. Estamos a falar de um aumento de 3% da água e do saneamento e que
foi remetido para a ERSAR, e que tem que ser a entidade concedente a ter que aprovar aqui.
Tem a anuência total e a proposta inicial é, de resto a Aquafundalia e que, depois deste parecer
da ERSAR, que é obrigatório termos o parecer, temos que o aprovar em reunião de câmara que é
aquilo que estamos aqui a fazer”.
A Senhora Vereadora Dra. Joana Bento interveio e referiu: “relativamente a este ponto, não
é novidade, nós vamos discordar na questão do parecer e isso tem sido um ponto de não
concordância nos últimos anos. O parecer fala de irregularidades, já falámos sobre essa questão
e não mudamos a nossa posição. Portanto, uma questão de coerência, mantemos a questão
sempre em relação a essa matéria, ainda que defendamos que, quer a questão social, quer as
famílias numerosas, têm que ter apoio. Aliás, devíamos de pagar menos de água, menos de
saneamento, quer em termos de escalões domésticos, quer em termos de escalões comerciais
que é um abuso extraordinário, e das famílias ainda mais, que todos os meses sentem esse efeito
na sua conta da água, tendo noção de que a água e saneamento, é mais cara no Fundão do que
propriamente em Sintra, por exemplo, e isso é que devíamos ser capazes de alterar. Dito isto
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Senhor Presidente, e não me alongando muito, até porque este argumento e esta argumentaria
já não é de todo nova, quer a vossa, quer a da oposição, iremos votar contra este ponto”.
Usou da palavra o Senhor Presidente para referir: “também temos a fatura de água e
saneamento mais barata que, por exemplo, o município da Covilhã aqui ao lado. Só para dar um
dado de proximidade que possa também servir”.
A Senhora Vereadora Dra. Joana Bento, em resposta ao Senhor Presidente disse: “não sou
vereadora na Covilhã, nem faço intenções de o ser”.
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acolhimento e integração dos cidadãos afegãos. Proponho, face aos considerandos, que a
Câmara Municipal delibere a cessação do Protocolo de Cooperação Institucional
celebrado com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e, em
conformidade com o disposto no n.º 3 do art.º 35 da Lei 75/2013, de 12 de
Setembro, ratificar o Protocolo de Cooperação, que segue em anexo à presente
proposta.”
A Câmara Municipal, em reunião realizada por videoconferência, tomou conhecimento e
deliberou, por unanimidade e em minuta, aprovar a proposta apresentada. (n.º 1 do art.º 5.º da
Lei n.º 1-A/2020, de 19 de Março) - (Cessação do protocolo de cooperação institucional
celebrado entre o Município do Fundão e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e
ratificação do protocolo de cooperação celebrado entre o Município do Fundão e o Alto
Comissariado para as Migrações, I.P.)
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espaço para o desenvolvimento das atividades da Entrelaços, para um outro espaço, noutro
local, que foi também de acordo com a entidade. Foram arrendadas novas instalações e é disso
que se trata aqui, neste protocolo entre as duas instituições”.
A Senhora Vereadora Dra. Joana Bento perguntou se o edifício iria em breve reabilitado no
âmbito do programa 1.º Direito.
O Senhor Presidente confirmou que o edifício estava sinalizado no programa 1.º Direito,
para realojamentos.
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com os filmes recolhidos; Considerando que, de acordo com o previsto no artigo 940.º do
Código Civil, “A doação é um contrato pela qual uma pessoa, por espírito de liberalidade e à
custa do seu património, dispõe gratuitamente de uma coisa ou de um direito, ou assume uma
obrigação em benefício de outro contraente”. Considerando que, nos termos da alínea j) do n.º
1, do artigo 33º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, com as sucessivas alterações, compete à
Câmara Municipal aceitar doações, Proponho, em conformidade com a disposição
constante na alínea j) do n.º 1 do artigo 33.º da Lei n.º 75/2013, 12 de setembro,
com as sucessivas alterações, que a Câmara Municipal delibere no sentido de
aceitar a proposta de doação do Espólio Fílmico, assim como materiais
(fotografias, notas de trabalho e equipamentos) que diretamente se relacionam
com os filmes recolhidos”, pertencente ao Sr. Ricardo Paulouro Neves e que
melhor se encontra identificada na minuta do Contrato de Doação em anexo à
presente proposta – Anexo I - e que dela faz parte integrante.”
A Câmara Municipal, em reunião realizada por videoconferência, tomou conhecimento e
deliberou, por unanimidade e em minuta, aprovar a proposta apresentada. (n.º 1 do art.º 5.º da
Lei n.º 1-A/2020, de 19 de Março) - (Aprovação da minuta do contrato de doação a celebrar
entre o Município do Fundão e Ricardo Paulouro Neves)
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A Senhora Vereadora Dra. Joana Bento interveio para referir o seguinte: “não temos
dúvidas acerca da proposta, temos algumas dúvidas em relação àquilo que o Tribunal de Contas
nos diz em relação a esta situação. Por isso, é uma abstenção, até percebermos o que nos diz o
Tribunal de Contas”.
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Hotelaria e Turismo Cova da Beira, Lda. – ocupação da via pública com esplanada
Foi apresentada à Câmara uma informação da Divisão de Gestão Urbanística, relativa à
ocupação da via pública com esplanada, no Loteamento do Vale, Fração A R/c, Fundão.
O Chefe de Divisão exarou na informação prestada o seguinte parecer: “VISTO.
CONCORDO. PROPONHO: 1 – O deferimento do projeto de arquitetura: nas condições
apontadas no n.º 4 da informação técnica prestada; 2 – Dar conhecimento, nos termos legais do
CPA, dessa decisão ao requerente e nos termos do n.º 5.”
A Câmara Municipal, em reunião realizada por videoconferência, tomou conhecimento e
deliberou, por unanimidade e em minuta, aprovar o conteúdo da informação prestada e
proceder em conformidade com a mesma. (n.º 1 do art.º 5.º da Lei n.º 1-A/2020, de 19 de
Março) - (Hotelaria e Turismo Cova da Beira, Lda. – ocupação da via pública com esplanada)
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5– INFORMAÇÕES
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Não havendo mais assuntos a tratar, o Senhor Presidente da Câmara declarou encerrada a
reunião, da qual se lavrou a presente ata que, nos termos da lei, vai ser por si assinada e por
Maria Isabel Carvalho Campos, Diretora do Departamento de Administração e Finanças.
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