Implicação e Equivalência Lógica e Álgebra Das Proposições
Implicação e Equivalência Lógica e Álgebra Das Proposições
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Proposições
Objetivos da Unidade:
ʪ Contextualização
ʪ Material Teórico
ʪ Material Complementar
ʪ Referências
1 /4
ʪ Contextualização
Bom estudo!
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ʪ Material Teórico
Implicação Lógica
De acordo com a definição, dadas as proposições compostas P e Q, diz-se que ocorre implicação
lógica – ou relação de implicação – entre P e Q quando a proposição condicional P → Q é uma
tautologia.
Notação: P ⇒ Q.
Importante!
Os símbolos ⇒ e → têm significados diferentes: ⇒ entre duas
proposições dadas indica uma relação, isto é, que a proposição
condicional associada é uma tautologia; enquanto→ realiza uma
operação entre proposições, dando origem a uma nova proposição p →
q (que pode conter valores lógicos V ou F).
Para que você melhor entenda, veja o exemplo a seguir, cujo objetivo é mostrar a seguinte
relação: (p ∧ q) ⇒ (p ↔ q) – observe que temos duas proposições compostas:
P(p, q) = p ∧ q
Q(p, q) = p ↔ q
Para isso, devemos construir a tabela-verdade das proposições P e Q – para facilitar, faremos
tudo na mesma tabela – e aplicar o operador → entre as quais (P ⇒ Q), caso a tabela gerada seja
uma tautologia, determinando que existe implicação lógica entre as proposições.
Tabela 1
Como P → Q é uma tautologia, então, (p ∧ q) ⇒ (p ↔ q), isto é, ocorre a implicação lógica entre P
e Q.
Algumas implicações lógicas também são conhecidas com regras de inferência ou de derivação;
pois da verdade da proposição antecedente podemos concluir a verdade da proposição
consequente.
Sempre que o antecedente é verdadeiro, obtemos o consequente verdadeiro, isto é, nunca ocorre
a implicação falsa, pois teria de acontecer, na tabela-verdade, pelo menos uma linha em que o
antecedente fosse verdadeiro e o consequente, falso. Na seguinte Tabela apresentamos algumas
implicações lógicas notáveis:
Tabela 2
Silogismo hipotético (P → Q) ∧ (Q → R) ⇒ (P → R)
Silogismo disjuntivo (P ∨ Q) ∧ ~P ⇒ Q
Dilema construtivo (P → Q) ∧ (R → S) ∧ (P ∨ R) ⇒ (Q ∨ S)
Simplificação conjuntiva (P ∧ Q) ⇒ P
Simplificação disjuntiva, ou
P ⇒ (P ∨ Q)
adição
Elabore a tabela-verdade de cada uma das implicações lógicas apresentadas na Tabela 2 e
verifique que todas são tautológicas.
Equivalência Lógica
Conforme a definição, dadas as proposições compostas P e Q, diz-se que ocorre uma
equivalência lógica entre P e Q quando as tabelas-verdade geradas pelas proposições compostas
P e Q forem idênticas, ou seja, quando a bicondicional P ↔ Q for uma tautologia.
P(p, q) = (p → q) ∧ (q → p)
Q(p, q) = p ↔ q
Para isso, devemos construir a tabela-verdade das proposições P e Q – para facilitar, faremos
tudo na mesma tabela – e aplicar o operador ↔ entre as quais (P ⇔ Q), caso a tabela gerada seja
uma tautologia, o que determinará equivalência lógica entre as proposições.
Tabela 3
Assim, (p → q) ∧ (q → p) ↔ (p ↔ q) é uma tautologia, ou seja, as proposições P e Q são
equivalentes, e conforme pode ser observado na tabela-verdade, as colunas P e Q são iguais.
Tabela 4
p ~p ~(~p)
F V F
p ~p ~(~p)
V F V
Importante!
A lógica do cotidiano é diferente da lógica computacional, pois é
comum em português ao afirmar sentenças como esta: Não, não vou ao
cinema.
Onde se deseja representar um reforço de que não irá ao cinema – ou
seja, reforço da negação. Contudo, na lógica computacional usar duas
vezes a negação significa afirmar a sentença.
Veja este exemplo:
p: Não tem ninguém aqui.
~p: Tem ninguém aqui.
~(~p): Tem alguém aqui.
Não tem ninguém aqui é logicamente equivalente a Tem alguém aqui.
Leis de Morgan
A seguir veremos as duas equivalências notáveis que compõem as conhecidas leis de Morgan.
Negação da Conjunção
Analisaremos um exemplo para melhor entendimento da equivalência; para isso, considere as
seguintes proposições:
P(p, q) = ~(p ∧ q): Não é verdade que a comida é farta e saborosa é logicamente
equivalente a:
Ou seja: P ⇔ Q = ~(p ∧ q) ⇔ ~p v ~q
Tabela 5
Observe, na tabela-verdade, que: ~(p ∧ q) ⇔ ~p ∨ ~q
Logo, a negação de uma conjunção (∧) é logicamente equivalente a disjunção das negações.
Negação da Disjunção
Considere o exemplo a seguir, com as proposições compostas P e Q:
Ou seja: P ⇔ Q = ~(p ∨ q) ⇔ ~p ∧ ~q
Tabela 6
Assim: ~(p ∨ q) ⇔ ~p ∧ ~q
Logo, a negação de uma disjunção (∨) é logicamente equivalente a conjunção das negações.
Leis Idempotentes
1) p ∨ p ⇔ p
2) p ∧ p ⇔ p
Leis Comutativas
1) p ∧ q ⇔ q ∧ p
2) p ∨ q ⇔ q ∨ p
Importante!
Não existe a comutativa para o operador condicional (→).
Leis Associativas
1) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ r
2) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ r
Leis Distributivas
1) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
2) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)
Condicional
1) ~(p → q) ⇔ ~(~p ∨ q) ⇔ p ∧ ~q
2) p → q ⇔ ~q → ~p
3) p → q ⇔ ~(p ∧ ~q) ⇔ ~p ∨ q
Bicondicional
1) p ↔ q ⇔ (p → q) ∧ (q → p)
2) p ↔ q ⇔ q ↔ p (comutativa)
3) ~(p ↔ q) ⇔ ~p ↔ q ⇔ p ↔ ~q
Ou:
~(p ↔ q) ⇔ (p ∧ ~q) ∨ (~p ∧ q)
Absorção
1) p ∧ (p ∨ q) ⇔ p
2) p ∨ (p ∧ q) ⇔ p
Complementares ou Identidade
Considere t = tautologia e c = contradição:
1) p ∨ ~p ⇔ t
2) p ∧ ~p ⇔ c
3) ~t ⇔ c
4) ~c ⇔ t
5) p ∨ t ⇔ t
6) p ∧ c ⇔ c
7) p ∧ t ⇔ p
8) p ∨ c ⇔ p
Vídeos
Equivalências Lógicas – Raciocínio Lógico
P(p, q, r) = (p → q) ∨ (p → r)
Q(p, q, r) = p → q ∨ r
(p → q) ∨ (p → r) Condicional
~p ∨ q ∨ ~p ∨ r Comutativa
~p ∨ ~p ∨ q ∨ r Idempotente
~p ∨ q ∨ r Associativa
~p ∨ (q ∨ r) Condicional
p→q∨r
Veremos outro exemplo para reforçar o conteúdo, cujo objetivo é demonstrar a relação R ⇔ S
entre as proposições compostas R e S; assim:
Para isso, aplicaremos as equivalências lógicas notáveis em R, indicadas em cada linha, até
mostrar a equivalência à S:
~p ∧ (~q v q) Complementares
~p ∧ t Complementares
~p Condicional
Forma Normal
Para facilitar os mecanismos de dedução, torna-se necessário, em alguns casos, transformar
determinada proposição de uma forma para outra, especialmente à normal. Isto se deve ao fato
de alguns sistemas automáticos de dedução utilizar em apenas essas formas para trabalharem.
Diz-se que uma proposição está na Forma Normal (FN) somente se contém apenas os
conectivos ~, ∧ e ∨.
~p∧~q
~(~p ∨ ~q)
(p ∧ q) ∨ (~q ∨ r)
~p → q
a∨b→q
a↔b
Toda proposição pode ser levada para uma FN equivalente, eliminando os conectivos → e ↔, se
existirem. Para isto, basta utilizar as equivalências a seguir:
p → q ⇔ ~p ∨ q
E:
p ↔ q ⇔ (~p ∨ q) ∧ (p ∨ ~q)
Tais como os nomes sugerem, FNC e FND priorizam o alcance dos conectores de conjunção (∧
na FNC), ou disjunção (∨ na FND).
Uma conjunção ∧ pode ter alcance sobre uma disjunção ∨, mas o contrário não
seria permitido; por exemplo, p ∧ (q ∨ r) seria permitido, mas uma proposição como
p ∨ (q ∧ r) não seria aceita na FNC.
~p∧~q
~p ∧ q ∧ r
p → q ⇔ ~p v q
E:
p ↔ q ⇔ (~p ∨ q) ∧ (p ∨ ~q)
Uma disjunção ∨ pode ter alcance sobre uma conjunção ∧, mas o contrário não
seria permitido; por exemplo, p ∨ (q ∧ r) seria permitido, mas uma proposição como
p ∧ (q ∨ r) não seria aceita na FND.
Assim como na FNC, qualquer proposição que não esteja na FND pode permanecer, cabendo
aplicar as transformações indicadas a seguir:
p → q ⇔ ~p v q
E:
p ↔ q ⇔ (~p ∨ q) ∧ (p ∨ ~q)
T3) O alcance do operador de conjunção (∧) sobre o resultado da disjunção(∨) é eliminado pela
equivalência das leis distributivas:
p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
E:
(p ∨ q) ∧ r ⇔ (p ∧ r) ∨ (q ∧ r)
Para melhor entendimento, veja o seguinte exemplo, no qual cada equivalência aplicada é
indicada em uma linha:
Já no caso a seguir temos a classificação em FN, FNC, FND ou nenhuma das formas:
a ∧ (b ∨ c) FN e FNC
a ∧ (b ∨ ~~c) FN
~(p ∧ ~q) FN
~p ∨ ~~q FN
a ∧ (b ∨ c ∨ d) FN e FNC
a↔b Nenhuma das formas
a ∨ (b ∧ c) FN e FND
Observe que nas formas normais não estamos interessados em simplificar as proposições
compostas, mas sim determinar a sua forma normal conjuntiva ou disjuntiva.
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