Teoria Geral Da Auditoria 1
Teoria Geral Da Auditoria 1
Teoria Geral Da Auditoria 1
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Sumário
1 - INTRODUÇÃO.............................................................................................4
ERROS E FRAUDES.....................................................................................28
BIBLIOGRAFIA ..............................................................................................35
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FACUMINAS
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1 - INTRODUÇÃO
A palavra auditoria tem sua origem no latim, vem de "audire", que significa ouvir. Esse
termo foi utilizado pelos ingleses para rotular a técnica contábil de revisão, porém,
hoje possui um sentido mais amplo (SÁ, 2002). Saber ouvir, observar e interpretar as
consistências e veracidade dos atos e fatos organizacionais é papel do auditor. O
auditor é um contador especializado nas técnicas de auditoria. Por meio das técnicas
de auditoria é possível fazer um diagnóstico da situação atual da empresa analisada.
A auditoria consiste num “levantamento, estudo e avaliação sistemática das
transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras de
uma entidade” (CREPALDI 2004, p. 23). Já Dantas (2014) afirma que as atividades
desenvolvidas pelos auditores independentes são entendidas como essenciais para
o funcionamento dos mercados financeiros e de capitais, tendo em vista o seu papel
de emitir opinião sobre as informações contábeis, contribuindo para um ambiente de
negócios que seja caracterizado por maior confiança e credibilidade. Para Sá (2002,
p. 25) a “Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame dos
registros, demonstrações e de quaisquer informes ou elementos de consideração
contábil [...]”.
Escolher um conceito universal para Auditoria não é uma tarefa simples. A maioria
dos autores escreve sobre uma das diversas especializações da matéria, e, no
momento da definição, acaba privilegiando a Auditoria Interna ou a Auditoria Externa
(não se preocupe com essa diferença, falarei dela adiante).
Crepaldi (2010) afirma que se pode definir Auditoria, de forma bastante simples, como
o “levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos,
operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade”.
Aprofundando a definição, podemos dizer que se trata de testar a eficiência e a
eficácia do controle patrimonial, sem nos limitarmos aos aspectos contábeis do
conceito. Por ser uma atividade crítica, em sua essência, traduz-se na emissão de
uma opinião sobre as atividades verificadas.
A contabilidade é estudada desde a antiguidade, no Brasil passou a ser desenvolvida
após a vinda da família real, com o objetivo fiscal de arrecadação. Na época, a
arrecadação da Coroa era realizada por três agentes: o contador, o procurador geral
e um inspetor.
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Atualmente, o contador não exerce apenas as atividades fiscais, para se adaptar às
novas tecnologias busca o conhecimento e a habilidade de aprender, criar e
redesenhar processos. Segundo Zarifian (2001), o conhecimento ou o “saber” é
adquirido por meio da aprendizagem e a habilidade ou o “saber fazer” refere-se à
capacidade do indivíduo de utilizar, nas situações de trabalho, os conhecimentos
desenvolvidos. Para isso o contador foi aperfeiçoando seu campo de atuação,
ampliado em diversos segmentos, tais como auditoria, perícia, fiscal, pública, gestão
de empresas, ensino/pesquisa, consultoria e atuarial. Segundo Santos (2004, p. 2),
“A contabilidade, com suas técnicas próprias, estuda e controla o patrimônio das
organizações com a finalidade de demonstrar e fornecer informações sobre sua
estrutura e sua composição, bem como sobre suas variações quantitativas e
qualitativas”. Assim como em outras ciências que fazem uso de tecnologias, a
contabilidade também faz uso de alguns termos específicos inerentes às suas
técnicas.
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o processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade das demonstrações
financeiras preparadas pela empresa auditada”. Já para NBC T 11 (1991, p.1): “A
auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos
técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação,
consoante os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de
Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação específica”.
Assim como a contabilidade, a auditoria busca salvaguardar o patrimônio e a
aplicação dos princípios contábeis, para isso, muitas vezes a auditoria é aplicada na
verificação de erros e fraudes. Entretanto, não devemos limitar o escopo de aplicação
da auditoria à execução de um processo sistêmico que visa buscar evidências sobre
a ocorrência de erros ou fraudes, porque seu papel é muito mais amplo.
Santos e Vier (2014, p. 2) complementa que a “auditoria é a técnica contábil utilizada
para avaliar essas informações, constituindo, assim, um indispensável complemento
para que a contabilidade atinja plenamente sua finalidade, resguardando todos os
interesses da organização”.
Atualmente a auditoria é utilizada como tecnologia para apoio à decisão, por meio das
técnicas de auditoria é possível evidenciar a situação atual e verificar se as metas e
ações organizacionais estão sendo executadas conforme o planejado.
A evidenciação da situação atual permite ao decisor identificar o cenário de atuação
e fornecer as informações para a projeção de ações estratégicas futuras. Com o
enfoque gerencial, as técnicas de auditoria vêm sendo aplicadas em diversos campos
e setores diferentes, tais como: sistemas de informação, recursos humanos, avaliação
de desempenho, controladoria, ações de marketing, ações sociais, ambientais e
outras aplicações que visam a avaliação/diagnóstico de um determinado aspecto que
a auditada deseja focar.
Atualmente existem diversas formas de auditorias que podem ser classificadas pela
(i) Extensão dos trabalhos; (ii) Profundidade dos exames; (iii) Natureza, (iv)
Finalidade; e, (v) Relação do auditor com a entidade auditada.
A auditoria é classificada pela amplitude/tamanho de sua realização. Poderá ser geral,
parcial ou específica e limitada.
a) Auditoria geral: consiste na realização de um diagnóstico sobre o universo total
dos lançamentos/registros que deram origem às demonstrações contábeis publicadas
pela organização auditada. A auditoria geral poderá variar de acordo com tempo de
realização, profundidade dos testes, relação do auditor com a entidade e podendo
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atender a variadas finalidades, como: avaliar a confiabilidade das demonstrações
contábeis e/ou controle administrativo.
b) Auditoria Parcial ou Específica: como o próprio nome informa, é a auditoria que
possui uma finalidade específica. Nesta o auditor poderá ser contratado
especificamente para verificar determinadas situações, tais como: auditar apenas um
ou alguns grupos patrimoniais, ou apurar a situação econômico-financeira, ou
identificar os custos e/ou verificar o cumprimento de obrigações fiscais, entre outras
situações conforme necessidade do contratante.
c) Auditoria limitada: também conhecida como auditoria periódica, é muito
semelhante à auditoria convencional, diferenciando apenas a forma de aplicação. Na
auditoria limitada serão analisados as demonstrações contábeis e os registros que as
originaram num determinado período (mensal, bimestral ou semestral), que poderá
ser escolhido pelo auditor ou auditada sem aplicar todos os procedimentos da
auditoria tradicional.
O auditor poderá realizar exames de forma integral ou por amostragem nos dados da
organização auditada.
a) Auditoria Integral: é semelhante à perícia contábil e bastante empregada no
levantamento de erros e/ou fraudes. São analisados os sistemas de controles
internos, processos e todos os lançamentos contábeis, juntamente com a
documentação comprobatória que os originou. É importante ressaltar que a
profundidade da auditoria está relacionada aos exames que serão realizados pelo
auditor, o que difere da extensão dos trabalhos de auditoria, que poderá ser geral,
parcial ou específica e limitada (ver I - Extensão dos trabalhos de auditoria). Sendo
assim, uma auditoria completa compreende a análise de todos os lançamentos de
forma geral (auditoria geral – Extensão) e profunda, com a realização dos testes em
todos os atos, registros, formas de controle, documentos, legalidade e/ou outros
aspectos que o auditor considere necessários para emissão de um parecer de
auditoria. A Análise Integral poderá ser realizada por auditores internos e externos à
organização auditada. O auditor (interno ou externo) que executará a auditoria precisa
possuir conhecimento de todas as atividades/ processos organizacionais que
resultam nas demonstrações contábeis. Para o auditor externo, a construção do
conhecimento e análise integral das atividades é mais difícil, porque demanda estudo
e uma longa permanência, tempo (integral) na organização auditada e,
consequentemente, um alto custo para a contratante. Porém, é utilizada com
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frequência, no caso da auditoria interna, com equipe especializada/setor, para
execução desta atividade.
b) Auditoria por Amostragem: para Gesser e Dalpiaz (2007), na maioria das vezes,
por impossibilidade ou inviabilidade econômica ou temporal, limitamos as
observações referentes a uma determinada pesquisa a apenas uma parte da
população. Na auditoria não é diferente, por diversas limitações ou vantagens o
auditor poderá optar em realizar testes/amostragem analisando apenas um
percentual dos itens, registros e documentos que permeiam a população/ universo de
dados que geram as demonstrações contábeis. O objetivo da aplicação das técnicas
de amostragem é fornecer confiabilidade e segurança ao auditor na emissão do
parecer de auditoria. Para isso, o auditor poderá utilizar a amostragem estatística e
não estatística.
A NBCT 11, norma de auditoria que regulamenta as técnicas de amostragem, define
como amostragem não estatística (por julgamento), as amostras são selecionadas de
acordo com a percepção e conhecimento do auditor. Já na amostragem estatística, a
amostra é selecionada cientificamente de acordo com a teoria da probabilidade ou as
regras estatísticas. Segundo Boyton; Johnson e Kell (2002), a principal diferença
entre elas é que as leis das probabilidades são utilizadas para controlar o risco de
amostragem, quando a amostragem estatística é utilizada. Neste caso, na
amostragem, o auditor precisa realizar o planejamento, seleção e avaliação da
amostra a ser analisada para diminuir risco de auditoria.
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A natureza da auditoria é caracterizada pelo período em que é executada. O período
de execução é acordado na contratação em comum acordo com a contratante e
auditor. O auditor poderá exercer uma auditoria permanente ou eventual.
a) Auditoria Permanente: o conceito da auditoria permanente está ligado à sua
denominação, como o próprio nome informa, é a auditoria realizada em caráter
permanente/constante. A auditoria permanente poderá ser executada pelo auditor
interno e externo. Na auditoria interna, poderá fazer parte das atribuições do auditor
a tarefa de verificar continuamente os processos, procedimentos, formas de controles,
saldos e relatórios de gestão. Entretanto, a auditoria permanente também poderá ser
exercida pelo auditor externo, desde que o auditor trabalhe com um programa de
visitas constantes, durante diversos períodos, para acompanhar e analisar a auditada.
A auditoria permanente poderá ser realizada de forma continuada ou periódica. Essa
classificação está relacionada ao programa de trabalho do auditor.
b) Auditoria Continuada: na auditoria permanente continuada o programa de
trabalho objetiva verificar continuamente os processos, controles e operações
registradas. A permanência constante do auditor proporciona um acompanhamento
contínuo das atividades, favorecendo a detecção e correção imediata de problemas.
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c) Auditoria Periódica: na auditoria permanente de caráter periódico o auditor
realizará visitas com intervalos regulares de periodicidade, podendo ser mensal,
bimestral ou trimestral ou por outro período pré-acordado. Para Franco e Marra
(2009), esse tipo de auditoria pode oferecer vantagens para o auditor, relacionadas
as condições de execução de trabalho, pois poderá ser programada para execução
após os balanços trimestrais, semestrais ou anuais da entidade. Neste caso, o auditor
verificará a confiabilidade/legitimidade das demonstrações contábeis publicadas.
d) Auditoria Eventual: o programa de auditoria é executado de forma eventual,
dependendo da finalidade da auditoria, ou seja, o auditor é contratado para realizar
uma auditoria específica, sem caráter de permanência e/ou continuidade. Entre outros
motivos que podem levar à contratação do auditor para análise de aspectos
específicos, podemos citar a verificação do cumprimento de determinadas normas,
análise da concessão de empréstimos ou financiamentos e controle administrativo.
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f) auditoria para obrigações fiscais;
g) auditoria para atender a exigências legais;
h) auditoria para confirmar a exatidão das demonstrações contábeis.
A relação do auditor com a entidade auditada é determinada pela forma de
contratação, interesse em questão e o vínculo contratual. O interesse está
relacionado às formas de auditoria (já abordadas neste tópico) e ao vínculo contratual,
que poderá ser empregatício ou contratação de terceiros alheios à empresa auditada.
Nestes termos, surge a figura do auditor interno e externo. O auditor interno é um
agente filiado à organização, e o auditor externo, chamado como auditor
independente, não possui vínculo com a empresa auditada. Juntamente com a figura
do auditor interno ou externo emergem as formas de auditorias internas e externas a
serem empregadas. Para melhor entendimento, abordaremos cada uma delas
separadamente.
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AUDITORIA SOCIAL - Para Alberton et al. (2006), associação a auditoria social é
um procedimento de contabilidade sistemático, regular e objetivo que permite
organizações a estabelecer valores sociais e critérios contra os quais eles podem
medir seu desempenho social. Esta associação apresenta uma estrutura
metodológica de auditoria social, conforme demonstrado na figura a seguir.
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qualidade final do processo de controle ambiental integrado ao processo industrial,
não se limitando à verificação dos itens relacionados ao meio ambiente nas
demonstrações contábeis”. Segundo a norma da ISO 14010:
Cabe enfatizar que em ambos os conceitos, Santos (2002) e a ISO 14010 apresentam
o campo de atuação da auditoria ambiental de forma ampla, não se restringindo
apenas às demonstrações contábeis, mas ao processo produtivo como um todo e sua
influência no ambiente em que está inserido.
PRINCÍPIOS PROFISSIONAIS
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Na aplicação das técnicas de auditoria, em diversos setores e finalidades o auditor
será norteado pelos princípios profissionais e precisará de conhecimentos inerentes
a diversas áreas, além de condições morais e ética profissional.
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2.2 - PERFIL DO AUDITOR
Para o auditor exercer a profissão são necessárias diversas condições
comportamentais e intelectuais inerentes ao perfil do auditor.
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municipais. Condições culturais: Os autores destacam que estão relacionadas aos
conhecimentos gerais do auditor e noções básicas das seguintes matérias:
• Processamentos de Dados
• Noções de política
• Matemática Financeira
• Legislação Comercial
• Língua Portuguesa
• Sociologia e Psicologia
• Sistemas contábeis
• Agilidade mental
• Força de vontade
• Automotivação
• Pesquisa
• Atualização profissional
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Condições de civismo e interação profissional: As condições de civismo estão
relacionadas à educação pessoal e polidez do auditor. Já a interação profissional
refere-se à integração do auditor com os diversos órgãos de classe. Condições morais
e éticas: Existe diferença entre as condições morais e éticas.
• Integridade
• Idoneidade
• Respeitabilidade
• Caráter ilibado
• Justiça e imparcialidade
Além das normas, códigos e condições morais, Franco e Marra (2009) apresentam
algumas recomendações referentes às condições éticas inerentes ao auditor:
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c) Não faça pronunciamentos, nem dê pareceres sem contar com seguros elementos
de convicção. d) Cobre honorários justos, sem se valer das circunstâncias ou dos
resultados obtidos pelo cliente com seu trabalho.
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entendimento, trataremos segregadamente cada uma das seis condutas elencadas
pelo autor.
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anotações no material examinado devem ser feitas através de códigos. A discrição se
manifesta ainda nas atitudes e contatos, quando o auditor evita sempre se mostrar
como um detetive ou espião. A discrição de atitude é a forma ética que tira qualquer
impressão de fiscalização.
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Pesquisa - O hábito de pesquisar é próprio desta atividade. Não é possível
conseguir conclusões valiosas sem a realização de pesquisa, seja na revisão, ou na
análise de métodos, sistemas e ocorrências. Não se deve tomar os primeiros dados
como únicos e absolutos, pois é necessário fazer novas coletas de dados e uma série
de testes de observação, constantemente.
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Nestes termos, podemos “conceituar fraude como qualquer meio usado por uma
pessoa com a finalidade de obter uma vantagem injusta sobre outra pessoa, seja por
ato ou omissão, onde a intenção é dolosa ou criminosa” (CUNHA; CORNACHIONE
JUNIOR, 2003, p. 80).
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2 .5 - QUAL O PAPEL DO AUDITOR NA BUSCA DE ERROS E FRAUDES?
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encontrados (fraude ou erro) em seu parecer. O auditor, ao realizar os procedimentos
de auditoria, corre o risco de não detectar um erro ou fraude. Na fase do
planejamento, ao constatar o risco da provável existência de erro/fraude, o auditor
deve ampliar os procedimentos, oportunidade e natureza da auditoria, com a
finalidade de obter maior segurança na emissão do parecer de auditoria.
Caso o auditor, ao concluir seu trabalho, verificar que a organização auditada não
tenha tomado as medidas corretivas e/ou a participação dos administradores pode
influenciar a confiabilidade do parecer de auditoria, esse pode rescindir o contrato
firmado com o objetivo de auto preservar sua independência.
3 - PLANO DE AUDITORIA
O plano de ação descreve a relação das atividades a serem executadas com objetivo
de cumprir as estratégias preestabelecidas. Para NBC TA 300, o “plano de auditoria
é mais detalhado que a estratégia global de auditoria, visto que inclui a natureza, a
época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos
membros da equipe de trabalho”. Desta forma, uma vez definida a estratégia global
de auditoria, pode ser desenvolvido plano de trabalho que abordará diversos temas
identificados na estratégia global de auditoria, levando-se em conta a necessidade de
atingir os objetivos da auditoria por meio do uso eficiente dos recursos do auditor. Na
elaboração dos planos de auditoria o auditor precisa demonstrar o objetivo geral da
auditoria, o procedimento geral, área de atuação, cronograma das atividades, escopo
auditado, a forma de execução e a equipe técnica. Para exemplificar como funcionam
os planos de auditoria, apresentaremos um modelo utilizado por Vieira e Platt (2005)
em auditorias internas.
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PLANEJAMENTO- Na fase do planejamento o auditor verificará a extensão,
profundidade e universos de dados a serem auditados. Segundo Crepaldi (2009), ao
planejar uma amostra de auditoria, deve-se levar em consideração: Objetivo
específico da auditoria; População da qual o auditor deseja extrair a amostra;
Estratificação da população; Tamanho da amostra; Risco de amostragem; Erro
tolerável e; Erro esperado.
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Na realização dos cálculos o auditor deverá levar em consideração “a natureza da
evidência de auditoria desejada e as eventuais condições de desvio ou distorção que
possam ser encontradas” (NBC TA 530). Alguns fatos podem interferir diretamente
no tamanho das amostras, tais como, risco de amostragem, os erros toleráveis e os
esperados. Esses fatores podem interferir no tamanho da amostra selecionada para
realização dos testes de controles (funcionamento) e testes substantivos (verificação
de saldos e detalhes)
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Em 1977 a Lei de Práticas Anticorrupção no exterior obrigou as CIA. Sujeitas a Lei de
Negociação e Títulos a manterem um sistema de controle interno.
Com o passar dos anos as empresas adotam os controles internos para ter segurança
razoável quanto à consecução de três categorias: confiabilidade de informações
financeiras, obediência a leis e regulamentos aplicáveis, e eficácia e eficiência de
operações (BOYTON, 2002 p. 321).
Segundo Costa (2014), o controle interno está voltado para todos os departamentos
da empresa, inclusive operacional e não somente para a contabilidade, ou seja,
interno ou externamente, incluindo toda a estrutura organizacional, os métodos e
medidas, a padronização de seus procedimentos, trabalhando os seus processos da
melhor forma possível para atingir as metas e resultados traçados pela administração.
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• Falhas: na operacionalização dos controles, o executante pode cometer erros por
não entender as instruções de preenchimento do controle.
• Custos x Benefícios: custo de C. I. não pode ser maior que o benefício gerado pelo
mesmo. Apesar das limitações informadas, o controle interno é instrumento de análise
e cabe ao auditor verificar a confiabilidade das informações geradas. Sá (2002)
informa que quanto maior a confiabilidade dos controles, maior será a segurança do
auditor na execução dos trabalhos, quanto menor a confiabilidade dos controles, mais
cuidado será exigido na execução das tarefas.
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BIBLIOGRAFIA
ALBERTON, L.; NASCIMENTO, V. M.; SOUZA, J. V.; JOSE, A. B. Modelo proposto
de auditoria social para ser aplicado em políticas sociais públicas. In: IV Simpósio de
gestão e estratégia de negócios da UFRural-RJ. Seropédica/RJ. Modelo Proposto de
Auditoria Social para Ser Aplicado em Políticas Públicas, 2006. ALBERTON, L. Uma
contribuição para a formação de auditores contábeis independentes na perspectiva
comportamental. Tese - Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Produção,
Universidade Federal da Santa Catarina, Florianópolis, 2002, 272 f. ALMEIDA,
Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 6. ed. São Paulo: Atlas,
2009. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. São
Paulo: Atlas S.A., 1996. ASSING, Ildefonso; ALBERTON, Luiz; TESCH, José Marcos.
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SANTOS, Marcos Vinícius dos; VIER, Ailson José. A importância da auditoria interna
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2015. SANTOS, Marcos Vinícius. A importância da Auditoria interna na contribuição
da gestão dos negócios. 2002. SEBRAE. Glossário Empresarial. Disponível.
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