1º Simulado Esa PDF
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Questão 1 Redação
(PROPSOTA DE REDAÇÃO)
A partir da leitura do texto motivador, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 20 a 30 linhas, em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Os questionamentos éticos à corrida pela vacina”.
TEXTO MOTIVADOR
A vacina para covid-19 é um dos prêmios médicos mais valiosos e cobiçados dos tempos modernos. Isso não ocorre só
para salvar vidas, mas também pela promessa de glória e validação para quem tiver sucesso.
"Nunca vi as apostas políticas em um produto médico serem tão altas", a rma Lawrence Gostin, professor de Direito Global
em Saúde na Universidade Georgetown, de Washington, nos Estados Unidos.
"A razão pela qual a vacina contra a covid-19 assumiu tal simbolismo é que as superpotências a viram como uma projeção
de suas proezas científicas que valida seu sistema político como superior aos outros." (...)
"Certamente, etapas da pesquisa foram puladas, especialmente no caso da Rússia", diz Thomas Bollyky, diretor do programa
de saúde global do Conselho de Relações Exteriores, um centro de estudos de política internacional baseado em Nova
York, nos Estados Unidos.
"Não é difícil desenvolver uma vacina. É difícil provar que uma vacina é segura e e caz. E, se os países estão interessados
em lançar a primeira, rapidamente, podem usar atalhos."
E He need to be loved
“ _____ the US still have the _____ number of COVID-19 cases?”.Fill in the blanks with the correct form of the verb and the
adjective
A Does / worst
B Does / better
C Is / best
D Is / worse
E Do / worst
Which option has a correct relation of the underlined terms and their substitutes?
COVID-19 Conspiracy Theories Are Spreading Rapidly—and They're a Public Health Risk All Their Own
Public health crises have spawned conspiracy theories as far back as when the Black Death ravaged Europe in the 1300s, as
people desperately try to make sense o f the chaotic forces disrupting their lives. While modern science o ers a better
understanding of how diseases infect people and how to contain them,COVID-19 conspiracy theories are spreading rapidly
via social media, unreliable news outlets and from our own political leaders, including U.S. President Donald Trump. The result:
many Americans now believe pandemic-related conspiracy theories—and, alarmingly, those same people are less likely to
take steps to prevent the virus from spreading.
In a University o f Pennsylvania Annenberg Public Policy Center study published Monday in Social Science & Medicine,
researchers surveyed a gro up o f 8 4 0 U.S. adults— rst i n late M arch, a nd the n again i n mid-July—to determine how
Americans’ beliefs and actions regarding the pandemic changed over time. Overall, they found that COVID-19 conspiracy
theories are not only commonplace, they’re gaining traction. Back in March, 28% of people believed a debunked rumor that
the Chinese government created the coronavirus as a bioweapon; that number rose to 37% by July. About 24% believed
that the U.S. Centers for Disease Control and Prevention exaggerated the virus’ danger to hurt Trump politically despite a lack
of evidence; by July, that gure rose to 32%. And in March,about 15% of respondents said they believed that the
pharmaceutical industry created the virus to boost drug and vaccine sales—another unfounded theory—compared to 17% in
July.
B Social networks are not a potential disseminator of misinformation that collaborates with conspiracy theories
E Conspiracy theories may affect the adherence of security measures by part of the population
A taxa de fecundidade brasileira é de 1,9. Isso signi ca que, de um modo geral, as mulheres estão tendo menos lhos. Entre
as características que explicam essa redução, podemos inferir, exceto:
4 000023 24 5
C Planalto Central.
D Planície do Pantanal.
E Depressão do Miranda.
4 000023 24 4
Processo de transformação urbana que “expulsa” moradores d e bairros periféricos e transforma essas regiões e m áreas
nobres. A especulação imobiliária, aumento do turismo e obras governamentais são responsáveis pelo fenômeno.
B Inchaço urbano.
C Metropolização.
D Conurbação.
E Gentrificação.
4 000023 24 1
A Possui espécies endêmicas. Dessa forma, a preservação e a conservação são mais do que necessárias.
B Os impactos ambientais negativos são mais graves, trazendo grande fragilidade ecológica para a região.
C O Planalto da Borborema funciona como um corredor ecológico, fazendo com que as espécies tenham maior
chance de sobrevivência.
D Possui influência da Mata Atlântica e da Caatinga, fazendo com que a vegetação se adapte a essas condições.
E O agronegócio já tomou conta de boa parte da região. Assim, é uma Sub-região do Nordeste muito fragilizada
pelas ações antrópicas.
Essa questão po ssui co mentário do pro fesso r no site 4 000023 24 0
A Região Sul possui o segundo maior parque industrial brasileiro, só perde para a Região Sudeste, entre os aspectos que
contribuíram com tal desenvolvimento, podemos ressaltar:
A A Região Metropolitana de Curitiba é altamente industrializada, considerando que possui proximidade com a
Região Metropolitana de São Paulo, isso facilitou o seu desenvolvimento.
B Apesar de possuir uma pecuária e uma agricultura muito desenvolvida, a agroindústria não se destaca nessa
macrorregião do país.
C A industrialização se tornou tão notável, que a IV Revolução Industrial é mais nítida na Região Sul do que na
Região Sudeste.
E Apesar de Porto Alegre possuir uma região metropolitana, seu parque industrial é pouco desenvolvido.
4 000023 23 8
A Zona da Mata Nordestina, de uma forma geral, apresenta inverno chuvoso, fazendo com que a condição seja semelhante
ao clima mediterrâneo. Entre os fatores climáticos responsáveis pelo aumento da pluviosidade no meio do ano, podemos
destacar:
A Pressão atmosférica.
B Continentalidade.
C Massa de ar.
E Radiação solar.
4 000023 23 7
O Plano de Metas, nome dado ao programa de governo do presidente Juscelino Kubitscheke aplicado entre os anos de
1956 e 1960, apresentou entre suas realizações
Durante a Primeira República, um movimento messiânico deu origem a uma guerra civil na região do Contestado, território
disputado entre os seguintes estados:
Conhecido como regresso conservador, o governo do regente Pedro de Araújo Lima teve como uma de iniciativas
A a extinção do Conselho de Estado
A transferência da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, foi acompanhada de medidas que alteraram a condição de
colônia do território, tais como
No início do século XVII, diversas expedições partiram de São Paulo em direção ao interior do Brasil, promovendo ataques
às missões jesuíticas espanholas de Tapes, Itatins e Guairá, que reuniam diversos indígenas Guarani aldeados. Essas
expedições ficaram conhecidas como
A bandeirismo fluvial
B bandeirismo de preação
C bandeirismo de prospecção
D bandeirismo de limites
E sertanismo de contrato
A chamada Nova Holanda, nome dado aos domínios holandeses no Nordeste brasileiro entre 1630 e 1654, contou com
organizações que representavam os interesses da Companhia das Índias Ocidentais, denominadas
A Câmaras Municipais
E Conselhos Ultramarinos
Um tronco de pirâmide de bases paralelas tem volume igual a 740 ³. Sabendo que as bases têm áreas iguais a 36 ² e
64 ², então a altura do tronco é igual a:
A 15
B 16
C 17
D 18
E 19
A razão entre os raios das circunferências circunscrita e inscrita a um triângulo equilátero é igual a
A 4
B 5/2
C 3
D 3/2
E 2
B um par de retas
C uma elipse
D uma hipérbole
E uma circunferência
4 000023 222
Três soldados estão localizados em três pontos , e em um terreno. Sabe-se que as distâncias de A a B é 300m, de A a
C é 400m e que o ângulo entre AB e AC é 60°. Nessas condições, pode-se a rmar que a distância entre os soldados
localizados nos pontos B e C é de:
A 200
B 500
C 100√39
D 100√13
E 100
4 000023 221
A 435
B 4060
C 30
D 230
E 1230
Dada a matriz = ( ᵢⱼ)₃ₓ₃, tal que ᵢⱼ = 3 − , podemos afirmar que a sua transposta possui determinante igual a:
A 0
B 1
C 5
D 7
E 9
Sabendo que ₐ =
, então o valor de
⁷ é:
A 0,3
B 3
C 21
D 7
E 23
é igual a:
A 1
B 2
C 3
D 4
E 5
B 2600
C 2550
D 2499
E 2300
B ]−∞,∞[
C ]0,∞[
E
Essa questão po ssui co mentário do pro fesso r no site 4 000023 206
A [5,∞[
B ]−∞,∞[
C ]8,∞[
D [5,8[ ∪ ]8,∞[
E ]−∞,5]
Numa confraternização, 29 classi cados na ESA, que estudavam no Estratégia Militares, discutiam sobre duas questões,
uma de função e uma de polinômios. Desses alunos, sabemos que:
• 5 resolveram ambas
E
Essa questão po ssui co mentário do pro fesso r no site 4 000023 201
C a noção de que a arte é bela e boa, portanto, deve ser perfeccionista nos mínimos detalhes.
E o uso de versos clássicos nas poesias, cuja reflexão principal girava em torno do grotesco.
Assinale, a seguir, a alternativa em que todas as palavras seriam acentuadas pela mesma regra (os acentos foram retirados
propositalmente).
Texto II
Estudo divulgado nesta terça-feira (5) por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto aponta o
mecanismo que torna a nova variante do coronavírus mais transmissível. Até então, mais de 30 países apresentaram
infecções da nova cepa. O Brasil detectou os dois primeiros casos nesta semana, em São Paulo.
O Sars CoV-2 tem uma proteína chamada spike em sua estrutura, que interage com um receptor das células humanas, o
ACE2. De forma simpli cada, o ACE2 é a "porta de entrada" do vírus no nosso corpo. Assim, ele consegue causar a Covid-
19.
Por meio de bioinformática, os cientistas brasileiros compararam a força de interação entre a spike e o receptor, como ela
acontece na cepa original, detectada em Wuhan, e como é essa interação na nova variante, a B.1.1.7., recentemente
encontrada no Reino Unido.
Gerson Passos, que assina o artigo junto a Jadson Santos, ambos do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina
da USP de Ribeirão Preto, explica que os resultados mostram que a força de interação entre a spike e o ACE2 na nova cepa
é "muito maior". Essa, segundo ele, pode ser a causa da maior transmissibilidade da variante B.1.1.7..
"Usamos um software para medir essa força de interação. Tivemos que baixar de um banco de dados as estruturas químicas
das proteínas, tanto da spike quanto do ACE2, e com a ajuda do programa zemos a análise. O programa já é desenvolvido
pra isso, ele mostra as interações que ocorrem bem ali onde as duas proteínas se 'encostam'", explicou Passos.
Texto II
Estudo divulgado nesta terça-feira (5) por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto aponta o
mecanismo que torna a nova variante do coronavírus mais transmissível. Até então, mais de 30 países apresentaram
infecções da nova cepa. O Brasil detectou os dois primeiros casos nesta semana, em São Paulo.
O Sars CoV-2 tem uma proteína chamada spike em sua estrutura, que interage com um receptor das células humanas, o
ACE2. De forma simpli cada, o ACE2 é a "porta de entrada" do vírus no nosso corpo. Assim, ele consegue causar a Covid-
19.
Por meio de bioinformática, os cientistas brasileiros compararam a força de interação entre a spike e o receptor, como ela
acontece na cepa original, detectada em Wuhan, e como é essa interação na nova variante, a B.1.1.7., recentemente
encontrada no Reino Unido.
Gerson Passos, que assina o artigo junto a Jadson Santos, ambos do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina
da USP de Ribeirão Preto, explica que os resultados mostram que a força de interação entre a spike e o ACE2 na nova cepa
é "muito maior". Essa, segundo ele, pode ser a causa da maior transmissibilidade da variante B.1.1.7..
"Usamos um software para medir essa força de interação. Tivemos que baixar de um banco de dados as estruturas químicas
das proteínas, tanto da spike quanto do ACE2, e com a ajuda do programa zemos a análise. O programa já é desenvolvido
pra isso, ele mostra as interações que ocorrem bem ali onde as duas proteínas se 'encostam'", explicou Passos.
B aguardente
C hidroelétrica
D embora
E hidrelétrica
Texto II
Estudo divulgado nesta terça-feira (5) por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto aponta o
mecanismo q ue to rna a no va variante d o coronavírus mais transmissível. A t é então , mais d e 3 0 países apresentaram
infecções da nova cepa. O Brasil detectou os dois primeiros casos nesta semana, em São Paulo.
O Sars CoV-2 tem uma proteína chamada spike em sua estrutura, que interage com um receptor das células humanas, o
ACE2. De forma simpli cada, o ACE2 é a "porta de entrada" do vírus no nosso corpo. Assim, ele consegue causar a Covid-
19.
Por meio de bioinformática, os cientistas brasileiros compararam a força de interação entre a spike e o receptor, como ela
acontece na cepa original, detectada em Wuhan, e como é essa interação na nova variante, a B.1.1.7., recentemente
encontrada no Reino Unido.
Gerson Passos, que assina o artigo junto a Jadson Santos, ambos do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina
da USP de Ribeirão Preto, explica que os resultados mostram que a força de interação entre a spike e o ACE2 na nova cepa
é "muito maior". Essa, segundo ele, pode ser a causa da maior transmissibilidade da variante B.1.1.7..
"Usamos um software para medir essa força de interação. Tivemos que baixar de um banco de dados as estruturas químicas
das proteínas, tanto da spike quanto do ACE2, e com a ajuda do programa zemos a análise. O programa já é desenvolvido
pra isso, ele mostra as interações que ocorrem bem ali onde as duas proteínas se 'encostam'", explicou Passos.
Segundo o texto,
A o maior contágio da nova cepa do coronavírus deve-se à maior força de interação entre o vírus e o receptor das
células humanas.
B a nova variante do vírus B.1.1.7 apresenta-se menos transmissível do que a cepa anterior do mesmo vírus.
C a tecnologia permite uma melhor compreensão do vírus, além de facilitar a transmissão das informações sobre a
doença.
D a nova cepa do vírus não se apresenta como um problema preocupante para os países com relação à pandemia.
E a transmissão do vírus em sua nova cepa envolve proteínas que antes não faziam diferença para a doença.
Texto I
Então somos especiais — ou pelo menos é isso que a maioria dos livros de neurociência diz. Nosso cérebro supostamente
possui impressionantes 100 bilhões de neurônios e dez vezes mais células gliais, um córtex cerebral avantajado que triplicou
de tamanho em apenas 1,5 milhão de anos — um tempo irrisório em termos evolutivos — enquanto o cérebro dos grandes
primatas não humanos manteve o mesmo tamanho, um terço do nosso, por no mínimo quatro vezes mais tempo. Os
humanos da variedade sapiens coexistiram com os neandertais e até se misturaram com eles em certo grau, mas no m só a
nossa espécie prevaleceu. Acabamos por governar o mundo, em mais aspectos do que simplesmente dominar os outros
animais: os humanos modernos são a única espécie que pode ir aonde bem entender neste planeta e até sair dele.
Por trás dessas façanhas está o que chamo de “vantagem humana”. Pelo que eu saiba, e ainda que possa parecer
presunção, o fato é que somos a única espécie que estuda a si mesma e as demais, gerando conhecimento para além do
que é observado diretamente; que reforma a si mesma, conserta imperfeições por meio de coisas como óculos, implantes
e cirurgias, alterando, com isso, as probabilidades da seleção natural; e que modi ca vastamente o seu ambiente (para o
bem e para o mal), estendendo seu habitat a lugares improváveis. Somos a única espécie que usa ferramentas para criar
outras ferramentas e tecnologias que ampliam a gama de problemas com os quais podemos lidar; que incrementa suas
habilidades procurando problemas cada vez mais difíceis para resolver; e que inventa modos de registrar o conhecimento e
de instruir as gerações mais novas além do mero ensinamento por demonstração direta. Ainda que seja possível fazer tudo
isso sem habilidades cognitivas exclusivas da nossa espécie (trataremos disso adiante), certamente levamos essas
habilidades a um nível incomparável de complexidade e flexibilidade.
Por décadas, pareceu que a vantagem humana baseava-se em algumas características que fariam do nosso cérebro uma
singularidade, uma exceção às regras. Os gorilas têm mais ou menos o dobro ou triplo do nosso tamanho, mas a massa de
seu cérebro é apenas um terço da do nosso, portanto o cérebro humano seria sete vezes maior em relação à nossa massa
corporal. Esse cérebro humano alentado também gastaria diariamente muito mais energia do que parece razoável para
funcionar: nada menos que um terço da energia necessária para o funcionamento de todo o resto do corpo, inclusive os
músculos, embora o cérebro represente meros 2% da nossa massa corporal. As regras que se aplicam a outros animais não
se aplicariam a nós. Assim, considerando que nossas realizações nos diferenciam de todos os outros seres vivos, parecia
apropriado que nossas habilidades cognitivas extraordinárias requeressem um cérebro extraordinário.
A oração em destaque em “Assim, considerando que nossas realizações nos diferenciam de todos o s outros seres vivos,
parecia apropriado que nossas habilidades cognitivas extraordinárias requeressem um cérebro extraordinário”
deve ser classificada como
4 000023 18 6
Texto I
Então somos especiais — ou pelo menos é isso que a maioria dos livros de neurociência diz. Nosso cérebro supostamente
possui impressionantes 100 bilhões de neurônios e dez vezes mais células gliais, um córtex cerebral avantajado que triplicou
de tamanho em apenas 1,5 milhão de anos — um tempo irrisório em termos evolutivos — enquanto o cérebro dos grandes
primatas não humanos manteve o mesmo tamanho, um terço do nosso, por no mínimo quatro vezes mais tempo. Os
humanos da variedade sapiens coexistiram com os neandertais e até se misturaram com eles em certo grau, mas no m só a
nossa espécie prevaleceu. Acabamos por governar o mundo, em mais aspectos do que simplesmente dominar os outros
animais: os humanos modernos são a única espécie que pode ir aonde bem entender neste planeta e até sair dele.
Por trás dessas façanhas está o que chamo de “vantagem humana”. Pelo que eu saiba, e ainda que possa parecer
presunção, o fato é que somos a única espécie que estuda a si mesma e as demais, gerando conhecimento para além do
que é observado diretamente; que reforma a si mesma, conserta imperfeições por meio de coisas como óculos, implantes
e cirurgias, alterando, com isso, as probabilidades da seleção natural; e que modi ca vastamente o seu ambiente (para o
bem e para o mal), estendendo seu habitat a lugares improváveis. Somos a única espécie que usa ferramentas para criar
outras ferramentas e tecnologias que ampliam a gama de problemas com os quais podemos lidar; que incrementa suas
habilidades procurando problemas cada vez mais difíceis para resolver; e que inventa modos de registrar o conhecimento e
de instruir as gerações mais novas além do mero ensinamento por demonstração direta. Ainda que seja possível fazer tudo
isso sem habilidades cognitivas exclusivas da nossa espécie (trataremos disso adiante), certamente levamos essas
habilidades a um nível incomparável de complexidade e flexibilidade.
Por décadas, pareceu que a vantagem humana baseava-se em algumas características que fariam do nosso cérebro uma
singularidade, uma exceção às regras. Os gorilas têm mais ou menos o dobro ou triplo do nosso tamanho, mas a massa de
seu cérebro é apenas um terço da do nosso, portanto o cérebro humano seria sete vezes maior em relação à nossa massa
corporal. Esse cérebro humano alentado também gastaria diariamente muito mais energia do que parece razoável para
funcionar: nada menos que um terço da energia necessária para o funcionamento de todo o resto do corpo, inclusive os
músculos, embora o cérebro represente meros 2% da nossa massa corporal. As regras que se aplicam a outros animais não
se aplicariam a nós. Assim, considerando que nossas realizações nos diferenciam de todos os outros seres vivos, parecia
apropriado que nossas habilidades cognitivas extraordinárias requeressem um cérebro extraordinário.
Segundo o texto,
A o ser humano é especial porque apresenta um cérebro maior do que o dos primatas.
E o homem leva vantagem porque as regras naturais parecem não se aplicar a eles.
4 000023 18 2
Texto I
Então somos especiais — ou pelo menos é isso que a maioria dos livros de neurociência diz. Nosso cérebro supostamente
possui impressionantes 100 bilhões de neurônios e dez vezes mais células gliais, um córtex cerebral avantajado que triplicou
de tamanho em apenas 1,5 milhão de anos — um tempo irrisório em termos evolutivos — enquanto o cérebro dos grandes
primatas não humanos manteve o mesmo tamanho, u m terço d o nosso , po r n o mínimo quatro vezes mais tempo . Os
humanos da variedade sapiens coexistiram com os neandertais e até se misturaram com eles em certo grau, mas no m só a
nossa espécie prevaleceu. Acabamos por governar o mundo, em mais aspectos do que simplesmente dominar os outros
animais: os humanos modernos são a única espécie que pode ir aonde bem entender neste planeta e até sair dele.
Por trás dessas façanhas está o que chamo de “vantagem humana”. Pelo que eu saiba, e ainda que possa parecer
presunção, o fato é que somos a única espécie que estuda a si mesma e as demais, gerando conhecimento para além do
que é observado diretamente; que reforma a si mesma, conserta imperfeições por meio de coisas como óculos, implantes
e cirurgias, alterando, com isso, as probabilidades da seleção natural; e que modi ca vastamente o seu ambiente (para o
bem e para o mal), estendendo seu habitat a lugares improváveis. Somos a única espécie que usa ferramentas para criar
outras ferramentas e tecnologias que ampliam a gama de problemas com os quais podemos lidar; que incrementa suas
habilidades procurando problemas cada vez mais difíceis para resolver; e que inventa modos de registrar o conhecimento e
de instruir as gerações mais novas além do mero ensinamento por demonstração direta. Ainda que seja possível fazer tudo
isso sem habilidades cognitivas exclusivas da nossa espécie (trataremos disso adiante), certamente levamos essas
habilidades a um nível incomparável de complexidade e flexibilidade.
Por décadas, pareceu que a vantagem humana baseava-se e m algumas características que fariam d o nosso cérebro uma
singularidade, uma exceção às regras. Os gorilas têm mais ou menos o dobro ou triplo do nosso tamanho, mas a massa de
seu cérebro é apenas um terço da do nosso, portanto o cérebro humano seria sete vezes maior em relação à nossa massa
corporal. Esse cérebro humano alentado também gastaria diariamente muito mais energia do que parece razoável para
funcionar: nada menos que um terço da energia necessária para o funcionamento de todo o resto do corpo, inclusive os
músculos, embora o cérebro represente meros 2% da nossa massa corporal. As regras que se aplicam a outros animais não
se aplicariam a nós. Assim, considerando que nossas realizações nos diferenciam de todos os outros seres vivos, parecia
apropriado que nossas habilidades cognitivas extraordinárias requeressem um cérebro extraordinário.
No trecho “Ainda que seja possível fazer tudo isso sem habilidades cognitivas exclusivas da nossa espécie (trataremos
disso adiante), certamente levamos essas habilidades a um nível incomparável de complexidade e exibilidade”, o conectivo
destacado estabelece uma relação de
A adição
B explicação
C conclusão
D oposição
E proporção
4 000023 179
Respostas:
1 2 C 3 A 4 B 5 E 6 B 7 A 8 E 9 D 10 A 11 C
12 D 13 A 14 D 15 E 16 B 17 D 18 A 19 E 20 C 21 D 22 A
23 A 24 C 25 D 26 C 27 E 28 D 29 A 30 B 31 D 32 B 33 D
34 E 35 C 36 A 37 A 38 E 39 C 40 C 41 D