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Portugol/Plus: Uma Ferramenta de Apoio Ao Ensino de Lógica de Programação Baseado No Portugol

1) O documento descreve o Portugol/Plus, uma ferramenta desenvolvida para apoiar o ensino de lógica de programação baseada na linguagem Portugol. 2) A ferramenta consiste em um editor de algoritmos e um compilador que gera código em Pascal a partir de algoritmos escritos em Portugol. 3) O objetivo é estimular os alunos a praticar o desenvolvimento de algoritmos, melhorando o aprendizado de lógica de programação.

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Portugol/Plus: Uma Ferramenta de Apoio Ao Ensino de Lógica de Programação Baseado No Portugol

1) O documento descreve o Portugol/Plus, uma ferramenta desenvolvida para apoiar o ensino de lógica de programação baseada na linguagem Portugol. 2) A ferramenta consiste em um editor de algoritmos e um compilador que gera código em Pascal a partir de algoritmos escritos em Portugol. 3) O objetivo é estimular os alunos a praticar o desenvolvimento de algoritmos, melhorando o aprendizado de lógica de programação.

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IV Congresso RIBIE, Brasilia 1998

PORTUGOL/PLUS: UMA FERRAMENTA DE APOIO AO ENSINO DE LÓGICA


DE PROGRAMAÇÃO BASEADO NO PORTUGOL

ahmed ali abdalla esmin


esmin@unoescjba.rct-sc.br
fax : (049) 566-1422

Introdução

O ensino da lógica de programação geralmente é tratado nas primeiras fases dos


cursos de informática, onde os alunos iniciantes aprendem a desenvolver o raciocino
lógico para então escrever algoritmos para solução de problemas. O Portugol é uma
pseudo-linguagem algorítmica muito utilizada na descrição de algoritmos, destaca-se pelo
uso de comandos em português, o que facilita o aprendizado da lógica de programação,
habituando o iniciante com o formalismo de programação.
Apesar de todas essas vantagens, o Portugol apresenta o inconveniente dos
algoritmos não poderem ser executados no computador. Dessa forma, o iniciante precisa
imaginar a sua execução, o que não é uma tarefa tão fácil para quem está começando.
A lógica para programação consiste em aprender a pensar na mesma seqüência
em que o computador executa as tarefas, aprende-se a imaginar como as ações serão
executadas partindo-se do estudo de um problema até chegar a construção de um
algoritmo (solução). Considere com exemplo o seguinte problema:
“Expressar o resultado da soma de dois valores.”
É comum, para uma pessoa pensar em algo assim:
“Pegar os dois valores, somar e dar o resultado.”
Após ter adquirido uma certa experiência, a mesma pessoa pode, de forma
automática, converter tal pensamento em instruções sem necessidade de especificar
detalhadamente os processos que estão implícitos nesta pequena rotina (ver tabela 1):

Tabela 1: Ações
Ações Operações
PEGAR Receber os dois valores numérico e armazená-los
SOMAR Executar a instrução da soma e armazenar o resultado
DAR O Mostrar o resultado, armazená-lo para uso posterior ou para ser
RESULTADO visualizado em outra oportunidade

Quanto maior o domínio da lógica de programação, mais fácil será detalhar as


tarefas envolvidas na solução do problema proposto e mais eficiente será o algoritmo
criado, porém, para um iniciante construir um algoritmo que permita a um computador
executar a tarefa proposta não é tão simples.
Segundo (FARRER, 1989, p. 17): "Algoritmo é a descrição de um conjunto de
comandos que, obedecidos, resultam numa sucessão finita de ações.”
A tabela1, mostra dois algoritmos, um bastante genérico (ações) e outro um
pouco mais detalhado (operações), porém, apesar de apresentar um bom nível de
detalhamento ainda não pode ser considerado um algoritmo para o computador. Em
Portugol, o mesmo algoritmo pode ser escrito da seguinte forma:

Algoritmo exemplo;
Var v1 ,v2 , v3 : inteiro;
Inicio
leia (v1);
leia (v2);
v3 ← v1 + v2;
escreva (v3);
Fim.

A representação dos algoritmos em Portugol, conhecido também como


Pseudocódigo, é muito utilizada, segundo (SALIBA, 1992, p. 6): "Esta forma de
representação de algoritmo é rica em detalhes, como a definição dos tipos das variáveis
usadas no algoritmo e, por assemelhar-se bastante à forma em que os programas são
escritos, encontra muita aceitação."
A tradução de um algoritmo escrito em Portugol para um programa de
computador numa linguagem de programação é muito fácil e clara, facilitando assim o
ensino e aprendizado da linguagem de programação. O Portugol é a forma mais utilizada
para escrever algoritmos por ser uma linguagem simples e permitir o detalhamento dos
algoritmos.
O ensino do Portugol, hoje, é feito de maneira manual (utilizando folhas de
papel), o que não estimula os alunos em aprender e exercitar o desenvolvimento de
algoritmos.
Este trabalho apresenta um ambiente para o desenvolvimento de algoritmo em
Portugol com o auxilio do computador.

A Ferramenta Portugol/Plus

O Objetivo principal do sistema Portugol/Plus é fornecer uma ferramenta de


apoio ao ensino da lógica de programação baseado no Portugol, sem reduzir o estudo
teórico. Com esta ferramenta pretende-se proporcionar uma forma de estimular os alunos
a praticar e exercitar o desenvolvimento de algoritmos em Portugol.
O ambiente foi desenvolvido para operar em microcomputador do tipo PC (Personal
Computer), sob o sistema operacional DOS (Disk Operating System), e divide-se em
duas partes principais:
• Editor de algoritmos (padrão ASCII);
• Compilador.
1) Editor de Algoritmos

Figura 1: Visão Geral do Ambiente


O editor de algoritmos, permite a digitação e a manipulação dos arquivos que
contém os algoritmos utilizando uma interface dirigida por menus. Numa visão geral
(figura 1) vê-se os diversos menus (Arquivo, Editar, Localizar, Compilar, Janela e
Opções):
• O menu arquivos permite, como o nome diz, a manutenção de arquivos, com itens
como criar, salvar e salvar como (salvar com outro nome), contando também com
ações extras, tais como:
• Mudar o dir que serve para alterar o diretório (área de trabalho) em que o
ambiente pesquisa os arquivos para edição.
• Dos shell que serve para se obter uma sessão de linha de comando do sistema
operacional sem abandonar o ambiente.
• Sair para encerrar a execução do ambiente.
• O menu editar permite executar ações sobre os arquivos em edição (abertos), estas
ações compreendem copiar, mudar e/ou apagar partes dos arquivos em edição.
• O menu localizar ajuda na busca e/ou substituição de trechos escritos no arquivo
atual em uso (corrente).
• O menu janela controla o modo como são visualizados todos os arquivos abertos (em
edição) em um mesmo instante.
• O menu opções controla valores configuráveis pelo usuário dentro do ambiente
como cores e mouse.

Figura 2 : Visão do Menu Compilar


• O menu compilar (figura 2), serve para tornar possível a execução dos algoritmos
criados. Após editado e salvo, usa-se este menu para a realização da compilação do
algoritmo, depois de corrigidos os erros (caso seja encontrado algum), pode-se
executar o algoritmo para ver o seu comportamento, se o resultado obtido é
realmente o desejado. Podendo-se também, o que é muito importante para o
aprendizado, partir para sucessivos refinamentos (melhorias) nas soluções
encontradas, sempre tendo-se a possibilidade de visualizar como as alterações feitas
afetam o resultado pretendido (a nova solução pode vir a ser melhor, pior ou
equivalente).
2) Compilação
O conhecimento sobre a construção de compiladores, segundo (AHO, 1995;
JOSÉ NETO, 1987) remonta do início da década de 50, não se sabendo precisamente o
seu início. A construção de compiladores foi motivada pela complexidade de programar
em computadores na época, quando usava-se código de máquina ou assembler, o que
além de difícil, forçava a execução do programa no equipamento para o qual o mesmo
havia sido escrito, pois em outros o código precisava ser reescrito, o que resultava em
versões do mesmo programa para cada tipo de equipamento.
Os compiladores são programas que recebem com entrada um programa fonte,
analisam-no o conteúdo e o contexto, caso encontrem erros informam ao usuário, do
contrário, convertem o programa fonte para um programa objeto geralmente em
linguagem da máquina.
O compilador trabalha sobre uma gramática, que é um conjunto de palavras
(instruções) limitado por ele e reconhecidas como comandos, que tem regras fixas e não
conflitantes de uso, o que significa que uma instrução tem apenas um significado para
um compilador, não havendo ambigüidade.

O Compilador do Portugol/Plus

Algoritmo Analisador Analisador Programa


em Léxico Sintático em
Portugol Pascal

Figura 3: O Compilador
Durante o processo de compilação como mostrado na figura 3, o compilador do
ambiente Portugol/Plus faz uma verificação da sintaxe das instruções usadas no
algoritmo, caso não sejam encontrados erros, um programa objeto é gerado na linguagem
de programação Pascal (FARRER, 1995). Através de um compilador Pascal executa-se o
programa objeto.

Conclusões

A programação de computador, não é algo muito complexo de ser aprendida, no


entanto, para o seu aprendizado é necessário dominar a lógica de programação. O ensino
da lógica depara-se hoje com uma problemática, que é a falta de experimentar na prática
o que é estudado na teoria. A falta de prática desestimula os alunos iniciantes a
aprofundar no conteúdo a ser aprendido.
Visando a melhoria do ensino da lógica foi desenvolvido o Portugol/Plus, que é
um sistema que auxilia na tarefa de ensinar e estudar a lógica de programação. Ele
estimula o aluno a praticar e exercer o desenvolvimento de algoritmos, facilitando assim o
trabalho do professor e também ajudando o aluno a ter um domínio melhor sobre o
assunto.
O principal público alvo são os alunos iniciantes dos cursos de Informática, onde
se espera, com a utilização desta ferramenta, um aumento no domínio do conteúdo da
lógica.
Atualmente, o Portugol/Plus está sendo utilizado em caráter experimental pelo
professor da matéria (Introdução à Computação), onde será avaliada a sua utilidade
prática.
O ambiente foi desenvolvido em PC para o sistema operacional DOS, utilizando
a linguagem de programação Pascal. Pretende-se desenvolver um nova versão para a
plataforma Windows.

REFERÊNCIAS

AHO, Alfred V., SETHI, Ravi, ULLMAN, Jeffrey D. Tradução de Daniel de Ariosto
Pinto. Compiladores: princípios, técnicas e ferramentas. Rio de Janeiro : LTC,
1995. 344 p. Traduzido de: Compilers, principles, techiniques and tools.
FARRER, Harry, [et al.]. Pascal estruturado. 2 . ed. Rio de Janeiro : Guanabara
Koogan, 1995. 255 p.
FARRER, Harry, [et al.]. Algoritmos estruturados. Rio de Janeiro : Guanabara
Koogan, 1989. 259 p.
JOSÉ NETO, João. Introdução a compilação. Rio de Janeiro : LTC, 1987. 222 p.
SALIBA, Walter Luiz Caram. Técnicas de programação: uma abordagem
estruturada. São Paulo : Markon, 1992. 141 p.

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