Materiais e Agregados para Pavimentação

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4

A IMPORTÂNCIA DOS SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICa .... 5

MATERIAIS UTILIZADOS NA PAVIMENTAÇÃO ....................................... 6

3.1 Brita Graduada Simples: ...................................................................... 6

3.2 Macadame Hidráulico: .......................................................................... 8

3.3 Macadame Seco: ............................................................................... 10

SOLO CIMENTO ...................................................................................... 11

4.1 Vantagens da utilização do solo-cimento ........................................... 12

4.2 Características do solo ....................................................................... 13

4.3 Corpo de prova ................................................................................... 13

4.4 Ensaios de resistência à compressão com base na NBR 8491/1984 14

4.5 Tempo e condições de cura da mistura solo-cimento ........................ 15

4.6 Adição de fibras para melhoria das propriedades .............................. 17

REMEDIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS


SUBTERRÂNEAS. .................................................................................................... 18

5.1 Avaliação de risco e estabelecimento de metas de remediação


baseadas em risco ................................................................................................. 20

CAMADAS CONSTITUINTES: CONCRETO DE CIMENTO PARA


PAVIMENTAÇÃO ...................................................................................................... 21

6.1 Estudo do traço do concreto............................................................... 22

6.2 Ensaios de caracterização dos materiais ........................................... 23

6.3 Ensaios de caracterização do concreto .............................................. 24

6.4 Controle de qualidade dos materiais e do concreto ........................... 24

PROJETO DE DRENAGEM para em pavimentos rígidos ........................ 25

7.1 Drenagem Superficial ......................................................................... 25


7.2 Bueiros ............................................................................................... 26

7.3 Drenagem profunda ........................................................................... 26

7.4 Dreno Vertical..................................................................................... 29

MATERIAIS DE RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................... 30

8.1 Conceitos sobre resíduos sólidos ....................................................... 30

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 32


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INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da


sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se
levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para
que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça
a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual,
é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao
protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida
e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos

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A IMPORTÂNCIA DOS SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA

Fonte: hmgpav

Diariamente os cidadãos precisam deixar seus lares para irem ao trabalho e na


maioria dos casos utilizam as vias da cidade para tal. A rapidez e segurança dessas
viagens estão ligadas diretamente a qualidade do pavimento das ruas, avenidas e
estradas. Muitas pessoas dirigem quilômetros até o trabalho e a boa condição das
vias se faz cada vez mais importante. Uma boa pavimentação requer uma adequada
estrutura, porém para que essa estrutura seja realizada da maneira correta algumas
etapas no projeto são necessárias. O foco principal desse trabalho é definir tais etapas
explicando a sua importância para o projeto final e bom funcionamento do pavimento
(ROSSI, 2017).
Os centros urbanos estão em constante movimentação e expansão, o que torna
necessárias obras de melhorias, conservação e ampliação com maior frequência e,
nesse processo, são utilizados os serviços de pavimentação asfáltica. Seja para a
construção ou manutenção de ruas, estradas e rodovias, condomínios,
estacionamentos e diversos outros locais, é importante o processo de pavimentação
asfáltica para garantir boas condições de locomoção e segurança ao trafegar.

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MATERIAIS UTILIZADOS NA PAVIMENTAÇÃO

Os materiais utilizados na pavimentação podem variar conforme o tipo de


pavimento ou tipo de camadas necessárias em cada obra. Os materiais utilizados para
a base, sub-base e reforço do subleito são classificados segundo sua natureza e
comportamento. Existem muitos tipos de materiais utilizados nesse tipo de obra, a
seguir serão apresentados os mais comuns, que serão adotados no estudo de caso
desse projeto.
Segundo Moura (2018), os materiais pétreos utilizados em camadas de
pavimento podem ser classificados em dois grupos: naturais e artificiais:
Materiais naturais podem ser obtidos diretamente da natureza, sendo apenas
beneficiado por um processo de lavagem ou de cominuição:

Pedra britada,
Seixo rolado,
Areia de cava ou de rio

Já os materiais artificiais devem, necessariamente, passar por algum processo


industrial para enquadramento desse material como agregado (MOURA, 2018):

Escória de aciaria ou de alto forno


Reciclado de construção e demolição (RCD)
Argila expandida ou calcinada

Agregados e materiais para bases, sub-bases e reforço de subleito

3.1 Brita Graduada Simples:

É um material bem graduado com diâmetro nominal máximo de 38mm,


porém é mais usual com diâmetros nominais menores, mais possui poucos finos
passantes na peneira 200. Geralmente apresenta índice de 17 suporte Califórnia
(CBR) maior que 60% e expansão nula ou muito baixa. A distribuição do material

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deverá ser realizada preferencialmente com vibro acabadora e ser compactada logo
após o espalhamento do material na pista (ODA, 2016 apud ROSSI, 2017).

Fonte: pedreirabeirario

No dizer de Moura (2018) por definição brita graduada simples (BGS) é um


material pétreo, oriundo da britagem de rocha sã e composto em usina, atendendo a
uma distribuição granulométrica bem graduada e que quando compactada
adequadamente resulta em uma camada de pavimento com propriedades satisfatórias
quanto à estabilidade e durabilidade.
Trata-se de um dos materiais mais empregados em camadas de bases e sub-
bases de pavimentos no Brasil devido ao seu intertravamento (características da
distribuição granulométrica) apresenta-se como um material com um bom nível de
estabilidade como camada de pavimento (MOURA, 2018).
O valor de módulo de resiliência, normalmente, conceitua Moura (2018)
encontrados para esse tipo de material situa-se entre 100 MPa a 400 MPa, estando
esses valores intimamente relacionados à origem mineralógica dos agregados, a
forma das partículas, a distribuição granulométrica ao grau de compactação e por se
tratar de um material permeável, ao grau de comatação de seus vazios, dentre outros
fatores menos influentes. O parâmetro de compactação para a brita graduada simples
- BGS são: teor de umidade de moldagem na ordem de 3% a 5% e massa específica
aparente seca, normalmente, superior a 2,0 g/m3.
A utilização desse material em camada de pavimento, no dimensionamento,
recomenda-se que a espessura da camada de brita graduada simples - BGS

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compactada não deve ser superior a 15 cm, caso deseje-se espessuras maiores,
deve-se compactar em mais de uma camada. Tem-se registros que em pavimentos
que foram utilizados espessuras maiores de 15 cm, foram registrados deslocamentos
superiores aos desejáveis (MOURA, 2018).

3.2 Macadame Hidráulico:

É composto por agregado graúdo, agregado miúdo e água. Foi um material muito
utilizado antigamente, antes do aparecimento da BGS, ainda é utilizado em locais que
não apresentam usinas de BGS. Primeiramente o agregado graúdo é distribuído na
pista, devendo ser compactado. Após a realização dessa etapa, deverá ser adicionado
o agregado miúdo que irá se localizar nos vazios existentes entre os agregados
graúdos. Por fim, para preencher qualquer outro vazio são adicionados os agregados
finos e a água que irão se alojar nos vazios e formar uma estrutura firme da camada
(ODA, 2016 apud ROSSI, 2017).

Fonte: ufrj.br

Material macadame teve sua origem na Inglaterra no início do século XIX, por
concepção de MacAdam e foi bastante emprego nas primeiras rodovias
brasileiras, (BERNUCCI et al, 2007 apud MOURA, 2018).

Como exemplifica o autor acima a abordagem desse material difere dos


demais, pelo fato de somente após a conclusão da camada é que pode-se assumir

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esse material como um material de pavimentação. Os materiais como: brita graúda,


material de enchimento e mesmo o material de bloqueio, são constituintes do
macadame. Pode-se afirmar que o macadame é um processo construtivo de uma
camada de pavimentação, diferentemente do: solo, solo brita cimento, CA, BGTC, da
BGS, etc., pois esses tratam-se se materiais que antes de serem aplicados como
camada de pavimento, já assumem a designação de material de pavimentação, o que
não ocorre com o macadame. Assim, devido a essa particularidade é apresentado
nessas notas de aula o processo construtivo desse material.
A norma do DNIT 152/2010-ES define macadame hidráulico como uma
“camada de pavimento constituída por uma ou mais camadas de agregados graúdos
com diâmetro variável de 3,5” a 1/2" (88,9 mm a 12,7 mm), compactadas, com as
partículas firmemente entrosadas umas às outras, e os vazios preenchidos por
agregado para enchimento, com ajuda lubrificante da água” (MOURA, 2018).
As mesmas especificações de serviço apontam as características dos
agregados devem atender para serem empregados no macadame hidráulico. Como
descrito por MOURA (2018) abaixo:

 Durabilidade agregado graúdo com perdas menores que: 20% no sulfato de


sódio e 30% no sulfato de magnésio;
 Abrasão Los Angeles menor que 50%;
 O agregado graúdo deve ter diâmetro máximo compreendido entre 1/2 e 2/3 da
espessura final de cada camada executada, devendo ser constituído de
fragmentos duros, limpos e duráveis, livres de excesso de partículas lamelares,
macias ou de fácil desintegração, e de outras substâncias prejudiciais;
 O pedregulho ou o cascalho britado devem apresentar, no mínimo, 75% em
peso de partículas com duas faces obtidas na britagem.
 Índice de forma menor ou igual a 2 conforme NBR 7809(2013);
 Limite de liquidez ≤ 25% e IP ≤ 6% para a fração de material passante na
peneira n. 40 (0,42 mm de abertura). Para o material de enchimento e IP ≤ 6%
para a mesma fração do material de graduação fina;
 EA mínimo de 55%;

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3.3 Macadame Seco:

Fonte: alemdainercia

É similar ao macadame hidráulico, porém a diferença é que nesse caso não


há presença de água para realizar o preenchimento dos vazios na camada.
(ODA, 2016 apud ROSSI, 2017).

Macadame seco assemelha-se muito com o macadame hidráulico, dentre as


diferenças a que se destaca é a não utilização de água como agente lubrificante para
auxílio na densificação da camada. A sub-base ou base de macadame seco é
constituída por agregados graúdos, naturais ou britados. Seus vazios são preenchidos
a seco por agregados miúdos, cuja estabilização é obtida pela ação da energia de
compactação, (DER-SP e DER-PR, 2005 apud MOURA, 2018). Aplicado em uma
única camada, como base ou sub-base de pavimento, com espessuras acabada entre
10 cm.
Conforme Cremonini (2016) em sua obra. “O agregado graúdo, constituído por
pedra britada resultante de britagem primária (pedra pulmão) de rocha sã ou, em
casos especiais, oriundos de materiais pétreos naturais desmontados pela ação de
lâmina e escarificador de trator de esteiras ou por simples detonações (basaltos
vítreos), deve apresentar fragmentos duros, limpos e duráveis, livres de excesso de
partículas lamelares ou alongadas macias ou de fácil desintegração e de outras
substâncias ou contaminações prejudiciais. ”

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Fonte: static

O material de enchimento e da camada de isolamento deve constituir-se por


produto de britagem com 50% do material com granulometria entre ¾” (19,1 mm) e
3/8” (9,5 mm) e 50% do material com granulometria inferior a 3/8”, de forma a permitir
o travamento da camada de pedra rachão e evitar a penetração no material do subleito
(MOURA, 2018).

SOLO CIMENTO

Fonte: tecnogeo
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Segundo as normas brasileiras, solo-cimento é o produto endurecido
resultante da cura de uma mistura íntima compactada de solo, cimento e água
em proporções estabelecidas através de dosagem, executada conforme a
NBR 12254 (1990). Porém, os conceitos propostos pelos diversos autores de
trabalhos nessa área complementam essa definição. Segundo o (CEBRACE
1981 e a ABCP 1985 apud SILVA, 2005).

O solo-cimento é um material de construção constituído pela mistura


homogeneizada, compactada e curada de solo, cimento Portland e água em
proporções adequadas à finalidade de uso. Possui boa resistência à compressão,
durabilidade e impermeabilidade além de baixa retração volumétrica. A maior parte da
mistura é solo sendo que a fração de cimento é muito baixa (5 a 10 % de cimento em
peso são suficientes para estabilizar o solo conferindo-lhe as propriedades desejadas)
(CREMONINI, 2016).
Os solos ideais para esta mistura são aqueles que apresentam uma curva
granulométrica bem distribuída, isentos de matéria orgânica, devendo-se ainda evitar
os que contenham argilo-minerais do tipo montmorilonitas. Esta mistura apresentada
sob a consistência de uma “farofa” pode ser usada na execução de fundações, contra
pisos, paredes monolíticas, tijolos e blocos. Pode ser aplicada ainda na construção de
casas, escolas, postos de saúde e outras unidades comunitárias. A boa qualidade e o
bom desempenho deste material podem ser comprovados através das obras
construídas e dos trabalhos técnicos (SILVA, 2005).

4.1 Vantagens da utilização do solo-cimento

Os materiais são de fácil obtenção, o sistema construtivo é simples, e o


investimento em equipamentos é mínimo (CEPED, 1985 apud SILVA, 2005).

A mistura solo-cimento, de baixo custo e fácil execução oferece resistência e


durabilidade tais que permitem seu emprego nas fundações e paredes de edificações
simples, quer sob a forma de blocos prensados (tijolos), quer constituindo painéis
inteiriços, construídos por processo manual, mediante compactação (CEBRACE,
1981 apud SILVA, 2005).
Entre as vantagens do Tijolo de Solo-Cimento pode-se destacar desde o seu
processo de fabricação, no qual se utiliza basicamente um material de grande
abundância em todo planeta: o solo. Observa-se também que todo o processo pode
ser feito manualmente, o que aproxima e abrange uma população menos favorecida
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de recursos. Além disso não é necessária a queima do tijolo, com isso não há emissão
de gases poluentes (MOTTA et al., 2014).

4.2 Características do solo

Na visão de Motta et al (2014) para início do processo de fabricação do tijolo,


seguiram-se os seguintes passos:
1. Busca do solo;
2. Testes de amostras;
3. Vidros transparentes para facilitar a visualização dos resultados;
4. Adicionar sal para tornar a água mais densa;
5. Após misturado solo dentro do frasco à fração areia, a parte mais densa
aparecerá no fundo;
6. A fração de argila, que é a parte menos densa, ficará acima;
7. A matéria orgânica ficará na parte superior boiando;
8. O importante é que, no fundo do frasco, tenha-se de 50% a 70% do solo.
Considera-se bom quando a quantidade de areia passar da metade

4.3 Corpo de prova

Para execução dos testes, exemplifica Motta et al (2014) é necessário que haja
corpos de prova e, para tal, procedeu-se:

 A mistura inicial feita com: 15 partes de solo; 01parte de cimento;


 O material foi socado em frasco, embalagens lisas que permitam a remoção
do corpo de prova sem danificá-lo;
 O corpo de prova bom não risca com a unha depois de desenformado. Depois
de confeccionados, os tijolos foram submetidos ao processo de cura e foram
armazenados em local protegido do sol e do vento e molhados diariamente, de acordo
com o período preestabelecido para cada tratamento.

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As principais fases do processo concluídas no dizer de Serna e Rezende (2004)
conferem as propriedades requeridas para o tijolo ecológico. Estas propriedades,
definidas em normas, são o índice de absorção de água e a resistência à compressão.
A fabricação de tijolos ecológicos não está amparada por nenhuma regulamentação
específica, porém devem-se respeitar as normas da ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas).
Os ensaios físicos e mecânicos devem obedecer às prescrições da norma
da ABNT NBR-8492, denominada Tijolo maciço de solo-cimento: determinação da
resistência à compressão e da absorção de água: método de ensaio e da norma NBR-
8491 denominada Tijolo maciço de solo-cimento: especificação (MOTTA et al., 2014,
p. 1).

4.4 Ensaios de resistência à compressão com base na NBR 8491/1984

Fonte: testecon

Partindo da NBR 8492/1984 para o ensaio de resistência à compressão


simples, do ponto de vista de Motta et al. (2014) o capeamento das faces de trabalho
deve ser feito com pasta de cimento Portland de consistência plástica, com espessura
mínima necessária para que se obtenham faces planas e paralelas. Os valores ideais
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a serem encontrados neste teste são: mínimo de 2 MPA (média) e 1,7 MPa
(individualmente).
Conforme Motta et al. (2014), em sua obra na separação dos corpos de prova,
os tijolos são cortados ao meio, perpendicularmente à sua maior seção, e
superpostos, por suas maiores faces; as metades obtidas e suas superfícies cortadas
são colocadas invertidas, ligadas por uma fina camada de cimento, que são deixadas
em repouso. A segunda etapa é realizada após 24 horas com a realização de uma
cobertura de cimento sobre a superfície do tijolo.
Quando a camada de cimento começa a endurecer, retira-se o excesso com a
finalidade de dar um acabamento final à superfície. Na terceira etapa, feita após 24
horas, realiza-se o mesmo processo na superfície oposta de trabalho. Após estes
procedimentos, as dimensões dos corpos de prova devem ser determinadas com o
auxílio de uma régua de precisão. Para a compressão, os corpos de prova
devidamente selecionados são colocados sobre o prato inferior da máquina de
ensaios de compressão, ficando centralizados a ele (MOTTA et al., 2014, p. 1).
Então se aplica uma carga sobre o corpo de prova e os resultados são anotados
com unidade em (kgf), assim a carga é elevada até atingir a ruptura do corpo de prova.

4.5 Tempo e condições de cura da mistura solo-cimento

Fonte: sahara

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Segundo Cebrace (1981 e Taveira 1987 apud SILVA, 2005), a hidratação do
solo-cimento nos primeiros dias após a moldagem é fundamental. Em caso de
secagem rápida, pode ocorrer uma redução na resistência de aproximadamente 40
%, o que torna a cura um processo indispensável. A cura mal feita pode influir também
no acabamento final, podendo as superfícies de solo-cimento apresentar um
esfarelamento superficial tornando-as vulneráveis às intempéries e à qualquer ação
mais rigorosa.

A NBR 12024 (1992 apud SILVA, 2005) especifica que após a moldagem,
os corpos-de-prova de solo-cimento devem ser colocados em câmara úmida
à temperatura de (23±2) ºC e umidade relativa do ar não inferior a 95 %.
Especifica ainda que para fins exclusivos de dosagem de solo-cimento, o
período de cura deve ser, obrigatoriamente de sete dias. Porém, outras
idades de cura podem ser consideradas para controle de obra, pesquisas,
ensaios especiais e outros.

Um fator importante a ser considerado é o armazenamento das peças. As


mesmas deverão, após a prensagem e desmoldarem, ser empilhadas sobre um piso
plano à sombra ou em local coberto e protegido. Depois de curado, o tijolo ou bloco
de solo-cimento possui alta resistência à compressão simples e baixa absorção
(ABCP, 1985 apud SILVA, 2005).
Conhecendo os diversos tipos de cura utilizados para a confecção de tijolos de
solo-cimento, o CEPED (1999 apud SILVA, 2005), realizou alguns ensaios,
desenvolvendo assim, um gráfico que se encontra abaixo relacionando a resistência
à compressão simples em corpos-de-prova submetidos à algumas condições de cura.
Tais estudos comprovaram ainda haver uma redução na resistência da ordem de 40%
quando não se usa qualquer processo que evite uma secagem rápida. Esta secagem
rápida ocasiona a formação de trincas e, no caso da não ocorrência de um processo
sistemático de molhagem, pode ocorrer ainda um “esfarelamento” superficial,
tornando a peça de solo-cimento, vulnerável a qualquer ação mais rigorosa de chuvas
e ventos. Se a rigidez da mistura for muito elevada e se as condições de cura forem
inadequadas ocorre a formação de trincas transversais de retração na camada
cimentada (SPECH et al., 2002 apud SILVA, 2005).

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Fonte: repositório

4.6 Adição de fibras para melhoria das propriedades

Existem vários tipos de fibras, como as de base orgânica; sisal, casca de


coco, celulose, palha, entre outras, e também as de base inorgânica;
polipropileno, aço, amianto, etc. No caso das fibras de aço elas são bastante
eficientes na contenção de fissuras evitando o seu desenvolvimento, porém
não garante que evite o surgimento de fissuras. Um caso grave é acreditar
que as fibras sejam uma panacéia para o concreto, o que é incorreto, pois
ainda não é possível encontrar um concreto que por causa da adição de
novos componentes no mercado, seja ele qual for, evite a fissuração,
principalmente por retração (OLIVEIRA et al, 2010 apud SOUZA; ASSIS,
2014).

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Fonte: periódicos

O uso da fibra na formação do concreto torna-o mais flexível, aumentando sua


ductilidade, ou seja, a quantidade de deformações possíveis que pode ocorrer no
concreto antes do rompimento do material. As fibras inibem a propagação de fissuras
no compósito cimentício, atuando como obstáculo ao interceptarem as microfissuras.
Neste caso, proporcionam um aumento na resistência do compósito e evitam o
aparecimento prematuro das macrofissuras. Conferindo a estas um aumento
significativo da energia associada à ruptura do material e incrementam a ductibilidade
e a tenacidade do compósito. No concreto endurecido, limitam o comprimento e a
abertura das fissuras, diminuindo também a permeabilidade do concreto e,
melhorando assim sua durabilidade (TASCA et al, 2010 apud SOUZA; ASSIS, 2014).

REMEDIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS.

Conforme Trovão (2006 apud SANTOS; UNGARI; SANTOS, 2008), quando é


percebido um vazamento, este já se encontra bastante avançado, tornando-se difícil
a quantificação de contaminante. Muitos autores apresentaram trabalhos no sentido
de quantificar o volume vazado retido por capilaridade na zona saturada e não-
saturada.

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Fonte: doxor

Os mecanismos de transferências de massa do contaminante de uma fase para


a outra ocorrem de forma dinâmica. As quantidades de produto presente em cada fase
podem alterar-se tanto devido à biodegradabilidade como por transferência de massa
da fase livre, para fase vapor, ou da fase vapor para adsorvida, ou de fase livre para
dissolvida e assim por diante. Esta situação induz a erros significativos associados à
quantificação de combustível presente na subsuperficie. (LAGREGA, 1994;
FERREIRA, 2000 apud SOUZA; ASSIS, 2014).
O Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, Lopes et al. (2001 apud
SOUZA; ASSIS, 2014) explica as diferenças entre remediação ou recuperação de
uma determinada área contaminada e divide as medidas de remediação em dois tipos:

a) medidas de contenção ou isolamento da contaminação e;


b) medidas para o tratamento dos meios contaminados visando a eliminação
ou redução dos níveis de contaminação a níveis aceitáveis ou previamente definidos.

Para o estudo de passivo ambiental, os poços de monitoramento são muito


importantes, uma vez que é através deles que são feitas as investigações para
delimitação da pluma de contaminação. As análises químicas de solo e água,
informações sobre litologia e potenciometria local, anisotropia do terreno, partem
destes poços (SANTOS; UNGARI; SANTOS, 2008).

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Segundo Miller (2001 apud SOUZA; ASSIS, 2014) algumas técnicas de
remediação utilizam água do próprio aquífero para promover a expulsão do
combustível da zona não saturada, no entanto, esta situação pode causar um
enclausuramento do líquido não-molhante, o que causaria um agravamento no quadro
da contaminação ao invés de uma remediação. Os combustíveis presentes no solo
devido à contaminação apresentam certa geometria. Esta geometria quando é
quebrada devido à infiltração de água, faz com que o contaminante desça, chegando
mais rapidamente em contato com a água subterrânea modificando e aumentando o
quadro de contaminação local.

5.1 Avaliação de risco e estabelecimento de metas de remediação baseadas


em risco

De acordo com o setor de apoio técnico em áreas contaminadas da CETESB


apud 2006 SOUZA; ASSIS, 2014), a elaboração de um bom cenário teórico de
exposição é fundamental para o êxito da avaliação de risco. É nesse cenário que será
possível considerar as variáveis que independem da vontade ou determinação do
poluidor, como por exemplo, os usos legais atuais e futuros da área fonte e de seus
entornos, e os usos atuais e futuros das águas subterrâneas. Não é praxe entre nós
que os analistas de risco considerem que os gestores desses recursos podem ser
levados a alterar os usos atuais por pressão pública ou por demandas não previstas
no planejamento.
No dizer de SANTOS; UNGARI; SANTOS, 2008) também se deve considerar
que o poluidor não é o detentor da posse dos terrenos vizinhos e que a imposição de
restrições quanto ao usufruto de propriedade de terceiros pode constituir-se em um
grave entrave na tomada de decisão quanto aos níveis de remediação que serão
aceitos. Também, sempre que a imposição de restrições quanto ao uso e ocupação
do solo ou quanto a captação e consumo de águas subterrâneas for imperativa, em
face da contaminação existente, a autoridade pública competente deverá dispor de
todos os dados que permitam o embasamento técnico de suas decisões, até porque
muitas delas serão questionadas judicialmente pelas partes que se sentirem
prejudicadas.

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Assim, conforme os dizeres do autor acima recomenda-se que todas as plumas
de contaminação do solo e das águas subterrâneas sejam mapeadas espacialmente
(em plantas e cortes) até os níveis considerados aceitáveis e que pelo menos um dos
cenários teóricos de exposição reflita sempre aquele de pior caso, mesmo sabendo-
se que possa ser improvável. Por outro lado, qualquer alteração de uso das
propriedades não prevista no cenário teórico conceitual pode alterar substancialmente
as conclusões da avaliação de risco realizada.
Não existem garantias prévias de que as restrições institucionais, necessárias
para validar um cenário teórico de exposição, venham ou possam ser impostas pelas
autoridades públicas competentes, devido às diversas outras condicionantes de
planejamento, interesses administrativos ou políticos, etc que devem ser também
ponderadas para possibilitar a tomada dessa decisão. Nos casos onde essa
imposição de restrição não puder ser implementada, por interesse próprio da
autoridade ou por falta de informações sobre sua tipologia e abrangência, ações de
remediação deverão ser implementadas pela entidade causadora da contaminação.

CAMADAS CONSTITUINTES: CONCRETO DE CIMENTO PARA


PAVIMENTAÇÃO

Fonte: ipmate

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O concreto empregado na execução de pavimentos rígidos deve apresentar a
resistência característica à tração na flexão definida no projeto, que geralmente é da
ordem de 4,5 MPa ou, como no caso dos pavimentos estruturalmente armados, uma
resistência característica à compressão axial, que geralmente é de 30 MPa. O
concreto do pavimento deverá também apresentar uma baixa variação volumétrica,
uma trabalhabilidade compatível com o equipamento a ser empregado no
espalhamento, adensamento e acabamento do concreto e para garantir uma maior
durabilidade, um consumo de cimento igual ou acima de 320 kg/m³ de concreto
(SOUZA, 2005).
Para que sejam atendidas estas condições, Souza (2005) alega que é
necessário que seja realizado um cuidadoso estudo do traço do concreto, que
considere o tipo de cimento e a eficiência do cimento, conteúdo de água, temperatura
do concreto e dos materiais, tipos de aditivos e métodos de cura, devendo finalmente
ser verificadas as propriedades do concreto, tanto no estado fresco como no
endurecido. O uso de aditivos nos concretos de pavimentos é recomendável, sendo
geralmente empregados aditivos dos tipos redutor de água e incorporador de ar.

Existem diversos tipos de pavimentos rígidos em uso em nosso país, em função


dos materiais empregados e da concepção estrutural, sendo eles:
a) de concreto simples convencional ou rolado;
b) tipo whitetopping;
c) com fibras de aço ou de poliprolileno;
d) sobre laje em tabuleiros de obras de arte especiais;
e) com armação simples de retração;
f) estruturalmente armado, com armação dupla;
g) com peças pré-moldadas.

6.1 Estudo do traço do concreto

Existem diversos procedimentos ou metodologias para se obter o traço de um


concreto que atenda aos requisitos de resistência, durabilidade, trabalhabilidade e
economia (SOUZA, 2005).

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2
3
Nesses procedimentos exemplifica Souza (2005) são levados em consideração
as características da estrutura e os meios que normalmente são adotados para o
transporte, lançamento e adensamento e cura do concreto. Devido à variedade dos
materiais empregados na produção dos concretos, de região para região, esses
procedimentos não podem ser generalizados, sendo estabelecidos em função dos
materiais de cada uma dessas regiões. Desta forma, o traço obtido por meio de um
destes procedimentos provavelmente irá necessitar de correções, que serão tanto
maiores quanto maior for a diferença existente nas características dos materiais e,
para realizá-las, é necessário que o profissional incumbido desta tarefa possua a
experiência e sensibilidade para realizá-la.
A experiência mostra que no concreto destinado à execução de um pavimento,
os aspectos principais na definição do traço, são:
a) a relação água-cimento,
b) o teor de argamassa e
c) o teor de água, expresso sob a forma de água unitária (consumo de água
por m³ de concreto) ou pela relação água-mistura seca que variam entre limites muito
próximos, o que reduz de forma significativa o trabalho experimental.
A Norma DNIT-054/2004-PRO apresenta o roteiro para o estudo do traço de
concreto. Á título de orientação, um pavimento de concreto simples convencional,
executado com formas fixas, considerando a limitação da dimensão máxima
característica do agregado no concreto em 50mm e o abatimento em torno de 7 cm,
tem-se constatado na maioria dos casos, que o teor de argamassa varia de 44 % a 50
% e o teor de água, expresso pela relação água-mistura seca, varia entre 7,5 % e 8,5
% (SOUZA, 2005).

6.2 Ensaios de caracterização dos materiais

Os materiais constituintes do concreto (cimento, agregados, água e aditivos)


devem ser previamente caracterizados, realizando-se nestes materiais os ensaios
indicados na norma DNIT-054/2004-PRO (FERREIRA, 2005).

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2
4
6.3 Ensaios de caracterização do concreto

A Norma DNIT-054/2004-PRO de acordo com Souza (2005) indica os ensaios


de caracterização que devem ser realizados no concreto, que visam verificar o
desempenho dos traços estudados, que é fundamental para a definição do traço mais
adequado para uso na obra.

6.4 Controle de qualidade dos materiais e do concreto

Como descrito por Souza (2005) durante a execução do pavimento devem ser
realizados os ensaios de controle de qualidade dos materiais constituintes do concreto
e do próprio concreto, que estão relacionados nas normas de execução e controle do
tipo de pavimento rígido ou da metodologia executiva do pavimento em execução. Um
aspecto tecnológico de relevância a ser considerado, é o do controle da resistência à
tração na flexão estabelecida no projeto, devido às dificuldades observadas no ensaio
para a determinação desta resistência, especialmente em laboratório de campo, tais
como a moldagem de corpos-de-prova prismáticos, o emprego de dispositivos
especiais na prensa de ensaio, além dos maiores cuidados exigidos na realização
deste ensaio, especialmente no que diz respeito à cura dos corpos de prova.
Em vista destas dificuldades, Ferreira (2005) costuma-se correlacionar esta
resistência com a resistência à compressão axial, que é de mais fácil avaliação. Esta
correlação depende, entretanto, de vários fatores, dentre outros, das características
petrografias do agregado graúdo e da aderência deste agregado com a pasta de
cimento, que varia em função da textura superficial, porosidade superficial, forma do
agregado, além da existência ou não de material pulverulento aderente a esta
superfície

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2
5
PROJETO DE DRENAGEM PARA EM PAVIMENTOS RÍGIDOS

Fonte: metalica

O sistema de drenagem para pavimentos rígidos é constituído basicamente


pela drenagem superficial, por bueiros e pela drenagem profunda, tal como nos
projetos de pavimentos flexíveis características peculiares das sub-bases, dos solos
de fundação ou do nível freático, podem requerer soluções particulares, ou mesmo
simplificar o sistema de drenagem, como no caso da utilização de brita graduada como
sub-base com função drenante (PEREIRA, 2003).
Os projetos de drenagem para pavimentos rígidos devem ser executados
conforme as diretrizes atualmente recomendadas, como descrito por Pereira (2003)
tanto pela Especificação de Serviços de Drenagem e o Álbum de Projetos Tipo de
Dispositivos de Drenagem (1988) do DNER, como pelas orientações das Instruções
de Serviço para Projeto de Drenagem, integrante das Diretrizes Básicas para
Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários.

7.1 Drenagem Superficial

O sistema de drenagem superficial tem por objetivo captar e interceptar as


águas que se precipitam sobre o corpo estradal e conduzi-las para um local de
deságue seguro, sem que comprometa a estabilidade do maciço e não cause erosão
nas áreas vizinhas (PEREIRA, 2003, p. 1).

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2
6
Ele se compõe dos seguintes dispositivos:

a) Valeta de proteção de corte


b) Valeta de proteção de aterro
c) Sarjeta de corte em solo
d) Sarjeta de corte em rocha
e) Banqueta de aterro
f) Saída d'água
g) Descida d'água
h) Caixa coletora
i) Caixa de amortecimento
j) Escalonamento dos taludes

7.2 Bueiros

O sistema de bueiros tem por objetivo permitir a passagem das águas que
escoam pelo terreno natural, de um lado para o outro do corpo estradal (DNIT, 2006).

Os tipos de bueiros utilizados nas rodovias são:

a) tubulares de concreto
b) tubulares metálicos
c) celulares de concreto

7.3 Drenagem profunda

O estudo dos lençóis subterrâneos de água deve sempre contar com o fato de
que não é necessário apenas saber a profundidade do lençol freático, nem a altura de
saturação, mas é preciso ter também o conhecimento do nível capilar, que é o nível
atingido pela água (SENÇO, 2001 apud RODRIGUES; SUZUKI; TAVARES, 2016).

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2
7
O sistema de drenagem profunda tem por objetivo interceptar e rebaixar o
lençol d'água subterrâneo, de forma a impedir a deterioração progressiva do suporte
das camadas dos terraplenos e pavimentos (SOUZA, 2005).

Os tipos de drenos profundos utilizados nas rodovias são:

a) drenos contínuos
b) drenos descontínuos
c) drenos cegos
d) drenos interceptantes
e) colchões drenantes
f) drenos rasos
g) drenos transversais
h) drenos a céu aberto (valetões)

Quando sob um pavimento, essa distribuição da água faz com que


geralmente seja recomendada a manutenção do nível freático a um nível de
1,50 a 2,00 metros abaixo da interface entre o pavimento e o subleito,
lembrando sempre de que essa profundidade não deve ser maior quando se
tratar de solos argilosos (SENÇO, 2001 apud RODRIGUES; SUZUKI;
TAVARES, 2016).

Tratando-se da drenagem das estradas, a água das chuvas tem dois destinos:
parte escorre sobre a superfície dos solos e parte se infiltra, podendo formar lençóis
subterrâneos. Porém, como as condições em função das graduações que deixam os
solos maios ou menos permeáveis são bastante variáveis, estas situações não são
únicas e distintas, e com isso cada região, influenciada por seu tipo de solo, topografia
e clima, acaba criando suas condições próprias (DNIT, 2006 apud RODRIGUES;
SUZUKI; TAVARES, 2016).
Além disso existe também a “franja capilar”, que se trata de um terceiro
aspecto pelo qual a água se apresenta, resultante da ascensão capilar a partir dos
lençóis d’água. De acordo com as leis da capilaridade, deve ser reduzida ou eliminada
toda influência produzida pela “franja capilar” pelos rebaixamentos dos lençóis
freáticos. Os drenos subterrâneos têm como principal finalidade a proteção do
pavimento e a sua fundação. Porém a instalação de drenos que sejam susceptíveis à

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2
8
entrada de água, em todos os pontos ao longo do traçado, tornar-se-á muito caro,
obrigando assim a considerar os locais com juntas, e também possíveis novas
aberturas que irão surgir com o tempo no pavimento. Aberturas essas provenientes
tanto do desgaste causado pelos veículos que ali circulam, quanto pelas adversidades
climáticas. Sendo assim, os drenos devem ser instalados em pontos estratégicos, a
fim de proteger toda a zona da estrada (SILVA, 2009 apud RODRIGUES; SUZUKI;
TAVARES, 2016).
Um projeto de drenagem profunda tem como finalidade dimensionar os
dispositivos e a especificação dos materiais que mais se adequam, para promover a
interceptação e/ou remoção, coleta e condução das águas que vem do lençol freático
e da infiltração superficial nas camadas do pavimento (RODRIGUES; SUZUKI;
TAVARES, 2016).
No dizer de Silva (2009 apud RODRIGUES; SUZUKI; TAVARES, 2016), é
conveniente saber também que os sistemas de drenagem devem ser considerados
para pavimentos rígidos e flexíveis, sendo assim, sua colocação deve ser feita
relativamente a situações que estão perfeitamente sinalizadas. Neste caso, a visita
técnica em campo se faz extremamente importante para a garantia de um bom projeto.
A partir dela pode-se observar os locais com umidade em excesso, utilizando-se de
indicadores como: afundamentos em trilhas de roda, existência de vegetação
característica de regiões úmidas, informações junto aos usuários da via de atoleiros
nos períodos de chuvas, altura dos cortes e a extensão e conformação da encosta de
montante.

28
2
9
7.4 Dreno Vertical

Fonte: servicos

Entre o vasto conjunto de soluções do problema de execução de trechos


rodoviários com aterros sobre depósitos de solo mole, que vão desde a remoção do
solo por escavação ou deslocamento até as técnicas construtivas, estão os drenos
verticais de areia, drenos cartão e os drenos fibro-químicos. Para que se tenha
conhecimento de qual a solução mais favorável econômica e tecnicamente, deve-se
primeiro fazer um amplo estudo de campo e laboratorial, além de comparar
criteriosamente os custos envolvidos (DNIT, 2006 apud RODRIGUES; SUZUKI;
TAVARES, 2016).
Levando em conta o ponto de vista técnico-econômico, a garantia da
estabilidade dos aterros construídos em cima dos depósitos de argila mole saturada
pode, na maioria das vezes, ser alcançada com pré-adensamento ou com o uso da
velocidade de compressão controlada, utilizando, algumas vezes, uma sobrecarga
que vai contribuir para o aumento da resistência ao cisalhamento e,
consequentemente, atender ao equilíbrio do maciço, depois de reduzir os recalques
pós-construtivo (RODRIGUES; SUZUKI; TAVARES, 2016).
O DNIT (2006) aponta que os drenos verticais de areia constituem basicamente
na execução de furos verticais que penetram a camada de solo compressível, onde
se é instalado cilindros com boa graduação e material granular. Com isso, a
compressão consequente tira a 16 água dos vazios do solo e junto ao fato de que a

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3
0
permeabilidade horizontal é, geralmente, menor que a vertical, reduz o tempo de
drenagem.

MATERIAIS DE RESÍDUOS SÓLIDOS

8.1 Conceitos sobre resíduos sólidos

Na visão de SHIMAZAKI (2017) a Política Nacional dos Resíduos Sólidos


descrita na Lei nº 12.305 de 2010, e regulamentada pelo Decreto nº 7.404 de 2010,
dispõe sobre os princípios, objetivos e instrumentos da gestão e gerenciamento de
resíduos sólidos em todo o país e os define como:

Fonte: manutencaoesuprimentos

“...todo material, substância, objeto ou bem descartado de atividades


humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe
proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido,
bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos
d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis
em face da melhor tecnologia disponível” (PNRS, 2010 apud SHIMAZAKI,
2017).

Resíduos perigosos são aqueles que possuem características de


inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou patogenicidade, segundo
definições descritas na Norma (ABNT – NBR 10.004/04), podendo assim, oferecer
riscos à saúde pública (SHIMAZAKI, 2017).

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3
1
Os resíduos industriais são resultantes dos processos produtivos e instalações
industriais, podendo estar na forma sólida, líquida ou gasosa. Suas características
físicas, químicas e microbiológica não se assemelham aos resíduos domésticos,
dentre eles, cinzas, óleos, materiais alcalinos ou ácidos, escórias, poeiras, borras,
substâncias lixiviadas, efluentes líquidos e emissões gasosas .São considerados
resíduos especiais, os resíduos sólidos que precisam de tratamento diferenciado, visto
que podem causar males à saúde humana e ao meio ambiente. Dentre eles estão os
lixos hospitalares, pilas, baterias, remédios vencidos, lixo radioativo, metais pesados
e alguns resíduos industriais (PNRS, 2010 apud SHIMAZAKI (2017).

Os resíduos sólidos urbanos englobam todos os resíduos provenientes das


atividades domésticas exercidas nas residências urbanas, como também, os
originários do comércio, escritórios, varrição, limpeza de logradouros,
mercados, feiras e festejos; dessa forma, ficam resumidos em resíduos
domiciliares e resíduos de limpeza urbana (ABRELPE, 2016 apud
SHIMAZAKI 2017).

Os RSU gerados devem ser coletados e dispostos de maneira adequada em


aterros sanitários para que seja evitada a contaminação do meio ambiente, bem como
a atração e reprodução de animais peçonhentos e agentes vetores de doenças. Para
isso, é necessário realizar a caracterização deste resíduo de acordo com o local de
estudo, uma vez que a composição dos resíduos sólidos urbanos é muito heterogênea
e varia de um centro gerador para outro, de acordo com o grau de desenvolvimento
econômico, os hábitos culturais, sociais e sanitários da região (FERREIRA, 2010;
MACHADO et al., 2005).

31
3
2
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CREMONINI, Rui Alberto. Propriedades do Concreto. Dnpm, São Paulo, p. 1-12, 18


set. 2016.

DNIT. Brasil. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria de


Planejamento e Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto
de Pesquisas Rodoviárias. Manual de drenagem de Rodovias- 2. ed. - Rio de
Janeiro, 2006. 304p. Disponível em: Acesso em: 26 out. 2016.

FERREIRA, Cláudia Nunes Gomes. Dimensionamento de elementos estruturais


em concreto leve. Repositório, São Carlos, p. 1-168, 18 set. 2005.

PEREIRA, Antônio Carlos Oquendo. Influência da drenagem superficial no


desempenho de Pavimentos Asfálticos. Teses, São Paulo, p. 1-122, 8 out. 2003.

PORFÍRIO, Bianca; GOMES, Júlio; JANISSEK, Paulo Roberto. Avaliação de risco à


saúde humana do aterro controlado de Morretes. Scielo, Curitiba, p. 1-12, 29 jul.
2014.

ROSSI, Anna Carolina. Etapas de uma obra de pavimentação e dimensionamento


de pavimento para uma via na ilha do fundão. Monografias, Rio de Janeiro, p. 1-
63, 18 out. 2017.

RODRIGUES, Caroline Gisela Salomão; SUZUKI, Cássio Yudi Omori; TAVARES,


Marcelo Botini. Drenagem em rodovias: drenagem profunda ou subterrânea.
Unitoledo, Toledo, p. 1-21, 18 dez. 2016.

SANTOS, Edson; UNGARI, Celio Cesar Nascimento; SANTOS, Matilde Barga dos.
Principais técnicas de remediação e gerenciamento de áreas contaminadas por
hidrocarbonetos no estado de São Paulo. Cetesb, Campinas, p. 1-129, 16 set.
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32
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3
SERNA, Humberto Almeida de La; REZENDE, Márcio Marques. Agregados para a
Construção Civil. Dnpm, Brasília, p. 1-34, 18 set. 2004.

SILVA, Sandra Regina da. Tijolos de solo-cimento reforçado com serragem de


madeira. Ufmg, Belo Horizonte, p. 1-219, 22 jun. 2005.

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Considerações sobre o fenômeno de adensamento em aterros sanitários. In:
Simpósio Internacional da Qualidade Ambiental, Porto Alegre, 1996, pp. 131-135;

SHIMAZAKI, Letícia rie. Análise de estabilidade de aterros de resíduos sólidos


antigos. Ufrj, São Carlos, p. 1-113, 10 ago. 2017.

SOUZA, Luziel Reginaldo de. Manual de pavimentos rígidos. Dnit, Rio de Janeiro,
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SOUZA, Leandro Moreno De; ASSIS, Cleber Decarli de. Adição de Fibras de Lata
de Alumínio e Aço Em Concreto. Ufsm, Santa Maria, p. 1-6, 29 jul. 2014.

TONUS, B. P. A. Estabilidade de taludes: avaliação dos métodos de equilíbrio


limite aplicados a uma encosta coluvionar e residual da serra do mar
paranaense. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal do Paraná. Curitiba,
2009;

MOURA, Edson de. Transportes e obras de terra. Yumpu, São Paulo, p. 1-182, 18
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MOTTA, Jessica Campos Soares Silva et al. Tijolo de solo-cimento: análise das
características físicas e viabilidade econômica de técnicas construtivas
sustentáveis. Periódicos Belo Horizonte, p. 1-14, 31 maio 2014.

33

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