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Modelo de Notificação para Desocupação Comodato

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Notificação Extrajudicial

xxxxx, podendo ser encontrados na Rua Laurindo Pereira, número 100, AFCB,
sob CEP 84.145-000 em Carambeí no Pr.

Prezados Senhores,

Eu xxxxxx, sirvo-me do presente para notificá-lo do que segue:

Esta notificação tem por objetivo comunicar Vossa senhoria referente a


ocupação ilícita do imóvel de minha propriedade, onde é requerido a
desocupação voluntaria do mesmo.

II – DOS FATOS

V. Sª. ocupa o imóvel localizado na xxxxx., a título de empréstimo


gratuito verbal.

Entretanto, não mais interessa à notificante a manutenção do


empréstimo do referido imóvel.

Convém lembrar que V . Sª. se obrigou a desocupar o imóvel, em


conversa informal, até o dia 20 de janeiro de 2020, o que infelizmente não
ocorreu.

Diante do exposto, fica V . Sª. notificada a desocupar o imóvel no


prazo improrrogável de 15 dias sob pena de, assim não o fazendo, tomarem-se
as medidas judiciais cabíveis, inclusive ação de reintegração de posse com
pedido de liminar, sem prejuízo das perdas e danos, consubstanciadas,
principalmente, nos aluguéis do imóvel, ora fixados em R$ 500,00 (quinhentos
reais), acorde com o disposto no art. 582, do Código Civil.

Lembrando ainda que em caso de não desocupação voluntaria do


imóvel será proposta ação possessória cumulada com perdas e danos, conforme
dispõe o artigo 1.210 do Código Civil, que o possuidor tem o direito à
reintegração no caso de esbulho, inclusive liminarmente (Código de Processo
Civil, arts. 558 e 562) e, mais adiante, o artigo 555, I, do Código de Processo
Civil, permite a cobrança de perdas e danos.

Por outro lado, tratando-se de comodato, o art. 582 do Código Civil


preceitua:

“Art. 582. (...) O comodatário constituído em mora, além


de por ela responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da
coisa que for arbitrado pelo comodante.”

O Código de Processo Civil determina, no artigo 560, que o possuidor


tem o direito a ser reintegrado em caso de esbulho e, antes, defere, no artigo
555, I, a possibilidade de cumulação do pedido possessório com indenização por
perdas e danos.

Com efeito é importante lembrar que com o decurso do prazo


estipulado sem a desocupação voluntaria do imóvel será caracterizado o
esbulho do bem, conforme ensina Carlos Roberto Gonçalves:

“A precariedade difere dos vícios da violência e da


clandestinidade quanto ao momento de seu surgimento.
Enquanto os fatos que caracterizam estas ocorrem no
momento da aquisição da posse, aquela somente origina-
se de atos posteriores, ou seja, a partir do instante em que
o possuidor direto recusa-se a obedecer à ordem de
restituição do bem ao possuidor indireto. A concessão da
posse precária é perfeitamente lícita. Enquanto não
chegado o momento de devolver a coisa, o possuidor tem
posse justa. O vício manifesta-se quando fica caracterizado
o abuso de confiança. No instante em que se recusa a
restituí-la, sua posse torna-se viciada e injusta, passando à
condição de esbulhador.” Carlos Roberto Gonçalves,
Direito das Coisas

Nestes termos e diante de tudo que foi exposto fica Vossa Senhoria
Notificada a desocupar o imóvel no prazo improrrogável de 15 dias, a contar do
recebimento desta, sob pena adoção de medidas judiciais de ações
possessórias.

xxxxx

__________________________________

xxxx

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