Planomuseologico MPTL 2015 2020
Planomuseologico MPTL 2015 2020
Planomuseologico MPTL 2015 2020
TINHO LEOPOLDINO
- SANTA EUDÓXIA –
PLANO MUSEOLÓGICO
SÃO PAULO
Fevereiro/2015
APRESENTAÇÃO............................................... 3
REDEFINIÇÃO DE
MISSÃO, PERFIL E VALORES......................22
POLITICA DE ACERVO.........................33
GESTÃO INSTITUCIONAL..............79
ESPAÇOS...........................91
COMUNICAÇÃO..........103
BIBLIOGRAFIA.......133
ANEXOS...........138
APRESENTAÇÃO
4
APRESENTAÇÃO
Seção III
Do Plano Museológico
Art. 44. É dever dos museus elaborar e implementar o Plano Museológico.
Art. 45. O Plano Museológico é compreendido como ferramenta básica de
planejamento estratégico, de sentido global e integrador, indispensável para a
identificação da vocação da instituição museológica para a definição, o
ordenamento e a priorização dos objetivos e das ações de cada uma de suas
áreas de funcionamento, bem como fundamenta a criação ou a fusão de museus,
constituindo instrumento fundamental para a sistematização do trabalho interno
e para a atuação dos museus na sociedade.
Art. 46. O Plano Museológico do museu definirá sua missão básica e sua
função específica na sociedade e poderá contemplar os seguintes itens, dentre
outros:
I - o diagnóstico participativo da instituição, podendo ser realizado com o
concurso de colaboradores externos;
II - a identificação dos espaços, bem como dos conjuntos patrimoniais sob
a guarda dos museus;
III - a identificação dos públicos a quem se destina o trabalho dos
museus;
IV - detalhamento dos Programas:
a) Institucional;
b) de Gestão de Pessoas;
c) de Acervos;
d) de Exposições;
e) Educativo e Cultural;
f) de Pesquisa;
g) Arquitetônico-urbanístico;
h) de Segurança;
i) de Financiamento e Fomento;
j) de Comunicação.
1
Fonte: Código de Ética do ICOM para Museus: versão lusófona. 2009.
3. Definição operacional: estabelecimento do organograma e do escopo
de atuação de cada área e definição dos programas e projetos que nortearão o
trabalho da instituição.
12
Serão apresentadas nesta fase as bases teóricas que dirão sobre o que o
museu será, sobre o que falará e como atuará em relação à sociedade e ao
cenário traçado pelo diagnóstico. Nesta fase devem ser escritos os seguintes
componentes do plano museológico:
• Perfil do museu – o perfil apresenta, basicamente, a identificação
geral da instituição, com a justificativa para sua criação e a especificação da
tipologia do museu. A partir disso, o perfil traz quais são os principais recortes da
nova instituição, que deverão estar refletidos na missão, visão e política de
acervo: o recorte temático, cronológico e geográfico do museu.
• Missão do museu – a missão responde “para que” e “para quem” o
museu se direciona. Assim, de forma sucinta, a missão indica a importância ou
propósito do museu e quais são suas responsabilidades diretas perante a
sociedade;
• Visão da instituição – a visão apresenta a direção que o museu
13
14
Conceitos básicos:
Plano – é uma ferramenta de gestão, que possui sentido geral e
integrador, que organiza os objetivos e as atividades da instituição em cada uma
das suas áreas funcionais, estabelecendo as prioridades em longo prazo.
Programa – documento que organiza, em médio prazo, as atividades
estabelecidas de acordo com cada área de atuação do museu (acervo, edifício,
exposições, administração de pessoal, administração financeira etc), e que inclui
a relação de necessidades para cumprimento das funções institucionais, que
deverão ser resolvidas pelos projetos.
Projeto – documento de caráter executivo e de curto prazo, que
possibilita a materialização concreta das especificações técnicas definidas no
âmbito de cada programa. Os projetos definem, descrevem e propõem soluções
adequadas às necessidades indicadas.
No caso específico de iniciativas de implantação de novos museus,
determinados projetos deverão ser elaborados e executados logo após a
finalização da redação do plano museológico, pois dizem respeito às diversas
adequações do espaço arquitetônico e à construção da exposição da longa
duração.
HISTÓRICOS: CIDADE E MUSEU
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Bartholomeu de Arruda Botelho que em 1799 era dono de grande parte das
terras dos sertões de Araraquara. Chamado pelo capitão-geral de São Paulo para
supervisionar a obra da nova estrada, Botelho viu o Picadão de Cuiabá se erguer
e servir de principal rota comercial da região de Araraquara com a capital.
Como de costume, muitas sesmarias foram cedidas ao longo do Picadão
de Cuiabá, formando inúmeras vilas que aos poucos se tornaram cidades, como
é o caso de São Carlos.
O primeiro povoado de São Carlos ficava no encontro do Picadão de
Cuiabá com o Córrego Gregório, pontos de pouso das tropas, tornando-se
aglomerados de palhoças e estabelecimentos comerciais que saciavam a fome de
tropeiros.
Santa Eudóxia era uma região de difícil acesso até o final do século XIX, tanto
por se localizar no "sertão" paulista quanto pelo seu relevo. O primeiro sinal de
ocupação foi às margens do córrego Itararé. Seus habitantes eram,
principalmente, remanescentes indígenas e posseiros que moravam em choças
em volta da capela de São Sebastião. Por conta disso, o povoado passou a ser
chamado de São Sebastião do Itararé e depois de São Sebastião do Quilombo.
A tradição oral local faz referência a escravos fugidos para Santa Eudóxia,
porém vestígios sobre a existência deste quilombo não têm ultrapassado as
especulações. Uma possibilidade para a persistência do "quilombo" na memória
popular pode ser compreendida pela junção desses rumores mais antigos com a
ocorrência real de quilombos na região.
O começo do século XIX dá inicio a formação das terras da futura São Carlos
que começaram a ser demarcadas em sesmarias. As sesmarias eram controladas
pelos poderes locais e proibidas de desmembramento e venda, porém, essas
regras foram rapidamente esquecidas e as sesmarias passaram por diversas
divisões, dando origem a várias fazendas e sítios.
até Porto Ferreira, onde era feito o transbordo para os vagões da Cia. Paulista de
Estradas de Ferro. A produção da Santa Eudóxia chegou a ser de mais de dois
milhões de arrobas de café.
Em 1.882, Cunha Bueno e o genro Alfredo Ellis se desentenderam, saindo
este da sociedade. Em 1.883, O Cel. Francisco da Cunha Bueno mudou-se da
fazenda para São Carlos, vindo a chefiar o Partido Conservador.
Nessa condição, em 1.886, hospedou-se em sua casa do Imperador D.
Pedro II. Foi agraciado em 7 de maio de 1887 com o título de Barão de Itaqueri,
depois modificado, em 6 de junho de 1887, para Barão de Cunha Bueno, e
depois elevado a Visconde, em 2 de janeiro de 1889. Falece em 1903.
Em 1.887, chegaram os primeiros imigrantes italianos em Santa Eudóxia.
Com a extinção da escravidão em 1888, o processo imigratório
intensificou-se culminando na formação de um mercado de trabalho livre no país.
O interior paulista vivenciou intensamente esse processo. À região de São Carlos
chegaram alemães, espanhóis, mais portugueses, muitos italianos, turcos, sírio-
libaneses, árabes, depois japoneses e outros que continuaram chegando atraídos
pela riqueza produzida pelo café. De acordo com relatórios da Secretaria de
Agricultura entraram em São Carlos em 1893, 3.788 imigrantes saídos da
Hospedaria dos Imigrantes. No período entre 1901 e 1930, entraram mais
19.332 imigrantes. Resultado: a população de São Carlos cresceu 330 % no
período.
No dia 5/5/1893, foi inaugurada a ligação ferroviária São Carlos - Santa
Eudóxia. Quem assumiu o projeto como engenheiro foi Antônio Francisco de
Paula Souza, criador e diretor da futura Escola Politécnica de São Paulo, com o
apoio e experiência do Barão do Pinhal que conhecia muito bem aquelas terras.
O governo imperial aprovou o tráfego provisório em 1883, mas a data oficial da
chegada da ferrovia é de 15 de outubro de 1884 com a entrada do trem
inaugural na cidade de São Carlos.
A chegada da ferrovia desencadeou a dinamização da região central,
deslocando o eixo político do município do campo para a cidade. O comércio
diversificou-se e o desenvolvimento das cidades foi o palco das grandes
transformações com a abertura de comércios das mais diversas naturezas como
roupas e armarinhos, além de grandes escritórios administrativos, escolas,
clubes e etc.
20
Em 1894 foi criada a Companhia Telephonica São Carlense e 1913 a
construção da Usina Quilombo reforçando a rede energética.
Em 1912 a Vila de Santa Eudóxia torna-se Distrito de Paz e em 1933
eleva-se a Distrito de São Carlos.
Devido a problemas econômicos durante a década de 1920, o então
proprietário da Fazenda, Alfredo Ellis, a vendeu para uma companhia inglesa.
No começo dos anos 1990 a porção da Fazenda que continha a sede foi
adquirida por um ramo da família de Cunha Bueno.
O Museu de Pedra “Tinho Leopoldino” foi criado pela Lei Municipal 14537,
de 26 de junho de 2008 (ANEXO I).
Nesse processo, uma nova exposição de longa duração foi elaborada com
o intuito de retratar a história do distrito desde a sua fundação em meados do
séc. XIX, até o seu desenvolvimento ocasionado, principalmente, pela
cafeicultura, imigração e ferrovia. Assim nasceu a exposição “Santa Eudóxia
entre o rural e o moderno”, aberta ao público em novembro de 2013.
2
BOYLAN, Patrick J. (org.). Como Gerir um Museu: Manual Prático. ICOM, 2004.
Parágrafo único. Enquadrar-se-ão nesta Lei as instituições e os
processos museológicos voltados para o trabalho com o patrimônio cultural e o
território visando ao desenvolvimento cultural e socioeconômico e à participação
das comunidades.
Seção II
Do Regimento e das Áreas Básicas dos Museus
Art. 18. As entidades públicas e privadas de que dependam os museus
deverão definir claramente seu enquadramento orgânico e aprovar o respectivo
regimento.
Art. 19. Todo museu deverá dispor de instalações adequadas ao
cumprimento das funções necessárias, bem como ao bem-estar dos usuários e
funcionários.
Art. 20. Compete à direção dos museus assegurar o seu bom
funcionamento, o cumprimento do plano museológico por meio de funções
especializadas, bem como planejar e coordenar a execução do plano anual de
atividades.
Subseção I
Da Preservação, da Conservação, da Restauração e da Segurança
Art. 21. Os museus garantirão a conservação e a segurança de seus
acervos.
Parágrafo único. Os programas, as normas e os procedimentos de
preservação, conservação e restauração serão elaborados por cada museu em
conformidade com a legislação vigente.
Art. 22. Aplicar-se-á o regime de responsabilidade solidária às ações de
preservação, conservação ou restauração que impliquem dano irreparável ou
destruição de bens culturais dos museus, sendo punível a negligência.
Art. 23. Os museus devem dispor das condições de segurança
indispensáveis para garantir a proteção e a integridade dos bens culturais sob
sua guarda, bem como dos usuários, dos respectivos funcionários e das
instalações.
25
Parágrafo único. Cada museu deve dispor de um Programa de Segurança
periodicamente testado para prevenir e neutralizar perigos.
Art. 24. É facultado aos museus estabelecer restrições à entrada de
objetos e, excepcionalmente, pessoas, desde que devidamente justificadas.
Art. 25. As entidades de segurança pública poderão cooperar com os
museus, por meio da definição conjunta do Programa de Segurança e da
aprovação dos equipamentos de prevenção e neutralização de perigos.
Art. 26. Os museus colaborarão com as entidades de segurança pública
no combate aos crimes contra a propriedade e tráfico de bens culturais.
Art. 27. O Programa e as regras de segurança de cada museu têm
natureza confidencial.
Subseção II
Do Estudo, da Pesquisa e da Ação Educativa
Art. 28. O estudo e a pesquisa fundamentam as ações desenvolvidas em
todas as áreas dos museus, no cumprimento das suas múltiplas competências.
§ 1 O estudo e a pesquisa nortearão a política de aquisições e descartes, a
identificação e caracterização dos bens culturais incorporados ou incorporáveis e
as atividades com fins de documentação, de conservação, de interpretação e
exposição e de educação.
§ 2 Os museus deverão promover estudos de público, diagnóstico de
participação e avaliações periódicas objetivando a progressiva melhoria da
qualidade de seu funcionamento e o atendimento às necessidades dos visitantes.
Art. 29. Os museus deverão promover ações educativas, fundamentadas
no respeito à diversidade cultural e na participação comunitária, contribuindo
para ampliar o acesso da sociedade às manifestações culturais e ao patrimônio
material e imaterial da Nação.
Art. 30. Os museus deverão disponibilizar oportunidades de prática
profissional aos estabelecimentos de ensino que ministrem cursos de museologia
e afins, nos campos disciplinares relacionados às funções museológicas e à sua
vocação.
Subseção III
Da Difusão Cultural e Do Acesso aos Museus
Art. 31. As ações de comunicação constituem formas de se fazer conhecer
os bens culturais incorporados ou depositados no museu, de forma a propiciar o
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acesso público.
Parágrafo único. O museu regulamentará o acesso público aos bens
culturais, levando em consideração as condições de conservação e segurança.
Art. 32. Os museus deverão elaborar e implementar programas de
exposições adequados à sua vocação e tipologia, com a finalidade de promover
acesso aos bens culturais e estimular a reflexão e o reconhecimento do seu valor
simbólico.
Art. 33. Os museus poderão autorizar ou produzir publicações sobre
temas vinculados a seus bens culturais e peças publicitárias sobre seu acervo e
suas atividades.
§ 1 Serão garantidos a qualidade, a fidelidade e os propósitos científicos e
educativos do material produzido, sem prejuízo dos direitos de autor e conexos.
§ 2 Todas as réplicas e demais cópias serão assinaladas como tais, de
modo a evitar que sejam confundidas com os objetos ou espécimes originais.
Art. 34. A política de gratuidade ou onerosidade do ingresso ao museu
será estabelecida por ele ou pela entidade de que dependa, para diferentes
públicos, conforme dispositivos abrigados pelo sistema legislativo nacional.
[...] Art. 35. Os museus caracterizar-se-ão pela acessibilidade universal
dos diferentes públicos, na forma da legislação vigente.
Art. 36. As estatísticas de visitantes dos museus serão enviadas ao órgão
ou entidade competente do poder público, na forma fixada pela respectiva
entidade, quando solicitadas.
Art. 37. Os museus deverão disponibilizar um livro de sugestões e
reclamações disposto de forma visível na área de acolhimento dos visitantes.
Subseção IV
Dos Acervos dos Museus
Art. 38. Os museus deverão formular, aprovar ou, quando cabível,
propor, para aprovação da entidade de que dependa, uma política de aquisições
e descartes de bens culturais, atualizada periodicamente.
Parágrafo único. Os museus vinculados ao poder público darão publicidade
aos termos de descartes a serem efetuados pela instituição, por meio de
publicação no respectivo Diário Oficial.
Art. 39. É obrigação dos museus manter documentação sistematicamente
atualizada sobre os bens culturais que integram seus acervos, na forma de
27
registros e inventários.
§ 1 O registro e o inventário dos bens culturais dos museus devem
estruturar-se de forma a assegurar a compatibilização com o inventário nacional
dos bens culturais.
§ 2 Os bens inventariados ou registrados gozam de proteção com vistas
em evitar o seu perecimento ou degradação, a promover sua preservação e
segurança e a divulgar a respectiva existência.
Art. 40. Os inventários museológicos e outros registros que identifiquem
bens culturais, elaborados por museus públicos e privados, são considerados
patrimônio arquivístico de interesse nacional e devem ser conservados nas
respectivas instalações dos museus, de modo a evitar destruição, perda ou
deterioração.
Parágrafo único. No caso de extinção dos museus, os seus inventários e
registros serão conservados pelo órgão ou entidade sucessora.
Art. 41. A proteção dos bens culturais dos museus se completa pelo
inventário nacional, sem prejuízo de outras formas de proteção concorrentes.
§ 1 Entende-se por inventário nacional a inserção de dados sistematizada
e atualizada periodicamente sobre os bens culturais existentes em cada museu,
objetivando a sua identificação e proteção.
§ 2 O inventário nacional dos bens dos museus não terá implicações na
propriedade, posse ou outro direito real.
§ 3 O inventário nacional dos bens culturais dos museus será coordenado
pela União.
§ 4 Para efeito da integridade do inventário nacional, os museus
responsabilizar-se-ão pela inserção dos dados sobre seus bens culturais.
Além de tais colocações, para a constituição e organização de museus,
deve-se levar em consideração às seguintes definições:
Definição de Museu
Departamento de Museus e Centros Culturais - IPHAN/MinC-2004
características:
I - o trabalho permanente com o patrimônio cultural, em suas diversas
manifestações;
II - a presença de acervos e exposições colocados a serviço da sociedade com o
objetivo de propiciar a ampliação do campo de possibilidades de construção
identitária, a percepção crítica da realidade, a produção de conhecimentos e
oportunidades de lazer;
III - a utilização do patrimônio cultural como recurso educacional, turístico
e de inclusão social;
IV - a vocação para a comunicação, a exposição, a documentação, a
investigação, a interpretação e a preservação de bens culturais em suas diversas
manifestações;
V - a democratização do acesso, uso e produção de bens culturais para a
promoção da dignidade da pessoa humana;
VI - a constituição de espaços democráticos e diversificados de relação e
mediação cultural sejam eles físicos ou virtuais. Sendo assim, são considerados
museus, independentemente de sua denominação, as instituições que
apresentem as características acima indicadas e cumpram as funções
museológicas.
Definição de Patrimônio
Decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços
30
Missão:
Sensibilizar a comunidade no intuito de despertar o reconhecimento de seu
protagonismo nas histórias narradas;
Garantir a relação de pertencimento da comunidade em relação aos vestígios
preservados;
Preservar, pesquisar e difundir as histórias da comunidade de Santa Eudóxia;
Salvaguardar seu patrimônio material e imaterial, primando sempre pela
veracidade de seus registros e usos;
Fazer-se local eclético, despojado de preconceitos, totalmente aberto ao público
e ao diálogo com o mesmo.
32
Visão:
Constituir-se como local de sensibilização, reconhecimento, formulação de crítica,
produção de debates e conhecimento. Espaço de efervescência cultural e social,
de educação e difusão da história do Distrito de Santa Eudóxia e de sua
população, reforçando as singularidades da comunidade e sua participação no
desenvolvimento sócio cultural da região.
Valores:
Promover o sentimento de pertencimento, por parte da população, à instituição e
ao que nela há;
Incentivo à reflexão e formações de senso crítico;
Compromisso com a pesquisa e produção de conhecimento;
Compromisso com a educação;
Responsabilidade social;
Incentivo ao exercício da cidadania.
POLÍTICA DE ACERVO
34
POLÍTICA DE ACERVO
Para uma boa gestão de um acervo museológico, não basta apenas locais
adequados de trabalho e equipe especializada; tais coisas são de vital
importância, sem dúvida. No entanto, há que se estabelecer diretrizes básicas de
trabalho, formalmente averbadas, para o controle e cuidado deste acervo. Este
documento deve se basear na missão, visão e valores da instituição, pautando
todo seu trabalho com o acervo sob esses aspectos.
A política de acervo trata, em geral, dos procedimentos essenciais que a
instituição adotará no trato de seu acervo, gestão e documentação do mesmo,
passando a funcionar como guia prático do pessoal de museu e documento
formal, assumindo publicamente como o museu assume a responsabilidade pelo
acervo e os cuidados inerentes a ele.
Define-se política de acervo como documento escrito que inclua as
diretrizes para aquisição, reserva, tombamento, baixa patrimonial e normas de
empréstimo. Tal documento deve prever, de acordo com o perfil da instituição,
quais serão os recortes temáticos, cronológicos e geográficos de sua coleção e,
além disso, quais serão as medidas básicas para manutenção e preservação do
acervo.
É fundamental que toda instituição museológica possua tal política e que a
divulgue, para que o público esteja ciente das ações adotadas em relação ao
patrimônio gerido por ela. Além disso, faz-se de vital importância que a
instituição possua um conselho que delibere sobre as decisões a serem tomadas
em relação ao acervo. Tal conselho, preferencialmente, deve ser formado por
funcionários do museu, representantes da sociedade civil com conhecimentos na
área histórico-cultural e representantes de comunidades acadêmicas da região. A
existência de tal organização garante que, em primeiro lugar, não serão tomadas
decisões arbitrárias ou unilaterais em relação ao acervo museológico e, em
35
segundo lugar, que a política de acervo estabelecida pela instituição será
respeitada.
Sugere-se, como estrutura de política de acervo recomendável (lembrando
sempre que cada instituição possui suas especificidades e, portanto, requer
adaptações para a construção de sua própria política de acervo):
• Missão institucional;
• Caracterização dos acervos: especifica tipologia, quantidades e
histórico de formação (datas limite, principais formas de aquisição);
• Objetivo da política de acervo: especifica, define recortes para a
aquisição e desvinculação, de acordo com o foco delimitado;
• Responsabilidade do Conselho de Orientação;
• Critérios e procedimentos de desvinculação;
• Critérios e procedimentos de empréstimo e comodato;
• Critérios e procedimentos para realização de transferências;
• Critérios e procedimentos para a análise de ações de conservação e
restauro;
• Procedimentos relativos à proveniência;
• Procedimentos relativos à propriedade abandonada;
• Procedimentos relativos aos fragmentos;
• Procedimentos de gestão documental do acervo;
• Linha integrada de pesquisa;
• Critérios de acesso às coleções;
• Segurança;
• Seguro.
Definição de acervo
De acordo com o IBRAM3, o termo acervo é definido e exemplificado da
seguinte forma:
escritor Guimarães Rosa apresenta interesse para o Museu Casa Guimarães Rosa
(MCGR) /Cordisburgo (MG), independente de encontrar-se ou não sob sua
custódia. Constituem acervo sobre o qual o Museu pode operar objetos e
documentação sobre o escritor, de propriedade de particulares ou de outras
instituições culturais, assim como a estrutura urbana e a paisagem dos arredores
da cidade de Cordisburgo, a exemplo de praças, edificações, antigas fazendas,
acidentes geográficos, espécies da flora e da fauna e tradição oral da população
da região, que são referências cruciais na obra de Guimarães Rosa. Embora não
sejam bens culturais que integram o acervo institucionalizado, encerram um
valor documental de interesse para o Museu, merecendo uma ação museológica
que pode se dar não necessariamente com o seu recolhimento, mas através da
sua preservação em banco de dados, inventários, musealização in loco etc. 4
3
Instituto Brasileiro de Museus.
4
CHAGAS, Mário de Souza; NASCIMENTO JUNIOR, José do (org.). Rio de Janeiro, RJ: Ministério da
Cultura/Instituto Brasileiro de Museus e Centros Culturais/ Departamento de Processos Museais, 2009.
foi coletado durante a criação e construção do Museu. Uma grande quantidade de
objetos e equipamentos agrícolas foi doada por João Pedrazoni. O museu é
constituído por instrumentos de trabalho agrícola; como arado, monjolo,
ferramentas de marcenaria, instrumentos de tarifagem e medição, equipamentos
industrializados de escritório; como máquinas de escrever e uso doméstico:
como rádios, moedores de café, pilão, entre outros presentes no cotidiano das
famílias comerciantes e agricultoras de Santa Eudóxia. Classifica-se o acervo de
37
caráter histórico, originário do Século XX, provenientes, na sua maioria das
fazendas Santa Eudóxia, Fazenda Grande e Figueira Branca, entre outras da
região. Há muitos troféus e premiações de times e equipes de esportes ganhos
pela comunidade. Esses necessitam um empenho maior de pesquisa uma vez
que oferecem poucas informações. Sua classificação está sendo elaborada por
funcionalidade, a saber:
Premiações;
Objetos de uso doméstico;
Objetos relacionados ao trabalho liberal e comercio;
Objetos relacionados ao trabalho rural;
Objetos relacionados à construção arquitetônica, armas, fósseis e artes
visuais.
Não há fotografias e documentos identificados no acervo até o presente
momento.
Não há registros sobre o histórico da maior parte da coleção ou
documentos de termos de doação, mas o acervo encontra-se catalogado em
fichas catalográficas em papel. Desde 2013 a Fundação Pró Memória de São
Carlos dedicou-se a criar uma ferramenta gerencial que vise a gestão,
armazenamento e disponibilização de dados para pesquisa e consulta pública,
que organiza dados relativos ao acervo, sua história, contextos referendados e
possibilidades para pesquisa
O Museu de São Carlos está elaborando um projeto para banco de dados
38
Imagens de objetos de trabalho rural expostos nas salas de exposição de longa duração
Imagens de objetos de uso cotidiano expostos nas salas de exposição de longa duração
39
Numeração anterior 47
Data de entrada S/r
Classificação/categoria Interiores. Equipamento de serviço doméstico
Descrição Ferro de passar roupas oco a carvão, modelo nº4
Material Ferro e madeira
Dimensões (cm) Altura;19
Comprimento:18
Largura:11
Fabricante Mimoso
Origem São Paulo
Procedência Família Funaro
Forma de aquisição Doação
Conservação Estado de conservação: regular
Observações: apresenta oxidação e partes
corroídas/quebradas
Data de avaliação: julho de 2014
Localização Em exposição – eixo trabalho doméstico
Observações Possui bocal arrendondado fixo tipo chaminé e
chapa de proteção térmica para as mãos
parcialmente corroída, onde lê-se MIM _ _O S.
Paulo
Apresenta o número 4 n parte traseira
Referencia para pesquisa :
www.museudoferrodepassar.com.br
Competência:
• Criação e garantia da aplicação de Regimento Interno com
normas que possibilitem a maior agilidade nas decisões relativas a
administração, programação e divulgação do museu, bem como as
questões relativas aos procedimentos junto ao acervo como segurança,
preservação, conservação, documentação, curadoria e exposição.
• Decidir com base no perfil da instituição, nos laudos técnicos de
conservação e no dossiê das obras ou objetos, sua aquisição ou recusa,
através de documentação que respalde a atuação do museu e de seus
técnicos. Caso seja aceito o objeto, quer seja por doação, compra,
permuta, empréstimo, comodato, deve ser efetuado um contrato entre
o proponente e a instituição.
• A recusa de um objeto deve ser formalizada pelo Presidente do
Conselho com base na decisão do grupo, através de correspondência
oficial, cabendo ainda ao museu indicar uma instituição para onde o
objeto possa ser encaminhado de forma a contribuir para a coleção.
• Deliberar sobre desvinculações de objetos do acervo, seguindo
os mesmos critérios de avaliação das propostas de aquisição. As baixas
devem ter sua documentação disponível em arquivos correntes e o
objeto que sofrer baixa por deterioração deve ser destruído assim que
se concretizar a baixa. Os objetos que sofrerem baixa por doação
devem ter um contrato firmado entre as duas instituições. Os objetos
em comodato terão um contrato entre as instituições, mas não sofrerão
baixa no acervo.
• Opinar sobre preservação e restauração de objetos no acervo,
cabendo exclusivamente aos técnicos da área de conservação aplicar as
medidas necessárias e adequadas.
• Quando houver lacunas na coleção, cabe ao Conselho iniciar um
processo de pesquisa para preenchê-las através de aquisições.
• A verba empenhada para cada setor do museu deve ser decidida
pelo Conselho.
• O Conselho deve estar em permanente reavaliação. Deve atuar
na tentativa de tornar mais transparente todo o universo museológico,
de forma que possa contribuir para uma compreensão mais efetiva e
consequente identificação com a preservação do patrimônio cultural,
43
Pré definidos e analisados esses critérios, deve-se ter como prioritário para
aquisição de um objeto, o seu estado de conservação. Através de laudo técnico
elaborado por especialista na área de conservação ou museologia, o objeto
passará por uma checagem de seus aspectos físicos e terá atestada sua
integridade e muitas vezes autenticidade. Esse laudo deve conter:
• Imagem do objeto;
• Descrição detalhada do objeto, com material, técnica e dimensões;
• Presença de assinatura e a região onde ela ocorre;
• Descrição do seu estado de conservação e apontamento dos possíveis
danos [arranhões, craquelês, presença de animais xilófagos, rupturas,
quebras, restauros anteriores, esmaecimento, etc...].
Conceitos básicos:
As propostas para alienar itens das coleções devem ser feitas caso a caso,
individualmente ou em conjunto (fragmentos), e qualquer decisão de dispor de
material proveniente das coleções só será tomada após uma análise rigorosa. As
decisões para descarte de objetos não devem ser tomadas com o objetivo de
gerar recursos financeiros.
Quando a decisão for pelo descarte, o objeto deverá ser oferecido, em
primeira instância, por permuta, doação ou cessão, para outros museus ou
instituições capazes de preservá-lo e que possam estar interessados na sua
aquisição. Deverão ser mantidos os registros de todas as decisões e de todos os
documentos relacionados com o descarte, incluindo os registros fotográficos.
Para a efetivação de descarte por deterioração deverão ser consultados
especialistas em conservação e restauração com o objetivo de dirimir quaisquer
dúvidas sobre a possibilidade de intervenção de restauro.
As proposições de descarte por desinteresse são de exclusiva iniciativa do
corpo técnico do Museu e deverão estar embasadas em relatório composto pelos
seguintes elementos:
I - Identificação da unidade do acervo.
II - Parecer da área museológica do Museu indicando e justificando as
49
O que é?
É toda informação referente ao acervo de uma instituição. Os responsáveis
pelas instituições que possuem coleções têm a obrigação de mantê-las em bom
estado e em ordem para transmiti-las aos seus sucessores.
a coleção.
Incorporação
• É fundamental o Conselho de Orientação para opinar a respeito
dos objetos a serem ou não recebidos, a fim de que a responsabilidade
não seja exclusiva do diretor;
• O museu, ao receber um objeto, deve sempre observar se a
documentação está correta, a sua autenticidade, estado de conservação e
seu valor de mercado para efeito de seguro;
• A documentação de um objeto pode ser composta por cartas,
recibos de compra ou venda anterior, cópia de testamento ou carta de
doação, que deverão ser sempre arquivadas em pastas que compõem o
Dossiê da obra;
• No caso de doação por legado, é importante que se tenha uma cópia
do testamento do doador que se incorporará ao dossiê ou arquivo
documental;
• Na compra de um objeto pelo museu, é necessária a apresentação
de faturas, recibos ou outros documentos que comprovem a realização da
transação comercial;
• Os objetos coletados em missões científicas ou arqueológicas e que
posteriormente se integrarão ao acervo do museu, deverão conter o
máximo de informações sobre o contexto em que foram coletados. Muitos
51
registros do local e da região onde foram encontrados, se faziam ou não
parte de um conjunto, etc...
• Quando uma instituição receber objetos em caráter temporário,
esses passam a ser de inteira responsabilidade de quem os abriga;
• É fundamental que se avalie principalmente para exposições
temporárias, a documentação de origem, a numeração, o estado de
conservação, o seguro das peças e as condições ambientais do local da
exposição;
• Quando houver uma aquisição por permuta é importante verificar se
o objeto está devidamente documentado e qual o seu estado de
conservação;
• Se o museu dispõe de um espaço adequado, poderá expor as
últimas doações recebidas, com o nome dos doadores em destaque. Essa
prática pode estimular novas doações;
• Toda instituição deve agradecer de maneira particular ou pública as
doações recebidas;
• As exigências e os procedimentos estabelecidos por ocasião da
aquisição devem ser integralmente cumpridos, incluindo a verificação da
sua situação legal e da repercussão dessa ação, segundo o Código de Ética
do ICOM e a Lei nº 11904 de 14 de janeiro de 2009 (Estatuto de Museus);
• Deverão ser preparados relatórios detalhados com a justificativa
para o descarte e todos os processos de descarte devem ser arquivados,
registrando-se os objetivos envolvidos e o seu destino.
acervos institucionais.
• Estado de Conservação: priorizar a coleta de objetos em bom
estado de conservação. Nas aquisições de itens do século XX, como há uma
possibilidade maior de escolha, deve-se levar em conta o estado de
conservação.
• Raridade: priorizar a coleta de objetos especializados, únicos ou
produzidos em pequeno número.
• Profundidade: considerar a possibilidade de aprofundar temas de
estudo de um determinado período a partir das coletas.
• Continuidade: considerar a continuidade da coleção, desde o
marco temporal inicial até nossos dias.
Classificação
É o estabelecimento das principais categorias das coleções e inserção dos
objetos nessas categorias com as seguintes finalidades:
• Possibilitar a identificação correta do objeto
• Analisar os níveis de informação sobre o objeto
• Ex: etnografia, mobiliário, documento, etc...
Fichas de catalogação
Contém informações extensas sobre cada objeto do acervo da instituição.
Por motivos de segurança, sugere-se que essas fichas tenham duplicatas
arquivadas em lugares diferentes. No caso de um Banco de Dados, Back Ups de
segurança.
Pesquisa museológica
Entende-se por pesquisa museológica toda informação que o objeto possui
de ordem sócio-econômica-cultural. Todo acervo museológico deve ser
pesquisado exaustivamente, só assim será possível o máximo de informações
sobre o objeto. Ex. sua origem, procedência, vinculação histórica, etc...
Sem pesquisas as referências sobre os objetos se tornarão falhas e não
transmitirão sua verdadeira história.
Sugerimos que haja, como fonte de referências para a pesquisa, um
projeto de captação de memória oral. Seguramente diversos tópicos para
pesquisa possam surgir e amplificar o potencial das propostas curatoriais. É
fundamental que haja dentro da Política de acervo a possibilidade da coleta de
depoimentos de forma constante e abrangente.
É importante que a instituição tenha um grupo multidisciplinar
[historiógrafo, sociólogo, artista, arquiteto, professor de educação artística,
57
Acervo museológico
A classificação dos objetos será temática por funcionalidade, já que se
tratam, na sua grande maioria, de objetos de uso cotidiano. Os objetos serão
numerados sequencialmente, classificados e descritos em fichas catalográficas
informatizadas. As fichas catalográficas terão uma imagem do objeto catalogado.
As fotografias, que nos últimos anos deixaram de ser um instrumento
ilustrativo e ganharam o status de documento ou registro do cotidiano, serão
tratadas como objeto/documento e em alguns casos obra de arte. Sua
classificação será fruto de pesquisa aprofundada já que depende de informações
desde sua autoria até da técnica que a constitui, passando pela determinação da
data, origem, personagens/locais retratados. Sua classificação será temática, sua
ficha catalográfica tratará de toda sua problemática, desde a descrição, suporte,
técnica, data, autoria, etc. A ficha terá uma imagem digitalizada da fotografia
catalogada. Essa medida auxilia a pesquisa e preserva o original.
Consulta
Desenvolvimento, com base nas necessidades do acervo, de uma
normatização para a consulta dos originais que estarão acondicionados em
Reserva Técnica, assim como regras para reprodução e utilização de cópias dos
documentos históricos. O Conselho avaliará os casos de empréstimo de originais,
reproduções de documentação histórica e descarte de material que não se
enquadre no perfil traçado para o acervo. O Perfil do acervo é formado com base
principalmente no diagnóstico e levantamento do material existente e
58
possivelmente serão incorporados posteriormente objetos que completem e
valorizem o acervo.
O uso da informática no processamento de grandes massas documentais
tem se mostrado vantajoso em vários aspectos. O mais evidente é a
racionalização do trabalho. Usando fichas catalográficas informatizadas como
matriz de informações, é possível gerar uma série de subprodutos que
manualmente exigiriam uma confecção à parte, individualizada, criando um
volume de papéis absurdo.
Além da economia de tempo, espaço e papel, o catálogo informatizado
elimina etapas de reprodução. Atualmente, com o uso de scanners é possível
fazer a digitalização da imagem na ficha catalográfica diretamente do negativo
ou positivo, não sendo mais necessária a reprodução em papel. Os fichários de
consulta também são substituídos pela consulta ao Banco de Dados
Informatizado.
O aperfeiçoamento e o bom desempenho do programa exige um
acompanhamento de um analista de sistemas sensível aos possíveis problemas.
Esse Banco de Dados funcionará em rede e serão disponibilizados
terminais de consulta no Museu.
Disponibilização do Banco de Dados ao público pesquisador deve ser
efetuada através de um sistema que dê acesso às informações constantes nas
fichas catalográficas, fichas remissivas, documentos digitalizados, etc. Esse
Banco de Dados deve ser disponibilizado em espaços bastante agradáveis para a
pesquisa e para o visitante. Esse espaço funcionará não só para pesquisa, mas
também como espaço de convivência e, principalmente, como veículo de
divulgação das ações do Museu.
Do Empréstimo do Acervo
• O acervo do Museu de Pedra Tinho Leopoldino poderá ser emprestado
para instituições sem fins comerciais e lucrativos, de caráter científico e cultural,
nacionais ou estrangeiras, públicas ou privadas.
• O empréstimo do acervo, por motivo de exposição, deverá ser solicitado
através de ofício à direção do Museu, que encaminhará a solicitação ao
Conselho para análise.
• A solicitação deverá informar:
I - Dados da instituição solicitante e do seu representante oficial.
II - Unidade(s) do acervo a ser(em) emprestada(s).
59
Da Reprodução do Acervo
• A reprodução de material de acervo se pautará pela Lei nº 9.610, de 19 de
61
Área técnica
Áreas técnicas são aquelas que compreendem os trabalhos mais
intimamente ligados ao acervo e documentação museológica. Tais espaços, que
adiante serão melhor detalhados, são:
Conservação
Conceitos norteadores
Ι. Fatores ambientais:
6
Informações retiradas e adaptadas ao contexto, de: CESSARES, Norma Cianflone; MOI, Claudia. Como fazer
conservação preventiva em arquivos e bibliotecas. São Paulo: Arquivo do Estado e Imprensa Oficial, 2000.
tecido ou outros materiais. Umidade relativa do ar e temperatura muito baixas
transparecem em documentos distorcidos e ressecados.
Considerando que praticamente todos os objetos pertencentes aos acervos
66
são higroscópicos, ou seja, absorvem e liberam umidade, a flutuação de umidade
e temperatura é muito nociva, pois os objetos se expandem e retraem,
ocasionando rachaduras, craquelamento de tinta, ondulações em papeis,
ressecamento de fibras e etc.
De modo geral, o mais recomendado é manter a temperatura o mais
próximo possível de 20°C e a umidade relativa de 45% a 50%.
68
Estabelecer políticas de controle ambiental,
principalmente temperatura, umidade relativa e ar
circulante, mantendo os índices o mais próximo possível
do ideal e evitando oscilações acentuadas;
• Ataques de insetos:
• Se uma obra não puder ser carregada apenas por uma pessoa em razão
do peso ou tamanho, dois ou mais profissionais deverão realizar a
operação;
• Usar luvas sempre que possível. Se as luvas não forem usadas, as mãos
devem estar bem lavadas. Conservadores e curadores aconselham o uso
de luvas de algodão (brancas e limpas) ou luvas de borracha para
manusear trabalhos em metal ou lacas;
• Estruturas da escultura, cerâmica ou porcelana que se projetam (mãos,
braços, asas, bordas, adornos etc.) não devem ser comprimidas, assim
como áreas reparadas e que, consequentemente, não irão suportar 73
pressão;
• As gavetas devem ser presas aos móveis com auxílio de fitas de tecido de
algodão cru ou então transportadas separadamente;
• Caso seja inevitável enrolar uma obra que não esteja quebradiça ou frágil,
sua superfície deve ser coberta com uma folha de papel neutro e enrolada
com sua face voltada para fora;
Joias
• Tecidos compostos por fibras soltas ou então de trama muito aberta não
devem ser usados na embalagem de joias, pois podem enganchar nas
garras, fechos, correntes ou outro detalhe delas.
Armas
Têxteis
• Nunca usar anéis, pulseiras ou outro tipo de acessório que possa desfiar
ou rasgar acidentalmente o tecido;
• Evitar que o tecido suporte o seu próprio peso; utilizar sempre caixas de 76
acondicionamento, cilindros ou barras que promovam essa sustentação;
• Evitar dobrar os tecidos. Caso seja inevitável, forrar as peças com papel de
seda neutro antes de dobrá-las;
SEGURANÇA
GESTÃO INSTITUCIONAL
Plano Diretor não tem a ver somente com uma visão e marcos ao longo do
caminho. Inclui também “estratégia” ou como o museu irá atingir seus objetivos.
Isso significa considerar a destinação e aplicação de recursos – pessoal, dinheiro e
outros itens como prédios e equipamento. A não ser que o processo de elaboração
do plano diretor defina claramente como o museu irá realizar o que decidiu fazer,
as probabilidades de realizar alguma coisa estarão gravemente reduzidas. O “como”
também inclui a gestão do desempenho – um modo de ajudar a enxergar se e
como o museu está progredindo na direção certa para atingir suas metas.10
10
DAVIES, Stuart. “As Vantagens do plano diretor”. In: Museologia, Roteiros Práticos. São Paulo: Edusp,
2001, pág. 15-16.
e aceitam ideias novas. O potencial para a mudança aumenta e a
renovação institucional é estimulada.11
84
11
BOYLAN, Patrick J. (org.). Como Gerir um Museu: Manual Prático. ICOM, 2004. Pág. 149.
associações e muitas outras instituições que poder se tornar
frequentadores do museu.
• Elaboração estratégias de trabalho para a sustentabilidade da instituição,
como, por exemplo, criação de projetos destinados a leis de incentivo,
85
editais e patrocínios.
• Projetos anuais ou plurianuais das atividades da instituição, definidas de
acordo com cada setor de trabalho e orçamento necessário para a
efetuação de tais tarefas (exposições, conservação, restauro,
documentação, pesquisa, projetos educativos, oficinas, treinamentos para
funcionários, administração predial e etc.).
• Criar metas de trabalho e prazos concretos para a realização das mesmas.
• Planos de manutenção predial constantes.
• Planos de treinamento e aperfeiçoamento de funcionários.
• Idealização de propostas de parceria com outras instituições especializadas
(ICOM12, IBRAM13, COFEM14, COREM15, SISEM-SP16, universidades públicas
e particulares, institutos de pesquisa e fomento, entre outros), para
desenvolvimentos de projetos conjuntos que enriqueçam os trabalhos do
museu e ampliem a qualidade do que é oferecido ao público.
• Criação de programações frequentes, que possam aproximar o público e
conquistar mais visitantes.
• Rever, anualmente, as políticas de gestão, pesando os pontos positivos e
negativos (em conjunto com TODA a equipe), e buscando formas de
aprimorar o funcionamento da instituição. Além disso, buscar outros
exemplos na área de gestão museológica para conhecer novas estratégias
de trabalho ou, até mesmo, observar modelos mal sucedidos, e
reconhecer atitudes e medidas que NÃO devem ser adotadas.
86
Organograma e funções
Sustentabilidade
17
BOYLAN, Patrick J. (org.). Como Gerir um Museu: Manual Prático. ICOM, 2004. Pág. 156.
ESPAÇOS
92
ESPAÇOS
Área administrativa
A área administrativa é aquela onde os trabalhos de gestão e
administração do museu devem ser realizados. Tal local deve ser de uso
exclusivo dos funcionários e precisa possuir estrutura de trabalho para os
mesmo.
A administração do museu deve possuir mesas e cadeiras para seus
funcionários, rede de comunicação (telefone, internet, computadores,
impressora), armários para a reserva de documentação e materiais de trabalho.
Além disso, necessita de um local para reuniões que comporte, no mínimo, seis
pessoas. É interessante que possua banheiro privativo para funcionários e uma
pequena copa, onde possam fazer suas refeições.
No Museu de Pedra Tinho Leopoldino o espaço destinado a
administração se restringe a uma mesa na entrada do Museu, dividindo a função
com a recepção do mesmo. Sugere-se a partir da análise do novo organograma
da instituição, a readequação dos espaços relativos às áreas técnicas,
administrativas, de educativo e convivência social.
Há, no entanto, um espaço adequado para a copa e sanitários na
construção anexa, onde também se encontra a atual e inadequada Reserva
Técnica. Os sanitários ali instalados atendem a atual demanda administrativa,
mas não é viável para atender a expectativa de visitantes.
93
Espaços Expositivos
Fragilidades da segurança
96
Exposição de longa duração
Café/Restaurante
Sanitários
museu.
No caso do Museu de Pedra Tinho Leopoldino, por falta de espaço
previsto no projeto, uma alternativa seria a construção de uma estrutura
desmontável, como um quiosque, para a comercialização destes produtos. Tal
estrutura poderia ser montada em algum espaço de circulação livre dos
visitantes, na área externa, podendo ser montada e desmontada de acordo com
as necessidades da instituição. Esta alternativa possui a vantagem da economia
de espaço e adaptabilidade rápida às necessidades espaciais; não necessita ser
montada todos os dias, podendo funcionar apenas em datas especiais, quando o
fluxo de visitantes é maior.
Uma forma de interagir economicamente com a região é disponibilizar esse
espaço da loja para a venda de produtos manufaturados e caseiros da região,
como o doce de leite, as bonecas de pano e bordados entre outros produtos
produzidos por artesãos da comunidade.
Auditório
O Museu de Pedra Tinho Leopoldino tem uma atividade bastante
intensa em sua programação ligada a apresentação de filmes áudio visuais.
Possui uma sala dedicada a atividades cinematográficas.
A população se mostra muito presente nessas atividades. O espaço
destinado a essa atividade, não pode ser chamado de auditório. Tem capacidade
para cerca de 30 pessoas, acomodadas com cadeiras fixas, possui projetor, tela
e sonorização.
99
Objetivo
preveem:
• Elaboração do Projeto Museográfico, de acordo com as definições e
direcionamentos propostos pelo Plano Museológico no que diz respeito ao
perfil e missão da instituição;
• Elaboração do Projeto Arquitetônico tendo em vista as necessidades de
acessibilidade, segurança patrimonial, do público e do acervo,
especificidades das áreas técnicas;
• Elaboração do Projeto de ocupação de áreas com atividades técnicas
museológicas como Pesquisa e Documentação, Reserva Técnica,
Laboratório de Conservação e Restauro, entre outras;
• Elaboração dos Projetos Complementares para adequação de espaços para
atividades relacionadas as ações educacionais e de apoio ao público.
• Criação de espaços de socialização. Criação de espaços para sustentabilidade
como lojas e cafés;
Atividades:
COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO
Identidade Visual
18
Deficientes físicos, metais, intelectuais, visuais e auditivos.
19
Estrangeiros e idosos, por exemplo.
detalhista e, por vezes, complexo, pois envolve o desenvolvimento de uma
marca que represente o museu, tarefa que não fácil.
As formas, símbolos e cores devem se identificar com a paisagem da
cidade que abriga o museu, pois isso facilita o reconhecimento do local por parte
do visitante. Deve ser algo integrador à paisagem e, ao mesmo tempo, destacar-
se nela, apresentando-se de forma clara, porém não agressiva.
Esta representação da instituição deve ser clara e marcante; algo que seja
facilmente reconhecido pelos visitantes. Todo o material produzido pelo museu
deve conter as características de sua identidade visual e todos eles devem ser
coesos. É muito importante uma imagem institucional forte, pois isto propicia
115
que seja rapidamente reconhecida por seu público, instituições afins e eventos
ou atividades que participar.
O Museu de Pedra Tinho Leopoldino não possui uma identidade visual
ou logomarca própria.
Criar uma logomarca é um dos primeiros passos para garantir a efetiva
difusão da instituição na comunidade. Investir em uma logomarca é investir na
106
Expografia
Sinalização
Estratégias de divulgação
A Comunidade chama o edifício de Casa de Pedra. Segundo depoimentos,
no início do projeto de implantação do Museu, a Comunidade apresentava-se
incrédula e posicionava-se contrária a execução do projeto.
O Distrito conta com cerca de 3500 habitantes. O Perfil da Comunidade é
prioritariamente de trabalhadores rurais. Muito pouca mão de obra qualificada.
As prioridades se baseiam em necessidades básicas. As atividades culturais são
pouco prestigiadas.
110
EDUCATIVO
20
Fonte: COLE, H. On The Facilities Afforded by the Departamento of Pratical Art.Londres: Departamente of
Pratical Arts, 1853.
objetivo de zelar por um acervo que não é difundido na sociedade e, muito
menos, relevante a ela?
Para que a existência de uma instituição museológica se justifique, é
necessário que tal local seja espaço de fruição de conhecimento, onde a
comunidade se sinta representada, de alguma forma, e se identifique com o que
lhe é oferecido. A arte-educação e a educação patrimonial são elementos
indispensáveis para o desenvolvimento sócio cultural dos indivíduos; são
instrumentos de “alfabetização cultural”, que possibilitam o reconhecimento e
entendimento do passado, o senso crítico quanto ao presente e propostas para o
futuro. Aqui reside, provavelmente, a principal função social dos museus:
educar.
Dessa forma, crê-se que os museus são ferramentas poderosas de
educação e impacto social. Sendo detentores de fontes primárias de
conhecimento (acervo), possuem capacidade maior ainda de explorá-las e
difundi-las. Por tal motivo os projetos educativos em museus são tão
113
AÇÕES EDUCATIVAS
Visitas monitoradas
• Público escolar:
Compreende os setores de Educação Infantil, Ensino Fundamental I,
Ensino Fundamental II, Ensino Médio e Superior. Nesta tipologia de grupo,
encontramos a maior parcela de visitantes dos nossos museus.
À medida que as instituições museológicas têm se tornado mais sensíveis
à sua função educadora, tornam-se parceiras da escola formal e de muitas
instituições de cunho educacional, passando a ser reconhecidas não como
“simples ilustradoras” do que os alunos aprendem em sala de aula, mas como
referenciais ativos de ensino, que se transformam em extensão do território
escolar.
Por conta disso, faz-se de vital importância que cada visita seja
exatamente estrutura às necessidades e limites de cada um desses grupos, para
que, além de participarem de uma visita que amplia seus conhecimentos e
capacidade crítica, recebam-na de forma agradável e atraente, para que se
forme um público permanentemente interessados em visitar e conhecer o que os
museus têm a oferecer.
21
Fonte: COLE, Peggy Ruth. Dewey and the galleries: educational theorics talk to museum educators. In: The
museologist, 48, 1985. Traduzidopor Denise Grinspum.
Há em Santa Eudóxia 4 escolas públicas, com as quais devem ser
estreitadas relações para que o Museu ocupe o importante papel de formador e
educador. Há uma creche municipal muito próxima ao Museu. Muitos projetos
poderão ser efetuados com essa instituição.
• Público adulto:
Composto por adultos, que ultrapassaram a fase escolar e idosos.
Trata-se de um público, normalmente, mais exigente e retraído. Na
constituição de uma visita para este público, é indispensável que o educador
possua estratégias de ultrapassar as barreiras de comunicação impostas pela
maturidade.
Já no caso dos idosos, a questão da comunicação, geralmente, não é um
problema, porém, é preciso adequar tempo e roteiro de visitas às necessidades
físicas dessa faixa etária, para que não haja desgaste físico e a visita se torne
enfadonha.
• Público especial (deficientes):
Grupo formado por deficientes visuais, deficientes auditivos, deficientes
116
• Público estrangeiro:
Grupo composto por estrangeiros de todo o mundo. Da mesma forma que
nos demais tipos de público, o trabalho deve ser adaptado às condições físicas,
intelectuais e faixa etária. O que difere no tratamento deste público é a exigência
de mediadores versados em outros idiomas para a realização de visitas. Além
disso, a comunicação da instituição também deve proporcionar legendas,
sinalização, folders e etc. em outros idiomas, para que o visitante possua
autonomia.
No relacionamento com este público, é interessante para o museu que se
estabeleçam parcerias de pesquisa e difusão de informações. Dessa forma, a
instituição não ganha apenas visitantes, mas colaboradores que podem participar
da vida cotidiana do museu, contribuindo de diversas formas.
Oficinas
Seminários e palestras
Atividades extramuros
120
Visando a inserção da comunidade na rotina do museu e a criação do
senso de pertencimento e identidade em relação a ele e à história que o envolve,
sugere-se que a instituição promova atividades educativas extramuros, ou seja,
fora do museu.
Estas atividades podem compreender contação de histórias; realização de
oficinas e palestras em locais públicos, escolas e bibliotecas; pequenas
exposições itinerantes pela cidade, divulgando o acervo do museu (exposição de
materiais impressos e cenográficos, caso não seja possível o deslocamento do
acervo); participação em eventos de outras instituições.
As atividades exigem divulgação prévia e grande organização por parte da
equipe do museu, para que possam alcançar seus objetivos culturais e
educativos. No entanto, provam a cada dia, que são de total relevância para a
comunidade e ampliam o campo de influência da instituição.
EQUIPE DE TRABALHO
Acolhimento e recepção
A área de recepção e acolhimento deve se configurar com espaço
convidativo aos visitantes. Além, é claro, de um bom atendimento pelos
funcionários do museu, a recepção necessita de instrumentos que orientem o
visitante e o acomodem. É também o local propício para o “pontapé inicial” na
visita à exposição, deve contar com informações de caráter instigador sobre a
mesma, fazendo com o visitante se interesse por ela. Este local, também, precisa
ser MUITO bem sinalizado, contendo informações como a localização de
sanitários, saídas de emergência, início da exposição, bebedouros, telefones
públicos e etc.
Recomenda-se que o museu possua os seguintes itens em seu local
de recepção e acolhimento:
qualquer tipo de intoxicação ou mal estar por conta de produtos usados nas
oficinas. Deve possuir mobiliário que possa ser utilizado para trabalhos diversos
e acomodar pessoas de faixas etárias diferentes.
No caso do Museu de Pedra Tinho Leopoldino não há espaços
destinados a ação educacional, sendo necessário, portanto uma adequação para
que esta ação seja realizada. Para uma melhor proposta educacional será preciso
áreas que possua um mobiliário/equipamentos/objetos adequados a esta ação
conforme relacionamos acima. Sugere-se que seja considerada a adequação de
um espaço, junto ao auditório, no projeto do novo edifício, destinado as oficinas
para os alunos e grupos de visitantes.
Não há um programa educativo para o Museu de Pedra Tinho
Leopoldino. Sugerimos que sejam levados em consideração os seguintes
parâmetros para o desenvolvimento das ações educacionais.
Consoante com os objetivos e finalidades da Fundação Pró-Memória
de São Carlos, o programa educativo deve ter como base a conservação, a
preservação, a valorização e a divulgação do patrimônio histórico do município e
da comunidade do Distrito de Santa Eudóxia em uma perspectiva que
compreende a sua relação com o local, região e nação.
Para tanto, as ações educativas do Museu devem ser diversificadas
e voltadas para o atendimento de diversos perfis de público, com vistas a
oferecer aos visitantes experiências apropriadas de aprendizagem e fruição
alicerçadas nos pressupostos da Educação Patrimonial em espaços não formais e
da Educação Dialógica.
Assim, a coleção do Museu de Pedra Tinho Leopoldino, mais do
que um fim em si, será meio e ferramenta para o estabelecimento de relações
entre o público e o patrimônio cultural preservado.
Princípios norteadores
SABER
• A um tema
• Ao objeto museal
• A museologia
SABER FAZER
• Antecipar respostas
• Justificar
• Classificar
• Comparar
• Estabelecer relações
• Localizar as informações
• Observar
• Diferenciar
• Identificar
• Descrever
• Sintetizar
• Comunicar
SABER SER
SABER CRIAR
Desenvolvimento da imaginação.
Público espontâneo
Público agendado
• Visitas mediadas
• Atividades educativas, recreativas e/ou lúdicas
• Parcerias com as entidades do município para o atendimento dos grupos
Públicos especiais
• Projeto de atendimento para públicos especiais em parceria com
instituições locais como o Espaço Braile, ligado ao Sistema Integrado de
Bibliotecas - SIBE e a Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, que
compreenda a elaboração de legendas para exposição de longa duração e
exposições temporárias, a elaboração e confecção de material sensorial
universal, a elaboração e confecção de publicações, bem como o
treinamento para o melhor atendimento dos grupos;
Público Escolar
128
Projetos especiais
• Eventos
• Visitas dramatizadas
• Acantonamento
• Chá da tarde
• Picnic no Museu
• Baile na Plataforma
Formação
Público externo
Público interno
Corpo educativo
Em Geografia:
PROGRAMAS EDUCATIVOS
132
Os contatos com escolas públicas e privadas da região poderão gerar
propostas de interesse comum que envolvam professores e alunos. Por exemplo,
um tema de pesquisa dos alunos como “O trabalho na Fazenda Santa Eudóxia”,
poderá gerar uma série de visitas ao Museu, tanto de professores como de
alunos, com ênfase nas partes relacionadas ao tema, envolvendo a análise das
relações sociais, a evolução tecnológica dos instrumentos, o desenvolvimento
econômico da região, as diversas culturas, os impactos ambientais, entre outros.
Cada visita deve ser cuidadosamente preparada, assim como as atividades
relacionadas entre elas, assegurando sua continuidade. O envolvimento posterior
dos familiares desses alunos em novas visitas poderia ser tentado.
BIBLIOGRAFIA
134
BIBLIOGRAFIA
COLE, Peggy Ruth. Dewey and the galleries: educational theorics talk to
museum educators. In: The museologist, 48, 1985. Traduzido por
Denise Grinspum.
NEVES, Ary Pinto das. São Carlos na esteira do tempo. São Carlos:
Edufscar; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2007.
NEVES, Ary Pinto das. São Carlos Primeiro Centenário: 1857 – 1957. São
Carlos:Prefeitura Municipal de São Carlos, 1957.
Roteiros Museológicos:
http://www.usp.br/cpc/v1/php/wf09_downloads.php
ANEXOS
139
ANEXO I – LEI DE CRIAÇÃO DO MUSEU N° 14.537
140
receber;
IV – as receitas próprias, provenientes de locação de serviços ou bens, de
venda de produtos ou bens, cessão de direitos ou quaisquer outras obtidas na
realização de suas atividades.
Parágrafo Único – As dotações orçamentárias destinadas à Fundação pela
Prefeitura Municipal de São Carlos deverão ser compatíveis com a plena
manutenção da instituição, em complemento aos recursos por ela própria
gerados.
Artigo 8º - A Fundação terá como órgão superior consultivo e de
fiscalização, o Conselho de Curadores, e como órgão superior de execução, a
Diretoria.
Artigo 9º - O Conselho de Curadores será composto de 10 (dez) membros,
que não serão remunerados, indicados proporcionalmente entre os Poderes
Executivo e Legislativo, em 50% para cada Poder (05 membros pelo Prefeito
Municipal e 05 pela Câmara Municipal) (Modificado pela Lei nº 11.299/97)
§ 1º - A indicação de membro do Conselho de Curadores será
acompanhada do nome do respectivo suplente.
§ 2º - Os Conselheiros serão demissíveis pelo Prefeito Municipal a qualquer
tempo, sem necessidade de justificativa e sem prejuízo do disposto no § 7º desta
artigo. (Modificado pela Lei nº 11.299/97)
§ 3º - O Conselho de Curadores exercerá as atribuições que lhe sejam
fixadas pelo Estatuto.
§ 4º - O Conselho de Curadores reunir-se-á ordinariamente a cada 02
(dois) meses e, extraordinariamente, sempre que convocado por seu Presidente
ou por 2/3 (dois terços) de seus membros. (Modificado pela Lei nº 10.745/93).
§ 5º - A falta não justificada a 3 (três) reuniões consecutivas ou 5 (cinco)
alternadas, por ano, importará em perda do mandato de Conselheiro.
§ 6º - O Conselho de Curadores deliberará por maioria simples, presente a
maioria absoluta de seus membros e, excepcionalmente, por maioria qualificada,
conforme dispuserem os Estatutos.
§ 7º - Os Conselheiros serão demissíveis por ato do próprio Conselho,
quando (Modificado pela Lei nº 11.299/97):
a)cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro e às
exigências do cargo, dentre eles abuso de prerrogativas do cargo ou percepção
indevida de vantagens no uso do cargo;
144
10.745/93)
Artigo 12 – O regime jurídico do pessoal da Fundação será o da legislação
trabalhista.
§ 1º - Poderão der colocados à disposição da Fundação, servidores
públicos, com ou sem prejuízo de vencimentos e demais vantagens de seus
cargos ou empregos.
§ 2º - Os servidores públicos colocados à disposição da Fundação, sem
prejuízo de vencimentos, poderão receber gratificações fixadas pelo Conselho de
Curadores em quadro próprio.
§ 3º - Os servidores da Fundação serão considerados servidores públicos
municipais, admitidos em regime da CLT, através de concurso público de títulos e
provas, aos quais será proporcionado plano de carreira. (modificado pela Lei nº
11.299/97)
§ 4º - Os servidores públicos colocados à disposição da Fundação, não
poderão retornar ao órgão de origem a pedido do Prefeito Municipal, sem que
haja a substituição dos mesmos, em igual número, qualidade e função.
(acrescentado pela Lei nº 11.299/97)
Artigo 13 – Os Estatutos e o Regimento Interno da Fundação
estabelecerão a restante estrutura administrativa.
Artigo 14 – Enquanto não forem nomeados os demais Diretores, o Diretor
Presidente exercerá todas as atribuições a eles conferidas pelos Estatutos.
Artigo 15 – Para o atendimento ao disposto no inciso II, do artigo 5º,
desta Lei, fica o Poder Executivo autorizado a abrir um crédito adicional
suplementar à dotação do orçamento de códigos local - 0202.03; categoria
econômica – 3231; funcional programática – 08482562.012 – Subvenções
Sociais, no valor de Cr$500.000.000,00 (quinhentos milhões de cruzeiros), a ser
coberto com os recursos de que trata o artigo 43, da Lei Federal nº 4.320, de 17
de março de 1964.
“Artigo 7º da Lei nº 11.299/97 – A Prefeitura Municipal repassará
anualmente à Fundação, não menos que 0,75% (zero vírgula setenta e cinco por
cento) de sua receita orçamentária. “
Artigo 16 – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.
São Carlos, 12 de julho de 1993.
Prefeito Municipal
ESTATUTO DA FUNDAÇÃO PRÓ MEMÓRIA DE SÃO CARLOS
I - DAS FINALIDADES
Art. 1º - Fica instituída a Fundação Pró-Memória de São Carlos, a que se
refere as Leis nº 10.655 de 12 de julho de 1993, nº 10.745 de 14 de dezembro
de 1993 e nº 11.299 de 06 de junho de 1997, de duração indeterminada, sede e
foro na cidade de São Carlos, regida pelo presente Estatuto e que tem por
finalidade a preservação da memória e o resgate dos valores históricos da
comunidade, competindo-lhe, para a consecução desse objetivo:
I - arrolar, inventariar, preservar e difundir a documentação do Poder
Público de São Carlos, conforme estatui a legislação municipal pertinente;
II - formar, habilitar, treinar e desenvolver recursos humanos entre os
quadros funcionais do Poder Público, no sentido de organizar os arquivos
correntes, intermediários e permanentes, bem como o setor de informação,
pesquisa e difusão;
III - dar suporte informacional e de pesquisa ao Poder Público;
IV - difundir os trabalhos dos Poderes Executivo e Legislativo, utilizando-se
de diferentes meios de comunicação, em particular com a edição dos anais da
Câmara;
V - arrolar, inventariar, preservar e difundir, em colaboração com outros
órgãos dos Poderes Público e da iniciativa privada, o patrimônio histórico,
artístico, cultural, arquivístico, paisagístico e ambiental de São Carlos;
VI - desenvolver uma política de estimulo à criação literária e artística, em
estreita cooperação com os demais órgãos do Poder Público e de entidades civis,
em particular às obras impressas e sistemas de bibliotecas;
VII - exercer o papel de fiscalizadora do patrimônio histórico, artístico,
cultural e arquivístico de São Carlos;
VIII - promover levantamentos sistemáticos de dados sobre o Município de
São Carlos e de sua região;
IX - promover estudos e pesquisas de interesse dos Poderes Executivo e
Legislativo, bem como da comunidade, em cooperação com outros órgãos do
147
II - DOS RECURSOS
Art. 3º - Constituem recursos da Fundação:
I - as dotações orçamentárias que lhe sejam atribuídas pela Prefeitura
Municipal de São Carlos;
II - as subvenções que lhe venham a ser atribuídas pela União, Estados ou
Municípios ou pessoas jurídicas de direito público;
III - as doações, patrocínios, investimentos, legados, subvenções ou
auxílio que venha a receber;
IV - as receitas próprias, provenientes de locação de serviços ou bens, de
venda de produtos ou bens, cessão de direitos ou quaisquer outras obtidas na
realização de suas atividades;
V - as parcelas que lhe forem contratualmente atribuídas dos lucros
decorrentes da exploração de direitos sob patentes e resultantes de pesquisas,
levantamentos e estudos feitos com o seu auxilio;
VI - saldos de exercícios anteriores.
Parágrafo 1º - as dotações orçamentárias destinadas a Fundação pela
Prefeitura Municipal de São Carlos deverão ser compatíveis com a plena
148
membros;
II - em segunda convocação, 30 (trinta) minutos depois, com qualquer
número de membros.
Parágrafo 1º - A convocação será regulamentada pelo Regimento Interno,
não sendo, contudo, com prazo inferior a 72 (setenta e duas) horas, e através de
meios efetivos de comunicação.
Parágrafo 2º - Caberá ao Regimento Interno a especificação das matérias
que exigem quorum especial, ficando desde logo fixado o quorum mínimo de 2/3
(dois terços) dos membros do Conselho de Curadores, para a aprovação das
seguintes matérias:
I - alienação de bens imóveis da Fundação, a qual será efetivada pela
Diretoria, após aprovação do Prefeito Municipal e da Câmara Municipal, ouvido o
Ministério Público;
II - proposta ao Prefeito Municipal quanto a aprovação e alteração do
Regimento Interno;
III - proposta ao Prefeito Municipal quanto a alteração do Estatuto
Art. 12 - A extinção da Fundação somente, por proposta do Prefeito
Municipal, poderá ser votada com a presença da totalidade dos membros do
Conselho de Curadores, dando-se a aprovação com a aquiescência de no mínimo
2/3 (dois terços) destes, ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 30
(trinta) do Código Civil Brasileiro.
Art. 13 - Compete, privativamente ao Conselho de Curadores, deliberar
sobre as seguintes matérias:
I - observar e fazer cumprir a Lei, este Estatuto, o Regimento Interno da
Fundação, os Regulamentos e as Resoluções das autoridades competentes;
II - deliberar a aceitação de doações com encargos;
III - apreciar o Relatório Anual de atividades;
IV - apreciar a prestação de contas e emitir parecer a ser submetido ao
Prefeito Municipal;
V - determinar, ao fim de cada exercício, a parte dos rendimentos líquidos
a ser incorporada ao patrimônio;
VI - aprovar a alienação de bens imóveis da Fundação, observando o
inciso I, § 2º, art. 11 deste Estatuto;
VII - alterar o Estatuto e o Regimento Interno, observando o inciso II, §
151
Fundação.
Art. 37 - Em sua primeira reunião o Conselho de Curadores elegerá entre
seus membros o Presidente e o Secretário do Conselho, para um mandato de 03
(três) anos.
Art. 38 - Este Estatuto entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 39 - Ficam revogadas as disposições em contrário.
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transcrição,
tradução,
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CORRESPONDÊNCIA DE SOLICITAÇÃO DE LICENÇA DE USO DE IMAGEM
Ao Sr,
End.:
CEP
Prezado[a] _________,
Autor __________
Denominação/título __________
Ano __________
Técnica __________
Dimensões __________
Coleção/Acervo __________
Foto __________
Cordialmente,
[nome do responsável] __________
[cargo] _________________
Fundação pró-memória de São Carlos
São Carlos, ___/___/200X
159
Parágrafo 1º: Uma vez que a lista acima é apenas exemplificativa e para que o
Museu de Pedra possa exercer de forma ampla seus objetivos de difusão
162
Ass.
163
Parágrafo 1º: Uma vez que a lista acima é apenas exemplificativa e para que o
Museu de Pedra possa exercer de forma ampla seus objetivos de difusão
166
Ass.
167
Parágrafo 1º: Uma vez que a lista acima é apenas exemplificativa e para que o
Museu de Pedra possa exercer de forma ampla seus objetivos de difusão
cultural, fica desde já ajustada a irrestrita utilização das obras fotográficas
especificadas neste instrumento, sem qualquer limitação de exemplares, tempo e
território.
Nome completo
RG nº CPF nº
End. nº compl.
CEP Cidade/Estado
Telefone res. Tel. coml.
Cel. Fax
e-mail
Ass.
171
Atenciosamente,
Ao Excelentíssimo Senhor
PAULO ALTOMANI
Prefeito do Município de São Carlos
172
Sábado: 10:00-15:00
Domingo: Não abre
3.3 - O museu é aberto ao púbico em geral ou somente para públicos específicos?: Para público em
geral [A1]
3.4 - A entrada no museu é cobrada?: Não [A2]
3.5 - Assinale as instalações básicas e serviços oferecidos pelo museu::
Bebedouro: Sim [Y]
Estacionamento:
Guarda-volumes:
Livraria:
Loja:
Restaurante e/ou lanchonete:
Sanitário: Sim [Y]
Teatro/Auditório: Sim [Y]
3.5.1 - Capacidade do teatro/auditório (assentos):: 30
3.6 - O museu possui recursos para atendimento de turistas estrangeiros, como sinalização,
audioguia, folder etc. em outros idiomas?: Não [N]
3.7 - O museu possui infraestrutura para atender visitantes que apresentam dificuldade de
locomoção?: Não [N]
3.8 - O museu oferece instalações e serviços destinados às pessoas com deficiências auditivas e
visuais?: Não [N]
4 - GESTÃO
4.1 - O museu possui instrumento de criação?: Sim [Y]
4.1.1 - Especifique instrumento de criação:: Lei [A1]
Nº e data da Lei:: Lei nº 14537 de 2008
8.4.1 - Especifique::
Estudantes de ensino fundamental: Sim [Y]
Estudantes de ensino médio: Sim [Y]
Estudantes universitários: Sim [Y]
Professores:
Terceira idade:
Pessoas com deficiência:
Desde 2008 o museu vem desenvolvendo um importante trabalho com a comunidade do distrito e
tem se configurado como um espaço de referência local para a prática de atividades culturais
diversas. Por meio da Fundação Pró-Memória são oferecidas periodicamente oficinas patrimoniais,
nas quais destaca-se, dentre outras, o incentivo à prática da viola e da catira; que inclusive já deram
origem a uma dupla de violeiros de destaque na região e ao grupo de catireiros do distrito.
Para o ano de 2014 foram oferecidas oficinas de vila, catira, circo e patchcolagem. As aulas tiveram
inicio no segundo semestre e atenderam pessoas de diversas faixas etárias, no entanto o público
infantil foi o mais frequente.
Além das oficinas patrimoniais acontecem periodicamente no museu as sessões do “Cine Museu de
Pedra”, que são realizadas com o apoio da Coordenadoria de Artes e Cultura. As sessões são
quinzenais e neste ano foram voltadas ao público infantil, a exemplo da mostra Crianças Fantásticas,
exibida de 15/03/2014 a 26/04/2014, que colocou em pauta duas sessões de longa-metragem, e
outras duas de filmes curtos, voltados para o universo da criança e do adolescente.
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