Seminário III
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(b) Construa a respectiva estrutura normativa para cada acepção (ex. NGA, NIC,
antecedente, consequente...), indicando quai(is) dessa(s) estrutura(s)
normativa(s)) são norma em sentido estrito.
Decadência pode ser tida como norma jurídica cuja hipótese descreve o fato do
não exercício de um direito dentro de certo período de tempo e o consequente prescreve a
perda deste direito por seu titular.
Assim temos que: Hipótese: i) critério material: aponta a ação (no caso das
normas de decadência e prescrição: o não exercício de um direito); ii) critério espacial: aponta
o local de realização do fato da inércia; e iii) critério temporal, indicativo do momento de
ocorrência da inércia, (no caso das normas de decadência e prescrição: é o dies ad quem).
Consequente: i) critério pessoal, informa os sujeitos da relação (de um lado o fisco de outro o
contribuinte); e ii critério prestacional, informa o objeto da relação (o direito a ser extinto).
(c) É correta a afirmação de que a decadência opera-se automática e infalivelmente?
Justifique sua resposta.
Entendo que não, posto que é necessária uma inercia, assim não ocorre de forma
automática e infalivelmente.
(d) Quanto aos efeitos da decadência em relação ao crédito tributário (arts. 150 e 173,
do CTN), pode-se afirmar que sejam: (i) extintivos ou (ii) impeditivos? Justifique
sua resposta.
Dessa forma, conforme ensina a doutrinadora Autora temos que: (i) a decadência do
direito de lançar é quando o fisco perde o direito de constituir o crédito tributário a partir da
incidência tributária que se da quando completos o antecedente e o consequente da RMIT.
(ii) Doutra banda, temos que a prescrição do direito do fisco de cobrar o crédito
tributário é quando este perde a chance de, a partir do lançamento do crédito cobrar esta
mediante execução fiscal judicial.
(iii) A decadência do contribuinte de pleitear a restituição do indébito tributário, por sua
vez, é quando este perde pelo decurso do tempo a possibilidade pleitear esta restituição na
esfera administrativa contado a partir do ato/fato realizado pelo fisco que deu a possibilidade do
contribuinte reaver o valor.
(iv) Já a prescrição do direito do direito de ação do contribuinte de repetir o indébito
tributário é quando pelo decurso do tempo este deixa de ajuizar ação de repetição de indébito
tributário para reaver tributo pago indevidamente ao fisco.
3. Quando começa a contar o prazo de decadência para o Fisco lançar nos tributos
sujeitos ao lançamento de ofício? E nos tributos sujeitos ao “lançamento por
homologação”? Se não houver o que homologar, o prazo passa a ser o dos tributos
sujeitos ao lançamento de ofício (vide anexos II e III)? E no caso de fraude (vide anexo
IV)?
4. Como deve ser interpretado o parágrafo único do art. 173 do CTN? Que se
entende por “medida preparatória indispensável ao lançamento”? Tal medida tem
apenas o condão de antecipar o termo inicial da contagem do prazo prescrito no inciso I
ou pode também postergá-lo? Trata-se de causa de interrupção do prazo decadencial?
(Vide anexo V e VI).
O parágrafo único do art. 173 do CTN, conforme entendo deve ser interpretado
como a possibilidade de antecipação do marco inicial da decadência do direito do fisco de
constituir o crédito, a partir da notificação exaurida por ele ao contribuinte para qualquer medida
preparatória, ocasião que se dará nos casos em que a partir da notificação o fisco não se
manifestar antes de findar o exercício em que o ato foi realizado, razão contrária iniciará o
prazo normalmente na hipótese do inciso I.
Medida preparatória indispensável ao lançamento é quando da previsão de
pagamento antecipado do tributo, há notificação do ato-administrativo formalizador do ilícito
tributário, ou seja, quando há dolo, fraude ou, simulação.
Tal dispositivo tem o condão apenas de antecipar a contagem do prazo
DECADENCIAL e não prescricional.
Compactuo com o entendimento do STJ quando este define que não se trata de
interrupção do prazo decadencial e sim de antecipação do dies a quo do prazo e, de qualquer
sorte aquele ato da notificação representará o marco inicial para a contagem do prazo de cinco
anos.
[...].
Entretanto, muita polêmica gerou sobre o dies a quo bem como o prazo da
prescrição intercorrente, tendo em vista que o prazo prescricional para o fisco cobrar o crédito
tributário, como já visto é de 5 anos, definido assim por lei complementar federal.
Com isso, o STJ editou a súmula 314 que define que: “em execução fiscal, não
localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o
prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente”. Nesse ínterim, entendo que há sim prescrição
intercorrente na execução fiscal, e esta se dá após a suspensão de 1 ano prevista no art. 40 da
LEF, quando então se inicia o prazo da prescrição qüinqüenal.
efeitos), como fica o prazo para repetir o indébito tributário? Conta-se do pagamento