O Hospital - Aula 01

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O ambiente Hospitalar

A evolução dos hospitais


A palavra hospital é de raiz latina (Hospitalis) é de origem relativamente recente.

Vem de hospes – hóspedes, porque antigamente nessas casas de assistência eram


recebidos peregrinos, pobres e enfermos.

O termo hospital tem hoje a mesma acepção de nosocomium, de fonte grega, cuja
significado é tratar os doentes.
Aspectos Históricos
Os primeiros hospitais foram construídos na era medieval e ficavam próximos
aos mosteiros e a assistência dos pacientes era de responsabilidade da Igreja
Católica, tendo caráter essencialmente filantrópico. Inicialmente eles eram
destinados aos monges e, só mais tarde, surgiram outros, para assistir aos
estrangeiros, pobres e enfermos devido à necessidade de defesa pública sanitária,
causada pelas grandes epidemias, à demanda dos povos peregrinos e das guerras
(GEOVANINI E TELMA, 1995).

Portugal Pousada Flor da Rosa (Mosteiro de Santa Maria


de Flor da Rosa, Mosteiro da Ordem do Hospital de Flor
da Rosa
Aspectos Históricos
As instituições eram mantidas por
doações e oferendas advindas da
cobrança de impostos e pela caridade
dos fiéis. As condições higiênicas
eram precárias e as doenças
infecciosas disseminavam-se com
grande rapidez entre todos os
internados e, não raro, o paciente era
admitido no hospital com
determinada doença e falecia com
cólera ou febre tifóide (COUTO E
PEDROSA, 1999). Além disso, não
existiam maneiras de isolamento das
doenças infecto-contagiosas e nem
tão pouco a preocupação com a
disseminação dessas doenças.
Conhecendo um Hospital
A importância em conhecer quais são
estas áreas é necessária, porque
circulamos constantemente pelo
ambiente hospitalar, logo, devemos
saber em que tipo de área transitamos
ou permanecemos, visando não só nos
precaver, como também evitar a
propagação de infecções.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos


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ermagem/artigos/24378/classificacao-
das-areas-fisicas-
hospitalares#ixzz45ZX9zcGj
Segundo a ANVISA as áreas hospitalares críticas,
semicríticas e não críticas seguem a seguinte definição:

Área crítica
Área na qual existe um risco maior
de desenvolvimento de infecções
relacionadas à assistência, seja pela
execução de processos envolvendo
artigos críticos ou material biológico,
pela realização de procedimentos
invasivos ou pela presença de
pacientes com suscetibilidade
aumentada aos agentes infecciosos
ou portadores de patógenos de
importância epidemiológica.
Exemplos de áreas críticas:

• CME – Central de Material


Esterilizado;
• UTI;
• Lavanderia hospitalar;
• Salas cirúrgicas;
• Unidades de isolamento;
• Bancos de sangue;
• Unidades de Hemodiálise.
RDC – Resolução da Diretoria Colegiada
A Anvisa é dirigida por uma • Informações: ANVISA (AGÊNCIA
diretoria colegiada composta por NACIONAL DE VIGILÂNCIA
cinco integrantes com mandatos de SANITÁRIA)
três anos, cujo começo e término não
são coincidentes entre si. Os
dirigentes são sabatinados pelo
Senado Federal antes de sua
nomeação e têm estabilidade durante
o período do mandato. Dentre os
cinco, um é designado por decreto do
Presidente da República para exercer
o posto de diretor-presidente. As
decisões são tomadas em sistema de
colegiado, por maioria simples.
CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO
• RESOLUÇÃO DA DIRETORIA • ART. 2º ESTE REGULAMENTO TEM
COLEGIADA – RDC Nº 15, DE 15 DE O OBJETIVO DE ESTABELECER OS
MARÇO DE 2012 REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS
PARA O FUNCIONAMENTO DOS
• Dispõe sobre requisitos de boas SERVIÇOS QUE REALIZAM O
práticas para o processamento de PROCESSAMENTO DE PRODUTOS
produtos para saúde e dá outras PARA A SAÚDE VISANDO À
providências. SEGURANÇA DO PACIENTE E DOS
PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS.
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
• RESOLUÇÃO-RDC Nº 7, DE 24 DE • DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS Seção I
FEVEREIRO DE 2010. Objetivo:
– Dispõe sobre os requisitos mínimos – Art. 2º
para funcionamento de Unidades de Esta Resolução possui o objetivo de
Terapia Intensiva e dá outras estabelecer padrões mínimos para o
providências. funcionamento das Unidades de
Terapia Intensiva, visando à redução
de riscos aos pacientes, visitantes,
profissionais e meio ambiente.
• A UTI surgiu através da necessidade
de oferecer um suporte maior para
pacientes agudamente doentes,
• é um ambiente reservado e único no
ambiente hospitalar que oferece
monitoria e vigilância 24 horas.
LAVANDERIA HOSPITALAR
• RESOLUÇÃO - RDC N° 6, DE 30 DE • III
JANEIRO DE 2012. – processamento de roupas de serviços
– Dispõe sobre as Boas Práticas de de saúde: compreende um conjunto de
Funcionamento para as Unidades de etapas que tem como objetivo final
Processamento de Roupas de Serviços garantir as condições de higiene e
de Saúde e dá outras providências. qualidade das roupas utilizadas na
atenção à saúde.
As etapas do processamento de roupas de serviços
de saúde compreendem:
• A retirada e o acondicionamento da roupa
suja da unidade geradora;
• a coleta e o transporte da roupa suja até a
unidade de processamento;
• o recebimento, a pesagem, a separação e a
classificação da roupa suja;
• o processo de lavagem;
• a centrifugação, a secagem, a calandragem
ou a prensagem ou a passadoria a ferro da
roupa limpa;
• a dobra, a embalagem e o armazenamento
da roupa limpa;
• o transporte e a distribuição da roupa
limpa;
CENTRO CIRÚRGICO • “A Unidade de Centro Cirúrgico é o
• RESOLUÇÃO - RDC Nº. 50, DE 21 DE
conjunto de elementos destinados às
FEVEREIRO DE 2002. atividades cirúrgicas, bem como à
recuperação pós-anestésica e
1. “Deve haver uma sala de operação para cada pósoperatória imediatas.” (Ministério
50 leitos não especializados ou 15 leitos da Saúde)
cirúrgicos”

2. Tamanho: Pequena: 20 metros quadrados • “Todos os suprimentos cirúrgicos,


Média: 25 metros quadrados Grande: 36 instrumentos, agulhas, suturas,
metros quadrados curativos, luvas, campos e soluções
que possam entrar em contato com a
3. “O Piso deve ser liso, não poroso, resistente a
agentes químicos, sem fendas ou fissuras, ferida cirúrgica devem ser
impermeável, durável, de fácil limpeza e capaz esterilizados antes de sua utilização.”
de realçar a sujeira.” (RDC 50, 2002) (Mecker, 1999)
4. “Material liso, resistente, lavável, antiacústico
e não refletor de luz. A cor deve combater a
fadiga visual.” Cerâmicas com índice de
absorção inferior a 4 %. Tintas sem cheiro,
resistentes à limpeza, textura lisa para
dificultar a aderência de sujeiras. (Tintas à base
de epoxi e PVC)

5. Material resistente e lavável, sem ranhuras e


não poroso para impedir a retenção de
bactérias.
BANCO DE SANGUE
• RDC N. 34 de 11 de Junho de 2014 : • Empresa que presta serviços de
– Boas práticas no ciclo do sangue. hemoterapia e imunohematologia.

• Entidade responsável pela promoção


da dádiva de sangue e seus
derivados, de forma altruísta.
Extraído, transformado e
armazenado o sangue para
transfusão diferentes mais tarde.
Banco de Sangue: Hemoterapia
• Hemoterapia: – compreendem as
transfusões de sangue total e seus
componentes, como concentrado de
hemácias, concentrado de plaquetas,
concentrado de granulócitos, plasma
fresco congelado e crioprecipitado.
HEMODIÁLISE
• RESOLUÇÃO DA DIRETORIA • Diálise:
COLEGIADA - RDC N° 11, DE 13 DE – Diálise é o nome genérico que se dá a
MARÇO DE 2014. qualquer procedimento que promova
– Dispõe sobre os Requisitos de Boas a remoção das substâncias tóxicas que
Práticas de Funcionamento para os ficam retidas quando os rins deixam
Serviços de Diálise e dá outras de funcionar adequadamente.
providências – Hemodiálise - Uso de um
equipamento específico que filtra o
sangue diretamente e o devolve ao
corpo do paciente com menos
impurezas.
– Diálise peritoneal - Uso de
equipamento específico que infunde e
drena uma solução especial
diretamente no abdômen do paciente,
sem contato direto com o sangue.
ÁREA SEMI CRÍTICA
• Consultórios;
Área de moderado a baixo • Enfermarias e apartamentos;
risco para infecções • Área limpa da lavanderia hospitalar.
relacionadas à assistência seja
pela execução de processos
envolvendo artigos
semicríticos, ou pela realização
de atividades assistenciais não
invasivas em pacientes não
críticos e que não apresentam
infecção ou colonização por
patógenos de importância
epidemiológica.
ÁREA NÃO CRÍTICA
• Áreas administrativas do hospital;
Área na qual o risco de • Corredores;
• Elevadores;
desenvolvimento de infecções • Almoxarifado.
relacionadas à assistência é
mínimo ou inexistente seja
pela não realização de
atividades assistenciais, ou
pela ausência de processos
envolvendo artigos críticos e
semicríticos, exceto quando
devidamente embalados e
protegidos.

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