Ficha de Apoio
Ficha de Apoio
Ficha de Apoio
Factores físico-naturais
Disponibilidade de bons climas
disponibilidade de solos aráveis
disponibilidade de recursos hídricos (água)
existência de planícies e vales fluviais
desastres naturais (as poeiras vulcânicas fertilizam os solos)
disponibilidade de vegetação
Factores socioeconómicos
Exercícios
Durante o período da dominação colonial, o governo colonial foi montando uma estrutura agrária
virada a satisfação dos seus interesses em matérias-primas e abastecimento do mercado, assim
estava organizada a estrutura agrária naquela época:
Este tipo de agricultura era praticado pelos colonos e por empresas ou companhias e tinha como
principais características:
A agricultura familiar ou de subsistência que era praticada por camponeses, era uma agricultura
que dependia muito das condições naturais, particularmente da chuva.
O governo de Moçambique, preocupado com o desenvolvimento deste sector tem vindo a definir
políticas e projectos, tais como: Complexo Agro-industrial de Limpopo-CAIL, Pro-Savana,
Revolução Verde, Campanha de Agro-processamento, para além, da criação de um fundo de
desenvolvimento agrário( FDA ). Em termos de exploração agrícola em Moçambique, existe uma
coabitação saudável entre as empresas agro-pecuárias, associações de produtores agro-pecuários,
produtores familiares, etc.
Exercícios
2- Das características que apresentamos, copie para o seu caderno diário ou bloco de notas apenas
aquelas que particularizam a agricultura familiar.
- Pequenas de terra
-prática de policultura
-finalidade comercial
Mandioca: as zonas de maior cultivo estão localizadas nas províncias de Zambézia, Nampula e
Cabo Delgado.
Mapira: é uma das culturas mais importantes das províncias das regiões Norte e Centro do país, e
Norte de Gaza.
Feijão: as zonas de maior cultivo encontram-se nas províncias a Sul do rio Save
Mexoeira: cultivada principalmente a Sul de Tete e Norte de Manica. Mas também em algumas
zonas de Sofala, Gaza e Inhambane.
Arroz: cultiva-se nas zonas baixas e húmidas da Zambézia, Sofala, Nampula e Gaza.
Cana-de-açúcar: cultivado nas Províncias da Zambézia e Sofala no vale do rio Zambeze mais
exactamente em Marromeu e Luabo, ainda em Sofala em Mafambisse no vale do rio Púngue, em
Búzi junto ao rio com o mesmo nome, e na Província de Maputo no vale do rio Incomáti em
Xinavane e Maragra.
Cajú: produzido nas Províncias de Nampula, Cabo Delgado, Zambézia, Sofala, Inhambane, Gaza
e Maputo
- Absorve a maior parte da população moçambicana; - fornece a maior parte dos produtos para a
alimentação da população; - fornece produtos que servem de matéria-prima para a nossa
indústria; - fornece produtos para a exportação e constitui como base do desenvolvimento
económico do país.
2. A pecuária em Moçambique
Pecuária: é uma actividade económica que se dedica à domesticação, criação e cuidado de
espécies de animais.
Tal como a agricultura, a pecuária também é influenciada por factores de ordem natural e,
socioeconómico e técnico-científicos.
Factores naturais – neste domínio, podem-se destacar: o clima, solo, relevo, vegetação, o pasto, a
água, entre outros...
Durante o período colonial a criação de gado em Moçambique era feita em diferentes moldes:
criação intensiva caracterizando deste modo os grandes criadores (colonos) e criação extensiva
nos pequenos e médios camponeses criadores. O período que se seguiu a proclamação da
independência, foi caracterizado, numa primeira fase , pela fuga de colonos criadores, contrabando
de gado para os países vizinhos, depois seguiu-se a fase de guerra que dizimou de grosso modo
muitos efectivos de gado e ciclicamente o país tem sido palco de calamidades naturais, com
destaque para cheias e seca. Constituem prioridades do governo para o sector pecuário:
repovoamento do gado, introdução de novas raças, criação de condições para assistência técnico-
científica e formação de quadros.
A tabela 10 que se segue resume o tipo de gado e a sua área de criação no pais.
Exercicios
Esta actividade é desenvolvida dentro de normas que devem ser estritamente observadas: respeito
pelo calendário localmente estabelecido, uso de técnicasrecomendadas entre outros dispositivos,
que concorrem para a defesa e protecção de recursos pesqueiros e do ambiente.
2.6.Tipos de pesca
i. Pesca artesanal
É praticada tanto no litoral como nas águas interiores pela grande maioria da população, sendo
pescadores individuais, cooperativas de pesca, associações de pescadores, utilizam instrumentos
simples, como anzóis, linhas, redes, canoa, e pequenos barcos a motor; a produção é de pequena
escala; o rendimento é muito baixo; a produção destina-se a venda no mercado local e consumo
dos pescadores.
Geralmente, é praticada no alto mar por grandes empresas pesqueiras; a produção é de grande
escala, utiliza técnicas e métodos modernos especializando-se em uma ou em algumas espécies, o
rendimento é muito elevado, é uma pesca virada para o mercado interno e internacional.
No mundo aquático existe uma grande variedade de espécies, aqui iremos dar alguns exemplos:
camarão, lagosta, caranguejo, corvina, marora, sardinha, anchoveta, carapau, cavala, atum, peixe-
pedra, salmonete, pargo, tubarão, holotúrias, mexilhão, crustáceos, etc.
O produto pesqueiro é muito perecível, exigindo por isso, melhores técnicas e formas de
conservação, dentre as quais destacamos: o congelamento, enlatamento, salgamento, fumagem e
secagem ao sol.
3.A Silvicultura
Silvicultura – é um ramo da agricultura que se dedica à cultura e conservação das florestas, com o
objectivo de extrair delas a riqueza necessária para a vida do homem.
Das várias que ocorrem no país , destacamos: a chanfuta, jambirre, umbila, mussassa,
pangapanga, pau-rosa, pau-preto, pinheiro, eucalipto, etc.
Os principais factores de degradação dos recursos florestais são naturais e humanos. Os factores
humanos são os que mais contribuem para esta degradação. Os recursos florestais representam
cerca de 80% da fonte da energia consumida no país sob a forma de lenha ou carvão. A gestão e a
utilização racional da flora é fundamental para o melhoramento da vida das comunidades. A
utilização não racional dos recursos florestais, conduz à degradação do meio - ambiente, assim
como dificulta o processo da regeneração das espécies naturais.
É importante que mudemos de atitude em relação a natureza, sobretudo no que toca a exploração
florestal, com efeito, urge observar: realização de jornadas de plantio de árvores, evitar a prática
das queimadas quentes e descontroladas e abate indiscriminado de árvores seja sob que pretexto.
4.Indústria e Comércio
O que entende por indústria? Indústria é o conjunto de actividades económicas que transformam
a matéria-prima bruta e os produtos semi-elaborados em produtos intermédios e/ou finais através
de um certo trabalho ou por um meio mecânico e produção alargada.
As indústrias podem ser classificadas segundo o peso e o valor dos produtos onde temos:
i. Indústria ligeira é aquela que transforma a matéria-prima em produtos de bens de uso e
consumo directo da população ou seja, tem produto final de grande valor em relação ao peso. Por
exemplo: vestuário, calçado, alimentos, etc.
ii. Indústria pesada é aquela que transforma a matéria-prima bruta recorrendo ao uso de metais
como ferro para o fabrico de equipamentos que não são de uso directo da população ou seja
trabalha grandes quantidades de matéria-prima que tem pequeno valor em relação ao peso. Por
exemplo: O cimento, material ferroviário, siderúrgico, metalúrgico, petroquímica, etc.
Exercícios
O fraco nível de desenvolvimento da indústria moçambicana, faz com que ela se caracterize da
seguinte maneira:
A ocorrência de minerais no nosso país, tal como vimos na sua estrutura geológica, é de grande
valor económico e, por conseguinte, fez surgir a indústria extractiva. Esta actividade data há
seculos, a sua produção, sobretudo de ouro e prata provocou um intercâmbio comercial no porto
de Sofala (Sec. X a C) entre moçambicanos e os Àrabes e entre os moçabicanos e os europeus
(Sec. XV e XVI)
Este tipo de indústria é muito diversificado e com maior dispersão geográfica no nosso país, como
podemos observar pela sua localização que a seguir apresentamos.
i. Localização da indústria ligeira em Moçambique
A actividade industrial tem o seu impacto sobre o ambiente, desde a sua implantação até ao seu
funcionamento pelo facto de retirada da cobertura vegetal e compactação do solo para a
construção das infra-estruturas, exploração dos recursos naturais como matérias-primas, consumo
de combustíveis fosseis lançando gases e fumos para a atmosfera, produz resíduos sólidos jogados
no solo, usa água para diversos fins e que são muitas das vezes lançadas no mar ou noutros
cursos de água. Tudo isto tem culminado com a poluição atmosférica, do solo e contaminação das
águas superficiais e subterrâneas.
Exercícios
Exercícios
4.1.Conceitos relacionados
Transporte: conjunto formado pelos meios (material circulante), vias de comunicação e todo o
aparelho mecânico que assegura o seu funcionamento. Vias de comunicação: lugares
especialmente equipados e adaptados para o movimento do material circulante/meios de
transporte.
A necessidade de se comunicar com os diferentes quadrantes a nível interno e externo fez com que
o sector dos transportes começasse a ganhar uma certa relevância em Moçambique, nos finais do
séc. XIX, sobretudo, com a penetração no país de capitais estrangeiros de origem não português. A
actividade comercial teria também impulsionado este sector, uma vez que, os sectores como:
agricultura, indústria, pecuária, etc., tinham a necessidade de transportar os seus produtos para as
trocas internas e externas e através dos meios de comunicação facilitavam-se as trocas comerciais.
Outro factor não menos importante no desenvolvimento do sistema de transportes em
Moçambique é o de tornar o pais servidor dos interesses dos países do interior (interland).
Actualmente, o Estado moçambicano continua a realizar esforços no sentido de rentabilizar as
infra-estruturas existentes por meio da ampliação, modernização e edificação de novas infra-
estruturas, apenas para citar alguns exemplos: Aeroportos de Maputo, Vilankulo, Nacala e Pemba,
Pontes Armando Emílio Guebuza (sobre o rio Zambeze), de Unidade Nacional (sobre o Rovuma)
e Maputo – KaTembe (sobre a baía de Maputo) e a ligação ferroviária Moatize-Nacala-Porto.
i. Estradas
A Estrada Nacional Número 1( EN1 ) é a principal que estabelece a ligação rodoviária de Sul ao
Norte e as capitais provinciais, a Estrada Nacional Número 4( EN4 ) partindo de Maputo, liga
Moçambique com a África do Sul em Witbank, enquanto, na zona Centro encontramos a Estrada
Nacional Número (EN6) que parte da Beira até Machipanda fronteira com o vizinho Zimbabwe. O
crescimento do parque automóvel que se verifica no país nos últimos anos e o desenvolvimento da
economia nacional exigem o seu acompanhamento em infra-estruturas rodoviárias ( estradas e
pontes).
ii. Portos
iii. Aeroportos
Os aeroportos também têm a sua categorização pela importância e influência, assim, temos voos:
Internacionais a partir de (Maputo, Vilankulo, Beira, Nampula, Nacala, e Pemba), nacionais, todas
as capitais provinciais possuem aeroportos, excepto a cidade de Xai-Xai, mas está em projecto a
construção de um aeroporto. Na última categoria estão os aeródromos espalhados em muitos
pontos do país.
iv. Telecomunicações
Moçambique possui muitas estradas de qualidade diversificada. Do seu conjunto, indique as que
ligam: Moçambique- África do Sul, Moçambique-Zimbabwe e Sul-Norte de Moçambique. 2-A
linha férrea que liga a zona carbonífera de Moatize( Tete) e o porto de Nacala, pertence a que
corredor de desenvolvimento? 3-Quais são as operadoras da telefonia móvel em Moçambique?
Impacto ambiental dos transportes e comunicações A actividade dos transportes tem resultados na
alteração das condições ambientais desde a construção das infra-estruturas (estradas, pontes,
portos, aeroportos , oleodutos e gasodutos) até à circulação dos próprios meios circulantes,
sobretudo os dependentes de combustíveis fósseis, daí o surgimento de problemas ambientais, tais
como:
O intercâmbio comercial entre os povos de Moçambique e outros data desde há séculos, basta
lembrar os contactos comerciais na costa oriental de África especialmente entre os
Moçambicanos, os Árabes e Portugueses.
O comércio é praticado interna e externamente, nas modalidades, formal, informal, grossista e
retalhista/ a retalho. (observe a fig. 9)
5.1.Comércio interno
Desenvolve-se entre as pessoas ou instituições dentro de um mesmo país, podendo ser formal e
informal.
5.2.O comércio formal - é desenvolvido com base na observância da lei vigente no país, no
concernente a actividade comercial ou prestação de serviços. (exemplo: Código Comercial de
Moçambique, Decreto no 34/2013 de 2 de Agosto, que aprova o Regulamento do Licenciamento
da Actividade Comercial, entre outras). Assim, o agente económico age dentro da legalidade e
obriga-se a pagar impostos, criação de melhores condições para o exercício da actividade entre
outras obrigações.
O comércio formal realiza-se nos diferentes lugares, tais como: armazéns, fábricas,
supermercados, lojas, restaurantes, hotéis, mercados, panificadoras farmácias, instâncias turísticas,
etc. obedecendo modalidades: grossista/ a grosso/ por atacado, na qual o comprador não é
consumidor final, porque, volta a revender a outros e pelas quantidades que compra ,beneficia de
desconto de preço na compra de uma dada mercadoria. E o retalhista/ a retalho, nesta modalidade
o comprador é consumidor final. (actualmente os comerciantes atendem a todo tipo de bolso e
necessidades do consumidor).
5.3.O comércio informal - é realizada fora da observância da Lei, portanto o praticante age na
ilegalidade e consequentemente não tem autorização das entidades fiscais, registo ,licença,etc.
Tem como espaço mercados informais (Dumba-nengues, Tchunga-moyo), esquinas das ruas,
terminais ou paragens dos autocarros/chapa -100, estações dos CFM, praias e outros lugares de
recriação e de lazer, em bancas móveis ou fixas, etc.
5.4.Comércio Externo
Moçambique estabelece relações comerciais com muitos países do mundo, alguns exemplos só
para elucidar: África do Sul, Suazilândia, Malawi, Zimbabwe, Botswana, Angola, Namíbia,
Zâmbia, Tanzânia, China, Paquistão, Tailândia, Japão, Índia, Emiratos Árabes Unidos, Brasil,
Portugal, Alemanha, Inglaterra, Reino dos Países Baixos, Cuba, Estados Unidos da América, etc.
-Exportador de produtos como: algodão, milho, açúcar, tabaco, amêndoa de castanha de caju,
ché, citrinos, madeira, energia eléctrica, gás natural, recursos minerais, lingotes de alumínio, entre
outros.
-Importador de: equipamentos diversos, cereais (como, arroz, trigo e cevada), combustíveis,
medicamentos, veículos, bebidas nas suas mais variadas marcas e qualidade, etc.
Moçambique apesar de ter uma economia de mercado, o seu volume de participação no comércio
externo ainda não é satisfatório, por várias razões que passamos a apontar algumas delas:
6. Os produtos turísticos
O turismo em Moçambique
A situação geográfica de Moçambique permite-lhe possuir uma vasta extensão de costa banhada
pelo Oceano Índico o que lhe confere a localização de belíssimas praias cristalinas e corais.
Constituem ainda factores atractivos turísticos do país: florestas, fauna bravia, rios, riachos, lagos,
lagoas, achados arqueológicos, pinturas rupestres, recursos mineralógicos, museus, edifícios
antigos, lugares sagrados, gastronomia, riqueza cultural e a simpatia natural da sua população.
Normalmente, o país conhece momentos de pico turístico na altura de verão, páscoa, Natal, final
de ano e de grandes eventos (económicos, desportivos, culturais e religiosos).
Tipos e principais lugares de turismo em Moçambique De uma forma geral existe o turismo
doméstico (que se realiza dentro do país e corresponde a viagens de pessoas por vários interesses,
lazer, férias, serviço, etc.) e turismo externo ou internacional (viagens temporárias que obrigam a
travessia de fronteiras entre países, também com determinados interesses).
Zona Sul - Maputo, Macaneta, Bilene, Xai-Xai, Závora, Jangamo, Paindane, Vilankulo e
Bazaruto.
6.1.2. Ecoturismo (tem a ver com áreas de conservação natural, reservas de caça e parques
nacionais)
Zona Centro - Igrejas e mesquitas antigas, feitorias, fortalezas, florestas sagradas, pinturas
rupestres e dança Nhau.
6.1.4.Turismo de aventura
Turismo urbano - tem lugar nos centros urbanos, como Maputo, Xai-Xai, Maxixe, Inhambane,
Beira, Chimoio, Quelimane, Tete, Nampula, Pemba, Lichinga e Nacala.
6.1.5.Turismo gastronómico
cultura moçambicana.
O impacto ambiental e socioeconómico do turismo, deve ser avaliado do ponto de vista positivo e
negativo
i. Impacto positivo
Além do que apontamos anteriormente sobre a sua importância socioeconómica, importa aqui
referir que: O Fortalecimento da identidade cultural de Moçambique, aumentou de oportunidades
de negócio, revitalização de festivais, artes, expressões culturais e tradicionais bem como a
melhoria da qualidade de vida das pessoas e das comunidades.
Este por sua vez, recai sobre o ambiente, alteração das condições ambientais com a construção e
funcionamento das estâncias turísticas, sobretudo nas zonas costeiras, poluição das praias devido
a deposição de resíduos sólidos e / líquidos pelos utentes, entre outras práticas que atentam contra
a qualidade do ambiente.
Exercício
1- A população moçambicana apresenta uma estrutura etária jovem. Diga, quais são as
implicações que este tipo da estrutura da população representa para o Estado?
2-A agricultura foi definida pelo Estado moçambicano, como sendo, a base do desenvolvimento
económico.
Unir esforços e realizar projectos de desenvolvimento que permitissem aos países membros
reduzir a sua dependência económica face ao mundo exterior e em particular face á África do Sul
que na altura se encontrava sob o regime do Apartheid.;
Exercícios
4-Das datas que lhe apresentamos: 1975, 1986, 1980, 1992, 1994 e 2015, indique a que
corresponde á criação da SADC.
Exercicios
5-Quais são as tarefas atribuídas a África do Sul, Namíbia, Zimbabwe, Moçambique, Tanzânia e
Angola, no âmbito da SADC?
Trabalho de pesquisa