O documento discute altas habilidades/superdotação em crianças, abordando sua definição, identificação, avaliação psicológica e educação inclusiva. Apresenta breve histórico do tema no Brasil e pesquisas nacionais realizadas.
O documento discute altas habilidades/superdotação em crianças, abordando sua definição, identificação, avaliação psicológica e educação inclusiva. Apresenta breve histórico do tema no Brasil e pesquisas nacionais realizadas.
O documento discute altas habilidades/superdotação em crianças, abordando sua definição, identificação, avaliação psicológica e educação inclusiva. Apresenta breve histórico do tema no Brasil e pesquisas nacionais realizadas.
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Psicologia e Educação
Inclusiva Crianças com altas habilidades / superdotação
Professora Dra. Janaína Gaia
Psicóloga / Neuropsicóloga CRP 15/3365 Introdução ao tema
• Década de 40: interesse pela superdotação no Brasil,
quando psicólogos iniciaram trabalhos educativos nas áreas da educação especial e rural, criatividade e superdotação (CAMPOS, 2003; IORIO et al., 2016).
• 1961: elaborada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB), Lei n. 4.024, artigos 88 e 89, a qual tratava da educação das pessoas chamadas de excepcionais, grupo no qual eram incluídos os superdotados (VIRGOLIM, 2016).
Psicologia e Educação Inclusiva
Introdução ao tema
• Década de 90: adesão do Brasil à Declaração de
Salamanca (Espanha, 1994) garantiu a todos o direito à educação, currículo adaptado às necessidades de cada aluno e opções extras de ensino para aqueles com necessidades distintas.
• Para que os alunos com “altas habilidades ou
superdotação” sintam-se incluídos é necessário um atendimento ao nível dos desenvolvimentos reais que apresentam ou que teriam condições de acompanhar.
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Aspectos gerais sobre altas habilidades/superdotação
• Conselho Brasileiro de Superdotação (ConBraSD): em 2002 decidiu
usar o termo Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) para nomear o comportamento de pessoas superdotadas. ❖ AH/SD não é deficiência. • Não se restringe a inteligência linguística, lógico-matemática e espacial, mas envolve outras áreas do saber e do fazer humano (Pérez, 2008). Psicologia e Educação Inclusiva • O Ministério da Educação e Cultura (MEC) considera que os alunos com altas habilidades/superdotação são definidos como aqueles que apresentam um alto potencial, combinado ou isolado, nas áreas intelectual, acadêmica, de liderança e psicomotricidade. • Considera-se, ainda, elevada criatividade, alto envolvimento com a aprendizagem e também com a realização de tarefas de seu interesse (Brasil, 2010). • Professores especializados para as salas de aulas regulares e/ou atendimento em salas de recursos especializados, ou ainda, atendidos em um programa de enriquecimento e aprofundamento curricular, a aceleração de estudos, ou mesmo a combinação desses.
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Contexto histórico: concepção sobre ah/sd
• Século XX: variedade de concepções sobre as AH/SD.
• (1) Primeira metade do século passado: concepção
associada com o excelente desempenho nos testes de inteligência; atribuição ao Quociente Intelectual (QI).
• (2) Nas últimas décadas tem-se adotado uma concepção
multidimensional: compreende o potencial de rendimento (Fleith, 2006; Pérez, 2008).
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Contexto histórico: concepção sobre ah/sd
• Avaliação das altas habilidades: desafio para os
pesquisadores, visto que precisa considerar o aspecto multidimensional (Jarosewich et al., 2002).
• A literatura indica a realização de um processo que
considere informações provenientes de distintas medidas psicométricas (testes), além da incorporação de uma variedade de recursos: observações gerais, avaliação de portfólios e de trabalhos produzidos (Davis et al., 2011).
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Conselho Brasileiro para Superdotação ✔ Informar e sensibilizar a sociedade sobre as Altas Habilidades/Superdotação; ✔ Realizar o intercâmbio de experiências em congressos e eventos.
Psicologia e Educação Inclusiva
Ano: 2006
Psicologia e Educação Inclusiva
Psicologia e Educação Inclusiva Psicologia e Educação Inclusiva Psicologia e Educação Inclusiva Como identificar a criança com AH/SD em idade pré-escolar? • Crianças superdotadas em idade pré- escolar constituem um grupo heterogêneo em termos de interesses, níveis de habilidades, desenvolvimento emocional, social e físico (Cline; Schwartz, 1999).
• Nesse sentido, podemos nos deparar com uma criança avançada do
ponto de vista intelectual, mas imatura emocionalmente. O professor deve estar atento a essa possível falta de sincronia entre desenvolvimento intelectual e afetivo ou físico. • É essencial acompanhar o desempenho dessa criança, registrando habilidades e interesses demonstrados ao longo dos primeiros anos de escolarização, oferecendo várias oportunidades estimuladoras e enriquecedoras ao seu potencial. Psicologia e Educação Inclusiva Dentre as características mais comumente encontradas em crianças superdotadas em idade pré-escolar destacam-se (Cline & Schwartz, 1999; Lewis & Louis, 1991):
• Alto grau de curiosidade;
• Boa memória; • Atenção concentrada; • Persistência; • Independência e autonomia; • Interesse por áreas e tópicos diversos; • Aprendizagem rápida; • Criatividade e imaginação; • Iniciativa; • Liderança; • Vocabulário avançado para a sua idade cronológica; • Riqueza de expressão verbal (elaboração e fluência de idéias); • Habilidade para considerar pontos de vistas de outras pessoas; • Facilidade de interagir com crianças mais velhas ou com adultos. Psicologia e Educação Inclusiva Fonte: G1, 2013.
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Psicologia e Educação Inclusiva Psicologia e Educação Inclusiva Psicologia e Educação Inclusiva Psicologia e Educação Inclusiva • 2014: Registrava-se a inexistência de instrumentos específicos aprovados pelo CFP para sua avaliação (RIBEIRO; NAKANO; PRIMI, 2014);
• As pesquisas na área, geralmente, utilizam instrumentos não
específicos para essa finalidade, ainda que uma avaliação mais específica se mostre necessária.
• Observa-se a importância de ações interventivas voltadas ao
atendimento de crianças com altas habilidades.
• A dificuldade em determinar quem seriam estas crianças e criar
formas para avaliá-las apropriadamente, impossibilita que muitas delas tenham acesso a programas de estimulação e desenvolvimento, sendo um dos desafios atuais da Psicologia.
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Inteligência e ah/sd • A inteligência é um dos elementos para identificar pessoas com AH/SD, mas não há um consenso para avaliação da inteligência (Simonetti, Almeida e Guenther, 2010).
• Hazin et al. (2009) explicam que a comunidade científica critica a
construção de instrumentos avaliativos para pessoas AH/SD com base no QI, pois não avaliam outras habilidades como criatividade e habilidades artísticas. • Contudo, os testes de inteligência, especialmente o WISC, podem ajudar a compreender as funções cognitivas e esclarecer dificuldades escolares e escolhas sociais que caracterizam esse público. Psicologia e Educação Inclusiva Pesquisas nacionais sobre o tema
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Psicologia e Educação Inclusiva Participantes: 987 crianças e adolescentes (ambos os sexos), entre 8 e 17 anos, estudantes do Ensino Fundamental e Médio, provenientes de 18 diferentes escolas de três regiões do Brasil (sudeste, centro-oeste e nordeste). Todos os alunos eram provenientes de escolas públicas. Instrumento: bateria composta por quatro subtestes de inteligência (Raciocínio Verbal, Abstrato, Numérico e Lógico) e dois subtestes de criatividade (Teste Completando Figura e Teste de Criação de Metáforas). Psicologia e Educação Inclusiva Psicologia e Educação Inclusiva Psicologia e Educação Inclusiva Psicologia e Educação Inclusiva Psicologia e Educação Inclusiva Referências AZEVEDO, Sonia Maria; METTRAL, Marsyl. Altas habilidades/superdotação: mitos e dilemas docentes na indicação para o atendimento. In: Psicol. cienc. prof. , v.30 , n.1, 2010. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/pcp/a/ZX33H8WzJCzmTstRz7gPbbJ/abstract/?lang=pt> CHACON, Miguel; MARTINS, Barbara. A produção acadêmico-científica do Brasil na área das altas habilidades/superdotação no período de 1987 a 2011. In: Revista Educação Especial, v. 27, n. 49, 2014. FLEITH, Denise. Educação infantil - saberes e práticas da inclusão: altas habilidade/superdotação. 4ª ed. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006. HAZIN, Izabel et al . Contribuições do WISC-III para a compreensão do perfil cognitivo de crianças com altas habilidades. In: Aval. psicol., v. 8, n. 2, p. 255-265, 2009. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/avp/v8n2/v8n2a11.pdf> MARTINS, Barbara. ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO: ESTUDOS NO BRASIL. In: JORSEN, v.16, 2016. Disponível em: <https://nasenjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/1471- 3802.12275> NAKANO, Tatiana et al. Bateria para avaliação das altas habilidades/superdotação: análise dos itens via Teoria de Resposta ao Item. In: Estud. psicol., v 32 , n.4, 2015. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/estpsi/a/gRtQ5HYywCdRYCfyhqCYpZj/abstract/?lang=pt> ZAGO, Caroline; RIBEIRO, Eduardo. ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO E O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, TÉCNICA E TECNOLÓGICA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS. In: Revista Dynamis, [S.l.], v. 23, n. 1, p. 95-111, 2018. Psicologia e Educação Inclusiva