Ato Notarial Introducao Competencia Finalidade Especies
Ato Notarial Introducao Competencia Finalidade Especies
Ato Notarial Introducao Competencia Finalidade Especies
INTRODUÇÃO,
COMPETÊNCIA,
FINALIDADE E
ESPÉCIES
Principal função do tabelião é identificar as partes e formalizar juridicamente a sua vontade, com fé
pública.
Reconhecer firmas
Autenticar cópias
Substituto: "Art. 20. Os notários e os oficiais de registro poderão, para o desempenho de suas
funções, contratar escreventes, dentre eles escolhendo os substitutos, e auxiliares como
empregados, com remuneração livremente ajustada e sob o regime da legislação do trabalho.
[...] § 4º Os substitutos poderão, simultaneamente com o notário ou o oficial de registro, praticar
todos os atos que lhe sejam próprios exceto, nos tabelionatos de notas, lavrar testamentos.
§ 5º Dentre os substitutos, um deles será designado pelo notário ou oficial de registro para
responder pelo respectivo serviço nas ausências e nos impedimentos do titular."
Encerramento: declarações formais (cumprimento das exigências legais e fiscais e referência à leitura do
instrumento perante as testemunhas) + assinaturas (das partes, demais comparecentes, do
tabelião)
- fundação, desde que não seja instituída por testamento (art. 62 CC)
- constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a 30 salários
mínimos vigentes no país (art. 108 CC)
- pacto antenupcial (art. 1.536, inc. VII, art. 1.537, art. 1.640 e art. 1.653 CC)
- instituição do bem de família (art. 1.711 e art. 260 da Lei n. 6.015/73 CC)
- renúncia de herança, exceto quando feita por termo judicial (art. 1.806 CC)
Elementos:
Competência: praticar atos somente no território do município para o qual recebeu a delegação (nos
termos do art. 9º da Lei n. 8.935/94), ainda que os bens objeto da escritura estejam localizados em outro
lugar.
Porém, as partes podem escolher livremente o tabelião de notas para a prática de determinado ato nos termos do art.
8º da Lei n. 8.935/94.
Elementos:
Autoria
Materialidade ou Corporalidade
Competência
Finalidade: o ato notarial constitui um instrumento de "eficacização das vontades manifestadas com a
finalidade precípua de proteger terceiros". (KUMPEL, 2017, p. 272)
cLASSIFICAÇÃO:
Principais: os atos lavrados dentro do protocolo notarial, por isso são também denominados, atos
protocolares.
Secundários ou Extraprotocolares: são os atos lavrados fora do protocolo notarial (do livro de notas).
Assim, os atos secundários são praticados com efeito autenticante, isto é, aqueles em que o tabelião
autentica determinados fatos, tornando-os críveis em razão da característica da fé pública notarial.
A autenticação notarial lato sensu abrange a autenticação de cópias e o reconhecimento de firmas. A
autenticação notarial stricto sensu é a autenticação de cópias.
Quanto aos efeitos práticos desta classificação, o tabelião pode autorizar escreventes a reconhecer firmas e autenticar cópias; porém os
escreventes estão restritos a realizarem os atos previamente autorizados pelo tabelião segundo os itens 14.5 da Seção III do Cap. XIV
das Normas de Serviço da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de São Paulo. Já os substitutos do § 4º do art. 20 da Lei n. 8.935
pode praticar todos os atos que lhes sejam próprios (item 14.4 da Seção III do Cap. XIV das Normas). E os substitutos do § 5º do art.
20 da Lei n. 8.935 responde pela serventia nas ausências e impedimentos do titular da delegação, podendo, inclusive, lavrar
testamentos (item 14.3 da Seção III do Cap. XIV das Normas).
Escrituração Notarial:
A empresa que confecciona estas folhas é escolhida pelo Colégio Notarial do Brasil – Seção de São Paulo,
com homologação pela Corregedoria Geral de Justiça.
Após atingir o número de folhas determinado em lei, o tabelião encerra o livro e deve encaderna-lo,
passando a fazer parte do acervo permanente da serventia. Antes de iniciar o livro, o tabelião deve fazer
um termo de abertura e, ao final, o termo de encerramento em cada um dos livros.
As folhas que forem inutilizadas deverão permanecer nos livros com a informação “sem efeito”, e com a
informação do ocorrido. Não são devidos emolumentos pelas folhas inutilizadas, porém se o tabelião
não constar o motivo da inutilização, então deverá pagar por elas.
As folhas devem ser impressas no anverso e no verso, caso não seja impresso nada no verso deve
constar a expressão “em branco”, para inviabilizar impressão posterior.
Traslado
Traslado é a primeira cópia que se extrai da escritura. Isto porque as folhas do livro ficam arquivadas no
Cartório o que o Tabelião entrega é o traslado, ou seja, a reprodução integral do ato notarial praticado.
O traslado tem, portanto, a mesma eficácia do original e o valor do traslado já está incluso nos
emolumentos do ato notarial. Por isso, não se paga pelo traslado.
O traslado deve ser impresso em papel de segurança padronizado pela Corregedoria Geral de Justiça e
assinado pelo tabelião.
Certidão:
Certidões são cópias fiéis das escrituras ou dos documentos arquivados e são assinadas pelo tabelião ou
por seu substituto, fazendo constar a data da emissão e que tem o mesmo valor do documento original.
As certidões são emitidas mediante pagamento de emolumentos cujos valores estão definidos na tabela
da Lei estadual paulista n. 11.331/2007.
As certidões podem ser:
- positivas: quando constar o ato notarial ou as partes no livro de notas; ou
- negativas: quando, ao contrário, não houver registro do ato buscado.
- de inteiro teor: quando se reproduz na íntegra o ato notarial praticado; ou
- de breve relato: quando apenas se responde as perguntas do solicitante sobre a prática de determinado ato notarial; ou
- parcial: reproduz alguns tópicos da escritura, somente os relevantes para determinada finalidade. Por exemplo, não é
necessário encaminhar ao Detran o traslado ou uma certidão integral do inventário extrajudicial, basta uma certidão parcial
que contenha apenas o nome e a qualificação do autor da herança, dos herdeiros e a descrição do bem (automóvel) e a sua
partilha.
Primeira hipótese – erro material no ato notarial (ex. rasura, erro de digitação) constatado antes da
assinatura das partes: a correção pode ser feita através da denominada ressalva final, que passa a integrar
o ato notarial porque depois da ressalva que explica o erro e o corrige, as partes e o tabelião assinam.
Segunda hipótese – erro material no ato notarial constatado depois da assinatura das partes, mas antes da
assinatura do tabelião: a correção pode ser feita através da cláusula “em tempo”, na qual se corrige o
equívoco e as partes assinam novamente para que depois, haja a subscrição do ato pelo tabelião.
Nestas duas hipóteses, não se admite a correção para modificar um elemento essencial do ato praticado (erro
substancial) nos termos do item 50.1 do Cap. XIV das normas de serviço. Estes elementos são o preço, o objeto e a
forma de pagamento. Para tanto, exige-se um novo ato para que tal alteração seja feita, tornando sem efeito o ato
anterior.
Outra hipótese é a correção de erro material pelo próprio tabelião – ato de aditamento (que não se
confunde com a escritura de aditamento, na qual se instrumentaliza um ato jurídico pelo qual se faz algum
acréscimo a outro ato notarial já existente); também não se confunde com a ata notarial (constatação de
um fato). O tabelião pode por ato de aditamento apenas corrigir erros materiais facilmente verificáveis pela
análise de documentos, por exemplo, digitou o CPF errado.
A última hipótese é pela escritura de retificação-ratificação, que é o ato notarial hábil a retificar outro ato
notarial protocolar que não possa ser corrigido pelas formas anteriores. A escritura de retificação deverá ser
assinada novamente pelas partes e pelo tabelião. Para tanto, não há limites para a escritura de retificação,
ou seja, pode-se alterar elementos essenciais do ato notarial, desde que o contrato não tenha sido
cumprido.