Revisão - Motivação, Liderança e Gestão
Revisão - Motivação, Liderança e Gestão
Revisão - Motivação, Liderança e Gestão
o conceito de motivação por meio das suas diversas teorias – clássicas e modernas –, faz-se
necessário introduzir brevemente o conceito de comportamento organizacional e suas
implicações nas organizações.
Menegon (2012, p. 28) mostra que “as emoções são um fator poderoso no comportamento
organizacional”.
Menogon (2012, p. 30) define motivação como “a disposição para fazer alguma coisa,
condicionada pela capacidade dessa ação de satisfazer uma necessidade”.
2. As Teorias X e Y
As Teorias X e Y foram desenvolvidas por Douglas McGregor (1906-1964), psicólogo social
e professor de Psicologia do MIT e de Harvard, nos EUA.
A Teoria X abrange o desinteresse pelo trabalho. Trata do grupo de pessoas que não sentem
prazer pelo trabalho e o evitam na medida do possível. O trabalho é uma necessidade e não
fonte de prazer ou realização. Para alcançarem metas, são controladas pela liderança e não
desejam assumir tarefas de responsabilidade. Pouco ambiciosas, priorizam a segurança no
trabalho, como a estabilidade, por exemplo.
A Teoria Y abrange o interesse e prazer pelo trabalho quando este é favorável. O trabalho é
encarado como uma parte natural da vida, assim como o lazer. São pessoas com capacidade
de autogestão e comprometidas com metas e resultados. Desejam assumir tarefas de
responsabilidade e desafiadoras. Buscam soluções para os problemas organizacionais e
desejam aprender e evoluir pessoal e profissionalmente.
Para Herzberg, a satisfação duradoura somente pode ser alcançada pelos fatores de
motivação. A satisfação é a função destes fatores. No entanto, a insatisfação é função dos
fatores higiênicos. Quando os fatores higiênicos são considerados positivos, a insatisfação é
evitada, mas isso não significa que gere satisfação
TEORIA CONTEMPORANEAS
Do ponto de vista da gestão, esta teoria pode colaborar para a definição do tipo de
necessidade motivadora dominante de cada liderado, facilitando a definição de funções,
papéis, objetivos e metas, assim como a estratégia do feedback e melhores práticas para
motivar, reconhecer e premiar.
Esta teoria foi desenvolvida por Edwin Locke (1938), psicólogo americano.
Esse autor propõe, em sua teoria, que os principais fatores motivacionais de um indivíduo
podem ser os seus objetivos e metas a serem alcançados. Para ele, objetivos claros e bem
definidos melhoram o desempenho. Se forem difíceis e desafiadores (mas alcançáveis)
melhoram ainda mais. Quanto maior o feedback que o indivíduo recebe sobre o seu
desempenho, melhor será o mesmo.
3. Teoria do Reforço
A teoria do reforço, do psicólogo americano B. F. Skinner (1904-1990), mostra que os
comportamentos mudam a partir de alterações no ambiente (na presença de reforçadores –
estímulos positivos ou recompensas -, ou de situações aversivas – estímulos negativos ou
punições).
4. Teoria da Equidade
A teoria da equidade refere-se à percepção da justiça no ambiente de trabalho. Qualquer
percepção de injustiça pode refletir na motivação no trabalho, comprometendo a dedicação e
o desempenho. Recompensas e esforços são proporcionais e os direitos e recompensas para
quem realiza a mesma tarefa com o mesmo empenho devem ser igualitários. Quanto maior o
equilíbrio entre o que a pessoa produz (desempenho) e o que ela recebe (compensação),
maior será a sua motivação.
5. Teoria da Expectativa
Esta teoria foi desenvolvida pelo psicólogo canadense Victor Vroom (1932), e é considerada
a mais abrangente dentre as teorias motivacionais. Sua premissa se baseia na afirmativa de
que a motivação para agir depende da expectativa por um resultado.
A teoria se baseia em três premissas:
a) Atração: significa a importância dada ao resultado ou a recompensa.
b) Relação entre desempenho e recompensa: determinado nível de desempenho
proporciona determinado resultado.
c) Relação entre esforço e desempenho: a quantidade de esforço do indivíduo determinará o
seu nível de desempenho.
6. A Teoria ERG
Esta teoria, representada pela sigla ERG, quer dizer Existência, Relacionamento e
Crescimento. Baseada na Teoria da Hierarquia de Necessidades de Maslow, é percebida
como uma revisão da mesma. As cinco necessidades humanas de Maslow foram
categorizadas em três grupos de necessidades essenciais, que estas palavras representam.
A teoria do Planejamento do Trabalho mostra que o trabalho deve ser a principal fonte de
motivação.
Robbins (2004, pp. 143-145), apresenta dois modelos dessa teoria:
1. O modelo das cinco dimensões do trabalho:
a) Variedade de habilidades: o grau em que o trabalho permite que o funcionário utilize e
desenvolva diversas competências pela variedade de atividades que realiza.
b) Identidade da tarefa: o grau em que o trabalho permite a realização de tarefas
integralmente por um indivíduo, sem terceirização de etapas para terceiros.
c) Significância da tarefa: o grau em que o trabalho oferece um impacto sobre a vida do
funcionário ou de outras pessoas.
Estas três dimensões propiciam a percepção, por parte do trabalhador, de que sua função é
importante, valiosa e gratificante.
d) Autonomia: o grau de empowerment no planejamento e procedimentos do trabalho.
Oferece a percepção de responsabilidade pessoal pelos objetivos, metas e resultados a serem
alcançados.
e) Feedback: o grau de retorno que o trabalhador recebe de sua liderança sobre a eficácia de
seu desempenho.Permite que o colaborador conheça a eficácia de seu desempenho.
2. O modelo de processamento de informação social:
Propõe que as pessoas reagem ao seu trabalho de acordo com a percepção que tem sobre ele.
Para dar sentido ao ambiente, o indivíduo organiza e interpreta suas impressões sensoriais.
Nós nos comportamos baseados em nossa percepção da realidade, não, necessariamente, na
realidade em si.
Giuzi (1987), “políticas organizacionais são guias orientadores da ação administrativa para o
atingimento das metas e objetivos estabelecidos para a organização”, e o de Owens (1954),
que vê as políticas empresariais como “princípios para a conduta de uma empresa, um curso
geral de ação seguido por pessoas que são responsáveis pela administração do negócio e
relações com os stakeholders”.
A área de Recursos Humanos tem as suas políticas: política de Recrutamento & Seleção, de
Treinamento & Desenvolvimento, de Benefícios e de Remuneração.
Compreendendo a cultura organizacional como um conjunto de crenças, costumes e valores
de uma empresa que influencia o comportamento organizacional, Assis mostra que Zimpeck
definiu quatro tipos de culturas e afirmou que cada empresa estaria mais fortemente centrada
em um tipo específico.
Quando falamos de centralização, estamos nos referindo ao processo decisório nas mãos dos
altos executivos, com os escalões mais baixos sem autonomia de gestão e decisão.
Quando falamos de descentralização, estamos nos referindo ao processo decisório nas mãos
dos escalões mais baixos. Trata-se de uma gestão participativa com autonomia.
MODULO 2
Cortella (p.9) nos mostra que “enquanto a chefia é caracterizada pelo poder de mando
sustentado pela posição que a pessoa ocupa em determinada hierarquia (na família, na
empresa, na escola etc.), a liderança é uma autoridade que se constrói pelo exemplo, pela
admiração, pelo respeito.”
Integridade: Um líder íntegro é aquele cujas atitudes condizem com as teorias que prega e
pratica, agindo sob os princípios de boa conduta, honestidade, ética e confiabilidade. Muito
diferente do líder da charge ao lado.
Lealdade: Um líder leal tem como característica a disposição para proteger e defender seus
liderados.
Abertura: É necessário que os líderes sejam confiáveis e cumpram suas promessas. Uma vez
quebrada a confiança, dificilmente esta será recuperada. Líderes confiáveis impulsionam para
a ação.
Socialização = representa a qualidade da interação social do indivíduo com o outro, com o meio =
generoso X vingativo.
Abertura para novas experiências = representa o apreço a vivenciar novas experiências = criativo X
convencional.
Esse modelo é adotado como referência para pesquisas científicas de diagnóstico de diversos
grupos de diferentes contextos sociais, tais como: educação, saúde, organização etc. Esse
estudo também é utilizado para desenvolvimento de perfis de lideranças nas organizações.
Para Robbins (2010), de modo geral, a teoria é interessante. “Os líderes que gostam de estar
rodeados por pessoas, que são assertivos (extrovertidos), disciplinados e que conseguem
manter os compromissos que assumem (conscienciosos), além de serem criativos e flexíveis
(abertos a mudanças), realmente parecem levar vantagem quando a questão é liderança,
sugerindo que os líderes eficazes de fato possuem alguns traços em comum.”
2. Teoria comportamental
Para esta teoria, o comportamento humano é resultado dos estímulos advindos do meio,
reforçadores ou aversivos. Sendo assim, as teorias comportamentais afirmam que a
competência de liderança pode ser desenvolvida através de treinamento.
Existe uma grande preocupação nas empresas em desenvolver seus gestores como líderes,
acreditando ser esta uma condição para o alcance do sucesso organizacional.
3. Teorias contingenciais:
Esta teoria propõe que cada líder tem um estilo de liderança. Neste sentido, a eficácia da
gestão dependeria do estilo do líder estar adequado às exigências que as situações impõem.
Para Fiedler, a empresa deve alocar o gestor às situações nas quais ele se sai melhor.
Como ele afirma que o estilo de liderança é fixo, de acordo com Fiedler, existem apenas duas
alternativas para melhorar a eficácia da gestão:
Dependendo da situação e do líder que deve encaminhá-la, será necessário substituir o
líder.
Ou modificar a situação para adequá-la ao líder, como por exemplo: reorganizando
tarefas e processos ou alterando o poder do líder para mais ou menos na situação.
Teoria do caminho-meta
Esta teoria se baseia na premissa de que o líder deve apoiar e orientar, fornecer as
informações e recursos, reduzir obstáculos e barreiras para que os liderados alcancem as suas
metas.
As práticas de gestão pela meritocracia podem derrubar este modelo de troca ainda praticado
nas organizações. Leia o artigo intitulado Meritocracia e Sociedade Brasileira, de Lívia
Barbosa, e veja as conclusões a respeito dessa prática.
6. Liderança autêntica:
A ética e a confiança fundamentam esse estilo de liderança. São considerados honestos,
íntegros, benevolentes e capazes.
As grandes conquistas com a equipe pela ética usual são: o encorajamento ao risco, o
estímulo ao compartilhamento de informações, à formação de equipes confiáveis e eficazes e
o aumento da produtividade.
7. Mentoring:
Atuação junto ao colaborador de alto desempenho ou potencial, visando sustentar sua
motivação e permitir-lhe empregar suas habilidades e capacidades. Atua como modelo de
conduta, defendendo os interesses e faciliando os contatos para o liderado. O objetivo é o
alavancamento do processo de desenvolvimento profissional e pessoal do indivíduo,
desenvolvendo a cultura organizacional e a transmissão do conhecimento.8
8 Liderança online
9. Liderança multicultural:
Uma questão muito importante levantada por esta teoria é a de que líderes precisam adaptar
seus estilos às culturas a que pertencem.
Correlacionando com a teoria de liderança on-line, podemos imaginar que um líder alocado
num determinado país que lidere profissionais alocados em outros continentes ou regiões,
terá que flexibilizar seu estilo às expectativas e condições culturais de sua equipe.
Para executar bem a missão e alcançar a visão é necessário PLANEJAR. Um planejamento
adequado é a garantia de bons resultados. E obter bons resultados, sem dúvida, é o grande
objetivo das organizações!
É necessário ressaltar que o planejamento exige uma análise do ambiente interno da empresa
e externo, ou seja, mercado, concorrência e conjuntura econômica, política, cultural etc. Essa
análise evidencia os pontos fortes e fracos para o alcance dos objetivos e, consequentemente,
para a definição de estratégias.
Um Plano de Ação!
A partir desse Planejamento Estratégico Anual, as áreas da empresa definem o seu próprio
planejamento, alinhado com os objetivos estratégicos que a empresa pretende alcançar. Cada
gestor de área/processo percebe o seu papel para que os mesmos possam ser alcançados. O
que cada área deve fazer para os objetivos serem alcançados.
O gestor então deve atuar na definição, desenvolvimento e alocação dos diferentes recursos
para que os resultados organizacionais sejam alcançados.
O diferencial é: se além de gestor, chefe, gerente, ele for um líder, impulsionará, estimulará
positivamente a equipe para alcançar os resultados.
Liderar para o futuro significa realizar no presente da melhor forma para garantir que os
objetivos futuros sejam alcançados com excelência.
Menegon (2012, p. 83), nos mostra como o líder deve atuar para encorajar, estimular, servir
como exemplo e garantir a parceria da sua equipe: CONSTRUINDO CONFIANÇA!
Uma das práticas mais focadas neste processo é o mentoring. Apesar de pouco utilizada pelas
empresas por envolver uma mudança cultural e disponibilidade das lideranças para
assumirem o papel de mentores. O mentor é um gestor experiente na organização que seja
referencial no desenvolvimento de sucessores.
Além de mentor, o líder deve atuar como coach. A prática do coaching objetiva o
desenvolvimento das competências comportamentais e funcionais do indivíduo necessárias
para o bom desempenho de suas atribuições, potencializando o seu desempenho, aumentando
a sua produtividade e gerando melhores resultados. Envolve diretamente ações de
desenvolvimento, como: treinamentos presencias, a distância, "on the job", feedback,
autodesenvolvimento etc.
O counseling (ou aconselhamento) é uma prática que deve ser utilizada quando o
comportamento ou a performance do indivíduo sofre uma mudança repentina para pior.
Geralmente, essas mudanças ocorrem por motivos variados: desmotivação, problemas com a
liderança, atribuições pouco ou nada desafiadoras, problemas pessoais, transição imposta
para outros projetos ou áreas sem o interesse do indivíduo etc.
MODULO 4
Mapear as competências gerenciais é o primeiro passo para avaliar os perfis dos gestores de
pessoas e desenvolvê-los. Apesar dos papéis serem distintos e opostos, Quinn nos mostra que
não basta um papel para que o gestor seja bem-sucedido em sua tarefa de alcançar resultados
através das pessoas. Este modelo evidencia a necessidade de desenvolver as competências
dos diferentes papéis, tanto técnicas quanto comportamentais.
Esse modelo foca a direção a partir do planejamento e clareza de objetivos e metas. O foco é
sempre a alta produtividade para aumento do lucro. A análise das situações para a tomada de
decisões é sempre racional com condições de trabalho severas.
Como nos mostra Quinn et al (2003), a função do gestor no modelo de metas racionais é ser
um gestor decisivo e um produtor pragmático.
Os papéis gerenciais que se destacam neste primeiro modelo que estamos conhecendo são:
diretor e o produtor.
DIRETOR
Com foco nos processos de trabalho e organizacionais, buscando a alta produtividade e
maximização de lucros, o gestor deve explicitar e planejar o alcance de objetivos e metas.
Deve ser um gestor de soluções e seu processo de tomada de decisão é racional.
PRODUTOR
Com foco nas tarefas e resultados, são motivados, estratégicos, interessados, comprometidos,
enérgicos e altamente produtivos. Fomentam um ambiente de trabalho produtivo para
alcançarem os resultados com a equipe. As palavras de ordem são produtividade e realização.
Produtividade no trabalho;
Gestão do tempo e do estresse;
Incentivo à produção.
Como vimos, este modelo surge para atender às demandas e necessidades da Revolução
Industrial, onde o foco era produtividade e lucro. Uma época em que a mão de obra era barata
e os imigrantes precisavam se submeter às exigências do mercado para sobreviverem.
Coordenador e monitor
Vimos anteriormente que a burocracia define que as tarefas/atividades sejam realizadas por
especialistas, guiadas por rotinas de trabalho, formalizadas em regras, políticas e procedimentos,
pertencentes a departamentos funcionais (áreas), com autoridade centralizada, baixa amplitude de
comando e processo decisório nas mãos da cadeia de comando. O rigor deste modelo denota
inflexibilidade e pode gerar dificuldades para lidar com o imprevisto.
MONITOR
Forte capacidade analítica de fatos e detalhes frente às diversas situações de seus processos.
Sua gestão inclui auditorias, fiscalizações, vistorias e revisões de sua área de trabalho. Foco
no cumprimento das regras institucionais e das normas de trabalho.
As competências associadas a este papel são:
Gestão do desempenho e dos processos das equipes;
Análise crítica;
Monitoramento da performance dos indivíduos.
COORDENADOR
A burocracia pode trazer vantagens quando praticada de forma flexível, o que pode parecer
incoerência, usar o termo flexibilidade ao tratarmos da burocracia que prioriza as normas e
regras. Porém, este modelo é uma complementação do modelo de metas racionais cujo foco,
como vimos, é a produtividade e o lucro. Estes dois modelos nos levam a pensar numa
necessidade atual que é realidade para qualquer organização de qualquer segmento: a gestão
da qualidade.
A Gestão da Qualidade é um modelo de gestão adotado por muitas empresas que objetivam
maximizar a competitividade da organização por meio da melhoria contínua da qualidade de
seus produtos, serviços, pessoas, processos e ambientes, em toda a organização. Ele implica
na padronização e controle de procedimentos, tarefas, processos etc. Vinculado ao conceito
de qualidade está o de produtividade.
Produtividade
1950: o modelo das relações humanas. Neste modelo, as palavras de ordem são:
participação, atenção, envolvimento, consenso, coesão, moral, compromisso.
Diferentemente do que foi apresentado na tirinha, nesse novo modelo as equipes se tornam
coesas e os gestores passam a assumir funções de avaliadores e desenvolvedores.
FACILITADOR
Deve promover o trabalho e a coesão em equipe e intervir de forma positiva diante de
conflitos pessoais. As competências associadas a este papel são:
Construção e desenvolvimento de equipes;
Gestão participativa;
Gestão de conflitos.
MENTOR
O foco do mentor é individual: planeja ações de desenvolvimento individuais, atuando com
empatia, justiça e disponibilidade para com os seus subordinados. As competências
associadas a este papel são:
Autoconhecimento e conhecimento do outro;
Comunicação assertiva;
Desenvolvimento de pessoas.
NEGOCIADOR
Deve ter capacidade política, bom relacionamento, ser persuasivo e influente para obtenção
de recursos para a organização. As competências associadas a este papel são:
Negociação de acordos e compromissos;
Capacidade de compreender sentimentos e pensamentos alheios;
Capacidade de apresentar ideias e convencer.
MODULO 4
Projeto de trabalho
Para construir equipes de alta performance é necessário que a responsabilidade pelas tarefas
seja compartilhada entre os membros da equipe. Além disso, as atividades não são realizadas
individualmente, mas trabalhadas sempre em conjunto, e as competências são
complementares.
Composição da equipe
Capacidade dos membros: como vimos acima, as competências dos membros de uma equipe de alta
performance são complementares. O bom desempenho de uma equipe depende da integração dos
conhecimentos técnicos, habilidades para solucionar problemas, tomar decisões e se relacionar
positivamente.
Personalidade: assim como as pessoas, as equipes também possuem uma personalidade. Estudos
comprovam, como nos mostra Robbins (2004), que equipes extrovertidas, comunicativas, receptivas,
amáveis, equilibradas e emocionalmente estáveis demonstram alto desempenho.
Alocação de papéis: são nove os papéis potenciais nas equipes identificados por Robbins (2004).
Vejamos:
É importante destacar que os gestores das equipes devem atentar aos diferentes papéis que os
membros exercem, selecionando-os a partir destes papéis e distribuindo as atribuições de
trabalho. Isto facilita que trabalhem bem em conjunto.
Seleção: um processo seletivo por competências pode permitir a avaliação dos candidatos na
competência "trabalho em equipe". Selecionar pessoas aptas para trabalharem em grupo é
essencial para o sucesso da equipe.
Treinamento: se a empresa identificar dificuldades nos colaboradores na competência
"trabalho em equipe", a área de recursos humanos pode oferecer treinamentos para
desenvolver esta competência.
Recompensas: é necessário estimular os esforços cooperativos e não competitivos. As
equipes que atingem as suas metas e resultados devem receber promoções, premiações,
aumento de salários e bônus. Isto é altamente motivador e favorece o respeito, a coesão e a
camaradagem.
O tema do autoaprimoramento é relativamente novo e oriundo da sociedade do
conhecimento. Nessa sociedade, os homens são insubstituíveis pelas máquinas. Na economia
do conhecimento, o trabalho mecânico pode ser feito pelas máquinas, mas somente aquele
que detém o conhecimento, o ser humano, pode ser criativo e ter ideias.
E nesse contexto, o conhecimento (ou capital intelectual), passa a ser considerado como
recurso estratégico e fator de produção, ao lado dos três fatores econômicos tradicionais:
terra, capital e trabalho.
Para isso é necessário que a empresa tenha uma estrutura que permita uma comunicação
apropriada para a troca, partilha e disseminação do conhecimento. E isso somente é possível
através da adoção de práticas de gestão do conhecimento.
Senge descreve cinco disciplinas que são caminhos para as empresas construírem um
ambiente de aprendizagem e autoaprimoramento. Vieira (2002) nos apresenta as disciplinas