Diagnóstico, Jogos, Testes e Provas
Diagnóstico, Jogos, Testes e Provas
Diagnóstico, Jogos, Testes e Provas
Ano: 2017
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Simone Micos dos Santos
2017
Curitiba, PR
Editora São Braz
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FICHA CATALOGRÁFICA
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PALAVRA DA INSTITUIÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz!
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Apresentação da disciplina
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Aula 1 - Diagnóstico: jogos, testes e provas
Apresentação da aula 1
Vídeo
Caso deseje ampliar seus estudos, recomenda-se o filme A
Educação proibida que procura enfatizar de forma clara e delicada a
importância dos pais e da escola no processo de aprendizagem do
aluno.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=BCVkRA69THI
Para Refletir
“Você acha que é possível detectar um perfil de aprendizagem
através de instrumentos quantitativos? Não, correto?” Essa é a
proposta da avaliação psicopedagógica dinâmica, pois é possível
avaliarmos, por exemplo, indivíduos superdotados com QI
altíssimos, mas com dislexias, disgrafia, discalculias, etc, mas os
exames de QI não serão suficientes para identificar essas
dificuldades.
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Amplie Seus Estudos
SUGESTÃO DE LEITURA
1.1. Anamnese
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➢ Reflexo de preensão: é a resposta de flexão de dedos após contato
rápido com determinado objeto. Por exemplo, quando esse reflexo é
bilateral, é sugestivo de lesão/ disfunção frontal ou encefalopatias. É o
reflexo primitivo mais importante.
➢ Reflexo palmomentual: caracterizado pela excitação cutânea da
eminência tenar (porção muscular na palma da mão humana logo abaixo
do polegar). Em caso de contração do mento ipsilateral (queixo) e
eventualmente, do lábio inferior ipsilateral há indícios de lesões
piramidais ou quadros encefalopáticos difusos (Este reflexo é mais
comumente encontrado em idosos)
➢ Reflexo de sucção: é a resposta a estimulação da região perioral em que
há protusão dos lábios com desvio para o lado estimulado e movimento
de sucção. Esse reflexo pode indicar lesões frontais.
➢ Reflexo orbicular dos lábios: quando é feita a percusão da área acima
do lábio superior e ocorre a protusão do lábio. Pode ser indicativo de
dano cerebral difuso.
Vocabulario
Ipsilateral – que se encontra do mesmo lado.
Perioral – Em volta da boca.
Protusão- Protuberância, Saliência.
Sucção – Ação de aspirar ou sugar.
Percusão - Choque resultante da ação de um corpo sobre outro.
Vídeo
Assista ao vídeo de como ocorre o reflexo palmomentual, é possível
notar quadro patológico no reflexo palmomentual.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Y3Ebk5Yv1Ns
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avaliação completa e fiel. O encaminhamento para este tipo de exames é geralmente,
feito pelo médico, psiquiatra ou neurologista.
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é evitar fazer demasiadas anotações enquanto o paciente fala, não dispensando um
tempo para manter contato visual com o mesmo.
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O paciente deverá ficar livre para falar, mas é importante que o profissional
tenha a entrevista estruturada em sua cabeça, para que não se perca ou deixe de
coletar informações importantes.
Enquanto que as entrevistas com jovens, geralmente, são proposta no estilo de
conversas e aplicações de testes, a da criança é proposta com testes e atividades
lúdicas, como jogos, desenhos, entre outros, pois ela ainda não tem seu discurso
completamente formado para passar as informações devidas e por isso, passa as
informações de forma simbólica. Nada impede que essa proposta seja estendida aos
adolescentes, dependendo de sua maturidade ou preferências.
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Limpos, sujos, apodrecidos, com falhas, prótese,
Dentes
uso de aparelho ortodôntico.
Agradável, desagradável, perfumado em excesso,
Odor
fétido, odor de fezes, mau hálito.
Limpas, sujas, descuidadas, velhas, manchadas,
Roupas impecáveis, extravagantes, provocantes, apertadas,
folgadas.
Trêmulo, pernas inquietas, tiques, espasmos, mãos
Movimentos e gestos inquietas, rígido, largado, curvado, movimentos
bizarros.
Magro, extremamente magro, acima do peso,
Corpo musculoso, robusto, disforme, obeso, marcas
corporais, tatuagens, piercing.
Fonte: Baseado em Dalgalarrondo (2008) com contribuições e cortes da professora-autora.
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mas caso saiba, pode ser um dado importante. Perguntas como “você sabe amarrar
seus sapatos? ” E similares devem ser excluídas, no caso de jovens que demonstram
maior maturidade.
Data:
Profissional responsável:
Identificação
Nome:
Idade:
Sexo:
Local e data de nascimento:
Cidade:
Telefone:
Escolaridade:
Escola:
Período escolar:
Observações:
Dados familiares
Nome do pai:
Idade:
Escolaridade:
Profissão:
Estado civil:
Naturalidade:
Religião:
Nome da mãe:
Idade:
Escolaridade:
Profissão:
Estado civil:
Naturalidade:
Religião:
Outros filhos?
Observações:
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Gestação
Como foi a gestação?
A gravidez era desejada?
Doenças durante a gestação:
Condições de saúde durante a gestação:
Condições emocionais:
Houve algum episódio marcante na gestação?
Observações:
Nascimento
Como foi o parto?
Ocorreu tudo como o planejado?
Algum episódio marcante durante o nascimento?
Observações:
Saúde da criança
A criança teve alguma doença grave?
Possui alguma alergia?
Problemas respiratórios?
Sofreu algum acidente?
Passou por cirurgia?
Problemas de visão? Audição?
Dores de cabeça?
Já sofreu desmaio? Quando? Como foi?
Teve ou tem convulsões?
Há alguém na família com antecedentes de desmaios, convulsões ou outros?
Observações:
Alimentação
A criança foi amamentada? Até quando?
Como é sua alimentação?
Alguma restrição alimentar ou alergia alimentar?
É forçada a se alimentar?
Recebe ajuda ao se alimentar?
Observações:
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Sono
A criança dorme bem?
Sono agitado ou tranquilo?
Fala enquanto dorme?
É sonâmbulo?
Range os dentes?
Com quem dorme?
A criança acorda e vai para a cama com os pais?
Observações:
Desenvolvimento Psicomotor
Com que idade começou a andar?
Como era quando bebê?
Apresenta lentidão em alguma tarefa?
Veste-se e calça-se sozinho?
Toma banho sozinho?
Sabe dar nó nos calçados?
É desastrado?
Pratica esportes? Quais? Gosta de praticar?
Rói unhas?
Chupa o dedo?
Tem alguma mania ou tique? Qual?
Precisa de ajuda em alguma tarefa do dia-a-dia? Quais?
Observações:
Escolaridade
Gosta de ir à escola?
É bem aceita ou é isolada?
Já repetiu de série alguma vez? Qual? Por quê?
Gosta de estudar? Quais são seus maiores interesses?
Tem hábito de leitura?
Faz as lições passadas pelo professor?
Os pais estudam com a criança?
Mudou de escola? Quantas vezes? Por quê? Se adaptou?
Tem maior dificuldade em alguma matéria?
Consegue focar a atenção em sala de aula?
Quais as principais dificuldades na escola?
O que os professores falam sobre ela?
Observações:
Linguagem
Quando começou a falar?
Como é a comunicação atual?
Observações:
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Sexualidade
Recebeu educação sexual? De quem?
Como foi?
Tem curiosidade sexual?
Os pais conversam sobre sexualidade com a criança?
Observações:
Ambiente
Brinca sozinha ou com amigos?
Prefere brincar com crianças de sua idade, maiores ou menores?
Tem facilidade para fazer amigos?
Adapta-se facilmente a novos ambientes?
Como é o relacionamento com os responsáveis? E irmãos?
Quais as medidas disciplinares utilizadas com a criança?
Quem as aplica? Qual a reação da criança frente a elas?
Observações:
Rotina da criança
Descreva a rotina da criança desde quando acorda até a hora de dormir:
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possível obter dados que guiarão o processo diagnóstico. É preciso estar atento ao
que o sujeito fala e como fala, de qual forma ele se mostra e como suas funções
psíquicas podem ou não estar relacionadas com suas dificuldades de aprendizagem.
Resumo da aula 1
Atividade de Aprendizagem
Disserte sobre qual é a proposta da psicopedagogia dinâmica
e dê sua opinião sobre a prática.
Apresentação da aula 2
Nesta aula serão trazidas as principais funções psíquicas do ser humano como
a consciência, atenção, linguagem, orientação, juízo de realidade, tempo e espaço,
sensopercepção, memória, afetividade e vontade. E também serão citadas as
alterações de cada uma dessas funções e algumas de suas consequências.
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2. As funções psíquicas
2.1 Consciência
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A consciência pode se alterar devido a processos fisiológicos normais e
também por processos patológicos. Serão listadas a seguir as alterações patológicas
da consciência.
Alterações patológicas quantitativas da consciência
Rebaixamento da consciência em grau leve a moderado.
Obnubilação Caracteriza-se por diminuição do grau de clareza, lentidão na
compreensão e dificuldade na concentração.
Estado em que o paciente pode ser despertado somente mediante
Sopor a estímulo enérgico e de natureza dolorosa. Caracterizado pela
incapacidade das reações de defesa e ações espontâneas.
Coma Estado em que não há qualquer indício de consciência e o paciente
não é capaz de realizar nenhuma atividade voluntária consciente.
2.1.1 Atenção
2.1.2 Memória
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Alterações qualitativas (lembrança deformada)
2.1.3 Orientação
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2.1.4 Tempo e espaço
Kant (apud Dalgalarrondo 2008) diria que não é possível conhecer nada fora
do espaço e do tempo, e classifica estes dois conceitos como “entidades potenciais
ou ocas”, pois embora sejam essenciais para o conhecimento, só adquirem plena
realidade quando preenchidas por objetos do conhecimento.
2.1.5 Sensopercepção
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Alterações quantitativas
(as imagens perceptivas tem intensidade anormal)
Alterações qualitativas
Curiosidade
Existem ainda alucinações cenestésicas, cinestésicas,
funcionais, combinadas, extracampinas, autoscópicas,
hipnagógicas e hipnopômpicas.
2.1.6 Afetividade
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Alterações da afetividade
Vocabulario
Apatia – estado de alma não suscetível de comoção ou interesse;
insensibilidade, indiferença.
Labilidade – variável ou adaptável; instável.
2.1.7 Vontade
É difícil definir o que se chama de vontade, mas é possível dizer que esta é
uma dimensão da vida mental do ser humano que contempla o instinto, o desejo e a
afetividade. As alterações de vontade, são:
➢ Hipobulia: diminuição ou abolição da atividade volitiva. Geralmente
vem acompanhado da apatia.
➢ Abulia: indiferença volitiva e afetiva desejada e buscado por alguns
indivíduos, como os místicos, por exemplo.
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Vocabulario
Volitiva - é o processo cognitivo pelo qual um indivíduo se decide
a praticar uma ação em particular. É definida como um esforço
deliberado e é uma das principais funções psicológicas humanas.
Dentro das atividades volitivas, é possível ainda fazer uma separação entre
atos impulsivos (não passa pela intenção e decisão) e atos compulsivos (é
reconhecido pelo indivíduo como indesejado e inadequado e por vezes, há tentativa
de refreá-lo. Os atos impulsivos são patológicos quando há ocorrência de ações
psicomotoras automáticas, sem reflexo ou decisão prévia, como a automutilação ou
tricotilomania (impulso de arrancar os cabelos), por exemplo. Exemplos de
compulsões, podem ser compulsões alimentares, entre outras.
Pesquise
Foram trazidas as funções psíquicas básicas, mas é
interessante que você possa estudar também as funções
psíquicas compostas, como: Inteligência, Personalidade e
Valoração do Eu.
Atividade de Aprendizagem
Faça um breve texto explicando a importância de observar as
possíveis alterações psíquicas em indivíduos que passam pelo
processo de avaliação neuropsicopedagógica.
Aula 3 - O Diagnóstico
Apresentação da aula 3
Nesta aula serão trazidos aspectos sobre algumas funções psíquicas e suas
alterações. E como essas alterações podem ajudar a elaborar os diagnósticos. Serão
também apresentadas as alterações de linguagem que são as mais presentes na
clínica psicopedagógicas. E por fim serão explicados brevemente alguns transtornos
de personalidade, além de discutidos os graus de retardo mental e suas
características.
3. Diagnóstico
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➢ Não simbólica ou não verbal (andar de bicicleta, orientar-se no espaço,
desenhar, pintar, interagir, etc.), de origem, geralmente, psicossocial ou
psicomotora.
3.4.1 Linguagem
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Alterações de linguagem
É a perda da linguagem, falada e escrita, pela incapacidade de
compreender os símbolos verbais. É sempre a perda de algo que
antes fora adquirido e se deve a lesões no sistema nervoso
central, portanto, é um distúrbio orgânico. Os principais tipos de
afasia são:
➢ Afasia de expressão ou de Broca: o indivíduo tem o órgão
fonador preservado, mas não consegue falar ou fala com
dificuldade. A compreensão está relativamente preservada e
Afasia as lesões são, geralmente, de origem vascular.
➢ Afasia de compreensão ou de Wernicke: o indivíduo continua
falando, mas de forma defeituosa e por vezes,
incompreensível ocorre por lesões das áreas temporais
esquerdas e a compreensão está dificultada.
➢ Afasia global: é grave e acompanhada de hemiparesia
direita, mas acentuada no braço.
Existem ainda outros tipos de afasias: transcortical sensorial,
talâmica, de condução, anômica, transcortical motora e
transcortical mista.
São deformação de determinadas palavras, que aparecem de
Parafasias forma mais discretas de déficits de linguagem. Por exemplo,
trocar livro por “ibro”. Ocorrem, algumas vezes, no início de
síndromes demenciais.
Perda, por lesão orgânica, da linguagem escrita, sem que haja
Agrafia perda cognitiva ou motora. Pode ocorrer associada, ou não, as
afasias.
Alexia Perda, por origem neurológica, da capacidade já previamente
adquirida de leitura. Associa-se as afasias e agrafias.
Incapacidade de articular corretamente as palavras devido a
Disartria alterações neuronais. Há dificuldade na articulação das
consoantes verbais e dentais. Ocorrem em patologias neuronais
psiquiátricas e neurológicas.
Disfonia Alteração da fala produzida pela mudança na sonoridade das
palavras.
Forma acentuada da disfonia, em que não é possível emitir
Afonia qualquer palavra, na qual o indivíduo não emite nenhum som ou
palavra.
Deformação, omissão ou substituição de fonemas. As dislalias
orgânicas resultam de defeitos na língua, dos lábios, da abóbada
Dislalia palatina ou outros componentes do aparelho fonador. As dislalias
funcionais não possuem alterações orgânicas e tem origem
psicogênicas, devido a conflitos interpessoais ou imitações.
Na logorréia existe a produção aumentada e acelerada da
linguagem verbal, que é chamada de taquifasia, e pode
Logorréia acompanhar perda da lógica do discurso. Já a loquacidade é o
aumento da fluência verbal sem qualquer prejuízo da lógica no
discurso.
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Fala lenta e difícil. Se opõe a taquifasia. Nesses casos, o
Bradifasia paciente fala de maneira vagarosa e em geral, associa-se com
quadros depressivos, demências e esquizofrenia.
Ausência de resposta oral do paciente, quando o paciente
apresenta possibilidade de fazê-lo. Os fatores que o
desencadeiam são muito variáveis, podendo ser de natureza
neurobiológica, psicótica ou psicológica. Geralmente, é uma
Mutismo forma de se opor as solicitações do ambiente. Esse quadro é
muito observado em quadros esquizofrênicos, depressões
graves e vários tipos de estupor. É frequente em crianças, o
mutismo seletivo, forma de origem psicológica do mutismo
ocasionada por conflitos interpessoais, dificuldades de relaciona-
mento, frustrações, medos, ansiedade, etc.
Estereotipia Repetição de palavras e frases de modo estereotipado, mecâ-
nico e sem muito sentido. Geralmente tem lesão orgânica das
verbal
áreas cerebrais pré-frontais.
Repetição da (s) última(s) palavra que o interlocutor falou. Ocorre
Ecolalia de forma automática e involuntária. Esta alteração é encontrada
principalmente na esquizofrenia e em quadros psico-orgânicos.
Parecida com a ecolalia, a palilalia é a repetição das últimas
Palilalia palavras que o próprio sujeito emitiu. Também acontece de forma
involuntária e está presente em quadros demênciais.
Logoclonia Repetição das últimas sílabas da frase que o próprio sujeito
emitiu.
Glossolalia Fala gutural, pouco compreensiva.
Emissão involuntária e repetitiva de palavras obscenas, vulgares
Cropolalia e relativas a excrementos. Junto com os tiques verbais, a
cropolalia é muito característica do Transtorno de Tourrete.
Repetição de palavras ou frases de forma monótona e sem
sentido aparente. A mussitação é um fenômeno muito próximo
a verbigeração e se apresenta como uma repetição de palavras
Verbigeração em um tom muito baixo e murmurado, é como se o paciente
falasse “para si mesmo” apenas mexendo discretamente os
lábios. A mussitação e verbigeração são frequentemente
encontradas na esquizofrenia.
Vocabulario
Hemiparesia - paralisia branda de uma das metades do corpo.
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3.5 Transtornos decorrentes de alterações de personalidade
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Fonte: Elaborado pelo autor adaptado pelo DI (2017)
Pesquise
Os transtornos de personalidade foram citados de maneira
extremamente resumida, o ideal é que você possa realizar
novas pesquisas sobre o tema e se aprofundar.
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e a incapacidade de compreender relação de reciprocidade e qualquer
tipo de troca.
Resumo da aula 3
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Atividade de Aprendizagem
Escolha um dos diagnósticos expostos nesta aula, pesquise
sobre ele de forma mais aprofundada e faça um breve texto,
contendo pelo menos três destas informações: causa, trata-
mento, prognóstico, fatores de risco, comorbidades, inter-
venções possíveis, frequência de ocorrência, dificuldades
diagnósticas, critérios diagnósticos no CID-10 ou DSM V.
Apresentação da aula 4
Importante
Jogos que possuem regras e desafios nos possibilitam
compreender o pensamento do sujeito e como ele reage diante
das dificuldades. Você poderá decidir, frente a suas
possibilidades, quais jogos são adequados (pois cada paciente
terá um perfil diferente). Por exemplo, jogos de Combate, Perfil,
Cara a cara, Detetive, Jogos da memória, entre outros. Mas a
escolha dos jogos dependerá de sua escolha e preferência.
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➢ WISC (é o mais conhecido e exclusivo para psicólogos), CIA e RAVEN-
estas são as provas de inteligência.
➢ Provas Piagetianas – conjunto de provas que fornece dados referentes ao
nível de pensamento do indivíduo. É baseado na teoria de Jean Piaget.
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e leitura. Indica quais áreas estão preservadas e quais estão
prejudicadas.
➢ EAME-IJ (Escala para avaliação da motivação escolar infanto-juvenil) –
avalia a motivação escolar intrínseca, extrínseca e geral da pessoa. É
recomendável para indivíduos de 8 a 11 anos.
➢ APET (Análise da produção escrita de textos) – através do discurso
escrito, verifica o nível de independência, domínio e eficácia do
aprendente com a palavra escrita.
➢ PROLEC – explora processos que interferem na leitura.
➢ EAVAP-EF (escala de avaliação das estratégias de aprendizagem para
o ensino fundamental) – identifica quais as estratégias cognitivas
utilizadas por alunos no ensino fundamental.
➢ ETDAH-AD coleção – auxilia no processo diagnostico de TDAH.
Questões para avaliar a orientação temporal: “Que dia é hoje? Qual o dia da
semana? Qual é a época do ano? Aproximadamente que horas são agora? Qual o dia
do mês? Em que mês estamos? ” (Indivíduos menores de 8 anos podem não ter
adquirido ainda este tipo de orientação, o que é normal).
Questões para avaliar a orientação espacial: “Onde estamos? Como é o nome da
nossa cidade? E o bairro? Quanto tempo leva da sua casa até aqui? Em que andar
estamos? ”
Questões para avaliar a orientação autopsíquica: “Quem é você? Qual o seu
nome? Quem são seus pais? Qual a sua idade? ”
É possível realizar perguntas como: “Tem visto algo estranho que lhe chamou a
atenção? Quando essas coisas aparecem? Tem notado sabores ou cheiros
diferentes, na comida, por exemplo? Sente algo estranho em seu corpo? Tem
escutado vozes de pessoas estranhas ou desconhecidas? Tem feito movimentos
contra sua vontade?”. Entre outras possibilidades de perguntas.
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Perguntas relativas à memória remota: “Como se chamam seus pais? Que idade
eles tem? Onde estudava ano passado? Lembra o nome de sua professora?”
Outro teste é simples é dizer quatro palavras aleatórias e pedir para que o paciente
repita logo depois, esperar um tempo, enquanto realiza outra atividade, e perguntar
novamente quais eram as palavras. No caso da memória visual, pode-se também
poderá esconder quatro objetos na frente do paciente e ao final da sessão perguntar
se ele lembra onde estão escondidos.
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também poderá testar sua fluência verbal (peça para que ele lhe diga o maior número
de animais que conseguir em um minuto) e verificar a capacidade dele em escrever
uma frase ou determinadas palavras. Verifique se o paciente é capaz de responder
perguntas como “O que é um barco?” E também se sua audição e compreensão verbal
estão normais, pedindo que ele repita algumas palavras de nível mais difícil.
Se existe uma função da criança que o profissional quer avaliar, porém não
encontrou um teste ou uma prova, ele pode criá-la, então utilize seu conhecimento e
criatividade. Lembre-se estes instrumentos devem oferecer indicadores
complementares para o seu diagnóstico, mas o que conta mesmo no final é sua
avaliação crítica e profissional.
Se trabalha com avaliações neuropsicopedagógicas ou as estuda, com certeza
deve ter uma base de quais comportamentos são normais para cada idade.
Considerando isso, elabore provas pedagógicas para avaliar o grau de dificuldade ou
facilidade em determinadas áreas do conhecimento. Dessa forma, você estará
avaliando seu paciente da forma mais efetiva e personalizada.
Existem vários recursos possíveis para avaliar cada sujeito, cabe a você
determinar qual instrumento será mais interessante para cada caso. Use o
conhecimento e criatividade de forma que possa realizar sessões práticas e eficientes.
Caso perceba que determinado paciente não reagirá bem a alguma
intervenção, não é necessário suscitar. Procure as atividades que o deixarão mais
confortável. Pode contar com o uso de jogos, dramatizações e desenhos, em
momentos que priorizará o lúdico e a interpretação. Nessas atividades, converse com
a criança e a escute com atenção e cuidado.
Caso opte por testes e provas para analisar quesitos como: inteligência,
personalidade, desempenho escolar, entre outros, fique atento com a capacitação
para aplicar tais recursos e lembrem-se: eles não dão o resultado final e sim nos
ajudam a chegar lá.
Você poderá também avaliar se há, ou não, alguma alteração nas funções
psíquicas de seu paciente. Dessa forma, o diagnóstico será muito mais “certeiro” e
confiável.
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Resumo da aula 4
Atividade de Aprendizagem
Imagine a seguinte situação: Chega até seu consultório um
paciente de 10 anos, menino, muito agitado e comunicativo,
com dificuldades de concentração e visíveis problemas de
convivência familiar. Elabore ao menos 3 estratégias que você
utilizaria para avaliar este paciente, além da anamnese.
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Resumo da disciplina
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Referências
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Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos
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