Carina Pinto MCF 2019
Carina Pinto MCF 2019
Carina Pinto MCF 2019
SUPERIOR
DE CONTABILIDADE
E ADMINISTRAÇÃO
DO PORTO
POLITÉCNICO
DO PORTO
M MESTRADO
CONTABILIDADE E FINANÇAS
Elisabete Carina Gomes Pinto Ramos. A GESTÃO DE TESOURARIA COMO FATOR
10/2019
CRÍTICO PARA A EFICIÊNCIA EMPRESARIAL
M MESTRADO
Contabilidade e Finanças
Elisabete Carina Gomes Pinto Ramos. A GESTÃO DE TESOURARIA COMO FATOR
Dissertação de Mestrado
apresentado ao Instituto de Contabilidade e Administração do
CRÍTICO PARA A EFICIÊNCIA EMPRESARIAL
ii
Dedicatória
iii
Agradecimentos
Um especial agradecimento aos meus pais, por todo o esforço que sempre
fizeram durante o meu percurso e por proporcionarem todas as condições para
me formar enquanto estudante, e sobretudo, enquanto pessoa. Sem eles nada
seria possivel!
À minha família e amigos, pelo apoio incondicional que mostraram até ao final,
pelas constantes palavras de incentivo e responsabilidade dos meus objetivos.
E, por último, mas não menos importante, ao professor doutor Adalmiro Pereira,
por todas as sugestões, motivação e disponibilidade ao longo do trabalho.
iv
Resumo:
v
Abstract:
This study has as its main objective the analysis of the most relevant indicators
for an efficient financial management, and to demonstrate the importance of
treasury management on business efficiency for a better understanding of the
decisions which could affect this area.
The results reveal that the treasury budget is a fundamental instrument for
companies, turning it in a crucial factor for their efficiency.
Even though this study contributes with empirical evidence for the subject of
efficient treasury management, the use of other types of data would complement
it and contribute to its objective.
vi
Índice geral
Introdução ..................................................................................................................... 1
1 Conceitos: ............................................................................................................ 5
Webgrafia ..................................................................................................................... 16
Anexos .......................................................................................................................... 17
vii
5 Anexo A – Questionário em idioma Português ............................................ 18
7 Glossário ............................................................................................................ 26
viii
Índice de Figuras
ix
Índice de Gráficos
x
Lista de abreviaturas
FM – Fundo de Maneio
TL – Tesouraria Líquida
xi
INTRODUÇÃO
1
Uma gestão eficiente da tesouraria é vital para as empresas, os ativos correntes
englobam um conjunto de rubricas de curto prazo nomeadamente, inventários,
dívidas de clientes, depósitos bancários, entre outros, que podem ser
convertidos em disponibilidades. O fundo de maneio é conhecido como a força
das empresas e a sua gestão é das funções mais delicadas e importantes no
seio de cada organização, Couttolenc, B. F., & Zucchi, P. (1998).
A análise das decisões operacionais são também uma das tarefas dos
responsáveis financeiros uma vez que, podem ter impacto no planeamento
financeiro a curto prazo e comprometer a segurança, sustentabilidade e
continuidade da empresa.
2
(Neves, 2007), por isso se torna importante avaliar os seus indicadores de
liquidez. O objetivo é que melhores práticas na gestão de tesouraria se traduzam
em aumentos de rentabilidade para as empresas.
3
CAPÍTULO I – A GESTÃO DE TESOURARIA
4
1 Conceitos:
Existem autores que defendem que a gestão de tesouraria pode ser vista em
duas perspetivas diferentes dependendo da responsabilidade que lhe é
atribuída: numa perspetiva de tesouraria e numa perspetiva financeira.
Segundo, Myers & Mjluf, 1984; Chastain, 1986; Harford, 1999, a gestão na
perspetiva de tesouraria gere o numerário das empresas e a sua principal função
é estabelecer um nível ótimo para que os pagamentos e recebimentos garantam
o funcionamento normal da entidade. No entanto, este conceito também inclui
outras tarefas como a previsão de tesouraria, a negociação e acordo de relações
com instituições financeiras. Esta gestão faz com que seja desenvolvido técnicas
favoráveis à otimização da tesouraria, de forma a que os ativos sejam mantidos
na empresa.
5
veio ser ampliada, emergindo uma preocupação com as decisões de
financiamento, isto é, a análise do custo do financiamento de capitais.
1
Recebimentos + Saldo inicial – Pagamentos > ou = Saldo final desejado
6
No entanto, a gestão financeira, pode ser entendida em duas vertentes, na
seguinte figura, podemos visualizar como o autor Neves (1989) aborda o
conceito:
Fonte: Pág. 16 Neves, J. C. D. (1989). Análise financeira: métodos e técnicas. Lisboa: Texto Editora.
Fonte: Pág.16, Neves, J. C. D. (1989). Análise financeira: métodos e técnicas. Lisboa: Texto
Editora.
Sá Silva (2010), refere que a gestão financeira não só analisa o impacto das
decisões operacionais na tesouraria, mas, também analisa as políticas de
financiamento e de investimento que terão impacto a médio longo prazo, dando
uma continuidade a empresa assim como, a sua sustentabilidade.
7
ao nível do ciclo operacional permite estreitar com maior rigor a eficiência da
utilização dos recursos disponíveis.
CMVMC
RI=
Saldo Méd. Inventários
8
Este rácio “indica o número de vezes que os inventários têm de rodar durante o
ano, isto é, quantas vezes o stock é renovado nesse período. Por exemplo, um
prazo médio de inventários de 30 dias dará uma rotação de inventários de 12
durante o ano”, Sá Silva, (2013), Gestão Financeira-Análise de Fluxos
Financeiros-5ª edição (pp. 177-178). Porto: Vida Económica.
O ciclo de tesouraria é calculado por: PMR + PMI – PMP. Quanto menor for este
ciclo, menores serão as necessidades de financiamento, ou seja, menos
recursos têm de estar afetos à sua exploração, no entanto, esta análise pode
estar dependente do sector de atividade que a entidade opere.
9
como, os riscos que devem ser analisados. A área de tesouraria está exposta a
riscos, tal como, por exemplo liquidez, que devem ser acautelados e calculados,
e para isso a empresa deve ter um sistema de controlo compatível com as
necessidades da organização.
10
1.3 A importância na gestão global
Teixeira (2005), define a gestão como uma forma de obter resultados com o
esforço de outros, ou seja, várias pessoas desenvolvem atividades em conjunto
de forma atingirem objetivos comuns. Este processo implica também, a afetação
e o controlo de recursos financeiros e materiais.
2
As vantagens competitivas podem ser traduzidas, quando bem praticada a gestão estratégica da entidade
em relação aos seus concorrentes. A consciência de ação, gestão proativa e maior envolvimento pessoal são
os principais benefícios da gestão estratégica. Teixeira (2014).
3
O plano financeiro evidencia os influxos e exfluxos de fundos a médio/longo prazo. Sá Silva (2010).
11
clareza os seus objetivos e saber como percorrer o seu caminho. A gestão
orçamental é concebida para apoiar quem tem poder de decisão a avaliar,
analisar e gerir os recursos articulando-os com os objetivos da organização.
12
A gestão estratégica, enquadra-se nesta última categoria que traduzem as
escolhas efetuadas quanto às áreas de atividades da entidade, a forma como se
ajustam ao ambiente que as rodeiam e como definem a sua direção a longo
prazo da organização. A escolhas que definem a orientação estratégica da
entidade têm também de estar relacionada com o departamento financeiro, ou
seja, a organização não pode tomar decisões estratégicas e definir a sua
trajetória a longo prazo se não souber a sua saúde financeira e de que forma
pode atuar no mercado. O departamento financeiro reúne um conjunto de
informações que são crucias para a tomada de decisão estratégica, como por
exemplo, a capacidade de a entidade obter financiamento para um investimento
e se esse investimento irá permitir criar valor para a entidade. A área financeira
deve ser vista como uma via de desenvolvimento para a estratégia empresarial
eficaz. “Ser eficaz significa «fazer as coisas certas», isto é, fazer o que deve ser
feito. Uma empresa é tanto mais eficaz quanto mais de aproxima dos objetivos
que se propõe a atingir.” Teixeira, (2014), Gestão estratégica (pp. 19). Lisboa:
Escolar Editora.
13
CAPÍTULO II – FINANCIAMENTO A CURTO PRAZO
14
Neste capítulo serão abordados como definir o financiamento a curto prazo e
que tipo de recursos a curto prazo podem ser considerados para uma gestão
mais adequada e eficiente dos seus recursos.
Neves (2007), refere que o financiamento não deve ter em vista o cumprimento
do equilíbrio financeiro, mas assumir-se de acordo com a estratégia da empresa
e alinhado com os objetivos globais que a organização queira atingir. O
financiamento a curto prazo pode ser obtido de três formas: através de
fornecedores, da banca e/ou do mercado de capitais. Com a evolução da banca,
atualmente, os instrumentos financeiros são cada vez mais sofisticados,
permitindo uma autarcia na direção financeira, assegurando todas as atividades
financeiras da empresa.
Ativo Corrente
1) Liquidez Geral=
Passivo Corrente
Ativo Corrente-Inventário
2) Liquidez Reduzida=
Passivo Corrente
15
Sendo que o ativo corrente se traduz no que a empresa pode transformar em
dinheiro no prazo de um ano (disponibilidades: depósitos bancários, caixa, títulos
negociáveis (3), Inventário (2)) e o passivo corrente o que a empresa terá de
pagar nesse período (dividas a curto prazo). (Neves, 2007)
Neves (2007), referencia que estes três indicadores conseguem mostrar (num
ponto de vista de não continuidade da empresa) se a organização tem uma
gestão eficiente de tesouraria, indicando a sua carência ou excesso de liquidez.
No entanto, eles fornecem meras indicações sobre a estrutura da empresa num
dado momento e por isso, não são de caracter conclusivo, mas sim, parte
integrante de uma análise estratégica.
4
Missão: Definição de fins estratégicos e de objetivos da organização. Teixeira (2014).
16
Sá Silva (2010), menciona que o orçamento de tesouraria deve ser integrado no
plano financeiro numa perspetiva global e a longo prazo, reconhecendo as
seguintes funções:
5
Tipos de planos: são os planos definidos pelas outras áreas de atuação da entidade, por exemplo, plano
comercial, recursos humanos, financeiro, etc.
6
Vicente, S. C. A sustentabilidade financeira refletida nas demonstrações financeiras previsionais das
Administrações Públicas: um modelo com o caso das Universidades (Doctoral dissertation, pp.4,
Universidade de Coimbra).
17
O planeamento a longo prazo caracterizasse pela indicação do rumo a seguir,
enquanto que o planeamento a curto prazo é baseado nos planos de ações,
coordenação e controlo das atividades de acordo com as linhas gerais
estabelecidas (Teixeira, 2005). No entanto o autor Caiado (1986), articula o
planeamento a longo prazo e a curto prazo como representa a figura seguinte:
Caiado, A. C. P. (1986). Contabilidade analítica, um instrumento para a gestão. Lisboa: Rei dos
Livros Pág.265)
As fontes de financiamento a curto prazo são fundamentais para uma boa gestão
de tesouraria, pois permitem colmatar as necessidades cíclicas das empresas,
evitam o endividamento a longo prazo e equilibra a harmonia entre ativos e
passivos de curto prazo.
18
2.1 Equilíbrio financeiro: Fundo de Maneio, Necessidade de Fundo
de Maneio e Tesouraria Líquida
Os indicadores de liquidez que Neves (2007) e Nabais & Nabais (2011) referem
e representam a análise do equilíbrio financeiro a curto prazo:
19
Segundo o autor Neves (2007), o FM é obtido pela diferença entre os capitais
permanentes e o ativo fixo. Os capitais permanentes são os recursos fixos
determinados pela política de financiamento, por exemplo os empréstimos de
médio e longo prazo, e os ativos fixos são o resultado das aplicações de
investimento que são em função das decisões de investimento.
20
Necessidades Cíclicas Recursos Cíclicos
• Clientes • Fornecedores
• Adiantamento de fornecedores • Adiantamento de clientes
• Existências • Estado e Outros Entes Públicos
a pagar
• Estado e Outros Entes Públicos
a receber
Para melhor entender este indicador, este último autor refere que, se a TL ≥ 0,
quer dizer que o FM é suficiente para financiar as NFM e para cobrir eventuais
riscos da atividade da empresa. Quando é negativo, evidencia que a entidade
esta com problemas de tesouraria e poderá estar com dificuldades de cumprir
os seus compromissos financeiros de curto prazo e por isso, deve tomar algumas
medidas como por exemplo: recorrer a descobertos bancários, negociar as
dívidas de fornecedores aumentando o indicador PMP, diminuir o PMR para que
consiga assegurar a atividade operacional e melhorar a liquidez.
Mortal (2006) menciona que a liquidez é tanto ou mais importante que o lucro,
isto é, as empresas têm de estar preparadas para cumprir com as suas
obrigações atempadamente para evitar perder a sua credibilidade e entrarem
num processo degenerativo. Quando uma empresa assinala liquidez ou falta
dela, é por consequência de decisões de gestão, ou seja, as decisões tomadas
devem sempre ter o cuidado de evitar situações de desequilíbrios ou que sejam
prejudiciais à atividade da empresa.
21
O ponto de equilíbrio financeiro, dá-se quando o FM iguala as NFM, isto é,
quando a TL for igual a zero. Menezes (1999) caracteriza cada uma das três
situações na figura seguinte.
Quadro nº 7:
22
A segunda situação, é também caracterizada por défices de tesouraria
circunstanciais, que podem resultar de várias situações, como o aumento de
crédito concedido aos clientes resultante das quebras nas vendas de forma a
evitar a sazonalidade das mesmas. Contudo, uma tesouraria próxima de zero é
a expressão de uma lógica de gestão financeira coerente. A prática desta medida
faz com que a empresa se proteja de riscos associados como a eliminação de
excessos de liquidez duradouros e, por outro lado, à dependência de
empréstimos de curto prazo junto das instituições financeiras, Menezes (2005).
+ -
23
Na situação 2, o FM e NFM > 0 e TL < 0, ou seja, o FM não é suficiente para
financiar as NFM, e por isso, estas são financiadas por recursos alheios de curto
prazo.
Na situação 5, o FM, NFM e TL < 0, revelando uma situação mais grave que a
anterior. Pode ser justificada pelos excedentes dos ciclos de exploração que
financiam parte de capitais permanentes.
24
2.2 Fontes de financiamento a curto prazo
25
este critério não deve ser único para a sua seleção, mas sim o custo global (juro,
comissões, imposto do selo e restantes encargos).
Peyrard (1992) indica que a gestão de crédito concedido aos clientes também
não é tarefa fácil, pois desempenham um papel importante no crescimento das
empresas e é necessário avaliar individualmente cada novo cliente de forma a
ter informações para o plafond de crédito a conceder. É igualmente importante
que o departamento comercial e o departamento financeiro estejam em plena
sintonia ao tomar decisões de crédito de forma a atingir o objetivo da
maximização do valor da empresa. O vendedor para cumprir os objetivos
concede o crédito ao cliente, mas por outro lado, o tesoureiro fica com problemas
de tesouraria devido a demora do pagamento.
26
2.2.2 Factoring
Por sua vez, o NOVO BANCO Factoring8 define o factoring como um “um
contrato em que o NOVO BANCO adquire, mediante cessão ou endosso, a
propriedade dos créditos de curto prazo (prazo máximo de 1 ano), constituídos
pela aderente sobre os seus clientes devedores, resultante da atividade
comercial, adiantando-lhe um valor de negociação por antecipação ou o valor
recebido na data de efetiva cobrança.” (NOVO BANCO Factoring, 2019).
Por sua vez, os autores Montibeller, Belton e Lima afirmam que o factoring é
como uma operação triangular financeira, isto é, o factor “adquire” as contas a
receber do seu cliente (aderente), e é responsável por receber dos clientes dos
seus clientes (devedores) (Montibeller, 2007).
Tendo por base a informação disponível no site da ALF9, será exposto um quadro
representativos das características de factoring:
7
Fonte: http://www.eurofactor.pt/pt/o-que-e-factoring.html, acedido a 15 setembro de 2019
8
Fonte: https://www.novobanco.pt/site/cms.aspx?labelid=empfactoring, acedido a 15 setembro de 2019
9
Fonte: http://www.alf.pt/pt/factoring, acedido em 9 de setembro 2019
27
Quadro 6: Características de Factoring
Nabais e Nabais (2011), indica também a conta corrente caucionada como uma
fonte de financiamento a curto prazo, este produto é uma forma temporária de
empréstimo, com prazos de utilização definidos, formalizado através de contrato
e permite a sua utilização, conforme o montante negociado, de uma forma
imediata. A grande desvantagem desta forma de financiamento é a sua elevada
taxa de juro que é aplicada conforme a sua utilização.
28
deste produto é também a elevada taxa de juro assim como, poderá existir
comissões de gestão associadas ao serviço.
29
2.3 Gestão eficiente de tesouraria
30
2.4 Orçamento de tesouraria: vantagens e dificuldades
Figura nº 3:
Caiado, A. C. P. (1986). Contabilidade analítica, um instrumento para a gestão. Lisboa: Rei dos
Livros Pág.270)
31
uniforme, favorecendo de igual forma o alinhamento dos diferentes
objetivos.
• A sua preparação de forma participativa permite com que haja uma
redução de risco de erro e de conflitos gerados por falta de informação ou
até de capacidades, (Caiado, 2009).
• Dificuldades:
32
CAPÍTULO III – ESTUDO DE CASO
33
3 Estudo de Caso
Durante este capítulo, será apresentado o método que serve de base para a
elaboração deste estudo.
34
importância da gestão de tesouraria como fator crítico para a eficiência
empresarial.
35
3.4 Análise e discussão dos resultados do questionário
Gráfico 1 e 2: Qual o indicador que acha mais relevante para uma gestão
financeira eficaz?
36
Gráfico 2:Indicadores relevantes para gestão financeira eficaz. Idioma: Inglês
Gráfico 3: Fontes de financiamento de curto prazo como vantagem FM, Idioma: Português
37
Foi relevante questionar quais as fontes de financiamento de curto prazo que
mais atraem as empresas e que possam traduzir uma vantagem no FM. O
recurso mais evidenciado, com 44,4%, foi o empréstimo a curto prazo, seguido
o factoring, conta corrente caucionada e confirming com 33.3%. As questões de
resposta aberta, permitaram identificar qual o instrumento financeiro mais
vantajoso, sendo que, o empréstimo a curto prazo, a conta corrente caucionada
e o factoring, são os instrumentos de curto prazo que mais oferecem vantagens,
no entanto, estes podem variar com as diferentes áreas de negócio.
Gráfico 4: Fontes de financiamento de curto prazo como vantagem FM, Idioma: Inglês
38
Gráfico 5 e 6 - Existe um orçamento de tesouraria?
Em análise conjunta dos dois questionários, existe uma ligação de respostas dos
inquiridos que definem que a tesouraria pode ser vista como um ponto de
encontro da organização. As decisões tomadas a curto prazo pode afetar a
situação financeira a empresa, por isso, é importante trabalhar em conjunto com
outros departamentos da organização de forma atingir objetivos comuns,
(Menezes, 2001).
39
Gráfico 7 e 8 - Que instrumentos financeiros utiliza atualmente na empresa?
2
compromisso de honrar as obrigações assumidas pela empresa, caso esta não
o faça. Ou seja, este instrumento será uma vantagem no FM da organização
quando estiver um défice de tesouraria pontual, assim como, os empréstimos de
curto prazo que são utilizados em 50% dos inquiridos. O factoring é utilizado em
25%, que comparativamente com o inquérito português é inferior na sua
utilização, esta diferença pode ser explicada por o instrumento financeiro não
estar ajustado ao negócio.
3
Gráfico 10: Análise da situação financeira da empresa, Idioma: Inglês
4
Gráfico 11 e 12 - Qual o produto financeiro de curto prazo que considera mais
relevante para empresa?
5
Gráfico 12: Produtos financeiros relevantes na empresa, Idioma: Inglês
6
traduzir uma vantagem competitiva no mercado, concluímos que, é unânime a
concordância dos gestores. Entendem que, desta forma consegue-se “responder
ao mercado de uma forma proactiva, como também racionalizar os custos às
necessidades”, permitindo “que a empresa avalie de forma mais adequada a
liquidez de que dispõe e consequentemente tome decisões que lhe permitam
investir no seu negócio o que se pode traduzir em vantagens competitivas”,
assim como, a atração de investidores.
7
CAPÍTULO IV – CONCLUSÃO
8
A elaboração do presente trabalho, pretendeu analisar os instrumentos
financeiros disponíveis no mercado que possam traduzir numa vantagem do FM
das empresas, assim como, colaborar para o equilíbrio de tesouraria.
A banca está cada vez mais presente nas empresas portuguesas, no entanto,
as fontes de financiamento disponíveis são cada vez mais burocráticas, o que
pode dificultar a gestão de tesouraria caso a empresa não consiga fazer uma
análise de previsão dos seus fluxos de tesouraria.
9
Tendo em consideração os objetivos deste estudo, a gestão de tesouraria
eficiente e eficaz pode evitar a insolvência de qualquer empresa, tal como, foi
analisado na revisão de literatura, a sua gestão não é tarefa fácil, os problemas
de tesouraria podem ser constantes para os quais a empresa tem de se preparar.
Por esta razão, é necessário procurar constantemente soluções de forma a
contornar estas dificuldades. Os instrumentos financeiros disponíveis na banca,
por vezes, são suficientes para a empresa conseguir uma vantagem no seu FM
e posteriormente numa vantagem competitiva de mercado.
10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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value of money (Vol. 179). John Wiley & Sons.
11
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Financial Economics, 13, June, 184-221.
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Nabais, C., & Nabais, F. (2011). Prática Financeira I – Análise Económica &
Financeira (6ª Ed.). Lisboa: Lidel - edições técnicas, lda.
13
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(3.ª Ed.) org. Lisboa, J.,Coelho, A., Coelho, F. & Almeida, F. (2013).. Porto: Vida
Económica – Editorial, SA.
14
Wang, L., & Makar, S. (2015). FX Cash Flow Risk Management: Financial
Reporting Issues and Practical Implications. Journal of Corporate Accounting &
Finance, 26(2), 59-62.
15
WEBGRAFIA
https://www.novobanco.pt/site/cms.aspx?labelid=empfactoring, acedido a 15
setembro de 2019
16
ANEXOS
17
5 Anexo A – Questionário em idioma Português
POLITÉCNICO DO PORTO
Pedimos, por favor, que responda com sinceridade na medida em que não
existem respostas corretas ou incorretas. A sua opinião é muito importante.
1) Nome?
2) Idade?
3) Formação?
4) Profissão?
5) Anos de experiência?
7) Qual o indicador que acha mais relevante para uma gestão financeira
eficaz?
-Rentabilidade
-Estrutura de Capital
-Liquidez
18
-Autonomia Financeira
-Solvabilidade
-Factoring;
-Confirming;
-Garantias Bancárias
-Papel Comercial
-Outra Opção:
Sim
Não
Sim
Não
-Factoring
19
-Confirming
-Garantias Bancárias
-Papel Comercial
- Outra opção:
-Tesouraria Líquida
19) Qual o produto financeiro de curto prazo que considera mais relevante
para empresa?
-Factoring
-Confirming
20
-Garantias Bancárias
-Papel Comercial
-Outra Opção:
Porquê?
23) Acha justo o tempo que a banca demora para analisar o rating de uma
empresa que pede um empréstimo?
25) Acha que a gestão de tesouraria eficaz pode traduzir uma vantagem
competitiva no mercado? De que forma?
21
6 Anexo B – Questionário em idioma Inglês
POLITÉCNICO DO PORTO
Please ask that you respond sincerely to the extent that there are no correct or
incorrect answers.
1) Name?
2) Age?
3) Formation?
4) Profession?
5) Years of experience?
6) Current business?
-Profitability
-Capital structure
22
-Liquidity
8) What are the short-term sources of funding that can translate into a
Working Capital benefit?
-Factoring;
-Confirming;
-Bank Guarantees
-Commercial Paper
-Another option
Yes
No
Yes
No
-Factoring
-Confirming
23
-Bank Guarantees
-Commercial Paper
-Another option:
13) Were the financial instruments used by the company suggested by you?
If so, do you think that the financial instruments used enable effective cash
management?
-Income Statement
-Net Treasury
16) In the event of an economic downturn, do you think the company would
have short- term financial problems? Why?
17) Do you think banking has an influence on the life of the company?
18) Do you think the cash budget becomes a fundamental tool for good
financial management? Why?
19) Which short-term financial product do you consider most relevant to your
business? -Factoring
-Confirming
-Bank Guarantees
-Commercial Paper
24
-Other option:
Why?
20) Do you think the cash flow forecast analysis allows you to anticipate a cash
deficit?
21) Can this analysis translate into a trading advantage? (negotiate credit lines
or negotiate receipt / payment terms)?
23) Do you think the time it takes for banks to analyze the rating of a company
applying for a loan is fair?
24) Are the available solutions sufficient for the business needs?
25) Do you think effective cash management can translate into a competitive
advantage in the market? In what way?
25
7 Glossário
Garantias Bancárias: Tal como o nome indica, é uma garantia efetuada pelo
Banco, no qual este se compromete a cumprir as obrigações assumidas pela
empresa perante terceiros.
Papel Comercial: Consiste num título de dívida de curto prazo sem garantias,
emitido por sociedades comerciais ou civis sob a forma comercial, cooperativas,
empresas públicas e demais pessoas coletivas de direito público ou privado,
destinados a financiar défices de tesouraria.
26