Desnaturação Da Proteína

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS SAUDE E TECNOLOGIA


CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
DISCIPLINA DE QUÍMICA DE ALIMENTOS

DEGRADAÇÃO DA PROTEÍNA

IMPERATRIZ –MA
2023
MATHEUS SOUSA SILVA MENDES

DEGRADAÇÃO DA PROTEÍNA

Relatório de aula prática


apresentado à disciplina de
química de alimentos do curso
de Engenharia de Alimentos,
como requisito parcial para
obtenção de nota.

IMPERATRIZ-MA
2023
Sumário
1 – INTRODUÇÃO..........................................................................................................4

2 – OBJETIVOS..............................................................................................................5

3 - MATERIAIS E MÉTODOS.........................................................................................6

3.1 Materiais e Reagentes...................................................................................................6

3.2 Métodos............................................................................................................................6

4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES..............................................................................8

5 – CONCLUSÃO............................................................................................................9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................10
1 – INTRODUÇÃO
A desnaturação de proteínas é um processo no qual as estruturas
secundária, terciária e quaternária das proteínas são alteradas, resultando na
perda da função biológica. Esse fenômeno pode ocorrer devido a fatores como
temperatura, pH extremos, solventes orgânicos, agentes desnaturantes
químicos, entre outros. Quando uma proteína é desnaturada, suas ligações não
covalentes, como pontes de hidrogênio, interações hidrofóbicas e forças
eletrostáticas, são rompidas, levando à desorganização da estrutura
tridimensional.
A temperatura é um dos principais fatores que podem levar à
desnaturação proteica. Aumentos significativos na temperatura podem levar ao
rompimento das ligações de hidrogênio, o que causa a desestabilização da
estrutura secundária da proteína. Além disso, a alta temperatura pode
aumentar a agitação molecular, resultando na ruptura das interações
hidrofóbicas e eletrostáticas, levando à desnaturação da estrutura terciária e
quaternária. Estudos demonstraram que diferentes proteínas têm pontos de
desnaturação térmica específicos, conhecidos como temperatura de
desnaturação, que podem variar amplamente. [1]
Outro fator importante que causa a desnaturação proteica é o pH
extremo. A mudança brusca no pH pode alterar a carga elétrica das cadeias
laterais de aminoácidos, perturbando as interações eletrostáticas e,
consequentemente, a estrutura tridimensional da proteína. A desnaturação
proteica por pH ocorre tanto em ambientes ácidos como alcalinos. Cada
proteína possui uma faixa de pH em que é estável e funcional, conhecida como
pH ótimo. Fora dessa faixa, a proteína pode sofrer desnaturação e perder sua
atividade biológica. [2]

Agentes químicos também podem induzir a desnaturação proteica.


Diversos compostos, como ureia, guanidina e detergentes, têm a capacidade
de romper as interações não covalentes e causar a desnaturação. Esses
agentes podem solubilizar a proteína, interagindo com as cadeias laterais dos
aminoácidos e desfazendo as interações hidrofóbicas, levando à desnaturação
da estrutura tridimensional. Além disso, agentes desnaturantes químicos
podem modificar as pontes de dissulfeto, que são ligações covalentes

4
importantes para a estabilidade da estrutura terciária e quaternária das
proteínas. [3]

2 – OBJETIVOS
Realizar as aferições de absorbância da Albumina pelo
espectrofotômetro em função da temperatura, analisando assim a sua
alteração.

5
3 - MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais e Reagentes

 Rotaevaporador
 Espectrofotômetro
 Béquer (100 ml)
 Bastão vidro
 Proveta (50 ml)
 Balão volumétrico (100 ml)
 Tubos de ensaio (5 unidades)
 Pipeta graduada (10 ml)
 Suporte universal (2 unidades)
 Argola (2 unidades)
 Funil (2 unidades)
 Filtro de Papel
3.2 Métodos

Fora separado 10 ml de clara de ovo em uma proveta, para que fosse


encaminhada para um Becker, lavamos a proveta com água destilada para que
não perdêssemos material, e então encaminhamos para um balão de 100 ml,
ajustamos o menisco com água destilada até chegar em 100 ml, levamos de
volta para o Becker para agitar com o auxilio de um bastão de vidro, para
depois filtrarmos. Separamos 8 tubos de ensaio devidamente identificados e
pipetamos 5 ml da solução em cada um, levamos uma amostra (T0) para o
espectrofotômetro, que resultou em 0,00 em Absorbância (A), em seguida outro
tubo de ensaio foi encaminhado para o banho maria, de temperatura a 50 º C
(T1) onde ficou por 3 minutos, fora retirado e encaminhado para resfriamento
em água corrente, para então ir para o espectrofotômetro novamente,
resultando em 0,001 de Absorbância (A), o procedimento foi repetido para
todos os outros tubos de ensaios, em temperaturas diferentes.

6
Tabela 1 – Temperaturas utilizadas no experimento.

7
4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES
Obtivemos assim uma relação entre a temperatura e o grau de
absorbância.

Tabela 2 – Relação entre temperatura e Absorbância.

Com os dados que obtemos, observamos experimentalmente que a


absorvância aumenta conforme é submetida ao aumento de calor, que é um
dos fatores que desestabilizam a sua conformação.

Gráfico 1 – Representação gráfica da temperatura em relação à absorbância

Através dessa representação gráfica é possível notar que a desnaturação


da proteína não acontece de forma linear, a variação de temperatura em 10º C
ocasiona um aumento de cerca de 40% no valor da radiação absorvida pela
amostra, enquanto outros casos apontam uma variação de 40% em uma
diferença de apenas 2ºC.
8
5 – CONCLUSÃO
Através deste experimento, observamos a proteína ser extraída e
desnaturada conforme o aumento de temperatura. Por meio dos resultados
obtidos, podemos concluir que a absorbância do material foi aumentando de
acordo com o aumento de desnaturação, o que podemos observar
empiricamente com a alteração da cor e da consistência da amostra que
utilizamos.

9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1]. Berg, J.M., Tymoczko, J.L., & Gatto, G.J. (2015). Bioquímica. 8ª ed. Porto
Alegre: Artmed.

[2]. Nelson, D.L., Cox, M.M. (2020). Lehninger Princípios de Bioquímica. 7ª ed.
Porto Alegre: Artmed.

[3]. Alberts, B., Johnson, A., Lewis, J., Raff, M., Roberts, K., & Walter, P.
(2008). Molecular Biology of the Cell. 5th ed. New York: Garland Science.

10

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy