APOSTILA LínguaPortuguesa
APOSTILA LínguaPortuguesa
APOSTILA LínguaPortuguesa
167-52
Sumário
I. ACENTUAÇÃO GRÁFICA ............................................................................................................... 3
II. ORTOGRAFIA: EXPRESSÕES E PALAVRAS QUE GERAM DÚVIDA EM RELAÇÃO AO
EMPREGO ................................................................................................................................................. 5
III. HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS .................................................................................................... 9
IV. REGRAS ESPECIAIS NO USO DO HÍFEN ................................................................................ 11
V. ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS ........................................................................ 12
MORFOLOGIA (CLASSES DE PALAVRAS) ........................................................................................... 18
VI. SUBSTANTIVO ............................................................................................................................ 18
VII. ADJETIVO .................................................................................................................................... 23
VIII. ARTIGO ..................................................................................................................................... 26
IX. NUMERAL .................................................................................................................................... 28
X. PREPOSIÇÃO ............................................................................................................................... 29
XI. PRONOMES .................................................................................................................................. 31
XII. ADVÉRBIO ................................................................................................................................... 40
XIII. PALAVRAS E LOCUÇÕES DENOTATIVAS ....................................................................... 41
XIV. INTERJEIÇÃO .......................................................................................................................... 42
XV. VERBO .......................................................................................................................................... 43
1. CONJUGAÇÃO VERBAL: MODOS E TEMPOS .......................................................................... 43
1.1 – MODOS .................................................................................................................................. 43
1.2 – TEMPOS ................................................................................................................................. 43
2. FORMAS NOMINAIS ...................................................................................................................... 43
2.1 – Infinitivo .................................................................................................................................. 43
2.2 – Gerúndio .................................................................................................................................. 43
2.3 – Particípio ................................................................................................................................. 43
3. EMPREGO DOS MODOS................................................................................................................ 43
4. CLASSIFICAÇÃO DO VERBO ...................................................................................................... 44
4.1 – REGULAR .............................................................................................................................. 44
4.2 – IRREGULAR .......................................................................................................................... 44
4.3 – ANÔMALO ............................................................................................................................ 44
4.4 – DEFECTIVO ........................................................................................................................... 44
4.5 –ABUNDANTE ......................................................................................................................... 44
5. TEMPOS PRIMITIVOS E DERIVADOS ........................................................................................ 45
6. VERBOS PRIMITIVOS E DERIVADOS ........................................................................................ 46
7. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS .......................................................................... 47
8. VERBOS TERMINADOS EM “–ear” E “–iar”................................................................................ 47
9. MODELOS .................................................................................................................................... 47
10. CASOS IMPORTANTES .............................................................................................................. 48
11. VOZES VERBAIS......................................................................................................................... 48
12. CORRELAÇÃO ENTRE OS TEMPOS VERBAIS...................................................................... 50
SINTAXE ................................................................................................................................................... 51
XVI. SUJEITO .................................................................................................................................... 52
XVII. PREDICAÇÃO VERBAL ......................................................................................................... 55
XVIII. OBJETO DIRETO, OBJETO INDIRETO, AGENTE DA PASSIVA E COMPLEMENTO
NOMINAL ................................................................................................................................................ 57
Amapá cajás dendê jiló cafés compôs vinténs alguém café cipó
3. Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em L, I(s), N, X, U(s), R, ÃO(s), Ã(s), UM, UNS, PS, ON(s), ditongos (seguidos ou
não de s).
útil bônus repórter órfão fórum órgãos pônei
júri ônix lápis fórceps ímã
Observação
Você deve estar atento para o fato de que as palavras paroxítonas terminadas em -en (pólen, sêmen etc.) deixam de ter acento quando
colocadas no plural (polens, semens etc.), mas palavras paroxítonas terminadas em -on (próton, íon, nêutron etc.) continuam com acento
no plural (prótons, íons, nêutrons).
5. Acentuam-se os ditongos abertos ÉI, ÓI, ÉU seguidos ou não de s das oxítonas e das monossílabas tônicas.
anéis chapéu corrói céus dói
Observação
Não se acentuam os ditongos abertos EI e OI das palavras paroxítonas. Ex.: ideia, joia, boia, europeia, jiboia, heroico, estreia. São
exceções: Méier e destróier pois seguem a regra das paroxítonas terminadas em R.
6. Acentuam-se os hiatos tônicos em I e U, acompanhados ou não de s. Se na mesma sílaba forem seguidos de outra letra diferente de s,
não recebem o acento gráfico.
viúva traída faísca baús juízes
Observações sobre os hiatos tônicos i e u:
As palavras raiz e juiz não têm acento porque o i no hiato tônico vem seguido de z e não de s: ra-iz e ju-iz.
Os hiatos em i seguidos de nh na sílaba seguinte não deverão ser acentuados: ra-i-nha, cam-pa-i-nha.
Quando há hiato i-i e u-u, não se pode acentuar (exceto os proparoxítonos): xi-i-ta, su-cu-u-ba... (fri-ís-si-mo é proparoxítono).
Depois de ditongos decrescentes, nas palavras oxítonas, o i e u são acentuados normalmente: Pi-au-í.
Nas palavras paroxítonas, o i e u não recebem acento depois de ditongo decrescente: fei-u-ra, Sau-i-pe, bai-u-ca... Todavia, se
o ditongo for crescente, o acento é usado: Gua-í-ra, Gua-í-ba.
8. ACENTOS DIFERENCIAIS
Perderam o acento as palavras paroxítonas homógrafas (têm a mesma grafia)
para – verbo ≠ para – preposição;
pelo – substantivo ≠ pelo – contração da preposição per/por + o;
pera- substantivo ≠ pera – preposição arcaica;
polo – substantivo ≠ polo – por+o (arcaísmo).
Assim, não serão acentuados: para-brisa, para-choque, para-lama, etc.
Exceções:
Pôr (verbo) ≠ por (preposição)
Pôde (pretérito perfeito) ≠ pode (presente do indicativo.
Nas palavras fôrma e forma, o acento é facultativo o qual deve ser especialmente empregado com o intuito de facilitar a
compreensão do que se diz ou escreve.
A forma da fôrma do bolo é circular.
III. As formas verbais oxítonas terminadas em A, E, O acompanhadas dos pronomes oblíquos átonos “lo”, “la”, “los”, “lás” devem
ser acentuadas. O mesmo ocorre com as formas verbais terminadas em “i”, formando hiato tônico com a vogal anterior:
O gerente irá contratá-lo.
O livro, vou repô-lo na estante.
A fera, os homens queriam atraí-la.
Mas: O problema, vamos discuti –lo. Observe que o i não forma hiato.
PROSÓDIA
A prosódia trata da acentuação e da entoação adequadas dos fonemas, de acordo com o padrão culto da língua.
Há muitas palavras que oferecem dúvida quanto a posição da sílaba tônica. Veja:
• são oxítonas: Nobel, recém, ruim, mister, cateter, ureter, condor;
EXERCÍCIOS
1. Você tem, a seguir, algumas palavras corretamente acentuadas. Separe-as de acordo com a regra que determina o
acento de tais palavras.
tráfego, dobrável, destróis, Tambaú, acarajé, silêncio, caída, Mossoró, tórax, Goiânia, táxis, nômades, saíram, veículo.
· Regra das oxítonas: .................................................................................................................................................
· Regra das paroxítonas: ............................................................................................................................................
· Regra das proparoxítonas: .......................................................................................................................................
· Regra da 2ª vogal do hiato: .....................................................................................................................................
· Regra dos ditongos abertos éu, éi, ói: ......................................................................................................................
I. Por que
Quando em final de frases, interrogativas ou não, deve ser acentuado por tratar-se de palavra tônica. Sempre é seguido de
ponto, vírgula, interrogação.
— Você está aborrecida por quê? — Eu estou aborrecida, mas não sei por quê. — Não sei por quê, mas tudo deu errado.
III. Porque
IV. Porquê
Tão pouco →muito pouco Tampouco → também não, nem (usa-se após oração declarativa negativa)
Não comeu, tampouco bebeu.
Possuía tão pouco amor próprio que não pagou seu débito ao banco, tampouco pagou-me o que me devia.
3. A PAR / AO PAR
A par →ciente Ao par →igual, equiparado
Estou a par do assunto. O real esteve ao par do dólar.
4. AFIM / A FIM DE
5. SENÃO / SE NÃO
Senão → “caso contrário”, “a não ser“ Se não → “caso não” (usado em orações condicionais)
Feche a porta, senão ele entra. (= caso contrário) Se não chover, irei. (= caso não)
Não sai de casa, senão para comer. (= a não ser)
6. AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A
Ao encontro de → “estar a favor de”, “ser favorável” De encontro a → “em sentido oposto a”, “ser contra”
Minha ideias vão ao encontro das suas, isso me anima. Minhas ideias vão de encontro às suas, mas isso não me anima.
7. DEMAIS / DE MAIS
{
Substantivo (= os outros) Uns entraram, os demais saíram
8. MAS / MAIS
Ele irá, mas nós ficaremos. Ela é mais inteligente do que eu.
Diante de particípios é recomendável o uso de mais bem e mais mal, em substituição a melhor e pior.
Érica era a aluna mais bem preparada.
Onde você mora? / Aonde você vai? / Onde você trabalha? / Onde você vai morar?
Encerrou-se no quarto, donde só saiu ao amanhecer.
Aonde você chegará?
11. HÁ / A
Há
→ Tempo passado (= faz). Há duas semanas não nos vemos.
→ Valor de Existir. Há crianças no pátio.
→ Valor de Tem. Há de colher bons frutos.
A (preposição)
→ Tempo futuro. As férias começarão daqui a alguns dias.
→Distância aproximada. A cidade fica a dois quilômetros daqui.
A (artigo)
→Acompanha substantivo. Comprar a enciclopédia.
A (pronome pessoal)
→ Valor de ela(s). Não a vejo faz tempo.
A (pronome demonstrativo)
→ Valor de esta(s), essa(s), aquela(a). Não comprei essa blusa mas a (aquela) que você não viu.
Na medida em que → exprime relação de causa e equivale a porque, já que, uma vez que.
À medida que → indica proporção, desenvolvimento simultâneo e gradual. Equivale a à proporção que.
O fornecimento de combustível foi interrompido na medida em que os pagamentos não vinham sendo efetuados. (=porque)
Na medida em que os projetos foram abandonados, a população carente ficou entregue à própria sorte. (=porque)
A ansiedade aumentava à medida que o prazo fixado ia chegando ao fim. (= à proporção que)
OBS.: Não se usa a forma à medida em que, resultante do cruzamento das duas locuções.
Formas variantes
Algumas palavras admitem, sem alteração de significado, formas variantes. Veja Algumas:
Abaixar / baixar Flecha / frecha
Abdômen / abdome Infarto / enfarte / enfarto
Afeminado / efeminado Laje / lajem
Aluguel / aluguer Leste / este
Aritmética / arimética Louça / loiça
Assobiar / assoviar Maquiagem / maquilagem
Aterrissar / aterrizar Maquiar / maquilar
Bêbado / bêbedo Mozarela / Muçarela
Bílis / bile Neblina / nebrina
Bilhão / bilião Nenê / neném
Biscoito / Biscouto Porcentagem / percentagem
Bravo / brabo Peroba / perova
Câimbra / cãibra Prancha / plancha
Catorze / quatorze Protocolar / protocolizar
Catucar / cutucar Rastro / rasto
Chipanzé / chimpanzé Ridiculizar / ridicularizar
Cociente / quociente Sobressalente / sobresselente
Quota / cota Taverna / taberna
Cousa / coisa Televisar / televisionar
Cotidiano / quotidiano Terraplenagem / Terraplanagem
Cotizar / quotizar Tesoura / tesoira
Covarde / cobarde Tesouro / tesoiro
Dourado / doirado Toucinho / toicinho
Entretenimento / entretimento Transladar / trasladar
Espuma / escuma Trilhão / trilião
Estalar / estrelar Vassoura / bassoura
Flauta / frauta Volibol / voleibol
Flocos / frocos Loura / Loira
Homônimos
do grego homós = igual + ónymon = nome
As palavras homógrafas que não são homônimas perfeitas têm mesma grafia, mas diferem na pronúncia. Veja:
acender (pôr fogo) ascender ( subir, elevar) acento (tonicidade de palavras) assento (lugar para sentar-se)
Há outras palavras, no entanto, que têm grafia e pronúncia parecidas e significados também diferentes. São chamadas de parônimas. Eis
alguns exemplos:
EXERCICIOS
1. Use em cada frase a palavra adequada ao contexto.
a) O juiz poderá infligir/infringir pena severa àquele que infligir / infringir essa lei.
b) Os anjos são seres intimoratos / intemeratos; os heróis é que são seres intimoratos / intemeratos.
c) O advogado impetrou mandato/mandado de segurança e conseguiu do juiz a liminar.
d) O nadador desapareceu dentro d’água, isto é, imergiu / emergiu.
e) A vitória dos Aliados, naquela época, já era eminente / iminente.
f) Manuel veio confirmar, isto é, veio retificar / ratificar a proposta.
g) Os prisioneiros infringiram / infligiram o regimento interno.
h) O condenado foi recolhido à sela / cela.
i) Para acender / ascender a qualquer posto de responsabilidade, é necessário competência.
j) Minha estadia / estada nesse hotel foi desagradável.
k) Espero que você tenha uma ótima estada / estadia em nossa cidade.
l) Quanto cobrou o homem pela estada / estadia do seu automóvel?
m) A mãe infringe / inflige maus tratos aos filhos, por isso foi chamada ao fórum.
PALAVRAS COMPOSTAS
Emprega-se o hífen nos compostos sem elemento de ligação quando o primeiro termo, por extenso ou reduzido, está representado por
uma forma substantiva, adjetiva, numeral ou verbal: decreto-lei; guarda-noturno; social-democracia; terça-feira; afro-brasileiro; sino-
francês
EXERCÍCIOS
1) Una os elementos usando hífen, quando necessário:
Auto + aprovação = Anti + inflamatório= Bem + mandado=
Ultra + radical= Co + autor= Mal + nascido=
Super + atleta= Neo + socialista= Bem + nascido=
Mega + sistema= Auto + retrato= Sub + área=
Anti + caspa= Contra + regra= Sub + comandante=
Anti + higiênico= Auto + escola= Sub + raça=
Ante + sala= Semi + selvagem=
Semi + reta= Mal + mandado=
Analisando a estrutura, isto é, a forma das palavras, é possível verificar que elas são constituídas por diferentes unidades
significativas mínimas. A palavra bonitas, por exemplo, compõe-se de três unidades significativas:
bonit + a + s.
Em grego, a palavra que significa forma é morphé e, por esse motivo, os elementos que dão forma às palavras recebem o nome
de morfemas ou elementos mórficos.
Cada elemento mórfico tem um nome e uma função na estrutura da palavra. Vamos ver cada um deles.
1.1 – RADICAL
1.2 – AFIXOS
Afixos (= não-fixos, trocáveis) são elementos que se juntam a radicais para dar origem a novas palavras.
Dependendo de aparecer antes ou depois do radical, o afixo recebe o nome particular de:
• Prefixo: quando aparece antes do radical. • Sufixo: quando aparece depois do radical.
Exemplos:
leal dade des folh ar i moral
sufixo prefixo sufixo prefixo
OBS.: Os conceitos de radical, prefixo e sufixo são indispensáveis para que você compreenda bem os processos de formação de
palavras.
1.3 – DESINÊNCIAS
São elementos que se juntam à parte final das palavras e servem para caracterizar as flexões (= variações) que os nomes e os
verbos podem apresentar.
• de gênero: masculino: o
feminino: a
• de número: singular : não tem desinência própria
plural : s
• Vogais de ligação:
• Consoantes de ligação:
I. PRIMITIVAS
São palavras que não se formam a partir de outras palavras. Exemplos: cidade, luz, menino.
II. DERIVADAS
São palavras formadas a partir de outras anteriormente existentes. Exemplos: bondoso (derivada de bom), desfolhar (derivada de folha).
I. SIMPLES
São palavras que apresentam apenas um radical. Exemplos: bondoso, maravilha, cidade.
II. COMPOSTAS
São palavras formadas por duas (ou mais) palavras (ou radicais). Exemplos: beija-flor, planalto.
Em Português existem dois processos principais de formação de novas palavras: derivação e composição.
1. DERIVAÇÃO
É o processo através do qual uma palavra nova (derivada) forma-se a partir de uma outra palavra já existente (primitiva).
Esse processo pode ocorrer de cinco maneiras. Vejamos a seguir.
I. DERIVAÇÃO PREFIXAL
Observe, por exemplo, a palavra desleal. Nela podemos facilmente identificar o prefixo des- e a palavra primitiva leal.
Concluímos, então, que desleal foi formada pelo acréscimo de um prefixo à palavra primitiva.
Esse processo é que se denomina derivação prefixal (ou simplesmente prefixação).
Considere a palavra chuveiro. Nela você identifica a palavra primitiva chuva e o sufixo -eiro. Ou seja, a palavra chuveiro formou-
se pelo acréscimo de um sufixo ao radical da palavra primitiva. Esse processo denomina-se derivação sufixal (ou sufixação).
Analisando a estrutura da palavra entardecer, que elementos podem ser identificados nela? Notamos aí o prefixo en-, o radical
tard e o sufixo -ecer. Ou seja, a palavra entardecer formou-se pelo acréscimo simultâneo de um prefixo e um sufixo a um mesmo radical.
A esse tipo de formação de palavra dá-se o nome de derivação parassintética ou parassíntese.
Temos então: prefixo + radical + sufixo - palavra formada por derivação parassintética
Analisando a palavra deslealdade que elementos observamos nela? Notamos aí um prefixo des, o radical leal e o sufixo dade.
Ou seja, ela é formada com prefixo e sufixo. Veja que existe a palavra desleal e lealdade.Ex.: Imoralidade; ilegalidade.
Cuidado!
Há palavras que, apesar de apresentarem prefixo e sufixo, não são formadas por parassíntese. Isso porque, para que ocorra
parassíntese, é necessário que o prefixo e o sufixo se juntem ao radical ao mesmo tempo. Para verificar se isso ocorre, ou não, você
pode usar o seguinte recurso prático: tire o prefixo (ou o sufixo) da palavra; se ela deixar de ter sentido, então ela se formou por
parassíntese. Se, ao tirar o prefixo (ou o sufixo), a palavra continuar tendo sentido, ela terá sido formada por derivação prefixal e sufixal.
Exemplificando:
• esfriar (es + frio + ar): eliminando-se o prefixo, não existe a palavra friar. Isso indica que esfriar formou-se por parassíntese.
• infelizmente ( in + feliz + mente): eliminando-se o prefixo, a palavra felizmente existe. Isso indica que a palavra infelizmente
não se formou por parassíntese e sim por derivação prefixal (in + feliz) e sufixal (infeliz + mente).
É um tipo de derivação que, principalmente, forma substantivos abstratos a partir de verbos. Esse processo se dá pelo acréscimo das
vogais a, e ou o ao radical do verbo.
O substantivo formado por derivação regressiva sempre indica uma ação.
Verbo substantivo abstrato
Dançar dança
Lutar luta
Trabalhar trabalho
Combater combate
Pescar pesca
Tombar tombo
Esse processo consiste em mudar uma palavra de uma classe gramatical para outra, mas sem alterar sua forma.
Exemplo: A palavra jantar é um verbo, mas na frase: “O jantar estava delicioso” essa mesma palavra é um substantivo e não verbo.
Dizemos, então, que ocorreu uma derivação imprópria (o verbo adquiriu função de substantivo).
Outro exemplo: A palavra dormitório é um substantivo, mas na frase: “Ele mora em uma cidade-dormitório” a palavra dormitório passou a
funcionar como adjetivo. Ocorreu, portanto, uma mudança da classe gramatical, ou seja, uma derivação imprópria.
Ex.: O falar em excesso é ruim. O não é péssima resposta.
2. COMPOSIÇÃO
A composição é um processo que forma novas palavras a partir da união de duas ou mais palavras ou radicais.
A composição pode ocorrer de duas maneiras diferentes:
As palavras que se unem não sofrem alteração e continuam a ser faladas (e escritas) exatamente como eram antes da composição.
Exemplos: Pontapé (ponta + pé) / girassol (gira + sol) / terça-feira (terça + feira) / passatempo (passa + tempo)
Observe, pelos exemplos, que na composição por justaposição as palavras podem se ligar com ou sem hífen.
Quando pelo menos uma das palavras sofre alteração em sua pronúncia (e em sua grafia).
Exemplos: Aguardente (água + ardente) / embora (em + boa + hora) / planalto (plano + alto) / vinagre (vinho + acre) / pernalta (perna +
alta) / fidalgo (filho de algo) / outrora (outra + hora) / lobisomem (lobo + homem).
I. HIBRIDISMO
II. ONOMATOPEIA
Consiste em criar uma palavra através da tentativa de imitar sons da natureza. Exemplos: zunzum, chape-chape, cricri, tique-taque,
pingue-pongue.
III. SIGLAS
Emprego de parte da palavra pelo todo: moto (motocicleta), cine (cinema), pneu (pneumático), quilo (quilograma),Zé (José).
RADICAIS LATINOS
RADICAIS GREGOS
EXERCÍCIOS
1. Entre os compostos de origem grega que seguem, existe um que não se ajusta à definição dada:
a) nevralgia: dor viva no trajeto de um nervo.
b) cosmopolita: cidadão de todo o mundo, o que não se fixa em país nenhum.
c) xenófobo: amigo dos estrangeiros.
d) topografia: descrição de lugares.
VI. SUBSTANTIVO
Substantivo é a palavra com que damos nomes aos seres em geral, qualidades, ações, estados, sentimentos, sensações. Ex.: casa,
estudante, amor, calor, viagem, felicidade.
I. CONCRETOS E ABSTRATOS
Concretos: são aqueles que denominam os seres propriamente ditos. São os nomes de pessoas, animais (reais ou imaginários), lugares,
coisas e entidades. Exemplos: rua, luz, Brasília, alma, Deus, dragão, saci, bruxa.
• Comuns: aqueles que indicam, genericamente, todos os elementos de uma certa espécie. Exemplo: rua, luz, criança, livro.
• Próprios: aqueles que denominam um único ser de uma certa espécie. Exemplo: Brasília, Gustavo, Atlântico, Goiás, França.
III. COLETIVOS
Chama-se coletivo todo substantivo comum que, mesmo no singular, denomina um agrupamento, um conjunto de seres de uma mesma
espécie.
Exemplos: rebanho (agrupamento de bois, ovelhas, etc.), esquadra (agrupamento de navios de guerra), súcia (gente ordinária em geral).
FLEXÃO DE GÊNERO
BIFORMES: quando mudamos as desinências (terminações) para formar o feminino. Veja alguns:
Anfitrião / anfitriã / anfitrioa; bacharel / bacharela / a bacharel; cônsul / consulesa (esposa) / a cônsul (função); coronel / coronela; Deus /
deusa / diva / deia; elefante / elefanta; embaixador / embaixatriz (esposa) / embaixadora (função); frade / freira; músico / música; hortelão
b) Sobrecomuns: Têm a mesma forma genérica para o masculino ou feminino, não variando nem mesmo o artigo ou
adjetivo que os acompanham.
Ex.: o algoz, o apóstolo, o carrasco, o cônjuge, a criança, o indivíduo, o monstro, a pessoa, a testemunha, o ídolo, a vítima, etc.
c) Epicenos: Designam certos animais, conservando a mesma forma genérica para o macho e para a fêmea; quando se deseja
apontar o sexo a que pertencem, empregam-se as palavras macho ou fêmea: a girafa (indistintamente para o macho ou para a
fêmea); mas querendo especificar o sexo: a girafa macho e a girafa fêmea. Ex.: a andorinha, a águia, a avestruz ou o avestruz,
a barata, a cobra, o jacaré, a minhoca, a onça, o sabiá, a tainha, o tatu, o tigre, etc.
Há substantivos para os quais a gramática não fixa um gênero. Ex.: o/a diabetes; o/a personagem; o/a pijama.
Gêneros que merecem destaque:
Masculinos: apêndice, clã, champanha, guaraná, dó, estratagema, gengibre, herpes, milhar etc.
Femininos: alface, apendicite, cal, libido, omoplata, comichão, aguardente, atenuante, musse etc.
FLEXÃO DE NÚMERO
A característica do plural, em português, é o -s final. Há, entretanto, diferentes flexões para o plural, de acordo com a terminação do
singular.
a) Substantivo que no singular terminam por vogal ou ditongo oral recebem um -s: cajá-cajás, céu-céus, deugrau-degraus,
troféu-troféus.
SUBSTANTIVOS QUE SÓ SE USAM NO PLURAL: afazeres, brócolis, cãs, cócegas, custas, fezes, hemorroidas, núpcias, óculos,
olheiras, parabéns, pêsames, picles, suspensórios, trevas. Os substantivos calça, ceroula, cueca que se usavam até pouco tempo apenas
no plural (as calças, as ceroulas, as cuecas) admitem também o singular (a calça, a ceroula, a cueca).
Atenção à concordância com os substantivos só usados no plural. Ex.: Meus óculos sumiram.
NOTAS: As formas paralelas fazem o plural com o acréscimo de -s: abdome – abdomes; espécime – espécimes; germe – germes.
Terça-feira → terças-feiras
Num. Subst.
Abaixo-assinado → abaixo-assinados
Adv. Adj.
Beija-flor → beija-flores
Verbo subst.
Vice-presidente → vice-presidentes
Prefixo subst.
Guarda-civil → guardas-civis
Subst. adj.
b) Segundo elemento indica finalidade ou semelhança em relação ao primeiro → só varia o primeiro, preferencialmente. Ex.:
banana-maçã → bananas-maçã / peixe-boi → peixes-boi / salário- família → salários-família / decreto-lei → decretos-lei
d) Verbo + verbo repetidos → ambos variam ou só o segundo; antônimos → nenhum varia. Ex.:
corre-corre → corre(s)-corres / pega-pega → pega(s)-pegas / o ganha-perde → os ganha-perde / o leva-e-traz → os leva-e-traz
FLEXÃO DE GRAU
a) Grau Aumentativo
O grau aumentativo exprime o aumento do tamanho normal do ser (livro, livrão; casa, casarão). O grau aumentativo pode ser expresso
analítica ou sinteticamente. Aumentativo Analítico é o que se forma com o auxílio de adjetivos tais como grande, enorme, imenso, etc.
Ex.: casa grande, pedra colossal, mar imenso, etc. Aumentativo sintético é o que se forma com o auxílio de sufixos: -ão, -aço, -ona, -ázio,
-zarrão, -arra, etc. Exemplos de aumentativos sintéticos:
-ão garrafão, figurão, livrão, papelão, paredão, tipão, festão, etc.
-aço ricaço, balaço, volumaço, vilanaço, etc.
-aça barbaça, barcaça, mulheraça, fumaça, vidraça, etc.
OBS.: Muitas vezes o substantivo no aumento expressa desprezo ou caçoada, sendo assim, um aumentativo pejorativo mulheraça,
gentalha, beiçorra, etc.
b) Grau Diminutivo
Exprime o tamanho diminuído do ser (livro/livrinho; casa/casinha). O grau diminutivo pode ser expresso analítica ou sinteticamente.
Diminutivo analítico é o que se forma com o auxílio de adjetivos: pequeno, minúsculo, insignificante, etc. Ex.: casa pequena, inseto
minúsculo, valor insignificante, etc. Diminutivo sintético é o que se forma com o auxilio de sufixos: -inho, -zinho, -ito, -zito, -culo, -ejo, -
ico, -ilho, -im, -ota, -ote, -ulo, etc. Exemplos de diminutivos sintéticos:
-inho menininho, bolsinho, dedinho, filhinho, etc.
-zinho florzinha, cãozinho, mulherzinha, colherzinha, pincelzinho, etc.
-ito mosquito, cabrito, casita, senhorita, etc.
-zito cãozito, florzita, mãezita, pezito, etc.
-culo animálculo, corpúsculo, febrícula, montículo, opúsculo, partícula, versículo, etc.
EXERCÍCIOS
1. Complete os espaços com os termos dos parênteses, fazendo a concordância com o substantivo:
a) Fique com __________ dó dela. (muito/muita)
b) __________ cal queima a pele. (O/A)
c) __________ alface está muito __________. (O/A; macio/macia)
d) Comprei __________ óculos __________ para mim. (um/uns; novo/novos)
e) Após o resultado das provas ficou com __________moral __________. (o/a; abalado/abalada)
f) Vá ao supermercado e compre __________ gramas de queijo. (duzentas/duzentos)
g) Dê-me__________ guaraná __________ . (um/uma; gelado/gelada)
h) Ele fraturou __________ omoplata. (o/a)
2. Faça a flexão das palavras que se encontram nos parênteses, conforme as regras estudadas.
a) Acordos ____________________. (luso-brasileiro)
b) Olhos ____________________. (verde-claro)
c) Camisas ____________________. (amarelo-escuro)
d) Camisas ____________________. (amarelo-ouro)
e) Sandálias ____________________. (pérola)
f) Calças ____________________. (cinza/vinho/rosa)
g) Movimentos . (histórico-cultural)
VII. ADJETIVO
Adjetivo é a palavra que modifica o substantivo, atribuindo-lhe um estado, qualidade ou característica. Portanto, o adjetivo também se
refere aos seres; daí que a distinção feita entre o substantivo e o adjetivo não seja semântica (de significado), e sim funcional (de função).
Em outros termos: se tomarmos as palavras japonês e doente isoladamente, como classificá-las? Tanto podem ser substantivos como
adjetivos. Só podemos classificá-la partindo da função que exercem num determinado contexto. Por exemplo, em o japonês doente
temos japonês designando o ser (portanto, um substantivo) e doente modificando esse substantivo (portanto, um adjetivo). A situação se
inverte quando falamos o doente japonês; agora doente é um substantivo e japonês é um adjetivo.
O importante é observar que, em enunciados com os dos exemplos acima, o núcleo sempre será o substantivo.
LOCUÇÃO ADJETIVA
Em gramática, chama-se locução à reunião de duas ou mais palavras com valor de uma só. Locução adjetiva é, portanto, a reunião de
duas ou mais palavras equivalentes a um único adjetivo.
Geralmente, as locuções adjetivas são formadas por uma preposição e um substantivo, como nos exemplos:
dente de cão (= canino) água de chuva (= pluvial)
ou por uma preposição e um advérbio, como nos exemplos:
pneus de trás (= traseiros) jornal de ontem
É bom atentar para o fato de que nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, como em:
mulher sem graça herói sem nenhum caráter
As locuções destacadas são evidentemente adjetivas, apesar de não possuírem um adjetivo equivalente:
• sem graça NÃO é o mesmo que desgraçada!
• sem nenhum caráter NÃO é o mesmo que descaracterizado!
Apresentamos a seguir, uma relação das principais locuções adjetivas e seus adjetivos correspondentes:
1ª) Os adjetivos bom, mau, pequeno e grande possuem formas particulares para o comparativo de superioridade
e para o superlativo:
ADJETIVO Comparat. de Sup. Superlat. Abs. Sintético Superlat. Rel. de Sup.
Bom melhor que ótimo o melhor de
Mau pior que péssimo o pior de
Grande maior que máximo o maior de
Pequeno menor que mínimo o menor de
2ª) As formas sintéticas (melhor, pior, maior, menor) desses adjetivos são usadas quando se compara uma qualidade em dois seres
diferentes. Exemplo: Este lugar é melhor (do) que um hotel de luxo.
As formas analíticas (mais bom, mais mau, mais grande, mais pequeno) são usadas quando estão sendo comparadas duas qualidades
de um único ser. Exemplo: Esse lugar é mais grande (do) que confortável.
Além desses detalhes, os concursos ainda costumam explorar o uso dos chamados “Superlativos absolutos sintéticos eruditos”. Os
adjetivos assim denominados apresentam a primitiva forma latina e por isso a maioria dos falantes tem dificuldades em usá-los. Abaixo,
uma lista deles:
OBS.:
1. Quando o adjetivo terminar em io, o superlativo absoluto sintético se findará em iíssimo.
Cheio – cheiíssimo, cheiinho Necessário – necessariíssimo
Feinho – feiíssimo, feiinho Precário - precariíssimo
Frio – friíssimo, friinho Sério – seriíssimo, seriinho
Ainda que escritores usem a forma com um só i (cheíssimo, cheinho, feíssimo, seríssimo etc.), a língua padrão insiste no
atendimento à manutenção dos dois ii.
Exceção: sábio → sapientíssimo
Está consagrada na linguagem jurídica a expressão “sumaríssima” apesar de a gramática prever “sumariíssima”.
2. Quando o adjetivo terminar em -z faz o superlativo em -císsimo. Há uma explicação lógica; o c latino transformou-se em z em
português; os superlativos absolutos sintéticos retomam a forma latina, daí o retorno do z ao c. É o que ocorre em: atroz, do
latim atroce = atrocíssimo / veloz, do lati veloce = velocíssimo / feliz, do latim felice = felicíssimo.
4. Quando o adjetivo terminar em som nasal, o superlativo absoluto sintético se findará em NÍSSIMO. Ex.: pagão = paganíssimo;
comum = comuníssimo; são = saníssimo.
5. Quando o adjetivo terminar em RE ou RO, o superlativo absoluto sintético se findará em ÉRRIMO. Ex.: pobre = paupérrimo;
magro = macérrimo; acre = acérrimo; negro = nigérrimo. Exceção: nobre = nobilíssimo.
EXERCÍCIOS
3. Há três capitais brasileiras insulares: Vitória, São Luís, Florianópolis. Insular significa em ilha. A relação está INADEQUADA em:
a) de água – hídrica.
b) de fogo – ígnea.
c) de lagoa – lacustre.
d) de serra – serrana.
e) de rio – pluvial.
VIII. ARTIGO
Artigo é a palavra variável em gênero e número que precede o substantivo, determinando-o de modo
preciso ou vago, indicando-lhe o gênero e o número: o livro, as fábricas, uns livros, uma fábrica.
I. ARTIGO DEFINIDO
Determina o substantivo de modo preciso. Pode ser singular (o, a) ou plural (os, as).
O menino resolveu a questão.
a) É OBRIGATÓRIO o emprego do artigo definido entre o numeral ambos e o substantivo a que se refere.
O juiz solicitou a presença de ambos os cônjuges.
b) NUNCA deve ser usado artigo depois do pronome relativo cujo (e flexões).
Este é o homem cujo amigo desapareceu.
Este é o autor cuja obra conheço.
c) NÃO se deve usar artigo antes das palavras casa (no sentido de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme), a menos que venham
especificadas.
Eles estavam em casa.
Eles estavam na casa dos amigos.
Os marinheiros permaneceram em terra.
Os marinheiros permaneceram na terra dos terroristas.
• Alguns nomes de lugar vêm antecipados de artigo (em especial, os nomes de continentes e os derivados de nome comum).
o Rio de Janeiro
os Açores
a Bahia
as Américas
f) Com nomes de pessoas, GERALMENTE NÃO se usa artigo, desde que haja intimidade.
Lígia não compareceu à cerimônia.
Capitu é personagem de um romance de Machado de Assis.
Napoleão mudou os rumos da Revolução Francesa.
A Joana, minha amiga, voltará a morar em Vitória.
g) NÃO se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona.
Vossa Excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria
Conheci Vossa Alteza no ano passado.
O que o senhor deseja?
A senhorita não vai à festa?
• No plural, todos, todas SEMPRE virão seguidos de artigo, exceto se houver palavra que o exclua, ou numeral não seguido de
substantivo.
Todas as alunas compareceram.
Todas estas alunas compareceram.
Todos cinco compareceram.
Todos os cinco alunos compareceram.
j) Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome de revistas, jornais, obras literárias.
Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
A notícia foi publicada em O Globo.
IX. NUMERAL
CONCEITUANDO
Numeral é a palavra que indica a quantidade exata de seres, ou a determinada série: um, dois, cinco, mil, primeiro, décimo.
I. CARDINAIS
Indicam quantidade em si: zero, um, dois, três, quatro, cinco
II. ORDINAIS
Indicam ordem de sucessão: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto
III. MULTIPLICATIVOS
Indicam multiplicação. dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo
IV. FRACIONÁRIOS
Indicam divisão, fração: meio, metade, terço, quarto
• Na indicação de reis, papas, séculos, partes de uma obra, usam-se os numerais ordinais até décimo. A partir daí, devem-se empregar
os cardinais.
século VII (sétimo) Henrique VIII (oitavo) século XX (vinte)
Luís XV (quinze) João Paulo II (segundo) capítulo II (segundo)
João XXIII (vinte e três) capítulo X (décimo)
OBS.:
Se o numeral anteceder o substantivo, será obrigatório o uso do ordinal: décimo quinto século, vigésimo capítulo.
Na enumeração de textos oficiais (leis, decretos, artigos, portarias, avisos etc.) empregam-se os ordinais de 1 a 9 e daí por
diante os cardinais. Ex.: decreto-lei X (dez); artigo IX (nono).
Com a preposição EM , as palavras “página”, “folha”, e “capítulo” ficarão no singular e, consequentemente, o numeral será
invariável em razão de estar subentendida a palavra número.
Ex.: na página vinte e dois, na folha trinta e um.
Já com a preposição A, tanto se podem usar os vocábulos “página”, “folha”, “capítulo” no singular ou no plural. Usando-se no
singular, a consequência é a mesma da ocorrida com a preposição EM. No entanto, com o termo no plural, o numeral o
acompanha.
Ex.: à página dois, a páginas duas, à folha vinte e um, a folhas vinte e uma.
EXERCÍCIOS
1. A preposição de combina-se com os artigos definidos: de + o = do + as = das ... Como justificar a grafia de os neste período: “Não há,
santo Deus, possibilidade de os homens se unirem?”
X. PREPOSIÇÃO
Preposição é a palavra invariável que liga duas outras palavras, estabelecendo entre elas determinadas relações de sentido e de
dependência.
Observe, por exemplo, as frases:
Os livros de Flávia estão aqui.
Note como o de relaciona Flávia e livros, indicando uma ideia de posse: os livros pertencem a Flávia.
O rapaz falava com medo.
Nessa frase, a preposição com relaciona as palavras falava e medo, estabelecendo uma ideia de modo.
Todos concordam com você.
Nesse exemplo, a preposição com estabelece apenas uma relação de dependência entre as duas palavras, ou seja, a palavra você,
através do vínculo criado pela preposição com, complementa o verbo concordar.
CLASSIFICAÇÃO DA PREPOSIÇÃO
I. ESSENCIAIS
Palavras que só funcionam como preposição: A, ANTE, APÓS, COM, CONTRA, DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR,
SEM, SOB, SOBRE, TRÁS.
II. ACIDENTAIS
Palavras de outras classes gramaticais que, em certas frases, funcionam como preposição. Por exemplo: COMO, CONFORME,
DURANTE, MEDIANTE, SEGUNDO, VISTO.
OBS.: Somente com as preposições essenciais, utilizam-se os pronomes oblíquos átonos. Ex.: Sem mim, não fariam isso.
Já com as preposições acidentais, utilizam-se os pronomes retos. Ex.: Todos foram à praia, exceto tu. / Afora eu, todos aqui passaram.
Diz-se que há combinação quando a preposição, ligando-se à outra palavra, não sofre alteração fonética. Ao (=a+o) / aonde (=a+onde).
Diz-se que há contração quando, na ligação com outra palavra, a preposição sofre alteração fonética. Donde (=de+onde) / dum (=de+um)
/ do (=de+o) / daquele (=de+aquele) / àquele (=a+aquele) / desse (=de+esse) / à (=a+a) / no (=em+o) / daí (=de+aí) / numa (=em+uma) /
pelo (=per+o) / doutra (=de+outra) / dele (=de+ele).
A gramática admite a ocorrência de duas preposições em sequência em apenas dois casos: “para com” e “até a”.
Ex.: Ela é atenciosa para com todos os clientes. / Vou até ao jardim.
LOCUÇÃO PREPOSITIVA
Às vezes, a relação entre duas palavras é estabelecida por uma expressão e não por uma única palavra. Quando isso ocorre, a
expressão é denominada locução prepositiva. As locuções prepositivas mais usadas são:
abaixo de por causa de de acordo com ao encontro de (a favor de)
atrás de ao lado de até a de encontro a (contra)
acima de defronte a perto de
As preposições, se consideradas sozinhas, isoladas de um contexto, não apresentam nenhum sentido lógico, mas, quando colocadas na
frase, podem indicar muitas relações diferentes.
Vamos ver alguns sentidos que as preposições podem assumir:
I. PREPOSIÇÃO a
Pode ser usada para indicar:
• Lugar → Os documentos foram enviados ao cartório. Domingo, iremos a Brasília.
• Modo → Ali as coisas eram ditas a meia voz.
• Distância → A cinco quilômetros daqui passa uma estrada.
• Tempo → À chegada do campeão, todos ficaram de pé.
III. PREPOSIÇÃO de
Pode ser usada para indicar:
• Lugar → O navio veio de Salvador.
• Causa → Nós já estávamos cansados de estudar.
• Tempo → De madrugada, começou o temporal.
V. PREPOSIÇÃO para
Estabelece, entre outras, relações de:
• Finalidade → A praça foi enfeitada para a festa.
• Lugar → Poucas pessoas voltaram para a vila.
XI. PRONOMES
CONCEITUANDO
É a classe de palavra que substitui ou modifica um substantivo.
Existem seis espécies de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos, indefinidos e interrogativos.
PRONOMES PESSOAIS
RETOS (sujeito ou predicativo) ÁTONOS (sem preposição) TÔNICOS (com preposição)
Eu Me Mim comigo
Tu Te Ti contigo
Ele(a) Lhe, o, a, se Ele(a) consigo
Nós Nos Nós conosco
Vós Vos Vós convosco
Eles(as) Lhes, os, as, se Eles(as), si consigo
Nas orações, os pronomes pessoais podem exercer a função de sujeito ou de complemento. Devido a essa dupla possibilidade de
função, esses pronomes subdividem-se em retos e oblíquos.
Sujeito e complemento
Sujeito é termo (palavra ou expressão) que indica o ser a respeito do qual estamos falando: é também o elemento da oração com o qual
o verbo concorda. Exemplos: O trem partiu cedo. / Os trens partiram cedo.
Complemento (definição simplificada) é o termo que, na oração, completa o sentido do verbo ou de um nome. Exemplo: O trem
transporta cereais.
Os pronomes ele(s), ela(s), nós e vós podem ser retos ou oblíquos, dependendo da função que exercem em cada oração. Exemplos:
Elas viajarão no próximo domingo. O diretor se referiu a elas.
Os pronomes oblíquos átonos nunca são precedidos de preposição (de, com, em, para, sobre etc.); os tônicos sempre apresentam
preposição. Exemplos:
O professor me entregou o livro. O professor entregou o livro para mim.
a. Eu → mim; tu → ti
Eu
e só exercem a função de sujeito (isto é, são sempre pronomes retos).
Tu
Mim
e só exercem a função de complemento(isto é, são sempre pronomes oblíquos).
Ti
Assim sendo, quando os pronomes de 1ª e 2ª pessoas do singular não exercerem a função de sujeito, as formas eu e tu devem ser
substituídas respectivamente por mim e ti. É necessário lembrar também que as formas mim e ti são tônicas, isto é, sempre precedidas
de preposição.
Levando em conta tais usos, observe o emprego das formas eu, tu, mim e ti nos seguintes exemplos:
No quadro dos pronomes pessoais, podemos verificar o seguinte a respeito dessas formas:
2º) Se não houver preposição, empregam-se as formas o(s), a(s). Exemplo: Sempre os critiquei muito. Assim sendo, frases como “Visitei
‘ele’ no domingo” são incorretas na norma culta. Corrigindo-a temos: Visitei-o no domingo.
Os pronomes o/a(s) e suas variáveis no, nas(s) / lo, la(s) são sempre objetos diretos (complemento SEM preposição).
Os pronomes lhe(s) são sempre objetos indiretos (complemento com preposição).
Exemplos: Eu o cumprimentei. → Cumprimentar alguém .
O.D V.T.D
Eu o convidei. → Convidar alguém.
O.D V.T.D
c. Uniformidade de tratamento
Para designar uma pessoa gramatical, os pronomes referentes a ela devem ser utilizados de maneira uniforme. Exemplos:
Quero falar contigo para te contar a verdade.
Tratamento tu
Quero falar com você para lhe contar a verdade.
Tratamento você
Usou o lhe por ser objeto indireto. Observe: Contou algo a alguém. Contou o quê? A verdade → O.D. Contou a quem? A você →O.I.
Atenção
Conforme relatamos os pronomes oblíquos átonos o/a(s) e suas variações são sempre objetos diretos; lhes são sempre objetos indiretos.
Os pronomes oblíquos me, nos, vos, te, se podem ser diretos ou indiretos, dependem da transitividade verbal. Veja:
d. Mandar, deixar, fazer, ver, ouvir ou sentir + infinitivo: o sujeito do infinitivo não será pronome reto, será pronome oblíquo.
I. PRONOME REFLEXIVO
a) Os pronomes oblíquos me, nos, te, vos podem ser usados para indicar que a ação praticada pelo sujeito reflete-se no próprio sujeito.
Quando isso ocorre, esses pronomes são chamados de pronomes reflexivos. Exemplo:
Assim, tu te prejudicas.
pron. reflexivo (te a ti mesmo)
b) Se, si e consigo → só funcionam como reflexivos. Reflexivo é o pronome que faz referência ao próprio sujeito. Substituíveis por: ele
mesmo e variações.
Aquele garoto se considera um gênio.
pron. reflexivo (se a si mesmo)
Em geral, a criança quer tudo para si.
pron. reflexivo (si para ela mesma)
Como os três pronomes acima são sempre reflexivos, a norma culta considera incorretas frases como:
Eu gostaria de ir consigo.
erro
Eu gostaria de ir com você. (tratando a pessoa por você) ou;
Eu gostaria de ir contigo. (tratando a pessoa por tu).
e. Com nós e com vós: quando seguidos de aposto ou palavra de reforço (outros, todos, mesmos, próprios, dois, três,
pronome relativo)
Irá conosco. Ele brigou com nós que fugimos.
Irá com nós todos. Irei com vós mesmos.
Briga com nós, seus bons amigos. Irá com nós dois.
→Vossa ou Sua (abreviatura: S.): Vossa – com quem se fala; Sua – de quem se fala.
Senhor Ministro, Vossa Excelência decidiu corretamente. / Meus amigos, Sua Excelência não virá à nossa reunião.
→Pronome de tratamento não admite artigo (e, consequentemente, crase), exceto Senhora e Senhorita.
Encaminho a carta a Vossa Senhoria. / Encaminho a carta à Senhora Diana.
→Pronome de tratamento exige verbo e pronomes na 3ª pessoa, bem como adjetivo e o particípio concordando com o sexo da pessoa.
Comunico a V. Ex.ª que vossa determinação foi cumprida. ( sua)
Sr. Ministro, V. Ex.ª está apreensivo?
Vossa Excelência sabe que seus eleitores o apoiarão. (3ª pessoa)
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
→ Isto, isso, aquilo, este, esse, aquele, o (= aquilo, aquele), a (= aquela), mesmo, próprio, semelhante e tal (e respectivas
variações).
Aquilo me feriu. / Sei o (= aquilo) que me feriu. / Em tal caso, reaja. / Os alunos mesmos fizeram o texto. / Ninguém aceitará
semelhante (= tal) proposta.
Este(s) / esta(s) / isto → indicam o que está próximo de quem fala/escreve. Ex.: Esta tatuagem que tenho no pé é recordação da
juventude.
Esse(s) / essa(s) / isso → indicam o que está próximo de quem ouve / lê. Ex.: Por favor, deixe-me olhar essa revista que está com você?
Aquele(s) / Aquela(s) / aquilo → indicam o que está longe de quem fala / escreve e de quem ouve / lê. Ex.: Aqui do avião, aquele rio lá
embaixo parece uma cicatriz na selva.
Tempo
Este(s) / esta(s) / isto → indicam tempo presente, atual (em relação ao momento da fala). Ex.: É ótima esta fase por que passo agora.
Esse(s) / essa(s) / isso → marcam um tempo anterior próximo ou posterior próximo. Ex.: Ontem falei com ela, essa foi a nossa última
conversa. / A meteorologia prevê que esse fim de semana terá tempo bom.
Aquele(s) / Aquela(s) / aquilo → indicam tempo distante, bem anterior ou posterior ao momento da fala. Ex: Mudei-me para cá ainda
jovem. Naquela época, aqui só havia mato.
Contexto
Este(s) / esta(s) / isto → referem-se a algo que será dito/escrito. Ex.: Esta sempre foi a sua motivação na vida: trabalhar muito.
Esse(s) / essa(s) / isso → referem-se a algo que já foi dito/escrito. Ex.: Trabalhar muito: essa foi a sua motivação na vida.
Aquele(s) / Aquela(s) / aquilo → indicam um elemento referido anteriormente a outro. Ex.: Marcos e Carla são irmãos. Esta é médica,
aquele é dentista.
OBS.: Havendo apenas dois seres, aquele(a)(s) se referirá ao mais longínquo e este (a)(s), ao mais próximo.
Havendo três termos já citados, usam-se os pronomes aquele(a)(s) referentes ao primeiro; esse(s) / essa(s) / isso, ao segundo; este(s) /
esta(s) / isto, ao último. Ex.: Marcos, Carla e Ana são irmãos. Esta é farmacêutica, essa é médica e aquele é dentista.
PRONOMES RELATIVOS
→ O(a) qual, os(as) quais, que, quem, onde, como, cujo e quanto.
Leia com atenção as orações abaixo:
Nós compraremos o carro. / Seu pai está vendendo o carro.
VARIÁVEIS
O QUAL / A QUAL (Variação de gênero e número)
CUJO / CUJA (Relação possessiva)
QUANTO/ QUANTA (Precedido de tudo ou tanto)
Os pronomes relativos são matéria de questão de todos os concursos públicos no Brasil. Poderíamos até arriscar que é o mais atuante
conteúdo de concursos.
Pois bem, o pronome relativo possibilita inúmeras semânticas e consequentes questões interpretativas.
Comecemos pelo pronome QUE.
AMBIGUIDADE
Questão – Dentre os períodos apresentados nas questões abaixo, apenas um reproduz vínculo possessivo entre as orações. Assinale-a.
a) A minha amiga é mais bela que a sua.
b) Esta é a pessoa com a qual nos relacionamos muito bem.
c) O professor, por cujos ideais lutei, sucumbiu ao intento do inimigo.
d) Esta é a mulher a quem dei o meu amor.
Resposta – Há que se observar que a pergunta está trabalhando com uma ideia possessiva entre orações.
EXERCÍCIOS
1. Preencha as lacunas com um dos pronomes entre parênteses:
a) Três pessoas ficaram entre ela e _______________. (eu – mim)
b) Nunca houve desavenças entre ___________ e Cristina. (eu – mim)
c) Para __________ passar, tive que estudar muito. (eu – mim)
d) Para __________, voltar para lá será impossível. (eu – mim)
e) Não quero briga entre a professora e __________. (tu – ti)
f) Paulo, tu deves ir ao encontro de __________ destino. (teu – seu)
g) Vossa Senhoria conta somente com a __________ sorte? (sua – vossa)
h) Paulo, empreste-me __________ livros que você tem nas mãos. (esses – estes)
i) __________ que está na minha mão é um livro. (Isso – Isto)
j) “É mentira”: foi __________ que ele disse. (isso –isto)
k) Foi __________ que ele disse: “É mentira”. (isso –isto)
l) Posso deixar __________ este embrulho? (consigo– com você)
m) Marido e mulher tinham sérias desavenças entre__________. (eles – si)
n) Resolveu retornar __________ mesmos. (conosco– com nós)
o) Você trouxe __________ as apostilas? (com você– consigo)
p) Não __________ cumprimentei ainda? (lhe – o)
q) Tu trouxeste __________ as pastas? (contigo – com você)
r) E difícil para __________ estudar a língua portuguesa. (eu – mim)
s) A placa continha __________ dizeres: “Não ultrapasse”. (esses – estes)
3. A opção em que o pronome oblíquo não está empregado de acordo com a norma culta é:
a) Entre eu e ela há um bom relacionamento, porque temos um nível mental idêntico.
b) É difícil para mim falar a língua portuguesa.
c) Para medir nosso nível mental, eles fizeram uma experiência com nós que estudávamos psicologia.
d) Não queremos conhecer nosso nível mental, portanto não queira fazer experiências conosco.
e) Não te ofendas se te perguntarem sobre o teu nível mental.
4. “Passa-me __________ livro que tens aí na mão para __________ consultar o índice.”
a) este – eu
b) esse – eu
c) esse – mim
d) este – mim
e) aquele – mim
5.“Meu amigo, decidiram que era para __________ resolver as questões do passaporte antes de __________ para conversar
__________ sobre a viagem.”
a) mim – encontrar-te – contigo
b) eu – encontrar-te – com você
c) mim – encontrá-lo – contigo
d) eu – encontrá-lo – com você
e) mim – encontrá-lo – consigo
6. “V. Sas. _______________ ter certeza de que __________ aviso será transmitido aos que ________devem obediência.”
a) podeis – vosso – vos
b) podem – vosso – lhes
c) podem – seu – vos
d) podem – seu – lhes
e) podeis – vosso – lhes
XII. ADVÉRBIO
Advérbio é uma palavra que tem por função modificar o sentido de verbos, adjetivos, outros advérbios. Exemplos:
O navio não chegou hoje.
Não e hoje são advérbios pois estão modificando um pouco o sentido do verbo “chegar”, acrescentando a esse verbo, respectivamente,
as ideias de “negação” e “tempo”.
A criança estava bastante triste.
bastante é advérbio pois está modificando o sentido do adjetivo “triste”, intensificando-o.
O avião chegou muito cedo.
cedo é advérbio, pois modifica o verbo “chegar”. muito é advérbio pois modifica o advérbio “cedo” .
EXERCÍCIOS
1. Complete com A (para Advérbios) ou I (para Pronomes Indefinidos).
1. [ ] Apresentávamos mais segurança que eles.
2. [ ] Éramos mais seguros que eles.
3. [ ] Temos colegas mais inteligentes que vocês.
4. [ ] Temos mais inteligência que você.
XIV. INTERJEIÇÃO
Interjeição é palavra invariável usada para exprimir emoções e sentimentos. Portanto, de todas as classes de palavras, é a que mais
depende de entonação e contexto.
IMPORTANTE:
Em alguns casos, são usados grupos de palavras com valor de uma interjeição: são as locuções interjetivas, como: Puxa vida! Não diga!
Graças a Deus! Que horror! etc.
Como uma mesma interjeição pode expressar várias emoções, qualquer lista que se faça está sujeita a falhas. Entretanto, para termos
uma visão global, eis aqui uma relação das principais interjeições (e locuções interjetivas) e dos estados emocionais correspondentes:
Advertência → Cuidado! Calma! Atenção!
Afugentamento → Fora! Rua! Passa! Xô!
Alegria → Ah! Oba! Oh!
Animação → Avante! Eia! Vamos!
Aplauso → Bravo! Bis! Mais um!
Chamamento → Oi! Ô! Olá! Alô! Psit!
Desejo → Quem me dera! Se Deus quiser! Oxalá! Tomara!
Dor → Ui! Ai!
Espanto → Puxa! Oh! Xi! Uai! Ué!
Silêncio → Silêncio! Psiu! Quieto!
Terror, medo ou aversão → Cruz-credo! Valha-me Deus!
As interjeições são consideradas palavras-frase, não fazendo parte das estruturas oracionais sintaticamente analisáveis.
2. FORMAS NOMINAIS
2.1 – Infinitivo
Caracteriza-se pela terminação R (falar, viver)
2.2 – Gerúndio
Terminação –ndo (falando, vivendo)
2.3 – Particípio
Essa forma possui duas terminações: → ADO: na 1ª conjugação (falado)
→ IDO: na 2ª e 3ª conjugações (vendido, partido)
4. CLASSIFICAÇÃO DO VERBO
4.1 – REGULAR
Não muda o radical (infinitivo – ar, er ou ir). Ex.: cantar, vender, partir.
4.2 – IRREGULAR
Muda o radical. Ex.: fazer (fiz, farei).
4.3 – ANÔMALO
Tem vários radicais. Existem apenas dois verbos anômalos: SER e IR.
4.4 – DEFECTIVO
Tem conjugação incompleta. Ex.: chover, abolir.
4.5 –ABUNDANTE
São os verbos que apresentam mais de uma forma com mesmo valor: havemos ou hemos; entregado ou entregue.
A abundância dos verbos é notada com maior frequência no particípio. Alguns verbos apresentam, além do particípio regular (terminação
-ado, -ido), outra forma irregular (aceitado/aceito).
Obs.: Os verbos ganhar gastar e pagar são considerados abundantes (ganhado/ganho; gastado/gasto; pagado/pago). Na atualidade, há a
preferência de usá-los somente nas formas irregulares (ganho, gasto, pago).
Exemplos:
Ele tem ganho / ganhado pouco dinheiro. (Voz ativa)
O dinheiro foi ganho com muito suor. (Voz passiva)
O vigário teria benzido a vela...
A vela será benta?
Talvez os piratas houvessem submergido o barco.
O barco já fora submerso pelos piratas quanto lá chegamos. Havia imprimido a capa.
A capa está impressa.
Exclusivamente irregulares: aberto, coberto, dito, escrito, feito, pago, posto, visto e vindo (e respectivos derivados).
ATENÇÃO! Para flexionar um verbo derivado, conjugue o verbo primitivo do qual ele provém e posteriormente anexe o prefixo.
O governo interviu ou interveio na empresa?
intervir → derivado de VIR → Eu vim, tu vieste, ele veio. Portanto → interveio.
PÔR
Presente do indicativo: eu ponho.
Presente do subjuntivo: eu ponha.
Pretérito perfeito do indicativo: eu pus / tu puseste – ste => puse
Pretérito mais-que-perfeito: pusera
Pretérito imperfeito do subjuntivo: pusesse
Futuro do subjuntivo: Puser
Infinitivo: Pôr
Futuro do presente: Porei
Futuro do pretérito: Poria
VER
Presente do indicativo: eu vejo.
Presente do subjuntivo: eu veja
Pretérito perfeito do indicativo: eu vi, tu viste – ste => vi
Pretérito mais-que-perfeito: vira
Pretérito imperfeito do subjuntivo: visse
Futuro do subjuntivo: Vir
Infinitivo: Ver
Futuro do presente: Verei
Futuro do pretérito: Veria
VIR
Presente do indicativo: eu venho.
Presente do subjuntivo: eu venha
Pretérito perfeito do indicativo: eu vim, tu vieste – ste => vie
Pretérito mais-que-perfeito: viera
Pretérito imperfeito do subjuntivo: viesse
Futuro do subjuntivo: Vier
Infinitivo: Vir
Futuro do presente: Virei
Futuro do pretérito: Viria
– EAR → I DEPOIS DO E NAS FORMAS RIZOTÔNICAS (eu, tu, ele, eles) nos presentes do indicativo e do subjuntivo
passeio, passeias, passeia, passeamos, passeais, passeiam
passeie, passeies, passeie, passeemos, passeeis, passeiem.
NOTA : Assim se conjugam todos os verbos terminados em EAR: frear, cear, pentear, recear, hastear, atear etc.
9. MODELOS
Observações:
a) O verbo ferir e os que seguem o seu modelo mudam o E do infinitivo para I na primeira pessoa do singular do presente do
indicativo e em todas as do presente do subjuntivo.
Ex.: Eu firo, adiro, divirjo etc... / Eu fira, adira, divirja etc...
b) Os verbos terminados em UAR são verbos regulares de 1ª conjugação. Como aguar, por exemplo, conjugam-se averiguar,
apaziguar, enxaguar, obliquar etc.
De acordo com o novo acordo ortográfico, não há mais trema nem o acento agudo nos grupos que, qui, gue, gui. As formas rizotônicas
eu, tu, ele, eles (presente do indicativo e do subjuntivo) admitem duas pronúncias:
• Com o u tônico (sem acento)
• Com o u átono
AGUAR
PRESENTE DO INDICATIVO Ele água (ou agua)
Eu águo (ou eu aguo) Nós aguamos
Tu águas (ou aguas) Vós aguais
Logo, podemos falar ou escrever eu averíguo ou averiguo. / Eu apazíguo ou apaziguo. / Eu enxáguo ou eu enxaguo.
ii) Sem as formas rizotônicas (eu, tu, ele, eles) no presente do indicativo e sem presente do subjuntivo: adequar, falir, remir e ressarcir.
Empresas falem. ☺ vão à falência
Espero que ele nos ressarça. ☺ indenize
Eu não me adéquo a certas situações. ☺ adapto
Requerer → presente do indicativo → requeiro... / pretérito perfeito → requeri... / pretérito imperfeito do subjuntivo → requeresse.../
futuro do subjuntivo → quando eu requerer...
v) Polir → o vira u nas formas rizotônicas do presente do indicativo e em todo o presente do subjuntivo. (eu, tu, ele, eles)
☺ Ele pule o carro todos os dias. / Tu pules o carro. / Eles pulem o carro.
Mas → nós polimos o carro. / vós polis o carro.
vi) Computar → não tem eu, tu, ele e eles no presente do indicativo nem todo o presente do subjuntivo.
Faça tudo antes que eles computem os prejuízos. ☺ calculem
vii) Reaver → segue haver, mas só existe onde haver tem a letra v. Será defectivo nas pessoas em que não houver v.
☺ Eu ainda não reouve* tudo.
Ele sempre reavê o que perde. ☺ recupera
* Não existe a forma reavi, pois reaver não segue ver.
viii) Precaver-se → Não possui formas rizotônicas e derivadas, que devem ser completadas por um dos sinônimos (acautelar-se,
prevenir-se). Embora incompleto, o verbo precaver-se é regular nas formas que possui, seguindo o modelo vender. Será oportuno lembrar
que precaver-se não é derivado nem de ver, nem de vir, sendo errôneas formas como precavejo, precavê, precaveja, precavenho,
precavenha, etc.
Ex.: presente do indicativo: nós nos precavemos, vós vos precaveis.
2. Se na voz ativa há uma locução verbal, na passagem para a voz passiva será acrescentado SER, SENDO ou SIDO, fazendo-se
devida concordância.
Joana acaba de interromper o meu raciocínio.
O meu raciocínio acaba de ser interrompido por Joana.
Joana estava escutando o programa.
O programa estava escutado sendo por Joana.
3. Lembre-se de que os verbos transitivos diretos possuem voz passiva, porque só eles têm objeto direto. É impossível passar verbo de
ligação, intransitivo, transitivo indireto para a voz passiva.
* Segundo alguns gramáticos, a voz passiva é permitida com os verbos (obedecer e desobedecer) que são transitivos indiretos. Ex.: O
sinal não foi obedecido pelo motorista.
5. Se não for conhecido o agente da passiva, na conversão para a voz ativa haverá indeterminação do sujeito. Veja:
A casa foi demolida. (voz passiva analítica)
Demoliram a casa. (voz ativa)
Observe que a forma ficarei estabelece correlação com outra forma do verbo voltar:
Se elas voltarem, eu ficarei feliz.
↑correlação adequada↑
EXERCÍCIOS
ORAÇÃO
É o enunciado construído em torno de um verbo ou de uma locução verbal. Exemplo: As chuvas destruíram a plantação.
Sujeito predicado
LEMBRETE:
O elemento básico da oração é um verbo (ou locução verbal): não existe oração sem verbo. É importante perceber que a oração não
precisa ter sentido completo.
Em “O importante é que nossa emoção sobreviva”, temos duas orações:
1º) “O importante é”
2º) “que a nossa emoção sobreviva.”
Os enunciados acima são orações (porque possuem verbo), ainda que nenhum deles, quando isolado, possua sentido completo.
Portanto, tomadas isoladamente essas duas orações não constituem frases, já o conjunto formado por elas constitui uma frase, por ter
sentido completo.
PERÍODO
Conjunto de sentido completo, que englobe uma ou mais orações. Pode terminar por um ponto, um ponto de exclamação, um ponto de
interrogação ou reticências. O período pode ser:
a) Simples → quando formado por uma só oração. Nevou no sul. / Estou fazendo o trabalho.
b) Composto → quando formado por mais de uma oração. Todos saíram / quando deu o primeiro sinal. (1ª oração / 2ª oração)
SÍNTESE
O que caracteriza a oração é a presença de um verbo (ou de uma locução verbal). A frase é um enunciado com sentido completo,
independentemente da presença de um verbo. Portanto:
• nem toda frase é uma oração. (há frase sem verbo)
• nem toda oração é uma frase. (há oração sem sentido completo)
TERMOS DA ORAÇÃO
a) Essenciais → são as vigas-mestras da estrutura oracional.
c) Acessórios → anexam dados secundários aos verbos e aos “nomes”( substantivos e adjetivos).
1. SIMPLES
É quando apresenta um único núcleo.
O dia está quente. / Lutar é preciso.
Os meus inimigos não me derrotarão. / Alguém pegou a minha apostila.
2. COMPOSTO
É quando apresenta mais de um núcleo.
As ruas e as praças estão vazias. / A inveja e a cobiça são próprias do ser humano.
OBS.: Quando o sujeito é expresso por mais de uma palavra, haverá sempre uma de maior importância semântica, em torno da qual
giram outras que com ela concordam ou a ela estão subordinadas. A essa palavra damos o nome de núcleo.
Sujeito
O mato crescia irregular.
Núcleo predicado
LEMBRETE:
Não é apenas o sujeito que apresenta núcleo. As demais funções sintáticas também apresentam núcleo, que será a palavra central da
função, em torno da qual poderá haver outras. Daí podermos falar em núcleo do predicado, núcleo do objeto, núcleo do complemento
nominal, núcleo do predicativo etc...
3. OCULTO OU ELÍPTICO
É o sujeito que pode ser facilmente identificado pela desinência verbal ou pelo contexto em que aparece.
Fizemos uma reflexão sobre o problema. (= nós)
Os convidados chegaram e saíram. (= os convidados) sujeito do verbo sair.
4. INDETERMINADO
É quando a informação contida no predicado refere-se a um elemento que não se pode (ou não se quer) determinar.
Falaram muito mal de você na reunião. (? Sujeito)
predicado
Acredita-se na existência de fenômenos sobrenaturais. (? Sujeito)
predicado
LEMBRETES:
A palavra se pode desempenhar várias funções na oração. É fundamental perceber que, quando ocorre a partícula apassivadora se, não
temos caso de sujeito indeterminado, e sim de sujeito expresso com o verbo na voz passiva. Para reconhecer quando a partícula se é
apassivadora, basta verificar se ocorrem duas condições:
• verbo transitivo direto + Se
• possibilidade de transformação da oração para a voz passiva analítica.
Analisou-se o processo. O processo foi analisado. / Analisou = verbo transitivo direto
se = partícula apassivadora / O processo = sujeito
Discutem-se os problemas. Os problemas são discutidos. / Discutem = verbo transitivo direto.
se = partícula apassivadora / O problema = sujeito
II. Verbo Haver → no sentido de existir, realizar-se, acontecer e na indicação de tempo passado. Exemplos: Houve vários
acidentes aéreos neste ano. / Há meses que não o vejo.
Sabe-se que o sujeito faz o verbo concordar com ele. Observe, no exemplo, que houve não concorda com acidentes aéreos, porque esse
termo não é sujeito. O sujeito é inexistente, por isso que o verbo haver fica na 3ª pessoa do singular.
No exemplo anterior, a expressão acidentes aéreos exerce a função sintática de objeto direto, termo que será relembrado brevemente.
LEMBRETES:
a) O verbo haver, usado no sentido existir, deve ficar no singular porque não tem sujeito. No entanto, se você usar o próprio verbo
existir a oração terá sujeito e o verbo concordará com ele.
Exemplo: Haverá manifestações no centro. (sujeito inexistente)
Mas: Existirão manifestações no centro. (manifestações = sujeito).
b) Nas locuções verbais, o verbo haver, quando usado impessoalmente (sem sujeito), transfere a impessoalidade para o verbo
auxiliar. Exemplo:
Vai haver manifestações. / Deve haver manifestações.
Mas: Devem existir manifestações.
c) usado com sentido diferente dos citados (existir, realizar-se, acontecer e na indicação de tempo passado), o verbo haver possui
sujeito, com o qual concorda. Exemplo:
Os jogadores houveram-se bem no jogo. (= portaram-se)
III. Fazer (quando usado na indicação de tempo decorrido) → caso forme locução verbal, ele transfere a impessoalidade para o
verbo auxiliar. Exemplo:
Já fazia dois meses que eu não o via. (oração sem sujeito)
Já devia fazer dois meses que eu não o via. (oração sem sujeito)
IV. Verbo estar e ser na indicação de tempo. Exemplo: Ontem estava quente. / Era tarde lá fora.
V. Verbo ser na indicação de horas, datas e distâncias, o verbo ser é impessoal (sem sujeito) → apesar disso, ele concorda com o
número que indica a hora, a data ou a distância.
Exemplo: Daqui ao Rio são quinhentos quilômetros. / São quinze horas. / Hoje são 15 de agosto.
VI. Verbo ser na expressão narrativa. Exemplo: Era uma vez...
VII. Verbos bastar, chegar, passar em construções como as seguintes, em que aparecem seguidos da preposição de.
EXERCÍCIOS
2. Reescreva cada uma das orações seguintes, passando para o plural o termo destacado e fazendo as demais modificações
necessárias:
a. Adotou-se uma medida de emergência para com-
bater a meningite. g. Faz um mês que ele partiu.
_____________________________________________ _____________________________________________
_____________________________________________ _____________________________________________
b. Não se dispõe de meio eficiente para combater a h. Havia meio mais eficaz para ensinar.
doença. _____________________________________________
_____________________________________________ _____________________________________________
_____________________________________________
i. Devia existir meio mais eficaz para ensinar.
c. Não se obedece à lei no Brasil. _____________________________________________
_____________________________________________ _____________________________________________
_____________________________________________
j. Deve fazer um ano que não pratico esporte.
d. Localizou-se o foco do problema. _____________________________________________
_____________________________________________ _____________________________________________
_____________________________________________
k. Há de existir pessoa mais competente para o cargo.
e. Ocorreu uma ideia brilhante. _____________________________________________
_____________________________________________ _____________________________________________
_____________________________________________
l. Deve haver meio mais eficaz.
f. Faltou um aluno hoje. _____________________________________________
_____________________________________________ _____________________________________________
_____________________________________________
* É importante notar que a classificação de um verbo quanto à predicação depende do contexto e do sentido que o verbo
apresenta na oração. Veja:
Estamos satisfeitos. (VL) / Estamos na sala. (VI) / O professor virou uma fera. (VL)
O aluno virou a mesa. (VTD) / Como fruta diariamente. (VTD) / Como pouco. (VI)
* Os pronomes oblíquos o, a, os , as e suas variações (no, nos, na, nas, lo, la, los, las) funcionam sempre como objetos diretos.
* O pronome lhe(s) sempre funcionam como objeto indireto.
* Os pronomes me, te, se, nos, vos podem exercer a função de objeto direto ou indireto, dependendo da transitividade do verbo.
Exemplos:
Amo a minha profissão. / Amo-a. (O.D.) / Cumprimentei as alunas. / Cumprimentei-as. (O.D.)
Obedeço aos deveres do cidadão. / Obedeço-lhes. (O.I.) / Convidou-me para a festa. (O.D.)
Tu não me obedeces. (O.I.) / Admiro-te. (O.D.) / Contaram-te a verdade. (O.I.)
2. Assinale a alternativa que NÃO pode ser usada para completar a frase abaixo: O governo não respeita.
a) nos d) lhe
b) te e) me
c) os
PREDICADO
Predicado é aquilo o que se informa a respeito do sujeito, quando ele existe. A seguir, estão os tipos de predicado:
1. VERBAL
É aquele cujo núcleo é o próprio verbo - transitivo ou intransitivo. Indica AÇÃO:
VI VTD
O homem aprende diariamente. Encontrei a solução.
Sujeito predicado verbal predicado verbal
VTI VTDI
Pense mais em você. Ofereci ajuda ao aluno.
predicado verbal predicado verbal
2. NOMINAL
É aquele constituído de verbo de ligação + predicativo do sujeito. Indica ESTADO ou QUALIDADE.
• Verbos de Ligação → ser, estar, ficar, andar, parecer, permanecer, tornar-se, continuar, virar (=transformar-se).
• Predicativo do Sujeito → termo da oração que se relaciona ao sujeito da oração atribuindo uma qualidade, estado ou
característica.
LEMBRETE:
Lembre-se de que a predicação não é fixa. Alguns dos verbos apresentados como de ligação podem vir a ser classificados como
intransitivos ou transitivos. Tudo dependerá do contexto.
Compare:
LEMBRETES:
• O predicativo do objeto refere-se “quase sempre” ao objeto direto. O último caso apresentado (predicativo do objeto indireto -
com o verbo chamar) é uma exceção.
• O predicativo do sujeito pode aparecer repetido, representado por um pronome demonstrativo. Neste caso, será denominado de
predicativo do sujeito pleonástico.
Exemplo: Inteligente, nunca o fui.
I.g) Quando o objeto direto é um pronome pessoal do caso oblíquo ou do caso reto
Vi a ti e tu não viste a mim. / Nem ele entende a nós, nem nós a ele.
Um objeto direto pode vir repetido, por necessidade de ênfase. Essa reiteração recebe o nome de “pleonasmo”, e pode ocorrer com
outras funções sintáticas. Exemplos de objetos diretos pleonásticos:
Aos ministros, todos os adoram. As lembranças, guardo-as aqui.
O.D. O.D. Pleonástico O.D. O.D. Pleonástico
2. OBJETO INDIRETO
Objeto indireto é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo indireto, sempre e obrigatoriamente com auxílio de
uma preposição.
Gosto de música. Eu me referi a seu irmão. Não confiamos em horóscopo.
V.T.I. O.I. V.T.I. O.I. V.T.I. O.I.
Vi o acidente. → Vi-o.
V.T.I. O.D. O.D.
II.a) Variações de o, a
3. Os outros pronomes oblíquos (me, te, se, nos, vos) podem ser objeto direto ou objeto indireto, dependendo do verbo ao qual
estão relacionados.
Para perceber com mais facilidade se, em determinada oração, um desses pronomes é objeto direto ou indireto, substitua o pronome por
um substantivo masculino (carro, João, lápis, livro, etc...). Se antes do substantivo não houver preposição, o pronome oblíquo estará
funcionando como objeto direto, se antes do substantivo houver preposição, então o pronome será objeto indireto. Exemplos:
3. AGENTE DA PASSIVA
Conforme aprendemos em vozes verbais, o agente da passiva é um termo que só existe em frases que se encontram na voz passiva, ou
seja, quando o sujeito sofre/recebe a ação verbal. Em geral, apresenta as preposições por/pelo e mais raramente de. O agente da
passiva é sempre o sujeito da voz ativa. Veja:
O armazém foi destruído pelo incêndio.
Agente da passiva
4. COMPLEMENTO NOMINAL
É o termo que completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) sempre regido por preposição. Veja:
O complemento nominal pode ainda ser representado por um pronome pessoal oblíquo. Neste caso, a preposição está implícita no
pronome. Veja:
Aquele remédio nos era prejudicial. = Aquele remédio era prejudicial a nós.
C.N. adjetivo C.N.
O complemento nominal tem algumas características que o torna inconfundível.
2º) A palavra que o exige JAMAIS é o verbo → nisso está, aliás, o que distingue o complemento nominal do objeto indireto. Objeto
indireto é complemento de verbo, complemento nominal é complemento de nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).
Temos crença em dias melhores. Confio em você.
Subst. C.N. V.T.I. O.I.
Creio em dias melhores. Tenho confiança em você.
V.T.I. O.I. Subst. C.N.
EXERCÍCIOS
1. Classifique os objetos em negrito, seguindo o código: [ 1 ] objeto direto [ 2 ] objeto indireto
a) Os nativos me [ ] estimavam. j) Não vos [ ] aconteceu nada?
b) Os nativos me [ ] perdoaram. k) Há muito tempo não o [ ] via.
c) Ela te [ ] ama. l) Ousa desobedecer-lhes [ ].
d) Ela te [ ] confessará os pecados. m) Caracteriza-te [ ] a lealdade.
e) Os namorados se [ ] beijavam. n) Estas malas pertencem-nos [ ].
f) Beatriz se [ ] dá muita importância. o) Não te [ ] convém esta proposta?
g) Deus nos [ ] livre de todo o mal. p) Você já me [ ] agradeceu?
h) Ainda não nos [ ] pagaram. q) Imploravam-nos [ ] perdão.
i) Convido-vos [ ] para a festa.
2. Passe a frase completa da voz ativa para a forma passiva analítica e destaque o agente da passiva.
a) Eu te adoro. ___________________________________________
b) Quem vos viu. ___________________________________________
c) Eu a amara. ___________________________________________
d) O juiz estava analisando o processo.___________________________________________
b) Por um adjetivo
O aluno aplicado passa no concurso.
e) Por uma locução adjetiva (preposição + substantivo), indicando posse, origem, matéria, semelhança, qualidade.
O carro de Paulo foi encontrado. (= posse) Ele tem cara de porco. (= semelhança)
Ganhou um anel de brilhante. (= matéria) É um rapaz sem educação. (= qualidade)
A água da fonte é saudável. (= origem)
NOTA IMPORTANTE:
Os pronomes oblíquos me, te, lhe (s), nos e vos, quando na função de possessivos, são classificados como adjuntos adnominais.
Pisou-me o pé. (me = meu) / Quebrei-lhe a cara. (lhe = sua) / Tirou-nos a alegria. (nos = nossa)
2. ADJUNTO ADVERBIAL
É o termo da oração que indica circunstância. O adjunto adverbial pode se referir ao verbo, ao adjetivo ou ao próprio advérbio.
Os principais adjuntos adverbiais expressam circunstâncias de:
LUGAR
Onde moras? / Moro em Vitória. / Irei ao banco.
NEGAÇÃO
Eles não apoiarão seu projeto.
ASSUNTO
Discutíamos sobre globalização. / Os mutuários falavam a respeito do aumento injusto.
MODO
Ele examinou com cuidado a questão. / Saí apressadamente. / Saí de mansinho.
CAUSA
Tremia de frio. / Choras de fome?
DÚVIDA
Talvez viajaremos! / Quiçá chova!
CONCESSÃO
Apesar da chuva, sairemos.
INTENSIDADE
Você fala muito. / Saio pouco. / Elas são bastante questionadoras.
COMPANHIA
Dancei com Layla. / Você vagará conosco?
CONFORMIDADE
Tudo saiu conforme o combinado.
MATÉRIA
A casa é feita de cimento.
CONDIÇÃO
Só sairão com a minha licença.
MEIO
Viajei de trem.
FIM
Preparou-se para a festa.
PREÇO
O livro custou vinte reais.
TEMPO
Sempre vou ao cinema. / Durante as férias, viajei. / Ontem choveu.
INSTRUMENTO
Cortei o dedo com a faca. / Feriu-se com o estilete.
3. PREDICATIVO
Termo que, através de um verbo de ligação, relaciona-se ao sujeito ou ao objeto da oração, atribuindo- lhes uma qualidade ou estado.
Exemplo:
A viagem foi monótona.
Sujeito V.L. pred. do suj.
É conveniente notar o seguinte em relação ao predicativo:
3. Cuidado para não confundir o adjunto adnominal com o predicativo. Se isso ocorrer, use o seguinte critério:
• Se o termo exprimir característica nova, casual do nome, ele será predicativo.
• Se o termo exprimir característica constante do nome, ele será adjunto adnominal. Compare:
4. APOSTO
É a expressão que, referindo-se a outra, explica-a ou resume-a. Há diversos tipos de aposto:
I. APOSTO EXPLICATIVO
Jânio Quadros, Presidente da República, escreveu um livro de Português. (aposto do sujeito) Muito devemos a Gutenberg, o inventor da
imprensa. (aposto do objeto indireto)
OBS.:
1. A vírgula é o sinal de pontuação mais comum que separa o aposto do termo a que se refere: Iracema, a virgem dos lábios de
mel, tinha cabelos longos.
Mas também podem separar o aposto...
• o travessão: Uma palavra – dinheiro – fazia Patinhas cantar.
• os parênteses: Duas de minhas alunas (Gabriela e Viviane) visitaram, ontem, o Passeio Público.
• e os dois pontos: Comprou -lhe dois preciosos presentes: um elástico e uma bala de banana.
5. VOCATIVO
O vocativo é um termo isolado dentro da oração. Não faz parte do sujeito nem do predicado. E, por ser um termo isolado, o vocativo não
é classificado como termo essencial, integrante ou acessório.
Sua função é chamar ou interpelar o ouvinte. Deve ser sempre separado por vírgula(s) e pode vir antecedido da interjeição Ó.
Ó meu Deus, dai - me forças!
vocativo
“Pai, afasta de mim este cálice.”(Chico Buarque)
vocativo
“Gosto muito de você, leãozinho.” (Caetano Veloso)
vocativo
Alunos, dirijam - se à secretaria.
vocativo
EXERCÍCIOS
1. Classifique sintaticamente os termos em negrito e explique a diferença de sentido entre eles em cada módulo.
PERÍODO COMPOSTO
Como vimos, período é a frase organizada em uma ou mais orações. Dependendo do número de orações que o compõe, o período pode
ser simples ou composto.
• Simples → é o período de uma só oração, organizado em torno de um verbo ou de uma locução verbal. A
oração que forma um período simples recebe o nome de oração absoluta. “Minha vida era um palco iluminado,”
Amanhã poderá chover.
• Composto → é aquele formado por mais de uma oração. Exemplo: Quem semeia ventos colhe tempestade.
1ª = Quem semeia ventos
2ª = Colhe tempestade.
O período composto pode ser estruturado de dois modos, conforme a natureza das orações que o compõe: a) apenas com orações
independentes; b) com oração principal e oração (ões) subordinada(s). Daí a classificação de período composto.
b) por subordinação: (formado de oração principal mais oração(ões) dependente(s) Ela disse / que me amava.
Fique claro também que pode haver período misto, composto por coordenação e subordinação: Ela veio aqui e trouxe o livro que pedi.
Ela veio → oração coordenada assindética
E trouxe o livro → oração coordenada sindética aditiva
Que pedi → oração subordinada adjetiva restritiva.
OBS.: Observe que a segunda oração tem dupla função: é coordenada em relação a primeira e, ao mesmo tempo, principal da terceira.
b) ADVERSATIVAS → quando ligam orações que estabelecem oposição, contraste, compensação, ressalva. Eis as principais:
MAS ENTRETANTO PORÉM NO ENTANTO
SENÃO TODAVIA CONTUDO NÃO OBSTANTE
Exemplos:
Dobramos, / CONTUDO não quebramos.
Não aprendemos para a escola, / SENÃO para a vida.
c) ALTERNATIVAS → quando ligam orações que estabelecem exclusão, alternância. Eis as principais:
OU OU...OU QUER ...QUER
ORA ....ORA JÁ....JÁ SEJA...SEJA.
Exemplos:
Vençamos / OU percamos com honra. ORA ri/, ORA chora.
NEM saiu /, NEM entrou.
d) EXPLICATIVAS → quando começam orações que explicam a razão de ser do que se diz na oração a que se ligam. Eis as principais:
PORQUE POIS (antes o verbo da oração em que se encontra)
PORQUANTO QUE (=porque)
OBS.: Que será conjunção explicativa quando o verbo da oração anterior estiver no modo imperativo.
Exemplo:
Venha imediatamente /, pois sua presença é indispensável.
Não mintas /, que é pior.
e) CONCLUSIVAS → quando ligam orações que encerram uma conclusão. Eis as principais: LOGO
POR ISSO PORTANTO
POR CONSEGUINTE POIS (após o verbo da oração em que se encontra)
Exemplos:
Ela estudou neste colégio, / POR ISSO passou em primeiro lugar.
Estudou, / PORTANTO aprendeu.
Os bandeirantes dilataram os horizontes da pátria, / rendamos glória, POIS, aos intrépidos desbravadores do sertão.
1. Nos itens abaixo, reúna cada par de orações em um único período, usando uma conjunção coordenativa adequada que torne mais
clara a relação de sentido que se estabelece entre elas. Indique qual é essa relação.
a) O Brasil é um país de grandes riquezas. O padrão de vida de seu povo é um dos mais baixos do mundo.
__________________________________________________________________________________________
Relação de: ______________________________
ORAÇÃO PRINCIPAL
É aquela que se subordina a outra oração. “Principal” é termo relativo: uma oração é principal em relação a sua(s) subordinada(s).
ORAÇÃO SUBORDINADA
É a que depende de outra (dita principal) e lhe completa ou lhe amplia o sentido. Onde há oração subordinada há também uma principal.
Veja: Preciso / de que todos participem.
Temos duas orações:
1ª → Preciso (oração principal)
2ª → de que você participe. (oração subordinada).
1ª) Adverbiais
As orações subordinadas adverbiais funcionam como adjunto adverbial da respectiva oração principal. Exemplo:
Chegamos à noitinha. Chegamos / quando anoitecia.
Adj. adver. Oração subordinada adverbial
2ª) Adjetivas
As orações subordinadas adjetivas têm função de adjunto adnominal. Exemplo:
O aluno estudioso passa. O aluno / que estuda / passa.
Adj. adn. Oração subor. adjetiva
2ª) Substantivas
As orações subordinadas substantivas exercem as funções próprias do substantivo (sujeito, predicativo, objeto direto, objeto indireto,
complemento nominal, aposto). Exemplo:
Preciso de sua participação. Preciso de que você participe.
Objeto indireto Oração subordinada substantiva
1. CAUSAIS
Exprimem a causa, o motivo do fato expresso na oração principal. Exemplo: Não viajamos porque estava chovendo.
Visto que és capaz, serás promovido.
• Principais conjunções e locuções conjuntivas causais:
2. CONCESSIVAS
Indicam que um obstáculo (real ou suposto) não impedirá ou modificará, de modo algum, a declaração da oração principal. Exemplos:
EMBORA chovesse, / foi ao teatro.
Continuou o trabalho, / AINDA QUE estivesse exausto.
• Principais conjunções e locuções conjuntivas concessivas:
3. CONDICIONAIS
Exprimem condição ou hipótese. Exemplos:
SE eu pudesse, / iria à Espanha.
Irei, / CASO não chova.
Tivesse eu dinheiro, / conheceria o mundo.
4. COMPARATIVAS
Servem para esclarecer um pensamento mostrando a semelhança, a igualdade (ou desigualdade). Exemplos:
Os indiferentes são piores / (DO) QUE os maus.
Trabalho / COMO um escravo.
A preguiça gasta a vida / COMO a ferrugem consome o ferro.
OBS.:
5. CONSECUTIVAS
Exprime circunstância de consequência (resultado ou efeito de uma ação qualquer).
Choveu tanto que o jogo foi suspenso.
or. Principal or. subor. adv. consecutiva
• Conjunções consecutivas:
6. CONFORMATIVAS
Exprime circunstância de conformidade, isto é, de acordo, de adequação, de não-contradição.
7. FINAIS
Exprime circunstâncias de finalidade. Entende-se por finalidade o objetivo, destinação de um fato.
Os lavradores esperam a chuva a fim de que não perdessem a colheita.
or. Principal or. subor. adv. final
As principais conjunções finais são: a fim de que, para que, que.
8. PROPORCIONAIS
Exprime circunstância de proporção. Entenda-se por proporção a relação existente entre duas coisas, de modo que qualquer alteração
em uma delas implique alteração na outra.
À medida que a civilização progride , o romantismo se extingue.
oração subor. adv. proporcional oração principal
As principais conjunções proporcionais são: à proporção de, à medida que, quanto mais, quanto menos.
9. TEMPORAIS
Exprime circunstância de tempo.
Choveu quando eram dez horas.
oração principal oração subor. adv. temporal
As principais conjunções temporais são: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal.
Trocando o termo estudiosos por uma oração de sentido equivalente, teremos um período composto. Veja:
Admiramos os alunos que estudam. equivalente a um adjetivo
Substantivo função : adjunto adnominal
Comparando o período composto com o período simples inicial, pode-se concluir que a oração que estudam exerce a mesma função da
palavra estudiosos. Portanto, essa oração:
– é um termo (adjunto adnominal) da outra oração. Toda oração que funciona como termo de outra chama-se subordinada;
– está caracterizando o substantivo alunos (alunos estudiosos = alunos que estudam), ou seja, ela é uma oração que está no lugar do
adjetivo, por isso recebe o nome de adjetiva.
O período composto desse exemplo tem a seguinte estrutura:
Admiramos os alunos que estudam.
Oração principal oração subordinada adjetiva
Logo:
As orações adjetivas exercem a função de adjunto adnominal de um substantivo ou pronome localizado na oração principal. São sempre
iniciadas por pronomes relativos:
Que (o qual, os quais, a qual, as quais) Cujo, cuja, cujos, cujas Quanto (antecedido de tudo)
Quem Onde, aonde, donde
EXERCÍCIOS
1. (FGV–SP) Nota-se facilmente que nunca perceberam o papel secundário que exerciam naquele período.” A oração em destaque é:
a) substantiva objetiva direta
b) substantiva completiva nominal
c) substantiva predicativa
d) substantiva subjetiva
e) n.d.a.
2. (UNIRI0–RJ) Assinale o item em que há uma oração, quanto à classificação, idêntica à segunda do período “Pernoitamos depois junto
a um açude lamacento, onde patos nadavam”.
a) “As virilhas suadas ardiam-me, o chouto do animal sacolejava-me...”
b) “De onde vinham as figuras desconhecidas para encontrar-nos?”
c) “Fiz o resto da viagem com um moço alegre, que tentou explicar-me as chaminés dos banguês...”
d) “Os mais graúdos percebiam que a viagem era alegre.”
e) “Surgiam regatos, cresceram tanto que se transformaram em rios...”
3. (PUC–PR) Os dois períodos retratam situações diversas. Combine-os com as afirmativas que seguem.
1. Não soubemos dos filmes que não foram anunciados pelo jornal.
2. Não soubemos dos filmes, que não foram anunciados pelo jornal.
[ ] O jornal não anunciou todos os filmes.
[ ] Apenas alguns filmes foram anunciados pelo jornal.
[ ] Nenhum filme foi anunciado pelo jornal.
[ ]Tivemos conhecimento de alguns filmes, de outros não.
a)1–1–1–1
b)2–2–2– 2
c)1–2–1–1
d)1–1–2–1
e)2–1–2–1
1º. Separe as duas orações fazendo um traço vertical antes do relativo (se houver preposição, ela deve ficar junto ao relativo).
Exemplo: Eu já consertei a peça / que quebrou.
antecedente
2º. Coloque no lugar do relativo o antecedente dele e determine a função sintática desse termo (se necessário, coloque a oração na
ordem direta.). Exemplo: A peça quebrou.
sujeito
O pronome relativo terá a mesma função sintática desempenhada pelo termo que entrou no lugar dele na 2ª oração. Portanto:
SUJEITO
Exemplo 1: O Sol | , que é uma estrela, | é o centro de nosso sistema planetário.
P.R.=sol
Desmembrando as orações:
• Oração principal: O Sol é o centro do nosso sistema planetário.
• Oração adjetiva: O Sol é uma estrela.
OBJETO DIRETO
Exemplo 1: Os trabalhos | que faço | me dão prazer.
Oração principal: Os trabalhos me dão prazer.
Oração adjetiva: Faço os trabalhos.
objeto direto
Exemplo 2: O livro | o qual lemos | é instrutivo.
Oração principal: O livro é instrutivo.
Oração adjetiva: Lemos o livro.
objeto direto
OBJETO INDIRETO
Exemplo 1: Não era bom o filme | a que assisti.
Oração adjetiva: assisti ao filme.
objeto indireto
Exemplo 2: O livro do qual preciso sumiu.
Oração adjetiva: do qual preciso.
Preciso do livro.
objeto indireto
COMPLEMENTO NOMINAL
Exemplo 1: O filme | a que fiz referência | foi premiado.
Oração adjetiva: Fiz referência ao filme.
compl. nominal
Exemplo 2: Não imagina os sacrifícios | de que se tornou capaz.
PREDICATIVO
Exemplo 1: A menina bonita | que ela era, | hoje é uma mulher sofrida.
Oração principal: A menina bonita hoje é uma mulher sofrida.
Oração adjetiva: ela era uma menina bonita.
predicativo
Exemplo 2: Somos o | que somos (o = aquilo).
Oração principal: Somos aquilo.
Oração adjetiva: Somos aquilo.
predicativo
AGENTE DA PASSIVA
Exemplo 1: É este o escritor | por quem foi escrito o livro.
Oração principal: É este o escritor.
Oração adjetiva: O livro foi escrito pelo escritor.
Agente da passiva
Exemplo 2: O bandido | por quem fomos atacados | fugiu.
Oração principal: O bandido fugiu.
Oração adjetiva: Fomos atacados pelos bandidos.
Agente da passiva
ADJUNTO ADNOMINAL
Exemplo 1: O filme | cujo artista foi premiado | não fez sucesso.
Oração principal: O filme não fez sucesso.
Oração adjetiva: O artista do filme foi premiado.
Adj adnominal
OBSERVAÇÃO:
O pronome cujo e suas flexões, por estabelecer uma relação de posse entre o substantivo da oração adjetiva e o antecedente, equivale
geralmente a uma locução adjetiva desempenhando a função de adjunto adnominal.
O filme cujo artista foi premiado . . . O artista do filme foi premiado.
Exemplo: Há palavras | cuja origem é duvidosa.
Oração principal: Há palavras.
Oração adjetiva: A origem da palavra é duvidosa.
Adj adnominal
ADJUNTO ADVERBIAL
Exemplo 1: O rapaz | com quem você foi ao cinema | é casado.
Oração principal: O rapaz é casado.
EXERCÍCIOS
1. Siga o modelo:
O aluno QUE me irritou, era aplicado. QUE = O QUAL = O aluno
Logo, QUE = sujeito.
a) O homem, QUE é mortal, tem alma imortal. QUE = Logo, QUE =
b) Os livros QUE comprei ontem são excelentes. QUE = Logo, QUE =
c) São normas A QUE todos devem obedecer. A QUE = Logo, A QUE =
d) Estas são as cobras DE QUE tenho medo. DE QUE = Logo, DE QUE =
e) Somos aquilo QUE somos. QUE = Logo, QUE =
f) Eu vi a menina cujo namorado é bonito. CUJO = Logo, CUJO =
2. Reescreva as frases a seguir, substituindo as expressões destacadas por um adjetivo, conforme o modelo.
Formavam-se gotículas que não se podiam perceber. Formavam-se gotículas imperceptíveis.
a) O saber é um bem que não se pode destruir.
b) A caneta solta tinta que não se pode apagar.
c) Tem uma letra que não se consegue ler.
d) Foi uma cena que não se podia imaginar.
e) É uma grandeza que não pode ser medida.
1. SUBJETIVA
Funciona como sujeito do verbo da oração principal:
A → Verbo de ligação + predicado → é bom..., é preciso,..., é claro..., está certo..., ficou decidido..., etc...
V.L+predicativo
É bom / que você estude. É bom isso. Isso é bom.
Or. Princ. Or. Subor. Subs. subjetiva sujeito
V.L+predicativo
Parece certo / que você passará. Parece certo isso. Isso parece certo.
Or. Princ. Or. Subor. Subs. subjetiva sujeito
B → Verbo na voz passiva analítica ou sintética → sabe-se..., soube-se..., comenta-se..., foi anunciado..., etc...
Voz pass. analítica
Foi divulgado / que você retornaria. Foi divulgado isso. Isso foi divulgado.
Or. Princ. Or. Subor. Subs. subjetiva sujeito
C → Verbos unipessoais (isto é, na 3ª pessoa) → convir, constar, parecer, ocorrer, importar, acontecer, suceder, urgir, suceder,
interessar, etc...
Convém / que você compareça à festa. Acontece / que todos desapareceram.
Or. Princ. Or. Subor. Subs. subjetiva Or. Princ. Or. Subor. Subs. subjetiva
NOTAS IMPORTANTES:
1ª - Veja, portanto, que existem três estruturas de oração principal que exigem oração subordinada substantiva subjetiva.
Verbo de ligação + predicativo
Verbos na voz passiva + Oração subordinada substantiva subjetiva
Verbos unipessoais
2ª - Como a oração subjetiva funciona como sujeito da oração principal, é claro que, dentro da oração principal, não poderá haver
sujeito.
3ª - Pelos exemplos dados até agora, pode-se notar que as orações subordinadas substantivas são, geral- mente, iniciadas por
conjunção integrante (que não tem nenhuma função sintática na estrutura da oração). Os pronomes e advérbios, entretanto,
introdutores da oração substantiva exercem uma função. Assim, em:
“Não se sabe / como faleceu . “ (COMO é adjunto adverbial de modo.)
“Sabe-se / onde estamos.” (ONDE é adjunto adverbial de lugar.)
•“Sabe-se / quando nos deixará.” (QUANDO é adjunto adverbial de tempo.)
4ª – Quando se pede em concursos a substituição de uma oração por uma forma nominal correspondente, se a oração for substantiva,
torna-se necessário transformar o verbo em um substantivo.
É verdade que ele cedeu os bens. / É verdade a cessão dos bens.
Oração subordinada substantiva
2. PREDICATIVA
Funciona como predicativo do sujeito da oração principal. Exemplo: A verdade é que te amo.
O . S . S . Predicativa.
A oração subordinada substantiva predicativa vem, sempre, antecedida do verbo SER: A verdade É / que Tiradentes morreu pobre.
Meu desejo É / que venças esse obstáculo.
Não SOU / quem imaginas.
OBS: Faz-se mister não confundir a subjetiva com a predicativa. Observe atentamente os exemplos:
I) É verdade / que ele partiu. É verdade isso.
Subjetiva sujeito
3. OBJETIVA DIRETA
Funciona como objeto direto do verbo da oração principal:
Quero / que me beijes. Quero isso.
O . S . S. Objetiva Direta objeto direto
Exemplos:
Nunca saberemos / se estudamos o suficiente.
4. OBJETIVA INDIRETA
Funciona como objeto indireto do verbo da oração principal:
Ela não gosta / de que a critiquem. Ela não gosta disso.
. S .S. Objetiva Indireta Objeto indireto
Exemplos:
Convenceu-me (de) que a tarefa era muito fácil.
Creio (em) que tudo dará certo.
5. COMPLETIVA NOMINAL
Funciona como complemento nominal de um dos termos da oração principal (substantivo, adjetivo ou advérbio):
Ele tinha necessidade / de que o auxiliassem. Ele tinha necessidade disso.
O. S . S . Completiva Nominal complemento nominal
Exemplos:
Estava convencido / de que era superior.
Também sou favorável / a que baixem o imposto.
6. APOSITIVA
Funciona como aposto (“explica”, esclarece”) um dos termos da oração principal:
Eu lhe desejo isto: seja feliz.
OSS Apositiva
A oração apositiva é geralmente justaposta (sem conectivo), mas às vezes aparece introduzida pela conjunção:
Aos alunos peço uma coisa: / não faltem às aulas.
Aos alunos peço uma coisa: / que não faltem às aulas.
EXERCÍCIOS
1. Associe:
[1] Subjetiva [2] Predicativa [3] Objetiva Direta [4] Objetiva Indireta [5] Completiva Nominal [6] Apositiva
Analisando a oração desenvolvida, temos: oração adverbial condicional. Agora, basta aplicar a classificação à oração reduzida e
acrescentar as palavras reduzida de gerúndio (= comprando).
Logo: “ Você concorre a prêmios comprando no São José.”
oração adverbial condicional reduzida de gerúndio
• Exemplo 2: Penso estar doente.
Desenvolvendo:
OBS.: O infinitivo que faz parte de locução verbal não constitui oração reduzida:
I. SUBSTANTIVAS
1. SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA:
Não é possível / descrever o acidente.
II. ADJETIVAS
III. ADVERBIAIS
EXERCÍCIOS
XXVI. PONTUAÇÃO
EMPREGOS DA VÍRGULA NO PERÍODO SIMPLES
Quando se trata de separar determinados termos de uma oração, deve-se usar a vírgula nos seguintes casos:
Dizemos que o verbo está em elipse quando ele, por ser facilmente identificável no texto, deixa de ser escrito.
Exemplos:
Eles partirão hoje; nós, amanhã. (A vírgula indica a elipse do verbo partir.)
Nas ruas, poucas pessoas. (A vírgula indica a elipse do verbo haver.)
O uso da vírgula entre duas orações depende do tipo de período composto (por coordenação ou por subordinação) e também das
orações que o constituem. Assim sendo, você deve observar, principalmente, o seguinte:
1. Não se usa a vírgula para separar duas orações coordenadas ligadas pela conjunção aditiva e que possuam o mesmo
sujeito.
O rapaz levantou - se e insultou o jogador.
or. coord. assindética or. coord. sindética aditiva
Observações:
a) Você só pode usar a vírgula entre duas orações coordenadas ligadas por e em dois casos: quando os sujeitos forem
diferentes e quando o e aparecer repetido.
Exemplos:
Ela partirá amanhã, e nós ficaremos aqui. (sujeitos: ela e nós)
Ele gesticulava, e gritava, e tentava convencer-nos.
Em ambos os exemplos a vírgula pode ser usada, mas não é obrigatória.
2. Usa-se a vírgula para separar todas as demais orações coordenadas que não sejam iniciadas por e. Exemplos:
Ela pegou o livro, começou a ler.
or. coord. assindética or. coord. assindética
Tudo deu certo, portanto podemos ficar tranquilos.
or. coord. assindética or. coord. sindética conclusiva
Ventou muito, entretanto fui à praia.
or. coord. assindética or. coord. sindética adversativa
Volte logo, pois está tarde.
or. coord. assindética or. coord. sindética explicativa
OBS.: As conjunções adversativas e conclusivas, quando deslocadas, devem ficar entre vírgulas.
Ele sempre se dedicou ao teatro; nunca alcançou, porém, o sucesso.
Ele sempre se dedicou ao teatro; alcançará, portanto, o sucesso.
Usa-se a vírgula:
PONTO - E - VÍRGULA
Esse sinal de pontuação indica, na escrita, uma pausa um pouco mais longa que a vírgula e um pouco mais breve que o ponto.
O emprego do ponto-e-vírgula depende, na maioria das vezes, do contexto em que ele aparece e das características de estilo da pessoa
que o utiliza.
Você pode seguir as seguintes orientações para empregar o ponto - e - vírgula:
DOIS PONTOS
Você deve empregar esse sinal:
1. As reticências indicam uma interrupção na sequência normal da frase. São empregadas, principalmente:
Para indicar uma certa indecisão, surpresa ou dúvida na fala da pessoa.
Exemplos:
“Teodorico! Você... escreveu um livro?” (Carlos Drummond de Andrade)
2. Para indicar que, num diálogo, a fala de uma pessoa foi interrompida pela fala de outra.
Exemplo:
— Você morou muito tempo em São José do Rio Branco, não morou?
Estive lá quase dois anos. Trabalhava com meu tio. Um lugarzinho parado... (Rubem Braga)
Para sugerir ao leitor que complete o raciocínio contido na frase.
Exemplo:
Quem vencerá a partida? Ora, nosso time é melhor, o jogo será em nosso campo, os adversários estão sem o menor prestígio, portanto...
Para indicar, numa citação, que certos trechos do texto foram excluídos.
Exemplo:
No segundo parágrafo do texto, há o seguinte trecho:
“... jamais poderia imaginar, portanto, que aquelas decisões, tomadas sob o impacto da crise, trariam tantas transformações...”
ASPAS
Devem ser utilizadas:
1. Para indicar uma citação: Disse Millôr Fernandes: “É melhor ter mau hálito do que não ter hálito nenhum.”
3. Para demonstrar uma ironia: É muito “assíduo”: no mês passado, só veio três vezes.
PARÊNTESES
1. Para indicar informação acessória: Sua namorada (loira, alta, dos olhos azuis) chegará quando?
TRAVESSÃO
EXERCÍCIOS
Nos exercícios de 1 a 7, são dadas, separadamente, duas orações que, reunidas, constituem um período composto. Reúna-as na
mesma ordem em que são apresentadas e use, se necessário, vírgula entre elas.
Modelo: Se eles propusessem um novo projeto
Todos aceitariam imediatamente.
Reunindo: Se eles propusessem um novo projeto, todos aceitariam imediatamente.
5. Conforme combinamos
A viagem será no segundo semestre.
__________________________________________________________________________________________
Ela é:
a) facultativa em I e II e obrigatória em III. d) facultativa em I e obrigatória em II e III.
b) obrigatória em I e II e facultativa em III. e) obrigatória em I, II e III.
c) facultativa em I e III e obrigatória em II.
10. (FGV-SP) Em cada um dos espaços abaixo, você poderá colocar ou não um sinal de pontuação. Sua decisão não deverá contrariar
as regras de pontuação vigentes. Quando decidir utilizar ponto, não é necessário corrigir com letra maiúscula. Não reescreva o texto.
Quem ensina ou orienta ( * ) precisa desenvolver ( * ) a habilidade de ser empático ( * ) a empatia ( * ) consiste ( * ) na capacidade de
colocar-se ( * ) no lugar do outro ( * ) de ver as coisas da perspectiva dele ( * ) por exemplo ( * ) uma professora ( * ) ao avaliar um novo
jogo de palavras cruzadas destinado a ampliar ( * ) o vocabulário de suas crianças ( * ) pode achá-lo fascinante ( * ) mas deve perguntar-
se ( * ) se as crianças lidarão bem com o novo jogo( * ) será que elas vão gostar ( * ) será que vão entender as regras de funcionamento (
* ) será que o vocabulário vai realmente ser ampliado ( * )
1. ASSISTIR
Pode ser:
a) transitivo indireto (com preposição a) no sentido de “ver”, “presenciar”. Neste caso, o verbo assistir não admite a(s) forma(s) lhe(s).
Usa-se a ele, a ela.
Exemplo: Assistimos a um ótimo espetáculo. Por que você não assiste a ele?
b) no sentido de “ajudar”, “dar assistência”, é utilizado de preferência sem auxílio da preposição, ou seja, transitivo direto.
Exemplo: O governo não irá assistir os desempregados.
O médico assistiu o paciente.
Neste sentido, o verbo assistir pode ser empregado como transitivo indireto.
Exemplo: O governo não irá assistir aos desempregados.
2. ASPIRAR
a) no sentido de “tragar, “sorver”, “inspirar” é transitivo direto, ou seja, não pede auxílio de preposição.
Ex.: Aspiramos um ar muito poluído.
b) transitivo indireto (com preposição a) no sentido de “desejar”, “almejar”. Neste caso, o verbo aspirar não admite a substituição pelo
pronome lhe ou lhes. Usa-se a ele, a ela, a eles, a elas.
Ex.: Aspirava ao cargo de supervisor. Você aspirava a ele?
3. VISAR
a) no sentido de “dar visto”, “mirar” é transitivo direto. Ex.:
O cônsul visou o meu passaporte.
O caçador visou o alvo.
b) transitivo indireto (com preposição) no sentido de “pretender”, “ter em vista”. Neste caso, o verbo visar não admite a substituição pelo
pronome lhe (s). Usa-se a ele , a ela . EX.:
Visamos ao desenvolvimento do Brasil.
Você visa a ele?
4. OBEDECER E DESOBEDECER
São transitivos indiretos (com preposição a). Ex.: Muitos motoristas não obedecem aos sinais de trânsito.
5. PREFERIR
É transitivo direto e indireto e exige a preposição A.
Prefiro a leitura ao computador.
* Este verbo rejeita as expressões “que”, “do que”, como também expressões de reforço “mais que”, “menos que”, etc....
Errado: Prefiro mais estudar do que trabalhar.
Certo: Prefiro estudar a trabalhar.
* O acento grave pode modificar o sentido:
Prefiro a maçã à laranja.
Prefiro à maçã a laranja.
No 1º Caso “a maçã” é preferida, no 2º caso, a laranja.
7. ESQUECER E LEMBRAR
a) quando não pronominais, isto é, não acompanhados de pronome oblíquo (me, nos, te, se, etc...) são transitivo diretos.
Ex.:Eu esqueci a apostila.
Eu lembrei o fato.
c) há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito.
Ex: Esqueceu-me o fato. (= cair no esquecimento)
Sujeito
Lembrou-me o problema. (= vir à lembrança)
Sujeito
Esqueceram-nos os fatos.
Sujeito
9. CHAMAR
a) transitivo direto no sentido de “convocar”, “pedir para vir”. Ex.: o professor chamou os alunos.
O objeto direto, neste caso, pode vir regido da preposição por Ex.: Chamei por você.
No sentido de “denominar”, “apelidar”, o verbo chamar exige sempre um objeto ( que pode ser direto ou indireto ) e um predicativo ( com
ou sem preposição) para esse objeto. Por isso, são corretas as construções exemplificadas abaixo:
Os torcedores chamaram o juiz de ladrão. / Os torcedores chamaram ao juiz de ladrão.
Os torcedores chamaram o juiz de ladrão. / Os torcedores chamaram ao juiz ladrão.
Ou:
Chamei-lhe bobo. / Chamei-lhe de bobo.
Chamei-o de bobo. / Chamei-o bobo.
10. CUSTAR
a) intransitivo, quando significa “ter o valor de”, “ter o preço de”. Nesse caso, o verbo é acompanhado de um adjunto adverbial de preço
ou de valor.
Ex: Um carro desses custa US$ 60 mil.
b) no sentido de “ser penoso”, “ser difícil”, o verbo custar deve ser usado sempre na 3ª pessoa do singular, tendo como sujeito a oração
infinitiva que o segue.
Ex.: Custa-me crer num absurdo desses.
Custou-nos aceitar o fato.
Custou ao aluno aceitar o fato.
Construções do tipo: Eu custei crer, nós custamos aceitar, etc... São rejeitadas pela norma culta.
11. IMPLICAR
É transitivo direto no sentido de “acarretar”.
14. NAMORAR
É transitivo direto, ou seja, pede complemento sem auxílio da preposição.
Ex: Eu namoro Lula. Layla namora Carlos.
E jamais: Eu namoro com Lula. Layla namora com Carlos.
15. QUERER
a) transitivo direto no sentido de “desejar”.
Quero um carro. Eu o quero.
b) transitivo indireto no sentido de “estimar”, “gostar” usa-se A.
Quero muito a meus amigos.
Quero-lhes muito.
16. PROCEDER
a) transitivo indireto (com preposição a) no sentido de “dar início a”, “fazer”.
Ex.: O júri procedeu ao julgamento.
b) intransitivo, no sentido de “originar-se”, usa-se de preposição de.
Ex.: Muitos males procedem da falta de caráter.
c) intransitivo, no sentido de “ter fundamento” e no sentido de “portar-se”, “agir”.
Ex.: Sempre procedi honestamente.
Aqueles boatos não procedem.
17. SER
O verbo ser rejeita a preposição em. Logo, não se diz:
Somos em oitenta na sala.
Éramos em dez em casa.
Deve-se dizer:
Somos oitenta na sala.
Éramos dez em casa.
18. RESPONDER
É sempre transitivo indireto quando vier com um só complemento ( coisa ou pessoa) .
Ele respondeu ao pai.
Ele respondeu ao formulário.
Pode ser transitivo direto e indireto:
Ele respondeu as perguntas ao professor.
20. AGRADAR
a) transitivo direto, no sentido de “fazer carinho”, “contentar”.
Ex.: Agradou o filho com doces.
b) transitivo indireto, regido por a, no sentido de “satisfazer”.
Ex.: O espetáculo não agradou ao público.
21. PISAR
Transitivo direto, ou seja, pede complemento sem auxílio da preposição.
Ex.: Pisou o pé dele.
1. Os verbos transitivos indiretos não admitem voz passiva. Portanto, estão erradas construções como:
O espetáculo foi assistido pela plateia.
O cargo era visado pelos funcionários.
Deve-se dizer: A plateia assistiu ao espetáculo.
Os funcionários visaram ao cargo.
Obs: Segundo alguns gramáticos, a voz passiva é permitida com os verbos obedecer/desobedecer: O sinal não foi obedecido pelo
motorista.
2. Não se deve dar um único complemento a verbos de regências diferentes. Portanto, estão erradas construções como:
Quero e preciso de paz.
Entrou e saiu da sala.
Vi e gostei do filme.
Deve-se dizer:
Quero a paz e dela preciso.
Entrou na sala e dela saiu.
Vi o filme e gostei dele.
4. Em situações de paralelismo sintático, quando dois ou mais elementos estão coordenados e o primeiro está introduzido por
preposição, há várias possibilidades corretas de construção:
XXVIII. CRASE
A palavra crase provém do grego krasis, e significa “fusão”, “junção”. Em português, ocorre a crase com a fusão de A + A (s), sendo
indicada pelo acento grave ( ` ).
Observe atentamente os casos abaixo:
Encontrei a amiga. (o verbo não exige preposição).
Ele se referiu a todos. (preposição exigida pelo verbo referiu-se).
Ele se referiu a a aluna. Logo: Ele se referiu à aluna. (preposição exigida pelo verbo/ artigo pedido pelo substantivo).
a) Substitua a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer ao ou aos diante da palavra masculina, ocorrerá a crase.
Exemplo:
b) Substitua o verbo ir pelo verbo voltar. Se aparecer a preposição da, usa-se o acento grave. Exemplo:
Irei à Bahia → Voltei da Bahia.
Mas: Irei a Paris → Voltei de Paris.
Obs: Cheguei de = a .
Cheguei da = à.
Irei a Fortaleza. → Cheguei de Fortaleza.
Irei à Fortaleza das belas praias. → Cheguei da Fortaleza das belas praias.
3. Diante de pronomes de tratamento (com exceção de senhora e senhorita, pelo fato de admitirem artigo).
Exemplo:
O que direi a V. Ex.ª?
O que direi à senhorita?
5. Diante de pronomes indefinidos (com exceção de outra (s), pelo fato de admitir artigo). Exemplo:
Não vou a nenhuma festa.
Não me referi a ninguém.
Comunicarei a decisão às outras.
7. Nas locuções formadas por expressões repetidas. Exemplo: Estamos frente a frente.
11. Diante da palavra terra, quando esta designar “chão firme”. Exemplo:
Os tripulantes voltaram a terra.
OBS: se a palavra terra designar local, região, pátria ou planeta, ocorrerá o acento grave.
Exemplo:
Os astronautas voltaram à Terra.
Irei à terra de meus pais.
12. Diante da palavra casa, Quando não vier especificada.
1. Quando forem satisfeitas as duas condições já expostas anteriormente, ou seja, palavra feminina que admita o artigo A e que dependa,
por sua vez, de outra palavra que exija a preposição A.
Exemplo: Ele obedece às leis de trânsito. [a (preposição) + as (artigo)]
OBSERVAÇÕES:
a . Entre as locuções adverbiais de tempo estão incluídas as expressões que indicam horas.
Cheguei às 10h e sai às 12 h.
Mas: Estou te esperando desde as 12h.
Daqui a uma hora sairei.
Cuidado! Atenção ao paralelismo:
Abrimos de 10h a 20h. / Abrimos das 10h às 20h.
b. Segundo alguns autores, nas locuções adverbiais femininas de instrumento ( a faca, a chave, a mão, a unha, a navalha, a bala, etc.), o
acento grave é dispensável. Torna-se obrigatório, entretanto, quando a clareza da frase assim o exigir.
Veja:
O animal, matou-o a unha. (a unha foi a causadora da morte do animal)
O animal, matou-o à unha. (alguém matou o animal mesmo estando desarmado)
Mas cuidado: Fala a respeito de corrupção. → Não se usa acento grave antes de palavra masculina.
4. Nas locuções conjuntivas terminadas por que: (à medida que, à proporção que,...)
À medida que corria, ficava mais cansado.
À proporção que chorava, ficava mais nervoso.
CRASE FACULTATIVA
2. Diante de pronome possessivo adjetivo feminino ( pronome adjetivo é aquele que vem acompanhado de substantivo). Ex.: Dirija-se a
sua sala. Dirija-se à sua sala.
Obs.: O acento será obrigatório se houver preposição e o A anteceder pronome possessivo substantivo feminino. (pronome substantivo é
aquele que não vem acompanhado de substantivo).
Exemplo: Dirija-se a (ou à) sua sala e não à minha.
Obrigatório: não vem acompanhado de substantivo.
3. Diante da preposição até.
Exemplo: Foi até a (ou à) janela.
EMPREGO DE HÁ – A
1. Usa-se Há:
a . No sentido de existir. Exemplo: Há bons livros na biblioteca.
b. Na indicação de tempo passado. Exemplo: Há dois meses que ele não aparece.
c. Quando for substituível por “faz”. Exemplo: Há anos que não a vejo.
2. Usa-se A:
a. Na indicação de tempo futuro. Exemplo:
Viajarei daqui a dois meses.
1. Reescreva as frases, fazendo as substituições indicadas e observando o uso ou não do acento grave.
a) Muitos discutiram o problema. Troque problema por questão: i) Paguei a conta telefônica. Troque conta telefônica por
___________________________________________________ costureira:
______________________ ___________________________________________________
b) Gosto de comprar à vista. Troque vista por prazo: _______________________
___________________________________________________ j) Não pertenço àquela turma. Troque àquela por essa:
______________________ ___________________________________________________
c) A aluna a quem me referi viajou. Troque quem por qual: ______________________
___________________________________________________ k) Sua casa é igual à casa de meu pai. Elimine a palavra casa:
______________________ ___________________________________________________
d) As pessoas preferem o futebol ao tênis. Troque tênis por ______________________
natação: l) Ela jura que não voltará a esta cidade. Troque esta por
___________________________________________________ aquela:
_______________________ ___________________________________________________
e) Vimos a partida de tênis. Troque vimos por assistimos: _______________________
___________________________________________________ m) Não obedeci à ordem. Coloque após à a palavra nenhuma.
______________________ ___________________________________________________
f) Ninguém respeita a sinalização. Troque respeitar por ______________________
obedecer: n) Ele almejava a ascensão profissional. Troque almejar
___________________________________________________ por visar:
_______________________ ___________________________________________________
g) Sempre desejou a carreira diplomática. Troque desejar por _______________
aspirar: o) Ele escreve à moda de Machado de Assis, isto é, com
___________________________________________________ elegância. Elimine a expressão em destaque:
______________________ ___________________________________________________
h) Fiz elogios a ela. Troque ela por aluna: _______________________
___________________________________________________
_______________________
b) Quando os substantivos forem de mesmo gênero, é óbvio que o adjetivo se flexionará nesse gênero.
Quanto ao número, ou ele ficará no plural ou concordará com o mais próximo:
Ex:
Comprei revista e apostila ............................... ou ................................ (ilustrado)
OBS:. É evidente que, quando o adjetivo exprime uma qualidade tal que só cabe ao último elemento, a concordância se efetuará
obrigatoriamente com este último.
Exemplo:
Alimentavam-se de pão e carne suína.
2. Se o adjetivo vier anteposto aos substantivos, a concordância será feita com o substantivo mais próximo.
Ex:
Durante a Copa vimos ............................ gols e jogadas. (belo)
Durante a Copa vimos ............................ jogadas e gols. (belo)
OBS:. Quando os substantivos são nomes próprios ou nomes de parentesco, o adjetivo vai sempre para o plural. Exemplo:
Os apóstolos Pedro e Paulo são muito estimados.
OUTROS CASOS
1. Expressões do tipo É PROIBIDO, É BOM, É NECESSÁRIO, É PRECISO, É NOCIVO, etc. ficam invariáveis quando o sujeito vier sem
determinante (artigo, pronome, adjetivo), tais expressões variam normalmente quando houver determinante.
– É PROIBIDO entrada (mas: É PROIBIDA a entrada.)
– Água de melissa É BOM. (mas: A água de melissa É BOA.)
– É NECESSÁRIO cautela. (mas: É NECESSÁRIA muita cautela.)
– Pimenta É NOCIVO para o estômago. (mas: Aquela pimenta É NOCIVA para o estômago.)
2. Se o sujeito for representado por um pronome de tratamento, a concordância se efetua com o sexo da pessoa a quem nos referimos
(quando pode ocorrer silepse de gênero):
Sua alteza, o príncipe, ficou encantadO.
Sua Alteza, a princesa, ficou encantadA.
Vossas Excelências, senhores Ministros, são merecedores de nossa plena confiança.
3. PARTICÍPIOS
Concordam geralmente com os substantivos a que se referem, mormente nas orações reduzidas.
Ex: Dadas as circunstâncias, regressaremos.
Vistos os documentos, fomos dispensados.
* Os particípios na voz passiva variam normalmente.
Ex: Algumas pessoas tinham sido notificadas pela Receita Federal.
* Os particípios só não variam quando fizerem parte de tempo composto da voz ativa.
Nenhuma autoridade tinha visto os documentos.
B) Na enumeração de artigos, parágrafos e cláusulas de contratos, leis, decretos, portarias, etc., usa-se o ordinal até NOVE, e o cardinal
de DEZ em diante:
Artigo 1º (primeiro)
Artigo 9º (nono)
Artigo 10 (dez)
6. POSSÍVEL
Não varia se fizer parte de uma expressão superlativa com o artigo o/a no singular (o/a mais, o/a menos, o/a pior, o/a melhor...) ou se
estiver acompanhado de quanto. Varia se o/a estiver no plural.
Alunos o mais possível inteligentes.
Alunas o menos possível feias.
Mulheres as mais belas possíveis.
Ele escolhia as tarefas menos penosas possíveis.
Bebidas tão geladas quanto possível.
Lembrete: Como é sabido, o advérbio é sempre invariável. Portanto, é necessário recordarmos que uma palavra só é
advérbio quando se refere a um verbo, a um adjetivo ou ao próprio advérbio. Veja:
5. Melhor
• Quando for advérbio: invariável. Ex.: Os diretores avaliaram melhor os dados.
• Quando for adjetivo: variável. Ex.: Eles foram os melhores da Copa.
Obs.: Antes de particípio, deve-se evitar as palavras “melhor” e “pior” e substituí-las pelas expressões “mais bem”, “mais mal”.
Exemplos:
As questões foram mais bem esclarecidas. Ela é a funcionária mais mal remunerada.
6. Milhão e milhares
Milhão: concorda com a parte inteira do numeral cardinal a ele relacionado.
Exemplo: A empresa investiu 1,9 milhão de reais em equipamentos.
Obs.: O mesmo vale para bilhão, trilhão etc.
EXERCÍCIOS
1. Nas frases a seguir, estabeleça a concordância com as expressões indicadas nos parênteses:
a) Essas meninas são ......................... a mãe. (tal qual)
b) Há sempre ....................... ocorrências, quando os bombeiros estão ............................. (menos, alerta)
c) Para quem a entrada é .........................? (proibido)
d) Os dois ficaram .............................. diante da fera. (só)
e) Ela .......................... escreveu a crônica. (mesmo)
f) Você já comprou duas blusas ....................... (amarelo- canário)
g) Água fresca é ...................... para matar a sede. (bom)
h) Já é tarde: passa de meio-dia e ..................... (meio)
i) Sua Santidade ficou ............................. com a visita ao Brasil. (satisfeito)
j) Estava tão atarefada que até andava ...................tonta. (meio)
k) ........................ ao requerimento vai a certidão e o recibo. (anexo)
l) Sambistas as mais brilhantes ............................(possível)
m) A janela ficara ....................... aberta, por isso o menino se resfriou. (meio)
n) É Joana ................................. que está falando. (mesmo)
o) Elas querem comprar ............................ vestidos. (bastante)
p) As casas custaram muito ............................. (caro)
q) Os alimentos estão ............................. (barato)
r) É ................................ compreensão (necessário)
s) As meninas disseram: muito .......................... (obrigado)
t) Elas saíram ............................. com a mãe. (junto)
u) ........................... as dificuldades, voltaremos. (dado)
v) A filha é ........................... os pais (tal qual)
2. O verbo fazer
O verbo fazer é impessoal, não possuirá sujeito e ficará na terceira pessoa do singular, em apenas dois casos:
3. O verbo Haver
O verbo haver quando possui sentido de existir ou acontecer, é um verbo impessoal, isto é, sem sujeito, por isso fica sempre na 3ª
pessoa do singular.
Quando usado em locução verbal, o verbo haver transmite a impessoalidade para o verbo auxiliar, que fica no singular.
Ex: Na sala, havia vinte lugares. (haver = existir)
Na sala, devia haver vinte lugares (devia = verbo auxiliar)
Amanhã, haverá duas festas. (haver = acontecer)
Amanhã, vai haver duas festas. (vai = verbo auxiliar)
OBS:. Diferentemente do verbo haver, os verbos, os verbos existir e acontecer possuem sujeito e, é claro, concordam com ele.
Na sala, existiam vinte lugares. (sujeito)
Na sala, deviam existir vinte lugares. (deviam = verbo auxiliar)
4. PARTÍCULA "SE"
Verbo com pronome SE apassivador.
Quando o verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto aparece apassivado pelo pronome se, concorda com o sujeito paciente.
Ex:
a) Do lado de fora, ouvia-se o gemido do doente. = o gemido do doente era ouvido.
b) Do lado de fora, ouviam-se os gemidos do doente. = os gemidos do doente eram ouvidos.
Ex:
a) Entregou-se uma flor à mulher. = uma flor foi entregue à mulher.
b) Entregaram-se flores à mulher. = flores foram entregues à mulher.
Observe que nesses casos as frases se encontram na voz passiva e o se é classificado como pronome apassivador.
Verbo com pronome SE índice de indeterminação do sujeito.
O verbo fica na 3ª pessoa do singular quando a indeterminação do sujeito é marcada pelo pronome se com verbo transitivo indireto e
verbo intransitivo.
Ex: Precisa-se de homens e mulheres corajosos.
Assiste-se a ótimas palestras durante aquele seminário.
Não se obedece às leis do Brasil.
Vive-se mal no Brasil.
Observe que nesses casos o sujeito é indeterminado e o se é classificado como índice de indeterminação.
5. SUJEITO ORACIONAL
Quando o sujeito é formado por uma oração, a concordância se faz no singular.
Ainda falta resolver três pendências.
Sujeito oracional
Convém aos alunos fazer muitos exercícios.
Sujeito oracional
Mesmo não sendo explícito o sujeito, é possível a flexão no infinitivo (favorece muitas vezes a clareza).
Ex.: Está na hora de começarmos o serviço. (Se fosse “começar”, não haveria clareza de quem praticaria a ação; eu?, você?, ele?)
Se o sujeito implícito do verbo no infinitivo for o mesmo do verbo da outra oração, a flexão do infinitivo não é necessária, mas não é
proibida.
Ex.: Vocês estão aptos para resolver / resolverem o problema.
Os professores foram escolhidos para integrar / integrarem o grupo de pesquisa.
7. O verbo parecer
Nas frases em que o verbo PARECER for seguido de um INFINITIVO, ocorrem dois tipos de construção paralelos: podemos flexionar o
verbo "parecer" ou o "infinitivo" que o acompanha (mas jamais os dois):
As estrelas pareciaM sorrir
As estrelas parecia sorrirEM
8. Coletivos
Verbo na terceira pessoa do singular.
Exemplo:
Um grupo saiu cedo.
Obs.: Se o coletivo vier especificado, é facultativa a pluralização do verbo.
Ex.: Um grupo de professores saiu às ruas. / Um grupo de professores saíram às ruas.
9. Expressões partitivas (a maioria de, a maior parte de, uma porção de, a metade de, entre outras)
Verbo pode ser usado na terceira pessoa do singular ou na terceira pessoa do plural.
11. Fração
Verbo concorda com o numerador.
Exemplo: Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabe viver bem.
12. Sujeito formado por nomes próprios que só têm plural (Estados Unidos, Minas Gerais etc.)
• Se o nome não vier precedido de artigo, o verbo fica no singular.
Exemplos:
Estados Unidos controlou a crise financeira.
Férias faz bem à saúde.
• Se o nome vier precedido de artigo, o verbo vai para o plural.
Exemplos:
Os Estados Unidos controlaram a crise financeira.
As férias fazem bem à saúde.
• Se o sujeito for um nome de obra artística (livro, filme...), o verbo pode ficar no singular ou no plural, quando antecedido de
artigo no plural (Os Sertões, Os Maias etc.)
Exemplos:
Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões.
• O verbo ser concorda com “pessoa”. Quando pessoa concorre com pronome reto, o verbo ser concorda com o pronome reto.
Exemplo: Luísa é os mimos da casa.
Os mimos da casa é Luísa.
Luísa sou eu.
Eu sou Luísa.
• O verbo ser fica no singular quando se segue de termos como muito, pouco, bastante etc. junto a especificações de preço,
peso, quantidade, distância.
Exemplo: Quinhentos reais é pouco.
Cinco quilos é necessário para o churrasco.
Dez milhões é bastante.
EXERCÍCIOS
1. Faça as modificações indicadas e altere, se necessário, a concordância verbal. Quando houver duas concordâncias possíveis, indique-
as:
a) Não faz parte da promoção o sapato da nova coleção.
Troque sapato por sapatos: .......................................................................................................
b) Mais de dez alunos criticaram a metodologia do professor.
Troque dez por um: ..................................................................................................................
c) Muitos postes caíram.
Troque muitos por a maioria dos:...............................................................................................
d) Estados Unidos exporta milho.
Coloque os antes de Estados Unidos: .......................................................................................
e) Quais de nós analisaríamos a questão?
Troque Quais por Qual: .............................................................................................................
f) Não serei eu que contarei a verdade.
Troque que por quem: ...............................................................................................................
g) Vós fizestes o acordo na vossa gestão.
Troque vós por Vossa Excelência: ............................................................................................
h) Existiam muitos problemas.
Troque exisitir por haver: .........................................................................................................
i) Não se vende carro usado nesta concessionária.
Troque carro por carros: ..........................................................................................................
2. Nas frases abaixo, use uma das formas entre parênteses, observando-se a concordância verbal adequada:
a) O velho sino ....................... doze horas (batia-batiam)
b) No velho sino ........................... doze horas (batia-batiam)
c) Quando ......................... quatro horas, chame-me (for-forem)
d) Tudo começou quando ....................... vinte e uma horas (deu - deram)
e) Quando ele chegou .......................... ser dez horas (devia-deviam)
OBS1: De acordo com os padrões da norma culta, não se principia o período com pronome oblíquo. Também não se usa próclise após
pausa.
Ex.: Me ajude. → Ajude-me. Por favor, me ajude. → Por favor, ajude-me.
PRÓCLISE
Existem palavras ou expressões que exigem a próclise.
Observe:
* Palavras ou expressões negativas: não, nunca, ninguém, de maneira alguma, etc.
Jamais se curva diante das dificuldades.
Nunca nos esqueceremos dela.
MESÓCLISE
Essa colocação é obrigatória quando o verbo está no futuro (do presente ou do pretérito), desde que não haja uma palavra atrativa
exigindo a próclise.
Dar-te-ei nova chance. (Darei - Fut. do presente)
Dar-lhe-ia nova chance. (Daria - Fut. do pretérito)
A próclise, por ser em geral mais eufônica, prevalece sobre a mesóclise. Ou seja, se houver uma palavra atrativa antes do verbo no
futuro, a mesóclise será proibida.
Contar-lhe-ei a verdade (mesóclise)
Jamais lhe contarei a verdade (próclise)
ÊNCLISE
A ênclise é usada principalmente nos seguintes casos:
1 - Reescreva as frases abaixo, fazendo as alterações indicadas e observando a possível mudança da posição do pronome oblíquo.
a) Preocupem-se com os seus problemas.
Passe para a forma negativa: ...................................................................................................................................................................
b) Agora, falem-me tudo.
Elimine a vírgula: ......................................................................................................................................................................................
c) Enviei-lhe os documentos.
Troque enviei por enviarei: .......................................................................................................................................................................
d) Aquilo me assustou bastante.
Coloque "aquilo" no final da frase: ...........................................................................................................................................................
e) Dar-te-ei o livro.
Coloque a palavra "não" no início da frase:..............................................................................................................................................
f) Encontrarei com ele amanhã.
Use o pronome "me" na frase: .................................................................................................................................................................
g) Tenho certeza de que acusaram injustamente.
Use o pronome "nos" na frase: .................................................................................................................................................................
XXXII. GABARITO
1. ACENTUAÇÃO
1–
Regra das oxítonas: acarajé, Regra das proparoxítonas: Regra dos ditongos abertos
Mossoró. tráfego, nômades, veículo. éu, éi, ói: destróis.
Regra das paroxítonas: Regra da 2ª vogal do hiato:
dobrável, silêncio, tórax, Tambaú, caída, saíram.
Goiânia, táxis.
2–
a) Ele prevê – preveem c) Ele descrê – descreem e) Retém - retêm
b) Ele relê – releem d) Convém – convêm
3–A
2. ORTOGRAFIA
1–
a) Que g) Mas – mais m) Há - a s) À medida que
b) Quê h) Mal – mau n) A t) Tampouco
c) Quê i) Mal o) Acerca – há cerca u) Tão pouco
d) Porquê – por que j) A par p) Afins – a fim
e) Onde k) Ao encontro das q) Demais – de mais
f) Aonde l) De encontro às r) Se não – senão
3. HOMÔNIMOS / PARÔNIMOS
a) Infligir – infringir e) Iminente j) Estada o) Aonde – onde
b) Intemeratos– f) Ratificar k) Estada p) Aonde – onde
intimoratos g) Infringiram l) Estadia q) Assoava – assuava
c) Mandado h) Cela m) Inflige r) Sessão – seção -
d) Imergiu i) Ascender n) Arriaram cessão
1–
Autoaprovação Antessala Contrarregra Subárea
Ultrarradical Semirreta Autoescola Subcomandante
Superatleta Anti-inflamatório Semisselvagem Sub-raça
Megassistema Coautor Malmandado
Anticaspa Neossocialista Bem-mandado
Anti-higiênico Autorretrato Malnascido
6. SUBSTANTIVO
1–
a) Muito c) A – macia e) O – abalado g) Um – gelado
b) A d) Uns – novos f) Duzentos h) A
2–
a) Luso-brasileiros c) Amarelo-escuras e) Pérola g) Histórico-
b) Verde-claros d) Amarelo-ouro f) Cinza-vinho-rosa culturais
7. ADJETIVO
1- D viperino (de víbora) 2- E 3- E
9. NUMERAL
1. Não se contrai preposição com artigo que introduza sujeito.
Quem irá se unir? Os homens. (Sujeito do verbo unir, logo não podemos contrair a preposição de com o artigo o).
2. D - de Os Lusíadas. Não se une o artigo que faz parte do nome de obras literárias.
11. PRONOMES
1–
a) Mim e) Ti i) Isto m) Si q) Contigo
b) Mim f) Teu j) Isso n) Com nós r) Mim
c) Eu g) Sua k) Isto o) Consigo s) Estes
d) Mim h) Esses l) Com você p) O
2–
a) Ela comprou as revistas de que / das quais eu precisava.
b) Gosto muito da cidade onde / em que / na qual nasci.
c) O professor a que / ao qual / a quem me refiro se chama Antônio.
d) Entrei na sala cujas luzes estavam apagadas.
e) Você confia em muitas pessoas com que / com quem / com as quais não concordo.
f) Aquela foi a cena a que / à qual assisti.
g) O país cujas autoridades são corruptas não pode progredir.
h) Muitas crianças cuja vida é feita de miséria não têm direito ao aprimoramento pessoal.
i) Pude ver alguns filmes de que / dos quais um amigo havia falado.
j) O jantar para o qual fui convidado será servido às 20h.
k) Aquela é a loja onde / em que / na qual se ouvem barulhos estranhos.
l) O homem que / o qual / a quem cumprimentei é assessor do prefeito.
3 –A
4 –B
5 –D
15. VERBO
1–
a) E. Não existe a forma adéquam (use um sinônimo → adaptam)
b) C. Pode-se também usar averiguo ( tônico, mas sem acento). Veja observação à página 47, item b.
c) E. Obtiver.
d) E. Interviéssemos.
e) E. Revir.
f) E. Mantiver.
g) C. Pode-se também usar apazígue. Veja observação à página 47, item b.
h) E. Reouve. Veja à página 48, item VII.
i) E. Provêm. Provir → vir. Essas ideias provêm.
j) E. Reouver.
k) E. Sobrevier.
l) E. Lute pelos seus ideais. Luta pelos teus ideais.
m) E. Veja se ela o atende. Vê se ela te atende.
n) E. Quando vieres (tu) a Vitória, vem (tu) à minha casa.
o) E. Interveio.
16. SUJEITO
1–
a) Sujeito indeterminado. g) Sujeito indeterminado. l) Sujeito inexistente.
b) Sujeito oculto (você). h) Sujeito indeterminado. m) Sujeito simples → mais
c) Sujeito inexistente. i) Sujeito simples → um carro conhecedores de Latim.
d) Sujeito indeterminado. importado. n) Sujeito inexistente.
e) Sujeito simples – os sinais de j) Sujeito simples → um melhor o) Sujeito inexistente.
trânsito. resultado. p) Sujeito oculto (eu).
f) Sujeito indeterminado. k) Sujeito indeterminado. q) Sujeito inexistente.
2–
a) Adotaram-se medidas. f) Faltaram alunos. k) Hão de existir pessoas mais
b) Não se dispõe de meios g) Faz meses. competentes.
eficientes. h) Havia meios mais eficazes. l) Deve haver meios mais
c) Não se obedece às leis. i) Deviam existir meios mais eficazes.
d) Localizaram-se os focos. eficazes.
e) Ocorreram ideias brilhantes. j) Deve fazer anos.
2–
a) No jogo não foi permitido entrada.
b) Estavam alerta / meio revoltada.
30. CONCORDÂNCIA VERBAL
1–
a) Não fazem parte da promoção os sapatos.
b) Mais de um aluno criticou.
c) A maioria dos postes caiu / caíram.
d) Os Estados Unidos exportam.
e) Qual de nós analisará.
f) Eu quem contarei / contará.
g) Vossa Excelência fez o acordo na sua gestão.
h) Havia muitos problemas.
i) Não se vendem carros usados.
2–
a) Batia c) Forem e) Deviam
b) Batiam d) Deram
2 – Perguntaram-me se ele não se magoará quando lhe derem a notícia e disserem-lhe que não mais trabalhará aqui.