Filosofia 10 Ano

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LOGICA FORMAL- 10ºano

TESE, ARGUMENTO, VALIDADE E SOLIDEZ

☗ TESE
⧫ corresponde a uma ideia que se quer afirmar a propósito de um dado
problema;
⧫ resposta de um dado problema que está em aberto;
⧫ são as premissas que apoiam uma tese (conclusão).

☗ ARGUMENTO
⧫ conjunto de proposições devidamente articuladas - a conclusão e a(s)
premissas - procura defender, sustentar ou justificar a conclusão.
⧫ exemplo de um argumento valido: Os portugueses são europeus. / Os
algarvios são portugueses. / Logo, os algarvios são europeus. Um
argumento válido torna-se impossível se as suas premissas são
verdadeiras e a conclusão falsa.
⧫ exemplo de um argumento invalido: Os portugueses são europeus. / Os
algarvios são europeus. Logo, os algarvios são portugueses. A conclusão
não é sustentada pelas premissas e não é obrigatoriamente verdadeira.

Expressões que indicam a presença de premissas: porque, pois, dado


que, sabendo que, uma vez que, supondo que, etc.
Expressões que indicam presença de conclusões: logo, então, assim...

☗ PROPOSIÇÕES
⧫ frases declarativas que expressam proposições (V ou F)
⧫ são pensamentos
⧫ há́ frases que, sendo ambíguas, podem exprimir mais do que uma
proposição.

VERDADE, VALIDADE E SOLIDEZ


⧫ atribui-se a proposições, e apenas a elas, um dos valores lógicos:
verdadeiro ou falso.

⧫ a validade e a invalidade são qualidades próprias dos argumentos


⧫ entendemos por falácia todo o argumento invalido, embora aparenta
ser válido:
- formais → argumentos dedutivos; um argumento formalmente inválido
é um argumento que tem uma forma lógica tal que a verdade das
premissas não garante a verdade da conclusão.
- informais → são cometidas a nível dos argumentos não dedutivos.
QUADRADO DA OPOSIÇÃO

Tipos de proposições Forma Logica Exemplo


Tipo Universal Todos os artistas são
Todo o S é P.
A afirmativa prudentes.
Tipo E Universal negativa Nenhum S é P. Nenhum artista é prudente.
Particular Alguns artistas são
Tipo I Algum S é P.
afirmativa prudentes.
Tipo Alguns artistas não são
Particular negativa Algum S não é P.
O prudentes.

Regras da oposição
Duas proposições contraditórias não podem ser
Regra das verdadeiras e falsas ao mesmo tempo. A verdade de uma
contraditórias implica a falsidade da outra, e vice-versa. São a negação
uma da outra.
Duas proposições contrárias não podem ser ambas
verdadeiras ao mesmo tempo, mas podem ser ambas
Regra das
falsas. Todavia, da falsidade de uma não se pode concluir
contrárias
a falsidade ou veracidade da outra. Por isso, não são a
negação uma da outra.
Duas proposições subcontratarias não podem ser ambas
Regra das
falsas ao mesmo tempo, mas podem ser ambas
subcontrárias
verdadeiras. Não são a negação uma da outra.
Da verdade do universal infere-se a verdade da particular
que lhe está subordinada; da verdade da particular nada
Regra das
se pode concluir relativamente à verdade ou falsidade da
subalternas
particular; da falsidade da particular infere-se a falsidade
do universal. Não são a negação uma da outra.
FORMAS DE INFERÊNCIA VÁLIDA

OPERADORES VEROFUNCIONAIS
Símbolo Leitura Formas proposicionais
¬ou~ não Negação
∧ e Conjunção
v ou Disjunção inclusiva
⩒ ou... ou Disjunção exclusiva
→ se..., então Condicional
↔ se, e só́ se Bicondicional

Conjunção- VV-V / VF-F / FV-F / FF-F


Disjunção Inclusiva- VV-V / VF-V / FV-V / FF-F
Disjunção exclusiva- VV-F / VF-V / FV-V / FF-F
Condicional- VV-V / VF-F / FV-F / FF-V
Bicondicional- VV- V / VF- F / FV-F / FF- V

FORMAS DE INFERÊNCIA VÁLIDA


- Modus Ponens: P → Q, P, ∴ ~Q

- Modus Tollens: P → Q, ~Q, ∴ ~P

- Contraposição: P → Q, ∴ ~Q → ~P

- Silogismo Disjuntivo: P V Q, ~P ∴ Q

- Silogismo Hipotético: P → Q, Q → R, ∴ P→R

- Leis de Morgan: Negação da Conjunção- ~(P ∧ Q) ∴ ~Pv~Q

Negação da Disjunção- ~(P v Q) ∴ ~P∧~Q

Dupla Negação- ~(~P) ∴P


FORMAS DE INFERENCIA INVALIDA
- Falacia da afirmação do consequente: P → Q, Q, ∴P

- Falacia da negação do antecedente: P → Q, ~P, ∴ ~Q

LOGICA INFORMAL
(falacias informais)
Argumentos não-dedutivos são argumentos em que se pretende que as
premissas apoiem ou suportem a conclusão. Existem 3 tipos de
argumentos não-dedutivos:

o Argumentos indutivos

o Argumentos por analogia

o Argumentos por autoridade

o Argumentos Indutivos:

Argumento indutivo baseiam-se num determinado numero de casos


conhecidos para justificar a conclusão, que conclui casos desconhecidos.

- Previsões: quando se conclui indutivamente algo sobre um caso que não


foi observado, tendo em conta outros casos.

- Generalização: quando se conclui indutivamente algo sobre um número


maior de casos que foram observados, partindo de um número menor de
casos que observei.

Critérios de avaliação dos argumentos indutivos-

1- Devem basear-se num número significativo de casos e não pode


haver contraexemplos conhecidos.
2- Devem basear-se em casos que representem a diversidade de
características do universo em causa

3- Não podem omitir informação relevante

Aos desrespeitarmos estes critérios comete-se-

1- Falacia da generalização precipitada (mostra-se que o número de


casos em que o argumento se baseia não é significativo ou mostra-
se que existem contraexemplos.)

2- Falacia da amostra não-representativa (mostra-se que não é


representada a diversidade mostrando se também que se a amostra
fosse mais representativa, a conclusão seria outra)

o Argumentos por analogia

Argumento por analogia é um argumento que parte de um conjunto de


semelhanças entre dois elementos para atribuir a um deles características
observadas apenas no outro.

Critérios de avaliação dos argumentos por analogia-

1- Devem basear-se num número suficiente de semelhanças

2- Devem basear-se em semelhanças relevantes para a conclusão

3- Não podem haver diferenças relevantes entre os elementos


comparados

Aos desrespeitarmos estes critérios comete-se-

-Falacia da falsa analogia (1- número de semelhanças não é suficiente; 2-


existem semelhanças consideradas não são semelhantes para a conclusão
que se quer retirar; 3- existem diferenças relevantes, mostrando-se essas
diferenças na conclusão)

o Argumento de autoridade:

Argumento de autoridade é baseado na afirmação de outra pessoa como


“Alguém afirmou P, logo P”
Critérios de avaliação dos argumentos por analogia-

1- Deve ser baseado na opinião imparcial da pessoa em questão

2- Deve identificar-se claramente a autoridade invocada

Aos desrespeitarmos estes critérios comete-se-

-Falacia do apelo à autoridade (qualquer argumento de autoridade que


não seja bom, mas pareça que é)

OUTRAS FALACIAS INFORMAIS


-Petição de princípio: estrutura P, ∴P (ex- as pessoas são todas egoístas. /
Logo as pessoas nunca agem sem ser por interesse próprio)
-Falso Dilema: estrutura P V Q, ~P, ∴Q (ex- ou estás comigo ou estás
contra mim. / Não estás comigo. / Logo estás contra mim.)
-Falsa relação causal: concluir que uma causa causou outra só porque há
uma correlação entre ambas (ex- No ultimo jogo usei meias amarelas e
marquei. / Logo, marquei golo porque estava a usar meias amarelas.)
-Ad Hominem: ataque pessoal falacioso que visa fugir da discussão dos
argumentos (ex- Não tens razão porque és um idiota)
-Ad populum: Recorre-se à opinião da maioria para estabelecer a verdade
de uma proposição (ex- A maioria das pessoas pensa que não temos de
combater contra a pobreza. / Logo, não podemos combater contra a
pobreza)
-Apelo à ignorância: tenta provar-se que uma proposição é verdadeira
porque ainda não se provou que é falsa ou vice-versa. (ex- Até hoje
ninguém conseguiu provar que existem extraterrestres. / Logo, os
extraterrestres não existem)
-Boneco de palha ou Espantalho: maneira falaciosa de fingir que se
desmentiu facilmente um argumento apresentando uma versão
terrivelmente má (ex- A logica defende que os argumentos validos levem
sempre a conclusões verdadeiras. / Mas isso é claramente falso. / Logo, a
logica é falsa.)
-Bola de neve ou Derrapagem: Má previsão causal (uma certa coisa terá
um certo efeito) que parece boa; P→ Q, P → R, ∴P→ R (ex- Se tirar nega
no próximo teste, tenho nega no final do ano. / Se tiver má nota no final
do ano, nunca vou arranjar emprego. / Logo, se tirar nega no próximo
teste, nunca vou arranjar emprego)

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