Lei 10593

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LEI No 10.593, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2002.

Dispõe sobre a reestruturação da Carreira


Auditoria do Tesouro Nacional, que passa a
Conversão da MPv nº 46, de 2002
denominar-se Carreira Auditoria da Receita
Federal - ARF, e sobre a organização da Carreira
(Vide Lei nº 12.855, de 2013)
Auditoria-Fiscal da Previdência Social e da
(Vide Decreto nº 9366, de 2018)
Carreira Auditoria-Fiscal do Trabalho, e dá outras
providências.

Faço saber que o Congresso Nacional decretou, o PRESIDENTE DA REPÚBLICA, nos termos dos §
3º do art. 66 da Constituição sancionou, e eu, Ramez Tebet, Presidente do Senado Federal, nos termos do
§ 7º do mesmo artigo, promulgo a seguinte

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a reestruturação da Carreira Auditoria do Tesouro Nacional, de que trata
o Decreto-Lei no 2.225, de 10 de janeiro de 1985, que passa a denominar-se Carreira Auditoria da Receita
Federal - ARF, e sobre a organização da Carreira Auditoria-Fiscal da Previdência Social e da Carreira
Auditoria-Fiscal do Trabalho. (Vide Medida Provisória nº 258, de 2005)

Art. 3o O ingresso nos cargos das Carreiras disciplinadas nesta Lei far-se-á no primeiro padrão da cla
sse inicial da respectiva tabela de vencimentos, mediante concurso público de provas ou de provas e título
s, exigindo-se curso superior em nível de graduação concluído ou habilitação legal equivalente.
(Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

§ 1º O concurso referido no caput poderá ser realizado por áreas de especialização.

§ 2º Para investidura no cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho, nas áreas de especialização em


segurança e medicina do trabalho, será exigida a comprovação da respectiva capacitação profissional, em
nível de pós-graduação, oficialmente reconhecida.

§
3º Sem prejuízo dos requisitos estabelecidos neste artigo, o ingresso nos cargos de que trata o caput des
te artigo depende da inexistência de: (Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

I - registro de antecedentes criminais decorrentes de decisão condenatória transitada em julgado de c


rime cuja descrição envolva a prática de ato de improbidade administrativa ou incompatível com a idoneida
de exigida para o exercício do cargo;

II - punição em processo disciplinar por ato de improbidade administrativa mediante decisão de que n
ão caiba recurso hierárquico.

§ 4o Para fins de investidura nos cargos das carreiras Tributária e Aduaneira da Receita Federal do
Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, o concurso público será realizado em 2 (duas) etapas, sendo a
segunda constituída de curso de formação, de caráter eliminatório e classificatório ou somente
eliminatório. (Incluído pela Lei nº 13.464, de2017)

Art. 4º O desenvolvimento do servidor nas carreiras de que trata esta Lei ocorrerá mediante
progressão funcional e promoção.

§ 1º Para os fins desta Lei, progressão funcional é a passagem do servidor para o padrão de
vencimento imediatamente superior dentro de uma mesma classe, e promoção, a passagem do servidor
do último padrão de uma classe para o primeiro da classe imediatamente superior.

§ 2º A progressão funcional e a promoção observarão requisitos e condições fixados em regulamento.

§ 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.464, de2017)

§ 4o Os critérios e procedimentos específicos para o desenvolvimento nos cargos das carreiras


Tributária e Aduaneira da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho serão
regulamentados por ato do Poder Executivo federal, observados os seguintes requisitos:
(Incluído pela Lei nº 13.464, de 2017) (Regulamento)

I - para fins de progressão funcional: (Incluído pela Lei nº 13.464, de 2017)

a) cumprir o interstício de 12 (doze) meses de efetivo exercício em cada padrão;


(Incluído pela Lei nº 13.464, de 2017)

b) atingir percentual mínimo na avaliação de desempenho individual, nos termos de ato do Poder
Executivo federal; (Incluído pela Lei nº 13.464, de 2017)

II - para fins de promoção: (Incluído pela Lei nº 13.464, de 2017)

a) cumprir o interstício de 12 (doze) meses de efetivo exercício no último padrão de cada


classe; (Incluído pela Lei nº 13.464, de 2017)

b) atingir percentual mínimo na avaliação de desempenho individual realizada no último padrão da


classe, nos termos do regulamento; (Incluído pela Lei nº 13.464, de 2017)

c) acumular pontuação mínima mediante participação em cursos de aperfeiçoamento e


especialização e comprovar experiência profissional e acadêmica em temas relacionados às atribuições do
cargo, nos termos do regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.464, de 2017)

§ 5o O ato de que trata o § 4o deste artigo poderá prever regras de transição necessárias para a
progressão e a promoção nas carreiras Tributária e Aduaneira da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-
Fiscal do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.464, de 2017)

§ 6o Não haverá progressão funcional ou promoção dos servidores das carreiras Tributária e
Aduaneira da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho durante o período de estágio
probatório. (Incluído pela Lei nº 13.464, de 2017)

Art.5º Fica criada a Carreira de Auditoria da Receita Federal do Brasil, composta pelos cargos de nív
el superior de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e de Analista-Tributário da Receita Federal do Br
asil. (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência) (Vide Medida Provisória nº 765,
de 2016) (Vide Lei nº 13.464, de 2017) (Vide ADIN 5391)

Art. 6º São atribuições dos ocupantes do cargo de Auditor-


Fiscal da Receita Federal do Brasil: (Redação dada pela Lei nº 11.457, de
2007) (Vigência)

I - no exercício da competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil e em caráter privativo:


(Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

a) constituir, mediante lançamento, o crédito tributário e de contribuições; (Redação


dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

b) elaborar e proferir decisões ou delas participar em processo administrativo-fiscal, bem como em pr


ocessos de consulta, restituição ou compensação de tributos e contribuições e de reconhecimento de bene
fícios fiscais; (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

c) executar procedimentos de fiscalização, praticando os atos definidos na legislação específica, inclu


sive os relacionados com o controle aduaneiro, apreensão de mercadorias, livros, documentos, materiais,
equipamentos e assemelhados; (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

d) examinar a contabilidade de sociedades empresariais, empresários, órgãos, entidades, fundos e d


emais contribuintes, não se lhes aplicando as restrições previstas nos arts. 1.190 a 1.192 do Código Civil e
observado o disposto no art. 1.193 do mesmo diploma legal; (Redação dada pela Lei nº
11.457, de 2007) (Vigência)
e) proceder à orientação do sujeito passivo no tocante à interpretação da legislação tributária;
(Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

f) supervisionar as demais atividades de orientação ao contribuinte; (Incluída pela Lei


nº 11.457, de 2007) (Vigência)

II - em caráter geral, exercer as demais atividades inerentes à competência da Secretaria da Receita


Federal do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

§ 1o O Poder Executivo poderá cometer o exercício de atividades abrangidas pelo inciso II do caput des
te artigo em caráter privativo ao Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil. (Redação dada
pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

§ 2o Incumbe ao Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil, resguardadas as atribuições privativ


as referidas no inciso I do caput e no § 1o deste artigo: (Redação dada pela Lei nº 11.457,
de 2007) (Vigência)

I - exercer atividades de natureza técnica, acessórias ou preparatórias ao exercício das atribuições pri
vativas dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil; (Incluído pela Lei nº 11.457, de
2007) (Vigência)

II - atuar no exame de matérias e processos administrativos, ressalvado o disposto na alínea b do inci


so I do caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

III - exercer, em caráter geral e concorrente, as demais atividades inerentes às competências da Secr
etaria da Receita Federal do Brasil. (Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007)

§ 3o Observado o disposto neste artigo, o Poder Executivo regulamentará as atribuições dos cargos d
e Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil.
(Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência) (Regulamento)

§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007) (Vigência)

Art. 9º A Carreira Auditoria-Fiscal do Trabalho será composta de cargos de Auditor-Fiscal do Trabalho.

§ 1º É de 40 (quarenta) horas semanais a jornada de trabalho dos integrantes da Carreira Auditoria-


Fiscal do Trabalho, não se lhes aplicando a jornada de trabalho a que se refere o art. 1o,, caput e § 2o, da
Lei no 9.436, de 5 de fevereiro de 1997, e não mais se admitindo a percepção de 2 (dois) vencimentos
básicos

§ 2º Os atuais ocupantes do cargo de Médico do Trabalho que optarem por permanecer na situação
atual deverão fazê-lo, de forma irretratável, até 30 de setembro de 1999, ficando, neste caso, em quadro
em extinção.

Art. 10. São transformados em cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho, na Carreira Auditoria-Fiscal do


Trabalho, os seguintes cargos efetivos do quadro permanente do Ministério do Trabalho e Emprego:

I - Fiscal do Trabalho;

II - Assistente Social, encarregado da fiscalização do trabalho da mulher e do menor;

III - Engenheiros e Arquitetos, com a especialização prevista na Lei no 7.410, de 27 de novembro de


1985, encarregados da fiscalização da segurança no trabalho;

IV - Médico do Trabalho, encarregado da fiscalização das condições de salubridade do ambiente do


trabalho.
Art. 11. Os ocupantes do cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho têm por atribuições assegurar, em todo
o território nacional:

I - o cumprimento de disposições legais e regulamentares, inclusive as relacionadas à segurança e à


medicina do trabalho, no âmbito das relações de trabalho e de emprego;

II - a verificação dos registros em Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, visando a


redução dos índices de informalidade;

III - a verificação do recolhimento e a constituição e o lançamento dos créditos referentes ao Fundo de


Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e à contribuição social de que trata o art. 1 o da Lei Complementar
no 110, de 29 de junho de 2001, objetivando maximizar os índices de arrecadação;
(Incluído pela Lei nº 13.464, de 2017)

IV - o cumprimento de acordos, convenções e contratos coletivos de trabalho celebrados entre


empregados e empregadores;

V - o respeito aos acordos, tratados e convenções internacionais dos quais o Brasil seja signatário;

VI - a lavratura de auto de apreensão e guarda de documentos, materiais, livros e assemelhados,


para verificação da existência de fraude e irregularidades, bem como o exame da contabilidade das
empresas, não se lhes aplicando o disposto nos arts. 17 e 18 do Código Comercial.

VII - a verificação do recolhimento e a constituição e o lançamento dos créditos decorrentes da cota-


parte da contribuição sindical urbana e rural. (Incluído pela Lei nº 13.464, de 2017)

§1º. O Poder Executivo regulamentará as atribuições privativas previstas neste artigo, podendo
cometer aos ocupantes do cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho outras atribuições, desde que compatíveis
com atividades de auditoria e fiscalização. (Redação dada pela Lei nº 13.464)

Remuneração das Carreiras Vigente a Partir de 30 de Junho de 1999

§ 2o Os ocupantes do cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho, no exercício das atribuições previstas


neste artigo, são autoridades trabalhistas. (Incluído pela Lei nº 13.464, de 2017)

Art. 11-A. A verificação, pelo Auditor-Fiscal do Trabalho, do cumprimento das normas que regem o
trabalho do empregado doméstico, no âmbito do domicílio do empregador, dependerá de agendamento e
de entendimento prévios entre a fiscalização e o empregador. (Incluído pela Lei
Complementar nº 150, de 2015)

§ 1o A fiscalização deverá ter natureza prioritariamente orientadora. (Incluído pela


Lei Complementar nº 150, de 2015)

§ 2o Será observado o critério de dupla visita para lavratura de auto de infração, salvo quando for
constatada infração por falta de anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social ou, ainda, na
ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à fiscalização. (Incluído pela
Lei Complementar nº 150, de 2015)

§ 3o Durante a inspeção do trabalho referida no caput, o Auditor-Fiscal do Trabalho far-se-á


acompanhar pelo empregador ou por alguém de sua família por este designado. (Incluído
pela Lei Complementar nº 150, de 2015)

Art. 12. Fica extinta a Retribuição Adicional Variável de que trata o art. 5o da Lei no 7.711, de 22 de
dezembro de 1988, devida aos ocupantes dos cargos da Carreira Auditoria do Tesouro Nacional.

Art. 13. Os integrantes da Carreira Auditoria-Fiscal da Previdência Social e da Carreira Auditoria-


Fiscal do Trabalho não fazem jus à percepção da Gratificação de Estímulo à Fiscalização e Arrecadação -
GEFA, criada pelo Decreto-Lei no 2.371, de 18 de novembro de 1987.
Art. 14. Os integrantes das Carreiras de que trata esta Lei não fazem jus à percepção da Gratificação
de Atividade de que trata a Lei Delegada no 13, de 27 de agosto de 1992.

Art. 17. Os ocupantes dos cargos de Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional e de Técnico do Tesouro
Nacional são transpostos, a partir de 1º de julho de 1999, na forma dos Anexos V e VI.

§ 1º Os ocupantes dos cargos de Fiscal de Contribuições Previdenciárias; Fiscal do Trabalho;


Assistente Social, encarregados da fiscalização do trabalho da mulher e do menor; Engenheiro,
encarregados da fiscalização da segurança no trabalho; e Médico do Trabalho, encarregados da
fiscalização das condições de salubridade do ambiente do trabalho, são transpostos, a partir de 1º de
agosto de 1999, na forma do Anexo V.

§ 2º Os ocupantes do cargo de Arquiteto, encarregados da fiscalização da segurança no trabalho, são


transpostos, a partir de 1º de setembro de 2001, na forma do Anexo V.

§ 3º Constatada a redução de remuneração decorrente da transposição de que trata este artigo, a


diferença será paga a título de vantagem pessoal nominalmente identificada, a ser absorvida por ocasião
do desenvolvimento na Carreira.

Art. 18. O ingresso nos cargos de Auditor-Fiscal da Receita Federal, Auditor-Fiscal da Previdência
Social e Auditor-Fiscal do Trabalho dos aprovados em concurso, cujo edital tenha sido publicado até 30 de
junho de 1999, dar-se-á, excepcionalmente, na classe A, padrão V.

Art. 19. Aplicam-se as disposições desta Lei a aposentadorias e pensões.

Parágrafo único. Constatada a redução de proventos ou pensão decorrente da aplicação do disposto


nesta Lei, a diferença será paga a título de vantagem pessoal nominalmente identificada.

Art. 20. O regime jurídico das Carreiras a que se refere esta Lei é exclusivamente o da Lei no 8.112,
de 11 de dezembro de 1990.

Remuneração das Carreiras Vigente a Partir de 1º de Junho de 2002

Art. 20-
A. O Poder Executivo regulamentará a forma de transferência de informações entre a Secretaria da Receit
a Federal do Brasil e a Secretaria de Inspeção do Trabalho para o desenvolvimento coordenado das atribu
ições a que se referem os arts. 6o e 11 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.457, de
2007) (Vigência)

Disposições Finais

Art. 23. Ficam convalidados os atos praticados com base nas Medidas Provisórias nºs 2.175-29, de 24
de agosto de 2001, e 46, de 25 de junho de 2002.

Art. 24. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 25. Ficam revogados o art. 5o da Lei no 7.711, de 22 de dezembro de 1988 , o parágrafo único do
art. 1o da Lei no 8.448, de 21 de julho de 1992, e nos termos do art. 2o da Emenda Constitucional no 32, de
11 de setembro de 2001, a Medida Provisória no 2.175-29, de 24 de agosto de 2001.

Senado Federal, em 6 de dezembro de 2002.

Senador RAMEZ TEBET


Presidente do Senado Federal

Este texto não substitui o publicad

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