Sebenta de Gestão Financeira
Sebenta de Gestão Financeira
Sebenta de Gestão Financeira
Gestão Financeira
da teoria à prática
Alexandrino Ribeiro
Sebenta Gestão Financeira – da teoria à prática
Sebenta
Gestão Financeira
da teoria à prática
Alexandrino Ribeiro
Alexandrino Ribeiro 1
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Índice
Prefácio ...................................................................................................................... 5
Capítulo I – Introdução
1.1. As funções da empresa ………………………………………………..……………… 7
1.2. A função financeira: objetivos e sua evolução histórica …………..……………….. 7
1.3. A análise financeira: objetivos e interessados ………………………..………….... 10
Casos Práticos
Capítulo II ………………………..………………………………………………………..… 77
Capítulo III ………...………………………………………………………………………… 83
Capítulo IV ………………………………………………………………………………….. 87
Capítulo V …………..………………………………………………………………………. 90
Capítulo VI ………………………..……………………………………………………….. 101
Alexandrino Ribeiro 3
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Alexandrino Ribeiro 4
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Prefácio
Alexandrino Ribeiro
Alexandrino Ribeiro 6
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Capítulo I
INTRODUÇÃO
- Função Direção
- Função Financeira
- Função Produção
Alexandrino Ribeiro 7
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Alexandrino Ribeiro 8
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Alexandrino Ribeiro 9
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Alexandrino Ribeiro 11
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Capítulo II
INSTRUMENTOS DE ANÁLISE
Alexandrino Ribeiro 12
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2.1.1.1. O balanço
Por outro lado, dado que a empresa se financia com capitais próprios e capitais
alheios, será normal que o Ativo exceda o Capital Alheio. Se assim não for, diz-se que
a empresa está tecnicamente falida ou insolvente.
No primeiro membro do balanço, numa ótica financeira, são apresentadas as
rubricas relativas aos Investimentos, sendo as mesmas divididas em dois grandes
blocos financeiros: o Ativo Não Corrente (ou Ativo Fixo) e o Ativo Corrente (ou Ativo
Circulante).
Alexandrino Ribeiro 13
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Investimentos Financeiros.
Existências;
Dividas de terceiros;
Títulos negociáveis;
1) Capitais Permanentes
Capital Próprio;
Alexandrino Ribeiro 14
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Alexandrino Ribeiro 15
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2) Existem contas que o seu valor foi estipulado através de uma estimativa;
4) Muitas rubricas com valor financeiro estão omitidas do balanço, porque a sua
valorização objetiva oferece algumas dificuldades;
6) As normas contabilísticas são muitas vezes ditadas por imperativos fiscais, o que
reduz o significado económico-financeiro da informação contabilística.
Alexandrino Ribeiro 16
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A certificação;
A preparação ou arrumação.
2.3.1.1. A certificação
Alexandrino Ribeiro 17
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Alexandrino Ribeiro 18
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Alexandrino Ribeiro 19
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2º Membro
Capital Próprio e Passivo
Alexandrino Ribeiro 20
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Capítulo III
2. Comparação de DF sucessivas;
3. Utilização de rácios.
Alexandrino Ribeiro 21
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- A relativização dos valores da coluna [1] possibilita uma leitura fácil e imediata da
estrutura sintética do Balanço;
- Este método é também utilizado nas análises cross section dos dados, permitindo
aferir do posicionamento relativo da empresa A, face a concorrentes e à média da
Indústria a que pertence, como pode ser visualizado e analisado pela Tabela
seguinte:
Alexandrino Ribeiro 22
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Alexandrino Ribeiro 23
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+ -
Ativo N N+1
Ativo Corrente
Alexandrino Ribeiro 24
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Passivo
Passivo Corrente
Alexandrino Ribeiro 25
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Efetuar comparações que não são possíveis realizar por meio de números
absolutos;
Alexandrino Ribeiro 26
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Uma análise não deve ser conduzida ao sabor de uma série de rácios;
Alexandrino Ribeiro 27
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Rácios Financeiros
1) Rácios de Liquidez
2) Rácios de Funcionamento
Alexandrino Ribeiro 28
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3) Rácios de rotação
RC = Vendas/ Clientes
Alexandrino Ribeiro 29
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RF = Compras/ Fornecedores
RA = Vendas/ Ativo
4) Rácios de Solvabilidade
Alexandrino Ribeiro 30
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Alexandrino Ribeiro 31
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Capítulo IV
Quando e em que condições posso afirmar que uma empresa está, ou não,
equilibrada financeiramente?
“Os capitais utilizados por uma empresa para financiar uma imobilização, um
stock ou outro elemento do seu ativo, devem poder ficar à sua disposição durante o
período que corresponde, pelo menos, ao da duração da imobilização, do stock ou
outro elemento adquirido com esses mesmos capitais”
Activos Capitais
Imobilizados Permanentes
4.1.2. A liquidez
Alexandrino Ribeiro 33
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Do cálculo do fundo de maneio por cada uma das fórmulas que resultam das
definições anteriormente apresentadas constata-se que o fundo de maneio de uma
empresa, numa determinada data, pode assumir valor positivo, negativo ou nulo.
Alexandrino Ribeiro 34
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Alexandrino Ribeiro 35
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- Empresa Comercial
- Empresa Industrial
Alexandrino Ribeiro 36
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Vendas anuais
Compras anuais
Em rigor, este cálculo não está de todo correto, pois estamos a calcular prazos
em dias de vendas, dias de consumo e dias de compras. Para resolver este problema
temos que avançar para o 2º passo.
2º passo: conversão dos prazos do ciclo de caixa (C.C.) em dias de vendas ao preço
de venda (implica utilizar como fator de ponderação as vendas líquidas);
Alexandrino Ribeiro 37
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3º passo: Soma dos prazos (em dias de vendas), o que nos vai dar o chamado Prazo
Médio das Necessidades de Fundo de Maneio (PMNFM) – número de dias de venda
em que a empresa tem que financiar o seu ciclo de exploração;
4º passo: Cálculo do valor das necessidades de fundo de maneio (NFM), que vem:
Com base nos valores obtidos para o fundo de maneio e para a necessidade
de fundo de maneio pode ser calculada a tesouraria de uma empresa. O saldo de
tesouraria de uma empresa obtém-se da seguinte forma:
O resultado obtido pela fórmula anterior será sempre enquadrado em uma das
seguintes possibilidades:
Alexandrino Ribeiro 39
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- Fornecedores de imobilizado;
- Ativos Intangíveis;
Alexandrino Ribeiro 40
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- Adiantamentos a fornecedores;
- Adiantamento de clientes;
- Fornecedores;
Alexandrino Ribeiro 41
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Alexandrino Ribeiro 42
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Alexandrino Ribeiro 43
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Alexandrino Ribeiro 44
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Contudo, uma empresa insolvente nem sempre é um caso perdido, para a sua
recuperação existe a necessidade de determinar as causas que estão na origem da
degradação económica e financeira em que se encontra e a forma de as ultrapassar.
Implementando assim as políticas de reequilíbrio financeiro mais ajustadas com a
máxima brevidade possível.
Alexandrino Ribeiro 45
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Deve ainda ser considerado que para uma empresa ser considerada
recuperável tem que se prever que após a resolução dos problemas que afetam a
empresa, pela colocação em prática das medidas de recuperação da empresa, esta
seja rentável, e que seja rentável de uma forma satisfatória, que lhe permita pagar as
dividas com que a empresa se encontra na atualidade.
Alexandrino Ribeiro 46
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Exemplo:
Alexandrino Ribeiro 47
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Exemplo:
Exemplo:
Alexandrino Ribeiro 49
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Alexandrino Ribeiro 50
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Exemplo:
Alexandrino Ribeiro 51
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Exemplo:
Alexandrino Ribeiro 52
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Alexandrino Ribeiro 53
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Capítulo V
ESTUDO DA RENDIBILIDADE
De salientar que quanto maior for o valor da rendibilidade dos capitais próprios
mais atrativa é a empresa para potenciais investidores, pois sabem que os capitais
investidos vão ser remunerados a uma taxa elevada.
Alexandrino Ribeiro 54
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a) Montante
Somente nas empresas com capital próprio positivo faz sentido calcular a
rendibilidade dos capitais próprios pois quando o capital próprio da empresa é nulo ou
negativo não faz sentido calcular essa mesma rendibilidade derivado da ausência de
capital próprio no financiamento da empresa. Quando o capital próprio é negativo ou
nulo a empresa é financiada somente por capitais alheios.
b) Momento
Alexandrino Ribeiro 55
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Onde:
Alexandrino Ribeiro 56
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A rendibilidade das vendas (RV) consiste no lucro obtido por cada Euro
vendido, ou seja, traduz-se na capacidade das vendas da empresa gerarem lucro. A
fórmula de cálculo que nos permite obter a rendibilidade das vendas de uma empresa
traduz-se em:
Alexandrino Ribeiro 57
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- aumento de ambos.
Alexandrino Ribeiro 58
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RCP = RV (bruta) X RA : AF
RIT = RV X RA
Alexandrino Ribeiro 60
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Uma empresa suporta diversos tipos de custos que podem ser enquadrados
em dois grandes grupos: custos variáveis e custos fixos. Os custos variáveis são
aqueles que têm um comportamento variável em relação à atividade da empresa, tais
como, o consumo de matérias, consumo de energia, etc. Os custos fixos, também
designados por encargos de estrutura são os que não têm um comportamento
variável em relação à atividade da empresa, tais como, despesas com o pessoal,
amortizações, rendas, etc.
Com base nestes dois grupos de custos podemos construir uma Conta de
Exploração, que pode apresentar a seguinte estrutura:
Conta de Exploração
6 – Encargos de Estrutura
1) Quantidade
2) Valor
Consiste no valor mínimo que é necessário vender para que a empresa não
tenha lucro nem prejuízo de Exploração. A fórmula que permite obter essa quantidade
do ponto morto das vendas será a seguinte:
ValorPMV = Encargos Estrutura/ ((Preço Venda unit. – Custo Variável unit.)/ Preço Venda
unit.)
Alexandrino Ribeiro 62
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Alexandrino Ribeiro 63
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1) Quantidade
QPMT = (Enc. Estrutura + Custos Financ. Financ.)/(Preço Venda unit. – Custo Variável unit.)
2) Valor
Consiste no valor mínimo que é necessário vender para que a empresa não
tenha lucro nem prejuízo. A fórmula que permite obter essa quantidade do ponto
morto total será a seguinte:
ValorPMT = (Enc. Estrutura + Custos Financ. Financ.)/((Preço Venda unit. – Custo Variável unit.)/ Preço Venda unit.)
Alexandrino Ribeiro 64
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Uma empresa possui duas fontes de financiamento, sendo elas via capitais
próprios ou via capitais alheios. Ao nível dos capitais próprios encontramos rúbricas
como o capital realizado, as reservas (sejam reservas legais, reservas livres, reservas
estatutárias, ou outro tipo de reservas) e os resultados (podendo estes ser resultados
transitados ou resultados líquidos do exercício). Ao nível do financiamento via capitais
alheios estes podem advir também de várias origens, como dos financiamentos
bancários, de dividas aos fornecedores, de dividas ao Estado, de dívidas a locadoras
financeiras, etc.
Alexandrino Ribeiro 66
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Equilíbrio Financeiro a Médio Longo Prazo
Alexandrino Ribeiro 67
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- O pequeno acionista como precisa dos dividendos, pois o mesmo traduz-se num dos
tipos de retorno do seu investimento, pode decidir vender as suas ações mesmo com
prejuízo (menos valias). Esta situação muitas vezes resulta de uma “manobra” dos
grandes acionistas para obter domínio total da empresa;
- Não é de todo correto esperar pelo autofinanciamento para investir pois, como
abordados anteriormente, o endividamento moderado e a baixo custo pode ser
benéfico para a empresa, provocando um efeito de alavanca financeira positivo.
Exemplo:
Exemplo:
Alexandrino Ribeiro 69
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Capítulo VI
O PLANEAMENTO FINANCEIRO
Alexandrino Ribeiro 70
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Alexandrino Ribeiro 71
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Alexandrino Ribeiro 72
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Capítulo VII
Alexandrino Ribeiro 73
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Quando os custos fixos representam uma parcela elevada dos custos totais
maior será o Grau de Alavanca Operacional e, desse modo, maior é o risco
operacional da empresa.
QPMV = Encargos Estrutura/ ((Preço Venda unit. – Custo Variável unit.)/ Preço Venda unit)
De salientar que quanto maior for o Ponto Morto das Vendas maior é o risco
operacional da empresa pois é sinal de que o nível de custos fixos da empresa é
relativamente elevado e que a empresa terá de apresentar um nível de vendas
relativamente elevado para cobrir esses mesmos custos fixos.
Alexandrino Ribeiro 74
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Perante a fórmula do GAC constata-se que quanto mais elevados for a soma
dos custos fixos com os custos financeiros de financiamento suportados por uma
empresa mais elevado é o GAC e, desse modo, maior será o risco global apresentado
pela empresa
Alexandrino Ribeiro 75
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Casos Práticos
Alexandrino Ribeiro 76
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Capítulo II
INSTRUMENTOS DE ANÁLISE
GESTÃO FINANCEIRA
Com base nestas informações, determine, para os dois períodos considerados, o valor:
Alexandrino Ribeiro 77
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Alexandrino Ribeiro 78
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Sabendo ainda que a empresa “ESG, Lda” labora durante 365 dias no ano n:
Alexandrino Ribeiro 79
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O balanço contabilístico da empresa “ESG & ESG, Lda”, relativo a 31/12/N é o que a seguir se apresenta:
1 – Activos Intangíveis
2 – Activos Fixos Tangíveis
3 – Outros Activos Financeiros
4 – Activos financeiros detidos para negociação
5 – Passivo Não Corrente
6 - Passivo Corrente
7 – Financiamentos obtidos
Alexandrino Ribeiro 80
Sebenta Gestão Financeira – da teoria à prática GESTÃO FINANCEIRA
Informações adicionais:
1) Em caixa existe um vale do chefe de caixa, respeitante a diferenças de caixa, no montante de 40 Euros;
3) Na conta Clientes c/c estão registados 200 Euros de um Cliente cuja a cobrança se afigura duvidosa;
4) Devido à situação económica, os Títulos Negociáveis (Activos financeiros detidos para negociação) da
empresa não se afiguram de fácil transacção, a menos de um ano;
5) A empresa tem um imóvel de rendimento, adquirido por 5.000 Euros e que já sofreu 1.000 Euros de
amortização. Este imóvel está lançado na rubrica imobilizado corpóreo (Activos fixos tangíveis);
7) Relativamente ao Passivo de Médio Longo Prazo (Passivo Não Corrente), conta Empréstimos
Bancários (Financiamentos Obtidos), está registada a primeira prestação do empréstimo que se vence
daqui a 8 meses no montante de 1.600 Euros. O restante vence-se a mais de um ano;
8) A empresa pretende entregar o valor dos suprimentos aos sócios, durante o ano N+2.
a) Efetue as correções que se tornam necessárias para elaborar o Balanço para análise financeira.
c) Indique os valores correspondentes às seguintes rubricas: Activo Fixo, Activo Circulante, Activo
Maneável, Capitais Próprios, Capitais Permanentes, Capitais Alheios.
Alexandrino Ribeiro 81
Sebenta Gestão Financeira – da teoria à prática
Considere os seguintes dados, das contas “Imobilizações” (Activo Não Corrente) e “Dividas a Terceiros a
curto prazo” (Passivo Corrente), extraídas do Balanço da empresa “ABC, Lda”, em 31/12/N, e as
informações adicionais que a seguir se apresentam:
Informações adicionais:
1) Fornecedores
Metade do valor registado nesta rubrica será exigida no ano N+2 e a outra parte será exigível no ano N+1.
Com base nestas informações proceda às correcções eventualmente necessárias para efeitos de análise
financeira.
Alexandrino Ribeiro 82
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Capítulo III
31/12/n 31/12/n+1
Activo
Edifícios (Líquidos de Amortizações) 1.700 1.400
Máquinas (Líquido de Amortizações) 3.820 3.300
Inventários (Líquido de Provisões) 1.600 2.400
Clientes títulos a receber 800 1.000
Clientes c/c (Líquido de Provisões) 1.000 1.100
Depósitos à Ordem 1.000 1.200
Caixa 80 100
Total do Activo 10.000 10.500
Capital Próprio 3.800 4.000
Passivo
Financiamentos obtidos a longo prazo 3.000 2.500
Financiamentos obtidos a curto prazo 500 500
Estado e Outros Entes Públicos 1.200 1.500
Fornecedores títulos a pagar 500 700
Fornecedores c/c 1.000 1.300
Total do Passivo 6.200 6.500
Total do Capital Próprio e Passivo 10.000 10.500
Outras Informações:
1 1
Anos Vendas Compras Custo da Vendas
n 11.520 u.m. 6.000 u.m. 9.300 u.m.
n+1 12.600 u.m. 8.000 u.m. 10.000 u.m.
Pedidos:
1) Com base nos dados disponíveis, calcule, para o ano n e para o ano n+1:
a) A Liquidez Geral.
b) A Liquidez Reduzida.
c) A Liquidez Imediata.
d) O Prazo Médio de Recebimentos.
e) O Prazo Médio de Pagamentos.
f) Os indicadores de rotação.
2) Indique e explique, se do ano n para o ano n+1 se verificou uma melhoria da liquidez da empresa.
Alexandrino Ribeiro 84
Sebenta Gestão Financeira – da teoria à prática
Com base nestas informações, determine, para os dois exercícios económicos considerados, o valor:
a) Da Solvabilidade Geral.
b) Do Endividamento a Médio Longo Prazo.
c) Da Autonomia Financeira.
d) Da Cobertura do Imobilizado.
Alexandrino Ribeiro 85
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Balanços
(valores em u.m.)
Ano N Ano N+1
Activo
Activo Não Corrente 700 1.500
Inventários 220 250
Créditos a Curto Prazo 280 430
Disponibilidades 95 210
Total do Activo 1.295 2.390
Capital Próprio e Passivo
Capital Próprio 800 940
Passivo Não Corrente 200 350
Passivo Corrente 295 1.100
Total do Capital Próprio e Passivo 1.295 2.390
a) Liquidez Geral.
b) Liquidez Reduzida.
c) Liquidez Imediata.
d) Solvabilidade Geral.
e) Autonomia Financeira.
f) Capacidade de Endividamento a Médio Longo Prazo.
g) Cobertura do Imobilizado.
2) Dê um parecer sobre a situação financeira da empresa e sugira políticas de reequilíbrio financeiro se tal for
necessário.
Alexandrino Ribeiro 86
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Capítulo IV
Calcule o valor do Fundo de Maneio, segundo as fórmulas por si estudadas, para as empresas A, B, C e D, que se
apresentam de seguida, e interprete os valores obtidos.
Empresa A
Balanço da empresa A, em 31/12/n (valores em Euros)
Activo Não Corrente 20.000 Capital Próprio 70.000
Inventários 25.000 Passivo Não Corrente 0
Créditos a Curto Prazo 19.000 Passivo Corrente 0
Disponibilidades 6.000
Total do Activo 70.000 Total do Capital Próprio e Passivo 70.000
Empresa B
Balanço da empresa B, em 31/12/n (valores em Euros)
Activo Não Corrente 20.000 Capital Próprio 25.000
Inventários 25.000 Passivo Não Corrente 15.000
Créditos a Curto Prazo 19.000 Passivo Corrente 30.000
Disponibilidades 6.000
Total do Activo 70.000 Total do Capital Próprio e Passivo 70.000
Empresa C
Balanço da empresa C, em 31/12/n (valores em Euros)
Activo Não Corrente 25.000 Capital Próprio 15.000
Inventários 20.000 Passivo Não Corrente 10.000
Créditos a Curto Prazo 19.000 Passivo Corrente 45.000
Disponibilidades 6.000
Total do Activo 70.000 Total do Capital Próprio e Passivo 70.000
Empresa D
Balanço da empresa D, em 31/12/n (valores em Euros)
Activo Não Corrente 20.000 Capital Próprio 4.000
Inventários 25.000 Passivo Não Corrente 8.000
Créditos a Curto Prazo 19.000 Passivo Corrente 58.000
Disponibilidades 6.000
Total do Activo 70.000 Total do Capital Próprio e Passivo 70.000
Alexandrino Ribeiro 87
Sebenta Gestão Financeira – da teoria à prática
Sabendo ainda que o volume anual de vendas previsto é de 365.000 Euros, calcule as
necessidades de fundo de maneio, em dias e em valor, através do método indirecto.
Alexandrino Ribeiro 88
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Caso Prático
G4.3
ESTÃO FINANCEIRA
Tendo em consideração o esboço dos balanços da empresa “Terra do galo, Lda” que se
apresentam seguidamente:
(valores em Euros)
Activo 31/12/N 31/12/N+1 Capital próprio + Passivo 31/12/N 31/12/N+1
Activo Não Corrente Capitais Próprios
Equipamentos 3.375 2.250 Capital realizado 50.000 50.000
Edifícios 51.600 48.160 Reservas 87.311 110.205
Terreno 34.400 34.400 Outras reservas 39.375 39.375
Activo Corrente Resultados do Exercício 22.894 26.866
Inventários 105.434 128.238 Passivo
Clientes 104.250 118.532 Passivo Não Corrente
Caixa 8.450 19.209 Financiamentos obtidos 10.000 10.000
Passivo Corrente
Fornecedores(Exploração) 73.420 82.345
Financiamentos obtidos 12.305 14.244
Est. O. E. Públicos (IRC) 12.204 17.754
Total do Activo 307.509 350.789 Tot. Cap. Próp. e Passivo 307.509 350.789
Alexandrino Ribeiro 89
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Capítulo V
ESTUDO DA RENDIBILIDADE
Considere os seguintes dados, para o ano n e para o ano n+1, da empresa “ESG, Lda”:
(valores em Euros)
Ano n Ano n+1
Capitais próprios no início do ano 30.000 34.000
Aumento de capital social em maio do ano n+1 5.000
Capitais próprios no fim do ano 34.000 46.500
Lucro Líquido 4.000 7.500
Alexandrino Ribeiro 90
Sebenta Gestão Financeira – da teoria à prática
Foram apurados os seguintes valores sobre a empresa “ESGtex, Lda”, relativos ao ano n:
• Em 31 de janeiro do ano n foi efectuada uma nova entrada de capital social, no valor de
25.000 Euros;
• No dia 30 de junho do ano n foi efectuada uma nova entrada de capital social, no valor de
10.000 Euros;
• No dia 31 de outubro do ano n foi efectuada uma nova entrada de capital social no valor de
5.000 Euros;
b) Calcule a taxa de rendibilidade dos capitais próprios da empresa, antes do imposto sobre o
rendimento.
c) Se a taxa de juro líquida dos depósitos a prazo, no ano n, for de 5%. Indique se a opção dos
sócios investirem na empresa “ESGtex, Lda” pode ser considerada boa ou má. Justifique a sua
resposta.
Alexandrino Ribeiro 91
Sebenta Gestão Financeira – da teoria à prática
a) A Estrutura de Capitais.
Alexandrino Ribeiro 92
Sebenta Gestão Financeira – da teoria à prática
Da contabilidade da empresa “IPCA & IPCA. Lda”, retiraram-se os seguintes dados, para o ano n:
Sabendo ainda que a empresa não tem outros custos nem outros proveitos que os de exploração, calcule a
Rentabilidade das Vendas.
Foram retirados os seguintes valores da contabilidade da empresa “XPTO, Lda” em 31 de dezembro do ano n:
Com base nestas informações indique se o endividamento em que a empresa “XPTO, Lda” incorreu se revelou
benéfico para ela.
Alexandrino Ribeiro 93
Sebenta Gestão Financeira – da teoria à prática
Foram retirados os seguintes valores da contabilidade da empresa “ABCD, Lda” em 31 de dezembro do ano n:
Com base nestas informações indique se o endividamento em que a empresa “ABCD, Lda” incorreu se revelou
benéfico para ela.
Da contabilidade da empresa “ESG & ESG, Lda”, foram retirados os seguintes valores:
Com base nestas informações, indique se o endividamento que a empresa ESG & ESG, Lda incorreu foi vantajoso
para a empresa.
Alexandrino Ribeiro 94
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Sabe-se os seguintes dados, sobre a empresa “Beta & Alfa, Lda”, para o ano n:
c) Elabore a Conta de Exploração para o nível de vendas do Ponto Morto das Vendas.
Alexandrino Ribeiro 95
Sebenta Gestão Financeira – da teoria à prática
Sabe-se os seguintes dados sobre a empresa “Alfa & Omega, Lda” para o ano n:
a) Calcule o Ponto Morto das Vendas e o Ponto Morto Total, em termos de quantidade e de valor.
b) Elabore a Demonstração de Resultados prevista para o Ponto Morto das Vendas e para o Ponto
Morto Total.
Alexandrino Ribeiro 96
Sebenta Gestão Financeira – da teoria à prática
Sabe-se os seguintes dados sobre a empresa “Beta & Omega, Lda” para o ano n:
a) Calcule o Ponto Morto das Vendas e o Ponto Morto Total, em termos de quantidade e de valor.
c) Elabore a Demonstração de Resultados prevista para o Ponto Morto das Vendas e para o Ponto
Morto Total.
Alexandrino Ribeiro 97
Sebenta Gestão Financeira – da teoria à prática
Informações adicionais:
1) Ficou acordado entre os sócios que o valor dos suprimentos seria integrado no capital
social da empresa num próximo aumento de capital social;
3) A rubrica Outros Devedores diz respeito a uma divida que o seu recebimento se afigura
difícil a curto prazo;
Com base nestas informações, efectue as correcções necessárias para efeitos de análise
económica e financeira da empresa “Galo de Barcelos, Lda”.
Alexandrino Ribeiro 98
Sebenta Gestão Financeira – da teoria à prática
Com base nestes dados e sabendo que o valor das vendas e das compras da empresa “Alfa,
Lda” no ano n foram de 220.000 Euros e 180.000 Euros respectivamente, calcule:
a) Os rácios de Liquidez.
b) Os rácios de solvabilidade.
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Sebenta Gestão Financeira – da teoria à prática
Com base nestas informações e sabendo que o capital próprio da empresa “Alfa, Lda” em 01
de janeiro do ano n era de 37.000 Euros, calcule:
Capítulo VI
O PLANEAMENTO FINANCEIRO
Face a este panorama, a administração definiu os objectivos para os próximos três anos, a saber:
• A expansão da empresa, traduzida num acréscimo anual das vendas, de modo a aumentar a sua
quota de mercado;
• Melhorar os índices de produtividade e de rendibilidade;
• Conseguir recuperar o equilíbrio financeiro.
A empresa propõe-se atingir estes objectivos através da realização das seguintes políticas:
• Aumentar os preços de venda unitários a um ritmo que permita o crescimento da empresa e a
viabilização aos restantes objectivos;
• Proceder aos estudos necessários a melhoria do produto, assim como dos circuitos de
distribuição;
• Promover a divulgação do produto através de uma campanha de publicidade;
• Modernizar o equipamento e aperfeiçoar as técnicas de fabrico, de modo a melhorar os índices
de produtividade;
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Sebenta Gestão Financeira – da teoria à prática
1) Orçamento de vendas
2) Orçamento de investimento
• Prevê-se que o equipamento (industrial e administrativo) a adquirir em n+2 seja pago em duas
prestações semestrais e iguais, com vencimento em outubro de n+2 e março de n+3;
• Quanto aos custos de publicidade e I&D prevê-se que sejam distribuídos uniformemente ao
longo do ano, sendo o seu pagamento efectuado no próprio mês da sua realização.
3) Orçamento de produção
4) Orçamento de aprovisionamento
8) Outras informações
Capítulo VII
Sabendo os seguintes dados sobre a empresa “Risco & Rabiscos, Lda” no ano n:
Com base nestes dados analise o grau de alavanca operacional e interprete o valor obtido.
Sabendo os seguintes dados sobre a empresa “Risco & Sarrabiscos, Lda” no ano n:
Sabendo os seguintes dados sobre a empresa “Risco & Sarrabiscos, Lda” no ano n:
Com base nestes dados analise o grau de alavanca financeiro e interprete os valores obtidos.
Sabendo os seguintes dados sobre a empresa “Sarrabiscos & Risco, Lda” no ano n:
BIBLIOGRAFIA
- Silva, Jacinto e Ferreira, Paulo (2018), “Princípios de Gestão Financeira”, Rei dos
Livros;
- Breia, Arménio, Mata, Mário e Pereira, Vitor (2014), “Análise Económica e Financeira
- Aspectos Teóricos e Casos Práticos”, Rei dos Livros;